Anuário Estatístico
de Saúde do Trabalhador
Fiocruz
2019
Fundação Oswaldo Cruz, RJ
Ano 2020
Presidente da República
Jair Bolsonaro
Ministro da Saúde
Eduardo Pazuello
FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ – Fiocruz
Presidente
Nísia Trindade
Vice-presidente de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde
Marco Menezes
Vice-presidente de Educação, Informação e comunicação
Cristiani Vieira Machado
Vice-presidência de Gestão e Desenvolvimento Institucional
Mario Moreira
Vice-presidência de Produção e Inovação em Saúde
Marco Krieger
Vice-presidência de Pesquisa e Coleções Biológicas
Rodrigo Oliveira
Coordenação-Geral de Gestão de Pessoas (Cogepe)
Andrea da Luz
Coordenação de Saúde do Trabalhador (CST)
Sônia Gertner
Ministério da Saúde
Fundação Oswaldo Cruz - Fiocruz
Anuário Estatístico
de Saúde do Trabalhador
Fiocruz
2019
ISSN 2316-9990
Anu. estat. Saúde Trabalhador Fiocruz, Rio de Janeiro, v.8, p.1-113, 2019
FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ - Fiocruz
Av. Brasil, 4.365 - Manguinhos – 21040-360-120 - Rio de Janeiro, RJ - Brasil
ISSN 2316-9990
© Fiocruz. 2019
Elaboração - Equipe do Núcleo de Análise de Situação de Saúde (Nass/CST)
Caroline Marcelino Sixel Amorim da Silva.
Kelly Galvão da Silva.
Marta Helena Natividade de Oliveira.
Walker Dutra de Carvalho.
Colaboração – Equipes da Coordenação de Saúde do Trabalhador – CST, que
contribuíram com os textos de apresentação dos seus núcleos e trabalhos
desenvolvidos.
Núcleo de Saúde do Trabalhador - NUST/CST
Attatianna Vinagre de Miranda.
Flavia Soares Lessa.
Núcleo de Ambiências e Ergonomia – NAE - CST
Aline de Azambuja Viana.
Ana Paula Gama
Marta Ribeiro Valle Macedo
Paulo Marcelo Dias
Paulo Roberto Lagoeiro Jorge
Renata Mendes da Silva Pinheiro.
Simone Lopes S. Isabel Ricart.
Stephanie Lívia de Souza da Silva
Suzana Seroa da Motta Lugão.
Tiago Rodrigues Ferreira.
Núcleo de Alimentação, Saúde e Ambiente - NASA - CST
Wanessa Natividade Marinho.
Bruno Macedo da Costa
Débora Kelly O. das Neves.
Lorhane Carvalho Meloni
Sarah Almeida Cordeiro
Núcleo de Perícia e Avaliação Funcional em Saúde (Nupafs)
Helena Beatriz da Rocha Garbin.
Sueli Cavalcante de Souza.
Núcleo de Atenção Integral à Aposentadoria (Naia)
Carla Cristina Pepe.
Thaysa A. da Silva Lobato.
Capa: Foto - Raquel Portugal
Arte - Assessoria de Comunicação da Coordenação-Geral de Gestão de Pessoas
(Cogepe)
Glauber Queiroz Tabosa Tiburtino.
Agradecimentos
Agradecemos a todos os trabalhadores(as) da Coordenação de Saúde
do Trabalhador (CST/Cogepe), Setor de Assistência ao Trabalhador/ Dep. De
Gestão da Saúde do Trabalhador/VDGT de Farmanguinhos e Serviço de Saúde
do Trabalhador (SST/Farmanguinhos), Núcleo de Saúde do Trabalhador (Nust/IFF),
Serviço de Assistência ao Trabalhador (SAT/Biomanguinhos) e Núcleo de Saúde
do Trabalhador Instituto Ageu Magalhães (Nust/IAM) pela contribuição e
disponibilização dos registros das atividades desenvolvidas no ano de 2019.
À equipe da Assessoria de Comunicação da Coordenação-Geral de
Gestão de Pessoas (Cogepe), pelo empenho e dedicação com que nos ajudou
a concluir este trabalho.
Homenagem à Fiocruz pelos 120 anos dedicados à ciência e à vida:
Fatos importantes na trajetória do médico sanitarista Oswaldo Cruz.
Fonte: A trajetória do médico dedicado à ciência
https://portal.fiocruz.br/trajetoria-do-medico-dedicado-ciencia
Nasceu em 5 de agosto, no ano de 1872, em São Luís do Paraitinga (SP).
Na época em que era estudante da Faculdade de Medicina do Rio de janeiro chegou a manter um
pequeno laboratório no porão de sua casa, formou-se em 1892.
Em 1897, mudou-se para Paris para especializar-se em Bacteriologia no Instituto Pasteur.
Em 1902, assumiu a direção geral do Instituto Soroterápico Federal.
Em 1903, já comandava a Diretoria-Geral de Saúde Pública, cargo que corresponde atualmente ao de
Ministro da Saúde.
Enfrentou grande oposição de médicos e da população, que acreditavam que a Febre Amarela se
transmitia pelo contato com as roupas e secreções de doentes, mas ele acreditava em uma nova teoria: o
transmissor da febre amarela era um mosquito, e implantou medidas sanitárias com brigadas que
percorreram casas, jardins, quintais e ruas, para eliminar focos de insetos.
Em 1904, a oposição a Oswaldo Cruz atingiu seu ápice. Com o recrudescimento dos surtos de varíola, o
sanitarista tentou promover a vacinação em massa da população. Os jornais lançaram uma campanha
contra a medida. O congresso protestou e foi organizada a Liga contra a vacinação obrigatória. No dia
13 de novembro, estourou a rebelião popular e, no dia 14, a Escola Militar da Praia Vermelha se
levantou. O Governo derrotou a rebelião, que durou uma semana, mas suspendeu a obrigatoriedade da
vacina. Mesmo assim, em 1907, a febre amarela estava erradicada do Rio de Janeiro. Em 1908, em
uma nova epidemia de varíola, a própria população procurou os postos de vacinação.
Em 1907, Oswaldo Cruz recebeu a medalha de ouro no 14º Congresso Internacional de Higiene e
Demografia de Berlim, na Alemanha, pela luta contra as doenças e o trabalho de saneamento do Rio de
Janeiro.
O parasita da doença de Chagas, o Trypanosoma cruzi recebeu esse nome em homenagem a Oswaldo
Cruz. O mineiro Carlos Chagas, pesquisador de Manguinhos, era muito amigo de Cruz.
Em 1910 combateu a malária durante a construção da Ferrovia Madeira-Mamoré (viajou a Rondônia
com Belisário Penna), e a febre amarela, a convite do governo do Pará.
Em 1913 Oswaldo Cruz foi eleito à cadeira número 5 da Academia Brasileira de Letras, a cadeira foi
sua por quase quatro anos.
Construído entre 1905 e 1918, o Castelo da Fiocruz é um símbolo da ciência e da saúde nacionais. O
“Palácio das Ciências”, imaginado por Oswaldo Cruz para ser a sede da instituição que receberia seu
nome,
Em 1916, Oswaldo Cruz aceitou convite do então governador do Rio de Janeiro para assumir o cargo de
prefeito de Petrópolis. Sofrendo de crise de insuficiência renal, porém, morreu poucos meses após tomar
posse, em 11 de fevereiro de 1917, com apenas 44 anos, antes de ver a conclusão do Castelo que se deu
em 1918.
https://portal.fiocruz.br/trajetoria-do-medico-dedicado-ciencia
Apresentação
A Coordenação-Geral de Gestão de Pessoas (Cogepe) por meio da
Coordenação de Saúde do Trabalhador (CST/Cogepe), apresenta a oitava
edição do Anuário Estatístico de Saúde do Trabalhador da Fiocruz, referente ao
ano de 2019. Este anuário foi desenvolvido no âmbito do Programa Fiocruz
Saudável pela Coordenação de Saúde do Trabalhador.
A Fiocruz tem como missão principal a afirmação da saúde como um
direito fundamental e busca por soluções para os principais problemas de saúde
da população brasileira em um contexto de grande desigualdade social. Um dos
pontos de grande relevância é a área de saúde das trabalhadoras e
trabalhadores do nosso país.
O Anuário visa disponibilizar informações para que trabalhadores, gestores,
pesquisadores, estudantes e demais interessados na área da Saúde do
Trabalhador, possam utilizá-lo para refletir e construir ações para a mudança de
processos de trabalho que estejam causando danos à saúde de trabalhadoras e
trabalhadores da Fiocruz e não estejam de acordo com o trabalho digno.
Este ano, a Fiocruz celebra 120 anos de compromisso com a sociedade
brasileira na área da ciência e tecnologia em saúde e reforça também que isto
só e possível com o envolvimento dos seus trabalhadores.
Agradeço a dedicação e o trabalho do Núcleo de Análise de Situação de
Saúde (Nass/CST/Cogepe), na elaboração deste anuário desde sua concepção
até a edição final, permitindo com isso que a Coordenação de Saúde do
Trabalhador cumpra com o seu papel de produzir e disseminar as estatísticas
oficiais acerca da saúde dos trabalhadores da Fiocruz.
Andréa da Luz
Coordenação-Geral de Gestão de Pessoas (Cogepe)
O Anuário
Nesse ano em que a Fiocruz completa 120 anos, o Anuário Estatístico de
Saúde do Trabalhador da Fiocruz tem um caráter histórico contribuindo para a
celebração da existência dessa instituição, em especial de todos os
trabalhadores(as) que a construíram no decorrer de mais de um século e
continuam a fazê-lo com competência e dedicação. Nesse espírito,
consideramos oportuno a homenagem e o reconhecimento à equipe que
concretizou esta iniciativa produzindo o primeiro boletim no ano de 2012 sob a
coordenação de Marcelo Moreno, à época integrante da Coordenação de
Saúde do Trabalhador (CST/Cogepe). Este documento tem por objetivo dar
visibilidade, de forma sistematizada, aos dados produzidos pelos serviços de
saúde do trabalhador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de forma a
instrumentalizar a tomada de decisão no âmbito da promoção da saúde dos
trabalhadores(as), estruturação da vigilância em saúde, em especial, em saúde
do trabalhador, em consonância com o conceito de Vigilância em saúde:
[…] um processo contínuo e sistemático de coleta, consolidação,
análise e disseminação de dados sobre eventos relacionados à
saúde, visando o planejamento e a implementação de medidas
de saúde pública para a proteção da saúde da população, a
prevenção e controle de riscos, agravos e doenças, bem como
para a promoção da saúde (BRASIL, 2013).
Ao mesmo tempo, este Boletim é produzido em tempos de muitas
incerteza trazidas pela pandemia global do novo Coronavírus (COVID-19), tendo
a equipe de elaboração abraçado o desafio de reinventar abruptamente
novas formas de trabalhar em meio a necessidade sanitária do isolamento
social.
