X I ANNO D O M I N G O , 1 5 D E O U T U B R O D£5 1 9 1 1 N.' 536
S E M A N A R IO R E P U B L IC A N O R A D IC A L
Aãsigamiismi 0rr.Anno. iSooo réis: semestre. ioo reis. Pagamento adeantado. ÍJ líffDAOAlJ» IIÍALAU Ij 1 II UllííAl illA q A n n u n cio s— i.» publicação. 40 réis a linha, nas seguintes,para fóra: A nno . 1S200: semestre, 600; avuiso. 20 reis. Q ( C o m p o s i ç ã o 6 í iS a p P G S S ií© ) 0 20 réis. A nnuncios na 4.“ pagina, contracto especial. Os auto-Para c p íf m í : A nno . 2S0TO r é ii moeua forte,. M R U A C Â N D ID O D O S R E IS ___ I ° 6 2 0 graphos náo se restituem quer sejam ou náo publicados.
D1RSGT0R-PR0P8IETAR10— José Augusto Saloio § ‘a l d e g a l l e g a ’ ‘ I EDITOR— José Cypriano Salgado Jun io r
Nos nossos momentos de descanço lançámos muitas vezes os olhos para a vida que os humildes passam. Acompanhâmol-os em todos os seus passos, em todas as suas alegrias e em todas as suas dôres. Dei- xàmo-nos guiar por uma reflexão íntima e convidámos o coração a falar, a dizer tudo o que sente ácêr- ca da existencia d’aquelles que as desigualdades humanas obrigam a apodar- se de pobres. A nossa mente, nesses instantes, é um longo palco onde perpassam todas as fazes da actividade social e onde se contemplam desde as scenas mais luxuosas até ás mais desprovidas de aparato. Então a nossa alma encaminha-se para os desprotegidos da fortuna. N’eiles encontra ella em absoluta perfeição todos os sentimentos que a Humanidade adjectiva de cândidos e hu- manitarios. Estabelecendo a comparação entre a vida dos afortunados e a dos proletários — chamemos- lhes assim— a virtude destes eleva-se numa proporção inversa ao valor nulo que damos aos actos daquelles.
Não ha aqui exageros. Os afortunados, passando uma vida despreocupada e de goso, não sentindo as garras da desgraça arranharem frequentíssimas vezes as portas dos seus palacetes, que maravilha é que haja muita correcção no seu> proceder e muito desprendimento nos seus actos!? E’ a própria evolução das coisas quem lhe proporciona essa existencia eessa maneira de agir. Nada lhes falta; contra nada lêem que se revoltar.
Os pequeninos, os humildes, todos áquelles, emfim, que luctam com diffi- culdades, esses é que sabem dar valor á vida, como se diz em linguagem vulgar. Para estes, alguns momentos de alegria— quando os ha— são adquiridos á çusta de muito suor e,
quantas vezes! após mil privações. A honestidade vale, oois,nellesmuito ma- is que nos outros. Em tudo são infelizes. Na própria prática da vida têem quem os illuda porque a desconhecem com perfeição, e, raras vezes, encontram quem os elucide com coração e com amor. Entregues de corpo e alma ao pensamento de adquirirem alguns meios de subsistênciaopara si e para os seus, ignoram os mil bêcos, travessas e emboscadas deste dédalo infinito que se chama a sociedade. E, quantas vezes, vêem elles o produeto do seu trabalho de longos annos nas mãos ávidas de cubiça dos afortunados.
Vamos, porém, ao que importa. Esta pequena divagação não póde, de fórma alguma, constituir uma declaração de guerra aberta aos homens felizes. As excepções apontam-se e nós não somos absolutamente partidarios d’aquella doutrina que diz: pagam os justos pelos pecadores. O nosso fim é elevar, como é de justiça, a vida dos humildes. E tudo isto veio em seguida á leitura duma carta que José Carvalho, o soldado que morreu em Chaves em defeza da Republica, escreveu a sua mulher um mez antes de morrer. Quem não a leu que a leia, pois talvez os seus o- lhos se maregem de lágrimas:
«Soutelinho, 5 de setembro.— Minha querida mulher: Muito estimo 1 que ao reoeber d’esta mal escrita carta estejas de perfeita e feliz saude em companhia do nosso querido lilho, pois eu estou muito gordo e com muita saude. Agora posso-te dizer que isto está muito mal por cá e qne não nos podemos vêr. Consta que no dia 6 011 7 os malditos entram no paiz. Se tivesse mil vidas, mil vidas dava pela nossa querida Republica. Sabe-se que de Ville- la estão sessenta homens em Hes panha. Parece que entram no dia7 de madrugada, mas não te aflijas, que en não tenho medo dej morrer. Se eu morrer peço-te perdão de tudo e dá muitos beijinhos ao nosso querido filho. Mas não te aflijas que eu não tenho pena de morrer; só tenho pena
de não te tornar a abraçar e ao nosso filho. Não temos descanço nem de noite nem de dia. O que vale é que minha mãe e meu pai vêem vêr-me a Soutelinho, por qne a gente nào póde d’aqui sair para fóra. Agora 0 que te pe ço é que mandes logo resposta se recebeste 5$000 réis. Sabes que tenho cá 0 nosso retrato, 0 que a minha mãe tinha, e que trago para te vêr e ao nosso til ho. Não te agonies. Não devia mandar dizer 0 que se passa, mas não pos so encobrir-te coisa alguma. Saudades a todos e tu e nosso filho aceitem muitos beijos, que eu não sei se tornarei a vêl-os. Quero ainda voltar a Lisbôa com gloria e paz. Viva a Republica e viva a Patria! Morram os «paivantes»!- Sou teu, José Carvalho».
