A CONTABILIDADE COMO PRINCÍPIO (IN)FORMATIVO NA TOMADA DE
DECISÕES ADMINISTRATIVAS
Autor: Paulo Roberto Dorneles Gonçalves1
Orientador: Prof. Dr. João Francisco Morozini2
Resumo
A Contabilidade tem um valor (in) formativo que ajuda a estruturar o pensamento e o raciocínio dedutivo, porém, também desempenha um papel instrumental, pois é uma ferramenta que serve para a vida cotidiana e para muitas tarefas específicas em quase todas as atividades humanas, principalmente quando utilizada dentro da área da Gestão Administrativa, fornecendo informações internas e externas da situação econômico-financeira do Patrimônio para a tomada de decisões administrativas. No estudo da Contabilidade ressalta-se o seu desenvolvimento histórico e a importância da escrituração no registro e controle dos fatos contábeis, de sua análise e da interpretação dos dados e/ou índices no repasse das informações à tomada de decisão à sua administração. Ao propor as atividades que foram desenvolvidas procurou atingir o objetivo de evidenciar a importância da Contabilidade na Gestão Empresarial para que o aluno possa visualizar a situação econômico-financeira da empresa e a partir daí tomar decisões administrativas. A ação metodológica das atividades foi do uso do sistema de planilhas, as quais foram utilizadas nos seguintes propósitos: no registro e controle das atividades operacionais da empresa e na estrutura e análise de balanços.
Palavras-chaves: Contabilidade Geral; Tomada de Decisões; Princípios Contábeis; Gestão Administrativa.
1 Introdução
O que motivou este estudo foi a constatação das dificuldades encontradas
pelos alunos nas disciplinas técnicas, dos cursos que foram ofertados pelo Colégio
Estadual Dom Carlos. Como professor QPM ao longo de mais de 30 anos e tendo
1 Graduado em Licenciatura Plena – Esquema II, com habilitação Contabilidade Geral e Aplicada,
Contabilidade Comercial pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Umuarama Paraná. 2 Graduado em Ciências Contábeis pela UNICENTRO, Especialização em Auditoria e Perícia Contábil
pela UNIVEL, Mestre em Ciências Contábeis pela FURB-SC e Doutorado em Administração de Empresas pela KACKENZIE-SP.
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lecionado várias disciplinas, tais como: Contabilidade Geral, Contabilidade
Comercial, Contabilidade Industrial, Organização e Técnica Comercial, Análise de
Balanços, Mecanografia e Processamento de Dados, Direito e Legislação,
Matemática Financeira, Matemática e outras nos ensinos fundamental e médio.
Sabe-se que a maior dificuldade do aluno para aprender as disciplinas acima
citadas e outras é o não saber qual sua utilidade prática, sua distinção entre elas e
para que servem. Sob este aspecto é importante que seus conteúdos não sejam
apresentados de forma estanque, sem relação com a realidade e impossibilitando a
praticidade dos mesmos.
Assim, com o reinício dos cursos profissionalizante a nível médio e pós-
médio no Colégio Estadual Dom Carlos, a partir do ano de 2010, em destaque no
Curso de Técnico em Administração, pretende-se incentivar, despertar o interesse e
sua interdisciplinaridade pelas disciplinas técnicas da grade curricular do referido
curso.
Tendo como tema a área do Conhecimento as Disciplinas Técnicas e de
estudo “Educação e Trabalho: o trabalho como princípio educativo”, procura-se citar
alguns itens da importância do estudo da Contabilidade e também de alguns
resultados obtidos como fonte de informações nas transformações do saber que
provoca na vida das pessoas, do comportamento como cidadão, de cidadania, da
atividade profissional e da realização pessoal, contribuindo inclusive para a própria
independência financeira pessoal e profissional. Também quando empregada no
registro e controle do patrimônio das empresas e das informações obtidas a partir
dos relatórios contábeis no estudo da composição patrimonial para a tomada de
decisões administrativas.
À medida que vamos nos integrando ao que se denomina uma sociedade da
informação crescentemente globalizada, é importante que a Educação se volte para
o desenvolvimento das capacidades de comunicação, de resolver problemas, de
tomar decisões, de fazer inferências, de criar, de aperfeiçoar conhecimentos e
valores, de trabalhar cooperativamente.
Através do ensino das disciplinas técnicas, em especial no estudo da
Contabilidade pretende-se contemplar a necessidade da sua adequação para o
desenvolvimento e promoção de alunos, com diferentes motivações, interesses e
capacidades, criando condições para a sua inserção num mundo em mudança e
contribuindo para desenvolver as capacidades que deles serão exigidas em sua vida
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social e profissional. Em um mundo onde as necessidades sociais, culturais e
profissionais ganham novos contornos, todas as disciplinas técnicas requerem
alguma competência e a possibilidade de compreender conceitos e procedimentos
tanto para tirar conclusões e fazer argumentações, quanto para o cidadão agir como
consumidor prudente ou tomar decisões em sua vida pessoal e profissional.
Em seu papel (in)formativo a Contabilidade contribui para o desenvolvimento
de processos de pensamento e a aquisição de atitudes, cuja utilidade e alcance
transcendem o âmbito da própria Contabilidade, podendo formar no aluno a
capacidade de resolver problemas genuínos, gerando hábitos de investigação,
proporcionando confiança e desprendimento para analisar e enfrentar situações
novas, proporcionando a formação de uma visão ampla e científica da realidade, a
percepção da beleza e da harmonia, o desenvolvimento da criatividade e de outras
capacidades pessoais.
A Contabilidade pode esclarecer, pode instrumentalizar as pessoas para que
elas se organizem e entendam a sua realidade, para que compreendam os
fenômenos que as cercam, a sociedade onde estão inseridas, entendendo qual o
seu papel e qual o seu poder na transformação da realidade.
Que a Contabilidade ao cumprir o seu principal objetivo por meio do
conhecimento científico próprio e como fonte de informação, possa influenciar e
subsidiar diretamente no funcionamento da empresa garantido o seu sucesso e
enquanto empresa possa cumprir o seu valor social bem como desenvolver o
conhecimento técnico-profissional das pessoas que nela atuam.
Ressalta-se a importância do estudo teórico e prático da Contabilidade, que
através dos registros e controles dos fatos contábeis, de sua análise e da
interpretação dos dados ou índices, podemos tomar inúmeras posições
administrativas que irão nortear diretamente o centro de decisão da empresa ou a
ela equiparada, a sua Administração.
A tomada de decisões administrativas é constante, quando procura as
respostas para as indagações, tais como: a empresa está obtendo lucro ou prejuízo
no momento atual? A empresa tem condições de crescimento (de expandir as suas
atividades de produção ou de comercialização; da abertura de filiais)? Onde captar
recursos e como aplicá-los em seus investimentos?
O administrador tem na Contabilidade, a fonte de informação como é a
planta ou a maquete para o engenheiro; o plano de navegação para o piloto etc.
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Cabe ao administrador buscar na Contabilidade às informações de natureza
econômico-financeira de que necessita e interpretar os seus dados expressos
através da linguagem de palavras e números que decorrem da dinâmica patrimonial
no registro e controle do patrimônio da empresa e tomar decisões administrativas.
Dessa maneira, destaca-se para o título deste trabalho – A Contabilidade
como princípio (in)formativo na tomada de decisões administrativas.
Este trabalho, na fase da Produção Didático-Pedagógica, foi desenvolvido
na forma de Unidade Didática, sendo aplicado e desenvolvido durante a intervenção
pedagógica junto aos alunos matriculados no ano de 2011, no 3º (terceiro) semestre
do Curso Técnico em Administração – de forma Subsequente, na disciplina de
Contabilidade, do Colégio Estadual Dom Carlos – Ensino Fundamental, Médio,
Normal e Profissional, do Município de Palmas – PR.
Ao propor as atividades que foram desenvolvidas que resultaram da prévia
ação de planejamento e de organização, procurou uma proposta de atingir o
seguinte objetivo: Evidenciar a importância da Contabilidade na Gestão Empresarial
para que o aluno possa visualizar a situação econômico-financeira das empresas e a
partir daí tomar decisões administrativas.
2 Historicidade e evolução da Contabilidade
A história da Contabilidade está ligada aos primórdios da existência do
homem, atrelada ao surgimento do comércio. O comércio não surgiu como hoje
conhecemos, que consiste da troca de um bem ou serviço de natureza útil por outro
bem de natureza financeira. Das atividades de troca “escambo”, de trocar aquilo que
tinha, aquilo que fazia/fabricava e etc. por aquilo que necessitava tanto para a
subsistência, como para acumular riquezas. Quando o homem começou a praticar
trocas e querer tirar proveito, de querer ter, “barganhar” nas trocas, começou a dar
início ao surgimento do comércio. O comércio consiste na troca de bens de natureza
financeira, onde, existem dois extremos: um interessado e outro ofertando. Quem
está ofertando quer ter uma vantagem, uma compensação, um lucro e, faz disso
uma atividade profissional, tanto profissional para o dono do negócio, como também
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é profissional para as pessoas que atuam nesta negociação, que todos hoje
conhecemos por comerciante e comerciários.
Das necessidades de controlar e registrar as atividades que o homem
exercia inicialmente, de natureza de “propriedade” como os bens e as transações de
escambos, trocas que geravam “lucro”, criou as mais diversas formas de controle e
registros que foram evoluindo com o passar do tempo, sempre ligadas à evolução e
desenvolvimento de cada cultura, ou seja:
Da associação de sementes, de pedras, do entalhe em madeira;
De pinturas egípcia em paredes;
De pedaços de cordas com nós, como os quipos peruanos;
Dos sinais e símbolos gráficos, feitos na madeira, nas paredes, em pedaços de
couro, em tecidos, em blocos de argila, em papiro etc.
Dos escritos (alfabeto próprio) e da utilização do papel.
De todas as formas “inventadas” pelo homem para controlar e registrar, seja
desde da associação de objetos, sinais, nós, símbolos e outros sempre teve como
propósito dois fatores, um estabelecendo o registro e outro o valor.
Assim, das atividades do homem de controlar e registrar os seus bens
patrimoniais e suas transações, fez surgir a Contabilidade. Até os dias de hoje, o
objeto da Contabilidade é registrar e controlar a riqueza patrimonial. A Contabilidade
para tanto, utiliza-se de uma linguagem própria: a escrita e o valor. Da escrita
decorre em descrever o fato e o valor é atribuição financeira que representa.
De volta à história do passado da Contabilidade, para aqueles que a
estudam, percebem a sua existência nos inúmeros acontecimentos do homem.
Exemplo: No filme épico sobre Ben Hur. Quando o administrador da Casa de Hur,
volta de uma caravana à Ásia, prestando contas e os lucros do investimento ao
próprio Bem Hur. As grandes viagens dos descobrimentos feitas pelos portugueses,
espanhóis e ingleses onde equipavam navios com homens, suprimentos (víveres) e
armamentos militares, aventurando-se viagens pela costa dos continentes ou mar
adentro, com o intuito de trazer lucros aos patrocinadores/investidores como reis,
grandes investidores pessoas que acumulavam fortunas, por exemplo: A viagem do
descobrimento do Brasil, A Companhia das Índias, As Viagens de Marco Polo, As
viagens dos navios negreiros e, por terra, as grandes caravanas que iam da Europa
ao Oriente ou do Oriente à Ásia, em busca das especiarias, sedas e pedras
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preciosas, como As Cruzadas e Ordens Religiosas (Jesuítas) e no Brasil, as viagens
dos bandeirantes. Em todos os exemplos citados, sempre havia o registro e controle
do valor de investimento (aplicado/bens/capital e gasto/despesas) e seu resultado
(lucro/prejuízo).