Em face dessa atual situação epidêmica, a Fiocruz, por meio da
Coordenação de Saúde do Trabalhador – CST/Cogepe, em parceria com os
Núcleos de Saúde do Trabalhador (Nusts) de outras unidades e com os Serviços
de Gestão de Pessoas – SGPs, iniciou um processo de articulação das ações de
vigilância em saúde dos seus trabalhadores (as), assim como a organização da
rede de apoio e atenção, visando conhecer com mais detalhes o perfil dos
trabalhadores(as), bem como preparar resposta coordenada para o
enfrentamento da ocorrência de casos entre trabalhadores(as) da Fiocruz.
Dessa forma, passou-se a produzir o Boletim epidemiológico para
acompanhar a situação da COVID-19 entre os trabalhadores(as) da Fiocruz, que
se configura em mais instrumento para vigilância epidemiológica de agravos e
doenças relacionadas ao trabalho que juntamente com este Anuário são
instrumentos que contribuem para a vigilância em saúde do trabalhador ao
gerarem subsídios para a proposição e articulação de ações de prevenção e
promoção da saúde dos trabalhadores (as). O histórico da edições do BE que já
foram lançadas pode ser acessado através do link:
https://portal.fiocruz.br/documentos-para-comunidade-fiocruz
A elaboração do Anuário Estatístico de Saúde do Trabalhador da Fiocruz
com dados de 2019 compreende desde a adequação de instrumentos de
registro de dados acerca das ações realizadas pelas equipes da Coordenação
de Saúde do Trabalhador (CST/Cogepe) à realização de outras ações
estruturantes para a coleta e sistematização de dados sobre saúde dos
trabalhadores(as) da Fiocruz em sistemas de informação como o sistema de
Gestão Administrativa (SGA) e o Subsistema de Atenção à Saúde do Servidor
Público Federal (SIASS).
https://portal.fiocruz.br/documentos-para-comunidade-fiocruz
Nesta oitava edição do Anuário são apresentadas informações que
somadas às edições anteriores cobrem onze anos de registro de dados sobre a
saúde do trabalhador e trabalhadora da Fiocruz.
O Anuário encontra-se dividido em três seções, a saber:
- Capítulo 1: Ações em saúde do trabalhador;
- Capítulo 2: Acidentes de trabalho;
- Capítulo 3: Licenças por motivo de saúde e Perícia Médica.
No primeiro capítulo são relacionadas as ações de assistência em saúde
do trabalhador realizadas pelo Núcleo de Saúde do Trabalhador (Nust/CST) e,
também estão incluídas aquelas geradas a partir dos dados dos Boletins de
Produção em Saúde do Trabalhador dos Nusts das seguintes unidades: IFF,
Farmanguinhos e Instituto Aggeu Magalhães (IAM). Os dados referentes à
unidade de Biomanguinhos, foram extraídos do controle próprio utilizado pelo
Serviço de Assistência ao Trabalhador/Biomanguinhos. Foram incluídos, ainda,
neste capítulo, dados acerca das ações do Programa de Ergonomia, do
Programa Circuito Saudável, do Programa Ruído e do Programa de Preparação
para Aposentadoria (PPA) realizadas em 2019.
Compõem o segundo capítulo, as informações sobre os acidentes de
trabalho ocorridos nos campi Fiocruz. A análise desses dados teve como base os
registros feitos pelos serviços de saúde do trabalhador da Fiocruz.
No terceiro capítulo, são descritas as informações sobre as licenças por
motivo de saúde dos servidores produzidas pelo Núcleo de Perícia e Avaliação
Funcional em Saúde (Nupafs/CST). Com relação às licenças médicas por motivo
de saúde foram utilizados os dados disponíveis no Sistema Integrado de
Informações (Siape/Saúde) e no Sistema de Gestão Administrativa (SGA). Estes
dados correspondem às licenças por motivo de saúde em suas subclassificações
(Lei 8112/1990): licença por motivo de doença em pessoa da família, licença
para tratamento de saúde, licença à gestante e licença por acidente em
serviço. Neste capitulo também são apresentadas informações sobre as perícias
realizadas pelo Nupafs/CST de acordo com os registros do núcleo.
Outras informações poderão ser obtidas diretamente com o Núcleo de
Análise de Situação de Saúde da Coordenação de Saúde do Trabalhador
(Nass/CST/Cogepe).
Boa leitura!
Sônia Regina C. Barreto Gertner
Coordenadora de Saúde do Trabalhador (CST/Cogepe)
Sumário
Lista de Tabelas ............................................................................................................. 05
Lista de Figuras .............................................................................................................. 07
Lista de Siglas ................................................................................................................ 12
Capítulo 1 – Ações em Saúde do Trabalhador .......................................................... 14
1.1 ASSISTÊNCIA À SAÚDE DOS TRABALHADORES (AS).........................................................15 1.2 PROGRAMA DE PREPARAÇÃO PARA APOSENTADORIA (PPA).........................................32 1.3 CIRCUITO SAUDÁVEL .......................................................................................................46 1.4 REALIZAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DE ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO (AET) E
PROGRAMA DE ERGONOMIA (PROERGO) NA FIOCRUZ..................................................57 1.5 ESTRATÉGIAS PARA A GESTÃO DO RUÍDO E SUBSTÂNCIAS OTOTÓXICAS NA FIOCRUZ
(PROJETO RUÍDO )............................................................................................................62
Capítulo 2 – Acidentes de trabalho ............................................................................ 69
2.1 CONCEITO DE ACIDENTE DE TRABALHO..........................................................................70 2.2 ASPECTOS LEGAIS DOS ACIDENTES DE TRABALHO..........................................................71 2.3 DESCRIÇÃO DOS ACIDENTES DE TRABALHO OCORRIDOS NA FIOCRUZ NO ANO DE 2019.......................................................................................................................................74
Capítulo 3 – Licenças por motivo de saúde e Perícia Oficial em Saúde ................. 90
3.1 ASPECTOS LEGAIS.............................................................................................................91 3.2 LICENÇAS POR MOTIVOS DE SAÚDE – SISTEMA DE GESTÃO ADMINISTRATIVA (SGA)....93 3.3 PERÍCIA – NÚCLEO DE PERÍCIA E AVALIAÇÃO FUNCIONAL (Nupafs)................................98
Referências .................................................................................................................. 111
Outras Edições ............................................................................................................ 112
Anexos ......................................................................................................................... 113
LISTA DE TABELAS
Capítulo 1 – Ações em Saúde do Trabalhador
Tabela 1.1.1 – Distribuição dos atendimentos realizados nos Nust’s e SST’s da Fiocruz,
segundo o mês de atendimento, no ano de 2019
Tabela 1.1.2 – Distribuição dos atendimentos realizados nos Nust’s e SST’s da Fiocruz,
segundo o gênero do usuário, no ano de 2019
Tabela 1.1.3 – Distribuição dos atendimentos realizados nos Nust’s e SST’s da Fiocruz,
segundo a faixa etária do usuário, no ano de 2019
Tabela 1.1.4 – Distribuição dos atendimentos realizados nos Nust’s e SST’s da Fiocruz,
segundo o vínculo do usuário com a Fiocruz, no ano de 2019
Tabela 1.1.5 – Distribuição dos atendimentos realizados nos Nust’s e SST’s da Fiocruz,
segundo o local de trabalho do usuário, no ano de 2019
Tabela 1.1.6 – Distribuição dos atendimentos realizados nos Nust’s e SST’s da Fiocruz,
segundo o caráter de atendimento, no ano de 2019
Tabela 1.1.7 – Distribuição dos atendimentos médicos realizados nos Nust’s e SST’s da
Fiocruz, segundo os 20 problemas de saúde mais frequentes, no ano de 2019
Tabela 1.1.8 – Distribuição dos atendimentos realizados nos Nust’s e SST’s da Fiocruz,
segundo encaminhamento dado ao usuário, no ano de 2019
Tabela 1.5.1 – Percepção do som em função de mudanças nos níveis de pressão
sonora
Capítulo 2 – Acidentes de trabalho
Tabela 2.3.1 – Distribuição de acidentes de trabalho na Fiocruz, segundo tipo do
acidente, no ano de 2019
Tabela 2.3.2 – Distribuição de acidentes de trabalho na Fiocruz, segundo o gênero e o
tipo do acidente no ano de 2019
Tabela 2.3.3 – Distribuição de acidentes de trabalho na Fiocruz, segundo a faixa etária
e o tipo do acidente no ano de 2019
Tabela 2.3.4 – Distribuição de acidentes de trabalho na Fiocruz, segundo o vínculo e o
tipo do acidente no ano de 2019
Tabela 2.3.5 – Distribuição de acidentes de trabalho na Fiocruz, segundo o mês de
ocorrência e o tipo do acidente, no ano de 2019
Tabela 2.3.6 – Distribuição de acidentes de trabalho na Fiocruz, segundo o local de
trabalho e o tipo do acidente, no ano de 2019
Tabela 2.3.7 – Distribuição de acidentes de trabalho na Fiocruz, segundo o agente
causador, no ano de 2019
Tabela 2.3.8 – Distribuição de acidentes de trabalho na Fiocruz, segundo o local do
acidente, no ano de 2019
Tabela 2.3.9 – Distribuição de acidentes de trabalho na Fiocruz, segundo o local do
acidente e o vínculo, no ano de 2019
Tabela 2.3.10 – Distribuição de acidentes de trabalho na Fiocruz, segundo a natureza da
lesão, no ano de 2019
Tabela 2.3.11 – Distribuição de acidentes de trabalho na Fiocruz, segundo a parte do
corpo atingida, no ano de 2019
Capítulo 3 – Licenças por Motivo de Saúde e Perícia Médica
Tabela 3.2.1 – Distribuição de licenças por motivo de saúde concedidas a servidores
da Fiocruz, segundo o tempo de afastamento e a espécie de licença, no ano de 2019
Tabela 3.3.1 – Distribuição perícias oficiais em saúde realizadas no Nupafs, segundo a
espécie da licença médica, no ano de 2019
Tabela 3.3.2 – Distribuição de perícias por motivo de saúde avaliadas pelo Nupafs,
segundo o tempo de afastamento e a espécie de licença, no ano de 2019
Tabela 3.3.3 – Distribuição das perícias realizadas no Nupafs, segundo Capítulo do CID-
10, no ano de 2019 Tabela 3.3.4 – Média de dias de afastamento, segundo os principais eventos
relacionados ao CID-10, nas Perícias avaliadas pelo Nupafs, no ano de 2019
LISTA DE FIGURAS
Capítulo 1 – Ações em Saúde do Trabalhador
Figura 1.1.1 – Distribuição dos atendimentos realizados na CST, nos Nust’s e SST’s da
Fiocruz, segundo a unidade, no ano de 2019
Figura 1.1.2 – Distribuição dos atendimentos realizados na CST, nos Nust’s e SST’s da
Fiocruz, segundo o mês de atendimento, no ano de 2019
Figura 1.1.3 – Distribuição dos atendimentos realizados na CST, nos Nust’s e SST’s da
