UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO/ CAMPUS II – ALAGOINHAS CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA
CLEIDISON MACHADO SANTANA
ANÁLISE DO ESPAÇO LUIS VIANA FILHO COMO FATOR
DE ADERÊNCIA A PRÁTICA DE ATIVIDADES FÍSICAS POR IDOSAS
Alagoinhas 2011
CLEIDISON MACHADO SANTANA
ANÁLISE DO ESPAÇO LUIS VIANA FILHO COMO FATOR DE ADERÊNCIA A PRÁTICA DE ATIVIDADES FÍSICAS POR
IDOSAS
Monografia apresentada ao curso de Licenciatura em Educação Física da Universidade do Estado da Bahia – Campus II. Como requisito para obtenção do grau de Licenciado em Educação Física. Orientador: Prof. Dr. Mauricio Maltez Ribeiro. Coorientador: Prof. Dr. Francisco José Gondim Pitanga.
Alagoinhas 2011
A
Jeová, Deus querido e adorado, por tanta ternura, compaixão, sabedoria e proteção.
A Maria Alice Machado, vó querida e amada, por me ensinar uma filosofia de vida.
AGRADECIMENTOS
São tantos e tão especiais...
Ao soberano senhor Jeová, criador do céu e da terra, obrigado Deus por tudo, só o
senhor sabe o quanto labutei até chegar aqui. E ao seu filho amado Jesus Cristo.
A Maria Alice, amada vó, pela criação e filosofia de vida que me ensinas-te.
A Maria Davina Machado, Dona Didi, bisavó materna, única e inesquecível em
minha vida, sinto muitas saudade.
A Lucinalva e Alonso pelo o dom da Vida.
A Larissa e Thiago, irmãos maternos, espero que um dia sigam o meu exemplo
nesse sentido.
A Acydalia, vó paterna, e a todos os meus irmãos paternos, tios e tias, primos e
primas, sobrinhos e sobrinhas, enfim, a toda a galera de Saubara – Bahia. Saudade
de vocês.
A Jorge, grande tio, em muitos momentos grande pai.
A Cristiane, tia querida, e aos meus primos Rafael e Andrey.
A todos da minha família, apesar de tantas divergências sempre foi à base de tudo.
Ao meu neném, Michelle, grande amor da minha vida, obrigado por tudo. E a toda a
sua família: seu Manoel, dona Valdelice e seus irmãos Danielle e Jadyson.
Aos meus AMIGOS Cristãos de Salvador: Edison, Edilson, Evanilson, Rodrigo,
Ubirajara, Zelito e ao meu primo Anderson. Muitos babas bons e momentos de paz e
alegria tivemos.
A Dona Célia, Rubens, Jessé e Amós, por me acolher na cidade de Entre Rios-Ba,
quando sair de Salvador-Ba no momento em que tanto precisei de um lar, em um
lugar mais próximo da Universidade. Muitos momentos bons lá vivenciei e tantas
pessoas especiais e inesquecíveis tive o prazer de conhecer. Aqui deixo minha
singela homenagem e gratificação.
A república Prison Break, por me acolher ainda no 1º semestre quando sair da
cidade de Entre Rios-Ba e vim para Alagoinhas-Ba. Obrigado a todos vocês que
fizeram parte dessa família.
A atual república Parque Floresta, pela a amizade e boa convivência: Álvaro, André,
Marcelo, Marcus, Max Danilo e Moreno.
A turma 2007.2, em especial aos meus queridos colegas que aqui estão: André
Rodrigues, Helder Josué, Raimundo Júnior, Raul Carneiro, Rodrigo Barros. E aos
desistentes: Carlos Henrique, João Gabriel, Leo Henry, Paulo (cabeça), Paulo Lobo
e Sergio Rios. Equipe do mal, sempre juntos e misturados. Um enorme carinho
tenho por todos vocês.
A professora Doutora Mônica Benfica, por me ajudar, enquanto havia tantas dúvidas,
a escolher o tema que se encaixaria melhor ao que estava escrevendo para a
realização da Monografia.
A singular Cintia, mestre em Excel, paciente e atenciosa ao me ajudar a tabelar os
dados.
A Mauricio Maltez Ribeiro, Professor Doutor, orientador querido sempre tão
atencioso, exemplo de profissional que desejo seguir, obrigado por acreditar em mim
e no meu projeto.
Ao inoxidável Francisco José Gondim Pitanga, Professor Doutor, coorientador,
obrigado por tudo.
A Universidade do Estado da Bahia (UNEB), pelo o apoio, a infraestrutura, a
qualidade e simpatia dos seus professores, pesquisadores e funcionários.
Aos meus amigos do movimento estudantil e a todos que fizeram parte do diretório
acadêmico “debater para evoluir” gestão 2009/2010.
A todas as caronas concedidas no trajeto Universidade-Centro e Alagoinhas-
Salvador.
A todas as senhoras que eu apliquei o questionário, pela confiança e pelo tempo
concedido.
A todos que fizeram e fazem parte da minha história e vida. Muito obrigado por
possibilitarem essa experiência enriquecedora e gratificante, da maior importância
para o meu crescimento como ser humano e profissional.
Somos o que fazemos, mas somos
principalmente o que fazemos para
mudarmos o que somos.
Eduardo Galeano
RESUMO
Esse estudo com características descritivas e abordagem quantitativa, teve por objetivo analisar o Espaço Luís Viana Filho localizado na cidade de Alagoinhas/BA como fator de aderência a pratica de atividades físicas por idosas. A amostra não probabilística foi composta por 30 idosas, freqüentadora do espaço estudado, com a média de idade de 60,2 ± 4,9 anos. Foram aplicados questionários estruturados e os dados obtidos foram analisados utilizando-se a estatística descritiva. Os resultados evidenciam que a renda familiar do grupo estudado é relativamente alta, dos que recebem mais que três salários mínimos somam-se 37%. Mostra que as idosas aderem um exercício em busca de: saúde 23%, bem-estar 22%, qualidade de vida com 22%, auto-estima com 21% e estética com 12%, haviam dez opções que também foram citadas, sendo nesse estudo delimitada as cinco prioridades. Em relação à atividade que pratica no local 100% respondeu caminhada e sobre a distância da residência da praticante até o espaço na sua maioria 63% consideraram pouca. Sobre os fatores que poderiam contribuir para uma maior aderência no espaço foram encontrados: boa segurança por todo o percurso 28%, boa condição e manutenção dos equipamentos de ginástica e musculação 20%, profissional de saúde presente 18%, boa iluminação 18% e pouca distância da residência para o espaço 16%, haviam treze opções sendo delimitadas as cinco prioridades. Perguntado se prefere outro espaço 73% responderam que não, se pensam em desistir da atividade física 100% responderam que não e se já notaram algum beneficio da pratica da atividade física regular 100% responderam que sim. Os resultados apontam que a adoção de um estilo de vida ativo, e ainda mais, num espaço que incentive sua aderência, é uma importante estratégia para a promoção da atividade física, saúde e qualidade de vida durante o processo natural do envelhecimento. Palavras-chave: Aderência, Idosas, Atividade Física.
ABSTRACT This study of descriptive characteristics and quantitative approach, aimed at assessing the Space Luis Viana Filho in the city of Alagoinhas / BA as a factor in adherence to physical activity for older adults. The non-probabilistic sample was composed of 30 elderly, who frequents the area studied, with a mean age of 60.2 ± 4.9 years. Structured questionnaires were applied and the data were analyzed using descriptive statistics. The results show that family income in the study group is relatively high, those who receive more than three minimum wages add up to 37%. Shows that the elderly join an exercise in search of: health 23%, 22% well-being, quality of life with 22%, self-esteem and aesthetics with 21% to 12%, had ten options which were also mentioned, and this study defined the five priorities.In relation to the activity that practices at the site walk and 100% answered on the distance from the residence of the practitioner to the space mostly 63% considered low. About the factors that could contribute to greater adherence were found in space: good security all the way 28% good condition and maintenance of fitness equipment and weights 20%, health professional present 18%, 18% good lighting and little distance from home to place 16%, had thirteen options being defined the five priorities. Asked if he prefers another space 73% said no, if you think about giving up physical activity 100% responded no and if you have noticed any benefit from the practice of regular physical activity 100% said yes. The results show that adopting an active lifestyle, and even more in a space that encourages adherence is an important strategy for the promotion of physical activity, health and quality of life during the natural aging process. Keywords: Adherence, elderly, physical activity.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS AF ATIVIDADE FÍSICA EF EDUCAÇÃO FÍSICA EP ESPAÇOS PÚBLICOS IBGE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATISTICAS OMS ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE ONU ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PP POLÍTICAS PÚBLICAS
LISTA DE TABELAS E GRÁFICOS
TABELA 1 Esperança de vida média das mulheres 1910/2000 21
GRÁFICO 1 Renda Familiar 31
GRÁFICO 2 Objetivos para a prática de Atividades Físicas 32
GRÁFICO 3 Tempo total de utilização do espaço 35
GRÁFICO 4 Frequência semanal de utilização do espaço 35
GRÁFICO 5 Distância da residência/local da pratica 37
GRÁFICO 6 Fatores que contribuiria para incentivar a aderência 38
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.............................................................................................. 12
2 OBJETIVO GERAL....................................................................................... 14
2.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS........................................................................ 14
3 JUSTIFICATIVA ........................................................................................... 15
4 FUNDAMENTOS TEÓRICOS....................................................................... 17
4.1 ATIVIDADES FISICA E SAÚDE.................................................................. 18 4.2 IDOSOS E ATIVIDADE FISICA................................................................... 20
4.3 ADERÊNCIA A PRÁTICA DA ATIVIDADE FISICA..................................... 23
5 METODOLOGIA............................................................................................ 26
5.1 MODELO DE ESTUDO.............................................................................. 26
5.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA....................................................................... 26
5.3 LOCAL DO ESTUDO................................................................................. 26
5.3.1 Descrição do espaço................................................................................. 27
5.4 INSTRUMENTO DE MEDIDA.................................................................... 29
5.5 COLETAS DE DADOS............................................................................... 29
5.6 ANÁLISE DE DADOS................................................................................ 29
6 RESULTADOS E DISCUSSÕES.................................................................. 31
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................... 45
REFERÊNCIAS............................................................................................ 47
APÊNDICE A................................................................................................. 52
APÊNDICE B ............................................................................................... 55
12
1 INTRODUÇÃO
A atividade física (AF) que antes estava diretamente ligada à sobrevivência
encontra-se em uma fase na qual a sociedade vigente vem buscando cada vez mais
adquirir determinado padrão de beleza imposto pela mídia. Não é difícil observar
academias super lotadas e um grande número de adeptos em busca de um corpo
esteticamente perfeito.
