FASE 1 - DIAGNSTICOVOLUME 04ESTUDOS AMBIENTAIS
GOVERNO DO ESTADO DO CEARGovernador: Tasso Ribeiro Jereissati
SECRETARIA DOS RECURSOS HDRICOSSecretrio: Hyprides Pereira de Macedo
COMPANHIA DE GESTO DOS RECURSOS HDRICOSPresidente: Francisco Lopes Viana
Diretoria de PlanejamentoJoaquim Guedes Correia Gondim Filho
Diretoria de Estudos e ProjetosFrancisco de Assis de Souza Filho
Este Projeto foi financiado pelo Banco Mundial / PROURB-RH
Gerente dos Programas Especiais do Banco MundialFrancisco Jos Colelho Teixeira
Gerente Adjunto dos Programas Especiais do Banco MundialRamn Flvio Rodrigues
PLANO DE GERENCIAMENTODAS GUAS DA BACIA
DO RIO JAGUARIBE
DIAGNSTICO
APRESENTAO
O Governo do Estado do Cear cnscio da importncia da gua na vida de todos, bem como das restries e
diferenas dos fatores climticos do semi-rido nordestino, em 1987 criou a Secretaria dos Recursos Hdricos
com o intuito de desenvolver uma poltica abrangente com aes voltadas para o equacionamento desta
problemtica, de forma a promover a infra-estrutura hdrica necessria ao desenvolvimento econmico, assim
como a gesto racional da gua em congruncia com a preservao de meio ambiente, visando a melhoria da
qualidade de vida do povo cearense.
A Poltica Estadual de Recursos Hdricos alcana parte significativa de seus objetivos com a edio do Plano
de Gerenciamento das guas da Bacia do Rio Jaguaribe, desenvolvido para planejar e gerenciar, de forma
integrada, descentralizada e participativa, o uso mltiplo, o controle, a conservao, a proteo e a
preservao dos recursos hdricos do referido rio.
Na elaborao do Plano foi, de forma indita, introduzido o moderno conceito de gesto participativa, no qual o
Comit da Bacia Hidrogrfica foi responsvel, atravs de inmeros seminrios, pela definio das demandas
de cada setor envolvido, bem como pela aprovao das diversas propostas de utilizao racional da gua.
O Plano apresenta o Estudo em 3 fases, caracterizadas por: a) Diagnstico, contendo os estudos de base de
hidrologia, os estudos de demanda, o balano entre a oferta e a demanda, os estudos ambientais e
complementares; b) Planejamento, que aborda a definio das demandas para os diversos setores, medidas
de proteo ambiental e gesto de guas; c) Programas de Ao, que estabelecem as intervenes para a
conservao ambiental, o abastecimento dos ncleos urbanos, o monitoramento dos sistemas, a conservao
da gua e o programa de estudos e projetos.
A COGERH Companhia de Gesto dos Recursos Hdricos, na qualidade de agncia gestora das guas do
Estado do Cear, tem o prazer e privilgio de disponibilizar o Plano de Gerenciamento das guas da Bacias do
Rio Jaguaribe, que tem como caractersticas singulares a busca do atendimento das demandas at o ano 2030
a partir das ofertas atuais e o incremento por ampliao e integrao da oferta hdrica, e importao de guas
de outras bacias e da legitimao dos usos da gua objeto de intensas discusses com os usurios da gua na
Regio Metropolitana, contribuindo assim para o desenvolvimento sustentvel e com gua garantida nos
prximos trinta anos.
Francisco Lopes Viana
Presidente da COGERH
EQUIPE DE ELABORAO
ENGESOFT - ENGENHARIA E CONSULTORIA S/C LTDA
Coordenador Geral:Eng Civil Joo Fernandes Vieira NetoM.Sc. Planejamento dos Recursos Hdricos, UFRGS
Equipe Tcnica:
Eng Civil Jos Nilson Bezerra CamposDoutor em Recursos Hdricos, ColoradoState University.
Eng Civil Laurinda Lilia Sales FurtadoM.Sc. Recursos Hdricos, UFC
Eng Civil Eveline Alves de QueirozM.Sc. Hidrulica e Saneamento, USP
Eng Civil Silvia Rodrigues FrancoM.Sc. Recursos Hdricos, UFC
Eng Civil Ticiana Marinho de Carvalho StudartDoutora em Recursos Hdricos, UFC
Bel. Computao Mrcio de Arajo BotelhoM.Sc. Geoprocessamento, UNICAMP
Economista Raimundo Eduardo Silveira FonteneleDoutor em Economia , Universidade de Paris
Gelogo Itabaraci Nazareno CavalcanteDoutor em Hidrogeologia , IG/USP
ACOMPANHAMENTO E FISCALIZAO DA COGERH
Presidente da Comisso:Eng Civil Francisco de Assis de Souza FilhoM.Sc. Hidrulica e Saneamento
Membros:
Eng Agrcola Paulo Miranda PereiraM.Sc. Engenharia Agrcola
Eng Civil Francisco Jos Coelho Teixeira
Socilogo Joo Lcio Farias de OliveiraM.Sc. Sociologia
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2 N D I C E
Pgina
N D I C E...............................................................................................................................................................................1
CONTEDO DO VOLUME .................................................................................................................................................4
MAPA DE LOCALIZAO ................................................................................................................................................6
1. ANLISE DE ESTUDOS DE IMPACTO AMBIENTAL ..............................................................................................8
1.1. Levantamento e Anlise de Estudos Anteriores ............................................................................................................9
1.2. A Questo da Qualidade da gua do Rio Jaguaribe ..................................................................................................13
1.3. Diagnstico da Situao Ambiental da Bacia do Jaguaribe.......................................................................................42
1.3.1. Consideraes Gerais Quanto Situao Ambiental da Bacia ............................................................................42
1.3.2. Condicionantes ao Estudo da Situao Ambiental da Bacia................................................................................46
1.3.3 Elaborao de mapa Digital do Uso Atual do Solo e das guas ..........................................................................50
1.3.3.1. Metodologia .................................................................................................................................................50
1.3.3.2. Consideraes Gerais Referentes Caracterizao Fsico Ambiental das Classes de Mapeamento ...........51
1.3.3.3. Cdigo de Cores e Dados de Plotagem das Cartas .......................................................................................54
1.3.3.4. Mapeamento do Uso Atual das guas..........................................................................................................58
2. ANLISE DE USO E OCUPAO DO SOLO NA BACIA.......................................................................................61
2.1. Situao Atual De Uso E Ocupao Do Solo .............................................................................................................62
2.1.1. Anlise Global do Uso e Ocupao do Solo ........................................................................................................62
2.1.2. Identificao de reas Degradadas....................................................................................................................120
2.1.3. Identificao de Reservas Ecolgicas, reas de Preservao e Unidades de Conservao...............................137
3. ANLISE DA SITUAO DAS MATAS CILIARES ...............................................................................................142
3.1. Mapeamento Atual das Matas Ciliares .....................................................................................................................143
3.1.1. Metodologia:......................................................................................................................................................143
3.1.2. Resultados..........................................................................................................................................................146
3.1.3 Concluses:........................................................................................................................................................147
3.1.3.1 Situao da Bacia do Alto Jaguaribe: .........................................................................................................147
3.1.3.2 Situao da Bacia do Salgado: ...................................................................................................................148
3.1.3.3 Situao da Bacia do Mdio Jaguaribe:......................................................................................................148
3.1.3.4 Situao da Bacia do Banabui: .................................................................................................................149
3.1.3.5 Situao da Bacia do Baixo Jaguaribe:.......................................................................................................149
34. ANLISE DA QUALIDADE DAS GUAS SUPERFICIAIS ...................................................................................164
4.1. Bases Tericas Para Anlise ....................................................................................................................................165
4.1.1. Conceitos de Limnologia ...................................................................................................................................165
4.1.2. Enquadramento e Classificao da gua para Usos na Irrigao ......................................................................172
4.2. Qualidade e Nveis de Salinidade das guas dos Audes.........................................................................................176
4.2.1. Consideraes Gerais.........................................................................................................................................176
4.2.1.1. O Aude Ors.............................................................................................................................................179
4.2.1.2. O Aude Lima Campos ..............................................................................................................................182
4.2.1.3. O Aude Arrojado Lisboa (Banabui)........................................................................................................186
4.2.1.4. Audes Patu e Riacho do Sangue ...............................................................................................................188
4.2.1.5. Aude Vincius Berredo (Pedras Brancas) .................................................................................................197
4.2.1.6. Aude Quixeramobim ................................................................................................................................200
4.2.1.7. Aude Cedro...............................................................................................................................................202
4.2.1.8. Aude Quixabinha ......................................................................................................................................204
4.3. Potenciais Fontes De Poluio Dos Recursos Hdricos ...........................................................................................207
5. AVALIAO DA QUALIDADE DAS GUAS SUBTERRNEAS ........................................................................226
5.1. Caracterizao Qualitativa.......................................................................................................................................227
5.2 Bacia do Araripe........................................................................................................................................................239
5.3 Aqferos Costeiros....................................................................................................................................................242
4CONTEDO DO VOLUME
5CONTEDO DO VOLUME
Este documento, Volume 4 ESTUDOS AMBIENTAIS, faz parte da Fase do Diagnstico do Plano de
Gerenciamento das guas da Bacia do Rio Jaguaribe, elaborado pela ENGESOFT Engenharia e
Consultoria Ltda., desenvolvido no mbito do Contrato 042/97, PROURB-CE firmado entre a
Consultora e a COGERH Companhia de Gesto dos Recursos Hdricos do Estado do Cear.
