A Exposição do Centenário da Independência
1822 1922
By Ney DeluizLigue o Som
Música: Hino da Independênciapelo Coral e Orquestra
Sinfônica do Estado de SP
©Arquivo Público Mineiro
As Feiras Internacionais de negócios no início do século XX eram bem diferentes das de hoje, pois os Pavilhões eram construções suntuosas em tijolo, as quais na maioria dos casos só duravam
durante o evento.
Pavilhão das Festas
Isto aconteceu com a Exposição que comemorou o centenário da independência em 1922, a qual durou quase 7 meses e foi vista por mais de 3 milhões de pessoas, um número considerável para a
época.
Alguns pavilhões do centenário da independência, em 1922
©Augusto Malta
©Augusto Malta
Assim como a Torre Eiffel foi construída para ser o arco de entrada da Exposição Universal de 1889, em
Paris, o Rio também teve a sua Porta Monumental de 33 metros na Av. Rio Branco, na altura do Obelisco.
©Augusto Malta
Porta Monumental – Entrada Principal
©Augusto Malta
A Exposição foi inaugurada em 7/Set/1922 com uma parada militar da qual participaram marinheiros americanos dos encouraçados Maryland e Nevada; japoneses dos encouraçados Iwate,
Isuno e Azuma; ingleses dos encouraçados Hood e Repulse; argentinos do encouraçado Moreno; uruguaios do cruzador Uruguay; portugueses dos cruzadores República e Carvalho Araújo e os
alunos do Colégio Militar do México.
©Augusto Malta
©Augusto Malta
Naquela mesma noite, os altofalantes da Exposição transmitiram a ópera O Guarani diretamente do Teatro Municipal, enquanto os Pavilhões e os navios ancorados se iluminaram num imenso
clarão de esplendor.
©Augusto Malta
Durante aqueles 7 meses, o Rio viveu momentos de glória por ter produzido um evento com tal magnitude.
Pavilhão das Festas
E pelo jeito não deve ter faltado cerveja, pois ambas a Brahma e a Antarctica tinham lá os seus Pavilhões.
Pavilhão da Antarctica
Anúncio da década de 1920
Pavilhão da Brahma ©Augusto Malta
©Arquivo Público Mineiro ©Augusto Malta
Pavilhão do México
Pavilhão da Argentina
Pavilhão da ItáliaPavilhão da Tchecoslováquia
Além dos Pavilhões de 13 países e de todos os 20 estados na época, havia também Pavilhões de Negócios envolvendo a indústria, comércio, agricultura, caça e pesca.
©Arquivo Público Mineiro
Pavilhão da Noruega
Pavilhão da Suécia
Pavilhão da Bélgica Pavilhão do Japão ©Augusto Malta
©Arquivo Público Mineiro
©Arquivo Público Mineiro
A Holanda trouxe um moinho e o Pavilhão dos EUA ficava no mesmo local onde hoje está o seu Consulado.
Pavilhão da Dinamarca
Pavilhão da Inglaterra
Moinho Holandês Pavilhão dos Estados Unidos©Arquivo Público Mineiro
Aqui estão alguns interiores dos Pavilhões de Negócios.
Seção de Sementes – Pavilhão da Agricultura
Seção de Móveis - Pavilhão das Grandes Indústrias
Seção de Tecidos - Pavilhão das Grandes Indústrias
Seção de Bebidas - Pavilhão das Grandes Indústrias©Arquivo Público Mineiro
Entrada do Parque de Diversões
Pavilhão das Pequenas Indústrias
Pequenos Pavilhões de Comércio
©Arquivo Público Mineiro
©Augusto Malta Pavilhão das Exposições Particulares
O que mais me impressionou nesta Exposição foi a quantidade de prédios construídos só para este fim.
©Arquivo Público Mineiro
©Augusto Malta Embarcadouro de hidroaviões
Pavilhões de Estatística e de Caça e Pesca
Trecho da Av. das Nações e Parque de Diversões, à esquerda Rua com Pavilhões de Negócios
Era imensa a área coberta pela Exposição e até um embarcadouro de hidroaviões foi montado na praça XV.
Eram construções sólidas e a maioria delas não foi aproveitada após o fim do evento.
Pavilhão de Viação e Agricultura Pavilhão da Música
Pavilhão de Caça e Pesca Portal Colonial
©Arquivo Público Mineiro
Apenas uns poucos Pavilhões permaneceram nos anos seguintes, como foi o caso do Pavilhão dos Estados,
que acabou virando o Ministério da Agricultura até ser demolido no final da década de 1970.