Em detrimento a isso, existem ainda pessoas que procuram a AF como forma
de lazer, saúde, bem-estar e qualidade de vida, não só no âmbito da academia, mais
fora das mesmas. As avenidas, calçadas e ruas vêm sendo freqüentemente usadas
por indivíduos de ambos os gêneros e faixas etárias diferentes para a prática da AF.
Alguns estudos apóiam a afirmação e evidenciam que uma grande parte dos
males atribuída à idade pode ser explicada pela tendência de uma pessoa se
exercitar menos à medida que envelhecem.
Mesmo considerando que os avanços alcançados pela medicina confirmam a
importância de um programa de exercícios físicos, muitas mulheres ainda continuam
mantendo hábitos de vida inadequados, o que aumenta o risco de doenças
degenerativas.
A vida sedentária, somada a uma dieta desequilibrada, ao fumo, ao álcool, e
a outros comportamentos de risco para a saúde, eleva a quantidade de mortes
causadas por doenças cardiovasculares, câncer, diabetes e outros distúrbios
crônicos, cujas origens estão ligadas, muitas vezes, ao estilo de vida e a falta de AF.
Este estudo tem como objetivo geral analisar e discutir o espaço Luís Viana
Filho, localizado na cidade de Alagoinhas-Bahia, como fator de aderência a prática
da atividade física por idosas, determinando as vertentes que influenciariam essa
faixa etária a procurar esse espaço para tal prática.
Com o intuito de embasar melhor o estudo o referencial teórico foi dividido em
três partes. A primeira parte a respeito da AF e saúde contextualizam a AF desde os
seus primórdios até os dias atuais e como esta tem diminuído ao longo da nossa
evolução e com o passar da idade, além de conceituar atividade física e saúde. A
segunda parte sobre idosas e AF, mostra o aumento significativo da expectativa de
vida do povo brasileiro principalmente da terceira idade e a importância e os
benefícios de um envelhecer ativo. A terceira parte sobre aderência a pratica da AF
13
mostra as dificuldades de aderir um programa de exercício físico e alguns
pressupostos teóricos que levam uma pessoa a aderir à prática de um exercício
físico regular por todos os períodos da vida.
A escolha da faixa etária parte do pressuposto de que mulheres com o
avanço da idade têm uma redução da capacidade cardiovascular, massa muscular,
força e flexibilidade, sendo que esses efeitos são exacerbados pela falta de
exercício, além de uma queda acentuada de hormônios (estrógeno), gerando a
menopausa, que é em termos simples o termino da menstruação. O que pode
acarretar patologias, como a osteoporose entre outras.
É do senso comum que a AF é um dos fatores de intervenção na ruptura com
padrões sedentários de vida, e o objetivo final da promoção da AF é a saúde. A falta
de aptidão física é a principal causa de baixa qualidade de vida nos idosos. Para
essas mulheres, como também homens, a prática da AF em um espaço que
incentive a sua aderência e regularidade, proporciona múltiplos benefícios para uma
longevidade com menos riscos e maior qualidade.
Portanto, o presente estudo tem como questão de investigação: Como o
espaço Luis Viana Filho se constitui como fator de aderência a pratica de atividades
físicas por idosas?
14
2 OBJETIVO GERAL
Analisar o espaço Luís Viana Filho como fator de aderência a prática de
atividade física por idosas.
2.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Analisar os objetivos de idosas ao aderir um exercicio físico;
Identificar quais são as atividades preferidas praticadas por idosas nesse
espaço;
Discutir a influência da renda familiar na adesão a programas de atividades
físicas.
15
3 JUSTIFICATIVA
O envelhecimento é um processo natural e irreversível, em que as mudanças
biológicas e psicossociais estão inter-relacionadas, alterando as atividades
realizadas cotidianamente, pois as aptidões físicas, aos poucos, vão deixando de ser
as mesmas. Existem grandes mudanças que ocorrem da transição do ser adulto
para idoso. Segundo Nieman:
O processo varia bastante entre as pessoas e é influenciado tanto por estilos de vida quanto por fatores genéticos. Os especialistas em envelhecimento acreditam que o ser humano em geral poderia viver até 115 a 120 anos se o estilo de vida e o seu perfil genético fossem ideais. [...] (NIEMAN, 1999, p. 290).
Com intuito de incentivar a pratica da atividade física, locais públicos e de fácil
acesso favorece a inclusão de pessoas com um nível sócio-econômico mais baixo,
pois requer pouco material, e isso é de extrema importância para a promoção da
saúde. A atividade física (AF), realizada de maneira regular, como a caminhada,
corrida, musculação e outras atividades recreativas e de lazer, é fator de grande
importância no processo de envelhecimento saudável.
Os espaços públicos (EP) vêm sendo amplamente procurado para a pratica
de exercícios físicos em todas as faixas etárias e gêneros, são as chamadas
academias ao ar livre. É do senso comum que a pratica de exercícios regulares
fazem bem para o corpo e mente. Favorece a sua aderência um espaço gratuito com
qualidade, em que o individuo não precise gastar para estar.
Neste pressuposto, políticas públicas (PP) direcionadas à apropriação, pelo
cidadão, dos EP de esporte e lazer, na gama das condutas e/ou comportamentos
individuais e coletivos, podem desencadear transformações de valores, cujas
ressonâncias se fazem sentir em seu estilo de vida. Sobre estas idéias, Pellegrini
assinala que:
Tais espaços devem ser compreendidos como oportunidade de encontro com o inusitado e com o diferente, de relacionamento interpessoal, de práticas culturais, de criação, transformação e de vivências diversas, no que diz respeito a valores, conhecimentos e experiências. (PELLEGRINI, 2004)
As iniciativas para aumentar o nível de AF em instalações públicas devem
considerar as características e preferências dos usuários para serem mais efetivas e
16
assim atingir um maior número de pessoas. A falta de recursos para a utilização de
academias e outras instalações privadas para a prática de AF é uma das principais
barreiras para a sua aderência. Portanto, a criação e melhorias de EP para
atividades físicas e lazer como os parques, praças, calçadas e ruas, pode ser uma
importante estratégia para a promoção da AF. EP bem planejados e estruturados
exercem uma função importante em facilitar e estimular a AF e aumentar a interação
social entre as pessoas.
Uma vez dentro desses espaços, diversos fatores relacionados ao ambiente
construindo, podem influenciar na aderência de uma AF, como a proximidade e
disponibilidade de equipamentos dentro desses espaços. Essas mudanças acabam
mexendo diretamente na qualidade de vida de uma pessoa. Para Nahas qualidade
de vida é:
[...]“a condição humana resultante de um conjunto de parâmetros individuais e sócio-ambientais, modificáveis ou não, que caracterizam as condições em que vive o ser humano”; a "[...] satisfação, realização pessoal, qualidade dos relacionamentos, opções de lazer, acesso a eventos culturais, percepção de bem-estar geral e outros”. (NAHAS, 2001).
Estilo de vida, para este autor, relaciona-se àquelas maneiras pessoais de
ser, escolher e se comportar, sendo "um conjunto de ações habituais que refletem
as atitudes, os valores e as oportunidades na vida das pessoas" (NAHAS, 2001).
A cidade de Alagoinhas – Bahia, objeto desse estudo, que segundo os
primeiros dados do censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE)
em 2010, conta com uma população de 142, 160 pessoas, sendo que 67, 381 são
homens e 74, 779 são mulheres. Mesmo com um considerável número de
habitantes essa cidade registra no seu âmbito poucos EP destinados à prática de
AF. Sendo que, segundo relatos, o espaço que era mais usado anteriormente, é o
que se situa em volta do Estádio Municipal Antônio Carneiro (Carneirão). Tal espaço
vem deixando de ser usado, pois, além de relatos de constantes assaltos, foi
inaugurada no primeiro trimestre de 2010, a pista de Cooper, localizada na Avenida
Luís Viana Filho, Centro da cidade.
Essa pesquisa centra-se no público feminino, com uma idade igual ou
superior a 55 anos, a terceira idade. As mulheres, de forma geral, além de ser
maioria nessa cidade, segundo o último censo do IBGE são aparentemente as mais
assíduas freqüentadoras desse espaço. (IBGE, 2010)
17
A escolha de um espaço para a pratica de exercícios físicos e a construção
do "lugar" que este vai representar para cada indivíduo acaba denotando todos os
aspectos de valores subjetivos, à medida que o espaço, tornando-se conhecido,
incorpora valores a ele atribuídos pelos sujeitos que deles se utilizam. Isso acaba
concretizando algumas possíveis idéias, pela convivência e experiência de estar
quase que diariamente no espaço, para a transformação do local em um lugar
„melhor‟ para se praticar atividades físicas.
É exatamente nessas vivências, permeadas pela espontaneidade, pelo prazer
e pelo elemento lúdico, que este estudo explora alguns fatores que poderiam
contribuir para uma maior aderência a prática de atividades físicas por idosas no
espaço Luis Viana Filho.
18
4 REFERENCIAL TEORICO 4.1 ATIVIDADES FISICA E SAÚDE A atividade física (AF) sempre esteve presente na história e rotina da
humanidade. No período pré-histórico precisava-se de um corpo forte e ágil para
garantir a sobrevivência. Vitor Marinho cita que:
[...] durante a maior parte de sua existência, o homem dependia de sua força, velocidade e resistência para sobreviver. Suas constantes migrações em busca de moradia faziam com que realizassem longas caminhadas, ao longo das quais lutavam, corriam, saltavam e nadava [...] (MARINHO, 2004, pág. 7).
Ter um corpo viril com habilidades motoras treinadas como saltar, lançar e
arremessar é de supor que facilitaria na caça e pesca.
