APRENDIZAGENS SIGNIFICATIVAS AO LONGO DA VIDA NO
GRUPO DE ESCOTEIROS BADEN POWELL-179
Faculdade Ideau – Caxias do Sul
MALFATTI, Franciele
1
MACHADO, César Júlio 2
QUADROS, Paula da Silva 3
BORRIN, Thuyse 4
PETEREIT, Rejane Maria Eccel 5
Resumo
O artigo tem por objetivo identificar as contribuições que o escotismo pode dar à promoção da vida e contribuir para a formação de sujeitos críticos, ativos e reflexivos através do grupo de escoteiros Baden Powell. O conceito de aprendizagem ao longo da vida refere-se a aprender ao longo de todos os espaços e tempos dos ciclos de vida do sujeito e, contudo com qualidade nesse processo. A metodologia usada foi
uma pesquisa quantitativa e qualitativa com aplicação de um questionário realizado com um grupo de escoteiros adultos. Foi realizada também uma análise dos dados e uma pesquisa bibliográfica sobre a origem e a organização do grupo de escotismo citado acima. Observou-se que é de extrema importância a participação dos adultos no grupo de escotismo, pois, eles vivenciam novas experiências e assim ocorrem as aprendizagens que contribuem para o bem estar no desenvolvimento do ser humano. Palavras-chave: Escotismo; Aprendizagem; Experiências; Ciclos de vida;
ABSTRACT
The paper aims to identify the contributions that Scouting can make to the promotion of life and
contribute to the formation of critical subjects, active and reflective through the Boy Scout troop Baden
Powell. The concept of learning throughout life refers to learn through all the spaces and times of the
subject's life cycles and yet with quality in the process. The methodology used was a qualitative and
quantitative research with a questionnaire conducted with a group of adult Scouts. It was also an
analysis of the data and a literature search on the origin and the organization of scouting group
mentioned above. Noted that it is extremely important the participation of the subjects in scouting
group, because they experience experiences occur and so the learning that contribute to the
development of human beings.
Keywords: Scouting; learning; experiences; Life cycles.
1 Graduanda do Curso de Pedagogia da Faculdade Ideau – Caxias do Sul RS,
[email protected]; 2 Graduando do Curso de Pedagogia da Faculdade Ideau – Caxias do Sul RS, [email protected];
3 Graduanda do Curso de Pedagogia da Faculdade Ideau – Caxias do Sul RS, paula-
[email protected]; 4Graduanda do Curso de Pedagogia da Faculdade Ideau – Caxias do Sul RS,
[email protected]; 5 Professora Mestre orientadora: titulação, Faculdade Ideau – Caxias do Sul RS,
2
INTRODUÇÃO
A aprendizagem ao longo da vida pode ser considerada um novo conceito
de educação, e se enquadra nas características da sociedade pós-moderna. Cada
vez mais, os sujeitos pertencentes a essa nova sociedade buscam conhecimento em
diferentes formas e espaços não formais, desejam ampliar a sua visão de mundo e
aperfeiçoar-se, entendem que o ser humano está em constante movimento, ainda
mais nos tempos pós-modernos aonde tudo muda constantemente, e a necessidade
de uma educação continuada nas áreas artística, social, física faz muita diferença
para o desenvolvimento humano.
As aprendizagens na fase adulta proporcionam experiências que são
adquiridas ganham significados de vital importância, principalmente emocional . No
mundo atual, é fundamental conhecer os novos contextos de aprendizagens, não só
formais que ocorrem dentro das escolas, mas, sim, ter em mente que o sujeito
aprende em todo o lugar, e aqui nos referimos os espaços não formais e informais,
que desenvolvem um papel riquíssimo de aprendizagens significativas.
Na contribuição de Oliveira (2004), se faz necessário também considerarmos
a aprendizagem ao longo da vida, como um ciclo de vida que está em constantes
transformações, formando o ser no seu processo de vir-a-ser, contemplando todos
os fatores: físico, social, intelectual, afetivo, espiritual e de caráter. O ato de
aprender e ensinar sempre estão presentes em nossas vidas, quer seja, no
ambiente familiar, ou no ambiente escolar, bem como, em todos os espaços de
covivência.
