CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
Matheus Bitencourt de Carvalho
ANÁLISE DO SISTEMA DE GESTÃO NA EMPRESA
SYSTEM COMPUTADORES
Santa Cruz do Sul
2019
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Matheus Bitencourt de Carvalho
ANÁLISE DO SISTEMA DE GESTÃO NA EMPRESA
SYSTEM COMPUTADORES
Trabalho de curso III apresentado ao curso de administração da Universidade de Santa Cruz do Sul – UNISC, como requisito final para obtenção do título de Bacharel em Administração.
Orientador: Prof. Ms.Cícero Nei Eisenberger
Santa Cruz do Sul
2019
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LISTA DE FIGURAS
01. Fachada da loja.......................................................................................................................... 11
02. Principal Motivo Alegado para o Fechamento/2013 ....................................................... 16
03. Sistema de gestão do INDG .................................................................................................. 21
04. Modelo de gestão das micro e pequenas empresas (MPES) ..................................... 23
05. Planejamento por nível organizacional ............................................................................... 27
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LISTA DE QUADROS
01. Classificação das micro e pequenas empresas............................................................... 13
02. Perfil das empresas (exemplos de casos extremos) ..................................................... 17
03. Os cinco processos básicos da ARH .................................................................................. 31
04. Quadro resumo de sugestões de melhoria e justificativa ............................................. 58
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LISTA DE GRÁFICOS
01. Cadastro SEBRAE de Empresas/RFB2017...................................................................... 14
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 7
1.1. OBJETIVOS. ................................................................................................................................ 9
Geral ................................................................................................................................................... 9
Específicos ........................................................................................................................................ 9
1.2. JUSTIFICATIVA ........................................................................................................................ 10
1.3. APRESENTAÇÃO DA EMPRESA ...................................................................................... 11
2. REVISÃO DE LITERATURA .................................................................................................... 13
2.1 A classificação das micro e pequenas empresas ...................................................... 13
2.1.2 A importância das micro e pequenas empresas no Brasil ................................... 13
2.1.3 A grande mortalidade das micro e pequenas empresas no Brasil .................... 16
2.2 Modelos de gestão ................................................................................................................ 19
2.2.1 Categorias dos modelos de gestão .............................................................................. 20
2.2.2 A construção do modelo de gestão para micro e pequenas empresas ............ 20
2.2.3 Modelo de gestão para micro e pequenas empresas (MPES) ............................ 23
2.2.4 Como o modelo de gestão para micro e pequenas empresas pode ser
utilizado ........................................................................................................................................... 24
2.2.5 Os subsistemas do modelo de gestão ........................................................................ 26
2.3 Formulação estratégica ....................................................................................................... 26
2.3.1 Gerenciamento das melhorias ....................................................................................... 28
2.3.2 Gerenciamento da rotina ................................................................................................. 29
2.3.3 Gestão de pessoas/ Recursos humanos .................................................................... 30
2.3.4 Gestão orçamentária/ Financeira .................................................................................. 32
2.3.5 Análise crítica do desempenho/ Análise dos dados/ Avaliação .......................... 33
3. MÉTODOS DE PESQUISA ...................................................................................................... 35
3.1 Delineamento da pesquisa ................................................................................................. 35
3.2 Sujeitos da pesquisa ............................................................................................................ 37
3.3 Técnica de coleta e análise de dados ............................................................................. 37
4. ANÁLISE E SUGESTÕES ........................................................................................................ 39
4.1 Formulação estratégica ....................................................................................................... 39
4.1.1 Sugestões de melhoria relacionadas a formulação estratégica .......................... 43
4.1.2 Gerenciamento das melhorias ....................................................................................... 44
4.1.2.1 Sugestão de melhoria relacionada ao gerenciamento das melhorias ........... 44
4.1.3 Gerenciamento da rotina ................................................................................................. 45
6
4.1.3.1 Sugestões de melhoria relacionadas ao gerenciamento da rotina ................. 49
4.1.4 Gestão de pessoas/ Recursos humanos .................................................................... 51
4.1.4.1 Sugestões de melhoria relacionadas a gestão de pessoas/ recursos
humanos .......................................................................................................................................... 54
4.1.5 Gestão orçamentária/ Financeira .................................................................................. 55
4.1.5.1 Sugestões de melhoria relacionadas a gestão orçamentária/ financeira ..... 56
4.1.6 Análise crítica do desempenho/ Análise dos dados/ Avaliação........................... 56
4.1.6.1 Sugestão de melhoria relacionada a análise crítica do desempenho/
análise dos dados/ avaliação ........................................................................................................ 58
4.1.7 Quadro resumo de sugestões de melhoria e justificativa ...................................... 58
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................................... 63
6. BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................................. 65
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1. INTRODUÇÃO
Na atualidade pode-se observar o crescimento constante de
microempreendedores que se atém a fornecer produtos e serviços mais próximos
das necessidades dos clientes. Essas micro - organizações junto com as pequenas
empresas já somam 99% das empresas existentes no país e são responsáveis por
27% do PIB brasileiro (dados confirmados pelo SEBRAE no ano de 2014).
Movendo consideravelmente a economia, possibilitam à criação de novos
incentivos fiscais e disponibilização de créditos através de instituições financeiras
públicas com suporte do governo e privadas, o que fomenta ainda mais o
crescimento dessas microempresas.
Deste modo o espaço do microempreendedorismo contemporâneo oferece
mais oportunidades e preços mais acessíveis, produtos personalizados e
administração geral mais simples devido à uniformidade da organização e
atendimento aos públicos alvos de forma concentrada, o que gera melhor satisfação
nos clientes e maiores demandas de produção e prestação de serviços.
Segundo dados do IBGE em pesquisa no ano de 2016, 116 milhões de
pessoas correspondentes a 64,7 % da população utilizam computadores ou outros
meios de se conectar a internet e esse índice só vem crescendo, portanto o estudo
do negócio em questão de venda e assistência técnica de computadores desponta
como promissor já que uma hora ou outra estes aparelhos precisam de cuidados
técnicos.
Contudo, mesmo com um mercado promissor as micro e pequenas empresas
tem grande taxa de mortalidade. Segundo a plataforma DATA SEBRAE 2016, a
grande maioria não passa de dois anos de sobrevivência por diversos motivos como:
falta de planejamento, falta de conhecimento na área, ausência de diferenciais entre
os concorrentes, resistência às mudanças entre outros.
De acordo com os dados apresentados observa - se a importância da gestão
nestas empresas na qual apresentam diversas dificuldades para conseguirem
sustentar seu negócio e ganhar vantagens competitivas em relação a seus
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concorrentes. Planejar, organizar, dirigir e controlar são tarefas que não estão
restritas somente a médias e grandes organizações.
Os empresários das micro e pequenas empresas devem ter conhecimento
prévio do negócio antes de entrar no mercado, bem como experiência atribuída na
área que vai atuar e ter em mente sistemas de gestão com ferramentas
administrativas adequadas para obter melhores chances de sobrevivência.
Um sistema de gestão eficaz abordado na micro e pequena empresa pode
aumentar lucros, reduzir desperdícios, diminuir tempo de produção/ serviço e/ou
entrega, atender mais clientes, descobrir novos nichos de mercado... entre tantos
outros resultados positivos que uma administração eficiente pode gerar.
Portanto, o estudo a ser realizado na microempresa System Computadores
objetiva a análise do sistema de gestão da organização considerado de extrema
importância para esta permanecer no mercado, tendo como base o modelo de
gestão pesquisado e suas aplicações na prática. Assim a análise a ser apresentada
trata - se da descrição do que está sendo feito no momento, e suas possíveis
melhorias.
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1.1. Objetivos
Geral
Analisar o sistema de gestão de uma microempresa do segmento de venda e
assistência técnica de computadores.
Específicos
- Diagnosticar o sistema de gestão atual.
- Comparar o modelo de gestão atual com um modelo de referência.
- Propor possíveis melhorias.
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1.2. Justificativa
Este trabalho de conclusão de curso tem como proposta unir a teoria
estudada no decorrer do curso de administração a experiência prática, vista na
organização System Computadores. Os conhecimentos agregados ao longo do
curso serão abordados e observados dentro da organização a fim de contribuir para
o desenvolvimento do aluno e da empresa em questão.
Compreende – se este trabalho de suma importância para construir o amparo
técnico do profissional de hoje que o aluno é, e no de amanhã que o aluno irá se
tornar, bem como de grande importância para a empresa fornecedora dos dados,
recebendo o aluno e respondendo suas questões com o objetivo de analisar suas
técnicas administrativas e aprimorar seus conhecimentos para a melhor gestão do
empreendimento.
Com a análise feita neste trabalho o empreendedor poderá rever e
desenvolver seu sistema de gestão, observando quais as práticas estão funcionando
e mantendo e empreendimento de pé no mercado e quais necessitam de
aprimoramento urgente e contínuo. A empresa ganhará maior conhecimento sobre
estes fatores e poderá agir perante eles de forma a melhorar seu negócio.
Com estas melhorias acontecendo consequentemente poderá auferir mais
lucro, atender mais clientes, ter maior qualidade no produto e serviço, planejar com
mais cautela etc... tudo que a organização investir perante este conhecimento
impactará em resultados melhores que são a satisfação do negócio no caminho
certo e na satisfação dos clientes que são linhas interdependentes, com melhor
gestão melhor atendimento.
A construção e realização deste trabalho científico demonstrará como o
empresário do microempreendimento faz a gestão do negócio a fim de propor
melhorias a este com base no modelo de gestão estudado.
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1.3. Apresentação da empresa
A empresa Danielson Fischer Barbosa – ME, detentora do nome fantasia
System Computadores, localiza – se próxima ao centro da cidade de Cachoeira Sul
– RS, na Rua Saldanha Marinho, 1299. A organização atua na venda e assistência
técnica de computadores. A figura 01 apresenta a fachada da loja.
Figura 01: Fachada da Loja
Fonte: Facebook.com/photos
A história da organização iniciou em 1995 no domicílio do então
microempresário Cláudio atuando no mercado informal de serviços. Cinco anos
depois no ano de 2000 o empreendimento foi legalizado como microempresa para
atuar também com venda de suprimentos para computadores e aparelhos de
informática, consertos de celulares, eletrodomésticos e confecção de material de
escritório os quais somente a venda de suprimentos e aparelhos foi agregada aos
serviços.
A partir dos anos 2000 a empresa passou por vários lugares da cidade e
chegou a ter até 8 colaboradores no seu negócio. Em 2012 foi realocada no
endereço atual. Atualmente o microempreendimento tem o foco na assistência
técnica de computadores ficando a venda como um serviço extra, e tem em seu
portfólio 2 colaboradores, o empresário Cláudio que faz a gestão da empresa e
12
também atua como técnico de informática e seu cunhado Danielson que
conjuntamente realiza os serviços de assistência técnica.
No mês de agosto deste ano a empresa passou formalmente para a categoria
de microempreendedor individual (MEI), o gestor Cláudio acredita que esta é a
condição ideal para a empresa no momento para assim continuar prestando seus
serviços e agregar valor ao empreendimento. Contando os anos de serviço informal
e de legalização da empresa, soma – se um total de 23 anos de atuação na cidade.
13
2. REVISÃO DE LITERATURA
Este capítulo apresenta a revisão de literatura. Abordagem que apresenta os
conceitos do trabalho a ser desenvolvido, retratando o ambiente das micro e
pequenas empresas e o modelo de gestão escolhido para analisar a empresa em
questão.
De acordo com Cervo (2007, pág.77) a revisão de literatura “é a realização de
uma pesquisa bibliográfica que visa a identificar, localizar, ler, analisar, e anotar os
principais tópicos da literatura especializada sobre a questão delimitada”.
