GEOTROTA Consultadoria em Geociências, Unipessoal L.da
BETOMARQUES, S.A.
PEDREIRA DA MELANCIA
ESTUDO DE IMPACTE AMBIENTAL
VOLUME II – RESUMO NÃO TÉCNICO
Dezembro 2004
GEOTROTA Consultadoria em Geociências, Unipessoal L.da
BETOMARQUES, S.A.
PEDREIRA DA MELANCIA
ESTUDO DE IMPACTE AMBIENTAL
VOLUME II – RESUMO NÃO TÉCNICO
PREÂMBULO
A GEOTROTA - Consultadoria em Geociências, Unipessoal L.da, apresenta, no
presente documento, o Estudo de Impacte Ambiental (EIA) para a Pedreira da
Melancia, situada na Freguesia da Ribeirinha, Concelho da Ribeira Grande, S.
Miguel, Açores.
Este EIA foi elaborado em conformidade com a legislação vigente, nomeadamente o
Dec. Lei n.º 69/2000, de 3 de Maio, e a Portaria n.º 330/2001, de 2 de Abril, entre
outra legislação específica do estudo em apreço.
Ponta Delgada, 30 de Dezembro de 2004.
__________________________________
(Pela GEOTROTA, Eng. António Neves Trota)
Vol. II – Resumo não técnico EIA - Pedreira da Melancia
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PROMOTOR DO PROJECTO
O promotor do projecto é a BETOMARQUES, S.A., que pretende explorar
Pedreira da Melancia situada em Faias, freguesia de Ribeirinha, concelho da Ribeira
Grande, ilha de S. Miguel, Açores.
Ponta Delgada, 30 de Dezembro de 2004.
__________________________________
(Pela BETOMARQUES,S.A.)
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PEDREIRA DA MELANCIA
ESTUDO DE IMPACTE AMBIENTAL
ÍNDICE GLOBAL
PEÇAS ESCRITAS
Volume I – Relatório Técnico (RT)
Volume II – Resumo Não Técnico (RNT)
LISTA DE FIGURAS E TABELAS DO RT
Figura 4 – Cronograma.
Figura 5 – Unidades Geomorfológicas da Ilha de São Miguel.
Figura 6 – Mapa de intensidades.
Tabela 1 – Classificação final da significância.
Tabela 2 – Reservas prováveis da pedreira.
Tabela 3 – Principais sismos de origem tectónica ocorridos em São Miguel.
Tabela 4 – Propriedades do solo em São Miguel.
Tabela 5 – Principais fontes fixas de emissão de poluentes atmosféricos.
Tabela 6 – Resultados das medições de ruído.
Tabela 7 – Aves observadas na zona de estudo.
Tabela 8 – Espécies vegetais encontradas na zona de estudo.
Tabela 9 – Percentagens da população da Ribeira Grande por faixas etárias.
Tabela 10 – Profissões da população residente empregada na Ribeira Grande.
Tabela 11 – Percentagem de população activa por actividade económica, no concelho de
Ribeira Grande.
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ANEXOS DO RT
Anexo I Doc. I.1.a,b,c – Enquadramento da pedreira no PDM.
Doc. I.2 1 a 12 – Registros meteorológicos de Santana.
Anexo II
Figura II.1 – Localização da pedreira da Melancia, com base em mapa na escala 1:25000
dos S.C.E.
Figura II.2 – Localização dos acessos à Pedreira da Melancia com base em mapa na escala
1:25000 dos S.C.E.
Figura II.3 – Implementação das zonas de defesa na Pedreira da Melancia com base em
levantamento topográfico actualizado.
Figura II.7 – Carta de capacidade de usos do solo.
Figura II.8 – Esboço Pedológico da ilha de S. Miguel, Região da Pedreira da Melancia.
Figura II.9 – Localização das nascentes e furos de água na ilha de S. Miguel (IGM, 1999).
Figura II.10 – Implantação da Pedreira da Melancia no PDM da Ribeira Grande.
Anexo III
Quadro III.1. A e B – Matriz de identificação e avaliação da significância dos impactes
ambientais (fase de exploração).
Quadro III.2 – Matriz de avaliação de Impactes e medidas de minimização e/ou valorização.
Figura III.1 – Levantamento fotográfico da Pedreira da Melancia.
Figura III.2 – Levantamento fotográfico dos pontos de medição de ruído ambiental na
situação de referência.
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LISTA DE FIGURAS E TABELAS DO RNT
Tabela 1 – Classificação final da significância.
Figura 1 – Localização e acessos da Pedreira da Melancia, com base em mapa dos S.C.E.,
na escala 1/2500.
Figura 2 – Cronograma das actividades de exploração da Pedreira da Melancia.
Foto 1 - Povoado da Ribeirinha, ao fundo, e explorações agrícolas, mais próximo.
Foto 2 – Vista para a Pedreira das Covas.
Foto 3 – Vista para interior da pedreira.
Foto 4 – Relevo e vegetação da zona envolvente à Pedreira.
ANEXOS DO RNT
Quadro 1 (A e B) - Matriz de Avaliação e Identificação da significância dos impactes
ambientais.
Quadro 2 – Matriz de avaliação de Impactes e medidas de minimização e/ou valorização.
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VOLUME II – RESUMO NÃO TÉCNICO
Vol. II – Resumo não técnico EIA - Pedreira da Melancia
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Vol. II – Resumo não técnico EIA - Pedreira da Melancia 1
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO--------------------------------------------------------------------------------------2 1.1 AUTORIA E RESPONSABILIDADE DO EIA -------------------------------------------------------3 1.2 IDENTIFICAÇÃO DA EQUIPA TÉCNICA -----------------------------------------------------------3 1.3 METODOLOGIA E OBJECTIVOS---------------------------------------------------------------------4 2. DESCRIÇÃO DO PROJECTO------------------------------------------------------------------7 2.1 LOCALIZAÇÃO E ACESSOS---------------------------------------------------------------------------7 2.2 ANTECEDENTES------------------------------------------------------------------------------------------8 2.3 MÉTODO DE EXPLORAÇÃO SEGUNDO O PLANO DE LAVRA (PL)----------------------9 2.4 MÃO DE OBRA E EQUIPAMENTO----------------------------------------------------------------- 10 2.5 PLANO AMBIENTAL E DE RECUPERAÇÃO PAISAGÍSTICA ------------------------------ 11 3. CARACTERIZAÇÃO DA SITUAÇÃO AMBIENTAL DE REFERÊNCIA ------------ 12
4. AVALIAÇÃO DE IMPACTES------------------------------------------------------------------ 17 4.1 IMPACTES NA GEOLOGIA--------------------------------------------------------------------------- 17 4.2 IMPACTES NOS SOLOS E ÁREAS REGULAMENTARES ---------------------------------- 18 4.3 IMPACTES NO CLIMA E METEOROLOGIA ----------------------------------------------------- 18 4.4 IMPACTES NOS RECURSOS HÍDRICOS-------------------------------------------------------- 18 4.5 IMPACTES NA QUALIDADE DO AR --------------------------------------------------------------- 19 4.6 IMPACTES NO AMBIENTE SONORO------------------------------------------------------------- 20 4.7 IMPACTES NA ECOLOGIA --------------------------------------------------------------------------- 20 4.8 IMPACTES NA SÓCIO-ECONOMIA---------------------------------------------------------------- 21 4.9 IMPACTES NA PAISAGEM --------------------------------------------------------------------------- 21 4.10 IMPACTES NO PATRIMÓNIO ------------------------------------------------------------------------ 22 5. MEDIDAS DE MINIMIZAÇÃO----------------------------------------------------------------- 23 5.1 GEOLOGIA ------------------------------------------------------------------------------------------------ 23 5.2 SOLOS E ÁREAS REGULAMENTARES---------------------------------------------------------- 24 5.3 RECURSOS HÍDRICOS ------------------------------------------------------------------------------- 25 5.4 QUALIDADE DO AR ------------------------------------------------------------------------------------ 25 5.5 AMBIENTE SONORO ---------------------------------------------------------------------------------- 26 5.6 ECOLOGIA ------------------------------------------------------------------------------------------------ 26 5.7 SOCIO-ECONOMIA------------------------------------------------------------------------------------- 27 5.8 PAISAGEM ------------------------------------------------------------------------------------------------ 27
6. PROGRAMA DE MONITORIZAÇÃO ------------------------------------------------------- 29
7. CONCLUSÕES ----------------------------------------------------------------------------------- 31
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VOLUME II – RESUMO NÃO TÉCNICO
1. INTRODUÇÃO
O presente Resumo Não Técnico (RNT) faz parte integrante do Estudo de Impacte
Ambiental (EIA) da futura exploração da pedreira da Melancia, realizado pela
GEOTROTA - Consultadoria em Geociências, Unipessoal, Lda.