Fiocruz, segundo o gênero do usuário, no ano de 2019
Figura 1.1.4 – Distribuição dos atendimentos realizados na CST, nos Nust’s e SST’s da
Fiocruz, segundo a faixa etária do usuário, no ano de 2019
Figura 1.1.5 – Percentual dos atendimentos realizados na CST, nos Nust’s e SST’s da
Fiocruz, segundo o vínculo do usuário com a Fiocruz, no ano de 2019
Figura 1.1.6 – Distribuição dos atendimentos realizados na CST, segundo os principais
locais de trabalho do usuário, no ano de 2019
Figura 1.1.7 – Percentual dos atendimentos realizados na CST, nos Nust’s e SST’s da
Fiocruz, segundo o caráter de atendimento, no ano de 2019
Figura 1.1.8 – Percentual dos atendimentos médicos realizados na CST, nos Nust’s e
SST’da Fiocruz, segundo os dez eventos/problemas de saúde mais frequentes, no ano
de 2019
Figura 1.1.9 – Distribuição dos atendimentos realizados na CST, nos Nust’s e SST’ da
Fiocruz, segundo os dez principais encaminhamentos dado ao usuário, no ano de 2019
Figura 1.2.1–Distribuição dos participantes do Programa de Preparação para
Aposentadoria, segundo status de participação do usuário, no ano de 2019
Figura 1.2.2 – Percentual dos trabalhadores(as) que participaram da etapa de
entrevista do PPA, segundo gênero, no ano de 2019
Figura 1.2.3 – Percentual dos trabalhadores(as) que participaram da etapa de
entrevista do PPA, segundo faixa etária, no ano de 2019
Figura 1.2.4 – Percentual dos trabalhadores(as) da Fiocruz (campus Manguinhos)
alcançados pelo PPA, por unidade, no ano de 2019
Figura 1.2.5 – Percentual dos trabalhadores(as) da Fiocruz alcançados pelo PPA,
segundo escolaridade, por edição, no ano de 2019
Figura 1.2.6 - Percentual dos trabalhadores(as) da Fiocruz alcançados pelo PPA,
segundo tempo de trabalho na Fiocruz, no ano de 2019
Figura 1.2.7 - Percentual dos trabalhadores(as) da Fiocruz alcançados pelo PPA,
segundo recebimento de abono de permanência, no ano de 2019
Figura 1.2.8 - Percentual dos trabalhadores(as) da Fiocruz alcançados pelo PPA,
segundo o processo de trabalho, no ano de 2019
Figura 1.2.9 - Percentual dos trabalhadores(as) da Fiocruz alcançados pelo PPA,
segundo a renda familiar, no ano de 2019
Figura 1.2.10 - Percentual dos trabalhadores(as) da Fiocruz alcançados pelo PPA,
segundo a forma de viver, no ano de 2019
Figura 1.2.11 - Percentual dos trabalhadores(as) da Fiocruz alcançados pelo PPA,
segundo a participação em atividades de grupo, no ano de 2019
Figura 1.2.12 - Percentual dos trabalhadores(as) da Fiocruz alcançados pelo PPA,
segundo as atividades além do trabalho, no ano 2019
Figura 1.2.13 - Percentual dos trabalhadores(as) da Fiocruz alcançados pelo PPA,
segundo as atividades realizadas no momento de lazer, no ano de 2019
Figura 1.2.14 - Percentual dos trabalhadores(as) da Fiocruz alcançados pelo PPA,
segundo a existência de projetos e metas pós aposentadoria, no ano de 2019
Figura 1.2.15 - Percentual dos trabalhadores(as) da Fiocruz alcançados pelo PPA,
segundo o sentimento em relação a aposentadoria, no ano de 2019
Figura 1.2.16 - Percentual dos trabalhadores(as) da Fiocruz alcançados pelo PPA,
segundo motivo pelo qual buscam o programa, no ano de 2019
Figura 1.3.1 ─ Distribuição de participantes do Circuito Saudável no INCQS, segundo
gênero, no ano de 2019
Figura 1.3.2 ─ Percentual dos participantes do Circuito Saudável no INCQS, segundo
faixa etária, no ano de 2019
Figura 1.3.3 ─ Percentual participantes do Circuito Saudável no INCQS, segundo vínculo, no ano de 2019
Figura 1.3.4 ─ Percentual participantes do Circuito Saudável no INCQS, segundo consumo de frutas, legumes e verduras no início e no final do programa, no ano de
2019
Figura 1.3.5 ─ Percentual participantes do Circuito Saudável no INCQS, segundo ingestão de água no início e no final do programa, no ano de 2019
Figura 1.3.6 ─ Percentual participantes do Circuito Saudável no INCQS, segundo a prática de exercício físico no início e no final do programa, no ano de 2019
Figura 1.3.7 ─ Percentual participantes do Circuito Saudável em Farmanguinhos, segundo o gênero, no ano de 2019 Figura 1.3.8 ─ Percentual dos participantes do Circuito Saudável em Farmanguinhos, segundo faixa etária, no ano de 2019 Figura 1.3.9 ─ Percentual participantes do Circuito Saudável em Farmanguinhos, segundo vínculo, no ano de 2019
Figura 1.3.10 ─ Percentual participantes do Circuito Saudável em Farmanguinhos, segundo consumo de frutas, legumes e verduras no início e no final do programa, no
ano de 2019
Figura 1.3.11 ─ Percentual participantes do Circuito Saudável em Farmanguinhos, segundo ingestão de água no início e no final do programa, no ano de 2019
Figura 1.3.12 ─ Percentual participantes do Circuito Saudável em Farmanguinhos, segundo a prática de exercício físico no início e no final do programa, no ano de 2019
Figura 1.3.13 ─ Percentual participantes do Inquérito telefônico (2019), segundo a
prática de exercício físico.
Figura 1.3.14 ─ Percentual participantes do Inquérito telefônico (2019), segundo
ingestão de água.
Figura 1.3.15 ─ Percentual participantes do Inquérito telefônico (2019), segundo o
consumo de frutas, legumes e verduras
Figura 1.4.1 – Distribuição do monitoramento das recomendações realizadas pela
equipe de ergonomia, segundo situação da recomendação, no ano de 2019
Figura 1.4.2 – Percentual de trabalhadores(as) do CSEGSF que participaram do
Programa de Ergonomia, segundo o Vínculo, em 2019
Figura 1.4.3 – Percentual de trabalhadores(as) do CSEGSF que participaram do
Programa de Ergonomia, segundo a faixa etária, em 2019
Figura 1.4.4 – Percentual da situação geral do CSEGSF em relação as necessidades de
melhoria, em 2019
Figura 1.4.5 – Distribuição da situação por categoria do CSEGSF
Figura 1.4.6 – Percentual de recomendações propostas pela equipe de Ergonomia,
realizado do CSEGSF, em 2019
Figura 1.5.1 – Percentual de ambientes do CRPHF com níveis de conforto em dB(A) acima do recomendado, no ano de 2019.
Figura 1.5.2 – Percentual de ambientes do CRPHF com os níveis de aceitabilidade em
dB(A) acima do recomendado, no ano de 2019.
Figura 1.5.3 – Percentual de ambientes da Mata Atlântica com níveis de conforto em
dB(A) acima do recomendado, no ano de 2019.
Figura 1.5.4 – Percentual de ambientes da Mata Atlântica, com níveis de
aceitabilidade em dB(A) acima do recomendado, no ano de 2019.
Figura 1.5.5 – Percentual de ambientes do IBEX nível de conforto em dB(A) acima do
recomendado, no ano de 2019
Figura 1.5.6 – Percentual de ambientes do IBEX com nível de aceitabilidade em dB(A) acima do recomendado, no ano de 2019
Figura 1.5.7 – Percentual de ambientes do IOC (Hanseníase), segundo os dB acima do
recomendado, no ano de 2019
Figura 1.5.8 – Percentual de ambientes do CESTEH, segundo os dB acima do
recomendado, no ano de 2019
Capítulo 2 – Acidentes de trabalho
Figura 2.3.1 – Percentual de acidentes de trabalho na Fiocruz, segundo o tipo do
acidente, no ano de 2019
Figura 2.3.2 – Percentual de acidentes de trabalho na Fiocruz, segundo o gênero, no
ano de 2019
Figura 2.3.3 – Percentual de acidentes de trabalho na Fiocruz, segundo a faixa etária,
no ano de 2019
Figura 2.3.4 – Percentual de acidentes de trabalho na Fiocruz, segundo o vínculo, no
ano de 2019
Figura 2.3.5 – Percentual de acidentes de trabalho na Fiocruz, segundo o local de
trabalho, no ano de 2019
Figura 2.3.6 – Percentual dos principais locais de ocorrência de acidentes de trabalho
na Fiocruz, no ano de 2019
Figura 2.3.7 – Percentual dos principais agentes causadores de acidentes de trabalho
na Fiocruz, no ano de 2019
Figura 2.3.8 – Percentual das principais partes do corpo atingidas nos acidentes de
trabalho na Fiocruz, no ano de 2019
Figura 2.3.9 – Percentual dos principais tipos de lesão (natureza da lesão) dos acidentes
de trabalho na Fiocruz, no ano de 2019
Figura 2.3.10 – Série histórica de acidentes de trabalho na Fiocruz de 1998 a 2019
Capítulo 3 – Licenças por Motivo de Saúde e Perícia Médica
Figura 3.2.1 – Distribuição de licenças por motivo de saúde concedidas a servidores da
Fiocruz, segundo tipo de licença, no ano de 2019
Figura 3.2.2 – Percentual de licenças por motivo de saúde concedidas a servidores da
Fiocruz, segundo o gênero do servidor, no ano de 2019
Figura 3.2.3 – Percentual de licenças por motivo de saúde concedidas a servidores da
Fiocruz, segundo a faixa etária do servidor, no ano de 2019
Figura 3.2.4 – Distribuição de licença para tratamento da própria saúde concedida aos
servidores da Fiocruz, segundo o tempo de afastamento, no ano de 2019
Figura 3.2.5 – Percentual de licenças por motivo de saúde concedidas a servidores da
Fiocruz, segundo a unidade de lotação do servidor, no ano de 2019
Figura 3.3.1 – Distribuição perícias oficiais de saúde realizadas no Nupafs aos servidores
da Fiocruz por motivo de tratamento da própria saúde, segundo o tempo de
afastamento, no ano de 2019
Figura 3.3.2 – Percentual de servidores avaliados pelo Nupafs, segundo o gênero do
servidor, no ano de 2019
Figura 3.3.3 - Percentual de servidores avaliados pelo Nupafs, segundo a faixa etária do
servidor, no ano de 2019
Figura 3.3.4 – Percentual de perícias realizadas, segundo a unidade de lotação do
servidor, no ano de 2019
LISTA DE SIGLAS
Biomanguinhos – Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos de Manguinhos
CLT – Consolidação das Leis do Trabalho
COC – Casa de Oswaldo Cruz
Cogead – Coordenação-Geral de Administração
Cogepe – Coordenação-Geral de Gestão de Pessoas
Cogeplan – Coordenação-Geral de Planejamento Estratégico
Cogic – Coordenação-Geral de Infraestrutura dos Campi
CST – Coordenação de Saúde do Trabalhador
ENSP – Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca
EPSJV – Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio
Farmanguinhos – Instituto de Tecnologia em Fármacos de Manguinhos
Fiocruz – Fundação Oswaldo Cruz
Gereb – Gerência Regional de Brasília
IAM – Instituto Aggeu Magalhães
ICICT – Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica
ICTB – Instituto de Ciência e Tecnologia em Biomodelos
IFF – Instituto Fernandes Figueira
IGM – Instituto Gonçalo Muniz
ILMD – Instituto Leônidas e Maria Deane
INCQS – Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde
INI – Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas
IOC – Instituto Oswaldo Cruz
IRR – Instituto René Rachou
MPOG – Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão
Nasa - Núcleo de alimentação, saúde e ambiente.