São múltiplos os sentidos e significados associados ao conceito:
aprendizagem ao longo da vida, e assim, a educação é vista como uma das formas
para se alcançar este objetivo. Teorias e explicações surgem com o principal
objetivo de chegar a um conceito que obtenha tudo o que a aprendizagem ao longo
da vida pode proporcionar. Segundo um estudo realizado por Alheit e Dausien
(2006), chegaram à conclusão de que o conceito permanece mal definido, ou seja,
a formação e a aprendizagem podem ser percebidas:
“Globalmente, pode-se diferenciar o conceito mais “restrito” de
aprendizagem que se refere à atividade individual e coletiva concreta, do
conceito mais amplo de formação, que tende geralmente a indicar os
processos de formação individuais e coletivos relacionados acima e as
3
figuras biográficas que permitem a perlaboração da experiência” (ALHEIT e
DAUSIEN, 2006).
A (trans)formação dos processos de aprendizagem transcendem a
apropriação de saberes e competências (ALHEIT, 2006), e passa então, a uma outra
ordem, a das experiências que são adquiridas ao longo de um processo. O foco da
educação deverá estar voltado para uma organização da aprendizagem, não
somente pensando nos conteúdos, mas, sim, ir além buscar como os sujeitos podem
aprender a aprender.
Diante das necessidades existentes na sociedade atual, os sujeitos
necessitam além do conhecimento especifico adquirido na educação formal, buscar
novas experiências em diversos contextos não formais de educação, sabendo
principalmente desenvolver o seu espírito de equipe. Por isso aqueles que fazem
parte atuante de um grupo de escoteiros ampliam os seus horizontes e se engajam
em causas sociais, com o comprometimento de se tornar cidadãos responsáveis e
contribuidores para uma sociedade mais humana.
De acordo com Baden Powell (1920): “Não existe ensino que se compare ao
exemplo”, cujo grupo de escoteiros Baden Powell foco de nossa pesquisa, onde
podemos perceber principalmente a importância do exemplo na vida das pessoas. É
através dos exemplos que as crianças observam desde cedo, e assim acabam tendo
uma visão de como as pessoas agem no seu dia-a-dia.
MATERIAL E MÉTODOS
Para fundamentar os estudos realizados sobre o grupo de Escotismo Baden
Powell, situado na cidade de Caxias do Sul, foi realizada uma pesquisa bibliográfica,
e também uma pesquisa de campo com aplicação de questionário com os
participantes adultos, envolvendo diferentes idades. Foram enviados e recebidos, via
e-mail, para oito participantes onde deveriam assinalar uma ou mais opções que de
cada pergunta.
Através da pesquisa realizada foi representado por meio de gráficos e
analisado os dados obtidos. O método de pesquisa utilizado foi qualitativo e
quantitativo.
4
Sobre o método de pesquisa utilizado, Goldenberg (2009) afirma:
“Enquanto os métodos quantitativos pressupõem uma população de objetos
de estudo comparáveis, que fornecerá dados que podem ser generalizáveis,
os métodos qualitativos poderão observar, diretamente, como cada
indivíduo, grupo ou instituição experimente, concretamente, a realidade
pesquisada. A pesquisa qualitativa é útil para identificar conceitos e
variáveis relevantes de situações que podem ser estudadas
quantitativamente.” (GOLDENBERG, 2009)
Ou seja, ao realizar uma pesquisa qualitativa e quantitativa, além dos dados
obtidos, poderão aparecer outros dados ocultos, como por exemplo, as emoções,
motivações, experiências de um sujeito em particular e/ou também de um grupo
específico.
A finalidade deste artigo é identificar as contribuições que o escotismo pode
dar à promoção da vida e contribuir para a formação de sujeitos críticos, ativos e
reflexivos através do grupo de escoteiros Baden Powell. Foi considerando os dados
históricos e estatísticos, assim como os aprendizados que ocorrem no grupo,
relacionando-os com o contexto escolar e o papel da educação, bem como
considerando que todo o processo é uma aprendizagem ao longo da vida.
1 HISTÓRIA, AUTONOMIA E DESENVOLVIMENTO
O escotismo foi fundado por Robert Stephenson Smyth Baden-Powell, ex
tenente-general do exército Britânico, no ano de 1907. Ele achou que seria muito
bom se outras crianças tivessem a oportunidade de se divertir ao ar livre, viver em
contato com a natureza e de aprender coisas úteis que não se ensinam nas escolas.
Para isso criou o Movimento Escoteiro, hoje praticado em 160 países. No Brasil
desde 1910, conta atualmente com 60 mil escoteiros, no estado do Rio Grande Do
Sul são 11 mil escoteiros e por fim em Caxias do sul a cidade do estado com o maior
numero de jovens inscritos no movimento ao todo são 1mil.