Que nobre coração, que grande patriota era este bom soldado. Morreu no seu posto, defendendo a Patria e pensando sempre na sua querida familia que estava longe. E’ tarde já, mas nem por isso nós deixámos de prestar homenagem a esse heroico representante do exército portuguez e bello representante do espirito republicano nacional. Que é delle agora?. .. Um profundo silencio nos responde. Que esperava elle quando offere- ceu os seus serviços á Republica Portugueza?... Nada, absolutamente na .la. Nem postos elevados, nem pensões de espécie alguma. Talvez só a morte e a morte levou-o. Cumpriu um dever o valente soldado, mas com tanta abnegação, com tão nobres intuitos, que a sua acção vale um louvor incomparavel. E’ provável que á hora da morte chamasse por alguem sem que obtivesse resposta. Responderam-lhe, porém, já os seus camaradas que lhe vão vingar o assassinato e responder-lhe- ha mais a alma nacional, curvada perante a sua figura de heroe em lágrimas de agradecimento pelos serviços prestados.
Paz ao valente soldado da Republica!
Paulino Gomes.
íLommeníarios & NoticiasA estrada dMlcochete á
Atalaia e a vaidade dos politicos locais.E ’ do conhecimento tanto do
povo d’esta villa como do da vi
sinha e amiga villa de Alcochete 0 motivo porque ficou por concluir aquella estrada: politiquices de tempos que já não voltam e que mais pareciam brincadeiras de rapazes que questões de homens sob quem estava a administração d’estes concelhos. Era tudo assim: 0 sr. José Maria dos Santos não podia dar um braçado de palha a mais a este ou á- quelle!
Entraram as camaras republicanas em 1909 em ambas as vil- las, e estes povos que, devido aos caciques, se não viam muito bem, passaram a olhar-se como irmãos, a concorrerem juntos aos comicios, ás festas, etc.
E ’ preciso fazer-se aquelle ba cado de esírada—disse-se. Inte ressa a ambas as terras e dá-se, com isso, uma demonstração de respeito e amizade para com os nossos visinhos alcochetenses.
No primeiro anno a camara encontrou grandes dificuldades, 0 que se não estranhou, e porque havia melhoramentos de mais ur gente necessidade, esse foi ficando para depois. Chegou 0 segundo anno e as dificuldades mais augme-ntaram. Já não prejudica vam só os trabalho-s da vereação as velhacadas da secretaria nem as más informações da administração do concelho, unicas dificuldades que atarantavam os ca- tuaristas. Coisa peior apareceu! Contava-se com eleições camararias em novembro de 1910! Era preciso fazer valer a lista onde entrasse um certo nome acompanhado de individualidades que se lhe curvassem reverentes, e que, vencedora e'ssa lista, a tal individualidade ficasse presidindo aos destinos d’este concelho. D ’aqui, então, nasceu todo 0 mal de que estamos sofrendo: sem estradas, sem hygiene, sem instrucção, etc., etc., etc. Se havia um qne queria o cajado torto do mando 0 que 0 tinha nas mãos procurava, —e procurará — naturalmente, nãa 0 largar. Ora republicanos uns e outros—parece-nos—qual o motivo porque não trabalham todos para 0 engrandecimento de esta terra e esperam que o povo n’esse tão almejado dia, se manifeste na urna por quem mais simpatisar? Para qne são as intrigas, os odios, as calúmnias? O. bôlo, que nós não desejámos saber se é doce ou amargo, a alguem ha de pertencer. Por nossa parte faremos toda a diligencia de 0 dar a quem seja honesto, intelligente e trabalhador. Os. mais, os que amam 0 progresso e a sua terra, que façam 0 mesmo.O cais das faluas
Chamámos a attenção da camara municipal e da auetoridade administrativa para. 0 estado do cais das faluas. Aquillo não é desleixo, é um crime. A muralha do lado do Norte está a desabar com 0 gravissimo perigo de cair sobre alguma embarcação e matar quem dantro d’eila estiver. Á
rua, que ao cèntro tem uma e- norme racha, mostra bem 0 perigo imminente que ali está.