2.1 A classificação das micro e pequenas empresas.
A classificação das micro e pequenas empresas se subdividem em: MEI –
Microempreendedor Individual, Micro empresa e Empresa de pequeno porte
(Pequena empresa). Abaixo segue quadro com suas devidas especificações:
Quadro 01: Classificação das micro e pequenas empresas
Fonte: Adaptado pelo autor (www.sebrae.com.br /sites/PortalSebrae/artigos/entenda-as-
diferencas-entre-microempresa-pequena-empresa-e-mei)
2.1.2 A importância das micro e pequenas empresas no Brasil.
Conforme o SEBRAE, além de ter a participação de 99% das empresas totais
no Brasil, os microempreendimentos chegam perto de 12,4 milhões registrados no
simples nacional com previsão até 2022 de chegarem a 17,7 milhões de pequenos
empreendimentos. No momento, somente na categoria MEI – Microempreendedor
Classificação Nível de Receita
MEI – Microempreendedor Individual Até R$ 81.000 (Utilizando o Simples
Nacional, podendo ter somente um
empregado e não sendo sócio, nem
titular de outro empreendimento)
Micro Empresa Até R$ 360.000
Empresa de Pequeno Porte
(Pequena Empresa)
De R$ 360.000 até 4.800.000
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individual já chegam a passar do total de 7 milhões de empresas cadastradas. Estas
empresas tem 60% dos totais de empregos formais do Brasil e representam 27% do
PIB (Produto Interno Bruto).
Dentro desses números e em constante crescimento os setores de atuação são
divididos no gráfico abaixo:
Gráfico 01: Cadastro Sebrae de Empresas/RFB2017
Fonte: https://datasebrae.com.br/perfil-dos-pequenos-negocios/
Além dos registros numéricos já apresentados, outros fatores que ressaltam a
importância e o crescimento das micro e pequenas empresas são segundo Dolabela
(2006):
- Empresas maiores estão se subdividindo em menores;
- Maior contratação de fornecedores pequenos;
- As pessoas estão querendo empreender e realizar seus sonhos;
- Há o desejo de se aposentar mais cedo;
- Grande uso de tecnologia que diminui ou erradica funções mais
operacionais;
- Burocracia e tributação gerando algumas vantagens para estas
empresas;
No quesito de manutenção dos empregos no Brasil relativo a demissões, a
pesquisa do SEBRAE em 2016 demonstra que nas MPE’S as demissões foram
15
menores do que nas médias e grandes. No ambiente da crise econômica as MPE’S
demitiram 300 mil trabalhadores em 2014 para 2015 e 600 mil em 2015 para 2016 já
nas médias e grandes de 2014 para 2015 perderam 1,1 milhão de trabalhadores e
em 2015 para 2016, demitiram 900 mil.
Além disto, no mesmo ano de 2016 grande parte dos trabalhadores das micro
e pequenas tinha ensino médio completo e estavam cursando ensino superior o que
revela o valor do capital intelectual agregado a essas empresas e portanto sua
possível expansão de negócios, seja dentro da organização existente ou criando
outra para administração própria já que consequentemente essas empresas
poderiam ter melhor gestão devido ao conhecimento aplicado desses colaboradores.
Em relação ao movimento da economia, as MPE’S tem o aporte da
disponibilização de créditos e incentivos fiscais dadas por instituições públicas e
privadas, o que é bom para essas empresas, bom para os bancos e o círculo de
dinheiro no país. Somente no primeiro semestre de 2017 com dados fornecidos pelo
DATA SEBRAE 94% da carteira de crédito dos bancos públicos foram destinadas
as MPE’S, já nos bancos privados nacionais foram destinadas 72% da carteira de
crédito, ou seja as instituições financeiras e as MPE’S são interdependentes e
trocam alto valor em dinheiro para reinvestir em si e em outros negócios.
De acordo com Bitencourt (2015, pág.39) em relação a pesquisa GEM -
Global Entrepreneurship Monitor (2013):
“o Brasil ocupa o oitavo lugar no ranking dos 28 países de economias
impulsionadas pela eficiência, com taxa de empreendedores iniciais
ou em estágio inicial – TEA equivalente a 17,3%. Atrás apenas do
Equador (36%), Indonésia (25,5%), Chile (24,3%), Colômbia (23,7%),
Peru (23,4%), Panamá (20,6%) e Tailândia (17,7%). Isso significa
que a cada 100 brasileiros, 17 estão envolvidos com alguma
atividade empreendedora há menos de 42 meses.
Com base nesses dados há a evidência que a existência de empreendedores
e da categorização destas empresas com tributações menores e maiores incentivos
16
impulsionam a criação de mais empresas deste tipo e impulsionam também o
empreendedorismo que pode ser a porta para um novo mercado de oportunidades
para os jovens e demais pessoas interessadas em criar um negócio.
Em relação a todas informações apresentadas Fagundes (2012, citado por
Dorr) informa:
“as micro e pequenas empresas representam uma boa parte dos
empregos que nós temos, representam muito para a economia em
termos de arrecadação, de emprego, de geração de renda e
precisam muito de apoio e de conscientização, porque, às vezes,
elas não sabem o que precisam”.
2.1.3 A grande mortalidade das micro e pequenas empresas no Brasil.
Conforme Oliveira (2018, pág.15) “o empreendedorismo por necessidade por
não ter havido planejamento e por muitas vezes ser informal é um dos grandes
agravantes da mortalidade empresarial”. Segundo pesquisa do SEBRAE muitas
dessas empresas não passam de 2 anos de atuação, e entre 2 a 5 anos no mercado
os problemas de planejamento, administração ou gestão ressaltado anteriormente
entram como principais na mortalidade dos negócios, abaixo segue a figura 02
apresentando os motivos alegados pelos empresários para o fechamento de suas
empresas:
Figura 02: Principal Motivo Alegado para o Fechamento/2013
17
Fonte:https://bibliotecas.sebrae.com.br/chronus/ARQUIVOS_CHRONUS/bds/bds.nsf/33300
0e30d218194165cd787496e57f9/$File/5712.pdf
Para acompanhar os dados demonstrados anteriormente o SEBRAE fez uma
pesquisa mais recente que apresentou outros fatores condicionantes que
determinam muito do sucesso ou fracasso das micro e pequenas empresas. Segue
abaixo o quadro 02 sobre o perfil dessas empresas:
Quadro 02: Perfil das empresas (exemplos de casos extremos)
Fonte:http://www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/Anexos/sobrevivencia-das-
empresas-no-brasil-relatorio-2016.pdf
De acordo com a entidade (2008, pág.57) “as empresas encerram as suas
atividades não apenas devido a uma única causa, mas sim, devido a uma sucessão
de falhas ou problemas que... levam a paralisação de suas atividades”.
Ainda conforme essa afirmação a pesquisa Fatores Condicionantes e Taxa de
Mortalidade das MPE 2005 (VOX POPULI,2005) comprova que “a razão
fundamental que leva a quebra dessas empresas são as falhas gerenciais em 77%
dos casos.
18
No quesito relacionado a contabilidade destas empresas que é um fator
fundamental para o andamento do negócio Kessler (2002, pág.151) adverte:
“a contabilidade não é utilizada plenamente nem ela se apresenta
como órgão de assessoria às MP e EPP. Os empresários, não
utilizando a contabilidade deixam de servir – se de um elemento
importante para a tomada de decisões. Isso ocorre por dois fatores:
a) a falta de capacitação e vontade do empresário que não busca as
informações e não sabe interpretá – las, lhe parecendo muitas vezes
complexas demais para ele, preferindo então orientar – se por suas
anotações.
b) a negligência dos contadores que não orientam os empresários
seja por falta de conhecimento ou acomodação.
De nada vale a ME e a EPP ser assessorada por escritório contábil
emitindo gráficos, balancetes e relatórios de desempenho, se o
empresário não souber interpretá – los para a correta tomada de
decisão.
Em relação ainda a quebra de empresas em um número percentual Lakatos
(2002 citado por Silva) salienta:
“os especialistas consideram que 80% das micro e pequenas
empresas não chegam ao primeiro ano de atuação, e que 92%
duram somente cinco anos. Problemas relativos a estrutura de
gestão do negócio e em relação as estratégias levam a esses
resultados.
De acordo com esta informação Bitencourt (2015, pág.66) também afirma:
“grande parte das micro e pequenas empresas apresentam
dificuldade na definição de sua estratégia. O planejamento
estratégico não é priorizado, logo, dificilmente encontra - se definido
e formalizado. De modo geral, apenas a missão, visão e os valores
da empresa estão estabelecidos, porém, em muitos casos, não são
claros o suficiente ou sofrem com a falta de consenso entre os
gestores da empresa”.
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Números mais recentes de acordo com o IBGE no ano de 2017 demonstram
que “60% das micro e pequenas fecham em torno de cinco anos”, ou seja houve
uma diminuição em torno de 32% em relação ao dado anterior apresentado, o que
representa uma diminuição baixa mas ainda relevante, demonstrando que algumas
empresas estão conseguindo manter – se mais tempo no mercado.
Contudo ainda pesa nessas mortalidades e o estabelecimento de mais tempo
no mercado a capacitação do gestor. Gomes (2003, pág.7) relata que:
“o SEBRAE fornece vários cursos e treinamentos, mas são poucos
os que antes de abrir seu negócio, fazem todos os cursos e se
capacitam para tal. Uma empresa requer investimento e
comprometimento pessoal antes de tudo”.
Apesar dos dados apresentarem - se um pouco mais positivos Laudelino
(2008, pág.19) ressalta:
“uma gama enorme de condições precisam ser contempladas a
possibilitar a continuidade da atividade ao longo dos anos: condições
de mercado, globalização, tributos, mão de obra e outras variáveis.
Embora a legislação vise preservar o pequeno empresário de
algumas variáveis de maior impacto, como a carga tributária, este
enfrenta sérios problemas no dia a dia. Trata - se de uma realidade
perversa em relação àquele que é o maior gerador de empregos no
Brasil”.
2.2 Modelos de gestão
Segundo o site ADMINISTRADORES.COM:
“modelos de gestão podem ser definidos como conjuntos de
instrumentos para resolver situações adversas dentro das
organizações. É um molde, um formato pré-determinado no qual os
gestores podem se basear para administrar sua empresa de forma
eficiente e eficaz”.
De acordo com Have (2003, pág.1) “um modelo é e continua sendo uma
ferramenta que, quando combinada com conhecimento e experiência e empregada
na hora certa, pode ajudar a organização a encontrar soluções”. Portanto não basta
20
somente conhecer o modelo, deve-se acima de tudo saber quando e onde aplicá –
lo para ter o resultado satisfatório.
Ainda como definição dos modelos de gestão segundo Assen (2010, pág.1)
“destinam-se a resolver problemas e desafios nos negócios e podem propiciar uma
nova maneira de ver uma situação que resulte em uma mudança positiva. Podem
ser aplicados de forma estratégica, tática ou operacional”.
2.2.1 Categorias dos modelos de gestão
Os modelos de gestão podem ser divididos em três categorias conforme
Assen (2010, pág.1):
- Estratégicos (posicionamento/metas) - Esses modelos são valiosos
ao analisar e planejar o posicionamento estratégico de uma empresa
e ajudam a responder questões estratégicas;
- Táticos (projeto/organização) - Esses modelos podem ser usados
para organizar processos, recursos e pessoas em uma empresa.
Eles tratam de importantes questões práticas para a análise e o
desenvolvimento de organizações excelentes;
- Operacionais (implementação/execução) – Esses modelos podem
ser usados para implementar mudanças organizacionais e melhores
práticas. Abordam questões relacionadas à ´quem`, ´o que` e
´quando`, que surgem ao analisar e aperfeiçoar a execução em
organizações excelentes. Modelos que ajudam a otimizar a eficácia
dos processos e das atividades operacionais são incluídos nessa
categoria.
2.2.2 A construção do modelo de gestão para micro e pequenas empresas
Segundo Fernandes de Oliveira (2009) autor do modelo de gestão, a
construção do modelo seguiu o formato original utilizado pelo INDG no qual o
modelo é especialmente dirigido para utilização em grandes empresas, portanto foi
adaptado para o uso em pequenos negócios. Neste dividido em subsistemas que
compõem o sistema geral, o primeiro subsistema formulação estratégica define as
políticas, ações e objetivos em longo prazo da empresa em um horizonte de cinco
anos.
21
Já na decomposição dos demais subsistemas há o gerenciamento de projetos
que cuida das ações em metas anuais absorvidas pelo gerenciamento das melhorias
e da inovação (usa softwares e ferramentas tecnológicas para medir desempenho)
que são tratadas na abordagem Seis Sigma Black Belts uma técnica de análises dos
processos avançada para o melhor andamento desses processos e o gerenciamento
pelas diretrizes que embasa na implementação e organização de padrões para
cumprir as metas a médio prazo.
No subsistema gerenciamento da rotina há a preocupação com o orçamento,
a rotina financeira e o sistema de padronização das políticas da empresa definidos
na formulação estratégica que deve reaver padrões para alcançar as melhorias
adequadas no cotidiano da empresa. E por fim há a avaliação dos resultados nos
prazos estipulados sejam a longo, médio ou curto prazo.
