CENTRO UNIVERSITARIO UNINOVAFAPI
CURSO DE GRADUAÇÃO DE ENGENHARIA CIVIL
JOÃO LUCAS CALLAND LEITE SILVA
ANÁLISE DE MANIFESTAÇÕES PATOLOGICAS NAS INSTALAÇÕES PREDIAIS
EM ÁREAS COMUNS DE EDIFICIOS LOCALIZADOS EM TERESINA- PI
TERESINA
2019
JOÃO LUCAS CALLAND
ANÁLISE DE MANIFESTAÇÕES PATOLOGICAS NAS INSTALAÇÕES PREDIAIS
EM ÁREAS COMUNS DE EDIFICIOS LOCALIZADOS EM TERESINA- PI
Trabalho acadêmico apresentado à disciplina de Trabalho de Conclusão do curso de Bacharelado em Engenharia Civil ao Centro Universitário – Uninovafapi como exigência parcial para obtenção da avaliação normativa. Orientador: Me Mark Anderson Moreira e Silva
TERESINA
2019
FICHA CATALOGRÁFICA
Catalogação na publicação Antonio Luis Fonseca Silva– CRB/1035
Francisco Renato Sampaio da Silva – CRB/1028
S586a Silva, João Lucas Calland Leite.
Análise de manifestações patológicas nas instalações prediais em áreas comuns de edifícios localizados em Teresina-PI / João Lucas Calland Leite Silva. – Teresina: Uninovafapi, 2019.
Orientador (a): Prof. Me. Mark Anderson Moreira e Silva. Centro Universitário UNINOVAFAPI, 2019.
72. p.; il. 23cm.
Monografia (Graduação em Engenharia Civil) – Centro Universitário UNINOVAFAPI, Teresina, 2019.
1. Manifestações patológicas. 2. Instalações de combate a incêndio. 3. Instalações elétricas. 4. Instalações hidrossanitárias. I.Título. II. Silva, Mark Anderson Moreira e.
CDD 621.310 042
AGRADECIMENTOS
A Deus, por ser o verbo da vida, e como verbo denota ação, acredito que Ele
têm agido em minha vida com muitas bênçãos e oportunidades imerecidas.
A todos os meus familiares, em especial aos meus pais Joel e Alcyone, por
todo amor e amparo oferecido, sustento e por acreditarem e sonharem comigo.
Ao meu orientador Mark Anderson, por ser um professor excepcional, e por
toda dedicação, acessibilidade e tranquilidade passada no decorrer desse processo.
Aos meus amigos de sala, que fizeram essa caminhada se tornar mais leve,
em especial a: Ayso, Weiller, Jorge, Matheus e Victor . Agradeço também Larissa,
Andressa e Ana Paula pelos bons momentos na faculdade, em especial a Ana por ter
me ajudado muito na formatação do trabalho.
A todo corpo docente da UNINOVAFAPI, onde pude conhecer professores
que sem dúvidas marcaram muitas histórias em minha vida, em especial ao Renan,
por ter me feito querer seguir uma área da engenharia, a qual outrora não tinha muito
valor para mim.
RESUMO
De acordo com o tempo de uso, os componentes da edificação podem perder sua durabilidade, havendo diversos motivos para isso, como a utilização não correta dos mesmo ou inconformidades geradas na fase do projeto, podendo ser geradas manifestações patológicas. O menor interesse de estudo nas instalações prediais está associado ao fato de se tratarem de instalações na maioria dos casos ocultas. A importância das vistorias está no fato de ser o primeiro fator de avaliação das condições dos edifícios, possibilitando o descobrimento de manifestações patológicas na sua fase inicial, com menor custo de intervenção. O presente estudo se trata de vistorias realizadas em 4 edifícios, com idade superior a 10 anos e quantidade superior a 10 pavimentos, nas áreas comuns, podendo ser analisadas as principais manifestações patológicas de instalações prediais de combate a incêndio, elétricas e hidrossanitárias, por serem as de mais fácil observação. As manifestações patológicas foram apresentadas de acordo com cada pavimento e através dos resultados obtidos foi possível constatar que o maior número de manifestações patológicas encontradas foi no sistema predial de combate a incêndio, porém na maioria dos edifícios também foram encontradas manifestações patológicas de forma significativa nas instalações hidrossanitárias e elétricas. A vistoria se mostrou um elemento eficaz na identificação da perca de funcionalidade a que os sistemas prediais estão expostos, e a análise de diferentes estudos de casos possibilitou observar que há várias manifestações patológicas semelhantes nos mesmos. Palavras-chave: Manifestações patológicas, vistoria, instalações de combate de incêndio, instalações elétricas, instalações hidrossanitárias.
ABSTRACT
According to the time of use, the components in building can be lost, with many reasons for this, such as incorrect use of the same or nonconformists generated in the design phase, and pathological manifestations can be generated. The least interest in building facilities is associated with the fact that these are installations in most cases. The importance of the surveys is that it is the first factor of evaluation of the conditions of the buildings, allowing the discovery of pathological manifestations in its initial phase, with lower cost of intervention. The present study consisted of inspection of four buildings, aged over 10 years and above 10 floors, in common areas, and could be analyzed as the main pathological manifestations of their combustion- fighting, electrical and hydrosanitary installations, as easier observation. With the manifestations of pathologies of ducks manifested ducks manifest of hydrosanitary and electrical ducks. The inspection presents itself as an effective tool for identifying problems of predisposed systems, and an analysis of different opportunities of events that can be performed in various pathological manifestations. Key words: Pathological manifestations, inspection, combustion-fighting installations, electrical installations, hydrosanitary installation.
ÍNDICE DE QUADROS
Quadro 1- Checklist dos sistemas prediais hidráulicos e sanitários ................ 40
Quadro 2- Checklist do sistema predial elétrico .............................................. 40
Quadro 3- Checklist dos sistemas prediais de combate a incêndio ................. 42
Quadro 4- Planilha de referência ..................................................................... 45
Quadro 5- Manifestações patológicas do Edificio I .......................................... 47
Quadro 6- Manifestações patológicas do Edifício II ......................................... 50
Quadro 7- Manifestações patológicas do Edifício III ........................................ 53
Quadro 8- Manifestações patológicas do Edifício IV ....................................... 56
ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1- Lei de Sitter ............................................................................................... 13
Figura 2- Percentual de ocorrência de patologias nos edifícios ............................... 14
Figura 3- Gráfico relacionando falhas de manutenção e vícios ................................ 15
Figura 4- Imagens de vazamentos visíveis em banheiro .......................................... 18
Figura 5- Imagens de vazamento oculto em laje ...................................................... 18
Figura 6- Incrustação em tubo PVC ......................................................................... 20
Figura 7- Escoamento de ar nas tubulações ............................................................ 21
Figura 8- Sifão .......................................................................................................... 23
Figura 9- caixa sifonada ........................................................................................... 24
Figura 10- Cesta de limpeza em ralos ...................................................................... 25
Figura 11- Zona de Sobrepressão ............................................................................ 26
Figura 12- Aparelho antiespuma .............................................................................. 26
Figura 13- Sequencia de deterioração de estruturas de concreto armado ............... 28
Figura 14- Modelo de Tuuti....................................................................................... 29
Figura 15- Interruptor Diferencial Residual ............................................................... 30
Figura 16- Danos por sobretensão ........................................................................... 31
Figura 17– Classes De Incêndio ............................................................................... 33
Figura 18– Etapas para inspeção, manutenção e recarga em extintores ................. 34
Figura 19 – Hidrante de Parede ............................................................................... 35
Figura 20- Caixa Superior com reserva para incêndio ............................................. 35
Figura 21 - SPDA edifício ........................................................................................ 36
Figura 22- Fluxograma das etapas da metodologia ................................................. 38
Figura 23- Localização do Edificio I .......................................................................... 45
Figura 24- Gráfico de Manifestações Patologicas do Edificio I ................................. 48
Figura 25- Localização do Edifício II ......................................................................... 49
Figura 26- Gráfico de Manifestações Patologicas do Edificio II ................................ 51
Figura 27- Localização do Edifício III ........................................................................ 52
Figura 28- Gráfico de Manifestações Patologicas do Edificio III ............................... 54
Figura 29- Localização do Edifício IV ....................................................................... 55
Figura 30- Gráfico de Manifestações Patologicas do Edificio IV .............................. 57
LISTA DE SIGLAS
ISO: Organização Internacional de Normatização
NBR: Norma Brasileira Técnica
SPDA: Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas
SPHS: Sistemas prediais hidráulicos e sanitários
Sumário
1 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 11
1.1 Objetivos ................................................................................................... 12
1.1.1 Objetivo Geral: ........................................................................................ 12
1.1.2 Objetivos Específicos: ............................................................................. 12
1.2 Justificativa ............................................................................................... 12
2 REFERENCIAL TEORICO ............................................................................ 15
2.1 Patologias e Manifestações Patológicas................................................ 15
2.2 Inspeções e Manutenções ....................................................................... 16
2.3 Sistema Predial de Água Fria .................................................................. 17
2.3.1 Vazamentos em tubulações .................................................................... 17
2.3.2 Ruídos e Vibrações ................................................................................. 19
2.3.3 Entupimentos de tubulações ................................................................... 20
2.3.4 Incidência de ar nas tubulações .............................................................. 21
2.4 Sistema Predial de Esgoto ...................................................................... 21
2.4.1 Mau cheiro ............................................................................................... 22
2.4.2 Entupimento ............................................................................................ 24
2.4.3 Retorno de Espuma ................................................................................ 25
2.4.4 Retrossifonagem ..................................................................................... 26
2.4.5 Ruído ....................................................................................................... 27
2.5 Corrosões em estruturas de concreto armado ...................................... 28
2.6 Instalações elétricas ................................................................................ 29
2.6.1 Curto Circuito .......................................................................................... 30
2.6.2 Sobretensão ............................................................................................ 31
2.6.3 Fuga de Corrente .................................................................................... 32
2.7 Instalações de Combate a Incêndio ........................................................ 32
2.7.1 Proteções ativas ...................................................................................... 32
2.7.2 Proteções passivas ................................................................................. 36
3 METODOLOGIA ........................................................................................... 38
3.1 Critério de Escolha ................................................................................... 39
3.2 Delimitação ............................................................................................... 39
3.3 Caracterização do edifício ....................................................................... 39
3.4 Avaliação dos sistemas prediais ............................................................ 39
3.4.1 Avaliação dos sistemas prediais hidráulicos e sanitários: ....................... 39
3.4.2 Avaliação das instalações elétricas ......................................................... 40
3.4.3 Avaliação das instalações de combate a incêndio .................................. 42
3.5 Apresentação dos resultados encontrados ........................................... 43
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................... 45
4.1 Apresentação de Resultados .................................................................. 45
4.1.1 Prédio I .................................................................................................... 45
4.1.2 Prédio II ................................................................................................... 48
4.1.3 Prédio III .................................................................................................. 52
4.1.4 Prédio IV .................................................................................................. 55
5 CONCLUSÃO ............................................................................................... 58
REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO .................................................................. 60
11
1 INTRODUÇÃO
De acordo com o tempo de uso, os componentes da edificação podem perder
sua durabilidade, havendo diversos motivos para isso, como o a utilização não
apropriada da mesma ou até mesmo uma inconformidade com o projeto, ocasionando
a incidência de patologias. Na engenharia, o termo patologia estuda as falhas nas
construções, relacionando-as com suas manifestações, origens e mecanismos de
ocorrência que alteram o equilíbrio concebido na construção (NASCIMENTO, 2014;
DE SOUZA, 2008).
