Alentejo Hoje Políticas Públicas e Desenvolvimento Regional
Boletim Trimestral Nº 8
2 Boletim Trimestral
Boletim Trimestral 3
No Alentejo, a formulação de uma estratégica de desenvolvimento sustentável tem vantagens evidentes se as-sumir a qualidade ambiental que a região apresenta como elemento determinante e enquadrador, valorizando complementarmente outros aspectos distintivos e diferenciadores, como sejam o património e a identidade cultural. O subsistema ambiental, que inclui a recolha, reciclagem e valorização dos resíduos, constitui uma com-ponente do modelo de desenvolvimento regional que permite também o aproveitamento mais competitivo da diversidade dos recursos e a criação de emprego.
4 Boletim Trimestral
Ficha Técnica
Propriedade:Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do AlentejoAvenida Engenheiro Arantes e Oliveira, nº1937004-514 ÉvoraTel.: 266 740 300 | Fax: 266 706 562Email: [email protected]
Director:António Dieb
Director Executivo:Figueira Antunes
Concepção Gráfica e Paginação:Direcção de Serviços de Desenvolvimento Regional
Colaboraram neste número:Amável CandeiasJoaquim FialhoMaria João AlfaceMaria José SantanaNelson FaustinoTeresa Godinho
Tiragem: 300 ex.
Edição: Março 2013
Índice
5Nota de Abertura
6Conjuntura Regional
10Gestão de Resíduos Urbanos no Alentejo
18O Índice Sintético de Desenvolvimento Regional no contexto Nacional - Situação em 2010
24Programa Operacional Regional - INALENTEJOSituação em 31-03-2013
28Programa Operacional Regional - INALENTEJO Valorizar
29Programa Operacional Regional - INALENTEJO Investimentos em destaque
Agradecimento:Agradece-se ás entidades que disponibilizaram algumas das imagens que constam do presente boletim.
Serpa
Boletim Trimestral 5
Nota de Abertura
O Boletim trimestral da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo, assume a responsabilidade de tratar e disponibilizar informação sobre a região e contextualizá-la sempre que possível com a situação nacional. Em cada boletim, faz-se uma breve análise à escala regional da evolução conjuntural de um grupo de variáveis de referência, uma análise da evolução do Programa Operacional Regional (INALENTEJO) e uma abordagem de temas que, pela sua oportunidade, contribuem para o conhecimento de dinâmicas territoriais relevantes.Na análise de Conjuntura Regional do 1º trimestre de 2013 há que registar um novo acréscimo da taxa de desemprego, que neste trimestre chegou a 18,5%, passando a taxa de emprego de 48,7% no primeiro trimestre de 2012 para 45,9% no actual. Como referência positiva assinala-se o desempenho do sector do turismo, com crescimento positivo face ao trimestre anterior e em termos de varação homologa anual, quer no numero de dormidas, quer nos proveitos totais, o que reflecte a importância crescente do sector na economia regional.A Gestão de Resíduos Urbanos no Alentejo tem um percurso bastante positivo, encontrando-se actualmente todos os concelhos do Alentejo integrados em sistemas supra-municipais, com desafios importantes ainda a concretizar face às metas nacionalmente definidas, nomeadamente no que respeita à valorização de resíduos de embalagem e de resíduos biodegradáveis e à sustentabilidade económica dos Sistemas.O Índice Sintético de Desenvolvimento Regional, sendo um indicador agregado, visa analisar a evolução das regiões do país, em termos globais, para o que identifica três dimensões essenciais: a coesão, a competitividade e a qualidade ambiental. A publicação pelo INE dos dados referentes a 2010 permite-nos observar uma propensão para o decréscimo do ISDR na generalidade das regiões de Portugal e constatar que o Alentejo apresenta um nível de coesão superior à média nacional e desempenho competitivo aquém do registado a nível nacional.No que respeita ao INALENTEJO é de salientar a taxa de compromisso que chegou a 99,3%, o que corresponde a 847,6 milhões de euros FEDER aprovados, quando nos encontramos ainda a cerca de 9 meses do prazo previsto para efectuar aprovações. A taxa de execução, entre Março de 2012 e Março de 2013, teve uma variação positiva de 18,6%, chegando no final de Março a 43,9%, valor àquem do desejável, mas que representa um acréscimo significativo face ao ano anterior e permite perpectivar até 2015 a total absorção pela região dos fundos comunitários que se encontram atribuídos, o que, no actual contexto de dificuldades de financiamento das empresas, das autarquias locais e da administração publica nomeadamente, não pode deixar de ser reconhecido como muito positivo para o Alentejo.Destaque ainda para o Programa Valorizar, nomeadamente à sua iniciativa “Sistema de Incentivos de Apoio Local a Microempresas” , com a dotação de 3,5 milhões de euros para o Alentejo, destinados ao apoio ao investimento e à criação de postos de trabalho por parte de microempresas já existentes, o que no actual contexto socioeconómico regional será certamente mais um contributo para a melhoria da situação actual. ■
António DiebPresidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo
Moura
6 Boletim Trimestral
Conjuntura Regional
O actual programa de ajustamento económico e financeiro negociado entre Portugal e a troika constitui-se como um roteiro ambicioso para a consolidação orçamental e para as reformas estruturais, pese embora as consequências desta consolidação, que têm gerado recuos consideráveis na procura interna, bem como um elevado crescimento na taxa de desemprego e alguma agitação social pela perda de alguns direitos que se julgavam adquiridos. Uma das conclusões sobre a actual crise da dívida soberana é que os destinos de Portugal não estão dependentes apenas das suas decisões. Para Portugal, o sucesso irá também depender da estabilização financeira da zona euro que, por seu lado, depende da forma como a UE continuar a gerir a crise que se faz sentir de forma acentuada, em particular no Alentejo. Com o objectivo de acompanharmos a evolução da região, procedemos à análise do comportamento de algumas vari-áveis. Este acompanhamento torna-se ainda mais premente dado que está a ser preparado o novo Quadro Estratégi-co Comunitário para o período 2014 -2020. Assim, vimos analisando, trimestralmente, a evolução de um conjunto de indicadores regionais, estando neste momento em causa os relativos ao primeiro trimestre de 2013, com enfoque na variação havida relativamente ao trimestre anterior e à variação homóloga do ano de 2012.Como factor negativo, comum ao país, é de salientar o acréscimo da população desempregada, que revela, na região, uma variação de 13,7% face ao período homólogo de 2012, e de 8,0% relativamente ao trimestre anterior, tendência crescente que já se vinha verificando anteriormente, o que significa que a região, no final do 1º trimestre tinha 34 084 desempregados. Estes valores são consonantes com o crescimento a taxa de desemprego, que neste trimestre apre-senta um valor de 18,5%, sendo esta taxa de 15,4% no mesmo período em 2012. No mesmo sentido, negativo, a taxa de emprego registou um decréscimo passando de 48,7% em 2012 para 45,9 % no período em análise, o que corresponde a uma variação homóloga de -5,7%.
Indicadores de conjuntura - ALENTEJO - 1º Trimestre de 2013
É de realçar a variação negativa nas licenças de construção que têm continuado a decrescer, apesar dos números de licenças em causa já serem pouco significativos (entre o 1º trimestre de 2012 e o 1º trimestre de 2013, o número de licenças passou de 70 para 25). No entanto, a diminuição da construção civil e das actividades associadas ao sector é responsável pelo encerramento de várias empresas. A agravar a situação do sector da construção, a avaliação bancária dos alojamentos continua a diminuir, tendo passado de 966€/m2 em Março de 2012 para 893€/m2 em Março de 2013. Os empréstimos concedidos, quer às sociedades, quer às famílias diminuíram, o que significa uma retracção tanto de umas, como de outras. Porém, o rácio de crédito vencido, às empresas e às famílias aumentou, quer no trimestre, quer no período homólogo.