O Volume 4 apresenta-se dividido em cinco captulos. O primeiro diz respeito a Anlise de Estudos
de Impacto Ambiental. O segundo trata da Anlise de Uso e Ocupao do Solo na Bacia do
Jaguaribe, a partir da elaborao dos mapas digitais de uso atual da gua e do solo, visando
proceder a anlise da situao ambiental na bacia do Jaguaribe. O terceiro trata da Anlise da
Situao das Matas Ciliares. Os dois ltimos captulos, quarto e quinto, apresentam uma Avaliao
da Qualidade das guas Superficiais e Subterrneas, respectivamente.
6MAPA DE LOCALIZAO
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A. Q uixabinha
A. Poo do Barro
A. PrazeresA. Poo da Pedra
A. Vrzea do Boi
A. Favelas
A. Trussu
A. Riacho do Sangue
A. Ema
A. Joaquim Tvora
A. Seraf im Dias
A. Cipoada
A. Thomas O sterne
A. B roco
A. Ingazeiro
Riacho dos Tanques
A. Riacho Verde
A. Nobre
A. Rivaldo de Carvalho
A. Cedro
A. Trici
A. L ima Campos
A. Canafstula
A. Canoas
A. O lho d 'gua
A. So Jos II
A. Trapi II
A. Fogareiro
A. Boa Viagem
A. A talho II
A. S to Antnio de Russas
A. V incius Berredo
A. Banabui
A. Patu
A. Quixeramobim
A. Rch. dos Carneiros
A. O rs
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Rch. do Conda
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Rio Palhan
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Rio Jag
uaribe
Icapu
Jaguaribara
Fortim
Aracati
Itaiaba
Palhano
Jaguaruana
Quixer
Russas
Taboleiro do Norte
Limoeiro do Norte
Morada N ova
Ibicuitinga
So Joo do Jaguaribe
Alto Santo
Potiretama
Iracema
Jaguaretama
Jaguaribe
ErerPereiro
Solonpole
Milh
Dep. Irapuan Pinheiro
Jati
Penaforte
Por teiras
Jardim
Brejo Santo
Milagres
Mauriti
Bar ro
Granjeiro
Vrzea Alegre
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Umar iCedro
Lavras da MangabeiraIpaumirim
Baixio
Aurora
Misso Velha
Caririau
Juazeiro do Nor teCrato
Barbalha
Abaiara
Tau
Tarraf as
Santana do Cariri
Salitre
Saboeiro
Quixel
Potengi
Parambu
Ors
Nova Olinda
Iguatu
Farias Brito
Catar ina
JucsCaris
Campos Sales
Assar
Arneiroz
Araripe
Antonina do Norte
Altaneira
Aiuaba
Acopiara
Senador Pompeu
Quixeramobim
Piquet Carneiro
Pedra Branca
Mombaa
Madalena
Banabui
Quixad
Itatira
Boa Viagem
Mosenhor Tabosa
Fortaleza
CE-284
CE-
187
CE-187
CE-257
CE
-364
BR-0
20
BR-222
BR-02
0
BR-116
BR-304
BR-304
BR
- 116
BR-0
20
CE
- 17
8
BR-222
100 0 100 Kilometers
Sub-bacias do JaguaribeAlto JaguaribeBaixo JaguaribeBanabuiMdio JaguaribeSalgado
Divisa Estadual
Estradasestradas estaduaisestradas federais
Principais TributriosAudes c/ Cap. >10hm3
#Y Sedes Municipais
N
Mapa de Localizao
LEGENDA
81. ANLISE DE ESTUDOS DE IMPACTO AMBIENTAL
91. ANLISE DE ESTUDOS DE IMPACTO AMBIENTAL
1.1. LEVANTAMENTO E ANLISE DE ESTUDOS ANTERIORES
Apresenta-se a seguir, um sumrio dos estudos at agora realizados com base nos dados existentes
obtidos junto SEMACE. Inicialmente feita uma anlise dos dados de EIA-RIMA relativos Bacia
Hidrogrfica do Rio Jaguaribe, que esto disponveis na biblioteca deste rgo, compreendendo
projetos implantados ou em implantao que solicitaram licena de instalao, e, em seguida, feita
uma anlise do problema da qualidade da gua com base nos dados disponveis na SEMACE.
Finalizando os estudos ambientais, feita uma interpretao preliminar dos problemas ambientais
vivenciados pela equipe tcnica da Consultora, durante viagens de reconhecimento de campo
realizados ao longo da Bacia do Jaguaribe, para identificao de problemas localizados denunciados
pelos usurios de gua nas cinco reunies dos Comits de Bacia realizadas entre os meses de
outubro/1997 e Janeiro/1998, as quais contaram com presena e participao ativa da Consultora.
Dentro da rea da Bacia Hidrogrfica do Rio Jaguaribe foram realizados apenas vinte e um Estudos
de Impactos Ambientais, a maioria deles relativos a calha principal do Rio Jaguaribe, sendo apenas
dois ligados a sub-bacia do Rio Banabui, e somente um ligado a outra sub-bacia mais importante,
no caso um aude no Rio Salgado, embora outro deles tenha abrangncia parcial sobre essa sub-
bacia, no caso as estradas do Cear.
Agrupando-se cada estudo de impacto ambiental em categorias de acordo com a natureza do
empreendimento, se observar a classificao seguinte, representada depois graficamente de
acordo com a representatividade em porcentagem.
CATEGORIAS EIA`SAudes 07Assentamentos Urbanos 02Irrigao 04Minerao 04Tursticos 01Vias 03
Nas categorias indicadas, o grupo vias remonta a duas estradas para circulao de veculos e a um
duto de transporte de gs natural, que juntamente ao empreendimento turstico, forma o conjunto de
empreendimentos implantados e em implantao mais prximos foz do Rio Jaguaribe.
10
Como se pode observar, no h qualquer empreendimento industrial no levantamento, ou seja, no
foram requeridos Estudos de Impactos Ambientais para as indstrias implantadas ou em implantao
na rea da Bacia Hidrogrfica do Rio Jaguaribe, e certamente esse segmento um dos mais
importantes ao meio.
Somadas as categorias de audes e irrigao, o percentual conjugado representa mais da metade do
total, e deve ser esclarecido que o caso de um assentamento reporta-se indiretamente a um aude,
que ser seu causador. Essa caracterizao importante para demonstrar que o setor econmico
primrio o que exibiu o perfil mais importante ao meio, pois audes e irrigao tem ligao a esse
setor, muito embora o armazenamento de gua seja tambm utilizado para abastecimento urbano.
Com relao a questo dos mantenedores dos projetos apreciados, notou-se que o poder pblico
completamente dominante em todos os assentamentos urbanos, audes, irrigao e vias, sendo os
empreendedores rgos da administrao direta, indireta ou empresas de economia mista cujo maior
acionista o Estado.
De uma maneira geral, no se pode apreciar o conjunto de medidas propostas nos projetos
individuais, pois so diferenciadas as atividades empreendedoras, quanto os meios fsicos e
biolgicos onde foram ou sero implantadas as obras de cada empreendimento. Nessas condies,
ocorrem empreendimentos em condies morfolgicas de vales, plats, encostas, gargantas, e at
no litoral, dentre outras, com a vegetao tambm muito varivel entre caatinga, mata de tabuleiro,
mata de galeria ribeirinha, restingas, etc., e em condies de diferentes adensamentos e
associaes paragenticas, inclusive e principalemente quando trata-se das associaes entre meio
fsico, vegetao e fauna, caracterizando o geoecossistema mais ampliado.
Todos os documentos levantados continham condicionantes de monitoramento ambiental e plano de
controle ambiental, porm observou-se que a grande maioria apresentava-se com superficialidade,
onde inclusive nenhum dos relatrios observados continha um cronograma de execuo de medidas,
que deveria servir como norteador de aes de conteno ou mitigao de impactos adversos.
Na grande maioria dos casos, o ponto principal das preocupaes ambientais foi a fauna e a flora,
que contam com o maior nmero de impactos adversos reconhecidos, vindo logo a seguir o meio
fsico. O meio scio econmico, foi em geral o receptculo dos impactos benficos dos
empreendimentos estudados. No caso especfico das empresas mineradoras, houve uma
preocupao constante com a emisso de rejeitos slidos, como particulados de rochas e poeiras
emitidas durante o desmonte primrio e secundrio nas lavras.
11
Em todos os casos os desmatamentos e escavaes dos solos foram necessrios para erigir os
empreendimentos, ou o sero nos que ainda esto em fase de implantao e dessa forma esses so
os pontos adversos mais destacveis de todo o estudo. As medidas mitigadoras a esses impactos
foram sempre relacionadas a criao de reservas ecolgicas, porm conforme j foi considerado,
no h maiores esclarecimentos a respeito de como ser realizada a sua implantao, com
discriminao de custos, prazos, modo funcional, e outras formas necessrias.
Analisando especificamente o grupo de empreendimentos de audes, que so os majoritrios dentro
do agrupamento proposto por categoria, se observou que as maiores preocupaes foram em
relao tambm fauna e a flora, sendo que em alguns casos h tambm muitos problemas em
relao s remoes e reassentamentos, normalmente necessrios a esses empreendimentos. Em
relao s solues, a melhoria na qualidade da gua foi sempre apontada como maior impacto
benfico; e em relao mitigao das adversidades, foi sempre dada uma grande nfase
Educao Ambiental, com projetos e programas especficos aos membros sociais removidos e
reassentados.