Os edifícios não se resumem apenas em fundações, estruturas, vedações,
coberturas e pisos. Existem vários outros sistemas, como os prediais, sendo
compostos por: instalações hidráulicas e sanitárias, elétricas, condicionamento de ar,
detecção e alarme, gás combustível, segurança contra incêndio, proteção contra
descargas atmosféricas e gás combustível, que possibilitam a utilização plena das
edificações pelos seus respectivos moradores (VIEIRA, 2016).
Existem poucos estudos com relação a manifestações patológicas de
instalações prediais, pois se tratam de sistemas complexos, apresentando grandes
variedades de materiais, componentes e equipamentos. As instalações prediais
apresentam também uma relação intrínseca com outros sistemas prediais (estrutural,
paisagismo, refrigeração, etc.) (ARAÚJO, 2004).
Atualmente, os sistemas de climatização, elétrico, hidráulico e de combate a
incêndio podem representar até 40% do escopo do projeto, necessitando não apenas
da colaboração entre si, mas também com responsáveis da arquitetura, estrutura e
demais projetos envolvidos (COSTA;STAUT;ILHA; 2009).
Segundo Ferreira (2006), as áreas de uso comum de edifícios podem ser hall
de entrada do prédio, corredores, pátio e salões de festas. Foram avaliados como
parte dos sistemas prediais os sistemas: hidráulicos e sanitários, elétrico e de
segurança contra incêndio, sendo os mais estudados na disciplina de engenharia civil.
O presente trabalho se propõe a estudar a incidência de patologias ocasionadas nas
instalações prediais de combate a incêndio, elétricas e hidrossanitárias, por serem de
mais fácil observação.
12
A partir das considerações feitas, o escopo do trabalho visa responder
questões como quais são as principais razões das manifestações patológicas nos
sistemas prediais e o seu grau de incidência de acordo com os edifícios estudados.
1.1 Objetivos
1.1.1 Objetivo Geral:
Analisar as principais manifestações patologicas de instalações prediais
encontradas em áreas comuns de edifícios localizados em Teresina- Piauí.
1.1.2 Objetivos Específicos:
• Identificar as principais manifestações patológicas de instalações prediais de
combate a incêndio; hidrossanitárias e elétricas em áreas comuns de edifícios;
• Analisar se os sistemas prediais de combate a incêndio; hidrossanitários e
elétricos estão de acordo com as respectivas normas técnicas;
• Sugerir medidas para solucionar as manifestações patológicas encontradas;
• Elaborar o prognostico das manifestações patológicas encontradas em estado
mais crítico.
1.2 Justificativa
Segundo Verçosa (1991) apud De Souza (2008), a importância do estudo de
patologias está no fato de que quando se obtém o conhecimento dos problemas ou
defeitos que uma construção pode vir a apresentar e suas causas, a chance de
cometer o mesmo erro reduz muito.
A análise nas instalações prediais se faz necessária, pois possibilita a
descoberta de patologias de forma inicial. O custo da intervenção apresenta uma
progressão geométrica, de acordo com cada etapa do edifico, se tornando mais
onerosa de acordo com o período em que o prédio está sujeito a patologia, sendo
chamado de Lei de Sitter, seguindo a função conforme a Figura 01 (SITTER, 1984
apud SANTOS E BEBER, 2007):
13
Figura 1- Lei de Sitter
Fonte: SANTOS E BEBER, 2007
A menor preocupação nas instalações prediais por parte dos construtores
pode ser atribuída ao fato de serem instalações ocultas. Esse fato gera inúmeras não
conformidades quando os usuários começam a interagir com a edificação. Apesar de
existirem poucas pesquisas para identificar as causas desses problemas, como os
sistemas prediais são os que entram em maior contato com os usuários, o mau
funcionamento desses sistemas podem ocasionar sérios problemas de saúde aos
mesmos, além de apresentarem capacidade de danificar outros sistemas do edifício
(VIEIRA, 2016; CANIDO, 2012; CONCEIÇÃO, 2012).
De acordo com Rodrigues (2013), em estudo realizado identificando
patologias em edifícios na cidade de Porto Alegre, o percentual de ocorrência nas
instalações hidráulicas (21%) e elétricas (14%) é alto, sendo representadas na Figura
2:
14
Figura 2- Percentual de ocorrência de patologias nos edifícios
Fonte: RODRIGUES, 2013
A escolha por este tema se justifica pela grande ocorrência de patologias nas
instalações prediais de edifícios, ocasionando vários transtornos aos usuários. O
estudo dessa área proporciona melhor conhecimento sobre as patologias,
possibilitando o diagnóstico correto para os problemas apresentados.
15
2 REFERENCIAL TEORICO
2.1 Patologias e Manifestações Patológicas
Na engenharia, o termo patologia estuda as falhas nas construções,
relacionando-as com suas manifestações, origens e mecanismos de ocorrência que
alteram o equilíbrio concebido na construção. As patologias, problemas já manifestos,
podem estar relacionados com inconformidades (potenciais problemas ou ainda sem
sintomas), que ocorrem devido ao sistema ou parte dele não atender algum requisito
de desempenho. Já o conceito de defeitos em obras, de acordo com a NBR 13.752/96,
são anormalidades que podem causar danos ou representar ameaça de dano a saúde
ou segurança do consumidor (DE SOUZA, 2008; GNIPPER E MIKALDO JR, 2007).
As manifestações patológicas podem ser basicamente divididas em
anomalias e falhas. A falha ocorre em procedimentos e processos executados
equivocadamente, sendo vinculados a serviços de manutenção e operação das
edificações, e as anomalias estão relacionadas ao desvio da normalidade da
edificação, caracterizando uma irregularidade, podendo significar que as exigências
funcionais não foram satisfeitas. (PUJADAS, 2007 apud VERVLOET, 2018).
Segundo estudos do IBAPE-SP (2015), a maior incidência de manifestações
patológicas está relacionada com deficiência de manutenção, perda precoce do
desempenho e deterioração acentuada em relação a vícios construtivos, sendo
expressados os valores na Figura 3:
Figura 3- Gráfico relacionando falhas de manutenção e vícios
Fonte: Ibape, 2015
16
De acordo com Cremonini (1988), as patologias em sistemas prediais podem
ser classificadas, por exemplo, quanto a origem, as causas, a evolução no tempo e
ao desempenho afetado. Na fase de projeto dos sistemas prediais, as patologias
podem ocorrer por diversos fatores, como: falhas de concepções sistêmica, erros de
dimensionamento, incorreções de especificações de materiais e de serviços,
insuficiência ou inexistência de detalhes construtivos. Há também o fator de falta de
compatibilização entre os projetos relacionados a construção (CARVALHO JUNIOR,
2017).
Em instalações hidráulicas e sanitárias, as patologias têm sido pouco
estudadas de forma sistematizada, inclusive pela falta de um método adequado a sua
investigação que conduza soluções eficazes na resolução dos problemas. Apesar da
defasagem de informações sobre o assunto há várias manifestações patológicas
desse sistema em edifícios. De forma geral, as patologias mais frequentes nos
sistemas prediais hidráulicos e sanitários do edifício não envolvem riscos mais sérios
a saúde dos seus usuários, porém podem causar danos ao bem-estar dos usuários,
causando aborrecimentos e desconfortos aos mesmos. É atribuída à elevada
incidência de manifestações patológicas em sistemas prediais hidráulico- sanitários
de edifícios residenciais a falta de assimilação no meio técnico dos novos
conhecimentos, novas tecnologias de aplicação, novas concepções sistêmicas e
novos materiais, componentes e equipamentos (TEXEIRA et al., 2011; GNIPPER,
2010; AMORIM, 2004; REIS, 2011).
2.2 Inspeções e Manutenções
A inspeção é o primeiro passo para avaliar as condições de um edifício, face
as anomalias e deficiências que podem afetar a sua segurança estrutural e
habitacional. Através dela identifica-se necessidade de ações corretivas e preventivas,
são fornecidos dados para implantação do programa de manutenção predial e
possibilita-se classificação das anomalias e falhas quanto a ordem de prioridade de
ações reparadoras (ANDRADE, 2016; SILVA, 2016).
O conceito de manutenção evoluiu de simples correções de avarias para
evitar e remediar as mesmas. A manutenção preventiva está relacionada as atividades
relacionadas de acordo com programas pré-estabelecidos sem depender da
existência de problemas. Manutenções corretivas apresentam como objetivo reparar
17
o mau funcionamento dos elementos de forma a torna-los novamente operacionais, e
manutenções melhorativas visam melhorar o desempenho de partes integrantes dos
edifícios antes de qualquer manifestação patológica (NOUR, 2003; RAMOS, 2010).
Os sistemas prediais dos edifícios devem ser planejados desde a fase de
concepção dos mesmos, utilizando o adequado dimensionamento dos componentes
e visando a acessibilidade para as atividades de manutenção. (WUNDER, 2006).
