Amanhecer no sítio
A velhinha já no aconchego da idade
Acorda assoviando numa só felicidade.
Avista na paisagem da sua casa afora,
O seu velhinho colhendo flores n'aurora.
Ele também assobiando como menino
Vem decantando no silêncio matutino.
– Colhidas para você, doce amada,
Sob o eterno encanto da alvorada!
Ela sorri e agradece ternamente
Olhando o seu amor atentamente.
Após se abraçarem assoviam sob o sol
Orquestrados por um casal de rouxinol.
(Adriano Rios Vieira)
Sinfonia “assovios instrumentais”
No romper da aurora
Sob um pé de Jacarandá
Sob os assovios dos curiós
Entre serrote,
Martelo,
Pregos,
Pós-de-serra.
Sobre a terra seca -
Vermelha
Como as penas do pica-pau,
Ali estava o carpinteiro José,
Rodeado pela orquestra:
Do barulho do martelo
Na cabeça do prego,
Do reco-reco do serrote
Na madeira de acácia,
Do assovio de seu filho -
Feliz menino
E dono do amanhecer.
Amadeu Bispo de Oliveira
Caminatas tempranitas
Estaba contento, el día vislumbraba ser de pleno sol, especial para salir
de paseo. Desayunaron, él y Kyra, su inseparable perra, compinche de las
caminatas matinales. Y salieron a la naturaleza, quien ya los estaba esperando.
Enfilaron hacia la cercana y querida colina de las aceitunas; Kyra, siempre
deseosa de ser primera, corrió por el sendero conocido, y su patroncito,
despacio y silbando su melodía preferida, sólo atino a seguirla.
Al llegar a la cima, después de un corto trayecto, se sorprendió al no
verla al lado del añoso olivo, donde acostumbraban a sentarse y deleitar el
paisaje, que desde aquel punto, permitía lograr una fantástica visión, podría
decirse panorámica, pues en días claros y despejados, inclusive se podía
observar el Mar Mediterráneo, por un lado, y la sin igual meseta de la Galilea,
extendida en todo su esplendor, por el otro.
Caminó unos pasos por los alrededores, pronunció el acostumbrado y
conocido silbido, que utilizaba sólo para llamarla, y que al instante ella acudía
para ponerse a su lado. Nada. Volvió a silbar...como si no lo hubiera hecho... ni
rastros de ella. Conociéndola desde su nacimiento, comenzó a preocuparse,
era algo muy pero muy raro. Decidió sentarse debajo del olivo y esperar.
Estaba seguro que de un momento a otro, ella aparecería.
Y dicho y hecho. A los escasos minutos, que le parecieron demasiados,
salió de unos matorrales con algo entre sus dientes...al acercarse lo depositó a
su lado, era un pequeño, de escasos días tal vez, un cachorro de jabalí, que
tiritaba y berreaba sin interrupción.
Kyra, se sentó a su lado y empezó a lamerlo como un acto de ayuda y
comprensión, típico de una madre. Conocedor de estos animales salvajes,
imaginó, que a la brevedad tendrían la visita de la madre legítima del
pequeño, exigiendo la devolución inmediata de su crío; por lo tanto, sin
dudarlo y en forma inmediata, empezó a bajar de la colina llevándose a Kyra
con él. No deseaba tener ninguna clase de enfrentamiento con una Jabalí
nerviosa.
Trató de alejarse lo más pronto posible de allí. Kyra, al principio intentó
rehusarse, pero la firmeza de la orden recibida de su patroncito, no le dejo
ninguna posibilidad de desobedecer.
Al llegar al final del sendero, se dejó oír, el conocido gruñido, que
afirmaba la acertada suposición.
Volvieron a la casa, un poco asustados y con una nueva experiencia que
con seguridad quedaría grabada en el recuerdo de ambos.
Beto Brom
Louvor em assovios
Tenho a benção de acordar e,
ainda sentindo
o perfume da madrugada,
ouvir pássaros assoviando,
louvando ao Criador.
Meu coração junta-se a
essas pequenas criaturas
encantadas, em uníssono.
Dentro e fora de mim,
uma brisa suave rasga
o véu da noite repousante,
vestindo-me, mais uma vez,
de sonhos e esperanças.
Entrego-me a magia da vida,
fecho os olhos, sinto a
grandeza de Deus...
Minha alma cria asas transparentes
que os tímidos raios de sol
colorem com as nuances
da liberdade.
Voo por novos céus, sou o
pássaro canoro
mais lindo que existe!
Assovio melodicamente e feliz,
meu cântico de agradecimento
pela vida, ao amanhecer.