Nae – Núcleo de ambiências e ergonomia
Nupss – Núcleo de psicologia e serviço social
Nass – Núcleo de Análise de Situação de Saúde
Nupafs – Núcleo de Perícia e Avaliação funcional
Nust – Núcleo de Saúde do Trabalhador
PPA – Programa de Preparação para Aposentadoria
QVT - Qualidade de Vida no Trabalho
RJU – Regime Jurídico Único
Seinfo – Serviço de Informação
SGA – Sistema de Gestão Administrativa
Siape – Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos
SIASS - Subsistema Integrado de Atenção à Saúde do Servidor
SST – Serviço de Saúde do Trabalhador
SUS – Sistema Único de Saúde
VPAAPS – Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde
VPEIC – Vice-Presidência de Ensino, Informação e Comunicação
VPGDI – Vice-Presidência de Gestão e Desenvolvimento Institucional
VPPIS – Vice-Presidência de Produção e Inovação em Saúde
VPPLR – Vice-Presidência de Pesquisa e Laboratórios de Referência
14
Anuário Estatístico de Saúde do Trabalhador 2019
Capítulo 1
AÇÕES EM SAÚDE DO TRABALHADOR
No primeiro capítulo do anuário abordamos as ações de saúde do trabalhador
vinculadas à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Na primeira parte são apresentados os
aspectos conceituais e a descrição dos atendimentos realizados pelos Núcleos/Serviços
de Saúde do Trabalhador no Rio de Janeiro - Coordenação de Saúde do Trabalhador
(Nust/CST), Instituto Fernandes Figueira (Nust/IFF), Farmanguinhos (Serviço de Saúde do
Trabalhador - SST/Far) e Biomanguinhos (Serviço de Assistência ao Trabalhador – SAT/Bio)
e em Pernambuco - Instituto Aggeu Magalhães (Nust/IAM).
Em seguida são apresentados dados referentes às edições do Programa de
Preparação para Aposentadoria (PPA), em 2019. Também contemplamos nesse capítulo,
a descrição dos grupos do Programa Circuito Saudável, realizado pelo Núcleo de
Alimentação, Saúde e Ambiente (Nasa/CST), e o Programa de Ergonomia (Proergo) e
Programa Ruído, ambos realizados pelo Núcleo de Ambiências e Ergonomia (NAE/CST).
15
Anuário Estatístico de Saúde do Trabalhador 2019
1.1 ASSISTÊNCIA À SAÚDE DOS TRABALHADORES(AS)
Compreende-se por comunidade Fiocruz todos os trabalhadores e trabalhadoras
(servidores e empregados terceirizados), estudantes, bolsistas, estagiários e outros
possíveis vínculos, como autônomos, entre outros, assim como os visitantes. Os
atendimentos realizados pelas equipes de saúde da Coordenação de Saúde do
Trabalhador, dos Núcleos de Saúde do Trabalhador (Nust’s), Serviços de Saúde do
Trabalhador (SST’s)1 e Serviços de Assistência ao Trabalhador (SAT”s), no que se refere ao
pronto atendimento, às urgências e emergências são oferecidos a todos os indivíduos
que façam parte da comunidade Fiocruz. Os atendimentos são de responsabilidade dos
núcleos ou serviços de saúde do trabalhador citados no início deste capítulo. Nestes,
busca-se desenvolver as ações sob a lógica de um modelo de atenção integral à saúde
dos trabalhadores e trabalhadoras, envolvendo o atendimento aos acidentados do
trabalho, aos acometidos por doenças relacionadas ao trabalho, às urgências, além de
ações de promoção e proteção à saúde dos trabalhadores(as).
Os dados presentes nesta edição, foram extraídos do Boletim de Produção em
Saúde do Trabalhador, ferramenta que permite obter os registros padronizados. De forma
a servir a todos os Núcleos/Serviços de Saúde do Trabalhador e suas atividades
desenvolvidas, este instrumento passa por periódicas atualizações. Foram incluídas ainda
as informações disponibilizadas pelo Nust/Biomanguinhos coletadas em registro próprio.
Os tipos de atendimentos considerados em 2019 foram:
Eletivos/Pronto atendimento: são todos os atendimentos ou procedimentos
indicados para o usuário, sem caráter de urgência e aqueles que necessitam,
em alguns casos, de acompanhamento;
16
Anuário Estatístico de Saúde do Trabalhador 2019
Urgência: são os atendimentos referentes às ocorrências imprevistas de agravos
à saúde, com ou sem risco potencial de vida, cujo portador necessita de
assistência médica em curto prazo;
Emergência: são os atendimentos referentes às ocorrências imprevistas de
agravos súbitos e imprevistos, causando risco de vida ou grande sofrimento ao
paciente, cujo portador necessita de assistência médica imediata;
Exame médico ocupacional: são os atendimentos referentes aos exames
admissionais, periódicos, demissionais, de mudança de função e de retorno ao
trabalho realizados nos servidores públicos vinculados à Fiocruz;
Avaliação clínica de estagiários: são os atendimentos realizados aos candidatos
à estágio para fins de ingresso na Fundação;
Retorno para acompanhamento em saúde do trabalhador: são os
atendimentos realizados durante a investigação da relação dos agravos com o
trabalho e para o acompanhamento do caso clínico;
Acidente no local de trabalho ou a serviço da Fiocruz: são os atendimentos
referentes aos acidentes de trabalho ocorridos com trabalhadores(as) da
Fundação, independente do vínculo e da natureza do mesmo;
Acidente no trajeto para o trabalho: são os atendimentos referentes aos
acidentes ocorridos com trabalhadores(as) no trajeto de sua residência para a
Fundação e vice-versa;
Outros tipos de atendimentos considerados: Acolhimento psicológico;
Atendimento psicológico por motivo de trabalho; Atendimento do serviço social
por motivo de trabalho; Atendimento de orientação nutricional ao trabalhador;
Imunização de trabalhadores(as), alunos, bolsistas e estagiários; Verificação de
pressão arterial; práticas integrativas.
17
Anuário Estatístico de Saúde do Trabalhador 2019
ATENDIMENTOS REALIZADOS NA FIOCRUZ NO ANO DE 2019
No ano de 2019, ocorreram, em toda Fiocruz, 34.357 atendimentos aos servidores e
empregados terceirizados, bolsistas, estagiários, alunos e visitantes da Fundação Oswaldo
Cruz (Fiocruz). Deste total de atendimentos, 33,2% foram realizados pelo
SST/Farmanguinhos; 32,3% pelo SAT/Biomanguinhos; 27,8% pela CST/Cogepe; 3,9% pelo
Nust/IAM e 2,7% pelo Nust/IFF (Figura 1.1.1).
Figura 1.1.1 – Distribuição dos atendimentos realizados na CST, nos Nust’s e SST’s da Fiocruz,
segundo a unidade, no ano de 2019
18
Anuário Estatístico de Saúde do Trabalhador 2019
Na figura 1.1.2 é apresentada a distribuição dos atendimentos, segundo o mês de
competência. Na qual observa-se maior volume nos meses de maio (12,11%) e Outubro
(9,64%).
Figura 1.1.2 – Distribuição dos atendimentos realizados na CST, nos Nust’s e SST’s da Fiocruz,
segundo o mês de atendimento, no ano de 2019
19
Anuário Estatístico de Saúde do Trabalhador 2019
Dos usuários dos serviços de saúde do trabalhador atendidos no ano de 2019,
52,04% eram do gênero masculino e 47,94% do gênero feminino, conforme descrito na
Figura 1.1.3.
Figura 1.1.3 – Distribuição dos atendimentos realizados na CST, nos Nust’s e SST’s da Fiocruz,
segundo o gênero do usuário, no ano de 2019
20
Anuário Estatístico de Saúde do Trabalhador 2019
A figura 1.1.4 apresenta a distribuição etária dos indivíduos que foram atendidos.
Assim como apontado nos anuários anteriores, os indivíduos com faixa etária
compreendida entre 25 a 54 anos foram os que demandaram a maioria dos
atendimentos no ano de 2019 (72,95%).
Figura 1.1.4 – Distribuição dos atendimentos realizados na CST, nos Nust’s e SST’s da Fiocruz,
segundo a faixa etária do usuário, no ano de 2019
21
Anuário Estatístico de Saúde do Trabalhador 2019
Na figura 1.1.5 pode ser observada a distribuição dos atendimentos por vínculos
em 2019, no qual, 64,24% dos usuários atendidos nos núcleos/serviços de saúde do
trabalhador são terceirizados, seguidos pelos servidores com 21,75%.
Figura 1.1.5 – Percentual dos atendimentos realizados na CST, nos Nust’s e SST’s da Fiocruz,
segundo o vínculo do usuário com a Fiocruz, no ano de 2019
A Figura 1.1.6 apresenta as principais unidades de lotação dos indivíduos que mais
buscaram assistência na CST, seja por motivo de doença ou mesmo por questões
relacionadas ao trabalho. Os demais Nust’s e SST’s atendem apenas os trabalhadores
(as) de suas Unidades.
22
Anuário Estatístico de Saúde do Trabalhador 2019
Figura 1.1.6 – Distribuição dos atendimentos realizados na CST, segundo os principais locais de trabalho do usuário, no ano de 2019
23
Anuário Estatístico de Saúde do Trabalhador 2019
Em relação ao caráter dos atendimentos, a Figura 1.1.7 mostra que os prontos
atendimentos corresponderam à maioria dos motivos pela procura do serviço no ano
avaliado, sendo 25,5%.