Como consequência da deterioração dos materiais e componentes do edifício,
é natural que o edifício, e como composição do mesmo os sistemas prediais, em
determinado tempo após a ocupação, não atenda ao desempenho mínimo exigido
pelos usuários e normas, se fazendo necessário as intervenções (VILLANUEVA,
2015).
2.3 Sistema Predial de Água Fria
O sistema de instalação de água fria é o conjunto de tubulações,
equipamentos, reservatórios e dispositivos que existem a partir do ramal predial,
destinando-se ao abastecimento dos pontos de utilização de água em toda a
edificação, em quantidade suficiente. No Brasil, a norma que rege o funcionamento
de acordo com as exigências e recomendações relativas a projeto, execução e
manutenção do sistema predial de água fria é a NBR 5626 da Associação Brasileira
de Normas Técnicas (ABNT) (FIGUEIREDO, 2016).
Apesar da falta de estudo sobre esse tipo de patologias elas são muito
comuns em edifícios, segundo Vieira (2016), o Instituto Brasileiro de Avaliações e
Pericias (IBAPE- SP, 2002) aponta para o índice de 75% de patologias em edifícios
com origens nas instalações prediais. Esse fato é considerado preocupante, pois as
patologias em sistemas prediais geralmente são evolutivas, tendendo a tomar
proporções maiores com o passar do tempo desencadeando outras patologias no
próprio sistema hidráulico ou em outros sistemas da edificação (ALMEIDA, 2008).
2.3.1 Vazamentos em tubulações
Podem ser observados vazamentos quando há aumento sem justificativas dos
valores de consumo de água. Podem ser causados por inúmeros fatores, como:
tubulação fora de nível, gerando o aumento de força em uma conexão de forma que
18
ela trinque; tubulação “envelopada”, quando o seu redor está totalmente preenchido
de concreto, sem espaço para movimentação ou dilatação habitual a qual é gerada.
Os vazamentos causados em sistemas de difícil acessibilidade propiciam perdas de
água que podem durar anos sem serem detectados, causando não apenas
desperdícios como também danos estruturais, no revestimento e pintura (CARVALHO
JUNIOR, 2017; OLIVEIRA ,1999, apud WUNDER, 2006, p.47).
Ainda segundo Carvalho, os vazamentos podem ser classificados como
visíveis e ocultos. Os visíveis são aqueles que podem ser observados pelos usuários
e ocorrem principalmente em pontos de uso (como pia de cozinha, máquina de lavar,
chuveiro) ou tubulações visíveis nas paredes. Os vazamentos ocultos são aqueles
que não podem ser observados diretamente pelos usuários (como em tubulações
enterradas ou embutidas em pisos e paredes), podendo ser observados como
manchas de umidade em paredes e pisos.
Nas tubulações de PVC, as rupturas que ocasionam vazamentos estão
ligadas a fatores como: deformações excessivas das tubulações, falhas na execução
das soldas nos encaixes e reparos feitos de maneiras incorretas (LARA, 2005).
A água liberada após a ruptura de uma parte da tubulação ou mesmo em
conexões especificas pode atingir partes vitais do edifício causando prejuízo aos
condomínios. Os elevadores, por exemplo, apresentam circuitos eletrônicos muito
susceptíveis aos efeitos danosos da água (VIEIRA, 2016).
A Figura 4 representa um vazamento visível em aparelho individual, sendo a
Figura 5 um vazamento oculto, observados os danos ocasionados pelo mesmo.
Fonte: GNIPPER, 2010
Figura 4- Imagens de vazamentos visíveis em banheiro
19
Figura 5- Imagens de vazamento oculto em laje
Fonte: DE SOUZA, 2008
Para a detecção de vazamentos ocultos podem ser usados equipamentos
como hastes de escuta e geofones com suas variações, sendo seu uso restrito a
tubulações operando como condutos forçados (GNIPPER, 2010).
2.3.2 Ruídos e Vibrações
A ocorrência de ruído das instalações hidráulicas está associada a edifícios
altos e instalações pressurizadas. Devido a elevadas pressões, a movimentação de
água (nas tubulações e aparelhos hidráulicos) gera ruído de impacto, que se propaga
pela canalização e consequentemente pela estrutura e paredes, propagando assim o
ruído de forma a incomodar os ocupantes. Em casos de alta velocidade nas
tubulações, a turbulência também é um componente importante na geração de ruídos
(AIDAR, 1998; VIEIRA, 2016).
Podem ser originados pelo “golpe de aríete”, em que se dá pelo fechamento
brusco de torneiras, gerando assim um aumento de pressão. O fenômeno é
caracterizado pela ocorrência de rápidas, intensas e contínuas ondas alternadas de
sobre pressão e depressão percorrendo toda a rede de tubulações gerando ruídos
que lembram pancadas (GNIPPER, 2010).
Ainda segundo a NBR 5626/1998 as tubulações não devem ser fixadas
rigidamente nas paredes ou em divisórias construídas em material leve, e para
promover a redução ao mínimo do ruído as tubulações devem ser assentadas em
dutos adequadamente vedados. Em tubos de metal o som é transmitido com poucas
perdas; e em tubos de plásticos podem apresentar perdas, não sendo linearmente
20
proporcional ao tubo (mas em comprimentos entre 5 e 20 m, ela cai na faixa de 1,0
dB/m a 2,5 dB/m).
Segundo o guia CBIC (2013) a adoção de shafts isolados acusticamente,
visitáveis ou não, e o envolvimento de tubulações com isolantes ou absorvedores de
ruídos são soluções interessantes. Uma medida para redução dos ruídos simples é
projetar as instalações de forma que as prumadas não passem por paredes de
ambientes com permanência de pessoas (LEAL, 2003).
2.3.3 Entupimentos de tubulações
Uma das principais causas de entupimento em tubulações de água fria é a
presença de incrustações, que são deposições de camadas de material fino. A
formação das incrustações na superfície interna das tubulações pode ser determinada
por fatores como: alcalinidade, dureza, presença de sólidos em suspensão,
temperatura, velocidade da água e superfície interna da tubulação. Os teores de ferro
e manganês na água que passa por essa tubulação também favorecem a incrustação
de tubos (TSUTIYA, 2004).
Segundo Mansoori (1997), a incrustação pode ser analisada considerando o
efeito de interface, que ocorre entre deposito e fluido, e ocorre quando as partículas
do fluido aderem à superfície de um sólido. O fenômeno de incrustação está
representado na Figura 6, situado abaixo:
Figura 6- Incrustação em tubo PVC
Fonte:DO NASCIMENTO, 2007
21
2.3.4 Incidência de ar nas tubulações
A incidência de ar na tubulação pode gerar inúmeros fatores negativos como:
perda de energia; redução da capacidade de transporte de água e choques de
pressões. Situações de desvios improvisados na tubulação no decorrer da obra
podem gerar o acumulo de formação de ar (POTHOF, 2011; VIEIRA, 2016).
Nas tubulações sempre ocorrem bolhas de ar, que normalmente
acompanham o fluxo de água, causando a redução das vazões nas tubulações. Pode
ocorrer também a incidência de ar no ramal predial (que interliga a rede pública com
a instalação predial) ocorrendo quando os canos são esvaziados entrando para a
instalação predial, o maior problema gerado com isso é que o ar acaba registrado no
hidrômetro como se fosse água consumida (CARVALHO JUNIOR, 2017).
De acordo com Lopes (2011), o maior volume de ar medido associou-se a
menor vazão afluente, sendo assim os consumidores na menor faixa de consumo são
os mais prejudicados pela situação de desabastecimento. A presença de ar nas
tubulações dá-se por várias formas, sendo a Figura 7 uma representação do
escoamento de ar em presença de água:
Figura 7- Escoamento de ar nas tubulações
Fonte: FALVEY, 1980
2.4 Sistema Predial de Esgoto
O sistema predial de esgoto tem a finalidade de coletar, conduzir e afastar da
edificação todos os despejos provenientes do uso adequado de aparelhos sanitários,
22
dando-lhe um destino apropriado indicado pelo poder público competente. Se não
houver rede pública e coletora de esgoto, ele pode ser destinado a um sistema local
de tratamento ou pré-tratamento do efluente. O traçado da instalação de esgoto deve
ser adotado de forma a favorecer o escoamento por gravidade, evitando ou
minimizando pontos que acumulem dejetos, evitando consequentemente a obstrução
da tubulação (CARVALHO JUNIOR, 2017; VIEIRA, 2016).
De acordo com a NBR 8160 (1999), o sistema predial de esgoto sanitário deve
ser projetado de modo a:
a) evitar a contaminação da água, de forma a garantir a sua qualidade de
consumo, tanto no interior dos sistemas de suprimento e de equipamentos sanitários,
como nos ambientes receptores;
b) permitir o rápido escoamento da água utilizada e dos despejos introduzidos,
evitando a ocorrência de vazamentos e a formação de depósitos no interior das
tubulações.
c) impedir que os gases provenientes do interior do sistema predial de esgoto
sanitário atinjam áreas de utilização;
d) impossibilitar o acesso de corpos estranhos ao interior do sistema;
e) permitir que os seus componentes sejam facilmente inspecionáveis;
f) impossibilitar o acesso de esgoto ao subsistema de ventilação;
g) permitir a fixação dos aparelhos sanitários somente por dispositivos que
facilitem a sua remoção para eventuais manutenções.
2.4.1 Mau cheiro
O Manual Técnico Tigre (2016) apresenta como fatores causadores do mau
cheiro nas instalações prediais de esgoto:
- Execução incorreta ou má instalação da válvula de retenção de esgoto (não
ficando vedado corretamente)
- Ausência da conexão entre a tubulação de esgoto e o sistema de ventilação
- Retorno dos gases pela ausência da caixa sifonada ou falta de limpeza ou
entupimento da mesma.
Conceição (2007) ainda relaciona essa manifestação patológica com a
variação de outros elementos como: temperatura (água e ambiente), tempo de
23
exposição, umidade relativa do ar, circulação do ar, extensão das ligações dos sifões
aos tubos de queda e características químicas da água.