Todos subsistemas e o sistema geral seguem a orientação do método PDCA
para melhorar os processos. Planejar, dirigir, controlar e agir são conceitos utilizados
para sustentar uma retroalimentação sistemática que colabore na contínua evolução
do modelo de gestão na empresa que este foi aplicado. Segue abaixo o modelo
original do INDG:
FIGURA 03: Sistema de gestão do INDG
22
Fonte: INDG, In: http://www.indg.com.br/institucional/comotrabalhamos.asp.
O autor ressalta que no novo modelo o primeiro subsistema foi mantido com
as suas devidas especificações. Já nos demais o gerenciamento de projetos,
gerenciamento da inovação e gerenciamento pelas diretrizes traduziram - se em
gerenciamento das melhorias tendo as funções da análise de processos e definição
de padrões de acordo com as metas estipuladas. Basicamente uma junção de
ambos para simplificar esta parte.
O gerenciamento da inovação além de ser traduzido para gerenciamento das
melhorias e a abordagem Seis Sigma Black Belts por serem mais complexos e
utilizarem recursos tecnológicos foram incorporados em outros subsistemas já que
estes recursos podem fazer parte de todos eles e colaborar no processo de
desenvolvimento de cada um.
Também no novo modelo foi mantido o subsistema gerenciamento da rotina
que busca resolver conjuntamente com o gerenciamento das melhorias as questões
relativas a padronização dos processos de acordo com as políticas da organização
no cotidiano da empresa. Tratando - se do TQC no modelo original a dimensão
gestão de pessoas não é essencialmente abordada por haver uma ideia prévia que
a gestão de pessoas é considerada em todos os subsistemas, contudo no novo
sistema é apresentada visando um subsistema importante a ser considerado e
aprimorado com suas devidas especificações relativas ao capital intelectual
agregado da empresa.
Outra dimensão adicionada foi o subsistema gestão orçamentária que antes
fazia parte do gerenciamento da rotina e o sistema de padronização dos processos
que passa a ser somente um único subsistema tratando das receitas, custos e
investimentos da organização.
Por fim, também foi adicionado o subsistema análise crítica do desempenho
que antes poderia ser referido aos ciclos PDCA, ou SDSA aplicado ao
gerenciamento da rotina que aborda o TQC Japonês principalmente na atribuição
das ações corretivas e preventivas para a solução de problemas.
Este subsistema deveria ser obrigatoriamente apresentado, pois as micro e
pequenas empresas dificilmente fazem as técnicas do PDCA ou quando o fazem é
23
de forma precária, apresentando este subsistema há a obrigação compulsória de
analisar o desempenho e a demonstração que este é sim importante tanto mais do
que os outros tanto para tomada de decisões na análise final quanto nas próximas
que hão de vir.
2.2.3 Modelo de gestão das micro e pequenas empresas (MPES)
O modelo de gestão abordado foi adaptado segundo Fernandes de Oliveira
(2009) “do sistema de gestão utilizado pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento
Gerencial (INDG), baseado do TQC japonês (Gestão da qualidade total)”. A seguir é
apresentado o modelo de gestão para micro e pequenas empresas (MPES):
Figura 03: Modelo de gestão das micro e pequenas empresas (MPES)
Fonte: http://repositorio.unisc.br:8080/jspui/bitstream/11624/652/1/MarcoOliveira.pdf
O autor salienta que o sistema de gestão apresentado para micro e pequenas
empresas demonstra atividades contínuas e interdependentes onde as análises dos
resultados devem ser cíclicas, determinadas pelos gestores como metas, sejam elas
diárias, semanais, mensais e/ou anuais para o melhor desempenho das atividades
na organização. Os resultados devem ser analisados de forma crítica e avaliações
devem ser feitas para a adaptação das ações nas micro e pequenas empresas.
24
O criador do modelo apresenta que o maior ganho na utilização desse modelo
é a uniformização da gestão na micro empresa que em cada subsistema
desenvolverá parâmetros para gerir em vista da melhoria contínua dos processos
de serviço e seus resultados implicarão na eficiência global do empreendimento que
proporcionará melhoras significativas e a possível evolução do negócio.
Entre os possíveis resultados esperados estão: a definição do planejamento
estratégico que implicara na definição de metas a longo prazo subdividindo – se em
médio e curto prazo para regular a posição da empresa no mercado e suas ações
financeiras e operacionais, maior satisfação do gestor e funcionário devido a
melhora do empreendimento, aumento de faturamento, redução de custos, melhoria
de produtividade, aumento de lucros, redução de possíveis acidentes e conquista de
mais mercados, maior autonomia do funcionário para corrigir falhas, melhor
capacitação, qualidade e produtividade, gestão da obtenção, aplicação e
planejamento de recursos financeiros e gestão para ações corretivas, preventivas e
de melhoria para os serviços da organização.
Ao todo são quinze pontos subdivididos em seis subsistemas que podem
trazer benefícios para a empresa. Com o alcance de alguns destes pontos já haverá
a melhor gestão do negócio e consequentemente maior sucesso deste. Todos os
pontos de possíveis resultados são interdependentes, assim a melhora de um
impactará positivamente no outro o que aumenta as chances de êxito na execução
deste modelo de gestão.
2.2.4 Como o modelo de gestão para micro e pequenas empresas pode ser
utilizado
Conforme Fernandes de Oliveira (2009), começando pelo subsistema
formulação estratégica deverão ser analisadas e/ou prescritas metas e planos de
ação que possam melhorar a posição da empresa no mercado bem como questões
financeiras e operacionais a rever e amplificar constituindo a base para os demais
subsistemas. Por exemplo: a empresa tem a estratégia de desenvolver um novo
mercado para seu negócio, deverá preparar - se para os desafios desta ambição
estudando o novo mercado e preparar os investimentos e produção que este vai
demandar.
25
No subsistema seguinte gerenciamento das melhorias haverá de existir a
concepção dessas metas e planos de ação em ambas as áreas definidas na base e
o detalhamento do/s plano/s ou de ação. Exemplo: se a empresa definiu desenvolver
um novo mercado, esta deve diagnosticar o novo mercado em números concretos e
definir seu público alvo. O gerenciamento das melhorias é uma extensão a curto
prazo da formulação estratégica.
No subsistema gerenciamento da rotina deverá de haver a padronização dos
processos na organização para desenvolver e aprimorar os serviços no cotidiano e
assim sucessivamente. Exemplo: quais materiais vão se exigir para a produção de
novos serviços e em quanto tempo estes serão entregues. O gerenciamento da
rotina vai avaliar e aprimorar o andamento do trabalho no dia a dia para atingir o
objetivo inicial.
Conjuntamente com o subsistema gerenciamento da rotina há o subsistema
de gestão de pessoas que será responsável pela melhora da capacitação das
pessoas e, portanto no desempenho da organização. A capacitação não tem haver
somente com cursos e novos conhecimentos, mas também da organização eficiente
da produção para melhores resultados, aprender e saber gerir. Se a empresa tem
uma estratégia definida e detalhada e sabe o que deve fazer para realizá - la os
funcionários devem estar preparados para manter o que foi acordado com suas
devidas atribuições e assim atingir os resultados esperados para haver o melhor
desempenho de suas tarefas e do empreendimento.
Por fim há o subsistema análise crítica do desempenho, onde tudo o que foi
feito e está sendo feito é analisado e avaliado. Se a empresa definiu como estratégia
abranger novos mercados, deve - se ver como foi essa definição, como a empresa
preparou os funcionários, se estes participaram das decisões, o que teve que
comprar, e a partir disto propor ações corretivas e de melhoria para os processos
visando a solução de problemas.
Visto que o PDCA está implícito em todos os subsistemas, mas sucintamente
na parte final, tudo deve ser revisto e reavaliado periodicamente tanto na parte final
quanto em todos os processos do sistema a fim de melhorar e evoluir o modelo de
gestão para beneficiar as pessoas e a organização que irá utilizar o modelo.
26
2.2.5 Os subsistemas do modelo de gestão
Um subsistema é uma parte do sistema inter - relacionada entre as demais.
Segundo o site IBM.COM “um subsistema é um ambiente operativo único e
predefinido através do qual o sistema coordena o fluxo de trabalho e o uso de
recursos”.
Conforme Sobral (2012, pág.134):
“subsistemas são as partes que formam o sistema total. Cada
sistema poder ser subsistema de outro ainda maior. Dessa forma, um
departamento é um subsistema de uma fábrica, que, por sua vez,
pode ser subsistema de uma empresa, que é um subsistema de uma
indústria, que é um subsistema da economia nacional, que é
subsistema da economia global. Essa lógica pode ser aplicada a
vários casos vistos segundo a perspectiva sistêmica”.
Os subsistemas do modelo de gestão estudado são: formulação estratégica,
gerenciamento das melhorias, gerenciamento da rotina, gestão de pessoas, gestão
orçamentária e análise crítica do desempenho.
2.3 Formulação estratégica
De acordo com Fernandes de Oliveira (2009, pág.151) o subsistema
formulação estratégica trata - se de “práticas de planejamento de longo prazo (3 a 5
anos), envolvendo prioritariamente o posicionamento da empresa no mercado,
objetivos financeiros agregados e planejamento operacional de longo prazo”.
Formulação estratégica ou planejamento estratégico consiste, portanto em
pensar antes de agir definindo como a empresa irá posicionar – se diante de si e do
mercado (cenário econômico, social, político, clientes e concorrência). Segundo
Pradella (2012, pág.23) “regularmente, muitas organizações revisam e atualizam
seus planos estratégicos. Elas examinam o mercado e o cenário da concorrência
para novas oportunidades e estabelecem novas metas”.
Conforme Kluyver (2010, pág.2):
“estratégia diz respeito a posicionar uma organização para a
obtenção de vantagem competitiva. Envolve escolhas a respeito de
27
que setores participar, quais produtos e serviços oferecer e como
alocar recursos corporativos”.
De acordo com estas definições Nogueira (2014, pág.12) complementa:
“o planejamento de uma organização envolve objetivos e planos. O
plano estratégico abrange a organização como um todo, envolve
objetivos e estratégias de longo prazo e constituem o ponto de
partida para os planejamentos táticos e operacionais.
O planejamento estratégico por nível organizacional é apresentado por Sobral
e Peci (2013, pág.198) na figura abaixo:
Figura 05: Planejamento por nível organizacional
Fonte:https://bv4.digitalpages.com.br/?term=planejamento%2520estrat%25C3%25A9gico&searchp
age=1&filtro=todos&from=busca&page=12§ion=0#/legacy/22110
As estratégias definidas no topo da pirâmide recaem sobre os demais níveis
da organização. Portanto além da análise mercadológica a ser feita para a
elaboração destas estratégias, os objetivos financeiros são propostos e avaliados, o
que de acordo com Valeriano (2001) “tratam-se de características importantes
referentes ao funcionamento da organização, delegando responsabilidades e
autoridades nos fluxos de trabalho”.
Também há a importância da área operacional conhecer e reavaliar essas
estratégias, pois é nesta área que segundo Caetano (2016) “acontece a
formalização, mediante documentos escritos, da metodologia do desenvolvimento de
cada uma das ações” que aprimoram os processos e resultados.
28
2.3.1 Gerenciamento das Melhorias
Conforme Fernandes de Oliveira (2009, pág.151) o subsistema
gerenciamento das melhorias trata-se de:
“práticas de desdobramento da formulação estratégica em atividades
de planejamento, execução e controle de curto prazo (até 1 ano),
com foco em metas, planos de ação, projetos e políticas para a
melhoria da competitividade do negócio nas áreas financeira,
comercial e operacional”.
Segundo Martins de Oliveira (2015, pág.3) “melhorar significa entregar
performance superior, implica em evidenciar o “antes” e o “depois” por meio de
indicadores que mostrem resultados melhores que o cenário anterior às ações
implementadas”.
Conforme a NBR ISO 9001:2015:
A organização deve determinar e selecionar oportunidades para
melhoria e implementar quaisquer ações necessárias para atender a
requisitos do cliente e aumentar a satisfação do cliente.
Essas devem incluir:
a) melhorar produtos e serviços para atender a requisitos assim
como para abordar futuras necessidades e expectativas;
b) corrigir, prevenir ou reduzir efeitos indesejados;
c) melhorar o desempenho e a eficácia do sistema de gestão da
qualidade.