Desses acontecimentos surge a necessidade de prestar contas do valor do
investimento e seu resultado, para tanto, deve existir o controle da coisa que está
sendo administrada, o qual só pode ser realizado se existir o registro de todos os
seus acontecimentos, ou, seja, não há controle quando não existir o registro.
Até o século XV, a Contabilidade era “escriturada” no forma relação, de um
inventário, utiliza-se da tradição de “anotar”, relatar o fato e seu valor. Exemplo: uma
relação dos bens, de gastos, de vendas e outros. Não existia uma conotação entre o
valor investido/aplicado e o valor origem/capital. Sabe-se que da comparação do
valor investido/aplicado com o valor origem/capital, resulta-se lucro ou prejuízo, a
Contabilidade tinha cumprido o seu papel de registro e de controle.
O frade franciscano Luca Pacioli, (1445 e 1450 – 1517) de origem italiana,
em 1494 divulgou a obra “Tratactus de Computis et Scripturis” (Contabilidade por
Partidas Dobradas), o qual estava encarregado de “fazer” a Contabilidade do
convento a qual pertencia, propôs um método de registro de conotação entre o valor
de origem e o valor de aplicação. Esse método é conhecido universalmente como
sendo Método das Partidas Dobradas, que consiste no princípio: a cada débito
sempre corresponde um crédito de igual valor. Não há devedor sem credor. Ou seja,
a cada um ou mais débitos, correspondem um ou mais créditos.
Devemos entender por “partida dobrada” a dupla relação, como sendo, uma
representa a aplicação de recursos (que é debitada) e outra representa a origem de
recursos (que é creditada). Segundo historiadores, Luca Pacioli, não foi o
descobridor de Método das Partidas Dobradas, pois essa Partida Dobrada, já existia,
ele apenas estabeleceu a relação entre o débito e o crédito e seu resultado. Já
existia a forma de “escrituração” em duas partes: a aplicação e a origem. Já existia a
Livro Caixa, para receber registros de recebimentos e pagamentos em dinheiro. A
cada fato encontramos um sendo o devedor e outro sendo o credor. A principal
característica apresentada por Luca Pacioli, foi que o débito e o crédito, terão
invariavelmente sempre o mesmo valor. Percebe-se a conotação entre a origem e a
aplicação. Débito = Crédito. Débito maior que Crédito = Prejuízo. Débito menor que
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Crédito = Lucro. Ele “apenas” organizou um sistema de escrituração, que é
universalmente utilizado, onde, primeiro deve vir o devedor e depois o credor.
Cabe ao italiano Giuseppe Cerboni (1827-1917), inventor da Logismografia,
palavra que deriva do grego, onde o termo “Logismo”, que significa registro, conta; e
“grafia”, do sufixo (graphein) exprime a ideia de descrição, escrita, tratado. Assim,
define-se a da palavra Logismografia, como sendo o método da “descrição de
contas”, “registro de contas”, contabilmente conhecida por “Contas”.
O termo Contas expressa os agrupamentos de registros dos fatos
administrativos de mesma natureza. No transcorrer das atividades da empresa
ocorrem fatos administrativos, estando o “patrimônio” em constante mutação
patrimonial. Esses acontecimentos são agrupados de acordo com a sua natureza,
nas chamadas contas. Assim, cada conta identifica ou tenta identificar os fatos
administrativos que ela representa.
As Contas classificam-se em dois grandes grupos: Contas Patrimoniais e
Contas de Resultado.
As Contas Patrimoniais, dividem-se em Ativas e Passivas. As contas Ativas,
também chamadas de Ativo, representam as contas dos bens e direitos
(representam os elementos positivos do patrimônio) e apresentam saldo devedor; e
as Contas Passivas, também chamadas de Passivo, representam as Obrigações
(representam os elementos negativos do patrimônio) e o Patrimônio Líquido
(representa os elementos positivos do patrimônio) e apresentam saldo credor. As
Contas Patrimoniais registram os fatos permutativos, ou seja, a permuta entre os
elementos que formam o Patrimônio: bens, direitos e obrigações.
As Contas de Resultado, dividem-se em Devedoras e Credoras. As contas
de Devedoras (elementos negativos), representam as Despesas, e apresentam
saldo devedor; e as contas Credoras (elementos positivos), representam as
Receitas, e apresentam o saldo credor. As Contas de Resultado registram os fatos
modificativos, ou seja, alteram a Situação Patrimonial, aumentando ou reduzindo o
Patrimônio.
Também, ocorrem fatos administrativos de natureza mista, é quando temos
no mesmo acontecimento fato permutativo e fato modificativo.
Assim, todas essas contas precisam ser classificadas, organizadas e
agrupadas pela sua natureza e pelo grau de importância que representam. Surge,
então uma planificação de contas, o Plano de Contas ou Elenco de Contas.
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No Plano de Contas, as empresas procuram evidenciar os fatos
administrativos através das contas específicas, assim, lendo o título da conta sabe-
se o fato que ela registra. Uma boa estruturação do Plano de Contas definirá a
“espinha dorsal” da Contabilidade. Um Plano de Contas muito detalhado pode
apresentar contas com o mesmo propósito e, às vezes até dificultando o registro dos
fatos, se pertence a uma ou a outra conta. Ex.: Duplicatas a Receber e/ou Contas a
Receber. Gastos de Fabricação e/ou Custos de Fabricação. Também, se resumido
for o Plano de Contas, deixará de demonstrar com clareza os fatos que ela registra.
Assim, o Plano de Contas, dependerá de um bom estudo prévio de estruturação e
de sua flexibilidade no transcorrer dos registros dos fatos que ocorrem na empresa
de acordo com o seu ramo de atividade.
A Contabilidade em seu processo de Escrituração, que é o conjunto dos
lançamentos dos fatos contábeis em livros próprios, utilizou e/ou utiliza-se, dos
processos:
Manual (quando eram feitos a mão e utilizava-se de livros próprios e com
finalidades específicas, exemplo: Razão, Contas Correntes, Diário, “slipagens” e
etc.).
Mecanizada (quando usava-se máquinas de datilografia, máquinas próprias para
a Contabilidade, e emprega-se o sistema de decalque simultâneo do Diário e
Fichas, ou seja, o Diário em folhas com o uso do papel carbono dupla face,
datilografo diretamente nas Fichas de Razão, Contas Correntes, Devedoras,
Credoras, Receitas e Despesas, todas identificadas por cores diferentes) e a
“slipagens” e o Controle de Caixa, que eram feitos na máquina de datilografia
Informatizada (quando usa-se o computador através de programas próprios de
softwares para cada tipo de empresa e ramo de atividade).
Com o advento da Informática a Contabilidade, tem perdido o
“encantamento” o comprometimento do profissional com a ação de “fazer” e o
resultado da Contabilidade, como era na forma da escrituração manual e
mecanizada. Cabia ao próprio profissional “em fazer” e exigia-se os conhecimentos e
noções de contabilidade de teoria e de prática de escrituração, o profissional tinha
que redigir históricos dos fatos administrativos que eram convertidos em fatos
contábeis pela a escrituração, o profissional “tinha” uma função de “redator” dos
fatos administrativos baseados na farta documentação, tais como: notas fiscais,
cópias de cheques, faturas, folha de pagamentos, compras/vendas a vista e a prazo,
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contratos e outros. De fazer os relatórios, de “fechar” os balancetes. Tudo isso foi
perdido para a Contabilidade informatizada, exemplo: quando lança uma entrada de
caixa pelo recebimento da venda de mercadoria, automaticamente o sistema “roda”
o Controle de Caixa, do Controle da Venda a Vista, da baixa do estoque da
mercadoria. De profissional de Contabilidade (contador, técnico, escriturador, caixa,
controlador de estoques), passou-se a digitador dos dados da documentação,
muitas vezes não relacionando o conhecimento teórico e prático da Contabilidade
com a causa e efeito. Também, não podemos deixar de enumerar os avanços que a
informática trouxe para a Contabilidade, na racionalização dos trabalhos, economia
de custos, agilidade das informações entre outras.
Segundo alguns estudiosos da área Contábil, afirmam que o processo
contábil encerra-se com a elaboração das demonstrações contábeis, encerrando-se
também a atividade contábil do profissional de contabilidade. Desse momento em
diante, surge a atividade do analista contábil.
Embora argumentam que Contabilidade está sem respostas às indagações
de como: Quem a inventou? Quem a descobriu? Mas, mesmo sem essas respostas
ela chegou aos nossos dias atuais, como afirmam os estudiosos depois de ser
considerada ao longo de sua trajetória de estudo, por definições individualizadas de
ser uma: “técnica”, ou “arte” e/ou “ciência”, ou agrupada/interdisciplinaridade de
“técnica, arte e ciência”.
Para tanto, a Contabilidade passou do conhecimento empírico para o
conhecimento científico, pois possui um objetivo e finalidades próprias, ou seja,
registrar e controlar a riqueza das empresas, que é o seu Patrimônio.
Precisou criar método e metodologia própria que se justificam através dos
Princípios Contábeis, leis contábeis, regras, normas, convenções, teorias e etc., já
que todo esse estudo tem um objeto, tem uma finalidade, tem um conhecimento
próprio que se justifica através de sua razão de ser, a Contabilidade também é uma
ciência, possui um conhecimento científico próprio, que é a sua própria Tecnologia.
Assim, podemos concluir que a evolução da Contabilidade, foi nos seguintes
períodos e seus marcos históricos:
A Contabilidade do mundo antigo (Era Antiga): inicia-se com as primeiras
civilizações (data incerta e segundo alguns pesquisadores datam de 20.000 –
8.000 – 4.000 – 2.000 anos a.C. e vai até o ano de 1202 da Era Cristã, com a
publicação do livro Liber Abaci de Leonardo Pisano;
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A Contabilidade do mundo medieval (Era da Sistematização): inicia-se em 1202
até 1494, quando o frade franciscano Luca Pacioli, (1445 e 1450-1517) de
origem italiana, em 1494 divulgou a obra “Tratactus de Computis et Scripturis”
(Contabilidade por Partidas Dobradas);
A Contabilidade do mundo moderno (Era da Literatura): inicia-se em 1494 até
1840. Em 1840 surge a Escola Lombarda, com a divulgação da obra “La
Contabilità Applicatta alle Amministrazioni Private e Pubbliche” do escritor
milanês Francesco Villa, reconhecida como sendo o primeiro trabalho científico à
respeito da Contabilidade.
A Contabilidade do mundo científico: inicia-se em 1840 até os dias de hoje. O
mundo científico tem início com o surgimento da Escola Veneziana, pelo Fábio
Bésta e, em 1880 apresentou um trabalho chamado de “La Ragioneria” onde
defendeu o estudo e a constrição dos fatos administrativos, ou seja, que o
controle econômico é o objetivo da Contabilidade. Em 1923, Vicenzo Mazi,
seguidor de Fábio Bésta, definiu patrimônio como objeto da Contabilidade. A
partir de 1920, inicia-se a predominância da Escola Norte-Americana dentro da
Contabilidade, devido a criação das gigantescas empresas, como as
multinacionais ou transnacionais, corporações e órgãos associativos, aliado ao
extraordinário desenvolvimento do mercado de capitais e ao ritmo de
desenvolvimento no mercado interno e do poder que exerce no mercado externo,
contribui para o avanço tecnológico das teorias e práticas contábeis, que tem
reflexos diretos nos países de economia.