Os desconectores (sifão e caixa sifonada) são destinados a vedar a
passagem de gases e insetos através do fecho hídrico uma camada liquida, impedindo
o retorno desses gases e consequentemente o mau cheiro. O sifão recebe efluentes
do esgoto sanitário e seu fecho hídrico contém uma altura mínima de 5 cm. A caixa
sifonada é uma caixa de forma cilíndrica destinada a receber efluentes de conjuntos
de aparelhos como lavatórios, bidês, banheiras e chuveiros de mesma unidade
autônoma. É importante o posicionamento dos desconectores em locais de fácil
acesso permitindo a limpeza e manutenção periódica. (BOTELHO E RIBEIRO, 1998;
CARVALHO JUNIOR, 2017).
A Figura 8, situada abaixo representa o sifão:
Figura 8- Sifão
Fonte: TIGRE, 2016
A Figura 9, situada abaixo representa a caixa sifonada:
24
Figura 9- caixa sifonada
Fonte: TIGRE, 2016
2.4.2 Entupimento
De acordo com Ilha (2002) em um estudo sobre patologias nas instalações
prediais, o entupimento apresentou o maior percentual nas tubulações de esgoto,
alcançando o índice de 71,40%.
As principais causas do entupimento das tubulações de esgoto de prédios
estão relacionadas a falta de informação dos moradores, não sabendo os fatores que
originam os entupimentos. Os locais em que ocorrem normalmente são: cozinha,
banheiro ou lavanderia. Podem ocorrer também nos subcoletores por acumulo de
materiais sólidos ou declividade inadequada. Na cozinha, geralmente são os restos
de comida jogados na pia e excesso de gordura nas tubulações, nas áreas de serviço
são geralmente ocasionados por pequenos fiapos de roupa que acabam indo para a
tubulação, e nos banheiros podem ser gerados por falta de declividade nos ramais de
descarga e nos ralos, como também os cabelos, gordura corporal e nas cidades
litorâneas a areia da praia (CARVALHO JUNIOR, 2017).
Entupimentos em subcoletores nos edifícios acumulam efluentes através dos
tubos de queda, ocasionando o retorno de esgoto em vários pontos de uso, resultando
em vários transtornos aos usuários (VIEIRA, 2016).
Para evitar o entupimento há elementos da rede de esgoto com suportes para
a fácil manutenção, como os ralos podem apresentar cestas de limpeza, dificultando
a entrada de insetos e pequenos objetos e as caixas sifonadas apresentam grelhas
removíveis para o desentupimento. A figura 10 representa dois tipos acessórios de
limpeza utilizados em equipamentos individuais:
25
Figura 10- Cesta de limpeza em ralos
Fonte: TIGRE, 2016
2.4.3 Retorno de Espuma
De acordo com Graça (1985) a sobrepressão pode ocasionar o retorno de
espuma para o interior dos aparelhos sanitários ligados a trechos da tubulação
passiveis de ocorrência desta sobrepressão. Essa irregularidade na pressão pode ser
ocasionada por diversas variáveis como: vazões estabelecidas, condições de entrada
nos ramais de esgoto, condições de dimensionamento e mudanças de direção nos
tubos de queda (CONCEIÇÃO, 2007).
O retorno de espuma ocorre particularmente em áreas de serviço
(lavanderias) pela caixa sifonada, ocorrendo normalmente quando o lançamento da
água servida da máquina de lavar roupas é feito diretamente na caixa sifonada
(CARVALHO JUNIOR, 2017).
Para efeito de dimensionamento, a NBR 8160 (1999) apresenta três medidas
para evitar o retorno de espuma em edificações com mais de dois pavimentos, sendo:
não efetuar a ligação de tubulações de esgoto ou ventilação nas regiões de
sobrepressão; efetuar o desvio do tubo de queda para a horizontal com dispositivos
que atenuem a sobrepressão (curva de 90⁰ de raio longo ou duas curvas de 45⁰) e
instalar dispositivos para evitar o retorno de espuma. A Figura 11 apresenta a zona
de sobrepressao das tubulações de esgoto, conforme a NBR 8160:
26
Figura 11- Zona de Sobrepressão
Fonte: NBR 8160, 1999
Há dispositivos que bloqueiam o retorno da espuma pelo ralo ou caixa
sifonada, permitindo a captação de água no local onde é instalado. O antiespuma
funciona de forma que quando a espuma começa a ser escoada (através da tubulação
de entrada e ralo) a borracha interna do aparelho dobra impedindo sua passagem
(TIGRE, 2016).
A Figura 12 apresenta o acessório utilizado para o bloqueio de espuma, sendo
o modelo observado da TIGRE:
Figura 12- Aparelho antiespuma
Fonte: TIGRE, 2016
2.4.4 Retrossifonagem
A retrossifonagem ocorre quando há o refluxo de água utilizada, proveniente
de um reservatório, aparelho sanitário ou qualquer outro recipiente, para o sistema de
27
consumo devido a sua pressão ser inferior a atmosférica. Esse fenômeno se diferencia
do refluxo pois o refluxo é a volta de água devido a uma diferença de pressão acima
da atmosférica (GHISI, 2004; TOMAZ, 2009).
Através desse fenômeno os germes entram pelo sub-ramal do aparelho
contaminando toda a instalação de água potável. A retrossifonagem pode ocorrer em
aparelhos que apresentam a entrada de água potável abaixo de seu plano de
transbordamento, como bidê, lavatório, banheira e vaso sanitario (CARVALHO
JUNIOR, 2017).
Esse fenômeno pode estar ligado a estouros de danificações da rede pública
perto da entrada de água, podendo gerar a conexão cruzada que ocorre quando há o
contato das águas servidas com a água da rede, contaminando assim a rede. Sendo
assim, é interessante que industrias, hospitais, farmácias e outros edifícios que
possam comprometer a saúde pública tivessem dispositivos de proteção que
evitassem a retrossifonagem. Nos Estados Unidos, são exigidos cuidados especiais
até para consultórios dentários (TOMAZ, 2009).
2.4.5 Ruído
Os ruídos nas tubulações de esgoto podem se propagar tanto pelo ar quanto
por materiais sólidos e líquidos e normalmente os pontos críticos são as curvas e
cotovelos da instalação (CARVALHO JUNIOR, 2017).
A tubulação de esgoto e de ventilação destes, principalmente quando de
plástico, jamais deverão ser montadas encostadas com as de alimentação de água,
pois irão atuar dessa forma, como cavidade ressoante ampliando o ruído (AIDAR,
1988).
A diminuição do ruído aéreo se consegue melhorando o isolamento entre o
fluxo de esgoto (emissor do som) e o interior da edificação onde se percebe o ruído
(receptor de som). A diminuição do ruído estrutural é obtida desvinculando o emissor
de ruído da estrutura, fazendo um correto isolamento da tubulação na estrutura.
(AMANCO, 2010).
De acordo com a diretiva VDI 4100 (Associação de engenheiros alemães) o
nível de ruído para um alto padrão de conforto em sistemas de esgoto deve ser no
máximo 20 dB para não haver incomodo nos ambientes adjacentes. A norma alemã
28
Deutsches Institut fur Normung (DIN 4109, 2016) estabelece como limite 30 dB
(AMANCO, 2010).
2.5 Corrosões em estruturas de concreto armado
A corrosão de estruturas de concreto acontece quando ela é submetida a
presença de umidade, formando uma película de eletrólitos sobre a superfície dos fios
ou barras (ROCHA, 2015).
Podem ser classificados dois tipos de corrosão: a corrosão generalizada, que
ocorre em toda a região da barra, e a localizada, sendo mais rara e acontecendo
apenas em pontos específicos da barra. A corrosão localizada e sob esforço de tração
se torna mais grave, pois pode ocasionar o rompimento da estrutura sem anterior
deformação. É mostrado por Helene (1993) a sequência de deterioração de estruturas
de concreto armado por corrosão, tendo como início a entrada de água, seguido de
efeitos de formação de oxi-hidroxidos de ferro (passando a ocupar maiores volumes
e ocasionando fissuras) nas regiões onde o concreto recobre deficientemente a
armadura, seguido por lascamento do concreto atingindo maiores proporções.
(HELENE, 1993; ESTACECHEN,CORMIN, 2017).
A Figura 13 demonstra a sequência de deterioração ocasionada pelo
fenômeno da umidade:
Figura 13- Sequencia de deterioração de estruturas de concreto armado
Fonte: HELENE , 1993
29
Segundo Polito (2006), para apresentar melhor o mecanismo de corrosão de
aço no concreto é adotado o modelo proposto por Tuuti, dividindo o processo corrosivo
em duas partes: iniciação e propagação, sendo a iniciação compreendida entre a fase
de execução até o agente agressivo alcançar a armadura, e a propagação o aumento
da corrosão de forma que ultrapasse um limite aceitável, sendo representado de
acordo com a figura 14:
Figura 14- Modelo de Tuuti
Fonte: POLITO, 2006
2.6 Instalações elétricas
De acordo com Rodrigues (2013), em um estudo sobre as manifestações
patológicas nas instalações elétricas fez o levantamento de que representam 6,95%
do total pesquisado, sendo classificadas como defeitos de acabamento (48%), cabos
soltos (20%), falta de espelho (20%) e erro no fechamento de circuitos (1%).
Aproximadamente 96% das instalações elétricas brasileiras apresentam
algum tipo de anomalia. A falta de manutenções adequadas das instalações elétricas,
de acordo com suas respectivas normas, bem como o uso divergente ao projeto e as
recomendações do fabricante tem ocasionando o aparecimento de várias patologias,
podendo ser destacadas como falhas gerais mais recorrentes nas instalações
elétricas a falta de identificação nos circuitos nas caixas de alimentação ou
distribuição, instalação de caixas/tomadas ou interruptores em cota errada, caixas e
30
eletrodutos muito reentrantes ou muito salientes nas paredes e tetos, com curvas de
pequenos raios e apresentando rasgos ou aberturas. O uso de materiais de baixa
qualidade e serviços feitos de formas irregulares também são fatores agravantes para
o surgimento de anomalias, muitas vezes aliados a tentativa de economizar
(NASCIMENTO, 2014; DE LIMA, 2015; BARONI, 2012).