Data valor ano anterior valor
Taxa de Emprego % ‐5,7 ‐2,1 1T_2013 45,9 1T_2012 48,7 * INE
Taxa de desemprego % 20,1 7,6 1T_2013 18,5 1T_2012 15,4 * INE
População desempregada (Nº) 13,7 8,0 Mar_2013 34084 Mar_2012 29979 IEFP
Empréstimos a famílias: rácio de crédito vencido (%) 14,6 2,2 Dez_12 4,7 Dez_11 4,1 * BP
Empréstimos a empresas: rácio de crédito vencido (%) 26,5 6,2 Dez_12 8,6 Dez_11 6,8 * BP
Empréstimo concedido a famílias 106 € ‐4,7 ‐1,3 Dez_12 9501 Dez_11 9968 * BP
Empréstimo concedido a sociedades (106 €) ‐1,0 ‐0,5 Dez_12 5553 Dez_11 5609 * BP
Empréstimo concedido a famílias (106devedores) ‐2,3 ‐0,7 Dez_12 314,3 Dez_11 321,6 * BP
Licenças de construção (Nº) ‐64,3 ‐49,0 Mar_2013 25 Mar_2012 70 * INE
Avaliação bancária dos alojamentos (€/ m²) ‐7,6 ‐2,1 Mar_2013 893 Mar_2012 966 * INE
Turismo: dormidas (nº) 6,7 48,9 Mar_2013 77490 Mar_2012 72638 * INE
Turismo: proveitos totais (103 €) 4,5 29,0 Mar_2013 3611 Mar_2012 3455 * INE
* - Alentejo inclui a NUT III Lezíria do Tejo
Variação homóloga = Variação no ano; Variação no Trimestre = dados mais actuais vs. trimestre anterior
Ano anterior
obs FonteINDICADORESVariação
Homóloga(Anual %)
Variação Trimestre %
Periodo actual
Boletim Trimestral 7
De salientar, como factor favorável, a variação positiva do turismo, que se verificou no crescimento do número de dor-midas, bem como no aumento dos proveitos totais, que voltaram a ter um comportamento positivo, após terem sofrido uma variação negativa no final do ano transacto, face a Setembro 2012 e face a Dezembro de 2011.
Dada a importância que a temática do desemprego e da população desempregada tem na região, passamos a analisar esta problemática com maior detalhe.
‐5,7
20,1
13,7
14,6
26,5
‐4,7
‐1,0
‐2,3
‐64,3
‐7,6
6,7
4,5
‐2,1
7,6
8,0
2,2
6,2
‐1,3
‐0,5
‐0,7
‐49,0
‐2,1
48,9
29,0
-80 -60 -40 -20 0 20 40 60
Taxa de Emprego
Taxa de desemprego
População desempregada
Empréstimos a famílias ‐ rácio de crédito vencido
Empréstimos a empresas ‐ rácio de crédito vencido
Empréstimo concedido a famílias
Empréstimo concedido a sociedades
Empréstimo concedido a famílias ‐ Devedores
Licenças de construção
Avaliação bancária dos alojamentos
Turismo ‐ dormidas
Turismo ‐ proveitos totais
%
Var. Trimestral
Var. Homólogaanual
Taxa de desemprego por sexos
A evolução da taxa de desemprego tem sido continuamen-te crescente desde o 1º trimestre de 2011 até ao final do 1º trimestre de 2013, tendo passado, no espaço temporal de dois anos, de 12,5% para 18,5%.Se fizermos a comparação desta evolução por sexos, con-clui-se que a mesma tem sido similar, tendo, no entanto, o ponto de partido sido mais desfavorável em dois pontos percentuais para as mulheres. Assim, para estas, a taxa de desemprego revela-se sempre mais elevada do que para os homens. Fonte: INE – Inquérito ao Emprego
Sexo1.º
Trimestre2011
1.º Trimestre2012
4.º Trimestre2012
1.º Trimestre2013
HM 12,5 15,4 17,2 18,5H 11,6 14,6 16,0 17,3M 13,6 16,3 18,7 20,0
estre de 2011
estre de 2011
activa (Série 2011 - N.º) por Local de residência (NUTS - 2002), Sexo, Grupo estre de 2011
10
12
14
16
18
20
22
1.º Trimestre2011
1.º Trimestre2012
4.º Trimestre2012
1.º Trimestre2013
HM
H
M
8 Boletim Trimestral
População activa por sexo, grupo etário e nível de instru-ção (milhares de efectivos)
A população activa tem vindo a diminuir o seu número de efectivos, apresentando, contudo, um número mais ele-vado no sexo masculino. No grupo etário entre os 15 e os 24 anos verifica-se uma tendência decrescente entre o 1º trimestre de 2011 e o período homólogo de 2012 e no fi-nal deste mesmo ano verifica-se uma ligeira tendência de subida destes activos. No entanto, no final do 1º trimestre de 2013, a tendência volta a ser decrescente. Quanto aos activos sem nenhum nível de instrução, há uma evolução descontínua, apresentando-se valores simi-lares no 1º trimestre de 2013 e no período homólogo em 2012. A descontinuidade na evolução também se verifica nos activos com ensino superior, sendo que estes valores superam largamente os referidos anteriormente. Apesar dos valores apresentados no 1º trimestre de 2013 serem ligeiramente inferiores aos verificados no final de 2012, acabam por ser mais favoráveis que os valores do período homólogo de 2012.
População desempregada por sectores de actividade eco-nómica
Verifica-se que a população desempregada continua a au-mentar, sendo o sector dos serviços o que regista maior continuidade na sua tendência crescente.A agricultura, apesar do aumento de desempregados, re-vela as descontinuidades inerentes à sazonalidade. Quan-to ao sector da indústria, no último trimestre inverteu ligeiramente a tendência continuamente crescente que vinha revelando.
População desempregada por sectores de actividade eco-nómica (2011 = 100)
Fonte: INE – Inquérito ao Emprego
População empregada por nível de ensino
A população empregada segue as tendências verificadas na população activa, com um decréscimo constante, sen-do que aquela representa, no 1º trimestre de 2013, cerca de 67% desta. De referir que a população empregada sem nenhum nível de instrução, no 1º trimestre de 2013, ainda representa cer-ca de 8,5% da população empregada com ensino superior.
População empregada por nível de ensino (2011 = 100)
Fonte: INE – Inquérito ao Emprego
Sexo, grupo etário e instrução
1.º Trimestre2011
1.º Trimestre2012
4.º Trimestre2012
1.º Trimestre2013
Total 372,7 370,5 362,3 358,4H 204,6 200,2 197,7 196,2M 168,1 170,3 164,5 162,2
15 ‐24 anos 26,1 22,4 24,3 23,1Nenhum 11,4 10,9 12,0 10,5Superior 61,6 57,1 61,0 60,7
Sectores1.º
Trimestre2011
1.º Trimestre2012
4.º Trimestre2012
1.º Trimestre2013
Total 46,5 57,0 62,4 66,3A0: Agricultura 5,6 8,9 6,8 9,3B‐F: Indústria 11,9 17,6 20,3 19,5G‐U: Serviços 22,1 24,0 28,5 31,5
ltura, produção animal, caça, floresta e pescaestre de 2011
triaestre de 2011
çosestre de 201190
100
110
120
130
140
150
160
170
180
1.º Trimestre2011
1.º Trimestre2012
4.º Trimestre2012
1.º Trimestre2013
TotalA0: AgriculturaB‐F: IndústriaG‐U: Serviços
%
Nível de instrução1.º
Trimestre2011
1.º Trimestre2012
4.º Trimestre2012
1.º Trimestre2013
Total 263,8 248,9 246,6 240,7Nenhum 5,6 4,8 5,9 4,1Superior 51,1 46,0 49,7 48,2
estre de 2011
estre de 2011
empregada por conta de outrem (Série 2011 - N.º) por Local de residência (NUestre de 2011
mestre de 2011
70
75
80
85
90
95
100
105
110
1.º Trimestre2011
1.º Trimestre2012
4.º Trimestre2012
1.º Trimestre2013
Total
Nenhum
Superior
%
Boletim Trimestral 9
Taxa de emprego por sexos
A taxa de emprego tem vindo a decrescer, sendo esta si-tuação idêntica em ambos os sexos. No entanto, a taxa de emprego nas mulheres tem sido menos elevada que a dos homens, tendo mesmo piorado, em termos relativos, no último trimestre.