Figura 1.1.7 – Percentual dos atendimentos realizados na CST, nos Nust’s e SST’s da Fiocruz,
segundo o caráter de atendimento, no ano de 2019
24
Anuário Estatístico de Saúde do Trabalhador 2019
A figura 1.1.8 apresenta a classificação dos dez principais eventos ou problemas
de saúde, sendo o principal evento de saúde o exame de saúde ocupacional (13,88%) e
o principal problema de saúde a Nasofaringite aguda (resfriado comum) (4,92%). Esta
análise é realizada a partir dos 9.558 atendimentos médicos em 2019.
Figura 1.1.8 – Percentual dos atendimentos médicos realizados na CST, nos Nust’s e SST’s da
Fiocruz, segundo os dez eventos/problemas de saúde mais frequentes de acordo com o CID-10,
no ano de 2019
25
Anuário Estatístico de Saúde do Trabalhador 2019
Na Figura 1.1.9 é apresentada a distribuição dos dez principais encaminhamentos
dados ao usuário, tendo como principal, o encaminhamento para exames
complementares (laboratoriais) com 496, seguido de ortopedista com 242 e cardiologista
com 215.
Figura 1.1.9 – Distribuição dos atendimentos realizados na CST, nos Nust’s e SST’s da Fiocruz,
segundo os dez principais encaminhamentos dados ao usuário, no ano de 2019
26
Anuário Estatístico de Saúde do Trabalhador 2019
TABELAS DOS ATENDIMENTOS DE SAÚDE DO TRABALHADOR REALIZADOS NA FIOCRUZ NO ANO DE 2019
Tabela 1.1.1 – Distribuição dos atendimentos realizados na CST, nos Nust’s e SST’s da Fiocruz,
segundo o mês de atendimento, no ano de 2019
Mês n %
Janeiro 2436 7,09
Fevereiro 2549 7,42
Março 2202 6,41
Abril 2986 8,69
Maio 4160 12,11
Junho 3029 8,82
Julho 3017 8,78
Agosto 2708 7,88
Setembro 2794 8,13
Outubro 3312 9,64
Novembro 2841 8,27
Dezembro 2323 6,76
Total 34357 100,0
Tabela 1.1.2 – Distribuição dos atendimentos realizados na CST, nos Nust’s e SST’s da Fiocruz,
segundo o gênero do usuário, no ano de 2019
Gênero n %
Feminino 17881 52,04
Masculino 16471 47,94
Sem Informação 5 0,01
Total 34357 100,0
27
Anuário Estatístico de Saúde do Trabalhador 2019
Tabela 1.1.3 – Distribuição dos atendimentos realizados na CST, nos Nust’s e SST’s da Fiocruz,
segundo a faixa etária do usuário, no ano de 2019
Faixa Etária n %
De 0 a 14 anos 21 0,06
De 15 - 24 anos 1980 5,76
De 25 - 34 anos 6961 20,26
De 35 - 44 anos 9616 27,99
De 45 - 54 anos 8486 24,70
De 55 - 64 anos 4716 13,73
A partir de 65 anos 772 2,25
Sem informação 1805 5,25
Total 34357 100,0
Tabela 1.1.4 – Distribuição dos atendimentos realizados na CST, nos Nust’s e SST’s da Fiocruz,
segundo o vínculo do usuário com a Fiocruz, no ano de 2019
Vínculo n %
Empregado Terceirizado 22070 64,24
Servidor Público Estatutário 7474 21,75
Cooperativado 1466 4,27
Estagiário 703 2,05
Bolsista 697 2,03
Aluno 449 1,31
Visitante Da Fiocruz 314 0,91
Outros 216 0,63
Colaborador Eventual 27 0,08
Trabalhador Celetista Anistiado 9 0,03
Autônomo/Conta Própria 7 0,02
Aposentado 4 0,01
Trabalhador Temporário 2 0,01
Sem Informação 919 2,67
Total 34357 100,0
28
Anuário Estatístico de Saúde do Trabalhador 2019
Tabela 1.1.5 – Distribuição dos atendimentos realizados na CST, nos Nust’s e SST’s da Fiocruz,
segundo o local de trabalho do usuário, no ano de 2019
Local de Trabalho N.º % Farmanguinhos 11545 33,60
Biomanguinhos 11231 32,69
Cogic 1673 4,87
IOC 1396 4,06
Instituto Aggeu Magalhães-Iam 1312 3,82
IFF 1015 2,95
INCQS 997 2,90
ENSP 828 2,41
ICTB 651 1,89
Cogepe 579 1,69
Presidência 433 1,26
ICICT 377 1,10
EPSJV 369 1,07
COC 361 1,05
INI 252 0,73
Cogead 226 0,66
Gereb 161 0,47
Outras Empresas Não Pertencentes À Fiocruz 107 0,31
Instituto Gonçalo Muniz-Igm 80 0,23
Cogeplan 18 0,05
Fiocruz Cerrado/Pantanal 17 0,05
Fiocruz Ceará 13 0,04
Sem Informação 716 2,08
TOTAL 34357 100,0
29
Anuário Estatístico de Saúde do Trabalhador 2019
Tabela 1.1.6 – Distribuição dos atendimentos realizados na CST, nos Nust’s e SST’s da Fiocruz,
segundo o caráter de atendimento, no ano de 2019
Caráter de Atendimento n %
Pronto Atendimento 8752 25,47
Atendimento Assistencial 7237 21,06
Atendimento Ocupacional 3887 11,31
Atendimento De Enfermagem 2907 8,46
Acompanhamento 2387 6,95
Exame Médico Ocupacional 1900 5,53
Verificação De Pressão Arterial 1390 4,05
Atendimento Do Serviço Social/ Psicologia De Biomanguinhos
1310 3,81
Atendimento Nutricional 1238 3,60
Imunização 816 2,38
Retorno Para Acompanhamento Em Saúde Do Trabalhador 484 1,41
Urgência 460 1,34
Acidente No Local De Trabalho Ou A Serviço Da Empresa 439 1,28
Avaliação Clínica De Estagiários 311 0,91
Solicitação De Exames / Outros 127 0,37
Atendimento Psicológico Por Motivo Do Trabalho 110 0,32
Acidente De Trajeto Para O Trabalho 82 0,24
Perfil De Saúde Do Trabalhador 76 0,22
Atendimento Psicológico 68 0,20
Atividade Coletiva (Nutricional) 41 0,12
Emergência 33 0,10
Orientação Nutricional 26 0,08
Outros 43 0,13
Sem Informação 233 0,68
Total 34357 100,0
30
Anuário Estatístico de Saúde do Trabalhador 2019
Tabela 1.1.7 – Distribuição dos atendimentos médicos realizados na CST, nos Nust’s e SST’s da
Fiocruz, segundo os 20 eventos ou problemas de saúde mais frequentes, no ano de 2019
Problemas de Saúde n %
1 Exame de saúde ocupacional 1327 13,88
2 Exame geral e investigação de pessoas sem queixas ou diagnóstico relatado 548 5,73
3 Nasofaringite aguda (resfriado comum) 470 4,92
4 Hipertensão essencial (primária) 411 4,30
5 Diarréia e gastroenterite de origem infecciosa presumível 360 3,77
6 Cefaléia 324 3,39
7 Outros transtornos ansiosos 188 1,97
8 Dor lombar baixa 168 1,76
9 Infecção viral não especificada 166 1,74
10 Náusea e vômitos 160 1,67
11 Sinusite aguda 152 1,59
12 Observação por suspeita de tuberculose 130 1,36
13 Enxaqueca 128 1,34
14 Outras dores abdominais e as não especificadas 124 1,30
15 Faringite aguda 123 1,29
16 Amigdalite aguda não especificada 112 1,17
17 Alergia não especificada 111 1,16
18 Cervicalgia 99 1,04
19 Mal estar, fadiga 90 0,94
20 Amigdalite aguda 80 0,84
31
Anuário Estatístico de Saúde do Trabalhador 2019
Tabela 1.1.8 – Distribuição dos atendimentos realizados na CST, nos Nust’s e SST’s da Fiocruz,
segundo encaminhamento dado ao usuário, no ano de 2019
Encaminhamento n %
Exames Complementares (Laboratoriais) 496 1,44
Ortopedista 242 0,70
Cardiologista 215 0,63
Otorrinolaringologista 183 0,53
Exames Complementares (Imagem) 159 0,46
Oftalmologista 126 0,37
Emergência (Rede Privada) 93 0,27
Dermatologista 80 0,23
Unidade Básica De Saúde 77 0,22
Psiquiatria 76 0,22
Endocrinologista 67 0,20
Gastroenterologista 61 0,18
Psicologia 55 0,16
Nutricionista 43 0,13
Emergência (Rede Pública) 42 0,12
Fisioterapia 38 0,11
Rede De Atendimento Em Saúde Mental 37 0,11
Neurologista 34 0,10
Cirurgião Geral 31 0,09
Ginecologista 31 0,09
Odontologista Ou Ortodontista 26 0,08
Terapia Alternativa 25 0,07
Urologista 25 0,07
Alergologista 23 0,07
Exames Complementares (Prova De Função) 23 0,07
Pneumologista 23 0,07
Reumatologista 22 0,06
Imunização 20 0,06
Proctologista 20 0,06
Outros 279 0,81
Sem Encaminhamento 15806 46,01
Sem Informação 15962 46,46
Nota: Aceita respostas múltiplas
32
Anuário Estatístico de Saúde do Trabalhador 2019
1.2 PROGRAMA DE PREPARAÇÃO PARA APOSENTADORIA – PPA
O Programa de Preparação para Aposentadoria (PPA) consiste em ações de
reflexão e orientação aos servidores quanto ao processo de transição para
aposentadoria, com ênfase na prevenção de agravos e promoção da saúde. Dentre as
ações do PPA, estão a realização de módulos educativos sobre temas relacionados à
aposentadoria e o suporte ao trabalhador para elaboração de um projeto pós-carreira.
O programa é estruturado em etapas, a saber: sensibilização (por meio de ações
educativas e informativas), adesão dos trabalhadores(as) (por meio de inscrições online),
desenvolvimento e planejamento (com realização de entrevistas individuais e
construção do perfil do grupo) e culminância (desenvolvimento de módulos educativos
em assuntos de interesse dos participantes e apontados no perfil do grupo). Após o
programa, o núcleo responsável realiza o acompanhamento dos egressos, inclusive dos
já aposentados. A construção dos módulos educativos se dá a partir das análises
qualitativa e quantitativa dos dados coletados na etapa de entrevista, esta tem como
objetivo conhecer o perfil dos trabalhadores(as) que irão compor cada edição do
programa.
No período de janeiro a dezembro de 2019, foram realizadas duas edições do PPA,
sendo uma no campus Manguinhos (RJ) e outra na Gerência Regional de Brasília
(Gereb). Os dados das duas edições foram agregados e expostos a seguir:
33
Anuário Estatístico de Saúde do Trabalhador 2019
No ano de 2019, 98 trabalhadores(as) realizaram a inscrição no programa. Destes,
87 (88,8%) passaram pela etapa de entrevista e 58 (59,2%) participaram da edição.