Retratando-se os projetos de irrigao, se pode notar que o uso da gua o fator de maior destaque,
sendo os rendimentos econmicos da esperados o maior agente incentivador dos estudos.
Uma observao crtica aponta que mesmo os relatrios sendo considerados de nvel satisfatrio,
pois todos sem exceo j foram aprovados pela SEMACE, quando se desce ao nvel de propostas
para eliminao ou mitigao de impactos ambientais, todos requerem uma maior objetividade e
clareza em relao implantao dessas medidas, que so tambm de responsabilidade da
SEMACE, quanto fiscalizao de suas execues e funcionalidades, porm as informaes obtidas
naquele rgo apontam que todo o processo posterior aprovao dos EIA RIMA`s , referentes
especificamente a essa fiscalizao somente so realizadas quando em resposta a provocaes de
denncias pela comunidade ou entidade prejudicada, situao essa justificada pela falta de pessoal e
recursos para implantao de um acompanhamento regular dos projetos aprovados, durante as suas
fases de implantao e funcionamento.
No caso especfico dos empreendimentos ligados ao recurso mineral gua, notou-se uma maior
preocupao dos empreendedores com o detalhamento e com a possibilidade de fiscalizao, pois
evidente que as propostas apresentadas, mesmo superficialmente, preocupam-se com essa
possibilidade, provavelmente, pelo valor incomensurvel que tem a gua numa regio semi-rida
como o Estado do Cear, e a Bacia Hidrogrfica do Rio Jaguaribe, ora em estudo, pois sente-se que
a gua poderia ter uma dimenso muito maior em relao qualidade de vida da populao, caso
seja explotada racionalmente, em sua plenitude.
12
Apresenta-se a seguir um sumrio da relao de Estudos de Impacto Ambiental pesquisados junto
SEMACE, cujas fichas cadastrais se encontram em anexo a este volume.
Tabela 1.1.1 Relao dos Estudos de Impacto Ambiental da Bacia do Rio Jaguaribe(SEMACE)
EMPREENDIMENTO DATA LOCALIZAOTIPO DEESTUDO
Aude Pblico FogareiroDezembro/1
992Municpio de Quixeramobim EIA/RIMA
Aude Monsenhor TabosaFevereiro/1
997Municpio de Monsenhor Tabosa EIA/RIMA
Aude Pblico Arneirz IIFevereiro/1
993Municpio de Arneiroz EIA/RIMA
Barragem So Miguel Ubaldinho Junho/ 1992 Municpio de Cedro RIMA
Projeto de Lavra de Calcrio Julho/ 1989 Municpio de Limoeiro do Norte RIMA
Aude Pblico Castanho - /1989 Municpio de Alto santo RIMA
Constituio de um GrupamentoMineiro
Agosto/1989
Municpio de Barbalha RIMA
Gasoduto Guamar-Fortaleza Maio/ 1996 Obra linear na faixa litornea EIA/RIMA
Complexo Turstico Porto CanoaOutubro/
1993Municpio de Aracati EIA
Projeto de Lavra de GranitoAgosto/
1992Municpio de Boa Viagem EIA/RIMA
Projeto de Lavra de MrmoreMaro/1992
Municpio de Boa Viagem EIA/RIMA
Nova Sede de Jaguaribara - /1995 Municpio de Jaguaribara RIMA
Aude Pblico Olho d`gua Junho/ 1993 Municpio de Vrzea Alegre EIA/RIMA
Projeto Tabuleiro de Russas - Municpio de Russas EIA/RIMA
Projeto Hidro-Agrcola Jaguaribe-Apodi
1978 Municpio de Limoeiro do Norte RIMA
Conjunto de Habitaes Populares Julho/ 1993 Municpio de Quixad PCA
13
Tabela 1.1.1 Relao dos Estudos de Impacto Ambiental da Bacia do Rio Jaguaribe(SEMACE)
EMPREENDIMENTO DATA LOCALIZAOTIPO DEESTUDO
Programa de Reabil. de Estradas doCear
-/ 1989 Rodovias BR`s 116, 020,222, 304 EIA
Rodovia Federal BR 226 - Trecho Jaguaribe/Cruzeta EIA/RIMA
Aproveit. Hidro-Agrcola Tabul. deRussas
- Russas e Limoeiro do Norte EV/PE
Barragem do Rio TrussMaro/1989
Municpio de Iguatu EIA
Plano de Controle Ambiental doNUTRIR
Agosto/1994
Municpio de Beberibe RCA e PCA
1.2. A QUESTO DA QUALIDADE DA GUA DO RIO JAGUARIBE
A SEMACE Superintendncia Estadual do Meio Ambiente, tem realizado campanhas de
monitoramento da qualidade da gua em diversos rios no Estado do Cear, destacando-se os rios
Coc e Maranguapinho na Bacia Hidrogrfica da Regio Metropolitana de Fortaleza, e no Rio
Jaguaribe, na bacia de mesmo nome, tendo realizado um efetivo monitoramento destes rios at o
ano de 1995, quando por motivos de fora maior, interrompeu o processo de coleta de amostras e
anlises laboratoriais da qualidade da gua.
Foram ento fornecidos pela SEMACE, dados de resultados laboratoriais das campanhas de
monitoramento efetuadas no ano de 1995, as quais foram realizadas em trs perodos distintos
associados ao regime climtico no Estado do Cear, sendo o primeiro nos meses de
Janeiro/Fevereiro, relativo ao incio da estao mida (quadra chuvosa); o segundo, nos meses de
Maio/Junho, relativo ao fim da estao mida; e, o terceiro, no ms de Outubro, caracterizando o
perodo de estiagem ou estao seca.
As amostras foram coletadas em 18 sees ao longo do Rio Jaguaribe, desde o Aude Trici no Alto
Jaguaribe at a cidade de Aracati no Baixo Jaguaribe, prxima foz do rio. Entretanto, a seqncia
de coleta de amostras nas sees no se conservou nos trs perodos de tempo aqui citados, tendo
sido alternadas algumas sees ou mesmo desconsiderados grandes trechos ao longo do rio,
dificultando a anlise espacial global de todo o rio.
14
Apresenta-se a seguir os quadros 1.2.1 a 1.2.3 com o sumrio dos resultados das anlises de acordo
com seu respectivo perodo de coleta, e em seguida so apresentadas as figuras 1.2.1 a 1.2.18 com
a variao dos principais parmetros de qualidade de gua selecionados para anlise neste estudo.
Estes grficos mostram o comportamento do parmetro de qualidade espacialmente distribudo nas
sees ao longo do Rio Jaguaribe, conforme o respectivo perodo de coleta. Alguns valores de
variveis apresentaram-se out of scale em determinadas sees, como o caso da condutividade
no ms de outubro de 1995, na seo de Aracati, sendo ento excludo do grfico de apresentao
do parmetro, de forma a no prejudicar a leitura em escala linear e a interpretao dos resultados
das demais sees, cujos valores eram considerados normais.