Este trabalho foi elaborado para a empresa Betomarques, S.A., a qual pretende
explorar a Pedreira da Melancia, na Ribeirinha, para extracção da massa mineral.
O EIA pretende avaliar os impactes decorrentes das actividades, da fase de exploração
da pedreira e da sua desactivação, que constam no plano da pedreira, o qual inclui o
plano de lavra e o plano ambiental de recuperação paisagística, bem como propor
medidas de minimização e valorização do projecto em causa, sempre que estas se
revelem necessárias.
O EIA foi elaborado de modo a dar cumprimento à legislação ambiental em vigor e teve
como base o Dec. Lei n.º 69/2000, de 3 de Maio, que estabelece o regime jurídico da
Avaliação de Impacte Ambiental, e a portaria n.º 330/2001, de 2 de Abril, que fixa, entre
outras, as normas técnicas para a estrutura do Estudo de Impacte Ambiental.
O Plano Director Municipal (PDM) da Ribeira Grande encontra-se aprovado, em
Assembleia Municipal, sendo este documento consultado para a elaboração do EIA,
por forma a permitir o melhor enquadramento do projecto em análise na política de
planeamento e ordenamento do concelho, em perspectiva.
Vol. II – Resumo não técnico EIA - Pedreira da Melancia
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1.1 AUTORIA E RESPONSABILIDADE DO EIA
A elaboração do projecto do EIA esteve a cargo da GEOTROTA – Consultadoria em
Geociências, Unipessoal Lda, e é da responsabilidade do Eng.º António Neves Trota.
1.2 IDENTIFICAÇÃO DA EQUIPA TÉCNICA
O tipo de projecto em análise requer a constituição de uma equipa multidisciplinar, por
forma a tratar os diferentes sectores envolvidos de modo objectivo, específico e
integrado no global do estudo.
A equipa técnica responsável pela elaboração do presente EIA foi composta pelos
seguintes elementos :
António Trota (Licenciado em Engenharia Geológica, Mestre em Vulcanologia e
Avaliação de Riscos Geológicos) – Coordenador do EIA.
Maria Inês Castro (Licenciada em Engenharia do Ambiente) – Paisagem, Ecologia, Ambiente Sonoro, Qualidade do Ar, Clima e Meteorologia, Sócio - Economia.
Fernando Sousa (Licenciado em Geologia, Mestre em Vulcanologia e Avaliação de
Riscos Geológicos) – Geomorfologia, Solos, Áreas Regulamentares e Recursos Hídricos.
Francisco Costa (Licenciado em História) – Património e Ambiente Sonoro.
Vol. II – Resumo não técnico EIA - Pedreira da Melancia 3
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1.3 METODOLOGIA E OBJECTIVOS
O EIA da Pedreira da Melancia tem como finalidade, identificar, predizer e interpretar
os impactes positivos ou negativos que essa actividade irá causar na zona, por forma a
definir as medidas de minimização dos impactes negativos, que permitam atenuar os
seus efeitos.
A estrutura do EIA seguiu a legislação já referida. Todos os elementos necessários à
elaboração deste estudo foram obtidos através da consulta de elementos
disponibilizados pelo promotor, da recolha bibliográfica complementar e dos estudos
realizados no campo, nos quais se destacam os estudos geológicos, de observação da
vegetação e fauna e as medições de ruído.
A Elaboração do EIA decorreu no período entre 20 de Outubro e 30 de Dezembro de
2004.
Os objectivos gerais do EIA são: compatibilizar a protecção ambiental e o
desenvolvimento de actividades humanas para não deteriorar a qualidade de vida das
populações e do meio ambiente geral; permitir o uso sustentado dos recursos naturais,
sem constituir obstáculo às acções que promovem o desenvolvimento da região e/ou
país.
Nesse sentido a estratégia seguida consta do seguinte:
descrição das características do local em estudo, nomeadamente a situação
actual de referência;
de acordo com os descritores mais relevantes, determinação e avaliação dos
potenciais impactes ambientais positivos e negativos que o projecto irá
introduzir, na fase de exploração e na de recuperação paisagística, definidas no
Plano de Pedreira (PP);
os impactes produzidos na fase de exploração serão avaliados em relação à
situação de referencia sem projecto;
Vol. II – Resumo não técnico EIA - Pedreira da Melancia 4
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os impactes resultantes da fase de recuperação paisagística serão avaliados em
comparação com a situação na fase de exploração;
identificação das medidas de mitigação que deverão ser implementadas de
modo a evitar e/ou minimizar os impactes negativos do projecto.
Na caracterização da situação actual de referência, foram contemplados os seguintes
descritores:
Geologia;
Solos e Áreas Regulamentares;
Clima;
Recursos hídricos;
Qualidade do ar;
Ambiente sonoro;
Factores bióticos (fauna e flora);
Sócio - economia;
Paisagem;
Património.
Os limites geográficos considerados para cada descritor, como área de estudo,
dependem da sua especificidade e da forma como cada um se expressa no meio
envolvente.
Foram identificados os impactes positivos e negativos, resultantes da implementação
do projecto. Pretendeu-se avaliar o significado (importância) das actividades/processos
inerentes à exploração da Pedreira da Melancia nos diversos aspectos ambientais.
No que respeita à classificação dos impactes ambientais, identificados para as diversas
fases do projecto, esta foi efectuada de acordo com o estabelecido pela Portaria n.º
330/2001, de 2 de Abril, e adaptada ao projecto em avaliação, comportando os
seguintes itens:
Natureza (positivo, negativo);
Vol. II – Resumo não técnico EIA - Pedreira da Melancia 5
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Significância (reduzida, média, elevada, muito elevada);
Fase de ocorrência (exploração, recuperação paisagística);
Duração (temporária, permanente);
Incidência (directos, indirectos).
