Quem era o home que eu vi onte na garage?
Por que será que é tão comum as pessoas dizerem: home, onte, garage, em vez dehomem, ontem e garagem com “m” no final?
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Os home
pensa
que sô
otário!
Isso tem haver com a tendência à desnasalização das vogais postônicas na língua portuguesa. Na ciência, os fenômenos, as regras, as leis têm que ter nomes precisos, para facilitar o estudo e análise.
Existe a tendência na línguaportuguesa de eliminar a nasalidade das vogais postônicas.
Todas as palavras tão usadas no português atual tinham um “n” final que desapareceu,mas deixou vestígios e é por isso que até hoje dizemos abdominal, betuminoso, examinar, luminária, nominal, com aquele mesmo N que se perdeu nos substantivos.
Algumas dessas palavras conservaram uma dupla grafia possível: Abdome/abdômen, certame/certâmen, germe/ gérmen. Só que estas formas com N final praticamente não são usadas nem na língua oral nem na escrita, e quase não as encontramos hoje em dia.
Por que será que o português-padrãoconservou o M nessas palavras?
Porque talvez tenha sido a altafrequência de uso delas na norma-padrão. O português não-padrão, no entanto, que é mais obediente às regras ditadas pelas tendências internas da língua, aplicou a regra a todas elas.
Este fenômeno também atingiu as palavras terminadas em -ão postônico,e é por isso que no PNP ouvimos orgo para Órgão, orfo para órfão, Cristovo para Cristovão.Além de todos os verbosque,no português-padrão, terminam em –AM(pronunciado -ão) eles cantaro, eles bebero.
Nós somos obrigados a reconhecer que quem diz onte, home, garage, bobage, não está falando "errado".Está até, de certa forma, falando mais"certo", já que está respeitando a "regra" de desnasalização da vogal postônica que é natural da língua.
Trabalho realizado pelos alunos:
Sara AvelinoErikson SantosNathalia AlhoAntônio Carlos Luiz Castro
Turma de linguística II Professora: Glayce
Universidade Estadual do Rio de Janeiro FFP