Que diabo!.. . Dei-se agora ao pobre cais, ao menos, aquillo que os srs. monárquicos lhe roubaram.
Por vezes, claro, porque d’u- ma só vez chegava para levar 0 cais até ao Montijo!V«ivre-E*cns&incnto
Perguntava um dia um cidadão muito simplesmente: «Para que serve uma junta local do Livre Pensamento em Aldegallega?»
E ' simples a resposta; «ajunta local serve para desenvolver e espalhar os nobres ideais apregoados pela Junta Federal do Livre-Pensamento; Esta acção, porém, não se cinge só á própria villa. Estender-se-ha por todo 0 concelho e irá mesmo até ao ponto de exercer a sua influencia nos concelhos limítrofes».
Mas, dado 0 caso que a propaganda se limitasse a Aldegallega, repare 0 nosso ingénuo concidadão que muito ha que fazer aqui. E ’ verdade que beatos ha poucos na terra, mas 0 Livre- Pensamento não abrange tão simplesmente a guerra á igreja. Vai muito mais longe. O seu fim é obrigar os povos a procederem livremente em todos os ramos da actividade social, E , ainda mesmo que só consistisse na guerra á igreja, afirmámos lhe que a propaganda é muito, precisa. n’esse sentido, a fim de evitar más interpretações e conhecimentos incompletos, Que 0 povo de Aldegallega auxilie a sua junta local e que os elementos que. a compõem trabalhem e reoonhecerá 0 nosso presado correligionário a neoessidade da sua existencia.
IXota oficiosaO govêrno tomou agora uma
resolução por todos os motivos acertada e de ha muito necessaria. Para seu inteiro.conhecimento enviou á imprensa diaria da capital, a seguinte neta:..
«O govêr.uo, apreciando a situação e a necessidade de proceder pronta e energicamente, resolveu propor- ao. Presidente da Republica a convocação extraordinaria do Congresso, a fim de se munir, dos meios necessários para. 0 rápido julgamento dos indivíduos implicados em crimes de rebellião e incitameuto á guerra civil».
Vêem tardinho, essas medidas. Mas 0 paiz muito aproveitará ainda com ellas.
çoatribuiçôesFoi prorogado 0 praso, para 0.
pagamento.das.contribuições, gerais, do Estado até ámanhã, 16 do corrente.
Será conveniente os que ainda não cumpriram, esse dever 0 façam agora a fim de evitarem mais despezas e transtornos,
Ahi fica 0 aviso,
Õ D O M IN G O
C O F R E B E P E R O L 1 S
Amigos, cento e de\, ou tdlvè% mais E u já contei. Vaidades que sentia:
-Suppui que sobre a terra não havia■ Mais ditoso mortal entre os mortaes!
Amigos, cento e de\, tão serviçàes, Tão çelosos das leis de„ cortesia, . Que já farto de os vêr me escapo lia -4’s suas curvaturas vertebraes.
Um dia adoeci profundamente: Ceguei. Dos cento e deç houve um somente Que não desfè\ os laços quasi rotos.
' Que vamos nós (di\ià?nj lá fa\er?Se elle esíá cego, não nos póde ver.. Que cento e nove impávidos marotos.
C amili.ò C astklí.o B ranco.
RUDIMENTOS DE POLITICA E DE CIVISMOS er reaccionario: E’ ser contrario ao progresso po
Titico do paiz. Fm geral o reaccionario é clerical, despótico, op-
pressór e âmigt>de sevéros castigos.— C. A. Fernandes.
T caÍE '» S a l ã o iâ e c re í© Popieiar.Reabre hoje esta bella casa de
'espectáculos. 0 seu-programma ti .variadíssimo devendo satisfazer todos os espectadores. Arada bem que já temos aonde passar algumas horas dás enfadonhas; noites do inverno. Tres artistas: Alfredo Gaspar e as duas irmãs Litalí farão o grade sucesso d’es- ta noite nas duas sessões, cujo programnaa é o seguinte: Sinfonia, 2 fitas aniínatografieas, can 'çaõ dâ Fáda Vilia, Sarasa, 2 fi tas-, a 'Côríe dePháíãpn, 2 fitas, fado 5 d’Òiitubro, -Mátchicha Argentina, 1 fi-ta, fado e duetto do 60&
ÀsTerminaram já as Vmdifnâs’
n’esta Vinhateira região. Os mostos dão esperanças dè que os vinhos venham a ser maghificós, regulando a sua 'graduação entre 26° "e -28° de âssucár.