A ideia de escotismo surgiu através de um acampamento realizado por Baden
Powell, com meninos na idade entre 12 a 16 anos. O acampamento aconteceu no
Canal da Mancha – Inglaterra tinha como fundamento ensinar aos garotos noções
básicas de primeiros socorros, localização, observação, segurança e orientação. A
5
idéia deu tão certo que Baden Powell decidiu mostrar e dividir seus ensinamentos
em um livro, chamado Escotismo para Rapazes, lançado no ano de 1908.
Ele achou que seria muito bom se outras crianças tivessem a oportunidade de
se divertir ao ar livre, viver em contato com a natureza e de aprender coisas úteis
que não se ensinam nas escolas. Para isso criou o Movimento Escoteiro, hoje
praticado em 160 países. No Brasil desde 1910, conta atualmente com 60 mil
escoteiros, no estado do Rio Grande Do Sul são 11 mil escoteiros e por fim em
Caxias do sul a cidade do estado com o maior numero de jovens inscritos no
movimento ao todo são 1mil.
Baden Powell, já havia se aventurado pelas linhas e palavras no mundo da
escrita, quando escreveu seu primeiro livro, publicado no ano de 1899, denominado
Aids to Scouting, e era destinado aos soldados de primeira viagem, recém
recrutados para o serviço militar. O livro Escotismo para Rapazes foi tão aclamado,
que professores de educação física acabaram por introduzir os métodos ensinados
nos livros às suas aulas.
Os ensinamentos de Baden Powell foram tão bem aceitos pelo mundo todo,
que não demorou muito até que grupos de escotismo começassem a surgir pelo
mundo a fora. A partir de então, por volta 1910 Baden Powell se dedica única e
exclusivamente ao escotismo e neste período também surgem as Guias Escoteiras
ou Bandeirantes.
O escotismo se enquadra na forma de educação não-formal, e atua na
formação do cidadão, buscando através da interação e proteção da natureza,
ensinar valores e responsabilidades que serão levados e vivenciados ao longo da
vida. Inspirados pelos ensinamentos de Baden Powell, muitos grupos de escotismo
foram criados no Brasil. Os escoteiros são ensinados desde crianças, a resgatarem
os valores que possuem, e como ponto principal está a formação do caráter social
de um cidadão, e com destaque para a afirmação da sua autonomia através da
realização de tarefas que envolvem o convívio social.
No município de Caxias do Sul atualmente existem sete grupos de escotismo,
e fazem parte do 26º Distrito, juntamente com os municípios vizinhos de São Marcos
e Flores da Cunha. Em nosso projeto falaremos em especial sobre Grupo Escoteiro
Baden Powell 179RS, e sua forma de educação não – formal, como aprendizagem
ao longo da vida.
6
No ano de 1985, através de um projeto de lei que sustentava a ideia de criar
nas escolas estaduais grupos de escotismo, com a finalidade de proporcionar a
aquela comunidade estudantil outras formas de educação que fizessem algum
significado para o convívio social na sociedade, foi fundado o Grupo de Escotismo
Baden Powell 179RS, nas dependências do Colégio Imigrante, no bairro Bela Vista
na cidade de Caxias do Sul, o grupo trabalha com todas as seções: Lobinhos,
Escoteiros, Seniores e Guias, Pioneiros, Escotistas, Dirigentes e Velhos Lobos. O
grupo está sempre envolvido a nível nacional nas atividades escoteiras e conta com
seus representantes para manter sua cultura e tradição ao longo dos anos, e
continuar transmitindo os seus valores e ensinamentos de vida.
2. ORGANIZAÇÃO DOS GRUPOS DE ESCOTEIROS
Hoje o Movimento Escoteiro e dividido por numerais e por três modalidades
que são: Modalidade Básica a qual pertence o grupo de escoteiro Baden Powell-
179, Modalidade do Mar e Modalidade do Ar. Caxias do Sul possui as três
modalidades citadas.
2.1 Ramo Lobinho
A Alcateia é o ramo escoteiro em que ficam crianças de 07 a 10 anos de
idade de ambos os sexos. O programa educativo e as etapas do lobinho visam os
primeiros ensinamentos, a parte em que a criança aprende viver junto com outras
pessoas. Na Alcatéia a criança aprende e se preparar para, quando tiver a idade
certa, seguir para a Tropa Escoteira.
O programa da Alcateia é inspirado no "Livro da Jangal", de Rudyard Kipling,
resumido em "Mowgli, o menino-lobo". A organização da Alcatéia pode ser só de
lobinhos, lobinhas ou mista. O chefe é chamado de Akelá e seus assistentes são
chamados Baloo, Baguera, Kaa, Chill ou outros nomes representados no "Livro da
Jângal".