Componentes básicos da Contabilidade e de sua técnica contábil:
O Patrimônio e os seis casos práticos:
Bens (propriedade e posse da empresa)
Direitos (propriedade da empresa e posse de terceiros)
Obrigações (propriedade de terceiros e posse da empresa)
Receitas (receitas operacionais e receitas financeiras)
Despesas (despesas operacionais e não operacionais)
Situação Líquida Patrimonial (Apuração do Resultado Líquido)
Noções de Débito, Crédito e Saldo
Débito (aplicação de recursos)
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Crédito (origem de recursos)
Saldo (positivo, negativo e nulo)
Conta
Denominação (nome)
Analíticas e Sintéticas
Analíticas (relatam os fatos com detalhes)
Sintéticas (não reproduzem o fato)
Patrimoniais
De Resultado Operacional e Não Operacional (Receitas e Despesas)
3 A Contabilidade na tomada de decisões administrativas
Sabe-se historicamente que a partir do momento em que o homem tomou
para si a noção e apropriação do termo de “propriedade” como patrimônio e em
consequência da necessidade do controle de seu “patrimônio” e de suas operações
que realizava, fez surgir os primeiros indícios da Contabilidade, que hoje é uma
ciência.
No marco histórico da evolução da Contabilidade, em 1840 surge a Escola
Lombarda, com a divulgação da obra “La Contabilità Applicatta alle Amministrazioni
Private e Pubbliche” do escritor milanês Francesco Villa, também chamada de
Escola Administrativa, a qual tinha como interesse a gestão empresarial, a
Contabilidade deixou de ser apenas escrituração para tornar-se a fonte de
informação empresarial.
Mas, ainda hoje, para muitos empresários e até mesmo pessoas que atuam
dentro da área contábil, tem a Contabilidade como formalidade registrar todos os
atos e fatos administrativos que ocorrem no patrimônio da empresa ou da pessoa
física, apenas para satisfazer os efeitos fiscais, trabalhistas, sociais, bancos, crédito
e fornecedores.
Segundo Tasso (2005, p. 1), “se existe um lugar onde estão centralizados
todos os atos de gestão ele encontra-se na Contabilidade”. Assim, destaca a
responsabilidade que o empresário deve ter com a Contabilidade.
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Ainda, Tasso (2005, p. 2), “a Contabilidade ainda hoje é vista como um mal
necessário dentro da empresa”. Onde, também, destaca a resistência de alguns
empresários, em admitir o fato que a Contabilidade é fonte de informações para a
tomada de decisão administrativa, não mero instrumento fiscal no cumprimento da
lei fiscal, trabalhista, social e na obtenção de crédito.
Ressalta-se a importância do estudo teórico e prático da Contabilidade, que
através do registro e controle dos fatos contábeis, de sua análise e da interpretação
dos dados ou índices, podemos tomar inúmeras decisões que irão nortear
diretamente o centro de decisão da empresa ou a ela equiparada, a sua
Administração.
Assim, a partir destas atividades citadas e de outras, durante o processo de
execução ocorrem atos e fatos que pela própria natureza existem e outros que irão
surgindo com a dinâmica dos acontecimentos do que se pretende alcançar, do
objetivo proposto. Informações a cada instante são registradas e controladas, pois
elas serão usadas para orientar aqueles que as precisam, da mesma forma a
Contabilidade é usada para Administrar, administrar os elementos estáticos que
formam o conjunto patrimonial e a sua movimentação que decorrem do seu
funcionamento, da dinâmica patrimonial.
Da dual interpretação do significado e da importância da Contabilidade,
desmistificar que a Contabilidade é apenas o registro e controle do patrimônio, sem
importar com o significado do resultado e sem a sua interferência na gestão
empresarial, que atendendo a uma exigência obrigatória, possa satisfazer o fisco, o
banco, o fornecedor e outros interesses de natureza interna e externa da empresa.
Para Administrar e consequentemente Organizar, precisamos orientar-nos,
precisamos conhecer o que está acontecendo com o Patrimônio, precisamos buscar
essas informações na Contabilidade. Da conciliação “o que se estuda” e “para que
se estuda”, determinamos que a Contabilidade tem objetivo e finalidades.
Segundo Franco (1983, p. 20), destaca a importância da Contabilidade:
A Contabilidade desempenha, em qualquer organismo econômico, o mesmo papel que a história, na vida da humanidade. Sem ela não seria possível conhecer nem o passado, nem o presente da vida econômica da entidade, não sendo também possível fazer previsões para o futuro, nem elaborar planos para a orientação administrativa.
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O objetivo é o estudo do Patrimônio e as finalidades para que serve esse
estudo. Diz respeito as ações: administrativa, tributária, econômica, financeira,
trabalhista e social.
Segundo Iudícibus (2000, p. 19), destaca o objetivo da Contabilidade:
[...] o estabelecimento dos objetivos da contabilidade pode ser feito na base de duas abordagens distintas: ou consideramos que o objetivo da contabilidade é fornecer aos usuários, independentemente de sua natureza, um conjunto básico de informações que, presumivelmente, deveria atender igualmente a todos os tipos de usuários, ou a contabilidade deveria ser capaz e responsável pela a apresentação de cadastros de informações totalmente diferenciados, para cada tipo de usuário.
As informações que a Contabilidade pode fornecer interessam
primordialmente a proprietários, sócios e dirigentes da empresa, orientando-os na
análise da situação atual ou no planejamento de negócios futuros, que são
chamados de usuários internos.
São de utilidade também para terceiros, que são chamados de usuários
externos, com quem a empresa mantém relações comerciais e financeiras. Antes de
aprovar um empréstimo, um banco certamente vai examinar os demonstrativos
contábeis da empresa para conhecer sua situação. O mesmo ocorrerá com
fornecedores de quem a empresa queira comprar a prazo. O governo também se
interessa pelas informações contábeis para fins de fiscalização e arrecadação de
impostos.
Segundo a Deliberação nº 29/1986 da Comissão de Valores Mobiliários –
CVM, defini os usuários da Contabilidade como sendo: “É toda pessoa física ou
jurídica que tenha interesse na avaliação da situação e do progresso de determinada
entidade, seja tal entidade empresa, ente de finalidades não lucrativas ou mesmo
patrimônio familiar”.
Assim, verifica-se que existe uma diversidade de usuários, tanto internos e
internos, interessados na informações contábeis da empresa.
Segundo Iudícibus, Martins e Gelbcke (2000, p. 69), descrevem os usuários
da Contabilidade:
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Os usuários tanto podem ser internos como externos e, mais ainda, com interesses diversificados, razão pela qual as informações geradas pela Entidade devem ser amplas e fidedignas e, pelo menos, suficientes para a avaliação da sua situação patrimonial e das mutações sofridas pelo seu patrimônio, permitindo a realização de inferências sobre o seu futuro.
Seguindo o mesmo raciocínio Iudícibus, Martins e Gelbcke (2000, p. 69),
descrevem ainda sobre os tipos de usuários da Contabilidade:
Os usuários internos incluem os administradores de todos os níveis, que usualmente se valem de informações mais aprofundadas e específicas acerca da Entidade, notadamente aquelas relativas ao seu ciclo operacional. Já os usuários externos concentram suas atenções, de forma geral, em aspectos mais genéricos, expressos nas demonstrações contábeis.
Assim, é evidenciado que os usuários externos recebem menos informação
em relação aos usuários internos, pois os externos limitam-se ao que é divulgado
pela empresa, enquanto os internos estão diretamente ligados à empresa, tendo as
informações mais completas e imediatas.
Assim, justifica-se a proximidade da Contabilidade com a Administração e a
Organização. Desta proximidade, quando estudamos a Organização das Atividades
Empresarias, não podemos deixar da influência que a Contabilidade tem sobre as
funções da administração: Planejamento, Controle, Comando, Relações Humanas,
Recursos Humanos, Organização e Coordenação.
A ação administrativa é essencialmente social, pois ela deriva da ação
conjunta dos esforços e de cooperação de um grupo de pessoas com os mesmos
objetivos, sejam: políticos, comerciais, industriais, educacionais e esportivas.
Essa ação precisa ser dirigida e coordenada, e que os objetivos propostos
pelo colegiado sejam atingidos, mas exigirá de cada elemento individual do
colegiado uma homogeneidade, um mesmo final. Daí conclui-se que nenhum
indivíduo domina todas as áreas da administração.
Assim, o esforço organizado de um grupo de pessoas, deve substituir o
trabalho isolado na gestão da empresa, pois reúne mais especializações técnicas,
maior número de realizações do que indivíduos agindo isoladamente. Cabe ao
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administrador buscar na Contabilidade às informações de que necessita e interpretar
os seus dados, para tanto a Contabilidade expressa-se através da linguagem de
palavras e números.
A finalidade da Contabilidade é fornecer informações, seja através de seus
relatórios e demonstrações e da análise econômica e financeira que cada uma
possibilita, que “espelham” a real situação econômico-financeira da empresa. Essas
informações interessam à própria Contabilidade, mas o seu alvo específico é a
Administração, seja ela, ligada a própria empresa ou a terceiros.
Segundo Iudícibus (1998, p. 15), “a Contabilidade Gerencial também se vale
em suas aplicações de outros campos de conhecimento não circunscritos à
Contabilidade”.
Assim, a Contabilidade em seu processo de Escrituração dos
acontecimentos que ocorrem na empresa no dia a dia e na transformação dos dados
obtidos em informações, alia-se a outras áreas tecnológicas e de conhecimento,
como a informática; de profissionais da área contábil; da literatura contábil; das
informações e relatórios pré-elaborados para finalidades específicas como
programas, software e aplicativos, todos, com o intuito de auxiliarem as
necessidades gerenciais dos administradores nas tomadas de decisões estratégicas
das empresas.
Os avanços nas áreas tecnológicas e de conhecimento na área contábil
permite maior rapidez na obtenção das informações, sejam elas geradas pela
própria Contabilidade e, ou, sejam elas ofertadas pelo mercado na forma de
produtos, serviços, pesquisas e projetos, sendo cada vez ofertados em maior escala
e concorrência que existe neste setor de gerar a informação.
As informações atuais obtidas diretamente da própria Contabilidade ou
obtidas de arquivos por serem semelhantes ou parecidas, formam um histórico e
demonstram o seu resultado quando aplicadas e, ou, não, na ação da administração
da empresa, podendo a empresa racionalizar e otimizar em dados, formando um
sistema de informações contábeis, trazendo vantagens para a empresa.
Segundo a Deliberação nº 29/1986 da Comissão de Valores Mobiliários –
CVM:
16
Compreende-se por sistema de informação um conjunto articulado de dados, técnicas de acumulação, ajustes e editagens de relatórios que permite: a) tratar as informações de natureza repetitiva com o máximo possível de relevância e o mínimo de custo; b) dar condições para, através da utilização de informações primárias constantes do arquivo básico, juntamente com técnicas derivadas da própria Contabilidade e/ou outras disciplinas, fornecer relatórios de exceção para finalidades específicas, em oportunidades definidas ou não.