O preço da uva melhorara ultimamente.Ré|!$to cívfl
Durante a semana passada ef- fectuaram se na conservatoria do registo civil d’està Villa, os se guintes assentos; 1 de casamento, 3 de nascimento e 5 d’obito.<íGi>eg©l*i© « i l
Com fábrica dè distillação na travessa do Lagar da Cera (na Pontinha) offerece á sua numero sa 'clientella, áléín ‘de aguardente bagaceira muito boa de que sempre tem grande quantidade para V enda, finíssima aguardente de prova (-30°) para melhoramento dos Vinhos, assim como aguardente anisada muito melhor que & c h a m a d a d e Evora. Os preços síio sempre inferiores aos dequalquer parte e muito superiores.
Cótssorci©Realisou-se na passada segun
da feira o consorcio do nosso “bom amigo e'sincero correligionário Antonio Rodrigues Lucas cóm a ' S T . a "D. Láura Sampaio Pombiiíha. O assento foi la vrado em casa do pai da noiva,-; sr. Francisco Sampaio P o m b í-
nha, servindo de padrinhos os srs. Antonio Rodrigues de Mendonça, Izidoro Maria d'01iveira. Maria Candida d’01iveira e Conceição Domingos Salgado, e de testemunhas os srs. José Maria de Mendonça, Christiano Rodrigues d-e Mendonça e Josê Paulo Relogio.
•A-os eonso'rtes apetecemos 'uma vida ■prolongadissima cheia de venturas e prosperidádes.
“ 'Vida àB©íiilca,,Sahiu j-á o n.° 7 d’esfa bella
publicação de qne é editor e proprietário o sr. Luiz da Camara Reys e que, pelo summarió, se vê quanto interessa:—O primeiro anniversario da republica—O antigo regimen: Oppressão, Latrocínios e Incompetencia==A questão dos adeantamentos— Roupa suja=A s falsas contas de João Frauco=O s particulares acorbetando-se á sombra do es- candalo da casa real=Caridade e patriotismo á custa alheia=Os sacrifícios dos pequenos funccio- narios=Mattoso dos Santos. Ade ànt-ador-mó r==0 terror dos criminosos: Não mostrem os dccu- mentos!=Os fins da invasão de Couceiro— A illusão do fanatismo religioso no norte=Esmaguem-se os traidores com firmeza e sem piedade!
15a’. Alcxasiílre ÉSragaA «Folha do Norte», noSso
as qualidades collega do Pará, (Brazil) insere a
Ha tambem grainha a 120 réi s os 2 0 liíros.O ieistp©
Mudou, finalmente, o tempo. Pelas duas horas da madrugada de quarta feira passada pairou sobre nós uma forte trovoada que descarregou pesadissimas bátegas d’agua, não havendo, ao que nos e«nstc, prejuizos & lamentar.
1 seguinte correspondencia do Rio de Janeiro, datada de 22 de setembro ultimo, que a seguir transcrevemos:
«O dr. Alexandre Braga realisou hontem uma brilhante confe reneia r.o Palace Theatrè, repleto de familias, de politicos salien tes e de republicanos portuguezes.
O exordio da oração do illus
tre tribuno foi uma vibrante saudação ao Brazil; passando depois a historiar a sua viagem á nossa pátria, rebatendo a ironia com que foi recebido por alguns jornaes, fazendo praça da sua pobreza é da sua honradez, do des prendimento material que tem tido desde a proclamação da republica; evoca phrases que arrebatam o auditorio; fala ria patria distante, nas suas descobertas, as quaes distribuiu aos outros come um grande perdulário; insulta a mentira, elogia a verdade, prega a tolerancia. mostrando desejo de concordia, de paz, de "trabalho;1
“D iz ‘-que a republica foi feita para todos os portuguezes e que não censura os seus patricios que defendiam o rei infantil,'incónsèi- ente, dirigido por uma mãejesui ta, porque pensa que elles obravam Com sinceridade.
Fala da obra terrivel dos que trabalhavam para a venda da pâ tria, como pròmette provar èm conferencias subsequentes; diz que os republicanos querem dar á naçao'a'feliòidade e o progresso; que a familia real premeditava a venda de Portugal e que o heroicô feito de 5 de Outubro foi executado por pobres, rotos, es fárrapadós, que foram f lies que proclamaram a republica e que estão dispostos a morrer por ella. Promefte ánalysár em outras conferencias os actos da, monarquia, os seus latrocínios, as suas vilezas, os'seus crimes, e'que depois de tudo não haverá pòrtu- girez que se não renda á verda-- de, áo contrariò,-porém, terá pie-, dade d’elles por persistirem enterrados no erro, sém quererem seguir o exémpló dos pobresinhos esfarrapados que morreram para lhes dar progresso e liberdade..
Q dr. Alexandre Braga foi ac- clamadissimõ e aò sahir recebeu, calorosas ovácoéS».
PalvasstesContinúa, por toda a parte, á
ser o assunto de todas as con-' versas, os paivantes no Nórte do paiz. Isto emquanto não aborrece, está claro, porque os nossos militares, segundo noticias d’ali de pessoa de nossa inteira confiança,"não estão mais dispostos a gastar a paciência com aquellas éscoucearités alimárias, e fazem muito bem.