2.6.1 Curto Circuito
O curto circuito acontece quando a corrente elétrica atinge uma intensidade
elevada devido a baixa resistência em um circuito, porém com durações geralmente
limitadas em segundos. São provocadas de forma mais comum pela perda de
isolamento de algum elemento do sistema (MAMEDE FILHO, 2010).
Para evitar o curto- circuito são colocados fusíveis ou disjuntores no local onde
passa a corrente elétrica, sendo os disjuntores interruptores automáticos, pois quando
detectam a falha na corrente são imediatamente desligados de forma automática,
podendo ser ligados manualmente, já os fusíveis possuem as mesmas características
dos disjuntores, porém se tornar inutilizados depois da interrupção. Se torna mais
difícil identificar o curto circuito quando a instalação possuir todas as cargas
interligadas em um mesmo circuito, pois os disjuntores que apresentam a instalação
em curto desarmam para identificação do trecho, conforme demonstrado na figura 15:
(SILVA, 2019; SIQUEIRA, 2010).
Figura 15- Interruptor Diferencial Residual
Fonte: Moreno, 2003
31
2.6.2 Sobretensão
São as diferenças de potencial anormais que surgem num circuito, podendo
ser consequências de diversas perturbações, que podem danificar os componentes
do mesmo. (CABETE, 2009)
As sobretensões podem ser classificadas de acordo com sua duração, sendo
um exemplo de corrente de elevada amplitude e curta duração a descarga
atmosférica, produzindo ondas que se propagam pelos condutores até o ponto de
impacto.As sobretensões permanentes são originadas pelo rompimento de cabos do
sistema predial elétrico, perca do condutor neutro da instalação e falta de isolamento
para outra instalação de tensão mais elevada. A figura 16 exemplifica um dano
causado no sistema elétrico ocasionado pela sobretensão: (TEiXEIRA, 2005; SILVA,
2016).
Figura 16- Danos por sobretensão
Teixeira, 2005
Segundo a NBR 5410 (2004), em zonas expostas a raios é recomendado na
origem da instalação dispositivos que não causem curto- circuito com a função de
proteção contra sobretensões, como por exemplo para-raios. Além da origem da
instalação os aparelhos de proteção contra sobretensões podem ser instalados nos
pontos de entrada ou saída dos condutores, em equipamentos específicos e ao longo
de toda a instalação. Apesar da norma não impor ao profissional a proteção contra
sobretensões, é extremamente recomendado que sejam utilizados para proteção dos
usuários e equipamentos.
32
2.6.3 Fuga de Corrente
São geradas quando a corrente elétrica acha um caminho de resistência
menor e é dissipada diretamente para o terra. Ocasionadas principalmente pelo
isolamento executado de forma incorreta de equipamentos e instalações ou
capacitância intriseca existente entre condutores de fase e terra. As consequências
da correntes em fuga são o aumento do consumo de energia e danos aos usuários e
patrimônio (incêndios, perca de equipamentos e instalações) (MUNIZ et al., 2018).
Podem ser provocadas também por equipamentos defeituosos, emendas de
condutores mal feitas, condutores sem capa e instalações elétricas mal
dimensionadas. O dispositivo DR atua em situações de fuga de corrente que causam
risco a saude das pessoas ou que geram curto circuitos (CEPA, 1999; SIEMENS,
2009).
2.7 Instalações de Combate a Incêndio
O projeto de combate a incêndio de uma edificação é analisado por dois
aspectos: proteção passiva e proteção ativa. A proteção passiva está relacionada às
formas de proteção consideradas na fase de elaboração do projeto arquitetônico e
seus complementares para o não surgimento ou redução das consequências
(crescimento e alastramento) de incêndios nas edificações. A proteção ativa está
relacionada às formas de detecção, alarme e contenção de alastramento executadas
por equipamentos até a chegada do corpo de bombeiros ou extinção de principio já
instalado (BRENTANO, 2004; GOMES, 2014).
2.7.1 Proteções ativas
2.7.1.1 Extintores de Incendio
As normas brasileiras da Associalção Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)
relacionadas ao Sistema de Proteção por Extintores de Incêndio são: NBR 12693 –
Sistemas de Proteção por extintor de incêndio e NBR 12962 – Inspeção, manutenção
e recarga em extintores de incêndio. Segundo NBR 12693: Sistemas de proteção por
extintor de incêndio (2013), os extintores de incêndio podem ser definidos como
33
aparelho de acionamento manual, composto de recipientes e acessórios, com o
objetivo de combater princípios de incêndio. O extintor portátil é definido como extintor
que possui massa de no máximo 25kg.
Ainda segundo a NBR 12693, os incêndios são classificados de acordo com
o material originador, e os extintores devem agir de forma diferente de acordo com
cada classe de fogo. Os extintores de incêndio são classificados de acordo com seu
agente extintor, sendo os mais conhecidos: do tipo espuma (para fogos classe A e B);
dióxido de carbono- CO2 (fogos de classe B e C, e inicio de classe A; pó químico seco
(classe B e C, porém pó químico será especial para cada material) e do tipo água
pressurizada (classe A). A figura 17 ilustra as classificações de incêndio de acordo
com os tipos de materiais envolvidos: (ALVES, 2005).
Figura 17– Classes De Incêndio
Fonte: Nogueira, 2017
Para que o nível de segurança da edificação seja mantido é de vital
importância inspeções e manutenções periódicas nos extintores, sendo o tempo
máximo para inspeção de doze meses, e os com carga derivada de dióxido de carbono
seis meses. As manutenções são divididas em três níveis, sendo explicados os
procedimentos para inspeção, manutenção e recarga dos extintores na figura 18:
(SEITO, 2008).
34
Figura 18– Etapas para inspeção, manutenção e recarga em extintores
Fonte: Seito, 2008
2.7.1.2 Hidrantes de Parede
Os hidrantes são pontos de tomada de incendio onde há uma ou duas saídas
contendo válvulas angulares de saídas de água, que são distribuídos
estrategicamente em toda a edificação. As norma brasileiras relacionadas a hidrantes
são: NBR 137145:Sistemas de hidrante e de mangotinhos para combate a incêndio,
NBR12779: Mangueiras de incêndio- inspeção, manutenção e cuidados e NBR 11861:
Mangueiras de incêndio – requisitos e métodos de ensaio (BRENTANO, 2004).
O sistema de hidrante é composto de um reservatório (caixa d’água) que pode
ser elevado ou subterrâneo, bombas de incêndio, tubulações hidráulicas, peças
hidráulicas (registros, válvulas e conexões), registro de manobra com adaptação de
engate rápido, abrigos de mangueiras, acessórios e registro de recalque. A figura 19,
situada abaixo, ilustra o abrigo de hidrante de parede, geralmente encontrado em
edificios: (MANUAL OPERACIONAL DE BOMBEIROS, 2017).
35
Figura 19 – Hidrante de Parede
Fonte: MANUAL OPERACIONAL DE BOMBEIROS, 2017
Os hidrantes necessitam de uma reserva de água , que gerará um volume a
ser considerado na edificação, e sempre que possível, a reserva para incêndio
elevada deve ser preferida a enterrada, pela segurança que haverá em relação ao
fluxo de água (por gravidade), mesmo com pressões menores, caso a bomba não
funcione. Costuma-se dimensionar a caixa de água elevada considerando o fundo
dela como reserva para incêndio, conforme a figura 20: (NEGRISOLO, 2011).
Figura 20- Caixa Superior com reserva para incêndio
Fonte: NEGRISOLO, 2011
36
2.7.2 Proteções passivas
2.7.2.1 Sistemas de proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA)
A NBR 5419 - Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas (2001)
define (SPDA) como um sistema completo destinado a proteger uma estrutura contra
os efeitos das descargas atmosféricas.
Os sistemas de proteção contra descargas dos edifícios interceptam os raios
e os conduzem para a terra, e são compostos em três partes: rede captadora de
descargas, cabos de descida e aterramentos (CREDER, 2007).
Os SPDA’s contam com funções preventivas e proteroras. A função
preventiva está relacionada com o permanente escoamento de cargas elétricas do
meio ambiente para a Terra, pelo poder de atração das pontas, procurando neutralizar
o crescimento do gradiente de potencial entre o solo e as nuvens. A função protetora
se dá pelo ponto em que está instalado (mais alto da edificação) oferece a descarga
elétrica que for cair um caminho preferencial reduzindo o risco de incidência da mesma
nas estruturas. A figura 21 ilustra o sistema SPDA em um edifício: (LIMA FILHO,
1999).
Figura 21 - SPDA edifício
Fonte: Construnormas, 201-
37
2.7.2.2 Rotas de Fuga
A saída de emergência é o caminho parte da rota de fuga em que o usuário
deve percorrer em caso de incêndio até atingir a via pública ou espaço aberto
protegido, constituindo-se de portas, corredores, escadas ou a combinação desses
elementos (CÓDIGO DE OBRAS E EDIFICAÇÕES DO MUNICIPIO DE SANTA
MARIA, 2009; EUZEBIO, 2011 apud GOMES, 2014).
As rotas de fuga são divididas em compartimentação horizontal e vertical. A
compartimentação horizontal é destinada a impedir o desenvolvimento do incêndio do
pavimento de origem para outros horizontalmente (composta de portas corta-fogo e
afastamento horizontal), e a vertical evita a propagação do incêndio para outros
pavimentos da edificação (composta por elementos como lajes corta-fogo e
enclausiramento de escadas através de paredes corta-fogo) (REIS, 2018).
As portas corta-fogo são aquelas que acessam as saídas protegidas e devem
abrir sempre em direção ao fluxo das pessoas, sendo dimensionadas de acordo com
a NBR 11742- Porta corta-fogo para saída de emergência (ALVES, 2005).
A iluminação presente deve clarear as áreas escuras de passagem, tanto
horizontais quanto verticais na falta da iluminação normal,para orientar pessoas em
situações de emergência, sendo realizada de acordo com a NBR 10898- Sistema de
iluminação de emergência (REIS, 2018; SEITO, 2008).
38
3 METODOLOGIA
A metodologia do presente trabalho apresenta várias etapas, sendo feita
através de adaptações de outras metodologias, organizadas de forma a alcançar o
máximo de elementos para a vistoria, obtendo análise de diagnostico e prognóstico
das manifestações patológicas observadas nos edifícios. Sendo definida de acordo
com Gil (2002) como de natureza exploratória, apresentando análise qualitativa dos
estudos de caso. Esse mesmo autor cita como um dos agravantes desse método
proposto para pesquisa a dificuldade de generalização em poucos estudos de caso.