No estudo da Contabilidade x Administração, o francês Jules Henri Fayol
(1841-1925), fundador da Teoria Clássica da Administração, defini a relação que
existe entre essas duas áreas, a Contabilidade “É o órgão visual da empresa: deve
permitir, a qualquer momento, que se saiba com precisão onde se está e para onde
se vai, e deve fornecer, sobre a situação econômica da empresa, dados os mais
claros e exatos”. Também, o italiano Giuseppe Cerboni (1827-1917), inventor da
Logismografia, que consiste no método da “descrição de contas”, contabilmente
conhecida por “Contas”, estabelece a importância da Contabilidade “A Contabilidade
indaga as funções administrativas; determina sobre que critério se devem basear os
administradores; fornece os meios mediante os quais se conhecem, se medem, se
computam e se demonstram os resultados obtidos num determinado exercício”.
A análise das demonstrações contábeis é de vital importância para o
empresário, pois é o instrumento pelo qual irá conhecer a situação econômico-
financeira da empresa em um determinado momento. Através dela obtêm-se
informações importantes, expressa em dados, índices, quocientes e comparações
que irão diagnosticar a “saúde da empresa” no momento em que é elaborada como
também “prever” o futuro da empresa.
Segundo Matarazzo (2003, p. 39), “a análise das demonstrações visa extrair
informações para a tomada de decisão. O perfeito conhecimento do significado de
cada conta facilita a busca de informações precisas”.
Também, Assaf Neto (2002, p. 48), “a análise de balanços visa relatar, com
base nas informações contábeis fornecidas pelas empresas, a posição econômico-
financeira atual, as causas que determinaram a evolução apresentada e as
tendências futuras”.
Etapas do processo de análise, lembrando que o processo de Análise de
Balanço começa onde termina o processo contábil.
17
SETOR DE CONTABILIDADE
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
(Conforme as Leis nº 11638/07 e
11941/09)
Balanço Patrimonial
Demonstrativo do Resultado (do
Exercício)
Demonstração das Mutações do
Patrimônio Líquido
Demonstração dos Fluxos de Caixa
Demonstração do Valor Adicionado
Notas Explicativas
SETOR DE ANÁLISE DE BALANÇOS
1ª EXAME E PADRONIZAÇÃO
2ª COLETA DE DADOS
3ª CÁLCULOS DOS INDICADORES
4ª INTERPRETAÇÃO DOS
QUOCIENTES
5ª ANÁLISE VERTICAL E ANÁLISE
HORIZONTAL
6ª COMPARAÇÃO COM PADRÕES
7ª RELATÓRIOS
Os tipos mais comuns de Análise de Balanço:
As análises horizontal e vertical, são as mais simples na obtenção das
informações, mas ao mesmo tempo de importância para a empresa, pois resultam
da comparação de valores entre exercícios, que resultam em números-índices e
percentuais.
Entre os métodos de análise, destacam-se:
Quocientes, consiste na comparação de dois valores patrimoniais dividindo-se
um pelo outro.
Subtração, consiste na comparação de dois valores patrimoniais pela subtração
entre eles.
18
Porcentual, consiste na obtenção de índice porcentual de um determinado valor
patrimonial, em relação a um total ou em relação a esse mesmo valor
patrimonial, de anos anteriores.
Na análise por quocientes tem-se a análise da situação financeira, dos
valores extraídos do Balanço Patrimonial:
Análise por quocientes de liquidez ou solvência: Evidencia o grau de solvência da
empresa em decorrência da existência ou não de solidez financeira que garanta
o pagamento dos compromissos assumidos com terceiros. Divide-se em:
Liquidez Imediata (Instantânea ou Absoluta)
Liquidez Corrente (Comum ou Normal)
Liquidez Seca (Ácida)
Liquidez Geral (Total)
Análise por quocientes de estrutura de capitais: Evidencia o grau de
endividamento da empresa em decorrência das origens dos capitais investidos
no patrimônio, mostrando a proporção que existe entre os capitais próprios e os
capitais de terceiros.
Também, na análise por quocientes tem-se a análise da situação econômica
dos valores extraídos do Balanço Patrimonial e Demonstrativo do Resultado do
Exercício:
Análise por quocientes de rentabilidade: Servem para medir a capacidade
econômica da empresa, isto é, evidenciam o grau de êxito econômico obtido pelo
capital investido na empresa. Divide-se em:
Giro do Ativo (Número de vezes)
Margem Líquida
Rentabilidade do Ativo
Rentabilidade do Patrimônio Líquido
A análise por quocientes-padrão, são os quocientes alcançados com maior
frequência por empresas que exercem o mesmo ramo de atividade e atual em uma
mesma região. Quando se pretende obter quocientes de uma empresa, basta aplicar
as fórmulas próprias, utilizando valores extraídos das demonstrações financeiras da
respectiva empresa. Quando se pretende obter quocientes-padrão confiáveis, que
possam servir de parâmetro para análise comparativa da situação econômico-
financeira das entidades é preciso coletar dados de um maior número possível de
19
empresa que exerçam o mesmo ramo de atividade, do mesmo porte, no mesmo
período e que atuem na mesma região, sob o mesmo regime econômico.
Relatórios de Análise, consiste no documento, elaborado pelo analista de
balanços, que contém as conclusões resultantes do desenvolvimento do Processo
de Análise.
Assim, as informações extraídas da análise, servem para atender os
interesses de vários usuários ou pessoas físicas ou jurídicas que tenham ou não
algum vínculo com a empresa interessada.
4 Aspecto legal da evolução das demonstrações contábeis e financeiras no
Brasil
O ano de 1976, têm-se como o marco histórico e legal as mudanças
introduzidas na Contabilidade no que refere-se às Demonstrações Financeiras, pela
Lei nº 6.404 de 15/12/1976, denominada Lei das Sociedades Anônimas.
Essa lei, em seus artigos, de nº 176 ao nº 188, estabeleceu o formato oficial
das demonstrações contábeis obrigatórias e entre outras mudanças para as
sociedades anônimas, que, posteriormente, foram estendidas para as demais
sociedades. As demonstrações contábeis eram constituídas da seguinte forma:
Balanço Patrimonial (BP);
Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA);
Demonstração do Resultado do Exercício (DRE); e,
Demonstração das Origens e Aplicação de Recursos (DOAR).
A Lei nº 6.404/76, apresentou os critérios básicos de avaliação do Ativo e do
Patrimônio Líquido, como estipulou que as demonstrações contábeis fossem
publicadas constando os dados do exercício atual e do exercício anterior, no formato
de colunas, para fins de comparação.
A Instrução nº 59, de 22/12/1986, da Comissão de Valores Mobiliários –
CVM, tornou obrigatória a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido
(DMPL).
Assim, as demonstrações contábeis obrigatórias passaram a ser
constituídas:
20
Balanço Patrimonial (BP);
Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA);
Demonstração do Resultado do Exercício (DRE);
Demonstração das Origens e Aplicação de Recursos (DOAR).
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) e das
Notas Explicativas.
Também, as companhias abertas, além das demonstrações contábeis
devem divulgar outras informações financeiras e não financeiras a partir do Relatório
Anual, cujas partes possuem bases legais específicas, objetivando evidenciar
informações gerenciais sobre o desempenho dos negócios da corporação, sendo, a
sua estrutura composta de cinco partes:
Relatório da administração;
Demonstrações contábeis;
Notas explicativas;
Parecer dos auditores independentes;
Parecer do conselho fiscal.
Em 2007, foi publicada a Lei nº 11.638 de 28/12/2007, com vigência a partir
de 1º de janeiro de 2008, onde alterou vários dispositivos da Lei nº 6.404/76 que são
aplicáveis às companhias abertas e de grande porte.
De acordo com a Lei nº 11.638/07, sociedade de grande porte é definida
como: a sociedade ou conjunto de sociedades sob controle comum que tiver, no
exercício social anterior, ativo total superior a R$ 240 milhões ou receita bruta anual
superior da R$ 300 milhões.
Também, a referida lei, proporcionou maior transparência e qualidade às
informações contábeis divulgadas ao mercado de capitais e criou condições para
harmonização da contabilidade brasileira com as práticas contábeis internacionais
(International Financial Reporting Standards – IFRS).
A Lei nº 11.638/07 determina que as normas expedidas pela Comissão de
Valores Mobiliários (CVM) deverão ser elaboradas em consonância com os padrões
internacionais de contabilidade (IFRS), além de tornar obrigatória a elaboração e
apresentação da Demonstração dos Fluxos de Caixa - DFC para todas as empresas
21
abrangidas pela lei a e Demonstração do Valor Adicionado - DVC para as
companhias abertas.
São obrigatórias as demonstrações contábeis, conforme a Lei nº 11.638/07:
Balanço Patrimonial;
Demonstração do Resultado;
Demonstração das mutações do patrimônio líquido;
Demonstração dos fluxos de caixa (exceto para companhia fechada com
patrimônio líquido inferior a R$ 2 milhões);
Demonstração do valor adicionado (se companhia aberta);
Notas explicativas.
Em 2009, foi publicada a Lei nº 11.941 de 27/05/2009, com vigência na data
de sua publicação, onde alterou vários dispositivos da Lei nº 6.404/1976, do
Decreto-Lei nº 1598/1977 e da Lei 8.981/1995, onde trouxe para as companhia a
obrigação da escrituração de livros auxiliares ou de registros auxiliares para registrar
as disposições pedidas pela legislação que não seja a contábil; observar as normas
da CVM e de ser auditadas por auditoria independente.
5 Formato da apresentação do Balanço Patrimonial
Conforme a Lei nº 6.404/1976, no formato de grupos e subgrupos:
ATIVO PASSIVO
CIRCULANTE CIRCULANTE
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
PERMANENTE
Investimentos
Imobilizado
Diferido
RESULTADOS DE EXERCÍCIOS
FUTUROS
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital Social
Reservas de Capital
Reservas de Reavaliação
22
Reservas de Lucros
Lucros ou Prejuízos Acumulados
Conforme a Lei nº 11.638/2007, no formato de grupos e subgrupos:
ATIVO PASSIVO
CIRCULANTE CIRCULANTE
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
PERMANENTE
Investimentos
Imobilizado
Diferido
RESULTADOS DE EXERCÍCIOS
FUTUROS
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital Social
Reservas de Capital
Ajustes de Avaliação Patrimonial
Reservas de Lucros
Ações em Tesouraria
Prejuízos Acumulados
Conforme a Lei nº 11.941/2009, no formato de grupos e subgrupos:
ATIVO PASSIVO
CIRCULANTE CIRCULANTE
NÃO CIRCULANTE
Investimentos
Imobilizado
Intangível
NÃO CIRCULANTE
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital Social
Reservas de Capital
Ajustes de Avaliação Patrimonial
Reservas de Lucros
Ações em Tesouraria
Prejuízos Acumulados
23
Na preparação do projeto do material em estudo, o maior problema foi o
material atualizado para a bibliografia disponíveis nos Colégios, tendo que optar
entre o material existente ou entre o atualizado que não existia nos Colégios, o que
também é confirmado pelos professores-cursistas do GTR no item específico deste
material de estudo. Inclusive, nas atuais Ementas do Curso de Administração,
consta somente a relação da bibliografia nos moldes da Lei nº 6.404/76. Sabendo
que a SEED-PR, havia feito uma aquisição de vários livros e que estes já estavam
lançados no patrimônio dos Colégios (como bens patrimoniais), aguardava-se a
chegada dos mesmos, o que só ocorreu em julho/2011. De esperançosos a
perplexos, ficamos ao saber que os livros eram para as áreas: Administração e
Informática. Para a área de Contabilidade foi recebido apenas 1 (um) exemplar:
Princípios Fundamentais de Contabilidade, nos moldes da Lei 6.404/76.