M asísae! S5. T aaiec©Negociante de gado suino, ba
tata em saccas ou em caixas, adubos quimicos, carvão, palha e ce- reaes.
Quem pretender realisar algum negocio póde dirigir-se a Manuel Domingos Taneco, rua Manuel José Nepomuceno, proximo á estacão dos C. d e F .—Àldègâllega.
Liquidam-se contas todos Os domingos das 10 da manhã ás õ da tarde>
c m posse©IJsixea* tsmfáotCBSpO.Um dia d’estes 'vinío-nos de
frente com um amigo que nos disse; «Com que então vócê não sâbe e pede que lhe expliquem a razão porque a direcção do Centro Republicano, terminado que foi o sen mandato em maio ultimo, ainda se não dispoz a apresentar contas da sua administração?!
Tem graça!. . .Então vócê não sabe que já
não ha direcção nem com missão; que aquillo é d’um só?!»
E estendendo-nos a mao: «A- deus, meu amigo!. . . O que precisámos saber é o que é feito dos quinhentos mil réis que élles encontraram no cofre do Centro. Adeus!
C o is a s 5£©ssasA escola Conde Ferreira está,
mais uma vez, sem professor, e o professor do Centro Republicano, parece, sem casa para lecio- nar as crianças. A’ primeira vista parece que esíá tudo remediado,- mas não. E nào porque Aldegallega tem uns dez mil habitantes e por consequencia um professor não chega. E não vamos álém dizendo que dois pouco é.
E w p rc g o í)as horas vagas
Qual será o mais util emprego das horas que o trabalho nos deixa livres? Não é, dècerto, a pa-- ralysia de toda a'acção "do organismo e da alma, designando por esta palavra tiido o que'em nós não é bem definida e claramente um acto physiologico. Ha mil coisas que o corpo e a alma executam com verdadeiro goso. e sem damno algum para ellas. Todos podemos, pe]a attenção, for- rnar uma lista d’essas coisas è, has horas de ocio, e X e c u t á b a s sorrindo. O cultivo das bellas artes é decerto uma das mais at trahentes. Cada qual, segundo: as Suas aptidões, escolha a Musica, a Pintura, o Desenho, a Poesia, a Escóltura, ou todas con- junctamènte, se n’isso encontra prazer e para tanto o dotou, pri- vilegiadamente a natureza, Aprimorar a execução d’um trecho musical que se ama, esboçar um quadro, burilar um soneto, m odelar um busto, eis exòellentes occupaçÕes das horas vagas. Mas ha otifras ainda rnais simples e ao alcance de todos, artistas ou não artistas, 'pobres ou ricòs; taes sâo por exemplo, o canto, o. passeio, a contemplação dos bel- los quadros da natureza, escutar à musica, a leitura dè um bom trecho litterario e moral.
Entre as mais uteis occupâçÕes íigura a de ajustarmos contas comnosco mesmos; a de relancear os olhos peló nosso passado e pelo nòssò presente; vêr se é pòssivel remediar erros còrnmét- tidos oti -prestes a commetterem- se. Mas este, é preciso usar d’el- le com parcimónia e certas precauções, não vá succeder ficarmos acabrunhados sob o pèzo da meditação e que o bem estar procltrado dègenere em preoccu pacão de espirito.
O mais exceilente meio de nós distrairmos-j recolhendo larga cópia de bem estar intimo, é fazer bem aos Outros. Pèla abnegação e pelo afi?ecto sentir em torno de nós gratidões, bênçãos votos de felicidade,—isto alegra a alma e vigora os bons sentimento. Se conseguirmos a um tempo deliciar os sehtidoS e alegrar a cons ciência, teremos alcançado o ma-
de occupar as o trabalho nos
KOTlCIA-S DOPARÁSalvè, 5 de Oiiiiibrot
is precioso meio horas vagas que deixa iiVres.
À r th u r T e í.l e s .
accessar e érlssil-MSP
«Arguir» alguem de alguma coisa é notar-lhe" defeito, re- prehendel-o com razões.
«Accusar» é denunciar alguem como criminoso, imputar-lhe crime.
«Criminar» é dizer ou declarar alguem auctor d’um crime, dar-lhe culpa, delicto; pronunciai o por «criminoso ou réo.
Póde um homem ser «arguido» injustamente; póde ser «accusado» aleivosamente; mas nào póde ser «ciiminado» juridicamente sem provas que o convençam de «crime» ou delicto.
Josê da Fonseca.
Foi bella ‘a lémliráriça que 0 «Centro Republicano Portug«e*« téve ern promover o congrâça- mento de todas ás Sóciedades^or- tugiíezás 'existentes n‘esíá capi. tal, a tim de festejar o 1.° anni- versario da bella ‘e -gféHosa -Republica.