Figura 1.2.1– Distribuição dos participantes do Programa de Preparação para Aposentadoria,
segundo status de participação do usuário, no ano de 2019
34
Anuário Estatístico de Saúde do Trabalhador 2019
PERFIL DOS PARTICIPANTES DO PROGRAMA DE PREPARAÇÃO PARA APOSENTADORIA
Dos participantes do Programa, a maioria era do gênero feminino (84,3%) e
possuía entre 50 e 59 anos de idade (62,7%), de acordo com as figuras 1.2.2 e 1.2.3.
Figura 1.2.2 – Percentual dos trabalhadores(as) que participaram do PPA, segundo gênero, no ano
de 2019
Figura 1.2.3 – Percentual dos trabalhadores(as) que participaram do PPA, segundo faixa etária,
no ano de 2019
35
Anuário Estatístico de Saúde do Trabalhador 2019
Quando se observa a distribuição dos trabalhadores(as) por unidades da Fiocruz
(Figura 1.2.4), nota-se que 24,7% são da Gereb, entre as Unidades do Campus
Manguinhos, o IOC e a Ensp apresentaram maior número de participantes (16% e 14,8%
respectivamente).
Figura 1.2.4 ─ Percentual dos trabalhadores da Fiocruz (campus Manguinhos) alcançados pelo
PPA, por unidade, no ano de 2019
36
Anuário Estatístico de Saúde do Trabalhador 2019
Em relação à escolaridade, a maioria dos trabalhadores(as) que participaram dos
módulos do PPA em 2019, possuíam Mestrado (39,2%), seguidos por aqueles que
possuíam Doutorado (21,6%) e Especialização (15,7%), conforme Figura 1.2.5.
Figura 1.2.5 ─ Percentual dos trabalhadores(as) da Fiocruz alcançados pelo PPA, segundo
escolaridade, no ano de 2019
37
Anuário Estatístico de Saúde do Trabalhador 2019
DADOS PROFISSIONAIS DOS PARTICIPANTES DO PROGRAMA DE PREPARAÇÃO PARA APOSENTADORIA
A maioria dos participantes do PPA de 2019, possui de 6 à 10 anos de trabalho na
Fiocruz (19,6%), seguidos pelos que possuem de 11 à 15 anos e de 31 à 35 anos (17,6%
cada), conforme Figura 1.2.6.
Figura 1.2.6 ─ Percentual dos trabalhadores(as) da Fiocruz alcançados pelo PPA, segundo tempo
de trabalho na Fiocruz, no ano de 2019
No que tange o abono de permanência (Figura 1.2.7), 70,6% dos participantes de
2019 do PPA não recebem o benefício.
38
Anuário Estatístico de Saúde do Trabalhador 2019
Figura 1.2.7 ─ Percentual dos trabalhadores(as) da Fiocruz alcançados pelo PPA, segundo
recebimento de abono de permanência, no ano de 2019
Em relação aos processos de trabalho, a maior parte dos participantes está
envolvida com a área de Gestão (41,2%), seguido por Ensino (33,3%), conforme Figura
1.2.8.
Figura 1.2.8 ─ Percentual dos trabalhadores(as) da Fiocruz alcançados pelo PPA, segundo o
processo de trabalho, no ano de 2019
39
Anuário Estatístico de Saúde do Trabalhador 2019
Ao serem indagados se a renda familiar é suficiente, 70,6% responderam
positivamente, conforme mostra a Figura 1.2.9.
Figura 1.2.9 ─ Percentual dos trabalhadores (as) da Fiocruz alcançados pelo PPA, segundo a renda
familiar, no ano de 2019
40
Anuário Estatístico de Saúde do Trabalhador 2019
CONDIÇÕES DE VIDA E RELAÇÕES SOCIAIS DOS PARTICIPANTES DO PPA
Dos participantes do PPA, apenas 13,7% afirmaram viver sozinhos (Figura 1.2.10).
Já a Figura 1.2.11 mostra que 60,8% participam de alguma atividade de grupo.
Figura 1.2.10 ─ Percentual dos trabalhadores(as) da Fiocruz alcançados pelo PPA, segundo a
forma de viver, no ano de 2019
Figura 1.2.11 ─ Percentual dos trabalhadores(as) da Fiocruz alcançados pelo PPA, segundo a
participação em atividades de grupo, no ano de 2019
41
Anuário Estatístico de Saúde do Trabalhador 2019
Em relação à realização de outra atividade além do trabalho, a maioria dos
trabalhadores(as) afirmou participar de atividades físicas (39,2%), seguidas por atividades
religiosas (19,6%), conforme figura 1.2.12.
Figura 1.2.12 ─ Percentual dos trabalhadores(as) da Fiocruz alcançados pelo PPA, segundo
as atividades além do trabalho, no ano de 2019
42
Anuário Estatístico de Saúde do Trabalhador 2019
A figura 1.2.13 apresenta as principais atividades realizadas no momento de lazer
citadas pelos trabalhadores(as), com destaque para Cinema (54,9%) e Viagem (52,9%).
Figura 1.2.13 ─ Percentual dos trabalhadores(as) da Fiocruz alcançados pelo PPA, segundo
as atividades realizadas no momento de lazer, no ano de 2019
43
Anuário Estatístico de Saúde do Trabalhador 2019
EXPECTATIVAS DE FUTURO DOS PARTICIPANTES DO PPA
Dentre os participantes do PPA, 60,8% possuem projetos e metas pós
aposentadoria (Figura 1.2.14).
Figura 1.2.14 ─ Percentual dos trabalhadores(as) da Fiocruz alcançados pelo PPA, segundo
a existência de projetos e metas pós aposentadoria, no ano de 2019
44
Anuário Estatístico de Saúde do Trabalhador 2019
Foi perguntado aos participantes do PPA o sentimento deles quando pensam em
aposentadoria (Figura 1.2.15), 39,2% apresentaram sentimentos negativos, entre os quais
se destacaram medo e incerteza, e 35,3% sentimentos positivos onde se destacam
liberdade, felicidade e mais tempo disponível. Ainda tiveram 19,6% que apresentaram
sentimentos ambivalentes.
Figura 1.2.15 ─ Percentual dos trabalhadores(as) da Fiocruz alcançados pelo PPA, segundo
o sentimento em relação a aposentadoria, no ano de 2019
45
Anuário Estatístico de Saúde do Trabalhador 2019
A Figura 1.2.16 apresenta os motivos pelos quais os participantes de 2019
procuraram o PPA. Observa-se que 41,2% buscavam informação e reflexão sobre a
aposentadoria, 25,5% desejam se preparar e se planejar melhor para a aposentadoria e
23,5% procuraram o PPA por indicação de participantes,
Figura 1.2.16 ─ Percentual dos trabalhadores(as) da Fiocruz alcançados pelo PPA, segundo
o motivo pelo qual buscaram o programa, no ano de 2019
46
Anuário Estatístico de Saúde do Trabalhador 2019
1.3 CIRCUITO SAUDÁVEL
O Circuito Saudável é um programa institucional desenvolvido pelo Núcleo de
Alimentação, Saúde e Ambiente (Nasa/CST/Cogepe) com apoio da Associação dos
Servidores da Fundação Oswaldo Cruz - Asfoc/SN.
Com iniciativa do Programa Fiocruz Saudável desde 2014, o Circuito Saudável é
voltado para a promoção de ações de vigilância nutricional, de saúde do trabalhador e
de educação alimentar, visando à prevenção e controle das doenças crônicas não
transmissíveis e seus fatores de riscos.
As atividades desenvolvidas pelo circuito consistem em atendimentos nutricionais,
exercícios físicos, oficinas culinárias, realização de grupos de Educação e Saúde (com
grupo quinzenal durante o período de três meses e limite de vinte trabalhadores e
trabalhadoras), e o acompanhamento por meio do grupo focal (com periodicidade
bimestral, após o término dos três meses). Este último tem como objetivo intensificar o
acesso às informações acerca de temas abordados pelo grupo, através da apreciação
e problematização a fim de facilitar a construção de um estilo de vida saudável.
A oferta do Circuito Saudável se dá mediante a finalização dos exames periódicos
em sua unidade de lotação. Todavia, toda força de trabalho pode se inscrever para
participar do programa.
Na análise dos resultados e/ou dados obtidos foram utilizados como base teórica a
Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, a Política Nacional de
Alimentação e Nutrição, os Protocolos do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional –
SISVAN na assistência à saúde, o Guia Alimentar para a população brasileira, e ainda o
Colégio Americano de Medicina do Esporte.
47
Anuário Estatístico de Saúde do Trabalhador 2019
Circuito Saudável – Instituto Nacional Controle Qualidade em Saúde (INCQS)
Nas figuras a seguir, observa-se que a maioria dos trabalhadores(as) que
participaram do Circuito Saudável eram do gênero feminino com 72,7% (Figura 1.3.1). A
faixa etária dos participantes se distribui em 20 a 39 anos com 50% e 40 a 59 anos com
50% (Figura 1.3.2). Destes, 31,8% eram servidores, 63,6% terceirizados e 4,5% Alunos (Figura
1.3.3). O Consumo ideal de frutas, legumes e verduras passou de 7,1% para 50% dos
participantes (Figura 1.3.4). Em relação a ingestão de água no final do terceiro mês do
circuito 78,6% dos participantes relataram o consumo ideal (Figuras 1.3.5) de acordo com
o Ministério da Saúde (2006). Sobre a prática de exercício físico, o percentual no segundo
atendimento foi de 50% (Figura 1.3.6).
Figura 1.3.1 ─Distribuição de participantes do Circuito Saudável do INCQS, segundo
gênero, no ano de 2019
48
Anuário Estatístico de Saúde do Trabalhador 2019
Figura 1.3.2 ─ Percentual dos participantes do Circuito Saudável no INCQS, segundo faixa
etária, no ano de 2019
Figura 1.3.3 ─ Percentual participantes do Circuito Saudável no INCQS, segundo vínculo, no
ano de 2019
49
Anuário Estatístico de Saúde do Trabalhador 2019
Figura 1.3.4 ─ Percentual participantes do Circuito Saudável no INCQS, segundo consumo de
frutas, legumes e verduras no início e no final do programa, no ano de 2019
Figura 1.3.5 ─ Percentual participantes do Circuito Saudável no INCQS, segundo ingestão
de água no início e no final do programa, no ano de 2019
50
Anuário Estatístico de Saúde do Trabalhador 2019
Figura 1.3.6 ─ Percentual participantes do Circuito Saudável no INCQS, segundo a prática
de exercício físico no início e no final do programa, no ano de 2019
Circuito Saudável – Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos)
Nas figuras a seguir, observa-se que a maioria dos trabalhadores(as) que
participaram do Circuito Saudável eram do gênero masculino com 60% (Figura 1.3.7). A
faixa etária dos participantes se distribui em 20 a 39 anos com 33,3%, 40 a 59 anos com
60% e 60 a 79 anos com 6,7%, (Figura 1.3.8). Destes, 13% eram servidores, 80%
terceirizados, e 7% Estagiários (Figura 1.3.9). Consumo ideal de frutas, legumes e verduras
passou de 14,3% para 71,4% dos participantes (Figura 1.3.10). Em relação a ingestão de
água no final do circuito 85,7% dos participantes relataram o consumo ideal (Figuras
1.3.11) de acordo com o Ministério da Saúde (2006). Sobre a prática de exercício físico o
percentual no segundo atendimento foi de 85,7% (Figura 1.3.12).