Os gregos, povos civilizados do ocidente, abriu novas perspectivas no
caminho da AF a relacionando com práticas desportivas e a busca de um corpo
perfeito. Grandes jogos gregos foram criados e posteriormente desenvolvidos,
Marinho cita que:
[...] A origem dos famosos Jogos Gregos - entre eles, os Olímpicos - está situada neste período e materializada nos "jogos fúnebres''. Entre estes destacam-se os que foram mandados celebrar por Aquiles em homenagem a seu amigo Pátroclo, morto por Heitor. Estes Jogos constaram de oito provas: corrida de carros, pugilato, luta, corrida a pé, combate armado, arremesso de bola de ferro, arco e flecha e arremesso de lança, demonstrando o ecletismo a que estavam submetidos os atletas-heróis nesse período. (MARINHO, 2004, pag. 11).
Marinho ressalta ainda que:
Os exercícios físicos praticados pelos gregos tinham um caráter natural. Os seus esportes eram basicamente fundamentados no atletismo (correr, saltar e lançar) e realizados em total estado de nudez (ginástica significa a "arte de desenvolver o corpo nu"). Isto tudo sem o descuido dos aspectos fisiológicos que as atividades merecem e, principalmente, o cuidado estético que distinguia o homem grego [...] (MARINHO, 2004, pag. 13).
Os primeiros moradores do Brasil, também faziam com que a prática da AF
servisse de grande valia para a sua sobrevivência, Marinho lembra que eles:
[...]eram muito hábeis e, na luta pela sobrevivência, praticavam diversas atividades físicas. O arco e flecha, natação, luta, caça, pesca, montaria,
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canoagem e corridas faziam parte do seu dia-a-dia. Tudo leva a crer que a primeira prática esportiva introduzida no Brasil foi o remo (1566), apesar de sua conotação lendária. [...]. (MARINHO, 2004, pag. 23).
Mas essa relação entre a AF e o homem em sua rotina diária parece ter
diminuído gradativamente ao longo de nossa evolução. A AF é definida como
“qualquer movimento corporal produzido pela musculatura esquelética que resulta
em um gasto energético”. (PITANGA, 2008, p.16). Hoje, a AF regular, tem sido
recomendada para reduzir o risco de doenças crônicas e promover bem-estar físico
e psicológico. Nesse sentido, uma das atuais prioridades das organizações públicas
de saúde tem que ser a promoção da AF. Em relação à definição de saúde Nieman
explica que “[...] A definição apareceu no preâmbulo da constituição da OMS no final
dos anos de 1940: a saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e
social, e não meramente a ausência de doença ou enfermidade”. (NIEMAN, 1999, p.
4). Embora existam evidências dos benefícios da AF, existe uma grande prevalência
de inatividade física tanto nos países desenvolvidos quanto em países em
desenvolvimento. Nieman cita que “menos de quatro em cada dez norte-americanos
se exercitam suficientemente” (NIEMAN, 1999, p. 3).
Nieman citando o American College off Sports Medicine (ACSM), relata que o
ponto importante é:
Se as pessoas que levam uma vida sedentária adotassem um estilo de vida mais ativo, haveria um enorme benefício para a saúde pública e para o bem-estar individual. Um estilo de vida ativo não requer um programa vigoroso e padronizado de exercícios. Ao contrário, pequenas alterações que aumentam a atividade física diária permitirão que os indivíduos reduzam seus riscos de doenças crônicas e poderão contribuir para uma
melhoria da qualidade de vida (NIEMAN, 1999, p. 18).
Em relação a que AF praticar a escolha deve ser feita respeitando as
individualidades, limite e restrições de cada um, levando-se em conta a preferência
pessoal, pois os benefícios e a continuidade da atividade são conseguidos com a
prática regular da mesma e o prazer em realizá-la. Portanto, é necessário que a
pessoa se sinta bem em praticar a atividade que escolheu.
É vital lembrar que toda e qualquer atividade deve ser controlada
preferencialmente, se possível, por profissionais qualificados da área de Educação
Física (EF), que está associada diretamente a melhorias da saúde e condições
físicas dos praticantes.
20
4.2 IDOSAS E ATIVIDADE FÍSICA
Em virtude dos constantes apelos veiculados pela mídia no sentido de
estimular a prática regular de atividades físicas, verifica-se um despertar de
interesse na busca de se alcançar uma boa forma física e a obtenção de um perfil
bem delineado e corpo atrativo. No entanto, este estímulo ao cultivo da estética
perfeita, acaba renegando os reais benefícios que estas atividades trazem a saúde,
tendo isso ficado em segundo plano e ainda mais, abaixo desse contexto, ficam
exclusos “o grupo da terceira idade” que vem aumentando significativamente em
virtude do aumento da expectativa de vida do povo brasileiro.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), a
Organização das Nações Unidas (ONU) divide os idosos em três categorias: os pré-
idosos (entre 55 e 64 anos); os idosos jovens (entre 65 e 79 anos - ou entre 60 e 69
para quem vive na Ásia e na região do Pacífico); e os idosos de idade avançada
(com mais de 75 ou 80 anos). (OMS apud IBGE)
Ainda segundo o IBGE a população de idosos representa um contingente de
quase 15 milhões de pessoas com 60 anos ou mais de idade (8,6% da população
brasileira). Nos próximos 20 anos, a população idosa do Brasil poderá ultrapassar os
30 milhões de pessoas e deverá representar quase 13% da população ao final deste
período. Em 2000, segundo o Censo, a população de 60 anos ou mais de idade era
de 14.536.029 de pessoas, contra 10.722.705 em 1991. O peso relativo da
população idosa no início da década representava 7,3%, enquanto, em 2000, essa
proporção atingia 8,6%. (IBGE, 2000).
A proporção de idosos vem crescendo mais rapidamente que a proporção de
crianças. Em 1980, existiam cerca de 16 idosos para cada 100 crianças; em 2000,
essa relação praticamente dobrou, passando para quase 30 idosos por 100
crianças. A queda da taxa de fecundidade ainda é a principal responsável pela
redução do número de crianças, mas a longevidade vem contribuindo
progressivamente para o aumento de idosos na população. Um exemplo é o grupo
das pessoas de 75 anos ou mais de idade que teve o maior crescimento relativo
(49,3%) nos últimos dez anos, em relação ao total da população idosa. (IBGE,
2000).
No Brasil, em média, as mulheres vivem oito anos a mais que os homens. As
21
diferenças de expectativa de vida entre os sexos mostram: em 1991, as mulheres
correspondiam a 54% da população de idosos; em 2000, passaram para 55,1%.
Portanto, em 2000, para cada 100 mulheres idosas havia 81,6 homens idosos.
(IBGE, 2000).
O IBGE projetou a esperança de vida ou vida média das mulheres do ano de
1910 a 2000, é notável nitidamente nos dias atuais mais que o dobro da expectativa.
PERÍODO ESPERANÇA DE VIDA OU VIDA MÉDIA - MULHERES 1910/2000
1910 34.6
1920 35.2
1930 37.3
1940 43.1
1950 52.3
1960 52.3
1970 63.1
1980 64.7
1990 69.1
1991 69.8
2000 72.6 Tabela 1: Esperança de vida média das mulheres 1910/2000
Ainda segundo o IBGE a Organização Mundial de Saúde prevê que, lá pelo
ano 2025, pela primeira vez na história, teremos mais idosos do que crianças no
planeta. Como principal motivo dessa elevação da expectativa média de vida, temos:
o avanço da medicina e a melhora na qualidade de vida. A tendência pelo
envelhecimento da população brasileira apresenta desafios significativos para a
sociedade e especificamente para o idoso, entre eles, a atenção à pessoa idosa
para redescobrir possibilidades de viver sua própria vida com a máxima qualidade
possível. (IBGE, 2000).
Antagonicamente a isso Lorda (1995), relata que hoje 70% das pessoas
acima de 60 anos no Brasil são sedentárias. Esta estatística é assustadora se
considerarmos as conseqüências deste sedentarismo, que variam desde o risco de
infarto do miocárdio até acidentes vasculares e o câncer. Este problema se agrava
nas pessoas de terceira idade. Pois nesta fase o organismo já não é mais como
antes.
A velhice traz consigo a redução das aptidões físicas e consequentemente
22
diversas patologias. Com a aposentadoria chegando acompanha também, muitas
vezes a sensação de inutilidade. A saúde frágil e a perda gradativa da autonomia e
independência, dentre outros agravantes, acabam incitando os idosos a buscarem
uma nova perspectiva de vida com qualidade.
Existe um consenso entre os estudos realizados (MATSUDO & MATSUDO,
1992; SHARKEY, 1998; NIEMAN, 1999; OTTO, 1987; WEINECK, 2000 e etc.) de
que a AF constante traz benefícios incontestáveis para a prolongação dos anos de
vida com uma melhor qualidade. A AF é um das principais vertentes para a
afirmação da expectativa da OMS mesmo com o número absurdo de idosos
sedentários.
Segundo Otto (1987) o idoso tem perda de até 5% da capacidade física a
cada 10 anos e pode recuperar 10% através de atividades físicas adequadas.
Okuma ressalta que “A atividade física regular incrementa o pico de massa óssea,
ajudando na manutenção da massa óssea existente e diminuindo sua perda
associada ao envelhecimento”. (OKUMA, 1998. p.73).
Mas que tipo de atividade física é mais apropriado para pessoas na terceira
idade? Vários autores afirmam que a melhor atividade para pessoas idosas é
caminhada com duração de 30 minutos por dia, três a cinco vazes por semana.
(MATSUDO & MATSUDO, 1992; SHARKEY, 1998; NIEMAN, 1999).
O exercício é um poderoso remédio, muito diferente de qualquer pílula
disponível. Um “elixir mágico” que prolonga a extensão e a qualidade de vida diminui
o risco de doenças cardíacas, diabetes e câncer, alivia a ansiedade a depressão
mental, aumenta o tônus muscular à função cardíaca e a diminui a pressão arterial,
conforme muitos estudos já demonstraram.
Tal poção existe, mas exige tempo e esforço – duas barreiras que podem
transformar qualquer atividade regular numa pílula amarga a ser engolida. De
qualquer maneira, para aqueles que estão dispostos ao sacrifício, esse
medicamento caseiro poupador de saúde proporciona benefícios excitantes com
poucos efeitos colaterais.
