A Tenda Vermelha
Histórias da mulher através dos tempos
Rosana Mont´Alverne
Abril de 2010
Projeto “Especialíssima” – Câmara Municipal de BH
Autora: Anita Diamant
• Ganhador do importante prêmio Livro de Ficção do Ano 2001 pela Associação dos Livreiros Independentes Americanos, com mais de 3 milhões de exemplares vendidos no mundo.
Árvore GenealógicaRebecca +
IsaacJacóEsaú
Bilah + Jacó
GadAsher
JoséBenjamin
DanRubemSimãoLeviJudá
ZebelunNaftaliIssacarDinah
Zilpah, Raquel,Lia,
“Se você quiser compreender qualquer mulher, precisa antes perguntar sobre a mãe dela e depois escutar com atenção o que é dito. Histórias sobre comida revelam uma forte ligação entre elas. Silêncios pensativos indicam questões não-resolvidas. Quanto mais detalhes sobre a vida da mãe a filha parece conhecer - sem se perturbar nem se queixar -, mais forte é essa filha.”
(trecho de “A Tenda Vermelha”)
Os papéis da mulher dos tempos bíblicos:
• Tecer e fiar• Moer grãos• Cozinhar• Cuidar dos filhos• Contar histórias
• Fazer partos• Cultuar as divindades• Enfeitar-se• Preparar ervas• Conviver e partilhar
segredos na “Tenda Vermelha”
A Menstruação e seus mitos
• A Tenda Vermelha
• A Tenda da Lua
• Crenças e Atitudes
• A Lua e as mulheres
• A consciência do corpo
Histórias da mulher através dos tempos
• As civilizações antigas
• Os gregos e sua mitologia
• O cristianismo
• A revolução industrial
• O mundo de hoje
“Nunca se deve engatinhar quando se tem o impulso de voar”.
“Evitar o perigo não é, a longo prazo, tão seguro quanto se expor ao perigo. A vida é uma aventura ousada ou, então, não é nada”.
(Helen Keller)
A Ciranda das Deusas
ATENA
ÁRTEMIS
AFRODITE
HERA
PERSÉFONE
DEMÉTER
A Mulher do nosso tempo
• Múltiplas funções
• Ser ou não ser mãe?
• O casamento
• A culpa e o controle
• Paz em vez de estresse
Esther Scheinman,
100 anos
Rosina Parlatore
de Campos, 101 anos
Maria Rubino Paolini, 98 anos
Julieta Cupertino
Guimarães, 99 anos
Todas as mulheres
sabem que no fundo de si
mesmas moram muitas outras figuras
femininas.
Algumas poderosas, outras frágeis; algumas velhas, outras bem jovens. Todas adoram falar e falar, como se o mundo antes de
existir, precisasse ser dito.
Todas as mulheres conhecem a dor e nenhuma é estranha ao sofrimento.
Todas a mulheres, um dia, se sentiram alheias a si mesmas.
E perderam-se num mar de irritação, mau-humor e
impaciência.
Exaustas, mergulharam num Lexotan, em vários copos de vinho, num maço inteiro de
cigarros, numa banheira escaldante ou no mais puro
desespero.
Algumas sucumbiram, só algumas. Como resultado, todas carregamos no coração o silêncio
desta perda. E reconhecemos com reverência o poder desses
abismos.
Todas as mulheres, mesmo as muito jovens, sabem que ser mulher é um desafio. Ou sentem isso no próprio corpo.
E no mínimo desconfiam que vão passar um bocado de tempo
tentando provar coisas para o mundo.
Nascer mulher, em boa parte do planeta, ainda é afirmar-se acima do destino biológico e apesar das circunstâncias.
Nenhuma mulher deseja a felicidade assim de um jeito genérico. É o
encantamento que sentimos quando cumprimos nosso destino de mulher
que buscamos acima de tudo.
Todas as mulheres têm medo. Medo do primeiro beijo, do primeiro encontro, do primeiro emprego, medo de casar, medo de não casar, medo do parto, medo da traição, medo de não conseguir, medo de envelhecer, medo de dizer sim.
Todas nós temos um sonho.
Nem sempre é um daqueles
sonhos nobres, como o de
Martin Luther King, que
ansiava por um mundo no qual os seres
humanos fossem iguais
em suas múltiplas e coloridas versões.
Não, nossos sonhos muitas vezes são pequenos como um jardim ou um carinho.
Às vezes temos sonhos impossíveis: passar pela
vida sem sofrer por amor.
Todas nós temos uma sombra. Negra e densa. Ora ela aparece como um
sabotador, que mina nossas energias e desmerece nossos esforços, ora como uma mulher dura e fria, de palavras ásperas e julgamento
impiedoso. Não importa como ela venha, você vai reconhecê-la sempre:
a sombra tem o seu rosto.
Todas nós sentimos vez por outra uma vontade de parar de bater as asas na vidraça e aquietar a alma.
Esta é a hora de construir um templo para acolher nosso
ser feminino. Um lugar onde a gente possa ficar só com nossos mistérios, nossas
descobertas.
E buscar no fundo da alma o encantamento que vai nos
tornar, de novo, tão orgulhosas de nós mesmas.
E buscar no fundo da alma o encantamento que vai nos
tornar, de novo, tão orgulhosas de nós mesmas.