Para a avaliação dos impactes ambientais da pedreira da Melancia, foram
consideradas todas as acções previstas para as diferentes fases definidas no Plano de
Lavra do PP (exploração e recuperação paisagística) e identificados os respectivos
descritores ambientais sobre os quais estas actividades poderão induzir impactes
positivos ou negativos.
A analise da significância dos impactes ambientais é efectuada em função do grau de
relevância que as acções desenvolvidas têm sobre os descritores. Atribuindo-se uma
pontuação numa escala a variar entre 1 e 4 (ver Quadro 1, em anexo) . Do somatório
das pontuações atribuídas, resulta o valor final da significância total da acção em causa
(tabela 1).
Tabela 1 – Classificação final da significância.
NÍVEIS SIGNIFICÂNCIA
Muito elevado 16 a 20
Elevado 11 a 15
Médio 6 a 10
Reduzido 1 a 5
É descrito um leque de medidas de minimização dos impactes negativos mais
significativos, perspectivando a sua prevenção, tendo por base a informação e
experiência de outras situações e estudos similares, e atendendo às especificidades
próprias deste projecto.
No fim, é apresentado um plano de monitorização para a avaliação dos impactes
ambientais previstos, de modo a aferir a eficácia das medidas de minimização e/ou
valorização propostas, bem como um conjunto de lacunas de conhecimento, onde são
referidas as dificuldades encontradas na elaboração deste EIA.
Vol. II – Resumo não técnico EIA - Pedreira da Melancia 6
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2. DESCRIÇÃO DO PROJECTO
O projecto em causa rege-se pelo Plano da Pedreira que inclui o Plano de Lavra,
constituído por um documento técnico descritivo do método de exploração, e o Plano
Ambiental e de Recuperação Paisagística, que consiste num documento técnico
composto pelas medidas ambientais e pela proposta de solução para o encerramento e
recuperação paisagística da área explorada.
2.1 LOCALIZAÇÃO E ACESSOS
A Pedreira da Melancia fica situada numa zona denominada por Fenais/Faias (Fig. 1),
a S do Calhau do Cabo, a SW do Cintrão (designações da Carta 1:25.000 dos Serviços
Cartográficos do Exército – S.C.E.), freguesia da Ribeirinha, concelho da Ribeira
Grande.
Relativamente à sua localização geográfica, o centro aproximado da pedreira tem por
coordenadas UTM (Universal Transverse of Mercator, Zona 26S, elipsóide de Hayford,
Datum S. Brás): M = 632470 Km e P = 4188720 Km.
Vol. II – Resumo não técnico EIA - Pedreira da Melancia 7
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630000
630000
631000
631000
632000
632000
633000
633000
634000
634000
4187
000 4187000
4188
000 4188000
4189
000 4189000
4190
000 4190000
Fig. 1 – Localização e acessos da Pedreira da Melancia, com base em mapa dos S.C.E., na escala
1/2500.
O acesso à pedreira poder-se-á efectuar através de vários caminhos distintos, sempre
a partir de transversais, para S, da estrada regional entre a Ribeira Grande e a
Ribeirinha ou passando por esta freguesia. Refere-se como Acesso 1 o caminho de
terra e bagacina junto à linha de costa (Fig. 1), atravessando diversas explorações de
basalto, actualmente em fase de desmonte e recuperação paisagística. Este caminho
apresenta-se em razoável estado de conservação. Outro acesso possível, Acesso 2,
será através da freguesia de Ribeirinha (Fig. 1), passando pela zona das Covas em
direcção a Faias, local da exploração. Este acesso também se encontra em razoável
estado de conservação.
2.2 ANTECEDENTES
A empresa Betomarques, S.A. enviou à DROTRH um pedido de parecer de localização
para uma pedreira próxima, a pedreira do Milho. Esta Direcção, após consulta a
Vol. II – Resumo não técnico EIA - Pedreira da Melancia 8
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diversas entidades, solicitou um procedimento de AIA para aquele projecto. Uma vez
que a pedreira da Melancia se situa nas imediações da pedreira do Milho, terá de
seguir um procedimento semelhante.
Paralelamente, o promotor do projecto enviou à Câmara Municipal da Ribeira Grande,
no âmbito da discussão do Plano Director Municipal da Ribeira Grande, um pedido para
afectação de alguns terrenos, pertença do Grupo Marques, à actividade extractiva, isto
é como zona de exploração de Massas Minerais.
2.3 MÉTODO DE EXPLORAÇÃO SEGUNDO O PLANO DE LAVRA (PL)
A pedreira, incluindo as zonas de defesa, apresenta uma área de 17.960 m2 (valor
actualizado de acordo com o levantamento topográfico recente). A área de desmonte
propriamente dita ronda os 9.980 m2.
O Plano de Lavra (PL) da Pedreira da Melancia inclui, entre outros aspectos, a
metodologia de desmonte, localização dos depósitos de solo vegetal, destino a dar aos
estéreis, assim como as medidas de segurança e de defesa a implementar em redor da
exploração.
O plano teve por base de trabalho a topografia actual, o processo de extracção de
agregados delineado e as medidas de recuperação paisagística a implementar durante
e após as fases da exploração.
As acções que se prevêem com este projecto podem-se agrupar em duas fases
distintas e ao mesmo tempo complementares, a fase de exploração e a de
recuperação.
O processo de exploração incluirá as seguintes fases :
Desmatagem (remoção da cobertura vegetal);
Desmonte;
Regularização de aterros;
Vol. II – Resumo não técnico EIA - Pedreira da Melancia 9
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Exploração propriamente dita.
2.4 MÃO DE OBRA E EQUIPAMENTO
Estima-se que o número de pessoas afecto à exploração seja o seguinte:
1 responsável pela exploração;
1 especialista em fogo, quando o desmonte recorrer a esta técnica;
2 trabalhadores a tempo parcial.
O equipamento a utilizar na pedreira no apoio às actividades de desmonte, extracção e
carregamento, consiste em:
1 perfuradora (Rockdrill 642 ou Rockdrill 642 HC);
1 giratória (Cat 5080 Demag 65, Komatsu 240 ou O&K RH6);
1 pá carregadora (Komatsu Wa 470-3);
3 camiões para transporte da rocha.
Normalmente, apenas uma das máquinas enunciadas ( perfuradora, giratória e pá
carregadora) estará em funcionamento pleno durante o horário normal de trabalho.
Cronograma
De acordo com o disposto no Plano de Pedreira, as tarefas de exploração e
recuperação paisagística da pedreira cumprirão o cronograma do quadro seguinte
(Fig.2). Este cronograma poderá vir a ser deslocado no tempo, atendendo à tramitação
do processo de AIA e à aprovação do Plano de Pedreira.
Vol. II – Resumo não técnico EIA - Pedreira da Melancia 10
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Anos
Tarefa 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13
Desmonte
Aterro
Regularização de Terrenos
Colocação de solos Plantação/Semeadura
Encerramento
Fig. 2 – Cronograma das actividades de exploração da Pedreira da Melancia.