23
4.3 ADERÊNCIA A PRATICA DE ATIVIDADE FISICA
A crescente propagação de informações na sociedade vigente a respeito de
saúde, corpo e todas as formas de movimento, resultam num aumento pela procura
da atividade física, mas não garantem a real adesão continuada à mesma. Com isso,
as pessoas são incitadas a iniciar a prática de uma atividade física por vários
motivos pessoais, mas seguidamente não conseguem incorporá-la efetivamente no
seu cotidiano, deixando-a de lado seguidas vezes. Para a manutenção e promoção
da saúde seria de grande valia que a prática de atividade física ocorre-se de forma
ininterrupta, por todos os períodos da vida, sem este movimento de desistência,
dias, semanas, ou até alguns meses após o início de um programa de exercícios.
Como muitos sabem ajudar as pessoas a se tornarem mais ativas é uma
tarefa árdua. Exige de certa forma uma maior compreensão sobre o que motiva
diferentes pessoas, cada qual com suas individualidades, a aderir a pratica regular
de exercícios físicos.
Sabe-se que a aderência não ocorre imediatamente após o inicio da prática.
Há um processo lento da inatividade até a manutenção da prática. Pessoas
sedentárias não se tornam ativas da noite para o dia, nem a que são ativas se
tornam sedentárias todas de uma vez, há uma progressão para frente ou para trás
através de uma serie de estágios de mudança.
A aderência, segundo Saba (2001, p.71) pode ser entendida como ápice de
uma evolução constante, rumo à prática do exercício físico. O exercício físico é um
processo comportamental complexo, que envolve diversos vertentes, portanto, não
deve ser considerado como um simples fenômeno de “tudo ou nada”. Pitanga define
exercício físico como: “[...] atividade repetitiva, planejada e estruturada, que tem
como objetivo a manutenção e melhoria de um ou mais componentes da aptidão
física”. (PITANGA, 2008, p.16).
Nunomura (1998) divide em quatro (quatro) possibilidades os
comportamentos frente à adoção da prática do exercício físico, sendo estas:
Adoção: Crença dos benefícios proporcionados à saúde; é provável que a
motivação esteja mais relacionada ao bem-estar.
24
Manutenção: mais automotivados, estabelecendo as suas próprias metas,
tem apoio familiar, a adesão está mais relacionada às sensações de bem
estar e prazer, não percebem inconveniência nos exercícios.
Desligamento: falta de tempo, e a inconveniência, falta de motivação, fatores
situacionais, ocorre em maior número nos que tem histórico de inatividade ou
baixas capacidades físicas e motoras.
Retomada da atividade: melhor habilidade de administração do tempo,
sensação de controle e autoconfiança, metas mais flexíveis e pensamento
positivo.
Os benefícios do exercício à saúde mental como sensação de relaxamento,
redução da ansiedade e melhora do humor, parecem atuar intensamente para que
haja um envolvimento continuo favorecendo, portanto, a manutenção em
determinada prática. Kimiecik (1991) anteriormente havia relatado exatamente isso,
em concordância com Nunomura, citando que a motivação por trás deste
envolvimento continuo, dessa aderência, está mais relacionado à sensação de bem-
estar e prazer.
Saba (2001) nos coloca como determinantes da aderência:
Fatores pessoais;
Fatores ambientais;
Características do exercício físico.
As individualidades nesse contexto pesam, algumas pessoas têm facilidade
em aderir à prática de uma atividade física do que outras. A mídia tem um papel
fundamental nesse contexto no que diz respeito à adesão ou pelo menos a
experimentação, dando o primeiro passo para a aderência. Figueira Junior (2000)
mostra que a parceria com a mídia é muito importante para a redução do estilo de
vida sedentário, pois é um meio muito rápido e possível formador de opinião
(principalmente a mídia televisiva).
Antagonicamente a isso Malysse (2002) diz que a mídia brasileira nos convida
a pensar no corpo como arte, este deve ser desenhado e esculpido de acordo com o
modelo que estiver na moda, instaurando uma luta constante contra o corpo real. Em
contraposição, Saba (2001) acredita que a mídia coloca o corpo sadio e belo como
25
um objeto de desejo, inserindo um estilo de vida mais saudável.
Segundo Freitas et al (2007), a busca pela prática de exercícios físicos em
programas para promoção de saúde vem crescendo na atualidade, porém a procura
pelos indivíduos idosos ainda é menor quando comparada com indivíduos mais
jovens.
Como o mercado começa a exigir profissionais cada vez mais especializados
para atender este público, é importante considerar que a competência profissional
não só demanda do domínio técnico, mas também da capacidade de motivar, ajudar
e orientar adequadamente, proporcionando uma permanência prazerosa dos idosos
nas AF. Sendo assim, cabe ao profissional de EF buscar mais conhecimentos
teóricos no campo do envelhecimento para poder compreender as necessidades
dessa clientela e desenvolver um trabalho mais direcionado, de acordo com seus
interesses.
26
5 METODOLOGIA
5.1 MODELO DE ESTUDO
Este estudo tem características descritivas, pois exige do pesquisador
informações sobre do que se deseja pesquisar: o espaço Luís Viana Filho como fator
de aderência a pratica da atividade física por idosas. O estudo descritivo descreve
os fatos e fenômenos de determinada realidade. A pesquisa descritiva tem como
objetivo descobrir com precisão a freqüência em que um fenômeno ocorre e sua
relação com outros fatores (TRIVINOS, 1987) Essa pesquisa tem caráter quantitativo
“a razão para se conduzir uma pesquisa quantitativa é descobrir quantas pessoas de
uma determinada população compartilham uma característica ou um grupo de
características”. (MARCONI; LAKATOS, 2003)
5.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA
A população foi composta por amostra não probabilística de 30 pessoas do
sexo feminino, com idade igual ou superior a 55 anos, no que categoriza a
Organização Mundial de Saúde como idosos: pré-idosos (entre 55 e 64 anos); os
idosos jovens (entre 65 e 79 anos - ou entre 60 e 69 para quem vive na Ásia e na
região do Pacífico); e os idosos de idade avançada (com mais de 75 ou 80 anos),
todas freqüentadoras do espaço público Luís Viana Filho na cidade de Alagoinhas -
Bahia. A escolha do espaço tem como pressuposto a proximidade e a sua imensa
utilização, e a freqüência e assiduidade do pesquisador nesse espaço para a prática
de exercícios físicos. Até o presente momento, este é o único espaço público
destinado especificamente para a prática da atividade física nessa cidade.
5.3 LOCAL DO ESTUDO
O estudo ocorreu no município de Alagoinhas, localiza-se na região leste da
27
Bahia, a 93 km da capital baiana, com uma população estimada segundo os
Primeiros Resultados do Censo 2010 do IBGE de 142,160 habitantes, com extensão
territorial de 7733,97 km². A cidade de Alagoinhas é um dos municípios baianos em
que a Universidade do Estado da Bahia tem um dos seus 24 campi. É uma cidade
territorial, composta por pequenos distritos e pequenas cidades que se aninham
formando uma região, que se encontra em aparente desenvolvimento como em
outras realidades Brasil afora.
5.3.1 Descrição do espaço
Em busca de informações sobre quando foi inaugurado o local de estudo e o
que havia anteriormente nesse espaço, foi encontrado no Jornal Gazeta dos
Municípios, uma referência do que se chamava uma obra polêmica, o trecho dizia:
[...] A obra do Luis Viana é polêmica porque promoveu a retirada da grama para fazer a pista de cooper. Os críticos de plantão apontam a retirada da grama como uma agressão, e que aquela área, com um enorme fluxo de veículos, não é o local ideal para tal prática. Perde-se calorias e ganha-se alguns poluentes expelidos pelas descargas dos veículos [...]. (Gazeta dos municípios, Alagoinhas (BA), 1º de setembro de 2009, pág. 2.).
Segundo o site do portal oficial da prefeitura de Alagoinhas em matéria
divulgada pela a Assessória de Comunicação (ACOM) o Secretário Eduardo
Alvarenga de Infraestrutura, relatou que o espaço seria entregue à população até o
final do mês de março de 2010. (PORTAL OFICIAL DE ALAGOINHAS, 2010).
Dessa forma foi divulgada, ainda segundo a mesma fonte oficial que mesmo
não finalizado, a população já usufruía do espaço, que teria quiosques comerciais,
bancos para descanso e equipamentos de ginástica, além de nova iluminação. O
local seria provido de esteiras ergométricas, bicicletas, entre outros equipamentos de
malhação. Em sua extensão, a Pista de Cooper iria também reunir dois quiosques
em pontos estratégicos, com venda de coco e outras iguarias e um posto de
atendimento à saúde, disponibilizando profissionais para, por exemplo, verificar
pressão e dar orientações médicas. O usuário do espaço usufruiria de qualidade,
conforto e segurança durante a sua caminhada e o novo espaço seria também um
lugar de encontro para as famílias, transformando-se em mais uma área de lazer do
28
município. (PORTAL OFICIAL DE ALAGOINHAS, 2010).
Na integra, a realidade é extremamente diferente do que se planejou para
esse espaço. Apenas em Maio de 2011, foi assinado o termo de cessão do uso dos
quiosques da pista de Cooper, mais ainda não entrou em vigor de fato, e os dois
quiosques ficam em total abandono, sendo apenas ponto de resenhas dos
estudantes do Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães que fica de frente para o
espaço.
A instituição responsável por gerir os quiosques foi dada segundo a ACOM
pelo o prefeito Paulo Cezar a Primeira Igreja Batista de Alagoinhas, para
comercialização de lanches, como água de coco, sucos, salgados e afins e também
para disponibilização de técnicos de enfermagem que ficariam disponíveis no local
para aferir a pressão daqueles que freqüentam o local. (PORTAL OFICIAL DE
ALAGOINHAS, 2011).
Bancos para descanso até o presente momento não existem no espaço, e a
iluminação parece ser um problema principalmente para as pessoas que só podem
utilizar o espaço a noite.
Um ponto positivo é que no espaço encontra-se uma profissional de saúde.
Em uma entrevista informal esta profissional relatou que esta no local pela prefeitura
municipal, através da iniciativa do Secretário de saúde da cidade –
José Edésio Cardoso, é formada em Técnica em Enfermagem e Serviço Social e
está no local desde o inicio do ano de 2011, trabalha no turno matutino e vespertino.
Pela manhã segundo ela fica das (05h45min às 10h30min) e à tarde das (17h:00min
às 20h:30min). No local ela Verifica Pressão Arterial, Glicemia Capilar e faz
Avaliação.