Uma interpretao eficiente dos resultados dos exames de qualidade das guas do Rio Jaguaribe,
deveria ser baseada numa comparao com os valores considerados paradigmas de qualidade para
guas de abastecimento humano, de acordo com as referncias bibliogrficas consultadas que
reportam as exigncias da ABNT Associao Brasileira de Normas Tcnicas. De acordo com a
ABNT, Projeto de Reviso 2:0009.30-006, relativo ao projeto de estaes de tratamento de gua
para abastecimento pblico, as guas destinadas ao consumo humano podem ser classificadas na
fonte segundo as seguintes categorias:
QUADRO 1.2.1 - ANLISE DOS DADOS DE QUALIDADE DAS GUAS DO RIO JAGUARIBE
Perodo de Medio: Janeiro/Fevereiro
1 Trici 0 23/01/95 10:25 30,9 24,3 23,3 4 nd3 Arneiroz 73 23/01/95 12:20 34,5 31,7 9,7 1,6 nd7 Aude Ors 184 23/01/95 16:55 32,8 28,3 49,6 4 nd8 Antes de Jaguaribe 65 24/01/95 09:00 29,1 32,1 57,4 0,1 nd9 Aps Jaguaribe 2,5 24/01/95 09:30 30,4 30,2 61,3 2,5 nd10 Jaguaribara 22 22/02/95 11:45 34,5 32,2 39,2 0,3 1,111 Castanho 28 21/02/95 13:00 35,5 34,5 63,7 0,04 0,812 Ponte de So Joo do Jaguaribe 30 21/02/95 14:15 35,4 39,8 66 0,03 1,713 Peixe Gordo 10 21/02/95 10:30 33,4 31,9 66,7 0,03 1,115 Russas 42 22/02/95 09:25 30,6 31,1 163,7 0,11 1,816 Jaguaruana 32 21/02/95 08:10 28,2 30 116,6 0,4 117 Itaiaba 20 21/02/95 07:27 27,8 29,5 112,7 0,2 118 Aracati 14 22/02/95 nd nd nd 369,5 0,3 1
1 Trici nd 296 148 6,2 217 0 0 6,23 Arneiroz nd 157 78,5 2,3 123 930 40 6,37 Aude Ors nd 390 195 2,1 231 24000 24000 88 Antes de Jaguaribe nd 436 218 1,9 208 430 90 8,49 Aps Jaguaribe nd 476 238 4,3 244 24000 2100 5,610 Jaguaribara 0,01 340 170 1,8 nd 24000 9300 5,911 Castanho 0,01 420 210 0,4 223 24000 9300 nd12 Ponte de So Joo do Jaguaribe 0,003 440 220 1,2 231 750 430 7,913 Peixe Gordo 0,01 450 225 0,8 239 1500 150 7,215 Russas 0,02 770 385 1,5 420 9300 1500 8,416 Jaguaruana 0,07 660 330 1,2 367 1500 930 7,917 Itaiaba 0,04 700 350 1,2 350 90 90 8,818 Aracati 0,05 1780 890 1,55 838 930 150 7,4
Seo #
Seo # Local Distncia (Km)
Nitrito
Dia Hora Temperatura do Ar (C)Temperatura da
gua (C) Cloretos Ferro Total Nitrato
Local Coliformes TotaisColiformes
FecaisOxignio DissolvCondutividade
Slidos Dissolvidos DBO5 Slidos Totais
QUADRO 1.2.2 - ANLISE DOS DADOS DE QUALIDADE DAS GUAS DO RIO JAGUARIBE
Perodo de Medio: Maio/Junho
1 Trici 0 03/05/95 13:50 30 29 44,6 0,1 no detec2 Tau 21 03/05/95 14:00 30 29 45,1 0,1 no detec4 Saboeiro 90 03/05/95 08:45 27,7 28 44,1 0,1 no detec5 Jucs 62 03/05/95 07:45 20,5 29,1 36,3 0,1 no detec6 Iguatu 34 03/05/95 06:30 24,6 27,8 45,1 0,1 no detec7 Aude Ors 50 03/05/95 05:15 23,8 20,3 31,4 3,5 no detec9 Aps Jaguaribe 77,5 03/05/95 15:30 32,4 31,3 29 3,5 no detec10 Jaguaribara 22 14/06/95 08:15 26,1 28,2 44 0,06 0,911 Castanho 28 14/06/95 09:00 28,4 29,5 42,2 0,06 0,912 Ponte de So Joo do Jaguaribe 30 14/06/95 10:30 28,6 29,1 41,3 0,1 0,913 Peixe Gordo 10 14/06/95 11:00 30,8 29,8 44 0,07 0,414 Tabuleiro do Norte 7 14/06/95 11:30 30,9 30,2 42,2 0,1 0,415 Russas 35 14/06/95 12:20 31,5 31,9 136,6 0,2 0,416 Jaguaruana 32 14/06/95 13:20 32,8 30,5 73,4 0,01 0,417 Itaiaba 20 14/06/95 14:05 31,7 29,8 161,4 0,9 no detec18 Aracati 14 14/06/95 14:30 30,4 30,3 113,7 0,4 0,4
1 Trici no detec 220 110 2,4 211 1500 150 9,12 Tau 0,01 400 200 3,4 290 9300 750 6,14 Saboeiro 0,03 350 180 2,5 283 4300 1500 7,35 Jucs 0,003 310 160 1,7 267 2100 280 6,36 Iguatu 0,01 460 210 2,8 393 24000 9300 7,47 Aude Ors no detec 280 140 nd 183 24000 930 5,19 Aps Jaguaribe 0,01 250 130 2,8 211 24000 430 810 Jaguaribara 0,01 600 300 1,5 250 24000 1500 5,211 Castanho 0,01 530 260 1,5 nd 9300 200 6,512 Ponte de So Joo do Jaguaribe 0,01 360 180 2 406 200 0 6,113 Peixe Gordo 0,02 310 160 0,8 196 930 230 7,514 Tabuleiro do Norte 0,01 340 170 1,1 219 4300 90 7,415 Russas 0,02 240 120 1,6 406 430 150 6,616 Jaguaruana 0,01 450 230 1,4 282 900 90 6,817 Itaiaba 0,04 630 310 1 nd 70 70 6,518 Aracati 0,01 560 280 1,7 307 24000 110 7
Cloretos
Seo # Condutividade Slidos DissolvidosNitrito Slidos TotaisColiformes
Totais
Seo # Local Distncia (Km) Dia Hora Temperatura do Ar (C)Temperatura da
gua (C) Ferro Total Nitrato
Coliformes Fecais
Oxignio DissolvDBO5Local
QUADRO 1.2.3 - ANLISE DOS DADOS DE QUALIDADE DAS GUAS DO RIO JAGUARIBE
Perodo de Medio: Outubro
10 Jaguaribara 0 04/10/95 09:00 30,2 28,5 36,3 0,03 4,411 Castanho 28 05/10/95 10:10 31,5 27,7 40,2 0,02 6,612 Ponte de So Joo do Jaguaribe 30 04/10/95 11:00 32,4 28,5 5,9 no detec 5,313 Peixe Gordo 10 04/10/95 11:30 33,1 29,3 43,2 0,02 6,215 Russas 42 04/10/95 12:50 33,3 30,9 144 0,02 4,416 Jaguaruana 32 05/10/95 14:20 29,5 30,1 112,7 0,3 no detec17 Itaiaba 20 05/10/95 15:00 30,7 29,1 148,9 0,118 Aracati 14 04/10/95 15:30 29,4 28,3 9940 0,2 2,6
10 Jaguaribara 0,01 300 150 1,6 155 430 430 5,911 Castanho 0,2 310 160 2,8 189 2300 2300 7,412 Ponte de So Joo do Jaguaribe 0,01 320 160 1 nd 40 0 7,413 Peixe Gordo 0,01 340 170 1,1 191 46000 24000 715 Russas 0,12 720 360 2,3 410 24000 24000 10,316 Jaguaruana 0,003 590 300 1,8 525 4300 2300 4,417 Itaiaba 0,02 700 350 1,1 nd 400 400 4,218 Aracati 0,03 28520 0 4,2 18000 24000 24000 8,1
Distncia (Km)
Temperatura do Ar (C)
Temperatura da gua (C)Seo #
Nitrito CondutividadeSeo # Slidos DissolvidosSlidos Totais
Oxignio Dissolv
Ferro Total Nitrato
Local
Local Dia Hora Cloretos
Coliformes Fecais
Coliformes TotaisDBO5
FIGURA 1.2.1 - PARMETROS DE QUALIDADE DE GUA - SEMACE - JAN./FEV. 95
Seo # Local Seo Cloretos
1 Trici 1 23,33 Arneiroz 2 9,77 Aude Ors 3 49,68 Antes de Jaguaribe 4 57,4 Perodo: Janeiro/Fevereiro 959 Aps Jaguaribe 5 61,3 Parmetro: Cloretos10 Jaguaribara 6 39,2 VMD = 20011 Castanho 7 63,7 VMP = 60012 Ponte de So Joo do Jaguaribe 8 66 Resultado: Satisfatrio at 13 Peixe Gordo 9 66,7 antes de Aracati15 Russas 10 163,7
16 Jaguaruana 11 116,617 Itaiaba 12 112,718 Aracati 13 369,5
0
50
100
150
200
250
300
350
400
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Seo
Cloretos
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(73 Km) (184 Km) (65 Km) (2,5 Km) (22 Km) (28 Km) (30 Km) (10 Km) (42 Km) (32 Km) (20 Km) (14 Km)
Figura_121/S. Coretos
FIGURA 1.2.2 - PARMETROS DE QUALIDADE DE GUA - SEMACE - JAN./FEV. 95
Seo # Local Seo Ferro Total1 Trici 1 4 Perodo: Janeiro/Fevereiro 953 Arneiroz 2 1,6 Parmetro: Ferro Total7 Aude Ors 3 4 VMD = 0,38 Antes de Jaguaribe 4 0,1 VMP = 1,09 Aps Jaguaribe 5 2,5 Resultado: Apresenta valores mais 10 Jaguaribara 6 0,3 elevados a montante do ors,11 Castanho 7 0,04 ficando satisfatrio a partir de12 Ponte de So Joo do Jaguaribe 8 0,03 Jaguaribara13 Peixe Gordo 9 0,03
15 Russas 10 0,1116 Jaguaruana 11 0,417 Itaiaba 12 0,218 Aracati 13 0,3
0
0,5
1
1,5
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2,5
3
3,5
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4,5
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Seo
Ferro Total
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(73 Km) (184 Km) (65 Km) (2,5 Km) (22 Km) (28 Km) (30 Km) (10 Km) (42 Km) (32 Km) (20 Km) (14 Km)
Figura_122/S. Ferro Total
FIGURA 1.2.3 - PARMETROS DE QUALIDADE DE GUA - SEMACE - JAN./FEV. 95
Seo # Local Seo Condutividade
1 Trici 1 296
3 Arneiroz 2 157