O projeto desde a fase inicial envolve ações de pesquisa na biblioteca em
responder as questões teóricas e práticas e como material de consulta do professor
e alunos. Atualmente, contamos com o material da área de Contabilidade de
biblioteca particular e/ou da propriedade do professor para atender as suas
necessidades didáticas.
Assim, toda a Produção Didático-Pedagógica, foi estruturada nos moldes da
lei nº 6.404/1976 e para ser adaptada durante a fase de implementação conforme as
necessidades, conforme as alterações na área contábil por força da Lei nº
11.638/2007, da Medida Provisória nº 449/2008 convertida na Lei nº 11.941/2009.
6 Metodologia
Este estudo na ação metodológica resulta da consonância e da aplicação de
alguns dos princípios gerais da SEED/PR que nortearam os princípios da política de
Educação Profissional iniciada em 2003 pela SEED/PR e que foi objeto do grupo de
estudo em 2010, sob o tema: Os princípios que norteiam a Educação Profissional e
o Currículo do Ensino Médio Integrado, tendo como destaque os princípios:
A educação profissional é um processo que se dá ao longo da vida, através da
articulação das experiências e conhecimentos que vão sendo construídos ao
24
longo das relações sociais e produtivas. A educação profissional, na perspectiva
da qualificação social, não pode ser tomada como construção teórica acabada ou
como produto de ações individuais; por consequência, deve ser compreendida na
âmbito das concepções de trabalhador coletivo e de educação continuadas;
O processo de educação profissional não é apenas racional, nele intervindo
afetos e valores, percepções e intuições, que embora sejam fruto das
experiências, inscrevem-se no âmbito das emoções, ou seja, no campo do
sentido, do irracional. E, desta perspectiva, o ato de conhecer resulta do desejo
de conhecer, derivado de amplas e distintas motivações e é profundamente
significativo e prazeroso enquanto experiência humana.
A educação profissional deve articular os conhecimentos oriundos da prática
social (tácitos e populares) e conhecimentos científicos, de modo a relacionar
ciência, tecnologia, cultura e sociedade nos processos de construção e difusão
do conhecimento.
Assim, da conclusão dos princípios acima, o saber de cada um não está
pronto e acabado, existe uma evolução de querer saber mais, da parte do aluno e do
professor em propiciar que isso aconteça. Para Saviani (2008, p. 78):
O fato de falar na socialização de um saber supõe um saber existente, mas isso não significa que o saber existente seja estático, acabado. É um saber suscetível de transformação, mas sua própria transformação depende de alguma forma do domínio deste saber pelos agentes sociais. Portanto o acesso a ele impõe-se.
A proposta de trabalho da Produção Didático-Pedagógica, foi realizada na
forma de Unidade Didática no primeiro semestre de 2011 e implementada no 2º
semestre do referido ano, com os alunos do 3º (terceiro) semestre do Curso Técnico
em Administração – de forma Subsequente, na disciplina de Contabilidade, do
Colégio Estadual Dom Carlos, tendo como objetivo estabelecer a importância do
estudo da Contabilidade dentro da área da Gestão Administrativa, partindo de
exemplos da situação econômico-financeira do Patrimônio, possa o aluno analisar e
entender o processo contábil e daí tomar decisões administrativas.
A implementação foi desenvolvida em três fases:
25
Na primeira fase, houve a aplicação de um pré-teste, com o objetivo
diagnosticar os conteúdos aprendidos durante a realização do curso na disciplina de
Contabilidade e que fazem parte da ementa curricular, constando de 15 (quinze)
questões objetivas e 5 (cinco) subjetivas, todas, relacionadas com os conteúdos
programados para as atividades de Nº 1, 2, 3 e 4. Houve a necessidade de retomar
a revisão de parte dos conteúdos, onde os alunos apresentaram maior defasagem e
dificuldades de conhecimento.
Na segunda fase, houve o desenvolvimento de todas as 7 (sete) atividades
propostas, envolvendo questões teóricas e práticas em cada atividade. A ação
metodológica foi por meio do uso do sistema de planilhas e as atividades foram
divididas em 2 (duas) partes, com os seguintes objetivos:
Registro e controle das atividades operacionais da empresa;
Estrutura e análise de balanços.
No início de cada atividade, o aluno recebeu do professor o material
impresso, contendo a atividade proposta e as planilhas correspondentes a atividade.
A) Registro e controle das atividades operacionais da empresa:
O objetivo foi a escrituração de alguns fatos administrativos que estão
relacionados com a atividade operacional da empresa e após a realização de cada
atividade de Nº 1, 2, 3 e 4, destacar a importância da elaboração da demonstração
contábil Balanço Patrimonial, demonstrando a composição patrimonial após a
ocorrência e registro da atividade, para tanto foram utilizadas em cada atividade as
planilhas para o registro e controle da escrituração contábil e da demonstração do
Balanço Patrimonial, com a finalidade de agilizar o processo de ensino e
aprendizagem.
Atividade Nº 1 – Operações realizadas a vista:
Depósito bancário em conta corrente;
Compra de imobilizado;
Compra de mercadorias para a revenda.
Atividade Nº 2 - Operações realizadas a prazo:
Compra de mercadorias para a revenda;
26
Compra de imobilizado.
Atividade Nº 3 – Operações realizadas a vista e a prazo:
Venda de mercadorias com lucro.
Atividade Nº 4 – Operações realizadas a vista e a prazo:
Despesas com impostos e taxas;
Despesas com salários;
Despesas com material de expediente.
As atividades Nº 1, 2, 3 e 4, foram elaboradas de forma evolutiva,
considerando a sequência da evolução patrimonial no registro e controle dos fatos
contábeis e a atividade Nº 1, foi iniciada da representação gráfica do Balanço
Patrimonial, tendo por investimento a formação inicial do Capital Social, em dinheiro,
utilizando-se das contas patrimoniais Caixa e Capital Social.
Com o estudo da técnica contábil, procurou explorar os conceitos, os
registros e controles: da classificação e função das contas patrimoniais (bens,
direitos e obrigações) e das contas de resultado (despesas e receitas); origem e
aplicação dos recursos; débito e crédito; identificação do saldo (devedor, credor e
nulo); método das partidas dobradas; contas (denominação, analíticas e sintéticas);
plano de contas; lançamentos e escrituração.
B) Estrutura e Análise de Balanços:
Constitui no objetivo pelos quais conhecemos a real situação econômico-
financeira da empresa para tomada de decisões administrativas. Por meio das
atividades de Nº 5, 6 e 7, procurou-se desenvolver e obter resultados da análise da
situação econômica e financeira; da interpretação dos índices/quocientes entender o
seu significado e o que representam e, tomar exemplos práticos da decisão
administrativa.
Tendo a demonstração contábil do Balanço Patrimonial, formada por
(quatro) demonstrações, identificadas como 20X1, 20X2, 20X3 e 20X4, utilizou-se da
mesma formatação na estrutura da composição patrimonial das atividades Nº 1, 2, 3
e 4, exceto dos valores, para a formação estrutural das atividades Nº 5, 6 e 7.
27
As atividades Nº 5, 6 e 7, resultam do estudo das demonstrações contábeis:
Balanço Patrimonial e Demonstração do Resultado (do Exercício), ambas, formadas
por 4 (quatro) demonstrações, identificadas como 20X1, 20X2, 20X3 e 20X4, para o
cálculo e interpretação de considerável número de exemplos práticos, conforme
cada tipo de análise.
Para tanto foram utilizadas em cada atividade as planilhas práticas e pré-
elaboradas do tipo completa, com a finalidade de agilizar o processo de ensino e
aprendizagem, para serem completadas somente com os índices dos cálculos e que
foram elaboradas da seguinte forma:
a) Para a análise do estudo das tendências: vertical e horizontal - com a formatação
do Balanço Patrimonial e do Demonstrativo do Resultado (do Exercício),
contendo a estrutura básica, grupos, subgrupos, contas e valores.
b) Para a análise do estudo da situação financeira e econômica: com a formatação
do respectivo tipo de análise e fórmulas próprias.
Da mesma forma, foram utilizadas para cada tipo de análises (do estudo das
tendências, financeiras e econômicas) as planilhas resumo, com a finalidade de
facilitar a interpretação da evolução ou a retração de cada índice e o que
representam para diagnosticar a situação econômico-financeira da empresa e partir
daí tomar exemplos da ação administrativa.
Atividade Nº 5 - Estudo das tendências e interpretação dos índices:
Análise vertical
Análise horizontal
Atividade Nº 6 – Situação financeira:
Análise por quocientes de liquidez ou solvência:
a. Liquidez imediata (instantânea ou absoluta);
b. Liquidez corrente (comum ou normal);
c. Liquidez seca (ácida);
d. Liquidez geral (total).
Análise por quocientes de estrutura de capitais:
a. Participação de capitais de terceiros em relação aos capitais próprios;
b. Composição do endividamento;
28
c. Imobilização do patrimônio líquido;
d. Mobilização dos recursos não-correntes.
Atividade Nº 7 – Situação econômica:
Análise por quocientes de rentabilidade:
a. Giro do ativo (número de vezes);
b. Margem líquida;
c. Rentabilidade do ativo;
d. Rentabilidade do patrimônio líquido.
Na terceira fase, após a realização de todas as atividades, foi aplicado um
pós-teste, com a finalidade de diagnosticar o nível desenvolvimento e a
aprendizagem dos conteúdos aprendidos durante a realização do curso e da
implementação, constando de 20 (vinte) questões objetivas e 10 (dez) subjetivas, ou
seja, o pré-teste da mesma forma de sua aplicação, acrescido de 5 (cinco) objetivas
e 5 (cinco) subjetivas da implementação, para a comparação dos resultados, nas
questões iguais entre os testes, tendo como resultado final no pós-teste um maior
número de acertos.
Ressalta-se a ação metodológica aplicada no desenvolvimento de cada
atividade proposta, em primeiro plano procurou-se desenvolver as questões de
natureza prática de cada atividade, oportunizando ao aluno de lembrar e assimilar os
novos conteúdos e, criar o próprio conhecimento ao desenvolver as questões de
natureza teórica.
A ação metodológica do estudo das análises e interpretações dos índices da
situação econômica e financeira das demonstrações contábeis Balanço Patrimonial
e Demonstrativo do Resultado (do Exercício), são formadas por 4 (quatro)
demonstrações, identificadas como 20X1, 20X2, 20X3 e 20X4, para o cálculo e
interpretação de considerável número de exemplos práticos.
Entretanto, justifica-se o porquê desta quantidade de anos. Muitas vezes, os
valores expressos nas demonstrações contábeis e seus resultados na aplicação das
fórmulas e das comparações, evidenciam índices e ou quocientes tão próximo um do
outro, que não atribuímos a grandeza de sua importância (a distância que separa um
do outro), ex.: 4 e 5.