Em relação aos equipamentos de musculação nota-se que existem no espaço
em aparente boa conservação: 2 barras fixa, 2 mesa abdominal em posição
declinada, 2 barra paralela, 3 pares de argolas – que podem servir como aparelho
de musculação ou apenas de diversão e um brinquedo de lazer infantil.
No decorrer do espaço, que tem uma boa arborização e as gramas são
cortadas constantemente, encontram-se 5 lixeiras espalhadas sendo que desse
valor uma localiza-se em um dos quiosques. Em todo o espaço há apenas duas
placas indicativas de velocidade, fixadas no mesmo poste, sendo a velocidade
máxima permitida no local de 30 km/h. Infelizmente nota-se a falta de respeito dos
motoristas com os pedestres que estão no local em atividade e com as leis de
29
trânsito, pois passam na área muito acima da velocidade permitida na avenida, que
no decorrer do espaço, não há nenhum redutor de velocidade, levando risco de
morte aos praticantes do local e estudantes do Colégio Modelo Luís Eduardo
Magalhães, um dos maiores de Alagoinhas, que fica de frente para o espaço.
No espaço delimitado, observam-se linhas demarcativas de 50 metros, caso
os usuários queiram treinar especificidades como potência (tiros), entres outras
valências físicas, sendo que o espaço destinado à prática no seu total, ou seja, a
volta completa é de 800 metros.
5.4 INSTRUMENTOS DE MEDIDA
Buscando qualificar o espaço do entendimento dos entrevistados foi aplicado
um questionário estruturado. O uso de questionário tem vantagens que possibilita
atingir grande número de pessoas, implica menores gastos com pessoal, garante o
anonimato das respostas, permite a resposta no momento de conveniência das
pessoas, não expõe os pesquisado à influência das opiniões e do aspecto pessoal
do entrevistado, mas tem suas limitações que exclui os analfabetos, impede o auxílio
ao pesquisado, impede o conhecimento das circunstâncias em que foi respondido,
não garante que a maioria das pessoas preencha devidamente, os itens podem ter
significado distinto para cada sujeito pesquisado. (GIL, 1999). Caracteriza-se,
portanto, uma pesquisa de abordagem quantitativa por se adequar na apuração de
atitudes e opiniões explícitas e conscientes dos entrevistados.
5.5 COLETAS DE DADOS
Foi utilizado um questionário estruturado composto de 11 (onze) perguntas,
buscando coletar as variáveis sócio-demográficas (idade, renda familiar) e dados
comportamentais (tempo de prática no espaço, freqüência da atividade semanal)
necessárias para realização da pesquisa. A linguagem utilizada no questionário foi
simples e direta para que a entrevistada compreender-se com clareza o que estava
30
sendo perguntado. Antes da aplicação do questionário foi explicado o objetivo do
estudo e pedido o consentimento. A abordagem foi direta, pedindo ao voluntário um
pouco do seu tempo ao termino da sua atividade para a aplicação do questionário. O
questionário somente foi aplicado a mulheres que se enquadraram no que
categoriza a OMS como idosos, para isso o pesquisador ficou em um ponto
estratégico em um dos dois quiosques localizado no local de estudo. O questionário
passou por uma etapa de pré-teste, num universo reduzido, para que se necessário
corrigi-se eventuais erros de formulação. A sua aplicação ocorreu em diferentes dias
da semana nos três turnos no mês de Junho e Julho de 2011.
5.6 ANÁLISE DE DADOS
A partir das informações coletadas os dados foram analisados através da
estatística descritiva (média, desvio padrão, percentagem), utilizando-se o software
Microsoft Excel 2007 e os seus resultados serão demonstrados na forma de gráficos.
31
6 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Os resultados coletados serão aqui apresentados, com o diagnóstico
descritivo e estatístico realizados. Primeiramente serão apresentados em tópicos os
dados referentes às respostas das perguntas solicitadas, abordando e as
justificando sobre o que diz a literatura com intuito de embasar o estudo e por
conseqüência explicar as respostas dadas.
A amostra foi formada por 30 pessoas do sexo feminino e a média de idade
do presente estudo foi de 60,2 ± 4,9 anos. Alguns autores alegam que a faixa etária
não tem sido inteiramente relacionada à adesão de um programa de exercício físico
(COMOSS, 1988; OLDDRIDGE, 1988).
De acordo com o gráfico 1 a renda familiar encontrada demonstra que o
percentual de pessoas que tem uma boa condição financeira e que utilizam o local é
alto. Mesmo por que, esse espaço localiza-se no centro da cidade, onde comporta,
aparentemente, uma grande quantidade de pessoas com o nível econômico
elevado. Esse resultado corrobora com a de outras pesquisas demonstrando que
quanto menor o nível econômico e escolaridade menor o nível de atividade física do
individuo. No estudo realizado por Ford et al. (1991) foi constatado, também,
associação entre nível sócio-econômico e atividade física no lazer, sendo homens e
mulheres com menor nível sócio-econômico menos ativos fisicamente.
Segundo Troiano et al (2001) em geral, quanto maior o poder aquisitivo e a
32
escolaridade de um indivíduo, maior será a sua chance de praticar atividades físicas
no seu tempo destinado ao lazer. Um dos fatores limitantes do presente estudo foi o
fato de não ter sido incluso no questionário a pergunta sobre o nível de escolaridade
das idosas entrevistadas, o que impossibilita o desenvolvimento e aprofundamento
de algumas análises por falta de detalhamento de informações.
Em relação aos motivos para a adesão, tomamos como base o percentual
delimitando as 5 (cincos) mais votadas. Dentro as opções listadas estavam: saúde,
bem-estar, qualidade de vida, auto-estima, estética, lazer, relação interpessoal,
vivências diversas, falta de recurso para estar em uma academia e outros motivos.
As opções foi listada de 1 (um) a 10 (dez) e os participantes marcaram todas
as alternativas por ordem de prioridade, sendo a numeração 1 (um), prioridade
máxima e a 10 (dez) prioridade mínima.
Gráfico 2 – Objetivos para a prática de Atividades Físicas.
De acordo com o gráfico 2 saúde foi o principal motivo citados pelas idosas
como fator de adesão no espaço estudado, e a única alternativa que apareceu nos
30 questionários aplicados entre as 5 prioridades que delimitamos, totalizando um
total de 23%. Com valor parecido mais abaixo se encontra os outros motivos mais
citados: Bem-estar e Qualidade de vida com 22%, auto-estima com 21% e estética
com 12%.
A adesão relacionada à saúde é consistente com as informações disponíveis
na literatura. Como já relatado anteriormente cientistas enfatizam cada vez mais a
inclusão da atividade física em programas mundiais de promoção da saúde, devido
33
às inúmeras evidências epidemiológicas que sustentam um efeito positivo de um
estilo de vida ativo na prevenção e minimização dos efeitos deletérios do
envelhecimento.
Já existe um consenso de que a atividade física regular pode prevenir ou
minimizar complicações decorrentes do processo de envelhecimento, como por
exemplo, o aparecimento das doenças crônico-degenerativas ou outras que venham
limitar o idoso na execução de suas atividades da vida diária.
Esses resultados corroboram com os achados de Freitas et al (2007) e Mazo
et al (2006). Nos estudos o principal motivo de adesão a atividade física foi,
respectivamente, “melhorar a saúde” (84,2%).
O bem-estar na perspectiva subjetiva traz benefícios múltiplos, pois liberam
hormônios responsáveis pela sensação de prazer. Este foi citado como uma das
prioridades logo após saúde e teve um percentual igual ao de qualidade de vida. O
bem-estar centra-se na avaliação que as pessoas fazem, com base nos seus valores
e necessidades pessoais. Identifica conceitos como “Felicidade”, “Satisfação com a
Vida” e “Experiências Emocionais” como componentes da qualidade de vida. (RYFF,
1989, 1995; KEYS, RYFF, SHMOTKIN, 2002).
Nesta faixa etária, as pessoas procuram livrar-se de situações estressantes,
querem desfrutar de todos os benefícios de sua aposentadoria e viver mais
relaxadas, fato recorrente na permanência a respeito das variáveis relativas ao
exercício, ao ambiente e ao próprio bem-estar, que é compreendido como o direito à
qualidade de vida.
Em relação à qualidade de vida Vieira (1996), cita que alguns fatores
favoráveis como aceitar mudanças, prevenir doenças, estabelecer relações sociais e
familiares positivas e consistentes, manter um senso de humor elevado, ter
autonomia e um efetivo suporte social contribuem para a promoção do bem-estar
geral do idoso e conseqüentemente, influenciam diretamente numa melhor
qualidade de vida.
Esses conceitos andam juntos. Como afirma Saba (2001), a qualidade de vida
proporciona o bem-estar por meio de sensação de conforto físico e mental, alívio,
leveza, dever cumprido, originado pelo prazer, pela satisfação pessoal. Assim como
para Lorda (2001), que também considera qualidade de vida como fator
multidimensional, pois envolve bem-estar, felicidade, sonhos, dignidade e cidadania.
34
Em relação à variável auto-estima citada os autores Davis (1997), Fox (1997)
e Hasse (2000), afirmam que com o processo de envelhecimento há uma diminuição
da auto-imagem e da auto-estima. O ser humano é dependente do seu corpo, das
habilidades, roupas, cabelos, bem como da integração e harmonia com relação ao
“eu”. A atividade física se constitui em uma forma de envelhecer ativo, para que as
idosas possam ter autonomia e independência por mais tempo com melhor auto-
estima.
Estética foi o último item citado nos cinco (5) que delimitamos mais não
menos importante, lembrando que houve dez (10) opções para serem marcadas por
ordem de prioridade. A aparência corporal tem sido, apropriadamente, vista como
fundamental. O culto ao corpo, pela dieta, roupas, aparência e outros fatores, é uma
qualidade comum de atividade de estilo de vida na sociedade vigente. Portanto, um
cuidado continuado com o desenvolvimento corporal é parte essencial do
comportamento social moderno.
No estudo de Santos e Knijnik (2006) apesar do principal motivo de adesão
dos avaliados não ser de cunho estético, os mesmos demonstraram preocupação
com a imagem corporal, pois o motivo “estética” foi citado por 11% dos 30
entrevistados como determinante a adesão. Os mesmos tinham idade entre 40 e 60
anos. Esse resultados não diferem dos achados do presente estudo onde o
percentual relativo à estética foi igual a 12%.