Taxa de emprego por sexos
Fonte: INE – Inquérito ao Emprego
Taxa de emprego por Grupo etário e Nível de escolaridade
Se se analisar o valor da taxa de emprego por grupo etário e nível de escolaridade, concluímos que a taxa é mais elevada entre os 45 e os 64 anos do que entre os 15 e os 24 anos, sendo que a partir do 1º trimestre de 2012 têm revelado uma muito ligeira tendência crescente. De salientar que a taxa de emprego de pessoas com o ensino superior é muito mais ele-vada do que das pessoas analfabetas, o que revela uma ocu-pação da estrutura produtiva com profissionais qualificados. Quer num caso, quer noutro, não há uma tendência que pers-pective continuidade na diminuição dos empregados analfa-betos ou no aumento dos empregados com ensino superior.
Sexo1.º
Trimestre2011
1.º Trimestre2012
4.º Trimestre2012
1.º Trimestre2013
Total 50,3 48,7 46,9 45,9H 57,3 54,6 53,4 52,5M 43,6 43,2 40,8 39,7
estre de 2011
estre de 2011
estre de 2011
sestre de 201135
40
45
50
55
60
1.º Trimestre2011
1.º Trimestre2012
4.º Trimestre2012
1.º Trimestre2013
TotalH
M
%
Taxa de emprego por Grupo etário e Nível de escolaridade (2011 = 100)
Fonte: INE – Inquérito ao Emprego
Em síntese, podemos concluir que, no período em análise, a população desempregada tem vindo sempre a aumentar, crescendo em todos os sectores de actividade que estão detalhados (Indústria e Serviços), sendo que na agricultura não existe uma tendência claramente contínua devido a ser um sector sujeito à sazonalidade. A população activa tem diminuído e em número superior no sexo masculino rela-tivamente ao feminino, sendo que a população activa com ensino superior supera largamente o número de activos sem nenhum nível de ensino. Esta situação justifica o cres-cimento da taxa de desemprego, com maior intensidade no sexo feminino.Em contrapartida, e seguindo uma trajectória lógica face ao referenciado anteriormente, a população empregada tem vindo a diminuir, representando 67% da população activa. Como sinal positivo é de salientar que a população empregada com um nível de ensino superior é em número bastante mais elevado que a população sem qualquer nível de ensino. A taxa de emprego tem diminuído e é menos elevada nas mulheres, sendo a taxa de emprego dos jovens, entre os 15 e os 24 anos, pouco elevada, o que não é de es-tranhar dado o aumento do número de anos que os jovens ficam na escola, o que se perspectiva que ainda venha a aumentar com a escolaridade obrigatória a passar dos 15 para os 18 anos.Esta situação revela a urgência de melhorar a estrutura produtiva da região que leve ao crescimento e à criação de emprego ■
Idades e instrução1.º
Trimestre2011
1.º Trimestre2012
4.º Trimestre2012
1.º Trimestre2013
15‐24 anos 24,4 18,0 18,5 18,945‐64 anos 62,4 60,5 60,6 60,6Analfabetos 10,9 10,0 10,8 8,9Ens.superior 78,8 74,0 76,6 74,2
estre de 2011
70
75
80
85
90
95
100
105
1.º Trimestre2011
1.º Trimestre2012
4.º Trimestre2012
1.º Trimestre2013
15-24 anos45-64 anosAnalfabetosEns.superior
%
10 Boletim Trimestral
O Panorama da Gestão de Resíduos Urbanos no Alentejo
Enquadramento O Plano Estratégico de Resíduos Sólidos Urbanos (PERSU), aprovado em 1997, constituiu um passo fundamental para a gestão de resíduos em Portugal. Com a sua aplicação, verifi-cou-se, na última década, uma significativa evolução na ges-tão dos Resíduos Urbanos (RU): partindo de uma lógica de gestão predominantemente municipal, evoluiu-se para uma gestão plurimunicipal através da criação dos sistemas multi-municipais ou intermunicipais de gestão de RU; verificou-se a erradicação das lixeiras; construíram-se infra-estruturas de valorização e eliminação – tendo o destino final dos resídu-os urbanos em Portugal Continental passado a ser predomi-nantemente o aterro, registando-se ainda duas instalações de incineração dedicada – e criaram-se sistemas de recolha selectiva multimaterial. O PERSU forneceu ainda linhas de orientação geral para a criação dos fluxos especiais de ges-tão, abrindo caminho à criação de legislação específica e à constituição e ao sequente licenciamento das respectivas entidades gestoras. Sucedeu-lhe o PERSU II, que abrange o período de 2007 a 2016. A elaboração deste instrumento, que consubstancia a revisão das estratégias consignadas no PERSU e a Estraté-gia Nacional para a Redução dos Resíduos Biodegradáveis Destinados aos Aterros (ENRRUBDA) com vista à sua valori-zação, para aquele período e em Portugal Continental, per-mitiu que o sector dispusesse de orientações e de objectivos claros, bem como de uma estratégia de investimento confe-rindo coerência, equilíbrio e sustentabilidade à intervenção dos vários agentes envolvidos. Aqueles planos, PERSU e PERSU II, foram elaborados no âm-bito da aplicação de directivas comunitárias que orientam e determinam um conjunto de acções e metas a atingir (a mais recente Directiva Quadro sobre os Resíduos, a Direc-tiva 2008/98/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Novembro, foi transposta para o ordenamento jurídi-co português através do Decreto-Lei nº 73/2011, de 17 de Junho).O PERSU II veio estabelecer as prioridades a observar no do-mínio dos RU, as metas a atingir e as acções a implementar e as regras orientadoras da disciplina a definir pelos planos multimunicipais, intermunicipais e municipais de acção. Neste contexto, registaram-se progressos com o desenvol-vimento da recolha selectiva multimaterial, a constituição de fluxos específicos de gestão de resíduos e a recuperação de materiais para reciclagem. Para o desafio da valorização orgânica, construíram-se novas unidades de tratamento mecânico e biológico (as UTMB) e criaram-se sistemas de recolha selectiva de resíduos biodegradáveis em algumas
regiões. Assim, em 2012, estavam constituídos 23 sistemas respon-sáveis pelo serviço de tratamento e destino final adequa-do dos RU (habitualmente designado por serviço em alta) produzidos nos 278 municípios de Portugal Continental. Em relação aos serviços de recolha de resíduos indiferenciados (também designados por serviços em baixa), os mesmos continuam na sua maioria a ser prestados directamente pelos respectivos serviços municipais, embora nos últimos anos se verifiquem algumas situações de contratualização deste serviço a entidades com participação privada, por de-legação do serviço em empresas do sector empresarial local.