29
Assim, com mais número de anos existe a possibilidade de diversos índices
e quocientes e, da grandeza numérica que eles representam de diversos
distanciamentos entre eles, ex.: 3, 5, 9 e 7. Na análise e interpretação isso faz a
diferença. Nada impede que se tenha apenas 2 ou 3 anos, como exemplos, mas,
que um ano não tenha valores tão próximo do outro, consequentemente, os índices
e quocientes apresentarão uma grandeza de distanciamento, refletindo em uma
percepção numérica e os resultados da análise e interpretação dos dados com
melhor qualidade por parte dos alunos e de compreenderem o que eles representam
para a ação administrativa.
Segundo Ribeiro (1999, p. 132), destaca a quantidade de índices e ou
quocientes obtidos nas demonstrações contábeis e do interesse em analisá-los:
Na análise das demonstrações financeiras pode-se obter um certo número maior ou menor de quocientes, dependendo das informações contidas nas demonstrações financeiras e também do interesse e da capacidade profissional do analista em analisá-las Vale lembrar que um grande número de quocientes obtidos pode dificultar a interpretação das informações e suas distorções na preparação do parecer final da situação patrimonial da empresa, o que recomenda-se é o uso de um número reduzido de quocientes atribuídos a sua importância, objetivando na elaboração das informações do parecer final de forma clara e objetivo, dando a entender a situação patrimonial da empresa em que se encontra e da tomada de decisão que o gestor irá aplicar essas informações na gestão administrativa da empresa.
Desta maneira o aluno pode expressar e compreender o objetivo de cada
atividade proposta e, na evolução das atividades, compreender a importância e o
objetivo da implementação como material de estudo e, dos recursos físicos e
didáticos utilizados como ferramentas auxiliares na formação do conhecimento.
7 Apresentação dos resultados na escola
A Produção Didático Pedagógica – Unidade Didática, em todas as suas
fases de implementação teve com foco os alunos matriculados no 3º semestre do
Curso Técnico de Administração – de forma Subsequente.
30
Ao desenvolver as atividades propostas, procurou atingir o objetivo deste
trabalho tendo por título: A Contabilidade como princípio (in)formativo na tomada de
decisões administrativas. No conteúdo desenvolvido procura evidenciar a
importância da Contabilidade na gestão empresarial e por meio dos relatórios
contábeis buscar informações da situação econômico-financeira da empresa para
tomar decisões administrativas.
Em todas as atividades desenvolvidas com a participação dos alunos,
procurou-se da melhor forma oportunizar e diversificar a capacidade de criar novos
conhecimentos; de expressar e formar conceitos teóricos e práticos a respeito da
importância do estudo da Contabilidade e compreender a sua finalidade e para que
serve o seu estudo para a pessoa física e, ou, jurídica.
Desta maneira, o aluno foi incentivado a valorizar e acumular novos
conhecimentos, respeitando os seus limites individuais, como os conhecimentos já
adquiridos decorrentes de sua vivência e da interação em relacionar com os novos
conhecimentos, da certeza em acreditar em si e na sua capacidade individual e
coletiva de buscar novas oportunidades para a realização pessoal e profissional.
A satisfação comprometida do aluno na realização e na evolução de cada
atividade proposta deste material em compreender a importância e objetivo da
implementação como material de estudo e, dos recursos físicos e didáticos utilizados
como ferramentas auxiliares na formação de novos conhecimentos, desempenharam
o papel de credibilidade tanto no aluno como para o professor.
As atividades desenvolvidas pelos alunos foram avaliadas de forma contínua
e em todos os momentos da implementação, por meio do uso da observação
sistemática para diagnosticar os aspectos positivos e as dificuldades ocorridas, as
quais, mediante a ação docente dava-se continuidade aos aspectos positivos e os
aspectos negativos eram sanados dentro do contexto para que houvesse melhor
compreensão no objetivo da implementação.
A atividade do pré-teste, transcorreu normalmente para a maioria dos
alunos, exceto com as dúvidas de alguns em demonstrarem certa insegurança em
determinar o débito e o crédito das contas movimentadas para efetuar o lançamento
dos fatos contábeis e principalmente com a conta Caixa. Na revisão da matéria e por
meio de exemplos práticos de personificação de contas, sugeri que assumissem a
posição de devedor e depois de credor, para determinarem a situação de débito e
crédito.
31
Foram disponibilizadas no Colégio para a implementação 18 (dezoito) aulas,
em 9 (nove) dias com aulas geminadas, sendo: para o pré-teste e pós-teste, (2) duas
para cada. Para as atividades de Nº 1 a 7, 14 (quatorze) aulas.
Nas atividades Nº 1, 2, 3 e 4, os resultados foram positivos com a utilização
do “data show” para responder as questões práticas de escrituração. Os alunos
interagiram com o conteúdo das atividades desenvolvidas, com as apresentações de
slides, passo a passo em várias projeções em sequência, de todos os fatos
administrativos propostos. Também foram positivos com a utilização de livros de
Contabilidade Geral, pertencentes à Biblioteca do Colégio e de terceiros, para
responder as questões teóricas sempre com o auxílio do professor reforçando os
conteúdos no quadro-negro.
Entretanto, nas atividades Nº 2 e 4, os resultados foram negativos quanto ao
tempo previsto, as 2 aulas previstas para cada atividade foram insuficientes. Para
concluir as atividades foi necessário mais uma aula para cada atividade. Assim, as
atividades Nº 2 e 4, foram realizadas em três aulas seguidas cada uma e em dias
diferentes.
Nas atividades Nº 5, 6 e 7, os resultados foram positivos com a utilização do
“data show” para responder as questões práticas de análise. Os alunos interagiram
com o conteúdo das atividades desenvolvidas, com as apresentações de slides,
passo a passo em várias projeções em sequência, dos demonstrativos contábeis e
dos tipos de análise proposta. Primeiro, apresentava o demonstrativo contábil
identificado como 20X1, os cálculos e os índices obtidos. A seguir, sucessivamente,
20X2, 20X3 e 20X4. Todos os cálculos e índice foram demonstrados no quadro-
negro pelo professor. Também foram positivos com a utilização de livros de Análise
de Balanços e de outros títulos, pertencentes à Biblioteca do Colégio e de terceiros,
para responder as questões teóricas sempre com o auxílio do professor reforçando
os conteúdos no quadro-negro.
Todavia, nas atividades Nº 5 e 6, os resultados foram negativos quanto ao
tempo previsto, as 2 aulas previstas para cada atividade foram insuficientes. Para
concluir as atividades foi necessário mais uma aula para cada atividade. Assim, as
atividades Nº 5 e 6, foram realizadas em três aulas seguidas cada uma e em dias
diferentes.
Na atividade pós-teste, os resultados foram positivos, houve um maior de
acertos das questões em relação ao pré-teste, o que indica uma aprendizagem dos
32
conteúdos aprendidos durante a realização do curso e da implementação deste
trabalho.
Também, o parecer de acompanhamento da implementação do projeto de
intervenção na escola – turma PDE 2010, teve o resultado positivo em todos os
quesitos do acompanhamento e o parecer conclusivo da equipe pedagógica da
escola foi que contribui totalmente e destaca a observação feita. “As ações
desenvolvidas foram bem acolhidas pelos alunos, cuja participação foi relevante
para a implementação do projeto”.
8 Apresentação das discussões no Grupo de Trabalho em Rede – GTR e
resultado
Ao iniciar as atividades do GTR, 15 (quinze) professores-cursistas haviam
inscrito para participarem do grupo, entretanto, 3 (três) não iniciaram as atividades e
1 (um) desistiu por sua própria vontade no final da temática 1, e 11 (onze)
concluíram todas as etapas do programa do GTR.
Destaca a importância para a socialização com outros professores dos
avanços e desafios enfrentados durante a fase de implementação pedagógica na
escola, onde nos Fóruns de debates e Diários, foram relatados e discutidos entre
professores-cursistas, as experiências e os resultados observados no
desenvolvimento deste projeto na escola. Entretanto, das discussões apresentadas
suscitaram outras, que também as descrevo.
Na Temática 1 – O destaque o foi o aprofundamento teórico do projeto – A
Contabilidade como princípio (in)formativo na tomada de decisões administrativas.
Algumas das discussões apresentadas no Fórum 1, que foram motivadas ao
comentário e a interação, como resposta a proposição do professor PDE.
Fórum 1: A proposição apresentada aos professores cursistas foi: “Na
fundamentação teórica/revisão bibliográfica do projeto, postado na Biblioteca e na
página inicial do curso, comente a importância das informações contábeis para os
sócios, acionistas e administradores da empresa”.
33
Os professores participantes manifestaram-se a esse respeito, respondendo
e interagindo com os colegas:
Comentário 1: “A partir dos dados contábeis, pode-se atrair ou não, novos
investidores para o empreendimento, verifica-se também a situação fiscal, tributária,
ambiental e de conhecimento, para as decisões gerencias”.
Interagindo ao comentário 1): ...[...] concordo com seu comentário e permita
que eu acrescente o seguinte: a publicidade dos dados contábeis, demonstrando o
crescimento ou não de uma empresa, evidencia a lisura de seus registros e
confiabilidade para com seus sócios, sociedade, governo, funcionários e
fornecedores”.
Comentário 2: “A informação contábil gera uma interpretação de situação
financeira da empresa, sendo ela boa, ruim ou inspira cuidados. É um instrumento
valioso o entendimento dessas informações, porque permite melhor caminho a cerca
da tomada de decisões dos sócios, acionistas e administradores e ainda vai
incorporar decisões de inter-relações externas com a empresa, como os futuros
funcionários na escolha em trabalhar e empresa e possíveis fornecedores”
Interagindo ao comentário 2): [...] “que seja dada maior atenção as
interpretações das informações contábeis. Percebo que muitas vezes o foco é dado
sobre como obter as informações, e muito superficialmente é abordada a
interpretação e sua importância para o processo decisório”.
Comentário 3: [...] “a contabilidade enquanto sistemas de informações
produz relatórios de acordo com as Normas Contábeis. Se os usuários não tiverem
conhecimentos que permitam compreender os princípios contábeis, os
demonstrativos não serão suficientes para comunicar a eles” [...].
Interagindo ao comentário 3): [...] “não é qualquer usuário que pode se
comunicar com a contabilidade. Deve haver um mínimo de conhecimento para que
os dados sejam úteis mesmo que meramente informativos”.
Outro professor interagi com o comentário 3) “A Contabilidade é o
instrumento que fornece o máximo de informações úteis para o processo de decisão
de uma empresa, mas para tanto, realmente deve-se dominar e interpretar a sua
linguagem técnica e específica para atender as necessidades dos administradores”.
Comentário 4: “As informações extraídas da contabilidade tem o objetivo de
reconhecer onde estão aplicados os recursos e como foram obtidos; qual foi o
desempenho econômico e qual a posição atual da empresa [...]. Em relação aos
34
administradores da empresa, todas as demonstrações contábeis em conformidade
com as NBC, são essenciais para fazer previsões e tomar as melhores decisões
relativas a situação econômico-financeira da empresa”.
Interagindo ao comentário 4): [...] “as demonstrações contábeis de acordo
com as Normas Brasileiras de Contabilidade, os princípios contábeis e registros
elaborados de acordo com as regras do CPC – Comitê de Pronunciamento
Contábeis são muito importante como ferramenta para tomada de decisões dos
gestores da empresa. Entretanto, a partir dos dados disponibilizados pela
contabilidade também é possível elaborar relatórios gerenciais que demonstrem em
linguagem acessível aos usuários as informações produzidas pelo sistema contábil.