51
Anuário Estatístico de Saúde do Trabalhador 2019
Figura 1.3.7 ─Distribuição de participantes do Circuito Saudável em Farmanguinhos,
segundo gênero, no ano de 2019
Figura 1.3.8 ─ Percentual dos participantes do Circuito Saudável em Farmanguinhos,
segundo faixa etária, no ano de 2019
52
Anuário Estatístico de Saúde do Trabalhador 2019
Figura 1.3.9 ─ Percentual participantes do Circuito Saudável em Farmanguinhos, segundo
vínculo, no ano de 2019
Figura 1.3.10 ─ Percentual participantes do Circuito Saudável em Farmanguinhos, segundo
consumo de frutas, legumes e verduras no início e no final do programa, no ano de 2019
53
Anuário Estatístico de Saúde do Trabalhador 2019
Figura 1.3.11 ─ Percentual participantes do Circuito Saudável em Farmanguinhos, segundo
ingestão de água no início e no final do programa, no ano de 2019
Figura 1.3.12 ─ Percentual participantes do Circuito Saudável em Farmanguinhos, segundo
a prática de exercício físico no início e no final do programa, no ano de 2019
54
Anuário Estatístico de Saúde do Trabalhador 2019
Circuito Saudável – Inquérito Telefônico
Foi realizado um inquérito telefônico com os trabalhadores(as) que participaram
das atividades do programa no período de 2014 a 2018, no campus Manguinhos e
Farmanguinhos. As unidades contempladas foram: Instituto de Ciência e Tecnologia em
Biomodelos (ICTB), Coordenação Geral de Gestão de Pessoas (Cogepe), Instituto de
Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos), Coordenação-Geral de Administração
(Cogead), Coordenação-Geral de Infraestrutura dos Campi (Cogic) e Casa de Oswaldo
Cruz (COC). O Inquérito telefônico teve como objetivo avaliar a situação de saúde
desses trabalhadores(as) atualmente, e verificar o impacto do programa em relação à
inserção de hábitos saudáveis.
Desde 2014 no campus Manguinhos, 160 trabalhadores(as) participaram do
programa. Responderam ao inquérito telefônico 67 trabalhadores(as).
Foi questionado se os trabalhadores(as) estão inscritos regularmente em um
programa de exercício físico, 62,1% dos trabalhadores(as) responderam positivamente,
comparado aos dados do início do programa de cada turma, houve um aumento de
mais de 50% na prática de exercício físico.
Em relação à ingestão de água diária, o Ministério da Saúde recomenda a
ingestão de dois litros diariamente o mesmo que 10 copos de 200ml de água. De acordo
com os dados 19,7% dos participantes estão com a ingestão dentro do recomendado.
Na análise dos resultados do consumo frutas, legumes e verduras, foi considerado
adequado quando o participante referia o consumo desses alimentos em pelo menos
cinco dias da semana e quando a soma das porções consumidas diariamente desses
alimentos totalizava pelo menos cinco, conforme recomendação da OMS. Em relação
aos dados 75,8% dos participantes estão com o consumo adequado de frutas, legumes e
verduras.
55
Anuário Estatístico de Saúde do Trabalhador 2019
Figura 1.3.13 ─ Percentual participantes do Inquérito telefônico (2019), segundo a prática
de exercício físico.
Figura 1.3.14 ─ Percentual participantes do Inquérito telefônico (2019), segundo ingestão de
água.
56
Anuário Estatístico de Saúde do Trabalhador 2019
Figura 1.3.15 ─ Percentual participantes do Inquérito telefônico (2019), segundo o consumo de
frutas, legumes e verduras
57
Anuário Estatístico de Saúde do Trabalhador 2019
1.4 REALIZAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DE ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO (AET) E
PROGRAMA DE ERGONOMIA (PROERGO) NA FIOCRUZ
A equipe de Ergonomia do Núcleo de Ambiências e Ergonomia da Coordenação
de Saúde do Trabalhador (Nae/CST) realizou, em 2019, o acompanhamento de 99,9%
das ações de: AET realizada em um setor da Vice-Presidência de Gestão e
Desenvolvimento Institucional (VPDGI), a Coordenação da Qualidade (Cquali), e, de
mapeamento do Proergo - Cogepe concluídas no ano anterior. Ressalta-se que 88% dos
setores mapeados no Proergo Cogepe foram acompanhados em 2019. Os demais
passarão pela etapa de acompanhamento do Programa no ano de 2020.
O acompanhamento tem como objetivo identificar as recomendações que foram
implementadas, parcialmente implementadas e aquelas que não foram implementadas.
Identifica também os motivos pelos quais as recomendações propostas nas análises
ergonômicas não puderam ser implementadas. (Figura 1.4.1).
’
Figura 1.4.1 – Distribuição do monitoramento das recomendações realizadas pela equipe de
ergonomia, segundo situação da recomendação, no ano de 2019
*Não se aplica se refere às situações nos ambientes e processos de trabalho que sofreram mudanças e não se justifica mais
a proposta de melhoria definida na ocasião do mapeamento.
58
Anuário Estatístico de Saúde do Trabalhador 2019
O monitoramento permite apresentar um panorama sobre o que foi concretizado a
partir de uma das ações de vigilância da CST e orientar futuras ações nos ambientes e
processos de trabalho na Fiocruz, no âmbito da Saúde do Trabalhador.
No decorrer do ano de 2019, dentre as diferentes ações desenvolvidas, a equipe
de ergonomia finalizou a etapa de mapeamento do Proergo em 9 setores do Centro
de Saúde Escola Germano Sinval Faria – (CSEGSF – Ensp),
O Programa contou com a participação de 42 trabalhadores(as), onde 61% são
Servidores Públicos Estatutários, 34% Empregados Terceirizados e 5% Estagiários, vide
Figura 1.4.2.
Em relação a idade dos trabalhadores participantes, a maioria possui entre 35 e
44 anos (31%), seguidos pelos com idade entre 45 e 54 anos, e entre 55 e 64 anos (24%
cada). (Figura 1.4.3)
Figura 1.4.2 – Percentual de trabalhadores do CSEGSF que participaram do Programa de
Ergonomia, segundo o vínculo, em 2019
59
Anuário Estatístico de Saúde do Trabalhador 2019
Figura 1.4.3 – Percentual de trabalhadores do CSEGSF que participaram do Programa de
Ergonomia, segundo a faixa etária, em 2019
Nas figuras 1.4.4 e 1.4.5 é apresentado um panorama geral e um panorama
estratificado em cada categoria de análise do mapeamento, relacionado ao tipo de
necessidade de intervenção. Foram considerados todos os ambientes avaliados na fase
de mapeamento do Proergo no CSEGSF.
60
Anuário Estatístico de Saúde do Trabalhador 2019
Figura 1.4.4 – Percentual da situação geral do CSEGSF em relação às necessidades de melhoria
Figura 1.4.5 – Distribuição da situação por categoria do CSEGSF
61
Anuário Estatístico de Saúde do Trabalhador 2019
Foram recomendadas 291 mudanças visando a melhoria nas condições de
trabalho no CSEGSF. O gráfico abaixo apresenta estas recomendações por categoria de
análise. (Figura 1.4.6)
Figura 1.4.6 – Percentual das recomendações propostas pela equipe de ergonomia, realizado em
no CSEGSF, em 2019
62
Anuário Estatístico de Saúde do Trabalhador 2019
1.5 ESTRATÉGIAS PARA A GESTÃO DO RUÍDO E SUBSTÂNCIAS OTOTÓXICAS NA FIOCRUZ (PROJETO
RUÍDO)
Em 2012, aprovado pelo Comitê de Ética da Fiocruz sob o No 621/11, foi criado na
Fiocruz o projeto de pesquisa “Estratégias para a gestão do ruído e substâncias
ototóxicas na Fiocruz”, popularmente conhecido na Instituição como Projeto Ruído. Este
projeto hoje é realizado por uma equipe multidisciplinar que integra o Núcleo de
Ambiências e Ergonomia da Coordenação de Saúde do Trabalhador (NAE/CST).
No Ano de 2019, o Projeto Ruído desenvolveu estudos de avaliação do ambiente
sonoro, emitindo 5 relatórios técnicos para as seguintes áreas: Laboratório de Hanseníase
(IOC), Mata Atlântica (IOC, Farmanguinhos, COGIC e Presidência), Centro de
Referência Professor Hélio Fraga - CRPHF (ENSP), Centro de Estudos da Saúde do
Trabalhador e Ecologia Humana - CESTEH (ENSP) e Instituto de Biologia do Exército – IBEX
(IOC), contemplando 35 ambientes de trabalho.
As avaliações do ambiente sonoro são realizadas em locais selecionados em
função das diretrizes definidas no planejamento do projeto, ou também podem ocorrer
em atendimento às demandas e prioridades da instituição.
A metodologia adotada para avaliação do ambiente sonoro se baseia nas
Normas (NBR) da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) pertinentes à poluição
sonora em ambientes externos (NBR 10.151) e internos (10.152). Ressalta-se que a ABNT-
NBR 10.152 foi alterada no final de 2017 e adquirida pela instituição em 2018, após a
realização das medições no (IBEX, Mata Atlântica e Hélio Fraga. Portanto, nestas
unidades as medições seguiram a antiga Norma NBR 10.152/1987 que se baseava na
comparação do nível sonoro contínuo equivalente, medido em Decibel ponderado na
escala A (dBA) com valores limites de conforto acústico e de aceitabilidade. Já no
Laboratório de Hanseníase e no CESTEH, a avaliação foi realizada de acordo com a atual
63
Anuário Estatístico de Saúde do Trabalhador 2019
NBR 10152/2017, que passou a definir valores de referência de LMax e a exigir análise por
faixa de frequência com cálculo dos Níveis Critério (NC). Então, os níveis medidos são
comparados com os níveis (LAeq, LMax e com a curva NC).
A seguir são apresentados gráficos ilustrando a diferença, em dB A, no nível sonoro
encontrado nos ambientes e os níveis de referência.