As informações obtidas sobre os motivos de adesão a atividade física em
idosas tornam-se importante para auxiliar os profissionais de Educação Física no
direcionamento das diferentes intervenções e programas de atividade física para
esta população específica.
Outra questão solicitada às idosas foi em relação ao tempo de pratica delas
no local. De acordo com o gráfico 3 abaixo, em sua grande maioria, o percentual
referente a pratica por mais de um ano foi verificado, o que mostra a permanência
dessas idosas nesse espaço. Paralelamente a isso demonstra que o grupo
pesquisado tem consciência dos benefícios que a pratica da atividade física,
independente qual seja se respeitado os limites fisiológicos melhora ou mantém o
estado de saúde.
35
Gráfico 3 - Tempo total de utilização do espaço.
Foi observado que grande parte 54% pratica exercícios físicos no local por
mais de um ano. Aliado ao tempo de utilização foi perguntado ao grupo sobre o
tempo de freqüência semanal no local, conforme gráfico 4 abaixo:
Gráfico 4 - Frequência semanal de utilização do espaço.
No estudo de Monteiro e Fogagnoli (2010) em quanto ao nível habitual de
atividade física dos idosos ficou constatada que entre os homens predominou a
classificação de pouco ativo e as mulheres como moderadamente ativas,
demonstrando que estes precisam se preocupar mais com a prevenção e promoção
da saúde em relação a pratica da atividade física.
Antagonicamente a isso, Nieman relata que: “[...] estudos nacionais indicam
que somente cerca de 37 por cento dos homens idosos e 24 por cento das mulheres
36
idosas participam de atividades físicas três ou mais vezes por semana durante 30
minutos ou mais.” (NIEMAN, 1999, p. 291).
Independentemente da faixa etária ou do gênero praticar exercícios físicos é
fundamental, diria que inerente ao ser humano, pensando numa perspectiva de uma
vida saudável e prolongada com qualidade.
Guedes e Guedes (1995), afirmam que as práticas de exercícios físicos
habituais além de promover a saúde, reconhecem também que as vantagens da
pratica de atividade física ajuda na melhora da qualidade de vida, tendo assim
influencia na reabilitação de determinada patologias associadas ao grande numero
de índices de morbidade e mortalidade de um indivíduo sedentário.
Perguntado sobre o tipo de atividade física que essas idosas praticam no local
foi constatado que 100% praticam apenas caminhada. Havia a alternativa
musculação, ciclismo, corrida e a opção outras, mais nenhuma delas foi citada.
A caminhada além de ser uma modalidade democrática é auto-regulável em
termos de intensidade, duração e freqüência e tem um baixo impacto, sendo uma
excelente opção para aumentar o nível de atividade física em idosas. Era de supor
que o exercício mais praticado pelas as idosas seria a caminhada, por ser um
exercício aeróbico, por não implicar em riscos maiores a saúde e por adequar-se a
cada caso. Além disso, níveis moderados de AF, como a caminhada, segundo
Feskanich; Willett; Colditz (2002) são associados significativamente à redução do
risco de fratura do quadril em mulheres após a menopausa.
Em contraposição, em estudo recente realizado por Pitanga et al (2010)
chegou-se a conclusão que, provavelmente, a caminhada isoladamente não seria
uma boa estratégia para prevenção da diabetes. No presente estudo a caminhada
não se apresenta como preditora da ausência de diabetes em nenhum dos domínios
de atividade física analisados: trabalho, deslocamento, atividades doméstica, tempo
livre. São necessários novos estudos que identifiquem a intensidade e o volume de
atividades físicas mais adequadas para a proteção de outros agravos metabólicos e
cardiovasculares.
Nieman lembra que:
Embora haja alguma confusão, existe um sentimento crescente dos pesquisadores que a maioria dos benefícios é proveniente do acúmulo 30 minutos ou mais de atividade física de intensidade moderada durante a maioria dos dias da semana. No entanto, benefícios adicionais para a saúde e para a longevidade ocorrem quando as pessoas realizam uma quantidade
37
maior de exercícios mais intensos. (NIEMAN, 1999, p. 296).
Portanto, vale ressaltar que, as outras formas de treinamento também são de
grande valia para idosos no geral. Em relação à musculação, por exemplo, Nieman
ressalta que:
[...] nas pessoas idosas, a fraqueza muscular pode diminuir a capacidade de realizar as atividades cotidianas, acarretando a dependência de outras pessoas. Além disso, a redução das forças das pernas pode aumentar o risco de lesão em razão de quedas. (NIEMAN, 1999, p. 292).
Só que o espaço é limitado enquanto a aparelhagem e essas idosas, de certa
forma, não são motivadas a realizar exercícios de musculação, entre outros.
Como até o presente momento, esse é o único espaço público, destinado
especificamente para a pratica de exercícios físicos “no geral”, na cidade de
Alagoinhas-Bahia, foi perguntado qual a distancia do local da residência do
praticante até o espaço. As opções encontradas foram: pouca - menor que 1 km;
razoável - de 1 km a 2 km; grande - acima de 3 km.
De acordo com gráfico 5 a maioria das idosas afirmaram morar perto do local
de prática, por isso, outro fator apresentado como determinante para a prática da
atividade física é a proximidade do local de moradia do local da prática. Este
resultado é consistente com os resultados de outras pesquisas (REIS, 2001).
Hoje em dia, as pessoas dispõem de pouco tempo para a prática de atividade
física, e um local que não seja próximo à sua residência, mesmo público, dificilmente
será escolhido pelo praticante, devido à dificuldade de deslocamento.
Gráfico 5 - Distância residência/local da pratica
38
Outra pergunta solicitada as idosas e que alude ao objetivo geral desse
estudo foi sobre o que poderia contribuir para elas se sentirem mais motivadas em
estarem utilizando o espaço para a prática de atividades físicas. Houve 13 (treze)
opções, todas foram marcadas por ordem de prioridade, em uma numeração
crescente, sendo o número 1 (um) prioridade máxima e o 13 (treze) mínima.
As opções foram: pouca distância da sua residência até esse espaço, boa
segurança por todo o percurso, boa iluminação, um profissional da área de saúde
presente, uma boa condição e manutenção dos equipamentos de ginástica e
musculação, bom funcionamento dos quiosques e bancos para descanso, sanitários
públicos em lugares estratégicos e com uma boa manutenção, uma menor poluição
do ar nessa área, menos problemas de saúde e uma boa condição física, fatores
climáticos favoráveis, falta de recurso de estarem em um lugar melhor, o convívio
com outras pessoas e vivências diversas, outros motivos.
As opções oferecidas tiveram um olhar do pesquisador sobre as demandas
do espaço: o que já tem e não está em funcionamento ou o que ainda poderá ter, a
fim de melhorar a estrutura, socialização e os valores do lugar e de quem dele se
apropria.
A fim de embasar melhor os dados obtidos, a luz da literatura e de outros
estudos. De acordo com o gráfico 6 foi delimitado as 5 (cinco) prioridades votadas
pelas idosas que contribuiriam como fator de motivação em aderirem o espaço,
conforme gráfico abaixo:
Gráfico 6 – Fatores que contribuiria para incentivar a aderência.
39
Boa segurança por todo o percurso 28%, esse foi o principal motivo citado
pelas idosas como fator de aderência no espaço. O desejo humano de sentir-se
seguro precisa ocupar a atenção cotidiana e, assim, superar a dimensão da
marginalidade. O espaço citado, tem a fama de perigoso, principalmente a noite,
onde há relatos de constantes assaltos.
As autoridades públicas, uma vez tendo acesso a essa informação, precisam
melhorar a segurança no local, guarnições da Guarda Municipal – precisam fazer
ronda inteligente no local ou até mesmo deslocar parte do seu contigente para o
espaço, o direito de ir e vir precisa ser respeitado.
Segundo Alves (2001) a segurança da cidade e das pessoas é intrinseca a
condição cidadã; em vez de ser instrumento externo para garanti-la, efetivamente é
parte dela. Destarte, na sua inesistência ou ruptura, só pode degenerar-se em
insegurança.
Segundo Jacobs (2000) os parques, praças, espaços culturais e mesmo as
calçadas sofrem do mesmo problema das ruas sem olhos e seus riscos espalham-se
pela vizinhança, de modo que as ruas que os margeiam ganham fama de perigosas
e evitadas.
Portanto, é fundamental que o nivel de segurança aumente no local, para que
cada vez mais idosas, e todas as pessoas que se apropriam do espaço, possam
praticar sua atividade tranquila e o seu direito de ir e vir não seja violado.
Uma boa condição e manutenção dos equipamentos de ginástica e
musculação foi o segundo item citado pelas idosas com 20%. Isso pode estar
relacionado diretamente com a pergunta anterior sobre a atividade que pratica no
local. A infra-estrutura do espaço, na parte que diz respeito aos equipamentos de
ginástica e musculação parecem ter sido projetado visando o público masculino. São
aparelhos que exigem força, onde a resistência é o próprio corpo em detrimento da
gravidade – Barra fixa, barra paralela e mesas abdominais declinadas. Por estar em
uma espaço aberto, há ainda uma exposição grande da figura feminina, isso é uma
fator que pode acabar inibindo as mulheres e ainda mais as mulheres idosas em
usar os equipamentos.
Marcellino (2006) lembra que muitas vezes a solução não está na construção
de novos equipamentos, mas na recuperação e revitalização de espaços
destinando-os a sua própria função original, ou, com adaptações necessárias, a
outras finalidades.
40
Portanto, algumas iniciativas poderiam ser tomadas nesse sentido. Mas,
muito mais pode ser feito, e na maioria das vezes, dependendo de recursos bastante
menores do que os necessários para novas construções. Assim a idéia de uma
estrutura física totalmente diferenciada pode ser feita. Equipamentos podem fugir do
modelo vigente dos espaços públicos de ginástica e musculação conhecidas pela
maioria da população. Além de proporcionar diversos tipos de exercícios físicos,
oportunizariam novas experiências corporais. Tais espaços atenderiam a população
idosa, mais isso não impediria que fosse utilizado por outras faixas etárias.