2.5 PLANO AMBIENTAL E DE RECUPERAÇÃO PAISAGÍSTICA
Segundo o Dec.Lei 270/2001, o Plano Ambiental e de Recuperação Paisagística deve
manter uma ligação umbilical com o Plano de Lavra por forma a possibilitar um mais
rápido enquadramento na paisagem local e permitindo uma recuperação gradual e
atempada da exploração. Tal permitirá a minimização dos impactes ambientais
provocados durante o período de vida da pedreira.
O grosso da recuperação paisagística pretende-se que seja encetado durante o
período de desmonte da pedreira. No último ano (2013) serão levados a cabo os
trabalhos finais de recuperação.
O processo de recuperação inclui:
Colocação do solo superficial nos taludes;
Trabalhos de regularização;
Plantação e semeadura de vegetação;
Trabalhos de manutenção.
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3. CARACTERIZAÇÃO DA SITUAÇÃO AMBIENTAL DE REFERÊNCIA
A caracterização da situação de referência consiste na análise das condições locais
actuais, sem projecto, por forma a servir de base para a identificação das principais
alterações introduzidas pelo projecto em avaliação.
Em termos geológicos, a área de estudo está situada na zona limite entre a Região
dos Picos e o Maciço do Fogo. Esta região apresenta um relevo suave, exceptuando os
cones vulcânicos de escórias Pico da Vinha, Cordeiro e da Multa, a E e S, e os domos
do Pico do Cintrão e de Santa Iria, a S.
O aspecto morfológico da região deve-se em maioria à sua tectónica activa, o
denominado Graben da Ribeira Grande, e pela existência de formações litológicas
muito jovens e diferenciadas, normalmente escoadas lávicas traquíticas e basálticas
alternando com formações piroclásticas, por vezes extensas, frequentemente de
natureza traquítica. Os vales, encaixados e profundos, evidenciam processos erosivos
muito intensos, derivados da elevada pluviosidade, da alta friabilidade dos depósitos e
do declive acentuado.
Na zona da Pedreira da Melancia a litologia dominante corresponde a escoadas
lávicas, contemporâneas ao depósito Fogo A, com cerca de 5000 anos B.P.
(Wallenstein, 1999), provenientes do Monte Gordo, que se estendem por grande parte
da cintura mais próxima do mar do flanco N do Maciço do Fogo.
Fruto da geologia existente na zona, a área de estudo apresenta uma elevada
estabilidade proporcionada por um relevo aplanado, pela elevada infiltração das águas
pluviais e pela consistência da rocha basáltica (s.l.). Estes factores, em conjunto,
limitam a acção dos agentes erosivos. De acordo com o Esboço Pedológico da ilha de
S. Miguel, o solo da zona em causa corresponde a uma associação de solos
denominados por andossolos saturados normais, andossolos saturados pouco
espessos e solos delgados alofânicos.
Vol. II – Resumo não técnico EIA - Pedreira da Melancia 12
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Em termos do uso do solo, pela análise da Carta de Capacidade de Uso do Solo de
Pinheiro et al. (1987), os solos da zona em causa estão classificados como de aptidão
agrícola média a baixa.
Actualmente a área em questão está a ser utilizada para apoio à agro-pecuária
(pastagem).
Através dos dados climáticos da zona (estação climatológica de Santana) verifica-se
que a temperatura média anual ronda os 14.8 C, a precipitação total anual os 1217 mm
e a humidade relativa é cerca de 84.8%. A evaporação anual é de 935.3 mm.
Relativamente ao regime dos ventos, os ventos dominantes são dos quadrantes NE e
NW, com uma intensidade média anual do vento é de 8 Km/h.
A linha de água mais próxima é a Ribeira das Gramas. Esta linha de água está situada
a W da pedreira (a cerca de 760 metros de distância), sendo remotas as hipóteses de
potenciais drenagens da Pedreira da Melancia para esta.
A montante da Ribeira das Gramas, localiza-se a captação subterrânea do Monte
Gordo. A agua proveniente da captação é aduzida até uma estação de tratamento de
Agua e desta ao Reservatório da Ribeirinha. A população da freguesia de Ribeirinha é
servida pela agua armazenada no Reservatório referido. O resto dos cursos de água
existentes são do tipo efémero, ocorrendo apenas durante ou imediatamente após os
períodos de precipitação.
Verifica-se, com base na observação de campo e na informação disponível, que na
área envolvente a ocupação é principalmente agrícola, industrial e urbana. Em termos
da qualidade do ar, as ocupações agrícolas e urbanas, face à sua pequena dimensão,
não contribuem significativamente para a sua degradação. As principais fontes de
emissão de poluentes atmosféricos são as pedreiras próximas em exploração, a causa
da emissão de poeiras.
Para a caracterização do ambiente sonoro, foi efectuado o reconhecimento do local e
realizadas medições de ruído. A avaliação dos níveis sonoros registados foi realizada
Vol. II – Resumo não técnico EIA - Pedreira da Melancia 13
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segundo o Dec. Lei n.º 292/2000. Verificou-se que o terreno em estudo, na situação de
referencia sem projecto, respeita o Dec.Lei n.º 292/2000, pois o LAeq do ruído ambiente
exterior é inferior a 65 dB(A) para zonas mistas.
Do ponto de vista da diversidade florística, não existem espécies protegidas nem de
interesse particular. A maior parte das espécies vegetais são consideradas invasoras
(Pittosporum undulatum (PITTOSPORACEAE) “incenso”). Também existem na zona
outras espécies como o Laurus nobilis (LAURACEAE) “louro-manso”, Arundo donax
(POACEAE) “cana”, Lantana camara (VERBENACEAE) “cambará”.
No que diz respeito à fauna foi registada apenas a presença de aves, mas devem
existir outras espécies como o coelho (Oryctolagus cuniculus) e o rato castanho (rattus
norvegicus), ambos introduzidos em São Miguel desde o continente.
Relativamente à analise socio-económica, a freguesia de Ribeirinha (concelho de
Ribeira Grande), povoado mais próximo à exploração da Pedreira da Melancia,
encontra-se a uma distância de cerca de 700 metros a S da exploração (Foto 1), com
uma área de aproximadamente 18,05 Km2, confronta com o mar e com as freguesias
de Matriz e Porto Formoso. A população da Ribeirinha é de 2116 residentes (2001).
O concelho da Ribeira Grande é constituído pelas freguesias de Calhetas, Conceição,
Fenais da Ajuda, Lomba da Maia, Lomba de S. Pedro, Maia, Matriz, Pico da Pedra,
Porto Formoso, Rabo de Peixe, Ribeira Seca, Ribeirinha, Santa Bárbara e São Brás.
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Foto 1 - povoado da Ribeirinha, ao fundo, e explorações agrícolas, mais próximo.
A Ribeira Grande, a seguir a Ponta Delgada e a Angra do Heroísmo, é o terceiro
Concelho mais populoso da Região Autónoma dos Açores. Em 2001, a sua população
fazia um total de 28,476 residentes.
Relativamente à população activa, verifica-se a precariedade do emprego, havendo a
necessidade de criação de novos postos de trabalho duradouros, que deverão ser
baseados no aproveitamento das capacidades dos recursos do concelho.