MetasO PERSU II preconiza, então, a estratégia de gestão dos RU para o período 2007-2016 e inclui objectivos, metas e ac-ções para o sector dos resíduos, decorrentes da aplicação da legislação nacional e comunitária, designadamente:
as metas de desvio de Resíduos Urbanos Biodegradá-veis (RUB) de aterro (Decreto-Lei n.º 183/2009, de 10 de Agosto, que transpõe para a ordem jurídica portuguesa a Directiva 1999/31/CE do Conselho, de 26 de Abril, relati-va a aterros); as metas de reciclagem e valorização de resíduos de em-balagem (Decreto-Lei n.º 366-A/97, de 20 de Dezembro, conforme alterado, que transpõe as Directivas 94/62/CE, de 20 de Dezembro, e 2004/12/CE, de 11 de Fevereiro); a redução das emissões de gases com efeito de estufa (assumida no Protocolo de Quioto e concretizada no Pro-grama Nacional para as Alterações Climáticas – PNAC).
O PERSU II aponta ainda para uma redução de 10% de ca-pitação média diária de RU em 2016 relativamente ao ano 2007.Para o cumprimento das metas de valorização e reciclagem de resíduos de embalagens e de desvio de aterro de resídu-os urbanos biodegradáveis, foi lançado o desafio da prosse-cução da valorização material e orgânica inerente à fracção de resíduos urbanos, com objectivos específicos definidos nos planos estratégicos já elaborados e fundamentados na legislação em vigor. Neste contexto, registaram-se progressos com o desenvol-vimento da recolha selectiva multimaterial, a constituição de fluxos específicos de gestão de resíduos e a recuperação de materiais para reciclagem. Relativamente à valorização orgânica, construíram-se e encontram-se em obra novas unidades, criando-se, em alguns casos, sistemas de recolha selectiva de resíduos biodegradáveis.
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Boletim Trimestral 11
Figura 1 – Os Sistemas de Gestão de Resíduos Urbanos do Alentejo
Os Resíduos Urbanos no AlentejoNo Alentejo, estão constituídos cinco Sistemas de Gestão de Resíduos Urbanos (SGRU), quatro deles de carácter inter-municipal (AMCAL, AMBILITAL, GESAMB e RESIALENTEJO) e um de carácter multimunicipal (VALNOR). A sua distribuição geográfica, bem como os municípios que os integram, encontram-se na Figura 1.
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!Lisboa
Setúbal
Santarém
Beja
Évora
Odemira
Serpa
Mértola
Avis
Moura
Nisa
Elvas
Alcácer do Sal
Portel
Grândola
Mora
Ourique
Arraiolos
Crato
Almodôvar
Ponte de Sôr
Montemor-o-NovoAlandroal
Estremoz
Santiago do Cacém
Aljustrel
Alvito
Castro Verde
Monforte
Portalegre
Sousel
Gavião
Redondo
Sines
Mourão
Cuba
Ferreira do Alentejo
Vidigueira
Arronches
Fronteira
Alter do Chão
Vila Viçosa
Barrancos
Borba
Viana do Alentejo
Marvão
Reguengos de Monsaraz
Campo Maior
Castelo de Vide
Vendas Novas
´
0 2010 km
Sistema
AMBILITAL
AMCAL
GESAMB
RESIALENTEJO
VALNOR
12 Boletim Trimestral
Relativamente aos últimos seis anos, dentro do período de vigência do PERSU II, foram os seguintes os quantitativos recebidos pelos SGRU, provenientes dos sistemas municipais de recolha de indiferenciados e da recolha selectiva de embalagens:
INDIFERENCIADO PAPEL/CARTÃO PLÁSTICO/METAL VIDRO INDIFERENCIADO PAPEL/CARTÃO PLÁSTICO/METAL VIDRO INDIFERENCIADO (1) PAPEL/CARTÃO PLÁSTICO/METAL VIDRO
VALNOR 58.168.535 2.939.203 585.947 4.273.858 58.646.186 3.186.701 707.971 1.643.620 43.815.973 2.449.299 840.447 1.304.231
GESAMB 78.437.000 1.781.800 611.700 2.036.300 77.195.000 1.805.500 724.200 2.249.400 76.371.600 1.873.100 842.700 2.210.600
AMBILITAL 58.945.000 1.437.300 548.500 1.772.800 58.078.530 1.615.100 614.600 1.767.400 57.908.900 1.497.990 743.530 1.775.780
AMCAL 13.397.840 395.380 127.320 602.520 12.733.040 460.520 158.960 611.840 12.407.300 455.320 198.420 574.740
RESIALENTEJO 47.869.600 1.310.300 412.100 1.357.700 43.642.800 1.389.100 520.700 1.456.900 46.118.490 1.498.350 596.780 1.473.020
TOTAL ALENTEJO 256.817.975 7.863.983 2.285.567 10.043.178 250.295.556 8.456.921 2.726.431 7.729.160 236.622.263 7.774.059 3.221.877 7.338.371
INDIFERENCIADO (1) PAPEL/CARTÃO PLÁSTICO/METAL VIDRO INDIFERENCIADO (1) PAPEL/CARTÃO PLÁSTICO/METAL VIDRO INDIFERENCIADO (1) PAPEL/CARTÃO PLÁSTICO/METAL VIDRO
VALNOR 51.532.090 3.513.479 1.250.029 1.967.236 49.860.262 3.577.512 1.298.614 2.175.963 46.747.727 3.210.099 1.471.635 1.869.002
GESAMB 76.836.600 1.807.800 861.500 2.081.300 73.482.090 1.691.097 835.540 1.924.659 68.967.120 1.508.541 831.162 1.681.821
AMBILITAL 63.913.380 1.535.590 791.050 1.804.800 62.374.710 1.524.510 799.160 1.823.890 47.965.680 1.389.890 771.680 1.665.320
AMCAL 12.835.480 491.860 248.940 548.540 12.460.780 477.540 238.820 552.000 12.559.580 402.240 204.820 491.350
RESIALENTEJO 46.635.760 1.525.350 602.120 1.332.260 45.177.820 1.548.250 639.030 1.345.560 41.869.559 1.410.731 617.900 1.229.000
TOTAL ALENTEJO 251.753.310 8.874.079 3.753.639 7.734.136 243.355.662 8.818.909 3.811.164 7.822.072 218.109.666 7.921.501 3.897.197 6.936.493
(1) Indiferenciado recebido
SGRUANO 2010 ANO 2011 ANO 2012
ANO 2009ANO 2008ANO 2007SGRU
Caracterização dos Sistemas de Gestão de Resíduos Urbanos existentesNo final de 2012, os cinco sistemas de gestão de resíduos urbanos do Alentejo caracterizavam-se pelos seguintes dados gerais e existiam nas respectivas áreas de intervenção os seguintes equipamentos ou infra-estruturas, licenciados e em funcionamento:
As Figuras 2, 3, 4, 5 e 6 apresentam graficamente os quantitativos recebidos em cada um dos SGRU e ainda a localização das infra-estruturas/equipamentos existentes, conforme quadro anterior.