De forma a tornar o estudo mais embasado e superar as dificuldades citadas
anteriormente foram utilizados 4 edifícios como estudo de caso.
Para o estudo obtendo análise das principais patologias existentes em áreas
comuns de edifícios com 10 anos ou mais na cidade de Teresina-PI, foi determinada
uma metodologia fundamentada seguindo as etapas do fluxograma da Figura 22:
Figura 22- Fluxograma das etapas da metodologia
Fonte: Autor, 2019
As visitas foram feitas primeiramente entrando em contato com os síndicos
dos edifícios, sendo explicados o intuito do trabalho e o beneficiamento mútuo
proposto pelo mesmo.
Revisão Bibliografica
Vistoria em áreas comuns
Identificação de manifestações patologicas e
inconformidades
Grafico de Danos
Ficha de Identificação de
Danos
Tabela de Danos por pavimento
Elaboração do
diagnostico
elaboração do prognóstico
Verificação de acordo com as
normas técnicas
39
3.1 Critério de Escolha
Os edifícios escolhidos apresentam idade mais avançada pelo fato de
proporcionarem maior probabilidade de ocorrência de manifestações patologicas,
sendo escolhida a idade acima de 10 anos devido ao período recente de verticalização
em Teresina, e apresentarem mais de 10 pavimentos pela presença de instalações
prediais de combate a incêndio e maiores probabilidades de apresentarem
manifestações patológicas nas instalações hidráulicas e sanitárias.
3.2 Delimitação
O presente trabalho se delimitou ao estudo das manifestações patológicas
das instalações prediais nas áreas comuns, por se tratarem de espaços de acesso
menos restrito, sendo estudados apenas os componentes hidráulicos e sanitários,
elétricos e de combate a incêndio, tendo sido escolhidos esses sistemas por serem
de mais fácil observação visual quanto as manifestações patológias apresentadas e
inconformidades nos mesmos.
3.3 Caracterização do edifício
Para melhor conhecimento dos edifícios estudados realizou-se a
caracterização de cada edifício, apresentando o número de pavimentos e ano em que
foi entregue a ocupação, apresentados em tabela de forma inicial nos resultados.
3.4 Avaliação dos sistemas prediais
3.4.1 Avaliação dos sistemas prediais hidráulicos e sanitários:
Na etapa de avaliações investigativas dos sistemas prediais hidráulicos e
sanitários foram utilizados, além das normas técnicas, alguns parâmetros quanto a
critérios de avaliação pós ocupação, de acordo com a International Organization for
Standardization (ISO 6241), seguindo o Quadro 1:
40
Quadro 1- Checklist dos sistemas prediais hidráulicos e sanitários:
SISTEMAS PREDIAIS HIDRÁULICOS E SANITÁRIOS
Vazamento
Deterioração da tubulação
Deformação da tubulação Vibração da tubulação
Dispositivos danificados/inadequados
Tampas de reservatórios de água inadequadas
Ausência de limpeza nos reservatórios
Falta de identificação nos registros do barrilete
Obstrução das tubulações
Entupimento de ralos Fonte: Adaptado da ISO 6241, 1984
As instalações hidráulicas de água fria foram avaliadas se estão de acordo
com a norma NBR 5626 -1998, que garante o bom desempenho da mesma, como
também exigências e recomendações relativas a projeto, execução e manutenção da
instalação. As instalações de esgoto sanitário foram avaliadas se estão de acordo com
a norma NBR 8160- 1999, atendendo as exigências mínimas quanto a higiene,
segurança e conforto dos usuários.
3.4.2 Avaliação das instalações elétricas
As instalações elétricas foram analisadas de acordo com a NBR 5410- 2004
e NR-10 - 2004 (Segurança em instalações e segurança em eletricidade) que garante
o funcionamento adequado das mesmas. As instalações elétricas, diferente das
hidráulicas e sanitárias não apresentam manifestações patologicas de forma mais
visível, porém suas patologias podem ocasionar desastres severos a edificação e
usuários, se fazendo necessário observar nos edifícios se há um plano de verificação
periódica como aconselhado na norma. Foram analisados também se existem
inconformidades, podendo tornar o sistema mais susceptível a patologias. O quadro
2 apresenta requisitos gerais que o projeto de instalações elétricas deve seguir:
Quadro 2- Checklist do sistema predial elétrico:
CONDIÇÕES DOS QUADROS DO CENTRO DE MEDIÇÃO
Caixa Elétrica Aberta
Caixa Elétrica Trancada Identificação dos circuitos nos quadros Conservação
41
(continuação)
CONDIÇÕES DOS QUADROS DO CENTRO DE MEDIÇÃO
Caixa com proteção contra contato direto
CONDIÇÕES QUADROS/PAINÉIS ELETRICOS
Aberto
Conservação
Identificação dos circuitos nos quadros
Quadro ou painel proximo a hidrante
Facil Acesso
Objetos dentro do compartimento
Excesso de condutores Eletricos
Quadro com componentes soltos
Quadro em área molhada
Trancado
Caixa eletrica com proteção contra contato direto
Caixa aterrada
Porta aterrada
Quadro área externa protegido contra intemperies
Mercadorias estocadas a menos de 1m
Quadro comum em area classificada
Quadro com condutores instalados de forma irregular
Ligações irregulares
CONDIÇÕES DAS PROTEÇÕES
Disjuntor quebrado
Disjuntor com terminal quebrado
Chave secionadora quebrada
CONDIÇÕES DOS CONDUTORES ELÉTRICOS
Eletrodutos com avaria
Caixa de passagem aberta
Eletrodutos Oxidados
CONDIÇÕES DASTOMADAS/INTERRUPTORES
Benjamins
Tomadas em área molhada com altura abaixo de 1,2m
Interruptores em bom estado de conservação
Tomadas apropriadas em areas molhadas
Caixa em bom estado de conservação
Tomadas identificadas
ATERAMENTO
Caixa de inspeção de aterramento
PROCEDIMENTOS
Há plantas elétricas
Há sistemas de advertencia para manutenção dos circuitos
Manutenção corretiva
Manutenção preventiva Fonte: Adaptado da NR-10 , 2004 e NBR-5410 , 2004
42
3.4.3 Avaliação das instalações de combate a incêndio
As instalações de combate a incêndio foram analisadas de acordo com seus
componentes. Nas escadas verificou-se se existem objetos, maquinas ou
equipamentos obstruindo a mesma, se estão em bom estado de conservação e bem
sinalizadas, seguindo os parâmetros da norma NBR 9077-2001. Os extintores foram
analisados se estão de acordo com a norma NBR 12693- 1993, como também se
apresentam condições adequadas para o uso. Os hidrantes foram avaliados se estão
em boas condições, de acordo com a norma NBR 13714- 2003.
Quadro 3- Checklist do sistema predial de combate a incêndio:
EXTINTORES
Extintores em número insuficiente
Extintores fora do prazo de validade
Extintores em locais inadequados
Extintores posicionados diretamente no chão ou em altura superior a
1,6 m
Extintores sem o selo do INMETRO
Exintores com lacre rompido
Extintores e seus componentes danificados
Extintores com selo de recarga fora das especificações
Extintores sem identificação no seu cilindro
Extintores sem sinalização
HIDRANTES
Caixa de incêndio danificadas
Caixa de incêndio obstruídas
Materiais armazenados dentro das caixas de incêndio
Ausencia de mangueira
Mangueiras isoladas inadequadamente
Ausencia de sinalização
Caixa de incêndio trancada
Mangueiras ressecadas / danificadas
43
(continuação)
SAÍDA DE EMERGÊNCIA E ROTA DE FUGA
Ausencia de sinalização das saídas de emergência
Ausencia de sinalização das rotas de fuga
Ausencia de sinalização dos pavimentos nas portas corta-fogo
Ausencia de sinalização da obrigatoriedade do fechamento das PC
PC danificadas
Dispositivos de fechamento automático danificado
PC sem selo do INMETRO
PC trancadas ou mantidas abertas
PC sem dispositivo de abertura adequado
Antecamaras e escadas obstruídas
Ausencia de luz de emergência nas escadas
Ausencia de corrimão e/ou guarda- corpo nas escadas
Escada sem piso antiderrapante
Fonte: Adaptado de: NBR 9077, 2001; NBR 12693, 1993 e NBR 13714, 2003
3.5 Apresentação dos resultados encontrados
Após feito o levantamento visual das manifestações patologicas, as mesmas
foram registradas fotograficamente, e posteriormente organizadas em fichas de
identificação de danos. Segundo De Souza (2014), as fichas de identificação
funcionam como método sistemático e impessoal de inspeção visual, sendo
adaptadas para melhor compreensão. No presente trabalho, as fichas de identificação
de danos foram apresentadas por fotografias e desenhos técnicos em formato A3 (210
mm x 420 mm), com auxilio do software Autocad para realização das fachadas,
apenas para caracterização dos edificios. As fichas apresentam de uma forma simples
as patologias encontradas em áreas comuns de acordo com o pavimento, seguidas
por um código apresentando em qual sistema predial está contida.
Com os dados coletados, foram feitas tabelas, divididas de acordo cada
pavimento e sistema predial, elucidando as manifestações patologicas encontradas.
44
Utilizando o software Excel foram feitos gráficos apresentando a quantidade
de manifestações patologicas em cada sistema predial estudado, para posterior
comparação se apresentam semelhanças nos diferentes estudos de caso.
Foram definidas medidas para correção de cada manifestação patologica
apresentada nos edifícios, de forma que o desempenho final seja satisfatório.
Foram elaborados o prognóstico das manifestações patologicas que
apresentam estado mais crítico, de forma a obter maiores informações das mesmas.
45
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
De forma inicial, para apresentar os resultados de forma objetiva, o Quadro 4
apresenta a idade e quantidade de pavimentos de cada edifício:
Quadro 4- Planilha de referência
VISTORIA
Edifício I II III IV
Idade 20 anos 17 anos 30 anos 30 anos
Pavimentos 15 12 11 12
Fonte: Autor, 2019
4.1 Apresentação de Resultados
4.1.1 Prédio I
O primeiro edifício de estudo é localizado no bairro Ilhotas, conforme a Figura 23:
Figura 23- Localização do Edificio I
Fonte: Google Maps , 2019
O edifício I apresentou maior quantidade de manifestações patológicas nas
instalações de combate a incêndio e instalações elétricas.