A nossa colónia, 'ná sua maift. ria, empregou os 'setfs ValiòSôs esforços para térmõs uma béftj fests ém hoiira da institíiiçãó -qtre libertou a nossá pátria do ‘regimen 'das roubalheiras e héli assim d’essas aves de bátina negra, verdadeiros rápiriadores da honra das nossás familiar.
Muitas e importantes cásas commorciais não só embandeiraram como tambem illúminaram ás suas fachadas.
A T u n a Luso-Caixeiral, lev*óa no dia 4 a'effeito á graudiosafes- ta cóm baile/na sua'séde. A festa constou de sessão sólémhè a baile e nos irítervallòs 'rèçifação de põesias e monólogos pêlo's so- cios.
No diâ 5 a referida Sociedade reâiígoti !no teatro dá Pàz nma récita em homenagem á nósvâ Republica. Çántárám sè divérsâs canções portuguezas èm que 'a minha humilde pessoa’tÒmou parte, decorrendo tudo com entusiasmo e na -melhor ordéin.
A* commis-são dos festejos I frente Sa qual ésfá 'o áosso digno consul, tehciona 'prdtnòver ura concerto miísical “n’um dois pavilhões Sa Praça dá Republica, queimando-SB. a Seguir, tim lindo fogo de artificio para o que foi pedida licença 'áo Intendente Municipal.
Possó, pois, afiançar aos meus queridos 'pátriòros, que o Brazil está em festa honrando assim a nossá Patria que eu, d’aqui, mais uma vèfc, 'sátído por tres.-. vezes tres.-.
M . T . P a u la d a .
LITTER Â TU M
Es&veuÊsaado!I
Notáva'0 sr. Chrispim Formoso que-, uns dias por outros, algttw visinbo lambareiro-, sabendo a leiteira lhe deixava o leite n u* ma chocolateira, encostada á porta do patamar da escada, ia bebei-o ahtes que a criada fósSB buscal-o.
E a boa da serva, desesperada ao encontrar a vasilha vasia( gritava:
—Que pouca vergonba) Aqu> para cima não passa ninguém, que a escada não é de passagem porque não ha visinhos, e vêem cá beber o leite!
—Talvez que a leiteira o não deixasse... observava o sr. Chrispim.
—Qual não deixou! A vasilha tem signaes de haver tido leit*) e lavei-a bem.
— Seria o gato da visinha do primeiro andar.. .
—Não póde ser! Se fosse o gato tombava a chocolateira 6 entornava o leite no chão.
— Então quem diabo é qlie vem cá beber o leite?
— Eu sei!— Deixa que eu ámanhã levan
to-me cedo e vou espreitar. •-
IILevantou-se o sr. Chrispim n°
dia seguinte muito cedo e poz s®
O D O M I N G O
péíô lado de dentro da porta, a espreitai1 pelo burací) da fechadura, a vêr quando chegaVa o freguez do leite-
—Se o agarro com a bôcá tia botija, como quem diz com os qneisos na chocolateira, sempre ]he atiro com o cabo da vassoura áo lombo, qUe o estendo!
Más veio a leiteira vasàr o lei- té na chocolateira, desceu a escada, bateu á canceila, e o sr. Chrispim, sentinella vigilante no seU posto, durante uma hora de espeòtativa, D ão viu chegar o bebedor do ieite.
No dia immediato, não espreitou, è o leite desáppafeceu.
—Que -grande patifaria! excla- inòíi elle. Parece que em vez de ser eu a espreitar o ladrão que me bebe o ieite, é elle que me espreita a mim!
—Isto parece arte do diabo! dizia a criada. Aqui anda bru- charia por força!
— Qual brucharia nem qual ‘Cabaça! Aqui o que anda é meliante que gosta de beber leite de graça. . . Mas eu hei de dar com elle!
IIIOra o sr. Chrispim tinha um
barbeiro qrte ia fazer-lhe a barba a casa tres vezes por semana.
E só depois de muito matutar e scismar no caso, é que o sr. Chrispim notou a coincidência do leite lhe ser furtado nos dias em que o barbeiro ia a casa.
Queres tu vêr, disse elle á criada, que é o moroto do barbeiro qne me bebe o leite?!
—O quê, senhor! Pois eliè-, um homem tào sério havia de fazer uma coisa d’essas?
—Não s e i . . . Mas se cá não vem mais ninguém, e é sempre nos dias em que elle cá vem que o leite desapparece.. .
—IS!3o se devem levantar fa lsos testemunhos ás pessoas que Veem a casa, sen h o r... Assim com o o patrão desconfia do bar be iro , talvez d’hoje para ámanhã è capaz de desconfiar de mim. ..
-V a lh a -te o diabo, mulher! Eii não assevero que seja o barbeir o . . . Mas se cá não vem outra pessoa, de quem queres tu que eu suspeite?