VALNOR GESAMB AMBILITAL AMCAL RESIALENTEJO
Data de constituição 23‐01‐2001 04‐06‐2003 05‐03‐2001 31‐10‐1991 18‐06‐2006
Área abrangida (km2) 6.084 6.400 6.408 1.740 6.653
População servida (2011) 118.448 154.535 115.437 25.506 95.866
Central de valorização orgânica
1 (Compostagem e
digestão anaeróbia)
1 (UTMB ‐ prevista
2013)1 ‐ Compostagem
1 (UTMB ‐ prevista
2013)
1 (UTMB ‐ prevista
2013)
Aterro 1 1 1 1 1
Estações de triagem 1 1 1 1 1
Estações de transferência 4 4 4 2 4
Ecocentros 8 7 8 5 5
Ecopontos 748 684 830 124 440
DADO
S GE
RAIS
INFR
AESTRU
TURA
S /
EQUIPA
MEN
TOS
Ecocentro
Boletim Trimestral 13
q
q
q
KSUR
q
q
q
q
q!T"l$
VALNOR - Situação em 2012
¢
0 2010 km
290.000
Plástico/metal
Papel/cartão
Vidro
Tipo de resíduos(toneladas)
Menos de 1 5000
1 501 a 3 000
3 001 a 6 000
Mais de 6 000
Resíduos indiferenciados(toneladas)
KSUR Aterro RSU
!T Central de Triagem (CT)
q Ecocentro (EC)
q ET+EC
"l$ UTMB
Infra-estruturas
KSUR
q
q
q
q
q
q
q !A
!A
!A
!A !A
!A
!A
!A
!T
GESAMB - Situação em 2012
¢
0 2010 km
Tipo de resíduos(toneladas)
290.000
Plástico/metal
Papel/cartão
Vidro
Menos de 2 500
2 501 a 5 000
5 001 a 7 500
Mais de 7 500
Resíduos indiferenciados(toneladas)
KSUR Aterro RSU
!A Armazenagem
!T Central de triagem
q Ecocentro (EC)
q ET+EC
Infra-estruturas
Figura 2
Figura 3
14 Boletim Trimestral
Figura 4
"!Tl$
q
q
q
q
q
q
KSUR
¢0 2010 km
AMBILITAL - Situação em 2012
Menos de 1 000
1 001 a 6 000
6 001 a 12 000
Mais de 12 000
Resíduos indiferenciados(toneladas)
Tipo de resíduos(toneladas)
180.000
Papel/cartão
Plástico/metal
Vidro
KSUR Aterro RSU
!T Central de triagem
q Ecocentro (EC)
q ET+EC
"l$ UTMB
Infra-estruturas
KSURq
q
q
q
q!T
AMCAL - Situação em 2012
¢
0 105 km
Resíduos indiferenciados(toneladas)
Menos de 2 000
2 001 a 3 000
Mais de 3 000
Tipo de resíduos(toneladas)
63.000
Vidro
Plástico/metal
Papel/cartão
Infra-estruturas
KSUR Aterro RSU
q Ecocentro (EC)
!T Estação de triagem
q ET+EC
KSUR
q
q
q
q
q!T
RESIALENTEJO - Situação em 2012
¢
0 2010 km
Tipo de resíduos(toneladas)
240.000
Plástico/metal
Vidro
Papel/cartão
Menos de 1 000
1 001 a 5 000
5 001 a 10 000
Mais de 10 000
Resíduos indiferenciados(toneladas)
KSUR Aterro RSU
q Ecocentro (EC)
!T Estacão de triagem
q ET+EC
Infra-estruturas
Figura 6
Figura 5
Instalações da VALNOR em Figueira e Barros (Fonte: Google Earth)
Recolha de Óleos Alimentares Usados
Triagem de Plástico
Boletim Trimestral 15
Avaliação do cumprimento de metasNão existindo metas estabelecidas para cada um dos sistemas de gestão em particular, os quantitativos reco-lhidos pelos SGRU do Alentejo são considerados no côm-puto geral nacional. De referir que os sistemas VALNOR E AMBILITAL dispõem de soluções de desvio de RUB de aterro já em operação, enquanto que os restantes SGRU – AMCAL, GESAMB e RESIALENTEJO – preconizaram uma solução conjunta, que se encontra em fase de construção.Em termos nacionais, em 2011, foram produzidas 5.154 mil toneladas de RU, menos 310 mil toneladas que em 2010, o que representa um decréscimo de cerca de 6% da produção de RU, em contraste com a tendência de crescimento verificada até então, não sendo ainda possí-vel prever se esta será uma tendência a manter. Aliás, o PERSU II preconizava esta inversão apenas em 2012. Pos-síveis justificações para o decréscimo poderão estar rela-cionadas com a recessão económica que se verificou em Portugal no ano de 2011, com consequentes alterações nos padrões de consumo e, por conseguinte, na produção de resíduos.Em relação às opções de gestão de RU, e igualmente em termos nacionais, manteve-se a tendência dos anos an-teriores, com 59% de deposição directa em aterro, 21% de incineração com recuperação de energia (respeitante às unidades que servem as zonas de Lisboa e Oeste e do Grande Porto) e a restante fracção encaminhada para va-lorização orgânica ou material. Há a salientar uma ligeira redução da fracção depositada directamente em aterro. Verifica-se que todos os indicadores referentes a gestão de RUB se encontram aquém da meta estabelecida no PERSU II, com um maior desvio face aos objectivos relati-vamente aos anos anteriores, situação que se deve ao fac-to do PERSU II prever metas progressivamente mais am-biciosas ao longo do seu período de vigência. Em função da concretização e da entrada em funcionamento das uni-dades previstas para valorização orgânica, é expectável que se venha a inverter a tendência até aqui registada de preponderância do aterro como destino directo dos RU. As retomas de resíduos de embalagens provenientes do fluxo de RU registaram um aumento de cerca de 3,1% em relação ao ano de 2010 – 380.979 toneladas retomadas em 2010 face às 392.704 toneladas retomadas no ano de 2011. O quantitativo global correspondente à retoma deste tipo de resíduos tem vindo a aumentar, não sendo ainda assim o suficiente para cumprir a meta estipulada no PERSU II, que previa uma quantidade de 490.881 tone-
ladas retomadas em 2011. Estes resultados são, no cômputo geral, o reflexo da fase de transição, que se tem vindo a registar nos últimos anos, dos modelos de gestão baseados na deposição em ater-ro para os orientados para a valorização orgânica e ma-terial. No entanto, e pese embora o caminho percorrido, regista-se ainda a necessidade de desenvolvimento de um esforço considerável tendo em vista o cumprimento dos objectivos de valorização de resíduos de embalagem e de resíduos biodegradáveis.
Desafios FuturosParticularmente no que respeita aos objectivos de desvio de RUB de aterro e tendo presente a recalen-darização das metas relativas a 2009 e 2016, respecti-vamente, para 2013 e 2020, fixada no Decreto-Lei n.º 183/2009, de 10 de Agosto, importa reforçar as acções que conduzam à optimização das infra-estruturas dis-poníveis e ao aumento da capacidade instalada, em particular através de:
I) conclusão e plena utilização das unidades de valo-rização orgânica de RUB; II) optimização das instalações de triagem, quer atra-vés do aumento de produtividade, quer mediante a partilha de infra-estruturas.
É igualmente essencial dispor de mecanismos e instru-mentos que permitam concretizar as soluções de es-coamento dos materiais resultantes das unidades de triagem e de tratamento mecânico e biológico, através da valorização dos materiais recicláveis e do compos-to, bem como dos combustíveis derivados de resíduos (CDR) obtidos a partir dos refugos destas unidades. Neste contexto, é relevante:
- o desenvolvimento da Estratégia para o Composto;- a implementação da Estratégia para os CDR; - a formalização de protocolos com entidades públicas e privadas para utilização desses materiais em con- dições de sustentabilidade ambiental e económica.
A dinamização do preconizado no Programa de Preven-ção de Resíduos Urbanos (PPRU), publicado em 2010, numa perspectiva de redução do quantitativo de resí-duos produzidos.O cumprimento das metas a alcançar até 2020 estabe-lecidas no Decreto-Lei nº 73/2011, de 17 de Junho – Artigo 7º 1A garantia da sustentabilidade económica e ambiental dos SGRU.
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16 Boletim Trimestral
A prossecução destes desafios e das metas estipuladas, respeitando o Princípio da Hierarquia dos Resíduos, deve-rá ser assegurada através da execução de acções naquele sentido e ainda de acções:
com o objectivo de reforçar a recolha selectiva multi-material: incentivar os sistemas específicos que preco-nizam a entrega de resíduos de embalagens nos pró-prios locais de venda dos produtos, contribuindo para uma gestão integrada, bem como a maximização dos quantitativos desviados da recolha indiferenciada;de redução da quantidade de resíduos: a promoção da Compostagem Caseira ou a introdução do Sistema PAYT – Pay as You Throw. Este sistema consiste numa aplicação directa do princípio do poluidor-pagador, com resultados na redução da produção e no incentivo da recolha selectiva, ao fazer a diferença entre o valor a pagar por indiferenciado do separado (de notar que esta ferramenta é referida no PERSU II, mas está por definir um planeamento e metas concretas para a sua implementação); conducentes à redução das emissões de gases com efeito de estufa (como exemplo, a digestão anaeróbia de RUB);conducentes à redução da perigosidade dos resíduos; de sensibilização/informação dos cidadãos.