Seria interessante que as autoridades públicas ao realizar o planejamento do
espaço, entrassem em contato com a comunidade local para haver uma nova forma
de planejar e estruturar os equipamentos de forma democrática, de acordo com as
aspirações da população. Pois há uma necessidade na proposição de equipamentos
de ginástica, musculação e até mesmo de lazer que venham possibilitar
diversificadas experiências a todos.
Profissional de saúde presente foi uma das prioridades também solicitadas
pelas as idosas estudadas com 18%. O interessante é que no local encontra-se uma
profissional de saúde. Tomando como base os dados fui ao encontro da mesma
apenas no intuito de saber a sua formação, tempo no local, o serviço ofertado e em
que horários. Fui autorizado a divulgar o nome da mesma e os dados solicitados.
Maricélia1, é formada em técnica de enfermagem e serviço social, está no espaço
desde o começo do ano de 2011, fica no local no turno matutino e vespertino, sendo
que pela manhã fica das (05h45min às 10h30min) e à tarde das (17h:00min às
20h:30mn). No local ela Verifica Pressão Arterial, Glicemia Capilar e faz Avaliação
como já relatado anteriormente.
A mesma comentou que trabalha pelo município no Programa de Saúde da
Família e que está lá pela iniciativa do atual secretário da saúde da cidade de
Alagoinhas-Bahia, José Edésio Cardoso.
Bodstein lembra que:
A experiência cotidiana com as instituições públicas de assistência à saúde faz com que a população usuária elabore significados sobre o papel do Estado, das políticas assistenciais, dos serviços públicos e sobre a própria identidade de quem utiliza os serviços. (BODSTEIN, 1996: 2).
1 Maricélia S.S, Cardoso de Souza.
E-mail: [email protected]; [email protected]
41
Portanto é de fundamental importância que o serviço público oferecido atenda
a expectativa da população. Muitas idéias nesse contexto têm sido ofertadas, como
o programa Academia da Saúde criado pela Portaria nº 719, de 07 de abril de 2011,
que tem como principal objetivo contribuir para a promoção da saúde da população
a partir da implantação de pólos com infraestrutura, equipamentos e quadro de
pessoal qualificado para a orientação de práticas corporais e atividade física e de
lazer e modos de vida saudáveis. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2011)
São idéias como essa, oferecida pelo Ministério da Saúde que se adaptada a
realidade de cada município traz múltiplos benefícios a população que se apropria
do espaço, favorecendo a pratica regular orientada por uma equipe de profissionais
de saúde, principalmente os de Educação Física, melhorando a qualidade de vida
dos praticantes.
Outro item citado pelas idosas como prioridade referente ao espaço é a
questão da boa Iluminação no local 18%. É de suma importância que o local da
pratica e o seu entorno tenha uma iluminação satisfatória. Lugar com baixa
iluminação transforma-se em locais marginalizados, perigosos e frequentados para o
uso de drogas que, ao invés de melhorar a qualidade urbana de seu entorno, têm o
efeito contrário e colaboram para a discriminação e desvalorização do bairro em que
o espaço se encontra. Sendo assim, certamente tais espaços serão evitados
principalmente à noite, e ainda mais por idosas.
Em entrevista pela Assessória de Comunicação (ACOM) no Portal Oficial da
cidade registrada no dia 08 de Julho de 2011 no Site da Prefeitura de Alagoinhas o
atual Secretário de Serviços Públicos da cidade Roberto Torres relata que:
Os recursos do programa são oriundos da CIP- Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública, instituída pela Lei Complementar 011/2001 de 27 de dezembro de 2004, alterada pela Lei Complementar 054/2009 de 18 de dezembro de 2009. O recurso destinado ao Banho de Luz está planejado em aproximadamente R$ 1.440.000,00/ano. (PORTAL OFICIAL DE ALAGOINHAS, 2011).
Fica evidente, portanto, que grande parte do dinheiro dos impostos que
pagamos se destinam a iluminação pública das nossas cidades. Então, temos
deveras o direito de usufruir de uma iluminação com qualidade. Sem duvidas que
uma iluminação moderna além de oferecer um manto de segurança é agradável as
pessoas, fazendo com que haja uma maior aderência no espaço proporcionando
42
experiências diversas.
Pouca distância da residência até o espaço 16% é o último ponto citado pelas
idosas que aqui consideraremos das 5 (cinco) que delimitamos. Sem dúvidas que a
proximidade do local da pratica é um dos fatores que pode determinar a sua
aderência. Diversos estudos corroboram o achado até mesmo em espaços privados
como em academias. (BAPTISTA, 2001; ROJAS, 2003; CHECA et al., 2006).
Na pergunta anterior procuramos saber qual a distância estipulada da
residência do praticante até o espaço. O grupo que respondeu razoável e grande
correspondeu a 37% o que pode explicar a pouca distância da residência até o
espaço ter aparecido como um das prioridades para a aderência.
Outra pergunta solicitada as idosas tinha haver com a satisfação com o
espaço ou até mesmo a possibilidade, hipótese, perspectiva e tantos outros
sinônimos, de haver novos locais públicos destinados especificamente a pratica de
exercícios físicos, que talvez fossem próximo a sua residência. A maior parte das
entrevistadas 73% respondeu que preferem o mesmo espaço, 23% responderam
que não. Em relação a isso Puppi (1981), relata que a quantidade adequada deve
estar combinada com a ordenação de um sistema, de modo que toda a população
possa desfrutar dos espaços abertos públicos eqüitativamente, com mais ou menos
a mesma facilidade de acesso.
Segundo o IBGE (2010) Alagoinhas tenho uma Unidade Territorial de 752,
389 km² e a densidade demográfica (hab/km²) de 188,66. Certamente que um único
espaço não atenderia a todo contingente da cidade que necessita dos mesmos para
a pratica regular com qualidade de um exercício físico. Enquanto isso, as avenidas,
calçadas, ruas, praças e onde haver um “pedaço de terra” vem sendo usados para
suprir a necessidade de um espaço público adequado.
Bartalini (1986) lembra que os valores associados aos espaços coletivos não
são excludentes, pelo contrário, é importante que estejam interligados para que
esses espaços alcancem melhor desempenho dentro do sistema urbano, levando
em consideração a adequação ambiental e os usuários.
Enfim, enquanto não houver a possibilidade de existir novos espaços é
fundamental que haja manutenção e adequação nos já existentes, para que as
idosas e todas as faixas etárias possam usufruir do mesmo com qualidade.
Pensa em desistir? Foi a outra pergunta solicitada às idosas, salientando que
o pesquisador na hora da aplicação do questionário explicou que era desistir de
43
praticar atividades físicas, não do espaço. Portanto foi constatado que 100% das
idosas não pensam em desistir de praticar exercícios físicos.
É de suma importância para os idosos no geral a pratica regular de
exercícios, até mais do que os indivíduos jovens, Neto lembra que:
[...] os nossos músculos literalmente atrofiam com a falta de uso. Um dos principais efeitos do envelhecimento é exatamente a perda de massa muscular. Assim sendo, no individuo mais idoso e sedentário, existe uma soma de efeitos determinantes da perda de massa muscular: idade e inatividade (NETO, 1997, p. 49).
Em pesquisa realizada por Lissner et al (1996), observou-se que as taxas de
morte por todas as causas foram reduzidas em mais de 50% entre aquelas que eram
fisicamente ativas, foi acompanhado um grupo de cerca de 1.400 mulheres durante
20 anos.
Como já relatado há um consenso entre os estudos realizados (MATSUDO &
MATSUDO, 1992; SHARKEY, 1998; NIEMAN, 1999; OTTO, 1987; WEINECK, 2000
e etc.) de que a AF constante traz benefícios incontestáveis para a prolongação dos
anos de vida com uma melhor qualidade.
Portanto é necessário tempo, esforço e persistência. Mesmo com algumas
adversidades no espaço é importante ter continuidade, para uma longevidade ainda
maior, com qualidade, pois múltiplos benefícios aparecerão e já estão aparecendo.
Isso corrobora com a última pergunta solicitada indagando se já haviam notado
algum beneficio da pratica da AF regular, onde 100% responderam que sim.
Já se sabe que a AF regular na terceira idade proporciona múltiplos efeitos
benéficos a nível antropométrico, neuromuscular, metabólico e psicológico, o que
além de servir na prevenção e tratamento das doenças próprias desta idade
(Hipertensão arterial, enfermidade coronariana, osteoporose, etc.), melhora
significativamente a qualidade de vida do indivíduo e sua independência, o que foi
evidenciado mais uma vez nesse estudo.
Neto enfatiza que:
Felizmente os programas de atividade física na terceira idade têm cada vez mais se difundindo na população e podemos ter a expectativa de, num futuro próximo, observar os resultados, inclusive na melhor capacidade de trabalho, produtividade e, sobretudo, auto-estima do idoso (NETO, 1997, p. 49).
Conclui-se, portanto, que a atividade física regular e a adoção de um estilo de
44
vida ativo, e ainda mais, num espaço que incentive sua aderência, são necessárias
para a promoção da saúde e qualidade de vida durante o processo natural do
envelhecimento.
45
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os resultados mostraram que os principais motivos que poderiam contribuir
para uma maior aderência no espaço são nessa ordem: boa segurança por todo o
percurso, uma boa condição e manutenção dos equipamentos de ginástica e
musculação, um profissional da área de saúde presente, boa iluminação e pouca
distância da residência do praticante até o espaço. Outros itens foram citados, mais
delimitamos as cinco prioridades que para essas idosas são fundamentais para uma
maior aderência no espaço estudado.
O desejo humano de sentir-se seguro precisa ser respeitado. É fundamental
que o nível de segurança aumente no local, para que cada vez mais idosas, e todas
as pessoas que se apropriam do espaço, possa praticar sua atividade tranquila e o
seu direito de ir e vir não seja violado.
Em relação aos equipamentos de ginástica e musculação as autoridades
públicas ao realizar o planejamento do espaço, entrassem em contato com a
comunidade local para planejar e estruturar os equipamentos de forma democrática,
de acordo com as aspirações da população. Seria importante se a estruturar atual
saísse do modelo vigente dos espaços públicos de ginástica e musculação
conhecidas pela maioria da população. Além de proporcionar diversos tipos de
exercícios físicos, oportunizariam novas experiências corporais.