46
Nas instalações de combate a incêndio foram observados alguns extintores
localizados diretamente sobre o piso, fora dos padrões da NBR 12693, seção 5.1.3.2
(parte inferior do extintor a uma distancia de no mínimo 0,2 m do piso acabado). A
escada (rota de fuga vertical) não apresenta iluminação adequada para casos de
incêndio na maioria dos pavimentos (funcionando apenas um sistema acionado
manualmente, não havendo iluminação de emergência na maioria dos patamares
superiores) e há ainda estocagem de materiais em alguns pavimentos impedindo a
rota de fuga de forma adequada. Algumas portas corta-fogo apresentam fechamento
inadequado. A maioria dos hidrantes está guardada de forma não recomendada pela
NBR 12779, anexo A.1.h ( com a mangueira conectada ao hidrante), apresentando
até mesmo uma mangueira em estado deteriorado (possivelmente após teste
realizado na mesma, não foi removida de forma completa a água presente da
mangueira, criando mofo).
As instalações elétricas apresentaram algumas inconformidades de projeto (
falta de padronização) e ausência de tampa de isolamento das caixas de internet e
telefone nos halls da maioria dos pavimentos. No térreo, há vários cabos de
iluminação na garagem sem eletrodutos adequados, podendo ocasionar
manifestações patológicas como fuga de corrente, em caso de aquecimento dos
mesmos.
No salão de festas foi observada a existência de uma manutenção corretiva
no forro, constatada através da diferente coloração no mesmo, ocasionada
provavelmente por vazamentos da tubulação de agua fria ou esgoto sanitário, porém
não foi possível obter mais detalhes, pois seria necessário a remoção do forro.
Os registros fotográficos de algumas das manifestações patológicas
observadas se encontram no Apêndice A- Registros Fotograficos através de fichas de
identificação.
O Quadro 5 representas as manifestações patológicas encontradas na vistoria
do Edificio I, sendo dividido de acordo com os pavimentos e instalações para melhor
compreensão:
47
Quadro 5- Manifestações Patologicas do Edificio I
Pavimento Instalações de Combate
Incendio
Instalações
Eletricas
Instalações
Hidraulicas e
Sanitarias
Geral Falta de iluminação de
emergência na escada
Casa de
Máquina
Falta de isolamento
na caixa
15 Hidrante conectado;
porta corta fogo com
fechamento irregular
Caixa de passagem
com fiação exposta
14 Lâmpada queimada
na escada
13 Caixa de passagem
com fiação exposta
10 Mangueira do Hidrante
Conectada
5 Extintor no chão
4 Hidrante danificado Cabos expostos
3 Material embaixo do
extintor
Lâmpada queimada
na escada
2 Porta Corta fogo não
fecha completamente;
extintor localizado no
chão
Terreo
Fonte: Autor, 2019
A Figura 24 representa o gráfico da quantidade de patologias
encontradas nas áreas comuns do Edificio I, de acordo com os sistemas prediais
estudados, podendo concluir que a maior quantidade de patologias encontradas foram
nas instalações de combate a incêndio, não sendo encontrada nenhuma patologia
nas instalações hidráulicas e sanitarias :
48
Figura 24- Gráfico de Manifestações Patologicas do Edificio I
Fonte: Autor, 2019
Para correção das manifestações patológicas encontradas, sugere-se que
nas instalações prediais de combate a incêndio que seja implementado sistema de
iluminação de emergência nas escadas (rotas de fuga); nos extintores de incêndio
locados em posição inadequada, devem ser retirados diretamente sobre o piso; nas
porta corta-fogo com fechamento inadequado deve ser efetuada manutenção para
fechamento correto da mesma; nos hidrantes mencionados no Quadro 5 guardados
com mangueira conectada, deve ser desconectada a mangueira; e a mangueira do
hidrante danificada deve ser substituída.
Nas instalações elétricas, devem ser implementada tampa nas caixas de
passagem observadas, bem como eletrodutos nos cabos de iluminação da garagem.
4.1.2 Prédio II
O segundo edifício é localizado no bairro Jockey, conforme a Figura 25:
9
6
0
0 2 4 6 8 10
INSTALAÇÕES DE COMBATE A INCENDIO
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
Edifício I
49
Figura 25- Localização do Edifício II
Fonte: Google Maps , 2019
O edifício II apresenta sistema de iluminação de emergência, sendo diferente
do sistema de lâmpadas de uso comum nas escadas desse prédio, porém algumas
lâmpadas de emergência não estão funcionando. Também foi verificado a ligação de
vários hidrantes feitas de forma não recomendada pela NBR 12779, localizada em
anexo A.1.h (com a mangueira conectada ao hidrante), uma mangueira de hidrante
danificada (possivelmente por ela estar conectada, após teste dos hidrantes ainda
ficou água armazenada na mesma, ocasionando o surgimento de bolores) como
também o armazenamento de materiais na rota de fuga de um pavimento.
Nas instalações elétricas do edifício II, verificou-se uma ligação no ultimo
pavimento feita de forma incorreta pela caixa de passagem do hall.
Nas instalações hidráulicas e sanitárias observaram-se várias manifestações
patologicas, como a vibração excessiva de uma tubulação, marcas de vazamentos da
tubulação de esgoto sanitário observadas na laje do térreo. No mezanino foram
observados dois vazamentos através do forro, sendo removido parte do mesmo em
duas localidades para evitar que a infiltração abrangesse maior área. No ultimo
pavimento, observou-se infiltração na parede da escada.
Os registros fotográficos de algumas das manifestações patológicas
observadas se encontram no Apêndice A- Registros Fotograficos através de fichas de
identificação.
50
O Quadro 6, situado abaixo representa as manifestações patológicas
encontradas, de acordo com a vistoria de cada pavimento observado:
Quadro 6- Manifestações Patologicas Edificio II
Pavimento Instalação de
Combate a
Incendio
Instalação Eletrica Instalação
Hidraulica-
Sanitaria
Pavimento 12 Lâmpada de
emergência
danificada
Ligação realizada
de forma
inadequada
Infiltração
imediatamente
abaixo da bomba
Pavimento 11 Mangueira do
Hidrante
danificado;
lâmpada de
emergência
danificada
Pavimento 10 Lâmpada de
emergência
danificada
Pavimento 9 Mangueira do
Hidrante de forma
incorreta
Pavimento 8 Mangueira do
hidrante de forma
incorreta
Pavimento 6 Mangueira do
hidrante de forma
incorreta
Mezanino Vazamento em
tubulação de agua
fria; vazamento de
tubulação de
esgoto sanitário
Térreo Cabos passando
na iluminação da
garagem sem
eletrodutos
Infiltração próximo
a tubulação de
esgoto
Fonte: Autor, 2019
51
A Figura 26 representa o gráfico da quantidade de patologias encontradas nas
áreas comuns do Edificio II, de acordo com os sistemas prediais estudados, podendo
concluir que a maior quantidade de patologias encontradas foram nas instalações de
combate a incêndio, porém diferente do edifício I, foram encontradas várias patologias
nas instalações hidráulicas e sanitarias :
Figura 26- Gráfico de Manifestações Patologicas do Edificio II
Fonte: Autor, 2019
Nas instalações de combate a incêndio, de forma análoga ao prédio I, devem
ser desconectadas as mangueiras dos hidrantes conectados; a mangueira que
apresenta estado degradado deve ser substituída; deve ser realizada manutenção na
porta corta-fogo com fechamento inadequado e substituição das lâmpadas de
emergência danificadas.
Nas instalações elétricas, deve ser refeita a ligação elétrica na caixa de
passagem do utlimo pavimento de forma correta, passando por dentro da parede, e
providenciados eletrodutos para cabos de iluminação na garagem.
Nas instalações hidráulicas e sanitárias, a infiltração observada no ultimo
pavimento é proveniente da casa de bomba, pois está situada logo abaixo da bomba,
devendo realizada vistoria mais apurada da bomba para melhores conclusões se o
vazamento já foi contido. No salão de festas observaram-se vazamentos no sistema
de esgoto sanitário e água fria, sendo localizados nas regiões das junções das duas
tubulações; na instalação de esgoto sanitário devem ser verificados os pavimentos
7
2
4
0 1 2 3 4 5 6 7 8
INSTALAÇÕES DE COMBATE A INCENDIO
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
Edifício II
52
acima, pois manutenções feitas de forma incorreta ou a falta de manutenções em
aparelhos individuais de apartamentos, como ralos, podem ocasionar sobrecarga no
sistema; na instalação de água fria deve ser verificada sua pressão, e verificada de
forma mais detalhada se a válvula redutora de pressão está cumprindo seu objetivo.
Os dois vazamentos citados originaram-se nas junções das tubulações, sendo a área
mais suscétivel a rompimento, após as verificações mais apuradas, devem ser
efetuadas substituições das junções trincadas, com cola especial.
4.1.3 Prédio III
O terceiro edifício é localizado no bairro Ilhotas, conforme a Figura 27:
Figura 27- Localização do Edifício III
Fonte: Google Maps , 2019
O edifício III não contém medidas passivas de proteção contra incêndio como
paredes e portas corta-fogo nas escadas (em descomprimento a norma NR-23, item
23.6.1). Puderam ser verificados também a ausência de algumas medidas ativas,
como hidrantes e iluminação de emergência; nos extintores há despradonização
quanto aos seus locais de guarda, com várias diferenças de acordo com o pavimento.
O quadro de distribuição não apresenta conformidade com a NBR 5410 (item
6.5.9.1), sendo localizado no pavimento térreo sem identificação no lado externo e é
instalado em local de difícil acesso, dentro de um painel de vidro.
No térreo, existem dois locais com vazamentos na tubulação sanitária, em
região exatamente abaixo de ralos localizados no salão de festas (pavimento acima).