Através de planos de ação elaborados na formulação estratégica o
gerenciamento das melhorias promove o planejamento das mudanças, aprimora
processos e consequentemente resultados na organização que vem a beneficiar a
empresa, os colaboradores e os clientes.
De acordo com Gozzi (2015):
“o gerenciamento das melhorias acompanhado de um sistema de
gestão eficaz como o conhecido sistema de gestão da qualidade total
29
(TQM) traz benefícios imediatos fixados a curto prazo como : maior
satisfação das pessoas, aumento de faturamento, redução de custos,
melhoria de produtividade, aumento de lucros, redução de possíveis
acidentes e conquista de mais mercados.
2.3.2 Gerenciamento da rotina
Segundo Fernandes de Oliveira (2009, pág.151) o subsistema gerenciamento
da rotina trata - se de “práticas de definição, execução e controle das operações da
empresa, buscando prioritariamente assegurar a confiabilidade das rotinas de
trabalho e a padronização das melhorias validadas no subsistema anterior”.
Conforme Custodio (2015, pág.65):
“o gerenciamento de rotina consiste em um processo que atua na
organização como um todo, subdividindo os processos para um
controle sistemático com avaliações das rotinas. Quatro etapas
definem essa forma de gerenciamento.
a) Orientação para o microprocesso: define, analisa e atua nos
principais microprocessos na busca pelo maior valor agregado no
processo total,
b) Orientação para o cliente: identifica os clientes do microprocesso,
define suas necessidades e estabelece indicadores para monitorar o
avanço das ações para o atendimento dessas necessidades.
c) Orientação para o controle do microprocesso: delimita o controle
dos indicadores em função dos objetivos e limites, define os pontos
de controle e as características das entradas do microprocesso,
determina os métodos, frequência e responsabilidades do controle.
d) Orientação para melhoria: verifica se os efeitos estão dentro dos
limites desejados, analisa se as causas dos desvios eliminam os
efeitos indesejados, estabelece planos de ação para a eliminação
das causas dos desvios e estabelece gerenciamento em que a
evolução das ações é demonstrada a todo público envolvido”.
30
O gerenciamento da rotina conforme Busanello (2011) propõe:
“que a equipe aja trabalhando para atingir uma meta. Para atingir
essa meta essa equipe participa de forma ativa da construção e /ou
da melhoria de procedimentos e produtos, cria formas de avaliar e
regular os processos de maneira a corrigir falhas. O gerenciamento
da rotina propõe em dar autonomia para a equipe para esta trabalhar
no cotidiano com o máximo de sua excelência e assim, portanto
dando melhores resultados para a empresa”.
De uma maneira mais simplificada em relação a este gerenciamento
Cavalcanti (2012, pág.129) explica: “os funcionários devem ter autonomia para
resolver problemas e garantir a qualidade dos processos...O objetivo é que cada um
seja responsável pelo que faz, seguindo os padrões estabelecidos pela
organização”.
2.3.3 Gestão de pessoas/ Recursos Humanos
Segundo Fernandes de Oliveira (2009, pág.151) o subsistema gestão de
pessoas trata - se de:
“práticas de definição, execução e controle das operações que visam
garantir o equilíbrio entre a disponibilidade e as necessidades de
recursos humanos, envolvendo prioritariamente seleção,
desenvolvimento, avaliação de desempenho e remuneração do
pessoal”.
Complementando o que Fernandes de Oliveira definiu como subsistema de
gestão de pessoas, Dessler (2003, pág.2) define que:
“gestão de pessoas refere-se às práticas e as políticas necessárias
para conduzir os aspectos relacionados às pessoas no trabalho de
gerenciamento, especificamente a contratação, ao treinamento, à
avaliação, à remuneração e ao oferecimento de um ambiente bom e
seguro aos funcionários da empresa”.
Conforme Chiavenato (2009) “a administração de recursos humanos é
dividida em cinco processos ou subsistemas e é por meio destes que os recursos
31
humanos são atraídos, aplicados, mantidos, desenvolvidos e monitorados pela
organização.” No quadro abaixo são apresentados seus objetivos e atividades:
Quadro 03: Os cinco processos básicos da ARH
Processo Objetivo Atividades
Provisão Quem trabalhará na
organização?
Pesquisa de mercado de
RH, Recrutamento e seleção
de pessoas
Aplicação O que essas pessoas farão
na organização?
Integração, desenho de
cargos, descrição e análise
dos cargos, avaliações de
desempenho
Manutenção Como as manteremos na
organização?
Remuneração e
compensação, benefícios e
serviços sociais, higiene e
segurança, relações
sindicais
Desenvolvimento Como iremos prepará - las e
as desenvolver?
Treinamento e
desenvolvimento
organizacional
Monitoração Como conhecer quem são e
o que fazem?
Banco de dados/ sistemas
de informação, controles,
frequência, produtividade,
balanço social
Fonte: Adaptado pelo autor (CHIAVENATO, IDALBERTO. Remuneração, benefícios e
relações de trabalho: como reter talentos na organização. 6. Ed. Pág. 4. Barueri: Manole,
2009.)
De acordo com Orlickas (2012, pág.206) a área de recursos humanos:
“deve contribuir para o aumento da capacitação de clientes internos,
pois, assim, irá conduzir de forma assertiva a gestão sistêmica do
negócio, obtendo maior qualidade e produtividade, menor custo e,
32
consequentemente maior rentabilidade, bem como a plena satisfação
do cliente externo”.
2.3.4 Gestão Orçamentária/ Financeira
Segundo Fernandes de Oliveira (2009, pág.151) o subsistema gestão
orçamentária trata - se de:
“práticas de definição, execução e controle das operações voltadas a
garantir o equilíbrio entre as disponibilidades e necessidades de
recursos financeiros da empresa, traduzidas em orçamentos anuais
de receitas, custos, despesas e capital empregado”.
Conforme Megliorini (2012) a gestão financeira:
“gerencia os recursos financeiros da empresa. Como esses recursos
são escassos e caros, cabe ao departamento financeiro tomar
decisões sobre onde consegui-los e aplicá – los, de modo que
tragam o melhor benefício no futuro de acordo com seus objetivos,
ex: maximização dos lucros, maximização da riqueza dos
proprietários...”.
De acordo com Eleutério (2015, pág.3) através destas decisões a gestão
orçamentária busca:
“Obtenção de recursos – captados de diferentes fontes potenciais de
financiamentos, de capital próprio e de terceiros.
Aplicação de recursos – investimentos em ativos circulantes e não
circulantes.
Planejamento e controle financeiro – processo no qual se procura
prever as necessidades futuras de recursos e o controle de sua
utilização, que representa a verificação do desempenho realizado
com base no planejamento previamente estabelecido”.
Diante disso Cruz (2013) salienta:
“podemos concluir que sem recursos financeiros administrados de
maneira adequada é impossível para empresa cumprir suas
obrigações de pagamentos diários. O dinheiro sendo também uma
33
mercadoria deve deste modo garantir a continuação e sucesso do
empreendimento”.
2.3.5 Análise crítica do desempenho/ análise dos dados/ avaliação
Segundo Fernandes de Oliveira (2009, pág.151) o subsistema análise crítica
do desempenho/ análise dos dados trata - se de:
“atividade de análise estruturada dos resultados por parte dos
principais gestores de negócio, de modo que as decisões daí
derivadas, de acordo com a sua natureza, sejam capazes de
realimentar o sistema de gestão, mediante ações corretivas,
preventivas e de melhoria”.
De acordo com Carvalho (2005, pág.173) na análise dos dados:
“há uma recomendação importante no sentido de que os dados
coletados devam ser analisados, e não somente armazenados. O
objetivo da análise de dados é avaliar o desempenho geral do
sistema em relação ao seu objetivo global”.
Conforme Feigenbaum (1994) a análise crítica do desempenho passa por três
fases:
1- Análise e ação preliminares - inicia - se uma série de
investigações que podem revelar falhas nos processos da empresa e
que devem ser corrigidas. São identificados problemas e propostas
ações corretivas.
2 - Análise e ação posteriores - são feitas as ações corretivas e
analisados os resultados até chegar ao objetivo final que é o melhor
desempenho possível.
3 - Ação e controles finais – são definidos padrões e procedimentos
para a melhor gestão dos processos e melhoria contínua.
Diante das informações abordadas anteriormente o autor Chiroli (2016)
ressalta:
“para realizar a avaliação, a análise crítica do desempenho, usam-se
os indicadores de desempenho, ex: indicador de custo de
34
manufatura, indicador de qualidade referente aos concorrentes,
indicador de acurácia de previsões de demanda, os quais devem
avaliar a satisfação dos clientes e o desempenho efetivo do processo
produtivo.
35
3. MÉTODOS DE PESQUISA
Neste capítulo é apresentada a metodologia do trabalho, a qual vai explicar
como a pesquisa foi realizada através dos procedimentos abordados. Segundo
Casarin (2012, pág,105): “a metodologia explicita a forma como o pesquisador irá
conduzir o seu projeto de pesquisa, visando alcançar os objetivos propostos
inicialmente”.
Em relação aos procedimentos abordados, Santos (2000) informa que:
“a metodologia serve para explicar tudo o que será feito e a maneira
de pesquisa durante o estudo científico. Entre seus objetivos estão
descrever o método utilizado, quem participou, tipo de pesquisa
realizado e os instrumentos que serviram para a pesquisa (como
entrevistas e questionários)”.
3.1 Delineamento da pesquisa
Quanto a abordagem, esta pesquisa foi classificada como um estudo
qualitativo. Estudo qualitativo é segundo Mascarenhas (2012):
“uma pesquisa mais profunda onde os dados são colhidos e postos a
análise, utilizando - se um estudo descritivo para compreender as
informações colhidas onde o pesquisador pode influenciar a pesquisa
e ter seu olhar sobre ela”.
Conforme Chizzotti (1995, pág.52) o estudo qualitativo:
“fundamenta-se em dados coligidos nas interações interpessoais, na
coparticipação das situações dos informantes, analisados a partir da
significação que estes dão aos seus atos. O pesquisador participa,
compreende, interpreta.”
Em relação aos objetivos, a pesquisa foi de caráter exploratório e descritivo.
Uma pesquisa exploratória é, conforme Cervo, Bervian e Silva (2007, pág.63), a que
realiza:
“descrições precisas da situação e quer descobrir as relações
existentes entre seus elementos componentes. Esse tipo de
pesquisa requer um planejamento bastante flexível para possibilitar a
36
consideração dos mais diversos aspectos de um problema ou de
uma situação”.
Ainda em relação à pesquisa exploratória Oliveira (2018, pág.56) destaca:
“pode ter diferentes objetivos e pode ser aplicadas para os seguintes
propósitos: formular ou definir um problema com mais precisão;
identificar ações alternativas; desenvolver hipóteses; isolar variáveis -
chave e relacionamentos para uma análise adicional; obter uma
melhor percepção para elaboração de uma abordagem problema;
estabelecer prioridades para uma pesquisa adicional”.
Uma pesquisa descritiva é, conforme Triviños (1987citado por Figueiredo),
aquela que pretende:
“descrever com exatidão os fatos e fenômenos de determinada
realidade, o que exige do pesquisador uma série de informações
sobre o que se deseja pesquisar, como por exemplo os objetivos do
estudo, as hipóteses/pressupostos e as questões da pesquisa.
De acordo com Veal (2011, pág.29) esta consiste em: “investigar, descrever o
que é, a natureza dos fenômenos estudados e a frequente separação em pesquisa e
ação”.
Em relação aos procedimentos técnicos, a pesquisa classificou - se como
sendo um estudo de caso. Estudo de caso é segundo Santos (2000, citado por
Trost):
“uma técnica de levantamento de dados que descreve o fato
observado no segmento da gestão empresarial, relata seus
componentes constituintes e analisa - os, considerando inicialmente
um problema a ser solucionado”.
Conforme Yin (2005, citado por Oliveira):
“as evidências para um estudo de caso podem vir de seis formas
distintas: documentos, registros em arquivos, entrevistas, observação
direta, observação participante e artefatos físicos. O pesquisador
37
deve saber como usar essas seis fontes, que exigem o conhecimento
de habilidades e procedimentos metodológicos diferentes”.