É de fundamental importância que o serviço público ofertado pelo o
profissional de saúde presente atenda a expectativa da população e se possível que
se insira no local, outros profissionais de saúde qualificados.
Seria de grande utilidade se o local da pratica e seu entorno tenham uma
iluminação satisfatória. Lugar com baixa iluminação transforma-se em locais
marginalizados, o que aumenta o nível se insegurança e colaboram para a
discriminação e desvalorização do bairro em que o espaço se encontra. A
iluminação pública é custeada pelo o dinheiro dos impostos que pagamos, então,
temos o direito de usufruir de uma iluminação com qualidade. Uma iluminação
moderna além de oferecer um manto de segurança é agradável as pessoas, fazendo
com que haja uma maior aderência no espaço.
Por fim, é importante desfrutar dos espaços públicos, com uma boa facilidade
de acesso. Todavia, enquanto não houver a possibilidade de existir novos espaços
próximos a nossa residência é fundamental que haja manutenção e adequação nos
46
já existentes, para que as idosas e todas as faixas etárias possam usufruir do
mesmo com qualidade.
No que tange os objetivos específicos nota-se que as idosas aderem um
exercício em busca de: saúde, bem-estar, qualidade de vida, auto-estima e estética.
E que as idosas estudas tem como atividade física preferida a caminhada.
Independente do objetivo buscado e de que atividade pratica é incontestável que se
faça exercícios, dando estímulos diferenciados ao corpo.
Diversos estudos, inclusive esse, demonstraram que há múltiplos benefícios
em aderir uma atividade física, atuando essa na prevenção e melhoria de diversas
patologias associadas ao envelhecimento.
A adoção de um estilo de vida ativo, e ainda mais, num espaço que incentive
sua aderência, é importante para a promoção da saúde e qualidade de vida durante
o processo natural do envelhecimento. A escolha destes espaços e a construção do
"lugar" denotam todos os aspectos de valores subjetivos, nos quais o processo de
transformação se concretiza, à medida que o espaço, tornando-se conhecido,
incorpora valores a ele atribuídos, pelo sujeito que dele(s) se utiliza, proporcionando
uma permanência prazerosa das idosas e todas as faixas etárias e gêneros na
realização de exercícios físicos, fazendo com que se adquiram resultados no âmbito
físico, psicológico e social. Portanto, a criação e melhorias desses espaços públicos,
como o Luis Viana Filho, é uma importante estratégia para a promoção da Atividade
Física e saúde, com a finalidade de desfrutar a longevidade com qualidade.
Recomendam-se futuros estudos que abranjam maior número de pessoas,
gêneros e faixas etárias diferentes, e que sejam ampliadas as variáveis aqui
expostas com intuito de comparar idéias e valorizar o espaço estudado.
47
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52
APÊNDICE A – Termo de consentimento livre e esclarecido para a
realização da pesquisa.
53
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Título da Monografia: Análise do espaço Luís Viana Filho como fator de aderência
a prática da atividade física por idosas - Como requisito para obtenção do grau de
Licenciado em Educação Física da Universidade do Estado da Bahia (UNEB),
campus II, Alagoinhas.
Pesquisadores Responsáveis: Professor Doutor Maurício Maltez Ribeiro
(orientador), Professor Doutor Francisco José Gondim Pitanga (Coorientador) e
Cleidison Machado Santana (graduando do Curso de Licenciatura em Educação
Física da Universidade do Estado da Bahia - UNEB).
Este estudo tem como objetivo analisar e discutir o espaço Luís Viana Filho,
localizado na cidade de Alagoinhas-Bahia, como fator de aderência a prática da
atividade física por idosas, determinado as vertentes que levam idosas a procurar
esses espaços para tal prática. Contextualiza a atividade física desde os seus
primórdios até os dias atuais e como esta tem diminuído ao longo da nossa evolução
e com o passar da idade. Mostra o aumento significativo da expectativa de vida do
povo brasileiro principalmente da terceira idade, a importância da atividade física
para esta faixa etária e alguns pressupostos teóricos que levam uma pessoa a aderir
à prática de uma AF regular.
E tem como questão de investigação: Como o espaço Luis Viana Filho se
constituí como fator de aderência a pratica de atividades físicas por idosas?
O referido trabalho procura ainda: Analisar os objetivos de idosas ao aderir
um exercicio físico; Identificar quais são as atividades preferidas praticadas por
idosas nesse espaço; Discutir o espaço público como meio alternativo e importante
para a prática da AF e promoção de saúde; Discutir a importância da prática da
atividade física para idosas.
Para que o objetivo deste estudo seja alcançado, será necessária a
realização de perguntas referentes a informações pessoais, sociais e físicas. É de
grande importância que as questões sejam respondidas respeitando o enunciado de
cada uma e que se não deixe nenhuma questão em branco.
Inicialmente a participante responderá a um questionário composto por 10
54
(dez) perguntas fechadas e 1 (uma) questão aberta – referente apenas à idade,
onde suas respostas ajudarão no alcance dos objetivos.
Considerando a simplicidade dos métodos acima dos procedimentos, somado
ao fato de que esse procedimento será monitorado atentamente por um profissional
da área de Educação Física, conclui-se que estes não apresentam riscos a saúde e
integridade física da participante e será usado exclusivamente para fins de pesquisa.
Os resultados da pesquisa serão divulgados. Entretanto, a identidade dos
participantes será preservada.
Após ler e receber explicações sobre a pesquisa, e ter meus direitos de:
1. Receber resposta a qualquer pergunta e esclarecimento sobre os procedimentos,
riscos, benefícios e outros relacionados à pesquisa;
2. Retirar o consentimento a qualquer momento e deixar de participar do estudo;
3. Não ser identificado e ser mantido o caráter confidencial das informações
relacionadas à privacidade.
Tendo recebido as informações acima e ciente dos meus direitos, concordo
em participar voluntariamente da pesquisa.
Alagoinhas, _____de_______ 2011.
_______________________________ ______________________________
Assinatura da participante Assinatura do pesquisador
Endereço do pesquisador: Parque Floresta, Rua C, nº 131 – Centro. Alagoinhas/BA Telefone para contato: (75) 8186-9743; (71) 9307-0737; (71) 3211-3186.
55
APÊNDICE B – Questionário respondido pelas idosas usuárias do
espaço Luís Viana Filho.
56
QUESTIONÁRIO 1 – IDADE: ________ 2 – RENDA FAMILIAR: ( ) MENOS DE UM SALÁRIO MÍNIMO. ( ) 1 (UM) SALÁRIO MÍNIMO. ( ) 2 (DOIS) SALÁRIOS MÍNIMOS. ( ) ACIMA DE 3 (TRÊS) SALÁRIOS MÍNIMOS. 3 - POR QUE UTILIZA ESSE ESPAÇO PARA PRATICAR ATIVIDADE FÍSICA? (DE 1 A 10 – POR ORDEM DE PRIORIDADE (SENDO 1 O MÁXIMO E 10 O MÍNIMO). ( )SAÚDE. ( )BEM ESTAR. ( )QUALIDADE DE VIDA. ( )AUTOESTIMA. ( )ESTÉTICA. ( )LAZER. ( )RELACIONAMENTO INTERPESSOAL. ( )VIVENCIAS DIVERSAS. ( )FALTA DE RECURSO PARA ESTAR EM UMA ACADEMIA. ( )OUTROS MOTIVOS. 4 - HÁ QUANTO TEMPO VOCÊ UTILIZA ESSE ESPAÇO? ( )0 A 3 MESES. ( )3 A 6 MESES. ( )6 A 9 MESES. ( )9 A 12 MESES. ( )ACIMA DE 12 MESES. 5 - QUANTAS VEZES POR SEMANA UTILIZA ESSE ESPAÇO? ( ) 1 A 2 DIAS. ( ) 3 A 4 DIAS. ( ) 5 A 6 DIAS. ( ) TODOS OS DIAS. 6 - QUAL A ATIVIDADE FÍSICA QUE VOCÊ PRATICA NESSE LOCAL? ( )CAMINHADA. ( )CORRIDA. ( )CICLISMO. ( )MUSCULAÇÃO.
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( )OUTRAS. 7 - QUAL A DISTÂNCIA DO LOCAL DA SUA RESIDÊNCIA ATÉ AQUI? ( )POUCA (MENOR QUE 1 KM). ( )RAZOÁVEL (DE 1 KM A 2 KM). ( )GRANDE (ACIMA DE 3 KM). 8 – O QUE PODERIA CONTRIBUIR PARA VOCÊ SE SENTIR MAIS MOTIVADO EM ESTAR UTILIZANDO ESSE ESPAÇO? ? (DE 1 A 13 – POR ORDEM DE PRIORIDADE (SENDO 1 O MÁXIMO E 13 O MÍNIMO). ( ) POUCA DISTÂNCIA DA SUA RESIDÊNCIA ATÉ ESSE ESPAÇO. ( ) BOA SEGURANÇA POR TODO O PERCURSO. ( ) BOA ILUMINAÇÃO. ( ) UM PROFISSIONAL DA ÁREA DE SAÚDE PRESENTE. ( ) UMA BOA CONDIÇÃO E MANUTENÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE GINÁSTICA E MUSCULAÇÃO. ( ) BOM FUNCIONAMENTO DOS QUIOSQUES E BANCOS PARA DESCANSO. ( ) SANITÁRIOS PÚBLICOS EM LUGARES ESTRATÉGICOS E COM UMA BOA MANUTENÇÃO. ( ) UMA MENOR POLUIÇÃO DO AR NESSA ÁREA. ( ) MENOS PROBLEMAS DE SAÚDE E UMA BOA CONDIÇÃO FÍSICA. ( ) FATORES CLIMÁTICOS FAVORÁVEIS. ( ) FALTA DE RECURSO DE ESTAREM EM UM LUGAR MELHOR. ( ) O CONVÍVIO COM OUTRAS PESSOAS E VIVÊNCIAS DIVERSAS. ( ) OUTROS MOTIVOS. 9 – PREFERE OUTRO ESPAÇO? ( )SIM. ( )NÃO. 1O - PENSA EM DESISTIR? ( )SIM. ( )NÃO. 11 - JÁ NOTOU ALGUM BENEFÍCIO DA PRÁTICA DA ATIVIDADE FÍSICA REGULAR? ( ) SIM. ( ) NÃO.