7 Aude Ors 3 390 Perodo: Janeiro/Fevereiro 958 Antes de Jaguaribe 4 436 Parmetro: Condutividade9 Aps Jaguaribe 5 476 Satisfatrio at 300
10 Jaguaribara 6 340 Resultado: Acima dos padres 11 Castanho 7 420 recomendados nas sees 12 Ponte de So Joo do Jaguaribe 8 440 a partir do Ors13 Peixe Gordo 9 450
15 Russas 10 770
16 Jaguaruana 11 660
17 Itaiaba 12 700
18 Aracati 13 1780
0200400600800
1000
12001400160018002000
0 2 4 6 8 10 12 14
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Seo
Condutividade
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(73 Km) (184 Km) (65 Km) (2,5 Km) (22 Km) (28 Km) (30 Km) (10 Km) (42 Km) (32 Km) (20 Km) (14 Km)
Figura_123/S. Condutividade
FIGURA 1.2.4 - PARMETROS DE QUALIDADE DE GUA - SEMACE - JAN./FEV. 95
Seo # Local Seo DBO5
1 Trici 1 6,23 Arneiroz 2 2,37 Aude Ors 3 2,1 Perodo: Janeiro/Fevereiro 958 Antes de Jaguaribe 4 1,9 Parmetro: DBO59 Aps Jaguaribe 5 4,3 Mximo Recomendado: guas classe A: at 310 Jaguaribara 6 1,8 guas classe B: at 411 Castanho 7 0,4 guas classe C: at 612 Ponte de So Joo do Jaguaribe 8 1,2 guas classe D: > 613 Peixe Gordo 9 0,8 Resultado: Elevado no aude Trici, e em Jaguaribe15 Russas 10 1,5 e satisfatrio nas demais sees16 Jaguaruana 11 1,217 Itaiaba 12 1,218 Aracati 13 1,55
0
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0 2 4 6 8 10 12 14
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Seo
DBO5A
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(73 Km) (184 Km) (65 Km) (2,5 Km) (22 Km) (28 Km) (30 Km) (10 Km) (42 Km) (32 Km) (20 Km) (14 Km)
Figura_124/S. DBO5
FIGURA 1.2.5 - PARMETROS DE QUALIDADE DE GUA - SEMACE - JAN./FEV. 95
Seo # Local SeoColiformes
Fecais
1 Trici 1 0
3 Arneiroz 2 40
7 Aude Ors 3 24000 Perodo: Janeiro/Fevereiro 958 Antes de Jaguaribe 4 90 Parmetro: Coliformes Fecais9 Aps Jaguaribe 5 2100 Mximo Recomendado: guas classe A: at 100 (5%)10 Jaguaribara 6 9300 guas classe B: at 5000 (2%)11 Castanho 7 9300 guas classe C: at 20.000 (5%)12 Ponte de So Joo do Jaguaribe 8 430 guas classe D: > 20.00013 Peixe Gordo 9 150 Resultado: Critico em Ors, elevado em Jaguaribara e15 Russas 10 1500 Castanho e razovel nas demais sees16 Jaguaruana 11 930
17 Itaiaba 12 90
18 Aracati 13 150
0
5000
10000
15000
20000
25000
30000
0 2 4 6 8 10 12 14
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Coliformes Fecais
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(73 Km) (184 Km) (65 Km) (2,5 Km) (22 Km) (28 Km) (30 Km) (10 Km) (42 Km) (32 Km) (20 Km) (14 Km)
Figura_125/S. Coliformes Fecais
FIGURA 1.2.6 - PARMETROS DE QUALIDADE DE GUA - SEMACE - JAN./FEV. 95
Seo # Local Seo Nitrito
1 Trici 13 Arneiroz 27 Aude Ors 3 Perodo: Janeiro/Fevereiro 958 Antes de Jaguaribe 4 Parmetro: Nitrito9 Aps Jaguaribe 5 VMD = Zero10 Jaguaribara 6 0,01 VMP = 0,0211 Castanho 7 0,01 Resultado: Traos de poluio a partir12 Ponte de So Joo do Jaguaribe 8 0,003 da seo de Russas13 Peixe Gordo 9 0,0115 Russas 10 0,0216 Jaguaruana 11 0,07
17 Itaiaba 12 0,0718 Aracati 13 0,05
0
0,01
0,02
0,03
0,04
0,05
0,06
0,07
0,08
0 2 4 6 8 10 12 14 Seo
Niltrito
(73 Km) (184 Km) (65 Km) (2,5 Km)(22 Km) (28 Km) (30 Km) (10 Km) (42 Km) (32 Km) (20 Km) (14 Km)
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Figura_126/S. Niltrito
FIGURA - 1.2.7 - PARMETROS DE QUALIDADE DE GUA - SEMACE - MAIO/JUNHO 95
Seo # Local Seo Cloretos
1 Trici 1 44,62 Tau 2 45,14 Saboeiro 3 44,15 Jucs 4 36,66 Iguatu 5 45,17 Aude Ors 6 31,49 Aps Jaguaribe 7 29 Perodo: Maio/Junho 9510 Jaguaribara 8 44 Parmetro: Cloretos11 Castanho 9 42,2 VMD = 20012 Ponte de So Joo do Jaguaribe 10 41,3 VMP = 60013 Peixe Gordo 11 44 Resultado: Satisfatrio14 Tabuleiro do Norte 12 42,215 Russas 13 136,616 Jaguaruana 14 73,417 Itaiaba 15 161,418 Aracati 16 113,7
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40
60
80
100
120
140
160
180
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18Seo
Cloretos
(21 Km) (90 Km) (62 Km) (34 Km) (50 Km) (77,5 Km) (22 Km)(28 Km) (30 Km) (10 Km) (7 Km) (35 Km) (32 Km) (20 Km) (14 Km)
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Figura_127/S. Coretos
FIGURA - 1.2.8 - PARMETROS DE QUALIDADE DE GUA - SEMACE - MAIO/JUNHO 95
Seo # Local Seo Ferro Total1 Trici 1 0,1 Perodo: Maio/Junho 952 Tau 2 0,1 Parmetro: Ferro Total4 Saboeiro 3 0,1 VMD = 0,35 Jucs 4 0,1 VMP = 1,06 Iguatu 5 0,1 Resultado: Concentraes 7 Aude Ors 6 3,5 elevadas em Ors e Jaguaribe9 Aps Jaguaribe 7 3,510 Jaguaribara 8 0,0611 Castanho 9 0,0612 Ponte de So Joo do Jaguaribe 10 0,113 Peixe Gordo 11 0,0714 Tabuleiro do Norte 12 0,115 Russas 13 0,216 Jaguaruana 14 0,0117 Itaiaba 15 0,918 Aracati 16 0,4
0
0,5
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2
2,5
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3,5
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0 2 4 6 8 10 12 14 16 18
Seo
Ferro Total
(21 Km) (90 Km) (62 Km) (34 Km) (50 Km)(77,5 Km) (22 Km) (28 Km) (30 Km) (10 Km) (7 Km)(35 Km) (32 Km) (20 Km) (14 Km)
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Figura_128/S. Ferro Total
FIGURA - 1.2.9 - PARMETROS DE QUALIDADE DE GUA - SEMACE - MAIO/JUNHO 95
Seo # Local Seo Niltrito
1 Trici 12 Tau 2 0,01 Perodo: Maio/Junho 954 Saboeiro 3 0,03 Parmetro: Nitrito5 Jucs 4 0,003 VMD = Zero6 Iguatu 5 0,01 VMP = 0,027 Aude Ors 6 Resultado: Traos de poluio em 9 Aps Jaguaribe 7 0,01 Saboeiro e Itaiaba10 Jaguaribara 8 0,0111 Castanho 9 0,0112 Ponte de So Joo do Jaguaribe 10 0,0113 Peixe Gordo 11 0,0214 Tabuleiro do Norte 12 0,0115 Russas 13 0,0216 Jaguaruana 14 0,0117 Itaiaba 15 0,0418 Aracati 16 0,01
0
0,005
0,01
0,015
0,02
0,025
0,03
0,035
0,04
0,045
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Seo
Niltritol
(21 Km)(90 Km) (62 Km)(34 Km) (50 Km)(77,5 Km)(22 Km)(28 Km) (30 Km)(10 Km) (7 Km)(35 Km) (32 Km) (20 Km) (14 Km)
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Figura_129/S. Niltrito
FIGURA - 1.2.10 - PARMETROS DE QUALIDADE DE GUA - SEMACE - MAIO/JUNHO 95
Seo # Local Seo Condutividade1 Trici 1 2202 Tau 2 400 Perodo: Maio/Junho 954 Saboeiro 3 350 Parmetro: Condutividade5 Jucs 4 310 Satisfatrio at 3006 Iguatu 5 460 Resultado: Condutividades elevadas7 Aude Ors 6 280 em Tau, Iguatu, Jaguaribe,9 Aps Jaguaribe 7 250 Castanho e no baixo10 Jaguaribara 8 600 Jaguaribe11 Castanho 9 53012 Ponte de So Joo do Jaguaribe 10 36013 Peixe Gordo 11 31014 Tabuleiro do Norte 12 34015 Russas 13 24016 Jaguaruana 14 45017 Itaiaba 15 63018 Aracati 16 560
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500
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700
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Seo
Condutividadel
(21 Km)(90 Km) (62 Km)(34 Km) (50 Km) (77,5 Km)(22 Km) (28 Km)(30 Km)(10 Km) (7 Km)(35 Km) (32 Km) (20 Km) (14 Km)
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Figura_1210/S. Condutividade
FIGURA - 1.2.11 - PARMETROS DE QUALIDADE DE GUA - SEMACE - MAIO/JUNHO 95
Seo # Local Seo DBO5
1 Trici 1 2,42 Tau 2 3,4 Perodo: Maio/Junho 954 Saboeiro 3 2,5 Parmetro: DBO55 Jucs 4 1,7 Mximo Recomendado: guas classe A: at 36 Iguatu 5 2,8 guas classe B: at 47 Aude Ors 6 guas classe C: at 69 Aps Jaguaribe 7 2,8 guas classe D: > 610 Jaguaribara 8 1,5 Resultado: Satisfatrio11 Castanho 9 1,512 Ponte de So Joo do Jaguaribe 10 213 Peixe Gordo 11 0,814 Tabuleiro do Norte 12 1,115 Russas 13 1,616 Jaguaruana 14 1,417 Itaiaba 15 118 Aracati 16 1,7