Os administradores das empresas usam os relatórios produzidos pela contabilidade
para tomar as decisões mais assertivas em relação ao patrimônio da empresa”.
Algumas das anotações apresentadas no Diário 1, que foram motivadas a
reflexão e opinião pessoal dos professores cursistas, da proposição do professor
PDE.
Diário 1: A proposição apresentada aos professores cursistas foi: “Na
opinião qual a importância da Contabilidade no cotidiano das pessoas físicas e
jurídicas?
Reflexão 1) [...] “pessoas físicas e jurídicas precisam de controle financeiro
para terem sucesso e aumentar seus investimentos. Cada pessoa tem que saber se
o valor que ela recebe de salário ou honorários é suficiente para pagar suas dívidas.
As pessoas físicas podem elaborar um fluxo de caixa para ter um controle e
planejamento melhor. Nas empresas não é diferente, a contabilidade sendo o eixo
principal da empresa na qual todos os fatos ocorridos tem que ser analisado e
lançado pelo setor contábil. As empresas que tem uma contabilidade eficiente e
eficaz cada vez mais sabe se a empresa está crescendo ou está no prejuízo”.
Reflexão 2) “Atualmente estamos numa era em que a contabilidade deixou
de ser apenas feita para o fisco [...] e as recentes mudanças das normas contábeis
fazem que as peças contábeis sejam elaboradas para espelhar a realidade das
empresas e servir como ferramenta de gestão empresarial. As pessoas físicas
participantes do mercado de trabalho [...] conhecem um pouco do trabalhos do
contador, que há muito tempo deixou de ser o “guarda-livros” [...] para hoje atuar
junto a administração empresarial”.
35
Reflexão 3) [...] “a função da contabilidade não é somente quantificar,
registrar e controlar a riqueza patrimonial, voltando-se, apenas ao cumprimento de
requisitos técnicos ou operacionais, mas também prover continuamente revisões e
análises sobre as causas e consequências das ações na gestão de uma entidade.
Portanto, a contabilidade enquanto ciência é, certamente, método da ação para
vários propósitos. Devemos entender que as pessoas e principalmente suas
decisões serão um meio e um fim para a contabilidade”.
Na Temática 2 – O destaque foi a Produção Didático-Pedagógica.
Algumas das discussões apresentadas no Fórum 2, que foram motivadas ao
comentário e a interação, como resposta a proposição do professor PDE.
Fórum 2: A proposição apresentada aos professores cursistas foi: “De
acordo com as atividades propostas no MD (Material Didático) e com o
conhecimento que todos nós temos a respeito da importância da Contabilidade, as
atividades teórica e prática atingem os objetivos propostos? Argumente justificando a
sua posição.
Os professores participantes manifestaram-se a esse respeito, respondendo
e interagindo com os colegas:
Resposta 1) [...] “temos que entender que a contabilidade como ciência
social aplicada tem como principal utilidade o registro do patrimônio de uma
entidade, seja ela de qualquer natureza. [...] as atividades teóricas e práticas que
derivam da básica utilização da contabilidade pode sim atingir seus objetivos, desde
que esteja integrado a compreensão dos registros e relatório com a tomada de
decisão na empresa”.
Interagindo a resposta 1) [...] “após o entendimento teórico e prático, quando
há a compreensão dos resultados, o administrador traça estratégias para o
crescimento organizacional”
Outro interagindo a resposta 1) [...] a tomada de decisão deve estar bem
embasada e com entendimento do todo da empresa para que o administrador tenha
bem claro o ônus e bônus dessas decisões.
Resposta 2) [...] “os objetivos serão sim atingidos, pois as atividades práticas
serão baseadas em algumas funções básicas de atividades dentro de uma empresa.
Através de planilhas e dos materiais que serão fornecidos, como material impresso e
recursos didáticos como o uso de computador e de calculadoras, o aluno poderá se
36
interessar cada vez mais sobre o mundo que o cerca na contabilidade e o quão
importante é ele saber o que lhe foi ensinado. A aplicação da avaliação também será
importante para poder verificar o nível de aprendizagem que os alunos tiveram. As
questões a serem aplicadas estão bem definidas e com ótima compreensão. Assim,
acredito que os alunos terão menos dificuldades em interpretá-las e de respondê-
las”.
Interagindo a resposta 2) “A sua observação sobre a produção didático-
pedagógica está correta porque o curso Técnico de Administração é carente de
materiais com os objetivos propostos, pois está com uma linguagem técnica de fácil
compreensão, aliando a teoria à prática que tornará atrativo aos alunos e facilitará o
desenvolvimento dos conteúdos de contabilidade conforme a ementa da disciplina, e
principalmente atingir o ensino aprendizagem dos alunos”
Resposta 3) “Para que se compreenda a contabilidade e seu campo de
atuação, primeiramente temos que defini-la e posteriormente entender o contexto em
que a mesma está inserida. A produção didático-pedagógica em questão será de
grande valia, pois contempla a adoção de conceitos de natureza teórica aliados a
prática atingindo os objetivos propostos”. [...]
Interagindo a resposta 3) [...] “podemos dizer que o conhecimento sobre os
conceitos contábeis por parte das pessoas com formação em áreas relacionadas ou
não à contabilidade é importante para: análise e interpretação de dados financeiros;
planejamento e controle do patrimônio (pessoal ou empresarial); cooperação;
coordenação e comunicação com outras áreas da empresa”.
Resposta 4) “O material trabalha da seguinte forma: 1) Explanação do
conteúdo; 2) Exercícios de fixação (atividades); 3) Correção e discussão do
resultado dos exercícios. Verifiquei que as atividades estão divididas por tipos, tais
como: Atividades 01 a 04 (Movimentação contábil: operações) ano a ano, ou seja, a
partir do ano base 20x1, as demais operações ocorreram. Estas atividades
possibilitam o entendimento do regime de competência da contabilidade, ou seja,
todas as despesas e receitas devem ser reconhecidas no período de sua ocorrência.
Já as atividades de 05 a 07 possibilitam o entendimento da saúde financeira da
empresa. Com estas atividades, os objetivos foram atendidos, no meu entendimento,
pois permitiu a fixação dos conceitos e sua comprovação na prática dos temas
abordados”.
37
Interagindo a resposta 4) [...] “permita completar a sua resposta dizendo que
além da divisão das atividades por tipo, em cada atividade há a divisão teórica e
prática e isso contribui e muito para a fixação do conteúdo exposto”.
Outro, interagindo a resposta 4) “Acrescente ainda que realmente as
atividades ficaram perfeitas, e isso ocorreu acredito e pelo fato de ter aí um tempo
necessário para essa pesquisa se transforma-se numa atividade de qualidade”. [...]
Mais outro interagindo a resposta 4) [...] “achei suas considerações a
respeito da didática […], muito pertinentes e bem elaboradas” [...]
Resposta 5) “Tendo em vista que o objetivo é salientar a importância do
estudo da contabilidade dentro da Gestão Administrativa, entendo que as atividades
teóricas e práticas propostas, atingem sim o objetivo, pois resgatam praticamente
todos os conceitos e princípios estudados na contabilidade como também apresenta
situações práticas de utilização destes conhecimentos”.
Diário 2 - Algumas das anotações apresentadas que foram motivadas da
possibilidade da implementação na escola do professor-cursista, através da
proposição do professor PDE.
Enunciado: A Produção Didático-Pedagógica foi planejada e organizada com
o propósito de ser tão interessante ao ponto de criar um clima de favorecer o
aprendizado de curiosidade, de criatividade e de experiências no educando e em
outros educadores.
Pergunta: Você considera relevante que as atividades e ações propostas
irão contribuir com a realidade da escola pública em sua realidade escolar?
Apresente o seu comentário a esse respeito.
Comentário 1) “A produção Didático-Pedagógica tem e possui atividades
relevantes para qualquer realidade escolar, basta adaptações em algumas
atividades [...] na ação metodológica está em consonância com os princípios gerais
da SEED/PR que nortearam os princípios da política de Educação Profissional
iniciada em 2003” [...].
Comentário 2) “Eu considero que são relevantes sim, pois também sou
professor desta área de conhecimento e na minha realidade escolar, também tenho
como objetivo mostrar a importância do estudo da Contabilidade dentro da área da
Gestão Administrativa, entretanto as atividades teóricas e práticas propostas nesta
PDP, nos remete a um resgate teórico dos conceitos e princípios que norteiam a
38
contabilidade bem como traz atividades práticas que permitem que o educando
elabore algumas demonstrações contábeis bem como outros demonstrativos e
balancetes, além da análise do balanço através de cálculos de indicadores
financeiros e econômicos, dando condições para que o educando possa visualizar e
fazer uma análise crítica sobre a situação econômica, financeira e contábil da
organização [...]. É importante salientar a importância dos recursos pedagógicos
físicos e didáticos propostos para a realização das atividades, [...] pois sem estes os
resultados das atividades ficaria comprometido”.
Comentário 3) “As atividades propostas serão muito aproveitadas na escola
em que atuo. Temos cursos de administração e de contabilidade, o material proposto
ajuda muito no ensino da contabilidade voltadas aos cursistas de administração.
Temos uma carência de bibliografia voltada aos cursos técnicos e maioria dos livros
de contabilidade é voltada aos cursos de graduação, é muito importante esta
iniciativa do PDE na produção de materiais para os cursos profissionalizantes”.
Comentário 4) [...] “A distribuição das atividades e ações são relevantes e
com ordem muito bem estruturadas, contribuindo com escola pública nas
diversidades das realidades escolares inclusive na qual eu atuo e especificamente
em nossa área, juntando esforços para proporcionar um ensino-aprendizagem aos
educandos e poder formá-los para o mundo de trabalhos e tornando-os tomadores
de decisões tanto em suas vidas pessoais como profissionais nas empresas” [...]
Comentário 5) “O estudo teórico e prático da contabilidade e mais o
complemento das atividades propostas serão importantes e irão contribuir para que
o aluno consiga desenvolver os conceitos aprendidos e transcrever para o cotidiano
seu e também para o ambiente escolar. A forma em que as atividades, os estudos e
as avaliações foram colocadas e planejados irão facilitar ainda mais a contribuição
para o aprendizado [...]. Estudando a importância da Contabilidade aliada com a
Administração o aluno poderá ser incentivado através das diversas atividades e
ações propostas a ter noções da vida dentro de uma empresa. Assim, com o que foi
aprendido, ele trará ao seu mundo e poderemos estar formando, quem sabe, alguém
com espírito empreendedor e que terá um belo futuro pela frente seguindo na área”
[...].
39
Na Temática 3 – O destaque foi a Implementação do Projeto.
No Fórum 3: Apresentação do relatório das atividades de implementação do
projeto de intervenção na escola.
Objetivo: Professor-cursista, sua tarefa é a de refletir e opinar sobre os
resultados que apresento, trazendo contribuições para o debate. Esse é um
momento muito importante para o desenvolvimento do meu trabalho no PDE.
Assim, descrevo algumas opiniões que refletem a reflexão dos professores
sobre o tema:
Professor-cursista 1) Procura saber qual a reação dos alunos à
implementação. “Em relação as atividades, parece ser bem consistentes e
dinâmicas. Mas gostaria de saber sobre a reação dos alunos sobre a implementação
[...].
