Adenovírus e as doenças por ele causadas
Bovinos, patos, ovinos, cobras
Galinhas
Peixes
Bovinos, equinos, humanos, roedores, cães, ovinos, suínos, macacos
Sapo, peru
GÊNERO MASTADENOVIRUSGÊNERO MASTADENOVIRUS
•Divididos em 90 sorotipos sendo que 52 infectam humanos
•Os 52 sorotipos são divididos em 6 espécies (A-F)
•Os determinantes antigênicos, importantes para a
caracterização sorológica, estão localizados nos hexons e nas
fibras.
fibrahexon
Espécies A – FSorotipos 1 - 52
•Sorotipos mais comuns:- 1-8, 11, 21, 35, 37, 40
•Os entéricos pertencem à espécie F
ADENOVIRUSADENOVIRUSA denominação dessa família originou-se do primeiro vírus do grupo, que foi isolado a partir de amostras de glândulas adenóides humanas em 1953.
No ano seguinte, o primeiro adenovírus de interesse veterinário foi isolado de casos de hepatite canina.
Características gerais
• Forma icosaédrica:
• Não envelopados:
• Molécula única de DNA dupla fita linear, com 30.000 - 42.000 pb
252 capsômeros proteico sendo composto de:
12 pentons nos vértices com fibras que se
projetam e determinam a especificidade para o alvo
celular e a ligação na célula
240 hexons.
Replicação dos Adenovírus
Entra por endocitose
A expressão é temporal (primeiro os genes precoces e depois os tardios)
Toda a fase de transcrição e replicação do genoma ocorre no núcleo
Fase 1: Adsorção, entrada, transcrição e tradução dos genes precocesFase 2: Replicação do DNA viral e bloqueio da apoptose celularFase 3: Expressão de um grupo de genes tardios de proteínas estruturais e montagem da progênie viral
E1A a E4: Genes precoces e muito precoces, envolvidos na regulação das atividades do vírus e da célula
L1 a L5: Genes de expressão tardia, transcritos após a replicação do DNA viral e codificam os pentâmeros, hexâmeros e fibras virais.
GENOMA DOS ADENOVÍRUS
Genes E: São transcritos por 6 promotores diferentes.
Genes L: São transcritos a partir de um único promotor gerando um mRNA maduro policistrônico que corresponde a 85% do genoma. Este mRNA contém as informações para as proteínas hexons, pentons, fibras e outras proteínas associadas com o vírus.
O ciclo replicativo se completa em 20 a 24 horas e resulta na produção de aproximadamente 104 partículas víricas por célula infectada.
Doenças causadas em suínos
Primeiro isolado – swab de leitão com diarréia - 1964.
Segundo isolado – cérebro de suíno com encefalite - 1966
Várias fontes.
Não tem importância econômica;
Ampla distribuição – indicador de contaminação ambiental
Doenças causadas em aves
• Síndrome da queda de postura;Enterite hemorrágica dos perus, a bronquite das codornas.
• Infecções concomitantes com birnavírus (doença de Gumboro) ou o circovírus (vírus da anemia infecciosa).
• Mortalidade superior a 30%.
ADENOVIRUS - humanos
Propriedades gerais dos Propriedades gerais dos AdenovírusAdenovírus
• Responsáveis por múltiplas infecções: respiratórias (inclusive os resfriados comuns), conjuntivites, otites, infecções urinárias e gastroenterites.
• Extremamente estáveis no meio ambiente, resistentes à luz U.V., O3, cloro em concentrações normais de desinfecção de água, variações de temperatura e pH.
•Estáveis no trato gastrointestinal. Resistentes a baixos pH, ácidos da bile e enzimas proteolíticas.
TRANSMISSÃO
•Gotículas aerossolizadas
•Fecal-oral
•Água (até a tratada)
•Fomites (roupas e utensílios)
Patogênese Patogênese
•Infectam as células mucoepiteliais dos tratos
oral, respiratório, gastrointestinal e gênito-
urinário
•Espalham-se pelos tecidos linfóides
•Podem provocar viremia• Todos os sorotipos podem se replicar no trato intestinal mesmo sem
exibir gastroenterite sendo subsequentemente excretados nas fezes,
podendo contaminar esgotos, rios, mares e moluscos.
Tipos de infecção• Lítica
Resulta na morte celular por lise. Comum em células mucoepiteliais.