0
0,5
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1,5
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2,5
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3,5
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0 2 4 6 8 10 12 14 16 18Seo
DBOS
(21 Km) (90 Km) (62 Km) (34 Km) (50 Km) (77,5 Km) (22 Km)(28 Km) (30 Km) (10 Km) (7 Km)(35 Km) (32 Km) (20 Km) (14 Km)
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Figura_1211/S. DBO5
FIGURA - 1.2.12 - PARMETROS DE QUALIDADE DE GUA - SEMACE - MAIO/JUNHO 95
Seo # Local Seo Coliformes Fecais1 Trici 1 1502 Tau 2 750 Perodo: Maio/Junho 954 Saboeiro 3 1500 Parmetro: Coliformes Fecais5 Jucs 4 280 Mximo Recomendado: guas classe A: at 100 (5%)6 Iguatu 5 9300 guas classe B: at 5000 (2%)7 Aude Ors 6 930 guas classe C: at 20.000 (5%)9 Aps Jaguaribe 7 430 guas classe D: > 20.00010 Jaguaribara 8 1500 Resultado: Alto nidce de poluio em Iguatu11 Castanho 9 20012 Ponte de So Joo do Jaguaribe 10 013 Peixe Gordo 11 23014 Tabuleiro do Norte 12 9015 Russas 13 15016 Jaguaruana 14 9017 Itaiaba 15 7018 Aracati 16 110
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0 2 4 6 8 10 12 14 16 18Seo
Coliformes Fecais
(21 Km) (90 Km) (62 Km) (34 Km) (50 Km)(77,5 Km)(22 Km)(28 Km) (30 Km) (10 Km) (7 Km)(35 Km) (32 Km) (20 Km) (14 Km)
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Figura_1212/S. Coliformes Fecais
FIGURA 1.2.13 - PARMETROS DE QUALIDADE DA GUA - SEMACE - OUTUBRO 95
Seo # Local Seo Cloretos
10 Jaguaribara 1 36,3 Perodo: Outubro/9511 Castanho 2 40,2 Parmetro: Cloretos12 Ponte de So Joo do Jaguaribe 3 5,9 VMD = 20013 Peixe Gordo 4 43,2 VMP = 60015 Russas 5 144 Resultado: Satisfatrio, Exceto em Aracati16 Jaguaruana 6 112,717 Itaiaba 7 148,9
18 Aracati 8 9940
0
20
40
60
80
100
120
140
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0 1 2 3 4 5 6 7 8
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(28 Km) (30 Km) (10 Km) (42 Km) (32 Km) (20 Km)
Seo
Cloretos
Figura_1213/S. Coretos
FIGURA 1.2.14 - PARMETROS DE QUALIDADE DA GUA - SEMACE - OUTUBRO 95
Seo # Local Seo Ferro Total
10 Jaguaribara 1 0,03 Perodo: #REF!11 Castanho 2 0,02 Parmetro: Ferro Total12 Ponte de So Joo do Jaguaribe 3 VMD = 0,313 Peixe Gordo 4 0,02 VMP = 1,015 Russas 5 0,02 Resultado: Satisfatrio16 Jaguaruana 6 0,317 Itaiaba 7 0,1
18 Aracati 8 0,2
0
0,05
0,1
0,15
0,2
0,25
0,3
0,35
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Ferro Total
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Figura_1214/S. Ferro Total
FIGURA 1.2.15 - PARMETROS DE QUALIDADE DA GUA - SEMACE - OUTUBRO 95
Seo # Local Seo Nitrito
10 Jaguaribara 1 0,0111 Castanho 2 0,2 Perodo: Outubro/9512 Ponte de So Joo do Jaguaribe 3 0,01 Parmetro: Nitrito13 Peixe Gordo 4 0,01 VMD = Zero15 Russas 5 0,12 VMP = 0,0216 Jaguaruana 6 0,003 Resultado: Traos de poluio nas17 Itaiaba 7 0,02 sees de Castanho, 18 Aracati 8 0,03 Russas, Aracati
0
0,05
0,1
0,15
0,2
0,25
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
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(28 Km) (42 km) (32 Km) (20 Km) (14 Km)(30 Km) (10 Km)
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Seo
Nitrito
Figura_1215/S. Nitrito
FIGURA 1.2.16 - PARMETROS DE QUALIDADE DA GUA - SEMACE - OUTUBRO 95
Seo # Local Seo Condutividade
10 Jaguaribara 1 30011 Castanho 2 310 Perodo: Outubro/9512 Ponte de So Joo do Jaguaribe 3 320 Parmetro: Condutividade13 Peixe Gordo 4 340 Satisfatrio at 30015 Russas 5 720 Resultado: Ligeiramente acima do valor16 Jaguaruana 6 590 recomendado at Peixe17 Itaiaba 7 700 Gordo, elevando-se da at Aracati18 Aracati 8 28520
0
100
200
300
400
500
600
700
800
0 1 2 3 4 5 6 7 8
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(28 Km) (42 Km) (32 Km) (20 Km)(30 Km) (10 Km)
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Seo
Condutividade
Figura_1216/S. Condutividade
FIGURA 1.2.17 - PARMETROS DE QUALIDADE DA GUA - SEMACE - OUTUBRO 95
Seo # Local Seo DBO5
10 Jaguaribara 1 1,6 Perodo: Outubro/9511 Castanho 2 2,8 Parmetro: DBO512 Ponte de So Joo do Jaguaribe 3 1 Mximo Recomendado: guas classe A: at 313 Peixe Gordo 4 1,1 guas classe B: at 415 Russas 5 2,3 guas classe C: at 616 Jaguaruana 6 1,8 guas classe D: > 617 Itaiaba 7 1,1 Resultado: Satisfatrio18 Aracati 8 4,2
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
4,5
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
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(28 Km) (42 Km) (32 Km) (20 Km)(30 Km) (10 Km)
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Seo
DBO5
(14 Km)
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Figura_1217/S. DBO5
FIGURA 1.2.18 - PARMETROS DE QUALIDADE DA GUA - SEMACE - OUTUBRO 95
Seo # Local Seo Coliformes Fecais
10 Jaguaribara 1 43011 Castanho 2 230 Perodo: Outubro/9512 Ponte de So Joo do Jaguaribe 3 400 Parmetro: Coliformes Fecais13 Peixe Gordo 4 460 Mximo Recomendado: guas classe A: at 100 (5%)15 Russas 5 240 guas classe B: at 5000 (2%)16 Jaguaruana 6 430 guas classe C: at 20.000 (5%)17 Itaiaba 7 400 guas classe D: > 20.00018 Aracati 8 240 Resultado: Satisfatrio
0
50
100
150
200
250
300
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(28 m) (42 m) (32 m) (20 m)(30 m) (10 m)
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Seo
Coliformes Fecais
A
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8
(20 m)
Figura_1218/S. Coliformes Fecais
36
Tipo A: guas subterrneas ou superficiais, provenientes de bacias sanitariamente
protegidas, com caractersticas bsicas definidas na Tabela 1.2.1, e as
demais satisfazendo os padres de potabilidade;
Tipo B: guas subterrneas ou superficiais, provenientes de bacias no protegidas,
com caractersticas bsicas definidas na Tabela 1.2.1, e que possam
enquadrar-se nos padres de potabilidade, mediante processo de
tratamento que no exija coagulao;
Tipo C: guas superficiais provenientes de bacias no protegidas, com
caractersticas bsicas definidas na Tabela 1.2.1, e que exijam
coagulao para enquadrar-se nos padres de potabilidade;
Tipo D: guas superficiais provenientes de bacias no protegidas, sujeitas a fontes
de poluio, com caractersticas bsicas definidas na Tabela 1.2.1, e que
exijam processos especiais de tratamento para que possam se enquadrar
nos padres de potabilidade.
37
Tabela 1.2.1 Categoria de guas para Abastecimento Humano (ABNT)
ATRIBUTOS TIPO A TIPO B TIPO C TIPO D
At 1,5 1,5 a 2,5 2,5 a 4,0 > 4,0DBO5 (mg/l) - Mdia
DBO5 (mg/l) Mxima emqualquer amostra 1,0 a 3,0 3,0 a 4,0 4,0 a 6,0 > 6,0
50 a 100 100 a 5.000 5.000 a 20.000 > 20.000Coliformes (NMP/100 ml)
- Mdia em qualquer ms
- Mxima em qualqueramostra
> 100 emmenos de 5%das amostras
> 5.000 emmenos de 20%das amostras
> 20.000 emmenos de 5% das
amostrasNo definido
PH 5 a 9 5 a 9 5 a 9 3,8 a 10,3
Cloretos < 50 50 a 250 250 a 600 > 600
Fluoretos < 1,5 1,5 a 3,0 > 3,0 No definido
Com relao a outros parmetros indicativos de qualidade para guas de consumo humano,
Azevedo Neto1 apresenta a seguinte Tabela 1.2.2 relativo aos limites desejveis e mximos para
enquadramento nos padres de potabilidade.