3.2 Sujeitos da pesquisa
Para o estudo deste trabalho o sujeito de pesquisa foi o gestor da
microempresa System Computadores. O gestor forneceu os dados relevantes para este
trabalho e com estes a pesquisa foi formulada buscando atender as necessidades
particulares da empresa e as necessidades do aluno que utilizou as informações para a
realização deste trabalho.
3.3 Técnicas de coleta e análise de dados
Os dados que foram coletados para a pesquisa, conforme Prodanov (2003),
“consistem nas informações que o pesquisador precisa para desenvolver seu trabalho em
ambas as etapas”. Em relação a análise e interpretação dos dados Figueiredo (2008,
pág.131) informa que “ao interpretar as informações obtidas com a pesquisa, busca – se
encontrar todos os aspectos que se aproximam, ou seja, que trazem aquilo que é comum
e passível de ser transformado em dados capazes de mostrar resultados”.
Para alcançar os objetivos propostos neste trabalho os dados foram coletados
através de entrevista não diretiva que objetiva uma conversação mais informal e aberta
com o gestor, análise documental dos dados relatados e observação direta do
pesquisador. Após isto foi feita a comparação da gestão atual com o modelo de referência
a fim de finalizar o trabalho com a proposição de melhorias.
O pesquisador através da entrevista não diretiva questionou como o gestor
faz a gerência geral da organização, desde a estratégia que adota para atuar no mercado,
como também sua administração contábil, seu modo de gerir as pessoas até o processo
de chegada do pedido do produto e/ ou serviço e a entrega deste ao cliente e sua
avaliação sobre o desempenho da empresa em ambos estes quesitos.
. Com a análise documental investigou – se os registros de todas as
informações que o gestor tem sobre a administração da empresa, estratégias
documentadas, contabilidade adequada, quantidade de serviços prestados por dia,
semana, tempo de espera para realização dos pedidos, documentos em arquivos,
38
anotações do empresário e demais opções que servirão para conseguir informações
advindas do negócio.
Conjuntamente com a entrevista e a análise documental foi realizada a
observação direta do pesquisador que analisou o cotidiano da organização, como ela
realmente funciona, como reage diante das dificuldades, como administra os produtos e
serviços, se está disposta a fazer melhorias significativas no negócio, como se mantém
atualmente no mercado entre outros.
Com estes dados coletados o pesquisador a comparou o modelo de gestão
atual com o modelo de referência em seus seis subsistemas: Formulação estratégica,
gerenciamento das melhorias, gerenciamento da rotina, gestão de pessoas/ recursos
humanos, gestão financeira/ orçamentária e análise crítica do desempenho/ análise dos
dados/ avaliação observando o que necessita de mudança, o que pode melhorar para a
organização elevar seu potencial empreendedor.
Mediante a comparação com o modelo de referência o aluno elaborou a
proposição de melhorias através de tudo que foi estudado e observado objetivando
mudanças positivas para o negócio e a possível satisfação de ambos os envolvidos nesta
pesquisa.
39
4. ANÁLISE E SUGESTÕES
Neste capítulo são apresentadas as análises e sugestões de melhoria feitas
pelo pesquisador com base nas entrevistas com o empresário, análise documental e
observação direta com o propósito de atingir o objetivo geral estipulado para este
trabalho e os objetivos específicos.
4.1 Formulação estratégica
Conforme informado pelo gestor a organização em estudo não possui missão
e visão estratégicas definidas formalmente, ou seja, prescritas no papel e
orientadoras do dia a dia das atitudes organizacionais. Contudo o gestor e o
colaborador atuantes na organização possuem uma ideia prévia internalizada de
como orientar o serviço. Sua filosofia está baseada em oferecer o melhor serviço
possível ao cliente que seria uma missão, uma razão de existir. Já no ponto que
consta sobre a visão da empresa esta não possui um horizonte de planejamento
para crescer.
Conforme dito pelo gestor, o plano agora é manter a empresa como está sem
fazer novos investimentos. Contudo ao mesmo tempo que tem esta visão a curto
prazo o gestor informa que tem vontade de ampliar o espaço físico da empresa,
trocando de endereço para uma local mais ao centro e agregar conserto de celulares
a seus serviços num horizonte de 2 a 5 anos, se por ventura surgir um bom parceiro
que tenha os equipamentos e o conhecimento necessário para realizar estes
serviços.
O proprietário do negócio informa que identifica suas oportunidades e
ameaças, bem como seus pontos fortes e fracos através da observação das
tendências do mercado, a experiência própria produzida pela gestão do negócio e a
conversa mútua com clientes que também o faz avaliar o serviço da concorrência.
Segundo o gestor um dos pontos de perspectiva para a organização através
do conhecimento produzido pela conversa com clientes e observação do mercado
seria a ampliação do negócio no âmbito do conserto de celulares já que atualmente
existe a tendência de crescimento neste mercado e quando o cliente se dirige a
empresa para consertar seu computador já pergunta se a organização também
oferece este serviço. O empresário tem conhecimento técnico para agregar este
40
negócio e desta forma, além de satisfazer o desejo prévio de expandir o
empreendimento, consequentemente aumentaria o número de clientes e serviços a
serem feitos, portanto haveria um aumento de receitas e assim a evolução da
empresa.
Outro ponto de oportunidade observado pelo gestor através de sua
experiência na administração do negócio seria o investimento em demais
conhecimentos relativos a ferramentas de gestão para melhorar a organização e os
serviços. Com este conhecimento o gestor poderá fazer melhorias no negócio, tanto
em nível técnico como gerencial ponto que outras empresas podem não estar
investindo no momento.
Segundo o empresário também com base em conversas com clientes a
concorrência apesar de ser grande, muitas vezes peca e muito na qualidade do
atendimento deixando o cliente insatisfeito e com má informação referente a seu
produto. Esta informação é vista como uma oportunidade para a organização que
desta maneira avalia a concorrência como um inimigo mais fraco já que o
oferecimento de melhores serviços de maneira atenciosa ao cliente e qualidade no
resultado final do produto pode ser uma porta para conquistar mais mercados.
Também o constante crescimento da utilização de computadores por pessoas
e empresas conforme dito pelo gestor por observação de mercado é muito favorável
ao negócio, pois hora ou outra os aparelhos precisarão de cuidados técnicos já que
não é possível adquirir computadores novos a todo momento.
Um ponto negativo observado foi a questão do gestor não fazer marketing, ou
seja, não investir na divulgação dos serviços da empresa para captar clientes.
Segundo sua própria avaliação os próprios clientes já fidelizados fazem a divulgação
da empresa e uma página na internet serve como porta para o possível detrimento
da imagem da empresa, pois de acordo com sua experiência as vezes pessoas que
nem contrataram seus serviços ou adquiriram seus produtos se dirigem a página e
comentam reclamações afim de manchar a reputação da organização no mercado.
Desta maneira ele tem o pensamento que devido a estes fatos o não uso de
marketing próprio seria um ponto positivo fazendo a ressalva que por ser uma micro
41
empresa não necessitaria de uma mídia forte e que não teria tempo suficiente para
alimentar o marketing já que os serviços ocupam quase todo o tempo disponível.
Portanto o gestor não vê a falta de marketing próprio como uma ameaça
mesmo que se enfrente uma concorrência acirrada com diversas empresas na
cidade que também oferecem os serviços de assistência técnica e venda de
computadores novos e usados sendo que a maioria possuí sites ou páginas na
internet divulgando seus produtos e serviços.
Com a observação das tendências de mercado também chega a conclusão
que as Magazines, lojas presentes na cidade que vendem aparelhos novos e de
última geração são um agravante para o negócio já que vendem em muito mais
quantidade e dependendo do tempo de uso e vida útil do aparelho do cliente ele
prefere adquirir um novo a consertar o que já apresentou diversos tipos de
problemas.
Dentre as oportunidade e ameaças vigentes para a organização o
administrador também define seus pontos fortes e fracos através da experiência
própria advinda de sua gestão e da observação e estudo do mercado. Dentre os
pontos fortes o proprietário preza pela qualidade no atendimento buscando sempre a
satisfação do cliente e dando orientações a saúde do material, a empresa segundo
ele apresenta bom fluxo de trabalho não havendo tempo ocioso e capacidade
produtiva de serviço em nível médio por vezes aumentado com mais tempo de
expediente, o empresário conhece seu ponto de equilíbrio e segundo este há o
crescimento da clientela de um pessoa a cada semana, ou seja, quatro clientes
novos por mês.
Além destas forças a empresa também conta com um serviço terceirizado em
outra cidade para casos de problemas na placa mãe dos computadores que exigem
o serviço de ressolda. Apesar da empresa contratada ser terceirizada e em outra
cidade, na cidade local onde a empresa se situa não há investimento em serviços
relativos a placa mãe, informação que o dono do negócio buscou em pesquisas de
mercado e conhecimento de clientes, ou seja mesmo terceirizando para outro local a
empresa pode oferecer o auxílio em um serviço que outros não oferecem.
42
Apesar das considerações apresentadas pelo empresário diante de sua
observação do mercado, experiência na gestão do negócio e conversa mútua com
clientes atualmente não há um planejamento estratégico definido, pois o gestor
somente deseja manter a empresa na zona de manutenção do negócio tomando
decisões de maneira informal sem ter metas previamente definidas e acompanhadas
não havendo controle ou números concretos para alcançar este desejo.
Simplesmente continua – se oferecendo os serviços ainda que com qualidade no
atendimento e prezo pelo bom conserto dos equipamentos sem pensamentos de
antemão e definições que serão seguidas e assim não há a elaboração de
estratégias para alcança – las.
Por exemplo se o objetivo da empresa fosse ganhar mais clientes não há uma
estratégia pré – definida para isto. Com este suposto objetivo o ponto do não uso do
marketing próprio pela empresa devido a possíveis frustrações com comentários
ruins relativos ao serviço deveria ser revisto já que com esta divulgação própria
poderia existir a conquista de mais clientes e mercados para a organização.
Conforme o dono da empresa informou esta falta de estratégias é causada
pelo fluxo inconstante das vendas e por vezes até do fluxo de serviços. Pois existem
meses que há muitas vendas e muitos serviços e outros poucas vendas e menos
serviços não havendo previsões concretas de quanto se irá vender e quantos
serviços serão feitos. Consequentemente o faturamento e o lucro são bem variáveis
mesmo que paguem as obrigações da organização e o gestor prefere não se
prender a planejamentos que provavelmente são difíceis de concretizar, fator que
ele mesmo provou na prática, pois em momentos passados já havia tentado planejar
de forma mais correta e bater metas consideráveis e acabou por ver que quase
nunca se chega aos resultados almejados devido as variáveis das vendas e serviços
que o negócio está sujeito a todo momento.
Em comparação ao subsistema a organização não tem missão e visão
totalmente formalizadas, o pensamento prévio no horizonte de planejamento de 2 a
5 anos de aumentar o espaço físico da organização, mudar de endereço e agregar
serviços de celulares poderia satisfazer o subsistema de formulação estratégica se
fosse elaborado e aprimorado.
43
No entanto isto não está sendo feito no momento já que o gestor depende de
uma boa parceria para aumentar o negócio e não pretende planejar antes disso
somente mantendo o objetivo de continuar com o negócio no mercado sem evoluir a
curto prazo. Portanto não existe elaboração de estratégias e planos de ação formais
atualmente para atingir objetivos específicos ainda que a filosofia do oferecimento de
melhor serviço atinja a visão do proprietário atendendo a demanda de sua clientela e
mantendo o negócio na zona de manutenção.
4.1.1 Sugestões de melhoria relacionadas a formulação estratégica
Ponto de melhoria 1: Sem missão e visão formalizadas
Para formalizar a missão e visão a curto prazo que de alguma maneira já
acompanham esses trabalhadores, poderia ser feito uma definição formal de sua
razão de existir com mais detalhes sobre a qualidade do atendimento e o
consequente oferecimento de melhor serviço e a visão atual deveria conter em
metas os meios pelos quais poderão manter a empresa como ela está atualmente.
Já para satisfazer a visão maior que ainda é uma ideia prévia deveria existir um
planejamento bem elaborado para averiguar se realmente é possível satisfazer essa
ambição nos prazos estipulados tomando as devidas medidas administrativas e
financeiras. Com as devidas definições de missão e principalmente de visão há a
possibilidade de elaborar estratégias eficazes para atingir algum propósito e assim
trabalhar agregando resultados que serão avaliados com base em razões
específicas.