Eneida Cristinna
O Mistério dos Assovios
*** * ***
Ua folha de papel, passeia voando pelos ares. Mas... Como que
teleguiada, pousa no colo d'ua Poeta Menina que sonhadora, voava
com seus pensamentos chorosos pelos mils mundos das Poesias
onde também habitam todas as Estrelitas... - Mas o que está escrito
nesse Papel, que ora a Menina Poeta lê?
.
Ah - Os Ventos alvissareiros que sempre rimam com 'fofoqueiros"
nos (d)escrevem em forma de Poesia:
.
"Em cada amanhecer que o Sol nascer
olhe para os verdes horizonte e ouça...
- Ouça o cantar que se faz assoviado
- Sinta o sentir que lhe é deixado...
.
Os líricos assovios não são mero acasos,
pois são propositais sem casualidade
com a magia das notas que assoviadas
te acariciam sentindo tua felicidade
.
Não penses que a lonjura de ti me afaste
nem mesmo que a morte haja nos separado
Todos os assovios nas cálidas manhãs
são sempre reais e não apenas sonhados
.
Se as vezes uas lágrimas tua face molhar
nas manhãs mais frias em que acordar
O que os assovios dizem preste bem atenção
e sinta os mesmos em teu doce coração
.
Sorria... Sorria - Pois isso a Alma alegra
e ao teu sorrir mais Amor se integra
E deixe toda a luz de teu olhar brilhar
assim como os assovios felizes te embalar!"
***
Que a Menina - chorosa Poeta - tenha aberto um sorriso... Cremos
afinal que dizer não é preciso!!!
*** *** *
1302 --- gaDs***
Silêncio
Amanheço e um vazio.
Som ausente,
Em tudo que se sente.
Nem mesmo um sopro
Minha alma consente.
A felicidade de outrora,
Que assobiava contente,
Foi-se embora.
Sem seus lábios,
Emudeço.
Nenhum pio ofereço.
Sigo assim.
Silente como a folha
Ao cair no jardim.
Luiz Carlo Prado Mendes Junior
Assovios felizes ao Amanhecer...
Levantei mais cedo, de madrugada,
para da varanda, observar o horizonte,
pensando, como estaria minha amada,
lembrando coisas que fizemos ontem.
Para minha surpresa, correndo vem ela,
Com seus assovios felizes ao Amanhecer,
para mim observar-te como estas bela,
passando comigo a noite, sem perceber.
Noite que não tem como descrever,
seu coração no compasso do meu,
noite para não deixarmos esquecer,
com a certeza que serei sempre seu.
Cada amanhecer, um novo encanto,
para os viventes privilegiados,
enxergar o brilho do Sol, e tanto,
sabendo que neste dia serão amados.
O Bem-te-vi, canta sua melodia,
para despertar seu grande amor,
assim meu amor, com assovios felizes,
ao amanhecer, me anunciando novo dia.
Com o dia já sendo decorrido,
ouço um sussurro em meu ouvido,
Com seu jeito toda dengosa,
diz: mais uma noite maravilhosa.
assovios felizes, ao amanhecer,
por mais uma noite, ter vivida,
assovios felizes, ao amanhecer,
por saber que de mim és querida.
Mateus Floriano
Assovios
Acordam-me os assovios dos pássaros
E também dos seres felizes em busca
Do seu pão diário,
Música para os meus ouvidos,
Já cansados das sirenes tristes do trânsito
conturbado,
Daqueles que pedem socorro!
Ouço as vozes e cânticos de todos que são
felizes
Através destes trinados e assoviados de
seres voantes
Ou passantes.
Indicando que mais um dia se faz presente,
Que o sol já brilha com fulgor,
Trazendo vida e alegria ao mundo
Que tanto necessita de tudo isso
E numa prece comovida agradeço a DEUS
Pelo dom da vida, pelo belo espetáculo do
amanhecer
Também por poder participar deste cenário
inigualável!
Sonia Nuss - 16/02/16
E-book da atividade poética sobre o tema:
“Assovios felizes ao amanhecer” desenvolvido na
Rede Literária “Casa dos Poetas e da Poesia”.
Período Seletivo: 12 a 26/02/16
As imagens utilizadas na ilustração deste e-book
foram colhidas em:
< http://www.google.com.br/imghp?hl=pt-
BR&tab=wi>
Os poemas contidos nesse e-book são de inteira
responsabilidade
autoral dos poetas participantes.
Edição, arte e formatação do E-book de:
Edith Lobato
Realização: Casa dos Poetas e da Poesia
http://casadospoetasedapoesia.ning.com/