—Olhe, senhor, eu hão acho o barbeiro com cara de fazer uma coisa d e s sa s .. .
Pois bem, veremos a primeira vez que elle cá vier. . ,
IVChegou o dia do barbeiro, e
quando o mestre procedia á operação da escanhoadella, diz-lhe o sr. Chrispim:
—O ra hoje é que eu fiz uma p a r t id a a um meliante. . .
— S im ?E ’ verdade. Vinha abi um ma
roto quasi todos os dias beber- me o Ieite que a leiteira me deixava no patamar. Mas eu hoje preguei-lhe uma data de veneno que o melro não torna a beber outro.
Ouvindo isto, o mestre enfiou è começou a torcer s e . . .
—Ai, Jesus! exclamou elle.— O que tem, mestre?•—Estou envenenado, sr. Chris*
pim ; porque quem bebia o leite era eu!
O sr. Chrispim poz se a rir e respondeu:
— Pois não torne a beber-me o leite, mestre, que me faz falta para o almoço.
lastras*.*’! aSílíscna*!Ha, sobre todos, uma coisa a
reclamar dos governos:—Ensino.Obrigar os governos a instruir
—tal deveria ser o esforço unico da opinião intelligente, dos pariu oueutos. díi imprensa e das tri
bunas. A moralidade e as economias viriam depo is... pelo seu pé, como tudo o mais.—João Chagas.
CO RRESPO NDÊNCIASSarilhos (brandes.—No
diâ 5 foi -aqui festejado entbu siasticâmente o 1.° anniversario da implantação da nossa Republica, para o que uma commissão de correligionários composta dos cidadãos João Ferreira dos Santos, Antonio Ribeiro Chula, José Ribeiro Dias, Miguei Antonio, João Pois, Manuel do Nascimento, Antonio Caramello e Ahtonio Garra na qne conseguiram, para este fim, reunir os fi- larmónicos da extincta Sociedade. União e Trabalho e, com esse grupo de verdadeiros republicanos de sempre, comrnemorar a gloriosa data da salvação da nossa querida Patria. Na frente dt> grupo ia o nosso correligionário Martinho Angélico com a Bandeira Nacional e muito povo dando vivas á Republica, a Affonso Costa e -aos nomes immortais d'e Cândido Reis e Miguel Bombarda. Depois de percorridas as ruas da freguezia dirigiu se o enorme cortejo á séde da Associação dos Trabalhadores Ru rais, d’onde partiu a iniciativa d’esta brilhante festa, e ali foi arvorada, no logar da bandeira da Associação, a linda bandeira Nacional ao som da «Portugueza» tocada pelos executantes da extincta Sociedade União e Trabalho. Em seguida foi. servido um opiparo «copo d’agua», levantando-se então muitos brindes em que todos manifestavam à sua alegria pelo anniversario da Republica e lamentando, ao mesmo tempo, a exagerada complacência do nosso govêrno pari eom os bandidos que ora incommodam o paiz.
— Estão sendo avisados todos os socios da florescente Associação dos Trabalhadores Rurais, para a discussão d’um assunto de urgência que terá logar no domingo, 15 do corrente.
—Pedimos ao sr. presidente da camara para vir vêr o estado lastimoso em que se encontra a rtia do Poço Novo. Alli, com todo o descaramento, se continua a fazer depósito de estrume. Não ha respeito pelas leis nem pela hygiene. Quando algum pobre tem algum descuido ha logo quem multe; mas como se trata d’nma personalidade rica e republicano para cá do 5 de Outubro, fecha- se os olhos para tudo continuar como d’antes.—C.
A n n u n c io s
V e n d a d e b e n sPor intervenção do soli
citador Guerreiro, e no escriptorio deste na rua de Manuel José Nepomuceno, se ha de, no dia 22 do corrente mez, pelas 12 horas da manhã, proceder á venda pelo maior preço qu se poder obter, dos seguintes bens pertencentes á herança do fallecido Joa quim Tavares Sardão ou Joaquim da Maria Ignacia:
Fazenda do «Arneiro» composta 'de terra de semeadura, vinha, arvores de frueto, casas de habitação, adega e pôço. E’ livre de fòro, a qual por conveni-
encia foi dividida em duas glebas, a saber;
Gleba n.° 1— Composta de terra de semeadura, vinha, arvores de frueto, a partir do norte e poente com a Caneira, do sul estrada do Montijo e nascente com a do Samouco. Valor 2:ooo$ooo.
Gleba n.° 2— Composta de terra de semeadura, vinha, arvores de frueto, casas de habitação, adega e pôço, a partir do norte com a Caneira, do sul e nascente com o Saldanha e do poente com estrada do Samouco. Valor
i:ooo$oòo.
Fazenda no Seixâlinho, composta de terra de semeadura, vinha, arvoredo, casa e pôço. E’ praso foreiro em i$oòb réis annuaes e laudémio de quarentena. Valor . 3oo$ooo.