Tabela 1.2.2 Principais Parmetros Caractersticos para guas de Abastecimento Humano
ATRIBUTO UNIDADE LIMITE DESEJVELMXIMO
TOLERVEL
Dureza (mg/l) < 100 200
Cor (mg/l) < 30 50
Turbidez (mg/l) < 10 25
Ferro (mg/l) < 0,3 1
Coliformes NMP/100 ml < 50 100
1 Azevedo Neto, Tcnicas de Abastecimento de gua Novas Tecnologias,
38
Os seguintes parmetros foram escolhidos para anlise dos resultados do monitoramento das guas
do Rio Jaguaribe feitos pela SEMACE:
a) Demanda Bioqumica de Oxignio - DBO5 :
Os grficos em anexo mostram que as concentraes de DBO5 nos trs perodos monitorados
apresentam uma variao quase randmica, do tipo sobe-desce, sem ostentar uma tendncia
definitiva nas sees pesquisadas. Observa-se que na maioria das vezes os valores de DBO5
estiveram abaixo de 3 mg/l, raramente ultrapassando a 4 mg/l, apresentando apenas um caso
extremo de 6,2 mg/l no perodo de Janeiro/Fevereiro, verificado na seo do Aude Trici, na regio
do Alto Jaguaribe. No mesmo perodo, tambm se verificou um valor elevado, superior a 4 mg/l na
seo de Jaguaribe. Importante salientar que a partir de Jaguaribara at a seo de Aracati,
prxima foz do rio, os valores de DBO5 sempre se mantiveram prximo ou abaixo de um patamar
de 2 mg/l, nos trs perodos analisados, excetuando-se as sees de Castanho e Aracati no
perodo de Outubro/95, as quais apresentaram valores de 2,8 e 4,2 mg/l, respectivamente.
Dessa forma, pode-se afirmar que do ponto de vista deste parmetro, a situao ambiental das
guas do Rio Jaguaribe, nos trechos e perodos pesquisados, no configurava um carter ostensivo
de poluio, a despeito de receber efluentes de esgotos domsticos no tratados da maioria das
zonas urbanas que atravessa, ou mesmo dos riachos afluentes sua calha principal, provenientes
de outras zonas urbanas com potencial poluidor por rejeitos domsticos e industriais. Obviamente, a
caracterizao ambiental do Rio Jaguaribe nas sees pesquisadas, no pode se ater
exclusivamente ao parmetro DBO5 , pois h outros fatores que intervm na sua classificao final ,
de acordo com as recomendaes das instituies ligadas ao controle do meio ambiente e do
saneamento.
b) pH
Este parmetro foi o que apresentou menor variao em todas as sees e em todas os perodos
pesquisados, variando entre o valor mnimo de 7,1 ao valor mximo de 9,0 , com mdia em torno de
pH 8,0, caracterizando um comportamento ligeiramente alcalino para as guas do Rio Jaguaribe.
39
c) Coliformes Fecais
Constitui-se num dos parmetros mais importante do ponto de vista sanitrio, dado que um alto
ndice de coliformes fecais implica necessariamente em poluio das guas por esgotos domsticos,
que , via de regra, so vetores de propagao de doenas de veiculao hdrica. Analisando-se os
grficos dos resultados das campanhas de monitoramento feitas pela SEMACE, verifica-se que a
regio de Iguatu e do Aude Ors apresentam um elevadssimo ndice de coliformes fecais, sendo de
24.000 NMP/100 ml no perodo de Janeiro/Fevereiro, caindo para 10.000 no perodo de Maio/Junho.
Infelizmente no foi efetuada campanha de medio nestas duas sees no perodo de Outubro,
tendo sido realizada coleta de amostras somente das sees compreendidas entre Jaguaribara e
Aracati. Da, entende-se que foi perdida a oportunidade de se poder fazer um diagnstico aquilatado
da tendncia ambiental nesta regio.
A variao espacial e temporal do parmetro, tal como se pode observar nos grficos, indica que o
parmetro bem representativo de poluies localizadas, caindo para valores bastante baixos nas
sees que aparentemente no apresentavam poluio por esgotos domsticos, e extremamente
elevados no caso contrrio.
Um fato que chama ateno na anlise, o elevado nmero de coliformes fecais identificados no
Aude Ors logo no incio da quadra chuvosa, reduzindo-se medida que cessa o perodo
invernoso, que poderia ser explicado como decorrente do processo de lavagem da rede de
drenagem e de superfcies (overland flow) durante a estao mida. Isto , os esgotos domsticos
durante a estao seca no sofriam processos completos de diluio na maior parte da rede de
drenagem, cujos riachos so na sua grande maioria intermitentes, acarretando numa decomposio
difusa dos esgotos distribudos ao longo da sub-bacia do Alto Jaguaribe.
Com o advento das chuvas, a rede de drenagem funciona como vetor de conduo dos esgotos
domsticos para dentro do Aude Ors, no havendo tempo suficiente para se completar a
decomposio biolgica do mesmo antes de alcanar a bacia hidrulica do aude, principalmente
pelo fato que a maior parte destes esgotos provm do maior centro urbano da regio, a cidade de
Iguatu, localizada logo a jusante do Ors.
Corroborando com este fato, compare-se o grfico relativo ao perodo de Janeiro/Fevereiro, onde
no se tem dados da seo de Iguatu, com o grfico do perodo de Maio/Junho, onde est registrado
um elevado ndice de coliformes na seo de Iguatu e um baixo ndice na seo do Ors.
40
De qualquer forma, o parmetro coliformes fecais desponta como o mais elucidativo do
comportamento ambiental do Rio Jaguaribe nas diversas sees pesquisadas, indicando pontos e
perodos crticos por poluio de esgotos domsticos, que bem monitorados e acompanhados de
aes de controle ambiental, permitiriam uma substancial melhoria do padro sanitrio de suas
guas.
d) Cloretos
Os grficos relativos ao ndice de cloretos nos trs perodos amostrados, apontam para uma
elevao no teor de cloretos nas guas do Rio Jaguaribe a partir da cidade de Russas, sendo que
nas demais sees montante da mesma, os ndices de cloretos sempre se situam abaixo de 100,
folgadamente dentro do limite mximo desejvel de 200. A elevao do teor de cloretos a partir de
Russas at a cidade de Aracati, est provavelmente associado ao aumento na quantidade de
fertilizantes e defensivos agrcolas utilizados na agricultura irrigada, visto que exatamente a partir
desta regio que se desenvolve com maior intensidade a prtica da irrigao em grande escala.
Observa-se que nesta regio se localizam os maiores permetros pblicos irrigados, alm dos
permetros emancipados e compreendendo tambm, vastas reas irrigadas de natureza privada.
Podem ser citados os permetros irrigados de Morada Nova, Santo Antonio de Russas, Distrito de
Irrigao Jaguaribe-Apodi, etc. A ausncia de um controle ambiental no uso de insumos qumicos
agrcolas organo-clorados fator de propenso para uma elevao no teor de cloretos nas guas do
rio.
Entretanto, pode-se observar que exceo da seo de Aracati, que apresentou os maiores valores
do ndice de cloretos em dois perodos, Janeiro/Fevereiro e Outubro, todas as demais sees ficaram
abaixo do valor mximo desejvel e bem distanciados do valor mximo permitido, o que se conclui
que este parmetro de avaliao da qualidade das guas do rio, ainda no fator preocupante,
desde que se mantenham os nveis encontrados poca da pesquisa de monitoramento.
e) Nitritos
O ndice de nitritos, tal como a DBO5 e os coliformes fecais, um parmetro que indica presena de
poluio recente, seja por esgotos domsticos ou por outros resduos orgnicos. Constitui-se numa
das primeiras fases da mineralizao do ciclo do nitrognio nos compostos orgnicos, indicando-se
assim uma proximidade da fonte de poluio. Considera-se do ponto de vista sanitrio, que a
ausncia de nitritos o patamar desejado nas guas destinadas ao abastecimento humano,
tolerando-se o mximo de at 0,02 mg/l para seu enquadramento sanitrio.
41
A SEMACE realizou determinao do teor de nitritos a partir da seo de Jaguaribara at Aracati nos
perodos de Janeiro/Fevereiro/1995 e Outubro/1995, e da seo de Tau at Aracati, no perodo de
Maio/Junho/1995. Observa-se, tal como no ndice de DBO5 , que ocorre uma variao randmica de
valores ora acima, ora abaixo do limite mximo permissvel, indicando traos de poluio prximas
s sees monitoradas. Valores bastante elevados de nitritos foram verificados principalmente no
perodo de Outubro/1995, nas sees de Castanho e Russas, com ndices superiores a 0,1 mg/l,
ou seja, cinco vezes o valor mximo permitido.
O teor de nitritos um parmetro voltil, indicativo de uma poluio recente e quase pontual,
desaparecendo medida que se completa o ciclo do nitrognio evoluindo para formas mais estveis
como os nitratos. Dessa forma se explica os picos e quedas observados nos grficos do parmetro.