Ponto de melhoria 2: Falta de marketing próprio
Uma melhoria para transpassar o medo do gestor referente a fazer o próprio
marketing da empresa, seria a criação de uma página somente para clientes já
fidelizados. Deste modo o gestor colocaria no grupo somente quem já contratou
seus serviços e admitiria novos entrantes na página quando essas pessoas fossem
indicadas pelos já então clientes se assim ele desejasse. Também devido a falta de
tempo para investir no marketing poderia se contratar uma empresa terceirizada ou
uma pessoa entendedora do assunto para divulgar os produtos e serviços da
empresa a fim de captar mais clientes. Com o marketing externo feito pela própria
44
empresa existe a probabilidade de captar mais clientes e assim atender novos
públicos.
Ponto de melhoria 3: Falta de estratégias a longo prazo
Uma solução para esta falta de estratégias seria definir como a empresa se
manterá no mercado, quais resultados ela deve continuar atingindo, como por
exemplo assegurar o nível de faturamento dos últimos anos, manter o contingente
de clientes e conquistar novos mercados, vender um número específico de
computadores usados por ano, investir em novos conhecimentos administrativos
entre outros que possam garantir a sobrevivência e manutenção do negócio a longo
prazo. Com a definição de estratégias, haveria obrigatoriamente o desdobramento
de planos de ação para atingir os objetivos e assim seriam feitas melhorias
significativas com base na meta principal.
4.1.2 Gerenciamento das melhorias
No momento as únicas melhoras que foram feitas seriam a passagem da
empresa para a categoria MEI, deste modo conseguindo a simplificação e isenção
de alguns impostos além dos benefícios previdenciários ao trabalhador e a decisão
de contratar um administrador para realizar a gestão de serviços e estoque que
diminuirá as tarefas desempenhadas pelos então funcionários.
No entanto atualmente na organização não há o desdobramento da
formulação estratégia em atividades específicas a curto prazo para atingir algo. A
visão de manter a empresa atuando como está não detém de planos de ação
formais, mesmo objetivando a manutenção do negócio não há metas definidas e a
intenção de agregar o serviço de celulares quando houver uma boa parceria se
encontra no mesmo patamar.
4.1.2.1 Sugestão de melhoria relacionada ao gerenciamento das melhorias
Ponto de melhoria 4: Falta de desdobramento de estratégias a curto prazo
A solução para esta falta de estratégias a curto prazo seria definir primeiro na
formulação estratégica como a empresa se manterá no mercado e quais resultados
ela deve continuar atingindo. Com a formulação estratégica bem definida seria feito
o desdobramento de planos de ação para atingir os objetivos a curto prazo como
45
assegurar o nível de faturamento dos últimos meses, atingir o ponto de equilíbrio de
3 formatações por dia, vender um número específico de computadores usados por
mês, prestar visitas técnicas bem planejadas para não comprometer as receitas
entre outros que possam garantir a sobrevivência e manutenção do negócio a curto
prazo e desta maneira seriam feitas melhorias mais próximas a realidade da
empresa com base no objetivo principal.
4.1.3 Gerenciamento da rotina
Segundo a análise feita na empresa, a organização possui previsão de
demanda e de entrega de produtos e serviços baseadas na experiência, não sendo
feitos indicadores diante disso. Se a missão da organização é oferecer o melhor
serviço ao cliente um dos fatores determinantes para este resultado é a quantidade
de serviços que estão sendo feitos no momento, quais poderão chegar e em quanto
tempo estes serão entregues.
Também com base no que o gestor informou na entrevista em média são
realizados de 3 a 5 chamados por dia, determinados por visitas técnicas onde o
gestor se desloca até o local de atendimento e o prazo para entrega dos produtos
variam entre 2 a 7 dias quando os problemas são mais graves.
Além das visitas técnicas que podem ser resolvidas no próprio local quando o
problema é mais simples, senão devem ser levados os equipamentos para a
empresa, o gestor e o colaborador já tem seus serviços em andamento na própria
empresa o que pode acarretar gargalos no andamento dos serviços por excesso de
demandas.
Outro ponto observado na empresa é a busca pelo uso em curtíssimo prazo
de um programa de cadastramento de clientes e controle de estoques. A aquisição
deste instrumento de gestão revela o interesse da organização em gerir de maneira
aprimorada o gerenciamento de seus clientes e as informações dos serviços que já
foram prestados a estes.
Desta maneira quando um cliente retornasse a empresa para outros cuidados
em seu aparelho os colaboradores já saberiam de antemão o que aconteceu
antigamente com seu equipamento. Isto também serviria como informações
referentes a garantia dos produtos e serviços e facilitaria para a tomada de decisões
46
de como agir perante o problema apresentado pelo equipamento. No quesito de o
programa também servir para controle de estoques, o empresário teria em mãos
mais uma ferramenta administrativa para gerenciar o que está na empresa, o que
pode ser utilizado e o que deve ser comprado.
Também informado pelo gestor a equipe utiliza como padrão em todos os
serviços as ordens de serviço. Nesse documento que permanece em uma via na
empresa e outra para o cliente, vão informações do próprio cliente como nome e
telefone assim como o problema apresentado para levar o equipamento a
organização e o dia que foi deixa nesta. Com esta ordem a equipe faz a testagem do
equipamento e define o que deve ser feito para resolver o problema. O documento
também serve para retirada do material. Esta prática feita pela empresa revela a
gestão dos equipamentos que entram na empresa para serem consertados e
quando eles são retirados acabam por findar a ordem de serviço.
Outra discussão que se apresenta para o gerenciamento da rotina é a
informação que o gestor salienta sobre a capacidade de produção de serviço.
Segundo ele a capacidade de produção de serviço está em nível médio, ou seja nem
tão alto que leve a fazer diversos consertos durante o dia e na semana e nem tão
baixo que acarrete poucos serviços. Contudo esta informação é baseada no
conhecimento da rotina da organização, não sendo feitos indicadores ou números
concretos diante deste fato.
No entanto se a empresa tiver a ambição de crescer em um prazo de 2 a 5
anos e agregar mais o serviço de conserto de celulares esse nível provavelmente
terá de aumentar e a empresa terá mais obrigações de trabalho a cumprir. Visto que
o gestor pediu a transferência da categoria da empresa para a categoria MEI, e
assim deverá manter apenas um funcionário, agregar mais trabalho a organização
não seria uma boa alternativa. Pois este crescimento acarretará mais gargalos, mais
tempo para cumprir os serviços e consequentemente mais tempo para a entrega
destes.
Também outro fator relativo a rotina empresarial seria a gestão do estoque
que atualmente é mínimo já que a empresa tem pouco espaço físico. Devido a isso
mesmo com pouco estoque os produtos ficam amontoados, sem logística e
misturados com os que devem ser arrumados o que resulta em confusão na hora de
47
trabalhar com um ou outro devido a necessidade dos colaboradores, o ambiente fica
desorganizado e atrapalhado perdendo – se tempo com a verificação dos
equipamentos antes de iniciar o serviço acarretando por vezes até a espera
demorada do cliente para encontrar seu produto arrumado.
Referente a rotina também observou –se que o gestor tem conhecimento
sobre os números de sua clientela que segundo ele é de 1 cliente novo a cada
semana no total de 4 por mês. Também além deste conhecimento ele ressalta que
faz o planejamento dos deslocamentos denominados de visitas técnicas que por
vezes podem causar prejuízos devido a viagem do empresário e neste caso sugere-
se que o cliente leve a máquina até o local da empresa. Se o atendimento ocorrer e
levar mais de uma hora para ser sanado cobra - se a hora técnica e o valor a mais
referente ao tempo decorrido para o atendimento.
Além dos clientes novos e das visitas técnicas planejadas o gestor também
informa que por vezes quando o cliente já é fidelizado e precisa de seus
equipamentos com urgência realiza o serviço até bem depois do horário do
expediente o que satisfaz o usuário do serviço mais também gera excesso de
trabalho ao funcionário.
Além da padronização do andamento das ordens de serviço também foi
informado que há uma simples padronização de processos de serviço, quando um
equipamento chega a empresa a primeira ação a se tomar é ligar a máquina e
averiguar se a fonte de energia se sustenta antes mesmo de trocar peças e fazer
outros reparos. A partir daí os colaboradores vão fazendo diagnósticos e tomando
decisões conforme a máquina reage.
Contudo tanto na uniformização do andamento das ordens de serviço quanto
na simples padronização dos processos de serviço não há a utilização de
indicadores de desempenho para averiguar estes processos e conhecer se estes
podem ser melhorados ou não e também não há a padronização em outros
processos como por exemplo na organização dos materiais do estoque para
reposição de peças.
Na questão do gerenciamento da demanda e entrega que ocorre por intuição
baseadas na experiência do gestor e funcionário existem falhas para atingir um nível
48
adequado dos serviços não havendo números concretos analisados que visem uma
previsão do serviço do que entra e sai da empresa. Deste modo se houver excesso
de demanda tanto no trabalho que está sendo feito na empresa quanto o trabalho
agregado as visitas técnicas os processos de serviço serão prejudicados e a
empresa demorará mais para entregar os aparelhos aos respectivos clientes.
O conhecimento do aumento de clientes bem como o planejamento de
deslocamentos revela que o gestor está atento a seu mercado e procura evitar
sempre que possível os prejuízos. Comparando com o subsistema de
gerenciamento da rotina, a prática das ordens de serviço definem um padrão de
atendimento e agilizam o serviço que revelam a qualidade do atendimento filosofia
seguida pelo gestor e funcionário. A capacidade produtiva de nível médio deveria ser
revista se a empresa optar por seguir a estratégia inicial ainda não formalizada. Já o
estoque pode ser aprimorado com práticas simples como já dito anteriormente.
A ciência sobre o crescimento da clientela, o planejamento dos
deslocamentos, a possível implantação da gestão por prioridades demonstram certo
controle das operações da empresa, mas ainda relativamente baixo para satisfazer o
subsistema gerenciamento da rotina. A padronização de processos inicial tanto das
ordens de serviço em si quanto dos processos de serviço se encontram sem
indicadores de desempenho o que demonstra que as informações e seus resultados
não são avaliados.
Portanto deveriam ser definidas metas a curto prazo no gerenciamento da
demanda e entrega e na gestão dos processos de serviço. Sem o devido controle
dos serviços prestados, a empresa simplesmente continuará caminhando da mesma
maneira, fazendo o que determina que está correto quando existe a possibilidade de
aprimoramento e assim melhores resultados. Sem indicadores e planos de ação em
ambos os quesitos a empresa ainda não se enquadra no nível de gerenciamento da
rotina.
Por fim enquanto a formulação estratégica não estiver bem formulada e o
gerenciamento de melhorias não seguir metas e planos de ação constantes a curto
prazo mesmo com o gerenciamento da rotina caminhando em parte para o caminho
certo, não haverá uma probabilidade favorável ao atingimento da visão inicial a
longo prazo. Devem ser definidos metas e planos de ação que serão seguidos para
49
resguardar – se financeiramente e captar novos clientes e deste modo fixar a
organização numa estrutura mais rígida e coerente com os objetivos do empresário.
4.1.3.1 Sugestões de melhoria relacionadas ao gerenciamento da rotina
Ponto de melhoria 5: Previsão de demanda e entrega baseadas na intuição
Para o eficaz planejamento da gestão dos serviços poderia ser adotada a
experiência já atribuída ao gestor e colaborador uma planilha ou arquivo especial
para gerenciar as entradas de serviço, os que já estão em andamento e quando
possivelmente estarão prontos indicando quem fará o que, pois mesmo com a
intuição da experiência de ambos atualmente é difícil saber realmente uma previsão
de demanda e entrega que beneficie a empresa a organizar seus serviços.
Com o planejamento em mãos pode-se diminuir e melhorar os tempos de
entrega, definir quais são as prioridades e quais serviços podem ser feitos
conjuntamente com outros como nos casos de formatação onde demora – se para o
sistema completar seu conteúdo. Assim enquanto o computador carrega os dados
podem ser feitos outros serviços dando andamento aos trabalhos.
Ponto de melhoria 6: Falta de cadastramento de clientes e controle de
estoques
Neste ponto a aquisição de um programa de cadastramento de clientes e
controle de estoques almejado pelo empresário ou a adoção de uma planilha em
Excel com as devidas anotações acompanhadas e avaliadas poderia atingir o
objetivo da administração destes dados. Com o histórico de serviços fornecido pelas
informações do cadastramento de clientes e o acompanhamento dos materiais em
estoque o empresário contaria com informações importantes para avaliar os serviços
que chegam na empresa comparando aqueles que já foram feitos e saberia em
números o que há disponível na organização para a reposição de peças e o que se
deve comprar.