A Alcateia é dividida em matilhas, cada uma com 4 a 6 crianças, nos quais
são realizados trabalho e jogos, mas isso não é o mesmo que o sistema de
patrulhas, adotada no Ramo Escoteiro ou Ramo Sênior. O lobo é o animal símbolo
de todas as matilhas, que se diferem numa mesma Alcatéia pelas cores próprias dos
7
lobos. A matilha é liderada por um Lobinho ou Lobinha chamado de Primo, auxiliado
pelo Sub-Primo. Os Primos e Subs são escolhidos pelo Akelá.
Antes de completar 11 anos de idade, o Lobinho é encaminhado para a Tropa
Escoteira, depois de fazer a "trilha" para se adaptar na futura tropa, o Lobinho passa
por uma cerimônia de passagem na qual se despede da Alcateia.
2.2 Ramo Escoteiro
A Tropa Escoteira é o ramo escoteiro em que ficam jovens de 11 a 14 anos
de idade de ambos os sexos. O programa educativo e as etapas do escoteiro visam
aumentar os conhecimentos e aumentar sua autoconfiança. Na Tropa Escoteira o
jovem aprende a conviver em equipe, o sistema de patrulha, o respeito à natureza e
muitas outras coisas necessárias nessa faixa de idade.
A organização da Tropa Escoteira pode ser só de escoteiros, só de escoteiras
ou mistas. A tropa é dividida em no máximo 4 patrulhas, que são equipes de 5 a 8
jovens. Cada tropa é independente para fazer sua própria programação, como por
exemplo, seus próprios acampamentos. Cada patrulha tem como símbolo e nome
um animal, uma estrela ou uma constelação. Todos os seus membros devem
conhecer suas principais características. Os fatos marcantes da vida da patrulha
devem ser indicados no bastão e na bandeirola da patrulha.
Cada patrulha tem o seu monitor, que é responsável pela administração,
disciplina, treinamento, atividades e boa apresentação de sua patrulha, ajudado pelo
sub-monitor. Esses dois jovens são escolhidos pela chefia após passar por uma
"corte de honra". Antes de completar 15 anos de idade, o Escoteiro ou Escoteira é
encaminhado para a Tropa Sênior ou Tropa Guia, depois de fazer a "rota" para se
adaptar na futura tropa, o Escoteiro ou a Escoteira passa por uma cerimônia de
passagem na qual se despede da Tropa.
2.3 Ramo Sênior
A Tropa Sênior/Guia é o ramo escoteiro em que ficam os jovens de 15 a 17
anos de idade de ambos os sexos. O programa educativo e as etapas do sênior e da
guia visam aumentar os conhecimentos e treinamento para o desenvolvimento
físico, moral, intelectual, espiritual e social. São introduzidos valores de vida,
8
autodomínio, coragem, amizade, respeito e autoconfiança suficiente para enfrentar
qualquer situação.
A Tropa Sênior (masculina), Tropa Guia (feminina) ou Tropa Sênior Mista é
dividida em no máximo 4 patrulhas de 4 a 6 jovens. Cada patrulha adota um nome
característico, que pode ser o de algum acidente geográfico bem conhecido pela
patrulha ou de uma tribo indígena nacional.
Nos trabalhos e atividades que, por sua natureza, exijam interesses,
habilidades ou conhecimentos avançados, as patrulhas poderão ceder lugar a
equipes de trabalho, integradas por membros de diferentes patrulhas, cabendo a
coordenação de cada equipe ao seu integrante melhor qualificado.
Na Tropa Sênior/Guia ficam os jovens numa idade de muitas mudanças,
ideias novas, valores que estão mudando. Nessa tropa, o relacionamento entre a
chefia e os membros é bastante distante da Tropa Escoteira, pois os membros já
têm uma maturidade suficiente para seguir seus próprios caminhos sendo auxiliados
pelos chefes.
A Tropa Sênior/Guia normalmente é a que exige um maior esforço físico e um
alto grau de conhecimento, o que permite os jovens evoluírem muito. Todos que um
dia passaram pela Tropa Sênior/Guia sabem o valor que essa tem e o quanto essa
fase foi boa e importante para seu crescimento na vida. Antes de completar 18 anos
de idade, o sênior ou a guia é encaminhado para o Clã Pioneiro, depois de passar
pela "ponte" para se adaptar no futuro Clã, o jovem passa por uma cerimônia de
passagem na qual se despede da Tropa Sênior/Guia.