Outros Fluxos de ResíduosMuitos dos resíduos passíveis de valorização e com ori-gem predominantemente doméstica constituem já fluxos específicos com um sistema de gestão próprio, assegura-do por entidades gestoras regidas por legislação específi-ca, que lhes determina objectivos e metas a atingir a nível nacional e comunitário, ou através de acordos voluntários, em que o produtor assume a responsabilidade da gestão dos resíduos provenientes dos seus produtos. Os fluxos específicos de resíduos contribuem para a opti-mização da gestão dos RU, dada a especial interacção de alguns deles com os RU, como embalagens e resíduos de embalagens, pilhas e acumuladores e resíduos de equipa-mentos eléctricos e electrónicos, subtraindo da fracção urbana grandes quantitativos de resíduos alguns com ca-racterísticas perigosas, evitando a sua deposição em ater-
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ro e potenciando a sua valorização.Os princípios de gestão dos fluxos assentam na co-respon-sabilização do produtor do produto colocado no mercado, princípio da responsabilidade alargada do produtor, tendo em vista:
a recuperação do produto tornado resíduo e a sua rege-neração, valorização ou eliminação;a sucessiva redução da quantidade e da perigosidade dos resíduos.
A criação de sistemas integrados de gestão, com uma en-tidade gestora devidamente licenciada, permite a trans-ferência da responsabilidade de gestão do produtor para esta entidade, mediante o pagamento de prestações fi-nanceiras (ou ecovalor) pelos produtos colocados no mer-cado, obtendo efeitos de escala e uma maior facilidade de fiscalização e controlo da actividade.Para assegurar uma abrangência nacional, as entidades gestoras integram depois nas suas redes pontos de recolha ou de tratamento de resíduos que obedeçam a requisitos por elas pré-definidos, que permitam dar cumprimento às condições de licenciamento que lhes foram impostas.Actualmente, encontram-se regulamentados os seguintes fluxos específicos de resíduos, indicando-se entre parên-tesis as respectivas entidades gestoras, caso existam:
ERE – embalagens e resíduos de embalagens (SPV; VA-LORMED; SIGERU);PA – pilhas e acumuladores (ECOPILHAS, Amb3e, VALOR-CAR, ERP e GVB);REEE – resíduos de equipamentos eléctricos e electróni-cos (Amb3E e ERP Portugal);VFV – veículos em fim de vida (VALORCAR);Óleos usados (SOGILUB);Pneus usados (VALORPNEU);Óleos Alimentares Usados;RCD – resíduos de construção e demolição.
Aos RCD e aos óleos alimentares usados não se aplica o princípio da responsabilidade alargada do produtor, em-bora se verifique uma crescente intervenção dos Municí-pios relativamente à disponibilização de redes de recolha selectiva municipal para estes resíduos.Encontra-se em estudo a viabilidade e a oportunidade da regulamentação de mais dois fluxos específicos: as fraldas descartáveis e os resíduos de consumíveis informáticos.
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Triagem e fragmentação de RCD
Boletim Trimestral 17
1 - a) Um aumento mínimo global para 50 % em peso relativamente à preparação para a reutilização e a reciclagem de resíduos urbanos, incluindo o papel, o cartão, o plástico, o vidro, o metal, a madeira e os resíduos urbanos biodegradáveis; b) Um aumento mínimo para 70 % em peso relativamente à preparação para a reutilização, a reciclagem e outras formas de valorização material, incluindo operações de enchimento que utilizem resíduos como substituto de outros materiais, resíduos de construção e demolição não perigosos, com exclusão dos materiais naturais definidos na categoria 17 05 04 da Lista Europeia de Resíduos (LER).
A Figura 7 apresenta todos os operadores de gestão de resíduos licenciados no Alentejo à data actual, participando, alguns deles, nos sistemas integrados de gestão de fluxos específicos atrás referidos ■Maria José Santana
!A
Y
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U
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KIBR
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KIBR
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!A
§C
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!A+U
k
k
§B!!d
!A
!A
+U
§C
Beja
Évora
Odemira
Serpa
Mértola
Moura
Avis
Nisa
Elvas
Portel
Alcácer do Sal
Grândola
Mora
Ourique
Arraiolos
Crato
Almodôvar
Montemor-o-Novo
Ponte de Sôr
Aljustrel
Alandroal
Estremoz
Santiago do Cacém
Alvito
Monforte
Castro Verde
Portalegre
Gavião
Sousel
Redondo
Mourão
Sines
Ferreira do Alentejo
CubaVidigueira
Arronches
Fronteira
Alter do Chão
Borba
Viana do Alentejo
Marvão
Campo Maior
Vila Viçosa
Castelo de Vide
Barrancos
Vendas Novas
Reguengos de Monsaraz
¢0 3015 km
!A Armazenagem
KIBR Aterro RIB
k Aterro inertes
! Desmantelamento VFV
+U Fragmentação RCD
!% Incineração de subprodutos origem animal
§C Produção CDR
§B Produção biodiesel
Reciclagem de consumíveis informáticos
Y Reciclagem de pneus usados
U Reciclagem de resíduos PET
!d Tratamento de REEE
+U Triagem RCD
Figura 7 - Operações de gestão de resíduos não urbanos
A publicação, por parte do INE, do Índice Sintético de Desenvolvimento Regional (ISDR) relativo ao ano de 2010, permi-tiu avaliar a evolução registada no desenvolvimento das regiões, face aos valores atingidos em 2009 e alvo de análise já anteriormente publicada. Este indicador agregado permite comparar, através das suas três componentes (coesão, competitividade e qualidade ambiental), os níveis de bem-estar e equidade das populações, o desempenho competitivo das economias e a qualidade do ambiente, em todas as unidades geográficas desagregadas, desde o país, até às 30 sub--regiões que o integram. A análise que agora se apresenta tem por base os dados estatísticos do INE, que incluem alterações na série retrospecti-va 2004-2009, tornam os dados comparáveis com os de 2010 e alteram os valores apresentados em 2009.
O Alentejo No Contexto NacionalA Região de Lisboa é a que mais se destaca a nível nacional, tanto no ano de 2004, como em 2010, sendo a única que supera a média nacional no índice global de desenvolvimento regional. Nas Regiões regista-se, genericamente, uma tendência de decréscimo face ao ano de partida, com excepção da região do Norte que conta com um ligeiro aumento do índice global de desenvolvimento regional. A evolução verificada em 2010 face ao ano de 2009 mostra também uma propensão para o decréscimo do ISDR na generalidade das regiões de Portugal, com estabilidade no Norte e Centro.No Alentejo observa-se a manutenção do valor do Índice Global de 2004 para 2010, embora este último ano represente uma recuperação relativamente aos valores atingidos por este índice no ano de 2009. O posicionamento do ISDR global do Alentejo em 2010 resulta de um decréscimo acentuado do seu desempenho competitivo neste período, bem como de uma diminuição menos vincada na qualidade ambiental.
Assim, é ao nível da coesão que o Alentejo ocupa a sua melhor posição regional, garantindo uma qualidade de vida às populações que ultrapassa a que se vive na média do país. O Alentejo ocupa o terceiro melhor lugar entre as regiões de Portugal, posição e valor já atingidos em 2009. A supremacia pertence a Lisboa, região que alcança os níveis mais eleva-dos na coesão e também se destaca na competitividade, com valores claramente acima da média nacional. Comparati-vamente com o valor nacional, o Alentejo, mostra-se mais coeso, menos competitivo, e com uma qualidade ambiental próxima da média nacional.