Em resposta relatei os dados que identificam os alunos: número de alunos
matriculados e frequentando às aulas, estado civil, faixa etária, se possuem filhos,
atividades profissional que exercem no momento. Em março/2011, apresentei ao
professor da disciplina o projeto, para sua interação com os conteúdos propostos,
para a comparação com a ementa curricular, rever, reavaliar a sua docência, ficando
ciente dos conteúdos básicos e necessários que seriam utilizados quando da
implementação, também, adaptei o conteúdo e atividades do projeto inicial à
realidade desenvolvida em aulas, pelo professor docente e respeitando os limites de
aprendizagem dos alunos, que foram sendo conscientizados e que participariam do
projeto de implementação e inclusive mantive contato presencial com a turma em
diversas oportunidades explicando o objetivo do projeto, dia do início da
implementação, quais os materiais básicos que os alunos deveriam possuir (lápis,
borracha, régua, calculadora), do uso das planilhas, das atividades propostas, dos
testes (pré e pós-teste), sempre procurando manter uma sintonia para “quebrar” as
apreensões e reações dos alunos e do professor docente. No início da
implementação, todos já sabiam o meu propósito e o que seria feito.
Professor-cursista 2) Manifesta-se sobre as planilhas, ação pedagógica e
sugere a redução das atividades na obtenção do tempo suficiente em realizá-las.
“Sabe-se que os conteúdos da disciplina de contabilidade em apenas um semestre
são bastante abrangentes. Acredito que os resultados positivos foram por tratar-se
de planilhas muito bem estruturadas e práticas e principalmente pela sua ação
pedagógica. Mas, diante da falta de tempo nas atividades 2, 4, 5 e 6, talvez possa
40
diminuir as demonstrações contábeis para análises (2 ou 3) anos. Assim sendo,
poderá ocorrer sua aplicabilidade em tempo hábil para os próximos anos letivos”. [...]
Professor-cursista 3) Manifesta sobre o conteúdo de todas as atividades
propostas e do material de auxílio:
“Farei comentários conforme as atividades descritas em cada tópico:
Primeiro, no pré-teste, acredito que a grande dúvida é a “certa insegurança”
como o [...] descreveu foi devido ao saber que DÉBITO e CRÉDITO é diferente do
conceito em relação ao fato do débito e crédito em conta corrente no banco. Essa é
uma dúvida que acredito que muitos estudantes ao iniciar um curso de contabilidade
têm.
Na atividade 01, destaco os exemplos práticos colocados aos alunos e os
materiais específicos como auxílio, que estava a disposição na biblioteca. Isso
facilita ao professor quanto ao repasse de leitura desses materiais.
Nas atividades 02, 04, 05 e 06 acredito que o tempo que excedeu não deve
ter sido além do previsto. O importante foi ter a atividade completada e com os
alunos interessados em aprender cada vez mais sobre Contabilidade.
As apresentações dos modelos e anexos nas atividades 05, 06 e 07 foram
condizentes com o que foi previsto no Formulário de Acompanhamento da
Implementação do Projeto de Intervenção na escola. Isso demonstra que as
atividades foram muito bem elaboradas.
Por fim, no pós teste acredito que deve ter sido satisfatório tanto do ponto de
vista do professor quanto do ponto de vista de aprendizado, pelos alunos”.
Professora-cursista 4) Manifesta-se sobre as atividades, principalmente do
Pré-teste quando foi apresentado o relatório das atividades:
[...] “Na revisão da matéria e por meio de exemplos práticos de “personificação” de
contas, sugeri que assumissem a posição de “devedor” e de “credor” para
determinarem a situação de débito e crédito. Esta é a parte que eu mais gosto de
ensinar aos meus alunos, pois podemos trabalhar no concreto, no dia a dia e,
quando eles entendem esta parte, o resto fica bem mais fácil. [...], achei muito
interessantes suas atividades, e irei usá-las com certeza! E o pré-teste é perfeito,
[...], para que os alunos percam o medo e tirem as dúvidas”.
Professora-cursista 5) Manifesta-se a respeito das análise horizontal e
vertical e das planilhas:
41
“No assunto análise horizontal e vertical solicitei aos alunos que
encontrassem balanço publicado em jornais. A pesquisa foi muito proveitosa, pois de
posse das planilhas de análise e com um balanço real puderam medir os indicadores
de uma empresa com dados reais. Isso ajudou muito na compreensão da
contabilidade como instrumento de informação. Só que foi necessário mais tempo de
aulas expositivas sobre os indicadores mas o material foi excelente”.
Professora-cursista 6) Manifesta-se a respeito das dificuldades dos alunos
em entender os conhecimentos contábeis e das atividades propostas:
“Pela prática docente sabemos que a grande parte dos alunos apresentam
dificuldades no entendimento e aplicabilidade dos conhecimentos contábeis. Sendo
assim, acredito que as dificuldades encontradas pelos educandos quanto a débito e
crédito, na fase do pré-teste é natural, perfeitamente compreensível e que as
dúvidas foram sanadas pelo trabalho do professor. Devemos ressaltar a importância
dos exemplos e material de auxílio colado a disposição na biblioteca, que
certamente colaborou no trabalho do professor e na compreensão dos alunos. A
falta de tempo mencionada nas atividades 02, 04, 05 e 06 é perfeitamente
compreensível pelas características dos exercícios desenvolvidos, entretanto, cabe
destacar a praticidade e ótima estrutura das planilhas disponibilizadas aos
educandos. Talvez a quantidade de demonstrações contábeis possa ser reduzida
para uma próxima aplicação diminuindo o tempo necessário para o desenvolvimento
das atividades. Os materiais de apoio disponibilizados nas atividades foram
significativos para ampliar os conhecimentos e aproximar os envolvidos da realidade
empresarial”.
Professora-cursista 7) Manifesta-se a respeito dos desafios da contabilidade,
do material exposto e das atividades propostas:
[...] um semestre é pouco tempo para trabalharmos os conteúdos de
contabilidade. Temos então um desafio e uma oportunidade. O desafio é enfrentar
as dificuldades, o medo e preconceito (por desconhecimento ou falta de interesse)
dos alunos e a falta de tempo. A oportunidade é de transpor os obstáculos e ensinar
os conceitos de contabilidade com clareza. Usei o pós-teste em minhas turmas,
surgiram dúvidas que fui sanando com exemplos práticos do dia a dia. [...]
analisando o material vi que esta coerente, muito bem explicado, as atividades são
bem estruturadas, com objetivos claros, apresentadas de forma clara e fácil para o
professor e interessante para o aluno. Será um grande aliado para minhas aulas”
42
Fórum: Vivenciando a prática.
Objetivo: Baseadas nas experiências relatadas no Fórum 3 desta Temática,
referente à Proposta de Implementação Pedagógica na minha escola, proponho as
seguintes atividades:
Escolha uma das três atividades:
Escolher pelo menos uma ação da proposta de implementação já apresentada e
aplicar em sua escola ou local de trabalho (adaptando-a quando necessário);
Relatar uma experiência explicando as atividades desenvolvidas, as perspectivas
alcançadas e/ou frustradas que esteja relacionada a uma das ações da proposta
de implementação;
Sugerir uma atividade a ser desenvolvida e os objetivos pretendidos, informando
a área de atuação e relacionando-a com uma das ações da proposta de
implementação.
Muitos professores-cursistas neste Fórum, aproveitaram a oportunidade para
relatarem as suas experiências na proposição de atividades para serem
desenvolvidas com os alunos em suas aulas; outros solicitaram novas atividades
além daquelas apresentadas neste trabalho, para implementarem em sua docência
e também, aqueles que compartilharam enviando material didático produzido com os
quais implementam em suas aulas teóricas e práticas, entre eles, descrevo apenas
um comentário a respeito:
“Caros colegas professores, percebo que quase não temos bibliografia
voltada ao ensino de contabilidade nos cursos técnicos.
A produção de materiais didáticos depende de nosso empenho em preparar
as aulas, sendo que nem sempre nossas escolas possuem livros de contabilidade
nas bibliotecas.
Os exercícios que possibilitam melhor aprendizado precisam ser elaborados
e voltados aos nossos alunos e não temos horas atividades suficientes para tal
elaboração. Assim acredito que muitos de vocês também têm se dedicado nas horas
de lazer e diversão na preparação de atividades.
Sugiro que possamos compartilhar esses preciosos materiais que
produzimos com tanto carinho. Encaminho anexo um exercício simples de processo
contábil que usei para demonstrar o processo contábil do registro diário, razão,
43
balancete, encerramento, DRE e Balanço Patrimonial. Espero que seja útil para as
suas aulas”.
Este material enviado constitui de diversos fatos administrativos,
lançamentos, razonetes, balancete de verificação, apuração do CMV, DRE,
destinação do resultado e Balanço Patrimonial.
Neste sentido, é decisiva que os resultados obtidos na apresentação deste
projeto ao GTR sob o título: A Contabilidade como princípio (in) formativo na tomada
de decisões administrativas, foram positivos conforme os destaques dos
comentários, relatórios, troca de experiências e dos pontos negativos que foram
observados e que serviram de inspiração para a continuidade do trabalho, conforme
apontam as manifestação dos professores-cursistas, tendo, como aval a aceitação, a
observação, a experiência e recomendação como material de estudo.
9 Conclusão
As situações mais interessantes correspondem, geralmente, as experiências
vividas e intransmissíveis. Podemos tentar descrevê-las aos outros mas não
conseguimos libertar-nos da sensação de que o mais importante ficou por dizer.
Este trabalho tem como título “A Contabilidade como Princípio (In)formativo
na tomada de decisões administrativas”, cujo objetivo é estabelecer a importância do
estudo da Contabilidade para a área da Gestão Administrativa e demonstrando
exemplos da situação econômico-financeira do Patrimônio o aluno possa analisar e
entender o processo contábil e daí tomar decisões administrativas.
As mudanças tecnológicas, o crescimento sócio econômico, a globalização,
as grandes corporações multinacionais, fazem da Contabilidade um instrumento
importante de informação na gestão empresarial em decorrência do estudo da
análise econômico-financeira da empresa para a tomada de decisões
administrativas.
No estudo teórico, destaca o resgate histórico da Contabilidade ao longo dos
tempos por meio de pesquisa bibliográfica e da prática contábil, a escrituração do
registro e controle de alguns fatos administrativos com o uso de planilhas, em
44
demonstrar o resultado operacional e da elaboração dos demonstrativos contábeis
Balanço Patrimonial e Demonstrativo do Resultado (do Exercício).
Também, alguns tipos de análise da situação econômico-financeira das
demonstrações contábeis apresentadas e com o uso de planilhas pré-elaboradas
determinar os índices e/ou quocientes, a sua interpretação e o que representam
para a gestão administrativa.
Destaca o aspecto legal das mudanças introduzidas na Contabilidade no que
refere-se às Demonstrações Contábeis e Financeiras, desde a Lei nº 6.404/76,
alterada pelas Leis nºs 11.638/07 e 11.941/09, principalmente na estruturação do
Balanço Patrimonial.
Os participantes do GTR em suas afirmações identificam a importância do
objetivo deste trabalho e do significado que representa como material pedagógico na
disciplina de Contabilidade e afins dos cursos técnicos profissionalizantes das áreas
direcionadas à Administração e Contabilidade.
Por entender a sua importância, as possibilidades do uso da Contabilidade
na Gestão Administrativa não estão esgotadas, o que poderá ser aplicado e
aperfeiçoado como material para os profissionais da educação e/ou da área contábil.
Referências
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45
Bibliografia
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