2.4 Ramo Pioneiro
O Clã Pioneiro é o ramo escoteiro em que ficam os jovens adultos de 18 a 21
anos incompletos de ambos os sexos. O programa educativo e as etapas do
pioneiro ou da pioneira visam aumentar a integração do jovem ao mundo, voltando-
se ao serviço a comunidade e o exercício de cidadania com base nos valores da
Promessa e Lei Escoteira. O lema pioneiro é SERVIR. A unidade onde ficam os
pioneiros e pioneiras é chamado de Clã. O Clã Pioneiro pode ser masculino,
feminino ou misto. O Clã é orientado por um Mestre Pioneiro e/ou uma Mestra
Pioneira que podem ter seus assistentes.
9
A Comissão Administrativa do Clã ou o Conselho do Clã é a autoridade para
tratar de todos os assuntos internos de administração, finanças, disciplina e
programação. O Mestre Pioneiro detém o poder de veto, que deverá exercitar em
casos excepcionais de forma a conduzir as atividades dentro dos princípios do
Escotismo.
2.4.1 Origem do grupo
A guerra de 1914, entretanto, impediu que a Sociedade se desenvolvesse.
Ao término da guerra, o problema dos jovens assumiu importância maior, por causa
dos que descobriram a existência do Escotismo, mas já haviam ultrapassado a idade
de 16 ou 17 anos de idade. Assim, em setembro de 1918, foi escrito um folheto
intitulado "Regulamento dos Rovers" (Pioneiros), dentro do Movimento Escoteiro.
Em 1920 foram publicados, em duas partes, "Notas sobre o Adestramento dos
Rovers".
O passo seguinte, importante para o desenvolvimento do Pioneirismo, foi a
publicação por Baden Powell de seu livro "Caminho para o Sucesso", com o objetivo
de estimular, inspirar e aconselhar os Pioneiros.
2.4.2 Objetivos do grupo
O Pioneirismo é "uma ação ativa e efetiva sobre todos os componentes da
estrutura individual" porque cria condições, no sentido de desenvolver, no jovem, os
valores referentes à reflexão, à ação e à avaliação, utilizando, para isso, o Clã como
meio.
2.4.3 A origem do lema
O Lema Pioneiro "SERVIR" foi adotado por B.P. com base no escudo de
armas do Príncipe de Gales, título que até hoje é utilizado pelo futuro herdeiro da
Coroa Britânica. Baden Powell considerou que a herança que guarda a palavra
"SERVIR" é digna de ser portada por todos aqueles que, em suas ações e palavras,
demonstram, com orgulho e honra, o espírito de ser um Verdadeiro Pioneiro.
10
2.4.4 A Forquilha Pioneira
A "Forquilha Pioneira" encerra, no seu simbolismo, o firme propósito do
Pioneiro Investido de continuar enriquecendo o processo de sua vida por
pensamentos e ações melhores, razão porque, o Mestre Pioneiro deve incentivar
aos jovens que entram no Clã a se tornarem Pioneiros Investidos, possuindo, cada
um, a sua Forquilha.
A Forquilha é feita de um galho de árvore e se constitui de quatro partes:
Ponteira: na parte inferior da haste, representa, simbolicamente, a base
de toda a vida do Pioneiro, ou seja, seu caráter sem mancha;
Haste: representa o caminho reto que o Pioneiro deve palmilhar, em
sua vida, como homem de caráter, consciente de suas
responsabilidades;
Nós da haste: são dificuldades, os obstáculos a serem transpostos no
seu caminhar pela estrada da vida;
V da forquilha: simbolicamente, é a vitória, coroando uma vida
dignificante, honesta, proveitosa.
3. PRINCÍPIOS: PROMESSAS, DEVERES E LEIS
De acordo com a organização do grupo de escotismo Baden Powell estão
definidas as promessas e as leis que condizem com o trabalho realizado no grupo,
onde cada um(a) dos integrantes devem fazer a sua parte e contribuir para o bom
andamento do projeto realizado.
São as promessas:
A Promessa do Lobinho:
Prometo fazer o melhor possível para: Cumprir meus deveres para com
Deus e a minha pátria, obedecer a Lei do Lobinho e praticar todos os dias uma
boa ação.
11
A Promessa Escoteira:
Prometo pela minha honra fazer o melhor possível para: Cumprir meus
deveres para com Deus e a minha pátria, ajudar o próximo em toda e qualquer
ocasião e obedecer à Lei Escoteira.
Promessa Escoteira para os Adultos:
Prometo pela minha honra fazer o melhor possível para: Cumprir meus
deveres para com Deus e a minha pátria, ajudar o próximo em toda e qualquer
ocasião, obedecer à Lei Escoteira e servir aos Escoteiros do Brasil.