Uma forma interessante de anlise, fazendo-se a superposio em transparncia entre os grficos
de DBO5 e nitritos, principalmente os relativos aos perodos de Maio/Junho e Outubro, quando se
observar uma concordncia entre os picos de ambos os parmetros, o que j era se de esperar
visto que ambos parmetros so indicativos de decomposio orgnica de esgotos.
f) Condutividade
A condutividade das guas est associada presena de sais dissolvidos na mesma, podendo ser
considerada satisfatria para consumo humano at valores de 300 a 350 -1, recomendando-seque fique abaixo de 250. A anlise dos grficos mostra que na maioria das sees, a condutividade
esteve um pouco acima dos valores recomendados, elevando-se rapidamente partir da seo de
Russas at a seo de Aracati, prximo foz do rio. Observa-se outrossim, que nas sees
prximas a centros urbanos, mesmo nas reas do Alto Jaguaribe, eleva-se um pouco o valor da
condutividade das guas.
Os valores de condutividade verificados a partir de Russas podem ser considerados indicativos de
teor de sais inapropriados para consumo humano, carecendo de ateno nos projetos dos sistemas
de tratamento de gua das localidades que sejam abastecidas diretamente com guas do Rio
Jaguaribe.
42
1.3. DIAGNSTICO DA SITUAO AMBIENTAL DA BACIA DO JAGUARIBE
1.3.1. Consideraes Gerais Quanto Situao Ambiental da Bacia
O diagnstico da situao ambiental da bacia hidrogrfica do Rio Jaguaribe, conforme especificado
nos Termos de Referncia do Plano de Gerenciamento das guas da Bacia do Jaguaribe e no Plano
de Trabalho apresentado pela Consultora, compreende as seguintes tarefas levadas a cabo para
consecuo do presente Relatrio:
a) avaliao das cargas poluidoras difusas, agro-industriais e urbanas;
b) mapeamento atual da situao das matas ciliares;
c) avaliao dos dados disponveis com vistas a classificao dos corpos d' gua e da
qualidade da gua;
d) identificao de reservas ecolgicas, reas de preservao e unidades de conservao;
e) identificao de reas degradadas;
f) avaliao dos nveis de salinizao, eroso e assoreamento dos grandes reservatrios;
g) elaborao de relatrio de consolidao do diagnstico ambiental.
Este diagnstico adquire uma importncia fundamental em virtude da prpria extenso territorial da
Bacia do Jaguaribe, compreendendo cerca de 50% da rea territorial do Estado do Cear, abrigando
mais de 1/3 de sua populao, sendo a bacia que possui o maior nmero de reservatrios artificiais
do estado, concentrando tambm os principais audes de natureza estratgica, como os audes
Ors, Banabui, e o maior aude do nordeste atualmente em construo, o Castanho.
Essa concentrao de reservatrios estratgicos, embora implique na acumulao de um aprecivel
volume de gua, pelo menos em termos de estado do Cear, permitindo inclusive sua exportao
para bacias carentes como o caso da bacia metropolitana, no tem se apresentado como a soluo
definitiva para os problemas causados pelas secas peridicas que assolam a regio semi-rida em
que se encontra a Bacia do Jaguaribe, em virtude da limitao do alcance de atendimento desses
reservatrios s regies carentes, em funo de sua localizao geogrfica e da prpria extenso
territorial da bacia.
No obstante, a construo desses reservatrios estratgicos se apresentou como nica soluo
possvel para perenizao de parte dos Rios Jaguaribe e Banabui, que permite assegurar a prtica
da agricultura irrigada em extensas reas situadas a jusante dos mesmos, incluindo-se tambm as
reas de vrzeas contguas aos reservatrios, e prover gua para abastecimento humano e industrial
dos ncleos urbanos situados a jusante destes reservatrios.
43
Em funo da natureza geolgica do substrato rochoso da bacia, sendo a maior parte formada pelo
cristalino, que tem pouca vocao para servir como aqfero de forma a suprir adequadamente as
necessidades hdricas para abastecimento humano de grandes comunidades e, sobretudo, para
prtica da irrigao em virtude do setor primrio ser ainda a base econmica regional, desde
meados do sculo passado iniciou-se um processo de construo de reservatrios superficiais com
vistas a acumular gua durante os eventos chuvosos da estao mida para sua posterior utilizao
durante os perodos secos ou de estiagem.
Assim foram construdos centenas de pequenos reservatrios de caractersticas anuais e alguns
mdios e grandes reservatrios de caractersticas interanuais, incluindo os macro-reservatrios de
natureza estratgica, como os j aqui citados, implicando numa acentuada interveno humana nas
caractersticas ambientais naturais da bacia. A construo desses numerosos reservatrios foi, sem
dvida, a principal ao de natureza antrpica na bacia hidrogrfica com conseqncias apreciveis
para o meio ambiente, quer sejam elas de natureza positiva quer sejam de natureza negativa.
Entre as principais conseqncias positivas da construo dos audes podemos enumerar entre
outras:
a fixao do homem ao campo, permitindo-lhe o acesso gua como elemento indispensvel
sua sobrevivncia biolgica e econmica;
o desenvolvimento da agricultura irrigada, piscicultura e da pecuria, promovendo a
dessedentao animal e permitindo a criao de reas de pastagem;
a perenizao de trechos de rios e riachos, estendendo os benefcios a regies situadas bem a
jusante dos locais de construo dos reservatrios;
o desenvolvimento induzido de outros setores econmicos, tais como o setor industrial nos
ncleos urbanos atendidos pelos reservatrios, alm da agro-indstria agregada aos
permetros irrigados, e o setor de servios, incluindo-se neste ltimo aqueles relacionados s
atividades recreativas e de lazer.
a criao de micro-climas em volta dos reservatrios, amenizando o rigor das condies
climticas tpicas do semi-rido;
Entre as conseqncias negativas da construo dos numerosos audes na bacia podemos
citar:
o desmatamento de reas para construo dos prprios audes e de vastas reas para prtica
da agricultura e pecuria induzidas pela construo dos mesmos;
44
desnudamento e eroso de extensas reas no entorno desses reservatrios;
alteraes na qualidade da gua devido aos processos de salinizao e eutrofizao
decorrentes do acmulo da mesma em alguns desses reservatrios, de acordo com suas
caractersticas particulares;
substituio de espcies silvestres da fauna natural local por outras com maior capacidade de
homeostase s novas condies ambientais decorrentes da formao dos lagos.
De uma forma geral, a construo desses reservatrios configurou-se como indispensvel para a
fixao da populao em sua terra natal, reduzindo o processo migratrio para os grandes centros
urbanos, ou mesmo para outras regies do pas, muito embora no tenha sido possvel estancar o
processo migratrio em funo de uma combinao de outros fatores.
Por ocasio da elaborao do Plano Estadual dos Recursos Hdricos (1992), a Bacia do Jaguaribe
contava com 4.712 reservatrios para uma capacidade armazenada de 6.676,74 hm3 , sendo que os
pequenos reservatrios compreendiam 4.554 audes (96,64 %), representando 1.328,27 hm3, ou
cerca de 19,89 % do total das reservas. Isto significava que apenas 3,36 % dos audes
considerados mdios/grandes acumulavam 80,11 % do volume armazenvel da bacia.
Prev-se com a construo do Aude Castanho e mais 21 novos audes constantes dos Programas
PROURB e PROGUA, que o volume armazenvel passar para 13.239,95 hm3, ou seja, mantidas
a devidas propores no nmero de audes, cerca de 89,55 % do volume armazenvel da bacia ser
controlado pelos grandes reservatrios.
Para gerenciar este volume estratgico de gua em conformidade com a poltica de recursos hdricos
do estado instituda pela Lei 11.996 de 24/07/92, foi criada a Companhia de Gesto dos Recursos
Hdricos do Estado do Cear COGERH, Lei 12.217 de 18/11/93, com a misso precpua de dar
suporte tcnico e operacional ao cumprimento da Lei 11.996, estando entre suas misses a
administrao de conflitos de usos da gua, at que sejam legalmente estabelecidos os Comits de
Bacia Hidrogrfica, de forma semelhante ao recm-criado Comit da Bacia Hidrogrfica do Curu.
Entretanto, enquanto que a problemtica do gerenciamento das guas armazenveis nos grandes
reservatrios est aparentemente bem equacionado, o mesmo no se passa com relao gesto
ambiental da bacia como um todo, ou em outras palavras, no h nenhum rgo governamental
adequadamente estruturado para prover o gerenciamento do uso do solo dentro da bacia, com poder
de polcia para evitar os grandes desmatamentos, queimadas, remoo de matas ciliares para uso
agrcola, uso abusivo de pesticidas e fertilizantes na agricultura, despejos incontrolados de resduos
poluidores nos corpos d`gua, localizao de rampas de lixo dentro de zonas de preservao dos
corpos hdricos,
45
etc. alm de administrar os conflitos de usos existentes entre os agentes intervenientes, uma vez que
a qualidade das guas depende fundamentalmente do uso do solo que se faz na bacia hidrogrfica.
H dvidas inclusive quanto ao prprio aparato jurdico-institucional disponvel para controle da
degradao ambiental, s sendo exigido Estudos de Impacto Ambiental Relatrio de Impacto
Ambiental (EIA-RIMA) para grandes empreendimentos, que na maioria das vezes so oriundos do
prprio poder pblico a partir de financiamentos atravs de agentes externos como o Banco Mundial,
BIRD, BID, etc., que tem como poltica prpria a exigncia de estudos de impacto ambiental para os
empreendimentos a serem financiados.
Assim sendo que na pesquisa feita nos acervos das instituies ambientais como a
Superintendncia Estadual do Meio Ambiente SEMACE, e do Instituto Brasileiro do Meio