Estande de Minas Gerais
Estande de São Paulo
Ministério da Agricultura
Museu da Imagem e do Som
Pavilhão de Administração e do Distrito
Federal
Pavilhão das Estados
©Augusto Malta
©Arquivo Público Mineiro
©Arquivo Público Mineiro
Já o Pavilhão de Administração e do Distrito Federal ainda existe e é o Museu da Imagem e do Som.
Pavilhão de Administração e do Distrito Federal
O telhado do MIS após a restauração de 1990
Museu da Imagem e do Som com o telhado retirado
O Pavilhão da França, uma réplica do Petit Trianon que Luis XVI deu de presente a Maria Antonieta e que fica no interior do parque do Palácio de Versailles, hoje é a Academia Brasileira de Letras.
O Petit Trianon O Petit Trianon, no Palácio de Versailles
Academia Brasileira de Letras
©Augusto MaltaPavilhão da França
©Arquivo Público Mineiro
O Pavilhão de Estatística perdeu o seu domo, mas continua como o Centro Cultural da Saúde, na praça XV.
Pavilhão de Estatística
Centro Cultural da Saúde
O Pavilhão das Grandes Indústrias aproveitou o prédio da Casa do Trem (antigo Arsenal de Guerra), que ficava ao lado do Forte do Calabouço e, ao final da Exposição, se transformou no Museu
Histórico Nacional.
Museu Histórico Nacional
©Augusto Malta
Pavilhão das Grandes Indústrias
©Arquivo Público Mineiro
©Augusto Malta
Portugal foi o único país que teve um Pavilhão de Honra dentro da área nacional da Exposição. Mais tarde,
o seu Pavilhão principal foi transportado para Lisboa, onde hoje funciona o Museu do Desporto de Portugal.
Pavilhão de Portugal
Pavilhão de Honra de Portugal
Museu do Desporto de Portugal, em Lisboa
Desmontar e remontar um Pavilhão inteiro em outro país ocorreu também com o Palácio Monroe, pavilhão do Brasil na Exposição Universal de Saint Louis, em 1904. O palácio foi desmontado lá e
remontado aqui em 1906 e o nome Monroe foi uma homenagem ao presidente James Monroe, criador do panamericanismo.
© 1904 Louisiana Purchase Exposition
©Fernando Bergamaschi
Pavilhão do Brasil na Exposição Universal de Saint Louis, EUA
Palácio Monroe, antigo Senado, que ficava na Cinelândia.
A Exposição foi de 7/Set/1922 a 31/Mar/1923 e ocupou um espaço gerado pela reurbanização decorrente do desmonte do morro do Castelo, indo do Palácio Monroe até o mar, onde antes havia
o Forte do Calabouço.
©Augusto Malta
Palácio Monroe(Cinelândia)
Torre de meteorologia, construídasobre o Forte do Calabouço
Futuro aeroportoSantos Dumont
Área dos Pavilhões
Aterro do Flamengofeito com entulho
do morro do Castelo
Pavilhão dos Estados
Morro do Castelo sendo demolido ©Augusto Malta
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Av. das Nações (trecho da atual av. Presidente Wilson)
Av.
Rio
Bran
co
R. Santa Luzia
Mar
Eis o mapa da Exposição do Centenário da Independência, associado à realidade dos dias de hoje.
PalácioMonroe
(Cinelândia)
FIM
Igreja deSanta Luzia
Mar
ABL ConsuladoAmericano
Museu Histórico Nacional
Museuda Imagem
e do SomRestaurante
Albamar
1 – Pavilhão de Caça e Pesca2 - Pavilhão de Estatística3 - Pavilhão das Pequenas Indústrias4 - Pavilhão de Viação e Agricultura5 - Pavilhão de Administração e do DF6 - Pavilhão dos Estados7 - Pavilhão das Grandes Indústrias8 - Pavilhão das Festas 9 - Restaurante
10 - Parque de Diversões11 - Pavilhões de Portugal (2)12 - Pavilhão da Bélgica13 - Pavilhão da Noruega14 - Pavilhão da Tchecoslováquia15 - Pavilhão do México16 - Pavilhão da Dinamarca17 - Pavilhão da Itália18 - Pavilhão da Inglaterra
Área ocupada pelo Morro do Castelo
Atual aeroporto Santos Dumont
av. P
res.
Anto
nio
Carlo
s atu
al
Paço Imperial
19 - Pavilhão da França20 - Pavilhão da Suécia21 - Pavilhão do Japão22 - Pavilhão dos EUA23 – Vago 24 - Pavilhão da Argentina25 – Palácio Monroe
- Os círculos são apenas referências