()
Fonte: Clã Pioneiro, 2015
E são as Leis:
Lei do Lobinho:
1. O Lobinho ouve sempre os
Velhos Lobos.
2. O Lobinho pensa primeiro nos
outros.
3. O Lobinho abre os olhos e os
ouvidos.
4. O Lobinho é limpo e está
sempre alegre.
5. O Lobinho diz sempre a
verdade.
Lei Escoteira:
1. O Escoteiro tem uma só palavra;
sua honra vale mais que sua própria
vida.
2. O Escoteiro é leal.
3. O Escoteiro está sempre alerta
para ajudar o próximo e pratica
diariamente uma boa ação.
4. O Escoteiro é amigo de todos e
irmão dos demais escoteiros.
5. O Escoteiro é cortês.
6. O Escoteiro é bom para os
animais e as plantas.
7. O Escoteiro é obediente e
disciplinado.
8. O Escoteiro é alegre e sorri nas
dificuldades.
9. O Escoteiro é econômico e
12
respeita o bem alheio.
10. O Escoteiro é limpo de corpo e
alma.
Fonte: Grupo Escoteiro Baden Powell 179/RS
O Ramo Pioneiro trabalha os seus princípios em cima das 10 virtudes que são:
Verdade: O Escoteiro tem uma só palavra; sua honra vale mais do que a
própria vida.
Lealdade: O Escoteiro é leal.
Altruísmo: O Escoteiro está sempre alerta para ajudar o próximo e pratica
diariamente uma boa ação.
Fraternidade: O Escoteiro é amigo de todos e irmão dos demais
Escoteiros.
Perfeição: O Escoteiro é cortês.
Bondade: O Escoteiro é bom para os animais e as plantas.
Consciência: O Escoteiro é obediente e disciplinado.
Felicidade: O Escoteiro é alegre e sorri nas dificuldades.
Eficiência: O Escoteiro é econômico e respeita o bem alheio.
Pureza: O Escoteiro é limpo de corpo e alma.
()
Fonte: Clã Pioneiro, 2015
É possível perceber que o(a) escoteiro(a) realiza um trabalho que
independente da sua idade permeia pelo caminho da responsabilidade, onde leva
em consideração um ser que está em constante transformações e que está sempre
aprendendo, tendo como princípio norteador o respeito consigo mesmo e com os
outros ao seu redor. De acordo com Rabelo (2012), o escotismo é uma prática extra-
escolar que tem como principal objetivo despertar nos jovens os valores éticos e
morais, baseados na pedagogia do “aprender fazendo”.
Ao participar de um grupo de escotismo as crianças aprendem desde cedo,
que elas fazem parte de uma sociedade que precisa ter os valores resgatados e que
13
é o dever deles passar isso adiante, em qualquer lugar que eles estejam, seja no
grupo de escoteiros e fora dele também.
Os valores que eles aprendem dentro do grupo são levados para a sua vida
inteira, onde são passados de geração a geração, sempre com o ideal de praticá-los
e acima de tudo ter orgulho de fazer parte de um grupo que considera estes
aspectos como primordiais para qualquer fase da vida, pois, assim é que acontece a
aprendizagem ao longo da vida, ou seja, aprendizagens muito significativas e que
não serão esquecidas. Ou seja, a aprendizagem ao longo da vida pode ser
considerada como um dos pilares básicos da cidadania (Covita, 2002).
4. BADEN POWELL: CARÁTER EDUCADOR
O grupo de escoteiros Baden Powell tem um caráter educador. Em suas
diversificadas atividades ele procura desenvolver o indivíduo em um processo de
autonomia do seu ser. Pode-se dizer que o escotismo atinge interdisciplinarmente o
sujeito, bem como a área física, moral, intelectual, social e espiritual.
O desenvolvimento físico que esse grupo atinge acaba proporcionando
atividades ao ar livre, jogos, exercícios, excursões e acampamentos em uma
quantidade relativa por semestre. O jogo tem uma função extremamente importante
no desenvolvimento do caráter do sujeito. É por meio dele que a criança, jovem ou
até mesmo adulto vai aprender que nem sempre toda às vezes é possível ganhar,
mas que perder é importante para a vida dentro de uma sociedade.
Segundo Huizinga (1993, p.6), o jogo tem sempre um significado um objetivo
determinado, ele aborda o jogo como elemento mais antigo de uma cultura, o próprio
animal começando com ela antes do ser humano. Outro autor que transcreve e
estuda sobre a importância dos jogos é Kishimoto (1994), que afirma que essa
atividade produz sensações de prazer, satisfação, expressão de vontade,
exploração, curiosidade e divertimento. Durante ela o sujeito vai apresentar
diferentes reações de acordo com o momento do jogo, com situações que requerem
soluções de problemas, troca de ideias assim representando seu caráter e
expressando ideias.