53
O primeiro vazamento atingiu o forro, de forma que foi preciso remover parte dele para
evitar que a infiltração danificasse maior área, o segundo vazamento se originou na
região de ligação entre forro e parede do pavimento inferior, de forma que a parede
apresenta várias manchas de bolores devido a umidade.
Os registros fotográficos de algumas das manifestações patológicas
observadas se encontram no Apêndice A- Registros Fotograficos através de fichas de
identificação.
O Quadro 7, situado abaixo representa as manifestações patológicas
encontradas, sendo diferente dos quadros anteriores por algumas manifestações
atingirem mais de um pavimento são escritas como geral:
Quadro 7- Manifestações Patologicas Edificio III
Pavimento Instalações de Combate
Incendio
Instalações Eletricas Instalações
Hidraulicas e
Sanitarias
GERAL Ausência de porta e
parede corta-fogo;
ausência de iluminação
de emergência; Ausência
de sistema de hidrantes
Terreo Quadro de
distribuição de difícil
localização e
apresentando
espaço sem proteção
Vazamento
forro
danificado;
vazamento
parede com
bolor
Fonte: Autor , 2019
A Figura 28 mostra o gráfico de manifestações patológicas encontradas no
edifício III:
54
Figura 28- Gráfico de Manifestações Patologicas do Edificio III
Fonte: Autor, 2019
Para melhor proteção, devem ser instaladas portas corta-fogo nas escadas do
edifício III, com iluminação de emergência em cada pavimento, e respectiva
sinalização, de forma que em casos de paralização do sistema de iluminação existente
haja rota de fuga iluminada. É recomendado a padronização dos extintores em cada
pavimento.
Se faz necessário a sinalização adequada do quadro de distribuição, e
remoção do painel de vidro em frente ao mesmo para melhor idenficação da sua
localização.
Para resolução dos vazamentos, destaca-se que em área próxima ao
segundo vazamento há uma coloração diferente no forro e marcas de junção do
mesmo, constatando-se recente manutenção no sistema, sendo assim um erro de
manutenção, possivelmente decorrente do aumento do diâmetro da tubulação para
melhor comportar o sistema, sendo instalado de forma errônea, visto que os
vazamentos não são decorrentes da tubulação em si, mas da junção da tubulação
com os ralos.Para a devida correção dos vazamentos observados, é necessário que
o serviço de manutenção realizado nos ralos do salão de festas seja refeito, de forma
que entre as tubulações e os ralos haja a devida fixação, sem o escape da água entre
a ligação.
4
2
2
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5
INSTALAÇÕES DE COMBATE A INCENDIO
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
Edifício III
55
4.1.4 Prédio IV
O quarto edifício também é localizado no bairro Ilhotas, de acordo com a
Figura 29:
Figura 29- Localização do Edifício IV
Fonte: Google Maps , 2019
O edifício IV, de forma semelhante ao anterior, não apresenta as medidas
passivas de paredes e porta corta-fogo para proteção contra incêndios. Só há um
extintor nos pavimentos, ( em desacordo com a NR-23, que indica ao menos dois
extintores por pavimento, item 23.15.1.1) sendo observados alguns extintores com o
teste hidrostático vencido.
Na garagem, localizada no térreo, há diversos cabos de iluminação sem
eletrodutos, e no quadro de distribuição não há indicação de todos os disjuntores.
No sub-solo, observou-se infiltração embutida em parte do forro,
apresentando coloração diferente das demais regiões.
Os registros fotográficos de algumas das manifestações patológicas
observadas se encontram no Apêndice A- Registros Fotograficos através de fichas de
identificação.
O quadro 8 demonstra as patologias encontradas nesse edifício:
56
Quadro 8- Manifestações Patologicas Edificio IV
Pavimento Instalações de Combate
Incendio
Instalações Eletricas Instalações
Hidraulicas e
Sanitarias
GERAL Ausência de porta e
parede corta-fogo;
ausência de iluminação
de emergência; apenas
um extintor nos
pavimentos
12 Extintor vencido
10 Hidrante conectado
9 Extintor vencido;
Materiais no hidrante
5 Extintor vencido
4 Extintor vencido
Terreo Quadro de
distribuição sem
identificação dos
disjuntores; Cabos
elétricos sem
eletrodutos
Sub-solo Infiltração na
laje
Fonte: Autor , 2019
A Figura 30 demonstra o gráfico de manifestações patológicas do Edificio IV,
com maior número encontrado nas instalações de combate a incêndio:
57
Figura 30- Gráfico de Manifestações Patologicas do Edificio IV
Fonte: Autor, 2019
No prédio IV , também devem ser instaladas portas corta-fogo e iluminações
de emergência nas escadas. Deve ser feita manutenção nos extintores com teste
hidrostático vencido, e instalado outro extintor em cada pavimento. A mangueira do
hidrante deve ser desconectada, ou guardada de forma zig-zag, de acordo com a NBR
12779, citada anteriormente.
No térreo, devem ser instalados eletrodutos nas instalações elétricas e a
correta identificação de todos os disjuntores no quadro de distribuição.
Para melhor conhecimento da infiltração no forro da garagem, deve ser
removida a parte danificada, observando em qual tubulação está acontecendo o
vazamento.
9
2
1
0 2 4 6 8 10
INSTALAÇÕES DE COMBATE A INCENDIO
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
Edifício IV
58
5 CONCLUSÃO
Após realizadas as vistorias nas áreas comuns das instalações prediais de
combate a incêndio; hidro-sanitárias e elétricas, verificou-se várias manifestações
patológicas nos edifícios. O grande número dessas manifestações patológicas pode
gerar outras patologias, ou até mesmo tornar a edificação menos segura.
O sistema predial que apresentou o maior número de manifestações
patológicas foi o de combate a incêndio, sendo possível constatar que não há
verificações e conscientização quanto a vital importância do mesmo.
Quanto as instalações prediais elétricas, se faz importante destacar que suas
manifestações patológicas estão diretamente ligadas a eficiência do sistema de
combate a incêndio, de forma que sejam evitadas maiores consequências em caso
de colapso do sistema predial elétrico.
Os prédios III e IV apresentam grau de risco mais elevados por não existirem
porta corta- fogo para evitar que incêndios possam atingir mais de um pavimento. Os
prédios I e II apresentam sistema de fuga mais eficiente, porém ainda há pavimentos
em que as portas corta-fogo não apresentam fechamento de forma a obter total
vedação.
A vistoria se mostrou um elemento eficaz para o conhecimento e obtenção de
dados quanto a perca de funcionalidade em que os sistemas prediais estão expostos.
A análise de diferentes estudos de casos proporcionou observar que os
edificios apresentaram manifestações patológicas semelhantes, e algumas
apresentaram graus mais elevados, ou consequências da falta de vistorias, como a
mangueira conectada no hidrante em alguns edificios ocasionou o desgaste da
mesma.
O presente trabalho apresentou como dificuldade a falta de maiores
informações quanto as instalações hidráulicas e sanitárias, como foi do escopo do
mesmo apenas a verificação das áreas comuns, o sistema não pode ser analisado de
forma mais específica.
Para futuros estudos, sugere-se maior aprofundamento das instalações
hidráulicas e sanitárias em edificios que apresentem manifestações patológicas em
pavimentos inferiores, até mesmo nas áreas comuns, analisando ao longo de todos
os pavimentos do edifício para melhor conhecimento dos fatores que ocasionaram o
59
surgimento dessas patologias, sendo um exemplo o grau de influencia dos aparelhos
individuais em cada pavimento em um edifício que apresente manifestações
patológicas nesse sistema.
60
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APÊNDICES:
APÊNDICE A- Registros Fotograficos através de Fichas de Identificação:
CASA DE MÁQUINA 14 PAVIMENTO
13 PAVIMENTO 12 PAVIMENTO FACHADAPRINCIPAL
‘
FICHA DE IDENTIFICAÇÃO DE DANOS- PRÉDIO I Ficha 01/05
E
Falta de isolamento
Legenda Instalações:
Elétricas:E
Hidraulicas e Sanitarias: HS
Combate a incêndio: CI
E
Lâmpada queimada
CI E
Mangueira conectada Falta de isolamento
CI E
Mangueira conectada Falta de isolamento
9 e 4 PAVIMENTO 3 PAVIMENTO
2 PAVIMENTO 1 PAVIMENTO FACHADA PRINCIPAL
FICHA DE IDENTIFICAÇÃO DE DANOS- PRÉDIO I Ficha 02/05
CI CI Mangueira conectada Extintor localizado no chão
Legenda Instalações:
Elétricas:E
Hidraulicas e Sanitarias: HS
Combate a incêndio: CI
CI
Material estocado abaixo dos extintores
CI E
Mangueira danificada Falta de isolamento
M
CI CI
Extintores localizados no chão Fechamento incorreto
12 PAVIMENTO 11 PAVIMENTO
MEZANINO TÉRREO FACHADA PRINCIPAL
FICHA DE IDENTIFICAÇÃO DE DANOS- PRÉDIO II
Ficha 03/05
HS E CI Infiltração abaixo Ligação incorreta Lâmpada de emergência da cas de bomba queimada
Legenda Instalações:
Elétricas:E
Hidraulicas e Sanitarias: HS
Combate a incêndio: CI
HS HS
Vazamento Vazamento
CI
Mangueira danificada
E HS
Cabos elétricos sem Vazamento
eletrodutos
TÉRREO
SALÃO DE FESTAS FACHADA PRINCIPAL
FICHA DE IDENTIFICAÇÃO DE DANOS- PRÉDIO III Ficha 04/05
E HS HS Localização do quadro incorreta Vazamento abaixo do salão de festas Vazamento situado abaixo do salão de festas
Legenda Instalações:
Elétricas:E
Hidraulicas e Sanitarias: HS
Combate a incêndio: CI
HS HS
Ralo acima do térreo Ralo acima do térreo
12/10 PAVIMENTO SUB-SOLO
TÉRREO FACHADA PRINCIPAL
FICHA DE IDENTIFICAÇÃO DE DANOS- PRÉDIO IV Ficha 05/05
HS HS Extintor vencido Mangueira do hidrante conectada
Legenda Instalações:
Elétricas:E
Hidraulicas e Sanitarias: HS
Combate a incêndio: CI
E E
Cabos elétricos sem eletroduto Falta de identificação em alguns pontos
HS
Marcas de umidade