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A AMORTIZAÇÃO FISCAL DO
AGIO: Antes e após a Lei nº 12.974/14
Eduardo Lopes de Almeida
Campos
Conceito de ágio • Exemplos de usos históricos do termo;
» Letras de câmbio (período italiano)
» Planos Econômicos
Conceito de ágio
• Significados do termo na contabilidade:
» Amplo;
» Estrito (ágio na aquisição de investimentos): w Ponto de vista qualitativo;
w Ponto de vista quantitativo.
Conceito jurídico de ágio
• Art. 20 do DL 1598/77 • Ágio = Custo de aquisição – valor de PL
ÁGIO
VALOR DE PATRIMÔNIO LÍQUIDO
CUSTO DE
AQUISIÇÃO
Conceito jurídico ágio
• Fundamento econômico: » Valor de mercado*; » Expectativa de rentabilidade futura*; » Fundo de comércio, intangíveis ou outras
razões.
*Laudo
Tratamento fiscal do ágio (anterior à Lei nº 12.973/14)
• “Art. 25 - As contrapartidas da amortização do
ágio ou deságio de que trata o artigo 20 não serão computadas na determinação do lucro real, ressalvado o disposto no artigo 33.”
• Art 33 – “(...) determinar o ganho ou perda de capital na alienação ou liquidação do investimento em coligada ou controlada (...)”
Amortização fiscal do ágio (anterior à Lei nº 12.973/14)
• Art. 7º da Lei 9532/97: Permite a dedução das despesas com a amortização do ágio por expectativa de rentabildiade futura, desde que: » Ocorra a absorção patrimonial entre investida e
investidora, mediante fusão, incorporação ou cisão;
» A amortização seja feita com no prazo mínimo de 05 (cinco) anos.
A questão do ágio interno • Jurisprudência do CARF: • Lícito • Ilícito:
• Propósito negocial?
• Abuso de direito?
• Prevalência da substância sobre a forma (artificialidade do ágio interno)?
• Fraude à lei?
• Simulação?
Conceito jurídico de ágio (após a Lei nº 12.973/14)
• Novo conceito (Art. 20 DL 1598/77 ó CPC nº 15):
• Ágio = Custo de aquisição – valor justo dos ativos
ÁGIO
MAIS-VALIA
VALOR DE PATRIMÔNIO LÍQUIDO
CUSTO DE
AQUISIÇÃO
VALOR JUSTO
Conceito jurídico de ágio (após a Lei nº 12.973/14)
• Fundamento econômico:
» Valor de mercado;
» Expectativa de rentabilidade futura;
» Fundo de comércio, intangíveis ou outras razões.
Conceito jurídico de ágio (após a Lei nº 12.973/14)
• Laudo: » Obrigatório; » elaborado por perito independente; » deverá ser protocolado na Secretaria da Receita
Federal do Brasil ou cujo sumário deverá ser registrado em Cartório de Registro de Títulos e Documentos, até o último dia útil do décimo terceiro mês subsequente ao da aquisição da participação.
Tratamento fiscal do ágio (após a Lei nº 12.973/14)
“Art. 25. A contrapartida da redução dos valores de que tratam os incisos II e III do caput do art. 20 não será computada na determinação do lucro real, ressalvado o disposto no art. 33.” (NR)
Amortização fiscal do ágio (após a Lei nº 12.973/14)
• Art. 22 da Lei nº 12.973/14/13: Permite a dedução das despesas com a amortização do ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill), desde que:
» Ocorra a absorção patrimonial entre investida e investidora, mediante fusão, incorporação ou cisão;
» A amortização seja feita com no prazo mínimo de 05 (cinco) anos;
» O laudo seja elaborado, tempestivamente protocolado ou registrado;
» Seja identificável por ser contabilizado em subconta distinta (art. 35, §3º e art. 37, §1º); e...
A questão do ágio interno (problema resolvido?)
» O ágio seja decorrente da aquisição de participação societária entre partes não dependentes.
“Art. 25. Para fins do disposto nos arts. 20 e 22, consideram-se partes dependentes quando:
I - o adquirente e o alienante são controlados, direta ou indiretamente, pela mesma parte ou partes;
II - existir relação de controle entre o adquirente e o alienante;
III - o alienante for sócio, titular, conselheiro ou administrador da pessoa jurídica adquirente;
IV - o alienante for parente ou afim até o terceiro grau, cônjuge ou companheiro das pessoas relacionadas no inciso III; ou
V - em decorrência de outras relações não descritas nos incisos I a IV, em que fique comprovada a dependência societária.
Parágrafo único. No caso de participação societária adquirida em estágios, a relação de dependência entre o(s) alienante(s) e o(s) adquirente(s) de que trata este artigo deve ser verificada no ato da primeira aquisição, desde que as condições do negócio estejam previstas no instrumento negocial. “