O grupo de escoteiros procura desenvolver um papel social com a sociedade.
Ele não se isola, mas procura se inserir em sua comunidade e até mesmo outras
14
cidades por meio de atividades relevantes e ação social tendo um olhar para as
necessidades do seu próximo. Em março de 2011, por exemplo, em uma enchente
em São Lourenço do Sul deixou dezenas de famílias desabrigadas, então o grupo
de Baden Powell de Caxias do Sul se mobilizou e começou uma campanha pelas
redes sociais a fim de arrecadar comida e agasalhos para a população. Os
escoteiros agiram de acordo com o espírito querendo sempre servir, repetindo a
frase do fundador Baden Powell: "o melhor meio de alcançar a felicidade é contribuir
para a felicidade dos outros".
É indispensável também a valorização pelo espiritual, não importando qual
Deus ou fé o indivíduo acredite. E a cada etapa em desenvolvimento o escoteiro vai
sendo desafiado com novas responsabilidades e desafios, vão crescendo e
passando por categorias do grupo: Lobinhos, escoteiros, sênior, pioneiros e chefes.
Atividades que vão acrescentando no cognitivo do sujeito por meio da aprendizagem
na cozinha, no campismo, natação e salvamento, primeiros socorros regras de
segurança, orientação, transmissão de sinais, estudo da natureza. Todas elas
pensadas na complexidade e relevância para toda a vida.
O grupo de escoteiros prepara o sujeito para a vida, para as diversas
situações do cotidiano a fim de torná-lo independente e relevante nos seus grupos
sociais mesmo que elas sejam adversas e por isso ela acrescenta e é fundamental
para o desenvolvimento ao longo da vida. Todo o ser é capaz de crescer e aprender.
O grupo Baden Powell dá suporte e é um canal para tal processo.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A partir dos oito questionários que foram enviados e retornados, por e-mail,
citamos abaixo alguns aspectos relacionados às idades, mas, principalmente os
dados que vieram a complementar a pesquisa sobre a aprendizagem ao longo da
vida.
15
Gráfico 1:
Fonte: Elaborado pelos autores, 2015.
Referente a este gráfico 1, a primeira parte do gráfico é referente à idade dos
entrevistados, que são respectivamente: até 20 anos, dois entrevistados; e de 20 a
30 anos, são seis entrevistados.
A segunda parte do gráfico é referente à faixa etária com que os escoteiros
começaram a frequentar o grupo de escotismo Baden Powell, que obtemos menos
de 10 anos, são dois entrevistados, e de 11 a 20 anos, são seis entrevistados.
E a terceira parte do gráfico é referente há quanto tempo os escoteiros
participam, do grupo Baden Powell, na faixa de 1 a 5 anos, um entrevistado; de 5 a
10 anos, um entrevistado; e de 10 a 15 anos, seis entrevistados.
0
10
20
30
Idade do entrevistados Faixa etária com que os escoteiros começaram a
frequentar o grupo de escotismo Baden Powell
Há quanto tempo os escoteiros participam do
grupo Baden Powell
Faixas Etárias
16
Gráfico 2:
Fonte: Elaborado pelos autores, 2015.
E por fim, este segundo gráfico é referente à quais áreas da vida foram
desenvolvidas a partir da participação no grupo de escotismo Baden Powell. As
áreas da vida físico, cognitivo, espiritual e outros tiveram a mesma quantidade de
respostas.
Cada área de vida tem como principais objetivos: físico (corpo), cognitivo
(aprender), espiritual (crença), ou seja, o ser humano está sempre em constantes
transformações e por isso necessita ter um equilíbrio em todas estas áreas, que
estão sendo desenvolvidas com o Escotismo. É o processo de aprender ao longo da
vida.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Cada ser humano aprende de uma maneira singular, dentro de suas
características biológicas e psicológicas. Ele leva uma carga de vivências e cultura a
cada passo de aprendizado. Segundo Oliveira (2004) acontece diversas
transformações psicológicas ao longo da vida de cada indivíduo ocasionando
processos de desenvolvimentos que serão absolutamente singulares. Em cada
situação de interação com o mundo externo, o sujeito encontra-se em um
Áreas de vida desenvolvida com o Escotismo:
Físico
Cognitivo
Espiritual
Nenhuma das alternativas
Outros
17
determinado momento de sua trajetória particular, trazendo consigo certas
possibilidades de interpretação e ressignificação do material dessa fonte externa.