• Latente/ocultaO vírus permanece na célula hospedeira. Comum em tecidos linfóides. Espécies B e C
• Transformação oncogênicaCrescimento incontrolado da célula onde ocorre a replicação. Observado no grupo A em hamsters.
Infecção
• Incubação: 2-14 dias
• Período infectivo continua por várias
semanas
• Liberação viral intermitente por via retal
Decurso da infecção respiratóriaSource- Medical Microbiology- Murray, Rosenthal, Kobayshi and Pfaller
EPIDEMIOLOGIA”Fenômeno do iceberg”
Doença clássicaSintomas clínicos brandos
Infecção assintomática Infectividade persistente (+)
Doença Respiratória AgudaDoença Respiratória Aguda
Sorotipos clássicos: 4 (Espécie E) , 7 (Espécie B),
2 e 5 (Espécie C)
SINAIS E SINTOMAS QUE ATINGEM CRIANÇAS E ADULTOS
FebreTraqueobronquitePneumonia
Febre faringoconjuntival
• Dor de cabeça, febre e mal estar
• Conjuntivite e faringite
• Adenopatia cervical, exantemas e diarréia
• Sorotipos clássicos: 3, 4, 7, 14
• Comum em águas contaminadas de piscinas, mar,
recreação e consumo e fomites
Infecções oculares
Queratoconjuntivite epidêmica
Conjuntivite folicular aguda
Febre faringoconjuntival
Sorotipos clássicos: 8, 10 e 19(Espécie D); variante do 4 (Espécie E)
Infecções gastrointestinais
• Idade: <4 anos
• Espalha-se pela via fecal-oral
• Ano todo (não é sazonal) • Sorotipos clássicos: 40 e 41 (Espécie F) e
12, 18 e 31 (Espécie A)
Infecções gastrointestinais (contd.)
• Incubação: 3-10 dias
• Diarréia dura 10-14 dias
• Causa febre
• Pode causar intususpecção e apendicite
Intussuscepção
Invaginação de uma porção do intestino para dentro de outra, resultando em redução do suprimento sangüíneo ao segmento intestinal envolvido. Esta condição resulta em obstrução do intestino e estrangulamento do segmento intestinal inserido no segmento intestinal mais distal. Causa necrose e morte do tecido.
Trato genitourinário
Cistite aguda hemorrágica• febre, disúria, hematúria• Tipos 11, 7, 4, 21, 1• Mais comum em meninos
Outras• Orquite, nefrite, cervicite com lesões vesiculares
ulcerativas• Tipos 2, 19, 37
Outras infecções
•Miocardite
•Pericardite
•Meningite
•Exantemas
•Artrite
Infecções em pacientes imunocomprometidos
• Infecções disseminadas, severas e muitas vezes
fatais• Pode ser devida a infecções novas ou reativação de
infecções latentes• Viremia e liberação viral prolongada • Necrose pneumonia, hepatite, exantema,
envolvimento do SNC
DIAGNÓSTICO
• Isolamento viral de uma variedade de espécimens clínicos dependendo dasíndrome causada: conjuntival, fezes, urina, tecidos, etc.
Métodos para diagnóstico
• Cultura em células HeLa, HEK, Hep, A549.
• PCR e suas variações
• Microscopia eletrônica e imunomicroscopia eletrônica
Prevenção
• Lavagem das mãos
• Precauções no contacto
• Cloração da água
• Desinfecção ou esterilizaçãode equipamentos oftalmológicos
• Uso de material descartável
Setembro de 2008 – surto de pneumonia – associado com HAdV-14
32 casos de pneumonia: 21 (65%) – HAdV-14
14: faziam parte de um grupo social;fumantes; compartilhamento de materiais
Adenovírus como vetor de Adenovírus como vetor de transferência gênicatransferência gênica
• Também usado como vetor para transferir materiais genéticos para outras células.
• O genoma viral é relativamente fácil de se manipular in vitro.
• Ocorre expressão gênica eficiente na célula que recebe o material genético via adenovírus
• Vetores em Vacinas recombinantes e terapia gênica.• Desvantagem: Imunidade prévia do hospedeiro (opção
pelo uso de sorotipos animais)
Sistema adenovírus
O plasmídeo contendo o gene
terapêutico (TG) é co-transfectado com
o adenovírus defectivo em E1 e ambos vão para a célula hospedeira
(que contém E1). As partículas virais
recombinantes serão defectivas em replicação mas
podem expressar o gene