Actualmente, as actividades que mais se demarcam no Concelho da Ribeira Grande
são: o cultivo de Chá, Comércio, de que já existe em embrião uma futura Câmara do
Comércio e Indústria do Concelho, Construção Civil, Geotermia, Lacticínios, Licores,
Pescas e Turismo. Com o espírito de dinamizar ainda mais a sua economia, o
Concelho tem vindo a dar implemento ao seu Parque Industrial, situado na freguesia da
Ribeira Seca.
Em termos paisagísticos o local da exploração encontra-se numa zona globalmente
aplanada, destacando-se deste relevo o Pico do Cintrão a E, onde predominam
diversos afloramentos rochosos, pastagens e outras explorações de basalto (Foto 2).
Os terrenos da pedreira encontram-se algo degradados devido à lavra antiga, como foi
Vol. II – Resumo não técnico EIA - Pedreira da Melancia 15
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referido anteriormente. A parte central desta área já não tem, praticamente, vegetação,
observando-se a rocha na frente de desmonte deixada por lavra antiga (Foto 3).
A vegetação presente na zona é composta essencialmente por estrato arbustivo e
arbóreo (Foto 4).
2
3 4
Foto 2 – Vista para a Pedreira das Covas. Foto 3 – Vista para interior da pedreira. Foto 4 – Relevo e vegetação da
zona envolvente à Pedreira.
Na zona envolvente do terreno localizam-se diversas explorações de pedreiras,
apresentando uma paisagem pouco atractiva, sem valor cénico relevante (Foto 4).
No que se refere ao património histórico-religioso da Ribeirinha, destaca-se a igreja do
Santíssimo Salvador do Mundo, do ano de 1861.
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4. AVALIAÇÃO DE IMPACTES
Pretende-se neste capítulo proceder à identificação e avaliação dos potenciais
impactes nas fases da exploração e recuperação paisagística da pedreira da
Melancia, sobre os descritores ambientais e socio-económicos anteriormente
caracterizados na situação de referência.
O principal objectivo desta fase do EIA é identificar e avaliar as alterações,
irreversíveis ou não, positivas ou negativas, de maior o menor grau, que irão surgir
ao nível do estado actual do local e da área envolvente.
Todos os impactes a seguir descriminados encontram-se patentes no Quadro
Resumo que se apresenta em anexo.
4.1 IMPACTES NA GEOLOGIA
Fase de exploração
Perda do coberto vegetal (Negativo);
Aumento do risco de erosão e a capacidade de sedimentação (Negativo).
Fase de recuperação paisagística
Plantação de vegetação (Positivo);
Estabilização dos taludes (Positivo);
Modelação do terreno (Positivo).
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4.2 IMPACTES NOS SOLOS E ÁREAS REGULAMENTARES
Fase de exploração
Área mais deprimida com uma estrutura artificial, não enquadrada no local
(Negativo);
Modificação do uso do solo e pela destruição da sua estrutura (Negativo);
Contaminação do solo através de derrames de combustíveis provenientes de
fugas de viaturas (Negativo).
Fase de Recuperação Paisagística
Reposição do solo (Positivo);
Alteração do uso do solo para agrícola e/ou pastagem (Positivo);
Probalidade de abandono do local (Negativo).
4.3 IMPACTES NO CLIMA E METEOROLOGIA
Prevê-se que o local não irá sofrer alterações significativas em termos de clima,
tanto na fase de exploração como na fase de recuperação paisagística.
4.4 IMPACTES NOS RECURSOS HÍDRICOS
Fase de Exploração
Desmatação do terreno (Negativo);
Ausência de cobertura vegetal (Negativo);
Remoção de solo por processos de escorrência pontuais (Negativo).
Vol. II – Resumo não técnico EIA - Pedreira da Melancia 18
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O sistema de drenagem natural sofrerá, ao nível local, pequenas alterações das
suas condições de escoamento, as quais não terão qualquer significado para as
linhas de água existentes nas proximidades.
Fase de recuperação paisagística
Eliminação do arrastamento de sólidos (Positivo);
Recuperação do sistema de drenagem natural (Positivo).
4.5 IMPACTES NA QUALIDADE DO AR
Os impactes sobre este descritor ocorrem tanto na área especifica de localização da
exploração, e na sua área de influência, como também ao longo de todo o trajecto
de circulação das viaturas de transporte.
Fase de exploração
Libertação de partículas pequenas e finas associadas às principais perturbações no
homem, devido às actividades a seguir indicadas (Negativo):
Desmatação do solo;
Extracção da massa mineral;
Circulação de viaturas.;
Carregamento de agregados e largada de solos e estéreis.
No que respeita à emissão de gases tóxicos das viaturas, não se revela este
impacte como de significância elevada sobre o descritor qualidade do ar.
Fase recuperação paisagística
Eliminação da principal fonte emissora de poeiras (Positivo).
Vol. II – Resumo não técnico EIA - Pedreira da Melancia 19
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4.6 IMPACTES NO AMBIENTE SONORO
Fase de exploração
Os impactes serão avaliados em função dos seus efeitos face à situação de
referência (sem projecto).
Emissões de ruído provenientes das operações de desmonte (Negativo);
Entrada e saída de viaturas pesadas para o transporte da massa mineral
(Negativo).
Fase de recuperação paisagística
Nesta fase as principais fontes de ruído presentes na fase anterior (exploração)
serão eliminadas, pelo que não se considera a ocorrência de impacte negativo
significativo.
4.7 IMPACTES NA ECOLOGIA
Fase de exploração
Remoção do coberto vegetal (Negativo);
Remoção das espécies vegetais invasoras, “pragas” (Positivo).
Abandono das espécies vegetais invasoras (Negativo).
Fase de recuperação paisagística
Recuperação biofísica gradual e atempada da área da exploração (Positivo);
Redução da presença de infestantes no local (Positivo).
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4.8 IMPACTES NA SÓCIO-ECONOMIA
Fase de exploração
Criação de postos de trabalho directos e indirectos (Positivo);
Perturbação da população por causa do ruído (Negativo);
Circulação de veículos pesados (Negativo);
Dispersão de poeiras para a envolvente à exploração (Negativo);
Congestionamento do tráfego, devido à circulação de viaturas pesadas
(Negativo).
Fase de recuperação paisagística
Eliminação de postos de trabalho como encerramento da pedreira (Negativo);
Probalidade de assegurar a “transferência” destes postos de trabalho para
explorações de natureza similar e dentro do concelho de Ribeira Grande
(Positivo).
4.9 IMPACTES NA PAISAGEM
Fase de exploração
Alteração definitiva da morfologia da área (Negativo);
Alteração do coberto vegetal e aparecimento de resíduos sólidos (Negativo).
Fase de recuperação paisagística
Recuperação paisagística e enquadramento da área da pedreira na região
envolvente (Positivo);
Aumento da área de solo arável (Positivo).