Muitos dizem que a fase adulta é caracterizada pela estabilidade e ausências
de mudanças. Porém, isso está completamente inadequado. O que se destaque em
um adulto é o fato de estar inserido no mundo de trabalho e das relações
interpessoais de um modo diferente daquele da criança e do jovem.
Traz consigo uma história mais longa (provavelmente mais complexa) de
experiências, conhecimentos acumulados e reflexões sobre o mundo externo, sobre
si mesmo e sobre as outras pessoas. Com relação à inserção em situações de
aprendizagem, essas peculiaridades da etapa de vida em que se encontra o adulto
fazem com que ele traga consigo diferentes habilidades e dificuldades (em
comparação à criança) e, provavelmente maior capacidade de reflexão sobre o
conhecimento e sobre seus próprios processos de aprendizagem. (Oliveira, 2004).
Experimentamos situações, adquirimos habilidades, testamos nossas
emoções e nossos sentimentos da “escola” mais efetiva que há: a “universidade da
vida” (Field, 2000). Portanto, aprendemos e nos formamos nas conversas com os
amigos, assistindo a televisão, lendo livros, jornais, revistas, navegando pela
internet, tanto quanto quando refletimos e quando fazemos projetos. A maneira que
aprendemos é variada e o ser humano é aprendente ao curso de toda a sua vida.
O conceito de aprendizagem ao longo da vida tomou uma dimensão
estratégica e funcional. É a ele que se recorre para definir as missões de formação
das sociedades pós-modernas. O mais importante documento sobre a política de
formação, “Memorandum” sobre a educação e a formação ao longo da vida,
ratificado pela Comissão Européia define que aprendizagem ao longo da vida não é
apenas mais um dos aspectos da educação e da aprendizagem, ela deve se tornar o
princípio diretor que garante a todos o acesso às ofertas de educação e de
formação, em uma grande variedade de contextos de aprendizagem (Comission of
the European Communities, 2000, p.3).
Os indivíduos, muito mais do que antes, querem planejar as suas vidas,
esperam contribuir ativamente para a sociedade e devem aprender a viver
positivamente na sua diversidade cultural, étnica e linguística. A educação, no seu
sentido mais amplo, é a chave para aprender e compreender como superar esses
desafios.
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O Memorandum estipula claramente que a aprendizagem ao longo da vida
concerne a todas as atividades significativas, tais como:
- Processos de aprendizagem formais: Ocorrem nas instituições de formação
clássicas.
- Processos de aprendizagem não formais: Se desenvolvem fora dos
estabelecimentos de formação institucionalizada. Acontece nos locais de trabalho,
em organismos e associações, no seio de atividades sociais.
- Processos de aprendizagem informais: Acompanham a vida cotidiana e não
são empreendidos intencionalmente.
É importante conectar esses diferentes modos de aprendizagem a fim de
buscar a aprendizagem ao longo da vida. Essa aprendizagem deve envolver
“lifewide”, quer dizer, atingir todas as áreas da vida, para isso estabelece-se
ambientes de aprendizagem nos quais os diferentes modos de aprendizagem
encontram-se para complementarem-se organicamente. (Comission of the European
Comunnities, 2000, p.9).
A educação ao longo da vida parece responder primeiramente a uma
necessidade econômica e social, que atinge todos os grupos sociais não importando
seu nível econômico. O livro branco da educação ao longo da vida, publicado pelo
ministério da educação inglês em 1998, afirma em sua proposta central:
“Para fazer face a mudança rápida e ao desafio da era da informação e da comunicação, devemos garantir que as pessoas possam voltar a aprender ao longo de suas vidas. Nós não podemos contar com uma pequena elite apenas, qualquer que seja seu grau de educação. Ao contrário, necessitamos de criatividade, de espírito empreendedor e da instrução de todos.” (Department for Education and Employement, 1998, p.7)
O conceito novo de educação ao longo da vida revela um fenômeno novo que
um pesquisador em ciências da educação John Field (2000, p.133) chamou de
“nova ordem educativa”. Aprender ganha um significado novo para a sociedade
inteira, para as instituições educativas e para os indivíduos. Ou seja, a
aprendizagem ao longo da vida, significa que se uma pessoa tem o desejo de
aprender, ela irá realizar esta ação, independente de onde ela estiver e de como
esta aprendizagem irá ocorrer (Sitoe, 2006).
Os conceitos de educação e aprendizagem devem levar em consideração a
relevância dos espaços e tempos educativos que estão para além dos espaços e
tempos escolares (Alves, 2010).
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REFERÊNCIAS
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