Ponto de melhoria 7: Ordens de serviço como documento único
Uma melhoria possível para as ordens de serviço seria utilizar esses dados
do cliente anotados no documento e as informações do problema técnico do
computador para realizar o cadastramento no programa ou na planilha em Excel
50
dando assim mais autonomia a empresa que conhecerá o que já foi feito no
equipamento se este apresentar um novo problema. Com isto as ordens de serviço
serviriam para alimentar a planilha e assim contribuir para a melhor tomada de
decisão na hora de organizar e realizar os serviços.
Ponto de melhoria 8: Aparelhos e estoque para reposição de peças
desorganizados.
Referente aos aparelhos desorganizados uma solução seria o agrupamento
dos equipamentos que estão com grande urgência, média urgência e baixa urgência
de conserto definidos por etiquetas vermelha, amarela e verde e o agrupamento dos
aparelhos que são do próprio estoque para reposição de peças com controle
gerencial do que pode ser reaproveitado e descartado. Também a separação dos
equipamentos que já estão arrumados e prontos para serem entregues deveriam
estar num lugar específico evitando assim a confusão para encontra – los. Estas
práticas ajudariam a arrumar o ambiente e definir quais equipamentos tem prioridade
sobre outros.
Ponto de melhoria 9; 10: Trabalho além do expediente; Sem adoção de
fluxogramas e tabelas resumo nos processos
Na questão de trabalhar além do expediente a gestão por prioridades do que
vem necessitar de fazer primeiro e com urgência poderia vir a excluir este trabalho
em excesso. Na padronização de processos além do processo inicial que avalia o
equipamento poderiam ser adotados fluxogramas para padronizar estes processos e
outros processos da empresa como na organização dos materiais do estoque para
reposição de peças analisando o que deve ser guardado, o que pode ser jogado fora
e o que tem prioridade. Já para agir perante aos problemas deviam ser adotados
tabelas resumo informando qual a ação que se deve ser tomada perante a cada tipo
de problema facilitando assim o andamento dos processos de serviços.
Ponto de melhoria 11: Sem indicadores de desempenho no processo de
serviço e nas ordens de serviço e sem indicadores em outros processos
Também como solução para a padronização de processos das ordens de
serviço e os processos de serviço iniciais para conserto de computadores a adoção
de indicadores de desempenho simples como o de qualidade e lucratividade seriam
51
uma alternativa. Com eles irão se conhecer e averiguar a relação entre os serviços
feitos da forma adequada sendo entregues prontos para o uso e aqueles que não
atingiram os objetivos apresentando outros problemas e a relação entre o percentual
de lucro e as vendas totais com o objetivo de tomar melhores decisões frente aos
serviços e seus rendimentos.
Igualmente poderia existir o indicador de máquinas consertadas no mês, para
avaliar a comparação com meses anteriores e os meses subsequentes e assim
definir padrões de média dos serviços e quais são os mais procurados e aqueles
que tem pouca demanda. A adoção de um indicador de tempo médio de entrega
também seria uma boa alternativa, pois com esses dados em mãos definiria – se um
padrão relativo ao tempo de chegada do serviço na empresa até a entrega deste
com base no que foi feito no aparelho e os serviços que estavam em andamento na
organização. Outra possível adoção seria o ticket médio onde obtém - se o valor
médio gasto por cada cliente na compra ou aquisição de serviços. Com este valor a
empresa saberá quanto em média estará valendo seus produtos e serviços
verificando quantos clientes necessita para cobrir suas despesas e se deve ou não
aumentar o preço médio de ambos para assim ter mais receitas.
4.1.4 Gestão de pessoas/ Recursos humanos
Segundo visto na organização em estudo no caso de o gestor precisar
contratar alguém novo para trabalhar na empresa este contrataria por indicação de
alguém conhecido sem necessariamente colocar anúncios em diversos lugares e
fazer uma seleção minuciosa.
Se porventura o colaborador contratado atualmente na organização viesse
por algum motivo não trabalhar mais a contratação por indicação seria uma boa
alternativa já que trata – se de uma microempresa e as chances de uma indicação
ser favorável ao gestor são grandes já que para indicar é preciso confiar no trabalho
e dedicação de quem está se indicando.
Uma seleção entre mais pessoas traria diferentes personalidades a se
analisar para o perfil do cargo de técnico em manutenção de computadores, no
entanto seria mais trabalhoso e dificultoso para escolher já que mesmo com uma
52
seleção adequada não se conhece bem a pessoa que se está contratando e como
ela se engaja nas dificuldades que o trabalho apresenta.
Além da seleção ser por indicação o gestor ressalta que pretende a curto
prazo contratar alguém para a gestão de serviços e logística do controle de materiais
havendo uma definição do cargo e a definição do salário do comércio para o novo
colaborador. Apesar de haver a definição do cargo a ser ocupado, não há a
definição de quais tarefas específicas a pessoa terá de desempenhar e quais
competências claras ela deve ter para atuar no cargo muito menos o perfil do cargo
definido e escrito de maneira formal.
Além de não ter estas definições para o novo empregado também não há
estas prescrições para os atuais colaboradores. Simplesmente realizam – se as
funções de gestão do negócio pelo então empresário e as funções de técnico de
manutenção de computadores tanto pelo gestor quanto pelo funcionário de forma
natural e intuitiva não precisando necessariamente de um guia ou controle
específico para dar andamento aos serviços.
Também foi informado que a empresa não utiliza participação nos lucros.
Como é uma microempresa, segundo o gestor o salário e a não participação nos
lucros são ideais para o negócio, pois mantém um contingente básico de recursos
pagos aos colaboradores e não é retirado nada além do que eles já ganham não
prejudicando as receitas da empresa.
Outro ponto a ser discutido nessa dimensão de pessoas é o fato de
atualmente haver apenas treinamento por fóruns online tanto para o gestor quanto
para o funcionário que neste meio tiram suas dúvidas. No momento existe a
utilização de 3 fóruns pelos colaboradores. O gestor da organização possuí
conhecimento administrativo, pois já trabalhou na área e conhecimento de
manutenção de computadores, já o funcionário somente possuí o entendimento
técnico de equipamentos exigido para o serviço.
Deste modo o gestor salienta que o conhecimento relativo a manutenção de
computadores já é o bastante não sendo necessário atualizar – se no momento.
Contudo ressalta que tem vontade de aprender mais sobre gestão, mas no momento
ainda não houve a procura planejada por parte do empresário para escolher e
53
realizar o treinamento. Sem esta atualização de ambos os conhecimentos mais
propriamente da gestão administrativa não há necessariamente a evolução para
novas perspectivas no negócio.
Também analisado na gestão desse subsistema o funcionário apesar de não
gerir o negócio é tratado de igual para igual pelo gestor. O mesmo serviço que o
gestor faz nos computadores este também faz, e por vezes um dá andamento no
trabalho do outro e verificam o que foi feito com ampla e amigável comunicação.
Com todas as informações demonstradas anteriormente a dimensão do
gerenciamento de pessoas nas questões de seleção de colaboradores que no caso
da organização seria de contratação por indicação pode ser traduzida como
pesquisa de mercado. Ou seja, o gestor já tem em mente de como faria, e por ser
por indicação haveria uma pesquisa entre pessoas conhecidas para então
possivelmente contratar alguém novo se houvesse necessidade.
Também no assunto que tange ao diálogo amplo e amigável entre as
pessoas a organização propõe um ambiente agradável e acolhedor onde as pessoas
se sentem confortáveis e assim possivelmente satisfeitas com seu trabalho e sua
relação com os demais.
No entanto sem o treinamento e desenvolvimento contínuo de técnicas
administrativas e talvez até de novos conhecimentos sobre equipamentos de
informática o empreendimento passa a entrar em uma zona de conforto passando a
imagem de que o conhecimento já foi aprendido e é o bastante não sendo
necessário evoluir.
Portanto sem este desenvolvimento a organização não segue exatamente o
subsistema de gestão de pessoas e para adequar – se ao modelo teria que investir
neste ponto a fim de evoluir sua ciência diante da gestão administrativa e de
capacidade da produção de serviço e consequentemente o oferecimento de melhor
serviço aos clientes devido ao valor do capital intelectual agregado as pessoas da
organização.
54
4.1.4.1 Sugestões de melhorias relacionadas à gestão de pessoas
Ponto de melhoria 12: Sem definição do perfil do cargo, competências claras
e tarefas específicas para o colaborador novo e para os atuais
Em relação à contratação de um novo funcionário para a gestão de serviço e
estoque e para os atuais colaboradores deveriam existir antes de tudo os perfis dos
cargos, as competências claras que as pessoas deverão ter e as tarefas específicas
que os colaboradores deverão desempenhar tendo estas informações escritas de
maneira formal. No que consta ao colaborador novo depois destas definições
deveriam ser selecionadas quais pessoas serão contatadas para a sugestão de
indicação para então dar andamento a realização do objetivo. Com as definições e
informações claras é possível ter maior sucesso na escolha do profissional que irá
atuar na empresa e também haveria um guia para os atuais colaboradores que
poderá servir para o controle específico das tarefas a fim de dar melhor andamento
aos serviços e ter o conhecimento de todas as operações que estes realizam na
empresa.
Ponto de melhoria 13: Colaboradores sem participação nos lucros
No que tange a política de salários uma pequena bonificação em datas
comemorativas durante o ano poderia ser adotada caso o gestor considere viável.
Com isto ocorreria a melhor valorização do funcionário na empresa e um possível
diferencial de outras empresas pequenas já que não é tão comum adotar esta
política nessas micro – organizações.
Ponto de melhoria 14: Falta de desenvolvimento dos colaboradores na área
de gestão
No que diz respeito ao desenvolvimento dos colaboradores a realização de
algum curso oferecido pelo SEBRAE sobre técnicas administrativas ou outros
conhecimentos que agreguem mais capital intelectual ao empreendimento tanto para
o gestor quanto para o funcionário poderiam somar novos olhares para a
organização. Deste modo ambos teriam técnicas para averiguar as tendências de
mercado e ferramentas para a melhor gestão do negócio. Com a atualização de
conhecimentos se aprimora o que já está sendo feito e abre – se novas portas para
55
gerir de uma maneira diferente, desta forma o gestor e o funcionário podem evoluir o
negócio e atingir níveis de alta excelência.
4.1.5 Gestão orçamentária/ Financeira
A organização estudada faz mensalmente um fluxo de caixa simples para
anotar as entradas e saídas da empresa para deste modo tomar decisões. O gestor
atualmente não contrata escritório contábil, mas utiliza permuta de troca de serviços
com uma pessoa conhecida na área que somente emite as vias de pagamento dos
impostos e encargos para o empresário.
Com a administração da planilha o gestor demonstra conhecimento de seu
lucro que segundo ele é muito variável atualmente e até de quais segmentos
consegue mais receita como no caso da venda de usados e assistência técnica.
Além destas informações também tem conhecimento de seu ponto de equilíbrio que
segundo relatado seria de 3 formatações por dia de segunda a sábado para deixar a
empresa com as obrigações pagas.
Contudo mesmo com a administração da planilha de gastos e receitas o
gestor relata que muitas vezes as contas não fecham, segundo ele por erros de
lançamento, pois os documentos utilizados para anotação que são as ordens de
serviço e recibos por vezes são perdidos na empresa. Deste modo faltam dados na
planilha o que acarreta dados contrários à realidade.
Também foi informado que não há o planejamento de receitas, custos e
despesas não havendo controle periódico sobre estes dados ficando somente o
simples fluxo de caixa mensal como ferramenta para analisar como foi o período e
assim tomar decisões para o mês seguinte.
Apesar de existir certo controle financeiro com a prática do fluxo de caixa este
ainda necessita de aprimoramento, portanto não satisfaz totalmente a gestão
orçamentária. Para haver este subsistema desenvolvido deveria de existir um
controle mais rígido com informações mais precisas, pois se as contas não fecharem
as decisões podem ser prejudicadas e a administração financeira nunca chegará
num alto nível de aprimoramento ou pelo menos num nível satisfatório que forneça
ao empresário condições para permanecer no negócio e possivelmente evoluir na
gestão.