Casas baixas na rua das Postas, praso foreiro em quinhentos réis. Valor
170^000.
Casas baixas na rua Formosa, praso foreiro em réis 3$ooo annues. Valor
23o$ooo.
ARRENDA-SE a fazenda do Mathias, ao pé do Pena, toda ou em bocados. Trata-se com Antonio Lui2 Nepomuceno, nesta villa.
P A 2 B N D A
Vende-se uma, muito em conta, na Lagôa da Pedra.
Trata-se n’esta villa com Josué Rodrigues Pinto.
CELLEIRO — Aluga-se, na rua do Quartel. Trata- se com Francisco Relogio, nesta villa,
FAZENDA-[Vende-seuma no sitio do Harse. Tra- ta-se com Alfredo Fressura, nesta villa.
ESTRUME — Vende-se, boa porção, na antiga vacaria da viuva do Contramestre, rua do Pôço— Aldegallega.
LUZ ELECTRICA
Q I L -Esta casa é a que actualmente, n'esta terfa faz ins
tallações mais baratas, mais perfeitas e de mais fácil comprehensão para o freguez acudir a qualquer irregularidade que porventura possa acontecer na luz. O material empregado é de superior qualidade como se póde prosar pelo avantajado númefo de installações já feitas. N’este estabelecimento está sempre em exposição todo o material para que o público o possa examinar.
Péde-se a fineza dé não fazerem installações setft que primeiro vêjam os orçamentos desta casak
R U A . D A P R A Ç A - 1 8A L D E G A L L E G A s4o
B IB L IO T H E C A DÊ E D U C A Ç Ã O M O D E R N A
D irector— Ribeiro de Carvalho
V I R G E N S D E P O I S DO P A R T ORaras vezes terá apparecido èm lingúa portugueza um livro táo âtigges»
tivo e interessante com o este, V IR G E N S D E P O ÍS OO P A R T O , que cons- tltue o nôno volum e da «Bibliotheca de Educação Moderna».
T rata se* de facto, de uma obra curiosissim a dé investigação histórica, desde os tempos mais remotos da Humanidade até á épocâ em que se formou a lenda da virgindade da mãe de C h risto , m ostrando que todos os my- thos e em todas as religiões os grandes Fiéroes ou os grandes deuses eram considerados sem pre com o tendo nascido de mulheres que mesmo depois do parto ficavam virgens. E m resum o: trata se da historia das ImmacUladas de todas as religiões.
Nas páginas d ’esse liv ro , de uma erudição assómbrósa ê dê lim a encantadora crítica histórica, sáo deliciosamente narradas todas as lendas dfe nas» cim entos m iraculosos, a começar nas épocas mysteriosas do O riente onde o perfume da flor do «lótus» bastava, por vezes, para fecundar os flancos das V irgens que os deuses soberanos rnais apeteciam ..-. •
Ha nas V IR G E N S D E P O IS DO P A R T O narrativas de um encanto trágico, outras de um delicioso sabor rom ântico, outras ainda de uma obse» cante fé re lig io sa .. . E todas ellas* através dos tem pes, constituem um verdadeira historia mythológica e religiosa, um estado suggestivo acerca d o ctiltó das pedras fecundantes. do culto dás plaritas, dó culto dos raios e dos ventos, do culto do Sol e das estrellas, do culto dos m ortos e do culto dos animaes.
E nota curiosa tambem: todas as lendas descriptas no livro V IR G E N S D E P O IS DO P A R T O nos mostram que todos os dógroas e ritos do C hris» tianismo foram copiados e imitados de outras religiões m uito anteriores.
Voísiities publicadosI — A E G R E J A E A L IB E R D A D E , pof Em ilio Bôssi.I I —S O C IA L IS M O E A N A R Q U IS M O , por Araon.I I I — D E S C E N D E M O S DO MACÀC.O? por Denoy.I V — NÃO C R E IO EM D E Ú S , p o r Tím õtheon.V — A V ID A N O S A S T R O S , p o r Flammarion.V I— H IS T O R IA D A S R E L IG IÕ E S , p o r D '01bàó e Reiftach.V II — A S G R A N D E S L E N D A S D A H U M A N ID A D E , p o r Michaud d’H u -
miac.V I I I — N A A U R O R A DO S E C U L O X X , por L u iz B uchner.
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Casa com armação, balcão e mais utensilios própria para mercearia. Esquina da Rua da Fábrica e Rua do Quartel.
Trata-se com Francisco Relogio,nesta villa. 53t
VtNDEM-SE dois apparelhos um para cavallaria e outro para trem em boas condições, Nesta redacção se diz.
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da casa a d c o c k < v e concessionário em P o i tu- gal para a venda das ditas machinas.
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•49 A L D E G A L L E G A
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