No CRPHF foram avaliados 10 ambientes, onde 9 apresentaram Níveis de Pressão
Sonora (NPS) acima do recomendado pela norma, conforme descrito a seguir. Em
relação aos níveis de conforto (Figura 1.4.1): 03 ambientes (33,3%) na escala de 31 a 35
dB(A); 03 ambientes (33.3%) na escala de 21 a 25 dB(A); 02 ambientes (22,2%) na escala
de 16 a 20 dB(A); 01 ambiente (11,1%) na escala de 26 a 30 dB(A). Em relação aos de
níveis de aceitabilidade (Figura 1.4.2): 03 (33,3%) na escala 11 a 15 dB(A); 03 (33,3%) na
escala 21 a 25 dB(A); 01 ambiente (11,1%) na escala16 a 20 dB(A); 02 (22,2%) na escala
até 10 dB(A).
Figura 1.5.1 – Percentual de ambientes do CRPHF com níveis de conforto em dB(A) acima do
recomendado, no ano de 2019.
64
Anuário Estatístico de Saúde do Trabalhador 2019
Figura 1.5.2 – Percentual de ambientes do CRPHF com os níveis de aceitabilidade em
dB(A) acima do recomendado, no ano de 2019.
Dos 6 ambientes avaliados na Mata Atlântica, 4 apresentaram níveis sonoros a
cima do recomendado, conforme descrito a seguir. Em relação ao nível de conforto
(Figura 1.4.3): 03 (75%) estavam na escala de 26 a 30 dB(A) e 01 (25%) na escala de 11 a
15 dB(A). Em relação ao nível de aceitabilidade (Figura 1.4.4), 03 (75%) na escala de 16 a
20 dB(A) e 01 (25%) na escala até 10 dB(A).
Figura 1.5.3 – Percentual de ambientes da Mata Atlântica com níveis de conforto em dB(A)
acima do recomendado, no ano de 2019.
65
Anuário Estatístico de Saúde do Trabalhador 2019
Figura 1.5.4 – Percentual de ambientes da Mata Atlântica, com níveis de aceitabilidade em
dB(A) acima do recomendado, no ano de 2019.
Foram avaliados 5 ambientes no IBEX, todos obtiveram níveis sonoros acima do
recomendado, conforme descrito a seguir. Com relação aos níveis de conforto (Figura
1.4.5): 01 (20%) na escala 11 a 15 dB(A), 2 (40%) na escala de 16 a 20 dB (A); 01(20%) na
escala de 21 a 25 dB(A); 01(20%) na escala de 26 a 30 dB(A). Com relação aos níveis de
aceitabilidade (Figura 1.4.6): 03 (60%) na escala até 10 dB (A); 01(20%) na escala de 11 a
15 dB(A) e 01(20%) na escala de 16 a 20 dB(A).
Figura 1.5.5 – Percentual de ambientes do IBEX nível de conforto em dB(A) acima do
recomendado, no ano de 2019
66
Anuário Estatístico de Saúde do Trabalhador 2019
Figura 1.5.6 – Percentual de ambientes do IBEX com nível de aceitabilidade em dB(A)
acima do recomendado, no ano de 2019
No laboratório de hanseníase do IOC, foram realizadas medições em 3 ambientes,
e todos apresentaram NPS acima dos valores de referência recomendados na atual NBR
10.152 (Figura 1.4.7), sendo 33,3% com valores na escala de 21 a 25 dB(A), 33,3% com
valores na escala de 26 a 30 dB(A) e 33,3% na escala acima de 40dB(A).
Já no CESTEH, foram realizadas medições em 13 ambientes. Também neste caso,
todos apresentaram NPS acima do valores de referência recomendados na atual norma
(Figura 1.4.8). Onde 02 (15,4%) encontram-se na escala de 31 a 35dB(A), 03 (23,1%) na
escala de 26 a 30 dB(A), 04 (30,8%) na escala de 21 a 25 dB(A), 03 (23,1%) na escala de
16 a 20dB(A), 01(7,7%) na escala de 11 a 15 dB(A).
67
Anuário Estatístico de Saúde do Trabalhador 2019
Figura 1.5.7 – Percentual de ambientes do IOC (Hanseníase), segundo os dB acima do
recomendado, no ano de 2019
Figura 1.5.8 – Percentual de ambientes do CESTEH, segundo os dB acima do recomendado, no ano
de 2019
68
Anuário Estatístico de Saúde do Trabalhador 2019
Destaca-se que o decibel, por ser uma escala logarítmica, conforme verifica-se na
Tabela 1, 20 dB acima do nível de conforto representa uma mudança na percepção da
audibilidade cerca de 4 vezes mais intensa. Desta forma, é necessário tomar as medidas
já recomendadas pela equipe em relatórios elaborados para cada área.
Tabela 1.5.1 - Percepção do som em função de mudanças nos níveis de pressão sonora
Alteração do nível sonoro Mudança na percepção da audibilidade
1 dB Imperceptível (exceto para tons)
3 dB Perceptível
6 dB Claramente notável
10 dB Cerca de 2 vezes (ou metade) mais intenso
20 dB Cerca de 4 vezes (ou ¼) mais intenso
Fonte: EGAN, M. D., 1988, Architectural Acoustics, McGraw-Hill.
69
Anuário Estatístico de Saúde do Trabalhador 2019
Capítulo 2
ACIDENTES DE TRABALHO
Segundo estimativas da Organização Internacional do Trabalho (OIT), cerca de 2,3
milhões de pessoas morrem e 300 milhões ficam feridos todos os anos no mundo em
acidentes de trabalho, comprometendo cerca de 4% do PIB mundial. No Brasil, todos os
anos cerca de 2.265 trabalhadores morrem vítimas de acidentes de trabalho, uma morte
a cada três horas e trinta e oito minutos. De Acordo com o Anuário Estatístico da
Previdência Social, em 2018 foram registrados 576.951 acidentes de trabalho incluindo
9.387 Doenças Relacionadas ao Trabalho.
A seguir, nesta sessão são expostos os conceitos e aspectos legais envolvendo os
acidentes de trabalho, com foco tanto para a legislação que se aplica aos servidores
públicos federal como para aquela legislação que se aplica aos trabalhadores (as)
segurados pela Previdência Social Brasileira.
A FIOCRUZ, através da Coordenação de Saúde do Trabalhador (CST), vem
buscando eliminar, e quando da impossibilidade de eliminar, minimizar os riscos
decorrentes das atividades de trabalho realizadas. Em seguida, apresenta-se uma breve
análise descritiva dos acidentes de trabalho ocorridos na Fundação Oswaldo Cruz
(Fiocruz), no ano de 2019, abrangendo todos os profissionais dos diversos vínculos
existentes na Instituição. Na última parte do capítulo, é exposto um conjunto de tabelas e
gráficos referentes às variáveis disponíveis nas fichas de notificação de acidentes de
trabalho em uso na Fundação em 2019.
70
Anuário Estatístico de Saúde do Trabalhador 2019
2.1 CONCEITO DE ACIDENTES DE TRABALHO
Acidente de trabalho conforme dispõe o art. 19 da Lei nº 8.213/91, "acidente de
trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo
exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta lei,
provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou
redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.”
Os Acidentes de Trabalho podem ser classificados em:
Acidente típico: são os acidentes decorrentes da característica da atividade
profissional desempenhada pelo acidentado.
Acidente de trajeto: são os acidentes ocorridos no trajeto entre a residência e o
local de trabalho do segurado e vice-versa.
Doenças Relacionadas ao Trabalho: são aquelas em que a atividade laboral é
fator de risco desencadeante, contributivo ou agravante de um distúrbio latente ou de
uma doença preestabelecida.
Segundo a gravidade os acidentes podem ser classificados como:
Acidente de Trabalho Grave: É quando o acidente ocasiona lesão que resulte em
internação hospitalar; queimaduras graves, poli traumatismo, fraturas, amputações,
esmagamentos, luxações, traumatismo crânio encefálico; desmaio (perda de
consciência) provocado por asfixia, choque elétrico ou outra causa externa; qualquer
outra lesão, levando à hipotermia, doença induzida pelo calor ou inconsciência
requerendo ressuscitação; aceleração de parto ou aborto decorrente do acidente.
Acidente de Trabalho fatal: É aquele que leva a óbito imediatamente após sua
ocorrência ou que venha a ocorrer posteriormente, a qualquer momento, em ambiente
hospitalar ou não, desde que a causa básica, intermediária ou imediata da morte seja
decorrente do acidente.
71
Anuário Estatístico de Saúde do Trabalhador 2019
Em toda ocorrência de acidente de trabalho, com ou sem afastamento do
trabalhador, deve ser emitida a Comunicação de Acidente de Trabalho – CAT. Para fins
deste Procedimento Padrão deve-se adotar todos os procedimentos devidamente
expressos na Lei 8.213/1991.
2.2 ASPECTOS LEGAIS DOS ACIDENTES DE TRABALHO
No âmbito da administração pública federal, o acidente de trabalho é
denominado acidente em serviço através da Portaria Normativa N.º 03, de 7 de maio de
2010, que o define como:
um evento súbito, indesejado ou inesperado em relação ao momento da
ocorrência, do qual possa resultar ou não, dano físico ou psíquico ao
servidor, relacionado, mediata ou imediatamente, com as atribuições do
cargo e ou função exercida, podendo causar, ainda, danos materiais e
econômicos à organização (Brasil, 2010) 1.
Para efeitos das legislações2 que tratam sobre este tema, equiparam-se aos
acidentes de trabalho/acidentes em serviço:
a) o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única,
haja contribuído diretamente para a morte do trabalhador, para redução ou
1Brasil. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Portaria Normativa N.º 03, de 7 de maio de 2010. Estabelece orientações básicas
sobre a Norma Operacional de Saúde do Servidor - NOSS aos órgãos e entidades do Sistema de Pessoal Civil da Administração Pública Federal – SIPEC. Brasília (DF); 2010. 2 Lei N.º 8.213/1991; Lei nº 8.112/1990 e Orientação Normativa SRH/MP nº 03, de 23/02/2010, republicada em 18/03/2010.
72
Anuário Estatístico de Saúde do Trabalhador 2019
perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija
atenção médica para a sua recuperação;
b) o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em
consequência de: ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por
terceiro ou companheiro de trabalho; ofensa física intencional, inclusive de
terceiro, por motivo de disputa relacionada ao trabalho; ato de imprudência,
de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de trabalho;
ato de pessoa privada do uso da razão, e desabamento, inundação, incêndio
e outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior;
c) a doença proveniente de contaminação acidental do trabalhador no
exercício de sua atividade;
d) o acidente sofrido pelo trabalhador ainda que fora do local e horário de
trabalho: na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade
da empresa; na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para
lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito; em viagem a serviço da empresa,
inclusive para estudo quando financiada (com ônus ou com ônus limitado) por
esta dentro de seus planos para melhor capacitação da mão-de-obra,
independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de
propriedade do trabalhador;
e) os acidentes ocorridos nos períodos destinados à refeição ou descanso,
estando o trabalhador no cumprimento de sua jornada de trabalho.
Os Acidentes de Trabalho requerem o registro da notificação por questões legais,