O Índice Sintético de Desenvolvimento Regional no contexto NacionalSituação em 2010
ISDR - Índice Global de Desenvolvimento Regional(Portugal=100)
97,398,2 98,3
98,997,9 98,1
106,7 106,9 106,5
97,496,4 96,7
97,7 97,8 97,397,7
94,9 94,4
92,1
90,1 90,5
2004 2009 2010Norte Centro Lisboa Alentejo Algarve Madeira Açores
Fonte - INE
18 Boletim Trimestral
Boletim Trimestral 19
Índice Sintético de Desenvolvimento Regional (Portugal = 100), por NUT II, 2010
Coesão (Portugal = 100), por NUT III, 2010
O Desempenho das Sub-Regiões Componente CoesãoA distribuição das 30 subregiões nacionais é bastante equilibrada, mas com um número mais elevado de subre-giões com valores acima da média nacional neste indica-do compósito. No Alentejo, as subregiões com mais baixo desempenho tendem, ainda assim, a localizar-se próximo da média nacional, com o valor mais baixo assumido pelo Baixo Alentejo.
Entre as regiões do Alentejo com a melhor qualidade de vida ao nível nacional surge o Alentejo Central, ocupando a 2ª melhor posição, só superada pelo Baixo Mondego, a região do país com melhores condições de vida. O Alto Alentejo também apresenta valor que o avalia como sendo uma região onde as condições médias de vida são melhores que as existentes na média do país.A Lezíria do Tejo posiciona-se neste indicador muito ligei-ramente acima da média de Portugal. O Alentejo Litoral e o Baixo Alentejo, embora apresen-tem valores abaixo da média nacional, melhoraram o seu posicionamento relativo face às restantes subregiões. A aproximação à média nacional é mais vincada no Alentejo Litoral. O Alentejo e as suas subregiões registaram um acréscimo generalizado e significativo no índice de coesão quando comparado com 2004, com principal destaque para o Alentejo Litoral e o Baixo Alentejo que evoluem no senti-do da aproximação às restantes subregiões do Alentejo e à média nacional. A tendência geral é a de estabilidade face ao ano de 2009, apenas com decréscimos insignificantes em subregiões que tinham já atingido ou ultrapassado a média nacional.
Coesão
80 90 100 110 120
R. A. Açores
Tâmega
R. A. Madeira
Pinhal Interior Sul
Ave
Algarve
Alto Trás-os-Montes
BAIXO ALENTEJO
Pinhal Interior Norte
ALENTEJO LITORAL
Entre Douro e Vouga
Douro
Dão-Lafões
LEZÍRIA DO TEJO
Minho-Lima
Beira Interior Norte
Cova da Beira
Baixo Vouga
Cávado
Beira Interior Sul
Oeste
Grande Porto
Península de Setúbal
Pinhal Litoral
ALTO ALENTEJO
Médio Tejo
Grande Lisboa
Serra da Estrela
ALENTEJO CENTRAL
Baixo Mondego
Coesão Competitividade Qualidade Ambiental
80 90 100 110
R. A. Açores
R. A. Madeira
Algarve
Norte
Alentejo
Centro
Lisboa
Alen
tejo
200
9
85 100 115
R. A. Açores
Alentejo
R. A. Madeira
Centro
Norte
Algarve
Lisboa
Alen
tejo
200
995 100 105 110
Algarve
R. A. Açores
Centro
Alentejo
Norte
Lisboa
R. A. Madeira
Alen
tejo
200
9
Fonte - INE
ISDR – Índice Sintético de Desenvolvimento Regional Componente Coesão (Portugal=100)
93
97
102
104103
107
93
97
99100
98
101
2004 2010
Alentejo Litoral Alto Alentejo Alentejo Central Baixo Alentejo Lezíria do Tejo Alentejo
2009
ISDR – Índice Sintético de Desenvolvimento Regional Componente Coesão (Portugal=100)
Fonte - INEFonte - INE
20 Boletim Trimestral
Componente CompetitividadeA avaliação da componente competitividade nas NUT III nacionais revela que é a este nível que o país mostra mais debilidade e assimetria, com Lisboa a assumir grande di-ferenciação face às restantes regiões com prestação aci-ma da média nacional, Apenas quatro sub-regiões apre-sentam valores acima do valor médio do país, revelando um maior dinamismo económico. Por ordem de posicio-namento surgem Grande Lisboa, claramente destacada, Grande Porto, Baixo Vouga e Ave, esta última já com valor próximo da média nacional. Comparativamente com as restantes componentes do ISDR, a competitividade é aquela em que as regiões e sub-regiões nacionais apresentam valores mais baixos, tendência que é acompanhada também pela região do Alentejo.
Das 30 subregiões portuguesas apenas quatro apresen-tam desempenho acima da média nacional no índice de competitividade, (Grande Lisboa, Grande Porto, Baixo Vouga e Ave), mantendo as três primeiras a posição que tinham já atingida no ano de 2009.
Em 2010, a disparidade das NUT III do Alentejo face ao valor nacional mostra que o Alentejo Litoral foi alvo de um ganho em competitividade que resultou numa escalada em aproximação ao valor nacional. As restantes subregi-ões não registaram melhorias posicionais relativas. Reve-laram-se mesmo descidas dos níveis de competitividade, na Lezíria do Tejo e no Baixo Alentejo. A componente competitividade no Alentejo e suas subre-riões é a que vê a sua situação mais gravosa no contexto do ISDR. Não apresenta valores acima da média nacional e os seus índices são os mais baixos quando comparados com os atingidos nas restantes componentes. Neste in-dicador o Alentejo varia entre 85 no Alto Alentejo e 96 no Alentejo Litoral, que se destaca muito claramente das restantes subregiões do Alentejo. Apesar disso, apenas o Baixo Alentejo e a Lezíria do Tejo vêem diminuir os valores deste indicador comparativamente com o ano de 2009.
A variação do índice de competitividade nas regiões de-monstram que apenas o Norte e Lisboa mantêm uma tendência de crescimento, embora em Lisboa o ano de 2010 represente um decréscimo face ao ano anterior. O Alentejo, com pendor decrescente relativamente a 2004, foi alvo de um impulso de 2009 para 2010. Nas subregi-ões, as variações são predominantemente negativas, com o Alentejo Litoral a destacar-se por manter, em 2010, o valor do indicador atingido em 2004. Entre 2009 e 2010, identificam-se tendências positivas no Alentejo Litoral, Alto Alentejo e Alentejo Central.
Componente Qualidade AmbientalAproximadamente dois terços das subregiões nacionais apresentam valores do índice qualidade ambiental acima do valor nacional, o que é revelador dos níveis atingidos pelo país. Os dados de 2010 mostram a manutenção de uma tendência inversa entre a competitividade e a qua-
Competitividade (Portugal = 100), por NUT III, 2010Competitividade
70 80 90 100 110 120
Serra da Estrela
Alto Trás‐os‐Montes
Pinhal Interior Sul
ALTO ALENTEJO
Douro
Pinhal Interior Norte
BAIXO ALENTEJO
Beira Interior Norte
Tâmega
Cova da Beira
Médio Tejo
R. A. Açores
ALENTEJO CENTRAL
Beira Interior Sul
LEZÍRIA DO TEJO
Dão‐Lafões
R. A. Madeira
Oeste
Baixo Mondego
Minho‐Lima
ALENTEJO LITORAL
Pinhal Litoral
Algarve
Cávado
Península de Setúbal
Entre Douro e Vouga
Ave
Baixo Vouga
Grande Porto
Grande Lisboa
Fonte - INE
ISDR – Índice Sintético de Desenvolvimento Regional Componente Competitividade (Portugal=100) ISDR – Índice Sintético de Desenvolvimento Regional
Componente Competitividade (Portugal=100)
96 96
88
85
94
90
87
86
95
91
92
89
2004 2010
Alentejo Litoral Alto Alentejo Alentejo Central Baixo Alentejo Lezíria do Tejo Alentejo
2009
Fonte - INE
Da análise da variação face a 2009 verifica-se que o Alen-tejo mantém, em 2010, o nível já atingido, tal como acon-tece com o Alto Alentejo, subregião com o valor mais elevado. As NUT III com valor mais baixo registarem um aumento em 2010 e os decréscimos ocorrem nas subregi-ões que detinham valores acima da média e mantém a sua posição relativa, com indicadores superiores a 100.