Vol. II – Resumo não técnico EIA - Pedreira da Melancia 21
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4.10 IMPACTES NO PATRIMÓNIO
Na Ribeirinha, como foi referido anteriormente, destaca-se a igreja do Santíssimo
Salvador do Mundo, do ano de 1861. A circulação das viaturas pesadas que
transportam o material procedente da exploração através da Ribeirinha poderia
causar um impacte negativo, mas se as viaturas utilizarem a via alternativa de
comunicação com a pedreira, desse modo não existirá qualquer impacte negativo.
Assim, considera-se não existirem impactes significativos em geral nos elementos do
património natural, arquitectónico ou histórico.
Vol. II – Resumo não técnico EIA - Pedreira da Melancia 22
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5. MEDIDAS DE MINIMIZAÇÃO
Com a avaliação dos impactes propõem-se as medidas de minimização com as
quais se pretende reduzir/eliminar os possíveis impactes negativos resultantes da
exploração da Pedreira da Melancia de modo a que este projecto seja positivamente
sustentável e seja reconhecido como uma fonte de desenvolvimento económico.
Seguidamente apresentam-se as medidas de minimização para os impactes
anteriormente descritos. Estas medidas encontram-se de igual modo descriminadas
no Quadro 2, em anexo.
5.1 GEOLOGIA
Fase de exploração
Controlar a estabilidade dos taludes artificiais decorrentes do plano de Lavra,
respeitando sempre o estipulado no referido plano;
Preconizar um sistema de drenagem de agua pluvial provisório no interior da
pedreira;
Armazenar, em local apropriado, a terra vegetal resultante do desmonte para
posterior aproveitamento na fase de recuperação paisagística.
Fase de recuperação paisagística
Implementação do arranjo paisagístico faseado acompanhando o programa
de exploração da pedreira, e não só no final do período de exploração, pois
permitirá evitar fenómenos erosivos;
Cuidado na execução de aterros a executar nesta fase de modo a não deixar
superfícies instáveis;
Vol. II – Resumo não Técnico EIA - Pedreira da Melancia 23
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Deverão ser plantadas espécies herbáceas de raiz fasciculada e
características da zona em análise (descritas no PARP), para a modelação do
terreno e a estabilização dos taludes. As espécies arbustivas deverão
confinar-se aos taludes;
Para além das espécies plantadas, outras espécies de plantas características
da zona crescerão espontaneamente. Sugere-se deixar que isto aconteça,
mas sempre sob o controlo e a vigilância adequadas para evitar o
crescimento e desenvolvimento de espécies invasoras.
5.2 SOLOS E ÁREAS REGULAMENTARES
Fase de exploração
Adopção de medidas cautelares que evitem o derramamento no solo de
materiais poluentes, essencialmente óleos e combustíveis. Assim as
máquinas deverão sofrer manutenção fora da zona da pedreira em locais
específicos para esse fim (oficinas). Na transferência de combustíveis dever-
-se-ão tomar os cuidados devidos para evitar fugas e consequente
derramamento;
Implementar, o mais cedo possível, o revestimento vegetal das zonas
propostas no PARP para reduzir a erosão superficial;
As restantes medidas de minimização dos impactes previstos para este
descritor, podem ser tomadas do ponto anterior.
Fase de recuperação paisagística
São válidas as recomendações apresentadas para o descritor da geologia.
Vol. II – Resumo não técnico EIA - Pedreira da Melancia 24
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5.3 RECURSOS HÍDRICOS
Fase de exploração
Criação de valas e poços de drenagem para evitar o arrastamento de sólidos
quando a ocorrência de grandes chuvadas;
O sistema de drenagem pluvial a implementar deverá ter em atenção não só
o regime de precipitação da área em análise mas também o transporte de
carga sólida, que as águas pluviais transportam.
5.4 QUALIDADE DO AR
Fase de exploração
Nos períodos mais secos deverão ser tomadas medidas que minimizem os impactes
provocados pelas poeiras resultantes da actividade na pedreira. Deste modo devem
ser consideradas as seguintes precauções:
Regar a área de extracção para evitar a formação de poeiras;
Disponibilizar aos trabalhadores máscaras de protecção de poeiras;
Cobertura correcta das zonas de deposição e acondicionamento dos estéreis
e do material extraído, de modo a evitar o arrastamento de partículas pelo
vento;
O transporte dos materiais deve ser feito em camiões com a caixa coberta
com oleado, por forma a evitar a dispersão das partículas mais finas.
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5.5 AMBIENTE SONORO
Fase de Exploração
Recomenda-se a programação cuidada da exploração por forma a que as acções
caracterizadas como mais ruidosas sejam levadas a cabo durante as alturas do dia
que causem menor perturbação, assim como evitar acelerações desnecessárias dos
veículos pesados. Dever-se-á disponibilizar aos trabalhadores protectores
auriculares e indicar a obrigatoriedade do seu uso.
5.6 ECOLOGIA
Fase de exploração
Evitar o depósito de lixos e ou outros resíduos durante e após a exploração,
através do controlo do acesso ao local (paredes, portões e abrigos);
Evitar a propagação de espécies infestantes;
Respeito pelas zonas de defesa da pedreira.
Fase de recuperação paisagística
Evitar a propagação de espécies infestantes;
Reflorestação, recuperação como terreno agrícola e de pastagem;
Adopção das medidas descritas no PARP.
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5.7 SOCIO-ECONOMIA
Fase de exploração
Devem ser respeitadas as normas de segurança referentes à circulação de
veículos pesados, nomeadamente o transporte de cargas em condições de
segurança. A circulação destes veículos pesados deverá ser limitada
unicamente às vias necessárias para o acesso à exploração;
Deve ser evitada a circulação de veículos pesados pelas estradas
circundantes às habitações mais próximas e respeitar horários e dias de
repouso;
Antes da desactivação da pedreira devem ser assegurados os postos de
trabalho; a sua continuidade estará em parte relacionada com a continuidade
da actividade extractiva. O promotor deste projecto está a proceder a novo
licenciamento de uma outra pedreira de pequenas dimensões, nas
proximidades da pedreira da Melancia;
Deverão ser feitas medições do ruído e exposição ao ruído segundo o Dec.
Lei. n.º 9/92.
5.8 PAISAGEM
Fase de exploração
Por forma a minimizar os impactes paisagísticos, os trabalhos de exploração
devem ser levados a cabo conforme o previsto no Plano de Lavra;
As tarefas de recuperação paisagística descritas no PARP devem estar em
sintonia com os trabalhos de desmonte.
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Fase de recuperação paisagística
Remoção de espécies invasoras;
A camada superficial de terras locais recuperadas deverá apresentar uma
espessura mínima de 30 cm;
Desenvolvimento de espécies herbáceas, arbustivas e arbóreas, integradas
com as existentes na situação de referência;
Estabilização de taludes, se necessário, com recurso a geogrelhas ou telas
naturais de fibras;
Deverá ser definido um programa de manutenção e acompanhamento das
actividades realizadas;
Deverá ser restringido o uso de pesticidas e herbicidas.
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6. PROGRAMA DE MONITORIZAÇÃO
Adicionalmente, no seguimento da análise efectuada neste estudo de impacte
ambiental, é proposto um Plano de Monitorização Ambiental Geral.
Este programa permite um acompanhamento dos impactes ambientais significativos,
produzidos durante a fase de exploração e de recuperação, assim como de
verificação da eficácia das medidas de minimização propostas.