56
Também haveria de ter o planejamento das receitas, custos e despesas e o
controle periódico diante destes dados para o gestor prover de informações que
serão usadas no cotidiano da empresa dando andamento as questões
administrativas e financeiras observando quais pontos necessitam de maior atenção
e possível melhoria.
4.1.5.1 Sugestões de melhoria relacionadas a gestão orçamentária/ financeira
Ponto de melhoria 15: Erros de lançamento e falta de dados no fluxo de
caixa
Uma alternativa eficaz para evitar erros de lançamento e falta de dados na
planilha seria realizar a administração do arquivo de forma diária ou semanal para
evitar o acúmulo de ordens de serviço e recibos que provavelmente serão perdidos e
evitar muito tempo investido para fazer estas anotações no final do mês. Assim os
dados anotados seriam fidedignos a realidade e proporcionariam melhor tomada de
decisões.
Ponto de melhoria 16: Falta de planejamento das receitas, custos e
despesas
Para sanar a falta de planejamento das receitas, custos e despesas o fluxo de
caixa correto comparado a outros meses pode auxiliar o empresário a realizar esta
programação. Com as receitas anotadas fidedignas a realidade o gestor saberá
realmente o que está dando mais lucro e o que gera desperdícios e poderá planejar
no que deve investir. Os custos e as despesas também devidamente anotados
podem dar o montante no qual o gestor poderá acompanhar seus gastos e assim
controlá – los de forma que a empresa não seja prejudicada.
4.1.6 Análise crítica do desempenho/ análise dos dados/ avaliação
Devido a organização somente querer manter – se no mercado com o que já
oferece mesmo com um prévio horizonte de crescer se surgir uma boa parceria, esta
não muda ou aprimora realmente o que está sendo feito. Nos subsistemas
demonstrados anteriormente somente a dimensão de gestão de pessoas e gestão
orçamentária segue um pequeno teor de avaliação nos demais não há a análise de
desempenho como um ritual formalizado existindo somente o conhecimento do dia a
57
dia da organização como ponto de observação como por exemplo quais serviços
estão vendendo mais, quais menos, quais peças estão sendo demandadas, quanto
estamos ganhando....
Analisando a dimensão de gestão de pessoas o gestor percebeu que existe a
necessidade a curto prazo de novos recursos humanos, portanto decidiu contratar
alguém novo para realizar os serviços administrativos relativo a serviços e a
estoque, ou seja, houve uma avaliação sobre a capacidade de gerenciamento da
organização e uma pessoa a mais pode sanar esta necessidade e melhorar o
trabalho que está sendo feito.
No entanto apenas a contratação não acompanhada do rendimento dos
funcionários e ganhos para a empresa não seria uma avaliação adequada. Deveria
se observar com números de gestão e análise do ambiente organizacional o que
estaria acontecendo de aprimoramento na organização e quais possíveis pontos
necessitam de ações corretivas para assim desenvolver este e os demais
subsistemas.
Na dimensão orçamentária o gestor realiza uma análise dos resultados de
como fluíram as questões financeiras no mês e com base nisso decide como vai
pagar as contas futuras, onde atualmente conseguem – se mais lucros e quais
contas geram mais gastos. Apesar de os dados serem por vezes prejudicados pela
má administração dos documentos, o gestor tem o planejamento de como vai
realizar os pagamentos definindo o que virá antes e depois e deste modo o que
pode negociar com seus parceiros. Portanto existe uma avaliação de como foi o mês
anterior e um planejamento prévio de como agir no próximo. Contudo não há metas
definidas e formalizadas para melhorar o desempenho, apenas uma breve análise.
Para satisfazer o subsistema orçamentário com a avaliação de desempenho
haveria de haver um desenvolvimento e aprimoramento de planos de ação e no
momento não há. Apenas a breve análise e o planejamento prévio de como pagar
certas contas não satisfaz o subsistema.
58
4.1.6.1 Sugestão de melhoria relacionada a análise crítica do desempenho/
análise dos dados/ avaliação
Ponto de melhoria 17: Falta de avaliação periódica dos resultados
As melhorias possíveis podem ser alcançadas seguindo as sugestões
propostas em cada um dos subsistemas anteriores. Depois destas sugestões
aplicadas haveria de ter uma avaliação periódica para verificar o acompanhamento e
controle das mudanças e assim a avaliação de resultados pelo empresário. Visto isto
o gestor avaliaria cada subsistema em suas características específicas com
resultados formais em mãos como números corretos, estratégias especificadas,
prazos estipulados, rendimento dos funcionários entre outros... como foi analisado e
sugerido pelo então pesquisador.
Com a análise feita pelo próprio empresário como um ritual periódico
juntamente com informações formais a organização tem condições de aprimorar
seus serviços e suas técnicas de gestão para assim sair da zona de manutenção do
negócio e passar para um nível de desenvolvimento e portanto de excelência.
4.1.7 Quadro resumo de sugestões de melhoria e justificativa
A seguir é apresentado o quadro resumo de sugestões de melhoria e justificativas
apontadas em cada subsistema:
Quadro 04: Resumo de sugestões de melhoria e justificativa
Subsistema Ponto de melhoria Sugestão Justificativa
Formulação
estratégica
1: Sem missão e
visão formalizadas
- Definição formal
com detalhes
(razão de existir e
propósito a
alcançar)
- Possibilidade de
elaborar
estratégias
eficazes para
alcançar propósito
2: Falta de
marketing próprio
- Criação de página
na internet;
Contratação de
- Probabilidade de
captar mais
clientes e atender
59
empresa
terceirizada para
divulgar a empresa
novos públicos
3: Falta de
estratégias a longo
prazo
- Definir estratégias
a longo prazo de
como a empresa se
manterá no
mercado
- Desdobramento
de planos de ação
para atingir metas
e fazer melhorias
com base no
objetivo principal.
Gerenciamento das
melhorias
4: Falta de
estratégias a curto
prazo
- Definir estratégias
a curto prazo para
atingir os objetivos
da formulação
estratégica
- Realizar
melhorias mais
próximas a
realidade da
empresa
Gerenciamento da
rotina
5: Previsão de
demanda e entrega
baseadas na
intuição
- Planilha para
gerenciar os
serviços
- Diminuir e
melhorar tempos
de entrega; Definir
prioridades; Definir
quais serviços
podem ser feitos
conjuntos
6: Falta de
cadastramento de
clientes e controle
de estoques
- Aquisição de
programa de
cadastramento de
clientes e controle
de estoques ou
adoção de planilha
em Excel
- Histórico de
serviços e
acompanhamento
dos materiais em
estoque servem
para avaliar novos
serviços e decidir o
que deve ser
comprado
60
7:Ordens de
serviço como
documento único
- Utilizar as
informações para
alimentar o
cadastramento de
clientes
- Melhor tomada de
decisão na hora de
organizar e realizar
os serviços
8: Aparelhos e
estoque de
reposição de peças
desorganizados
- Agrupamento dos
equipamentos para
conserto com
grande, média e
baixa urgência
definidos por
etiquetas vermelha,
amarela e verde;
Agrupamento das
peças de
reposição;
Definição de local
específico para
equipamentos que
já foram
consertados
- Organizar
ambiente; Definir
prioridade de um
aparelho sobre
outro; Controle
gerencial do que
pode ser reutilizado
e descartado; Evitar
confusão na hora
da entrega; Poupar
tempo
9 :Trabalho além
do expediente
- Utilizar a gestão
por prioridades dos
equipamentos para
conserto
- Evitar excesso de
trabalho
10: Sem adoção de
fluxogramas nos
processos; Sem
adoção de tabelas
resumo
- Adotar
fluxogramas para
padronizar os
processos; Adotar
tabelas resumo
referentes ao
problema e ação
- Facilitar futuros
processos de
serviços
61
que deve ser
tomada
11: Sem
indicadores de
desempenho no
processo de
serviço e nas
ordens de serviço e
sem indicadores
em outros
processos
- Adoção dos
indicadores de
desempenho de
qualidade,
lucratividade,
máquinas
consertadas no
mês, tempo médio
de entrega e ticket
médio
- Conhecer e
averiguar os
resultados para
melhor tomada de
decisões frente aos
produtos e serviços
Gestão de
pessoas/ Recursos
humanos
12: Sem definição
do perfil do cargo,
competências
claras e tarefas
específicas
- Realizar
definições
compondo
informações claras
e formais; Definir
funções para o
controle das tarefas
- Melhor escolha do
profissional que irá
atuar na empresa;
Melhor andamento
dos serviços;
Conhecimento de
todas as operações
que realizam
13: Colaboradores
sem participação
nos lucros
- Pequena
bonificação em
datas
comemorativas
- Valorização dos
funcionários;
Diferencial de
outras micro
empresas
14: Falta de
desenvolvimento
dos colaboradores
na área de gestão
- Realizar cursos
do SEBRAE ou
instituições afim
- Atualizar
conhecimentos
para novas
ferramentas de
gestão e averiguar
tendências de
62
mercado
Gestão
orçamentária/
Financeira
15: Erros de
lançamento e falta
de dados no fluxo
de caixa
- Administração do
arquivo de forma
diária ou semanal
- Evitar a perda das
ordens de serviço e
recibos e registrar
dados fidedignos a
realidade
16: Falta de
planejamento das
receitas, custos e
despesas
- Planejar
comparando os
fluxos de caixa
corretos
- Acompanhar
gastos rotineiros,
controlar e saber
onde investir
Análise crítica do
desempenho/
Análise dos dados/
Avaliação
17: Falta de
avaliação
periódica dos
resultados
- Avaliar cada
subsistema com
suas
características
específicas
- Aprimorar
serviços e técnicas
de gestão
63
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante do modelo estudado em seus seis subsistemas abordados
anteriormente a organização em questão no momento deve evoluir para se
enquadrar no nível de excelência proposto por tal modelo. Mesmo que por vezes
tenha pontos positivos para sua gestão como a adoção das ordens de serviço, a
realização do fluxo de caixa mensal e a contratação de um administrador para gerir
os serviços e o controle de material ainda existem melhorias que devem ser feitas ao
todo para chegar a um patamar de constante desenvolvimento.
Atualmente a empresa encontra - se numa fase de manutenção onde deve
procurar investir em novos meios de gestão para então chegar a um nível de
aprimoramento e por fim de excelência. A proposta de melhorias realizada pelo
pesquisador demonstra 17 pontos de sugestões de melhoria que se adotados,
mantidos e avaliados pelo empresário ou por um administrador responsável podem
realizar estes resultados de forma eficiente, melhorando a organização em nível
estratégico, gerencial e técnico.
A maior questão referente a causa para o não atingimento do nível do modelo
seria a não definição de metas e planos de ação sejam de curto, médio ou longo
prazo. Observou - se que simplesmente segue - se o fluxo do trabalho baseado no
conhecimento da rotina da empresa sem formalizar informações detalhadas e sem
planejamento estratégico. Deste modo a gestão eficaz acaba por vezes sendo
esquecida e não é aprimorada.
Também sem um objetivo formal com estratégias exatamente definidas, não
há o acompanhamento dos dados do que se deve alcançar, quantos serviços devem
– se fazer, quanto de faturamento deve ter, planejamento das receitas, custos e
despesas, ou seja, existe a falta de números e indicadores para averiguar os
resultados e com isto também não existe a constante e efetiva avaliação de
desempenho em ambas as áreas.
Desta forma não há como evoluir a curto e médio prazo e os problemas que
poderiam ser resolvidos por vezes de maneira simples como, por exemplo, a
organização do estoque para não misturar – se consertos prontos com os materiais
64
de reposição de peças evitando assim o desperdício de tempo para achar os
produtos e o gargalo nos serviços acabam prejudicando a empresa cotidianamente.
No entanto apesar destas informações a organização consegue manter - se
atuando no mercado na zona de manutenção do negócio mesmo sem atingir o nível
de excelência proposto pelo modelo, devendo seguir as sugestões se desejar
evoluir. Contudo se surgirem novas dificuldades no caminho e houver a obrigação
de adaptar - se sem seguir as sugestões apontados pelo pesquisador a organização
correrá o risco de não atender o nível proposto e assim pode perder a chance de
melhorar sua gestão e seus serviços. Os 17 pontos de sugestões de melhorias
podem auxiliar o empresário em suas decisões e contribuir para a evolução do
empreendimento de forma correta.
65
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