Desta forma, será possível corrigir eventuais anomalias de funcionamento,
assegurando a preservação do ambiente.
Foram identificados como aspectos ambientais a monitorizar, necessitando de um
acompanhamento mais especifico, os seguintes descritores:
Qualidade do ar;
Ambiente sonoro.
O Programa de Monitorização será constituído por três fases :
Acompanhamento e monitorização ambiental;
Monitorização ambiental;
Gestão de riscos.
A primeira fase permitirá assegurar a protecção ambiental, com base no controlo e
acompanhamento da evolução dos descritores ambientais durante os trabalhos de
exploração.
A segunda fase consistirá na monitorização de diversos parâmetros, indicadores de
qualidade ambiental, por forma a detectar inconformidades com as situações
previstas.
Após a avaliação destes aspectos, deverão ser apresentados relatórios descritivos
de eventuais problemas ocorridos durante a fase de exploração e rever algumas
técnicas, caso estejam a ser prejudiciais para o ambiente.
Vol. II – Resumo não técnico EIA - Pedreira da Melancia 29
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A terceira fase consistirá em procedimentos a aplicar em situações de risco para os
trabalhadores e para o ambiente.
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7. CONCLUSÕES
O procedimento de AIA da pedreira da Melancia é realizado tendo em conta a
existência de outras pedreiras, já que a zona encontra-se actualmente bastante
intervencionada a nível da indústria extractiva de massas minerais,
apresentando uma pobreza significativa em termos de biodiversidade. O próprio
local onde se vai desenvolver o projecto apresenta cicatrizes de actividade anterior
que importa recuperar.
Para além de outras explorações de agregados, a zona envolvente à pedreira está
principalmente ocupada por pastagem e explorações agrícolas.
Da avaliação dos impactes realizada verifica-se que, de uma forma geral, a
exploração não provoca impactes negativos muito significativos. Os que apresentam
maior importância são: a emissão de poeiras; a perturbação da paisagem e do
coberto vegetal; e a alteração do uso do solo.
Por outro lado, apresentam-se impactes positivos significativos em termos da
requalificação ambiental, criação de postos de trabalho e no desenvolvimento da
economia da zona.
A implementação das medidas de minimização propostas neste estudo, permitirá
reduzir, ou mesmo eliminar os impactes negativos do projecto, por forma a que o
impacte global do projecto no ambiente não seja significativo.
Vol. II – Resumo não Técnico EIA - Pedreira da Melancia 31
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Quadro 1.A - MATRIZ DE IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DA SIGNIFICÂNCIA DOS IMPACTES AMBIENTAIS (FASE DE EXPLORAÇÃO)
Níveis de significância
Muito elevado - Significância entre [16-20] Elevado - Significância entre [11-15] Médio - Significância entre [6-10] Reduzido - Significância entre [1-5]
GEOLOGIA SOLOS ECOLOGIA:FAUNA/FLORA AR ÁGUA MEIO SOCIAL RUÍDO PAISAGEM
Instabilidade do terreno
Alteração na erosão e
sedimentação
Alteração da topografia
Modificação do seu uso
Contam
inação do solo por fugas e derram
es de óleos e com
bustível
Destruição da sua
estrutura
Redução da população de
infestantes
Destruição do coberto
vegetal
Dispersão de infestantes
para outras zonas
Alteração de habitat
naturais da fauna e zonas de nidificação
Em
issão de gases (veículos pesados)
Libertação de poeiras e de partículas
Arrastam
ento e deposição de m
ateriais
Alteração do sistem
a de drenagem
natural
Desenvolvim
ento da econom
ia
Perturbação da população
pela circulação de veículos pesados
Criação de postos de
trabalho
Acréscim
o dos níveis de ruído
Alteração do coberto
vegetal
Alteração da m
orfologia
Aparecim
ento de depósitos de lixos e outros resíduos
Desmantagem e remoção do solo vegetal 2 4 4 4 4 4 4 4 1 4 1 1 2 4 1 4 4 2
Desmonte (extracção) 4 4 4 4 4 3 4 4 3 2 4 3 3 3 4 1 4 4 1
Regularização de aterros 1 1 3 2 3 1 2 4 1 2 2 1 2 4 1 1 3 3
Circulação de viaturas no interior de e para a pedreira
2 2 4 2 2 1 2 3 4 1 1 2 4 4 1 1 1 3
Trabalhos de recuperação paisagística (PARP)
1 3 2 4 3 4 4 4 1 1 1 1 1 2 1 4 1 4 1
TOTAL 10 12 13 12 7 14 11 16 17 10 8 15 8 7 11 5 20 5 10 16 10
SIGNIFICÂNCIA Média Elevada Elevada Elevada Média Elevada Elevada Muito Elevada
Muito Elevada Média Média Elevada Média Média Elevada Reduzida Muito
Elevada Reduzida Média Muito Elevada Média
Acções do Projecto
Descritor
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Quadro 1.B - MATRIZ DE IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DA SIGNIFICANCIA DOS IMPACTES AMBIENTAIS (FASE DE RECUPERAÇÃO PAISAGISTICA)
GEOLOGIA SOLOS ECOLOGIA:FAUNA/FLORA AR ÁGUA MEIO SOCIAL Ruído PAISAGEM
Modelação do terreno
Alteração na erosão e sedimentação
Alteração do seu uso
Reposição dos solos
Redução da população de infestantes
Recuperação biofísica do local
Eliminação da em
issão de poeiras e de partículas
Em
issão de gases (veículos pesados)
Alteração do sistema de drenagem
natural
Eliminação de postos de trabalho
Alteração dos níveis do ruído
Arranjo paisagístico. R
ecuperação da qualidade visual
Aparecimento de depósitos de lixos e
outros resíduos
Colocação de solo superficial vegetal nos taludes
2 4 4 4 4 3 3 1 3 2 1 4 2
Circulação de viaturas no interior de e para a pedreira
1 2 2 2 1 1 3
Trabalhos de regularização 4 2 4 4 4 3 2 1 3 1 1 4
Colocação de vegetação, semeadura 4 4 4 4 4 3 1 3 3 4
Trabalhos de manutenção / desactivação
4 3 4 4 1 4 1 4 4
TOTAL 15 15 16 10 16 11 12 5 10 11 3 16 5
SIGNIFICÂNCIA Elevada Elevada Muito Elevada Média Muito
Elevada Elevada Elevada Reduzida Média Elevada Reduzida Muito Elevada Reduzida
Acções do Projecto
Descritor
Níveis de significância Muito elevado - Significância entre [16-20] Elevado - Significância entre [11-15] Médio - Significância entre [6-10] Reduzido - Significância entre [1-5]
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DESCRITOR IMPACTE FASE DE OCORRÊNCIA NATUREZA SIGNIFICÂNCIA DURAÇÃO INCIDÊNCIA MEDIDAS DE MINIMIZAÇÃO E/OU VALORIZAÇÃO
• Instabilidade do terreno • Exploração - Média Temporário Directo
- Controlar a estabilidade dos taludes artificiais respeitando sempre o
estipulado no plano de lavra.
- Sistema de drenagem de água pluvial provisório.
- Armazenamento da terra vegetal resultante do desmonte na
pedreira, em local apropriado.
• Exploração - Elevada Temporário Directo
- A implementação do arranjo paisagístico deve ser faseada e
acompanhar o programa de exploração da pedreira.
- Os aterros a executar devem ser efectuados de modo a nunca
deixar superfícies inestáveis.
- Para a modelação do terreno e a estabilização dos taludes,
deverão ser plantadas espécies herbáceas de raiz fasciculada e
características da zona em análise. As espécies arbustivas deverão
confinar-se ao pé dos taludes.
• Alteração da erosão e
sedimentação
• Recuperação Paisagística + Elevada Temporário Directo
• Geologia
• Modelação do terreno • Recuperação Paisagística + Elevada Temporário Directo
• Alteração da topografia • Exploração - Elevada Temporário Directo- Implementar o mais cedo possível revestimento vegetal das zonas
propostas no PARP para reduzir a erosão superficial.
• Exploração - Elevada Definitivo Directo
• Modificação do seu uso
• Recuperação Paisagística + Muito elevado Definitivo Directo
• Destruição da sua estrutura • Exploração - Elevada Definitivo Directo
• Contaminação do solo por fugas
e derrames de óleos e
combustível
• Exploração - Médio
Definitivo
Directo
- Adopção de medidas que evitem o derramamento no solo de óleos
e combustíveis, implementar um sistema de manutenção das
maquinas e veículos de forma a evitar fugas destas substancias.
• Solos
• Reposição dos solos • Recuperação Paisagística + Reduzido Definitivo Directo
QUADRO 2 - MATRIZ DE AVALIAÇÃO DE IMPACTES E MEDIDAS DE MINIMIZAÇÃO E/OU VALORIZAÇÃO
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QUADRO 2 - MATRIZ DE AVALIAÇÃO DE IMPACTES E MEDIDAS DE MINIMIZAÇÃO E/OU VALORIZAÇÃO (continuação)
DESCRITOR IMPACTE FASE DE OCORRÊNCIA NATUREZA SIGNIFICÂNCIA DURAÇÃO INCIDÊNCIA MEDIDAS DE MINIMIZAÇÃO E/OU VALORIZAÇÃO
• Exploração - Médio Temporário Indirecto
- O sistema de drenagem pluvial a implementar deverá ter em
atenção o regime de precipitação da área em análise e o transporte
de carga sólida, que as águas pluviais transportam. • Recursos
Hídricos
• Alteração do sistema de
drenagem natural
• Recuperação Paisagística + Médio Permanente Directo
• Libertação de poeiras e de
partículas
• Exploração - Elevado Temporário Directo
- Nos períodos mais secos deverá ser efectuada a rega da área de
extracção para evitar a formação de poeiras.
- Disposição aos trabalhadores de máscaras de protecção de
poeiras.
- Cobertura correcta das zonas de deposição e acondicionamento
dos materiais ;
- O transporte dos materiais referidos deve ser feito em camiões de
caixa coberta com oleado, por forma a evitar o a dispersão das
partículas mais finas do material transportado.
• Eliminação da emissão de
poeiras e de partículas • Recuperação Paisagística + Elevado Permanente Directo
• Qualidade do Ar
• Emissão de gases de veículos • Exploração &
Recuperação Paisagística - Media Permanente
Directo /
Indirecto - Evitar acelerações desnecessárias.
• Ambiente Sonoro • Aumento dos níveis de ruído
• Exploração &
Recuperação Paisagística
-
Reduzido
Temporário
Directo
- Evitar acelerações e desacelerações nos veículos pesados assim
como apitos desnecessários.
- Disponibilizar aos trabalhadores de protectores auriculares e
indicar da obrigatoriedade do seu uso.
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Vol. II – Resumo não Técnico EIA - Pedreira da Melancia 3
QUADRO 2 - MATRIZ DE AVALIAÇÃO DE IMPACTES E MEDIDAS DE MINIMIZAÇÃO E/OU VALORIZAÇÃO (continuação)
DESCRITOR IMPACTE FASE DE OCORRÊNCIA NATUREZA SIGNIFICÂNCIA DURAÇÃO INCIDÊNCIA MEDIDAS DE MINIMIZAÇÃO E/OU VALORIZAÇÃO
• Destruição do coberto vegetal • Exploração - Muito elevado Temporário Directo - Reflorestação, recuperação como terreno agrícola e de pastagem.
• Exploração + Elevado Temporário Directo• Redução da população de
infestantes • Recuperação Paisagística + Muito Elevado Temporário Directo
• Dispersão de infestantes para
outras zonas • Exploração - Elevado Temporário Indirecto - Controlar e eliminar espécies infestantes dos depósitos de solo para
cobertura.
• Alteração de habitat naturais
da fauna e zonas de
nidificação.
• Exploração - Médio Temporário Indirecto - Evitar depósitos de lixo ou outros resíduos durante e após a
exploração, através do controlo do acesso ao local (paredes,
portões, abrigos).
- Respeito pelas zonas de defesa da exploração;
• Ecologia – Flora /
Fauna
• Recuperação biofísica do local • Recuperação Paisagística + Elevado PermanenteDirecto /
Indirecto
• Desenvolvimento da economia • Exploração + Elevado PermanenteDirecto /
indirecto
• Exploração + Muito elevado Temporário Directo /
Indirecto
• Criação de postos de trabalho • Recuperação Paisagística + Muito elevado Temporário
Directo /
Indirecto
• Diminuição dos postos de
trabalho • Recuperação Paisagística - Elevado Temporário
Directo /
Indirecto
- Assegurar a “transferência” destes postos de trabalho para
explorações de natureza similar e dentro do concelho de Ribeira
Grande.
• Socio-Economia
• Habitações mais próximas
afectadas pela exploração • Exploração - Reduzido Temporário Directo
- Circulação de veículos pesados limitada.
- Respeitar as regras de segurança referentes à circulação de veículos
pesados.
- Respeitar horários e dias de repouso.
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Vol. II – Resumo não Técnico EIA - Pedreira da Melancia 4
QUADRO 2 - MATRIZ DE AVALIAÇÃO DE IMPACTES E MEDIDAS DE MINIMIZAÇÃO E/OU VALORIZAÇÃO (continuação)
DESCRITOR IMPACTE FASE DE OCORRÊNCIA NATUREZA SIGNIFICÂNCIA DURAÇÃO INCIDÊNCIA MEDIDAS DE MINIMIZAÇÃO E/OU VALORIZAÇÃO
• Alteração da morfologia • Exploração - Muito elevado Permanente Directo
- Iniciar os trabalhos de exploração conforme previsto no Plano de Lavra;
- Desenvolver os trabalhos de recuperação paisagística descritos no
PARP de maneira paralela aos trabalhos de exploração.
• Interrupção do coberto vegetal • Exploração - Médio Temporário Directo- Plantação de vegetação de crescimento rápido, de acordo com o
definido no PARP.
• Aparecimento de lixos e outros
resíduos
• Exploração/Recuperação
Paisagística - Reduzido Temporário Indirecto
• Paisagem
• Recuperação paisagística.
Recuperação da qualidade visual • Recuperação Paisagística
+ Muito elevado
Permanente
Directo /
Indirecto