Índice Global de Desenvolvimento RegionalO comportamento conjunto das três componentes, as-sumido pelo índice global de desenvolvimento regional, mostra que cinco subregiões nacionais superavam a mé-dia do país. O Alentejo, embora aproximando-se do valor médio nacional, sobretudo em duas regiões, apresenta três subregiões com fraco desempenho global.
lidade ambiental, surgindo assim o Alto Alentejo como a segunda melhor subregião do país neste indicador e o Alentejo Litoral como a pior a nível nacional.
Entre as NUT III nacionais o Alto Alentejo surge como a su-bregião do Alentejo que melhor posicionamento apresen-ta, ocupando a segunda posição, só superada pela Serra da Estrela.O Baixo Alentejo, com valor acima do nacional e na nona posição, perde posicionamento, face a 2009, relativamente às restantes subregiões. O Alentejo Central apresenta um valor na qualidade ambiental a par do valor do país.
Os piores valores deste indicador são assumidos pelo Alentejo Litoral, que mantém, tal como em 2009, a última posição entre as subregiões do país.
A Lezíria do Tejo não conseguindo ainda atingir os valores médios nacionais, aproxima-se e melhora o seu posiciona-mento relativamente às demais NUT III do país. Na componente qualidade ambiental o Alentejo mostra ter atingido bons níveis ao alcançar a média nacional na Região e apresentar valores que a ultrapassam em várias NUT III regionais, como é o caso Alto Alentejo, Baixo Alen-tejo e Alentejo Central. As restantes subregiões apresen-tam valores que se aproximam da média do país.
Boletim Trimestral 21
Qualidade Ambiental (Portugal = 100), por NUT III, 2010
Fonte - INE
Qualidade Ambiental
80 90 100 110 120
ALENTEJO LITORAL
Baixo Mondego
Grande Porto
Península de Setúbal
Baixo Vouga
LEZÍRIA DO TEJO
Oeste
Algarve
R. A. Açores
Entre Douro e Vouga
Pinhal Litoral
Dão‐Lafões
ALENTEJO CENTRAL
R. A. Madeira
Médio Tejo
Beira Interior Sul
Grande Lisboa
Cávado
Ave
Minho‐Lima
Pinhal Interior Norte
BAIXO ALENTEJO
Pinhal Interior Sul
Tâmega
Cova da Beira
Beira Interior Norte
Alto Trás‐os‐Montes
Douro
ALTO ALENTEJO
Serra da Estrela
ISDR – Índice Sintético de Desenvolvimento RegionalComponente Qualidade Ambiental (Portugal=100)ISDR – Índice Sintético de Desenvolvimento Regional
Componente Qualidade Ambiental (Portugal=100)
8892
112 110104 100
112105
96 96102 100
2004 2010
Alentejo Litoral Alto Alentejo Alentejo Central Baixo Alentejo Lezíria do Tejo Alentejo
2009
Fonte - INE
Índice Global de Desenvolvimento Regional (Portugal = 100), por NUT III, 2010
Fonte - INE
Global
90 100 110
R. A. Madeira
Tâmega
Pinhal Interior Sul
Alto Trás‐os‐Montes
Pinhal Interior Norte
ALENTEJO LITORAL
BAIXO ALENTEJO
LEZÍRIA DO TEJO
Douro
Dão‐Lafões
Algarve
R. A. Açores
Beira Interior Sul
Beira Interior Norte
Serra da Estrela
Médio Tejo
Oeste
Baixo Mondego
Cova da Beira
ALENTEJO CENTRAL
Entre Douro e Vouga
Península de Setúbal
ALTO ALENTEJO
Pinhal Litoral
Ave
Grande Porto
Minho‐Lima
Baixo Vouga
Cávado
Grande Lisboa
Coesão Competitividade
80
90
100
110Alentejo
Alentejo Litoral
Alto Alentejo
Alentejo Central
Baixo Alentejo
Lezíria do Tejo
2010
2009
Portugal
80
90
100Alentejo
Alentejo Litoral
Alto Alentejo
Alentejo Central
Baixo Alentejo
Lezíria do Tejo
2010
2009
Portugal
22 Boletim Trimestral
A subregião da Grande Lisboa continua a mostrar-se como a única que em 2010, atinge valores acima da média em to-das as componentes do ISDR. Algumas subregiões alcançam também níveis superiores à média do país em três dos qua-tro items em análise, como é o caso do Grande Porto, Baixo Vouga e Cávado.
O Alentejo e suas subregiões não conseguem ultrapassar, nem atingir a média nacional no Índice Global, embora nos casos do Alto Alentejo e Alentejo Central superem esse valor nas componentes coesão e qualidade ambiental. Nas 30 sub-regiões portuguesas apenas cinco conseguem superar a média nacional no índice global de desenvolvi-mento regional, são elas a Grande Lisboa, Cávado, Baixo Vouga, Minho-Lima e Grande Porto. Não se conseguem reu-nir a este grupo as subregiões do Alentejo e o Alto Alentejo é a subregião que mais se aproxima da média nacional, secundado, em termos regionais, pelo Alentejo Central. De 2004 a 2010 observa-se no ISDR regional uma tendência geral de decréscimo, que apenas não ocorre no Alentejo Litoral. No entanto quando avaliadas as alterações ocorridas de 2009 para 2010 verifica-se que, apesar de não ser de grande monta, a variação é de pendor positivo em três subregiões do Alentejo. De referir que é bastante significativo o aumento de 2009 para 2010 observado no ISDR global no Alentejo Litoral, em resultado do aumento do indicador competitividade.Para concluir esta análise das dinâmicas regionais, resumimos nos gráficos seguintes o desempenho do Alentejo e das suas sub-regiões no índice global e nas respectivas componentes, comparativamente com o valor de referência para Portugal.
ISDR – Índice Global de Desenvolvimento Regional(Portugal=100)
ISDR – Índice Global de Desenvolvimento Regional(Portugal=100)
92,4
95,2
100,2
99,0
100,1
98,6
96,5
95,6
97,496,7
95,6
96,7
88
90
92
94
96
98
100
102
2004 2010
Alentejo Litoral Alto Alentejo Alentejo Central Baixo Alentejo Lezíria do Tejo Alentejo
2009
Fonte - INE
Índice Sintético de Desenvolvimento Regional (Portugal = 100), por NUT II, 2010
Fonte - INE
Fonte - INE
Boletim Trimestral 23
Verificam-se tendências de estabilidade de 2009 para 2010, com pontuais acréscimos, como é o caso do Alentejo Litoral que vê aumentar o indicador de competitividade e que influencia positivamente o nível atingido pelo seu indicador sin-tético global. Para além disso, na Região e sub-regiões não se observam grandes decréscimos.
A região Alentejo mostra um nível de coesão superior ao registado a nível nacional e desempenho competitivo aquém da média nacional. No Alto Alentejo, os níveis de qualidade ambiental e coesão superam os do país e é também ao ní-vel da qualidade ambiental que o Baixo Alentejo se destaca do valor nacional. O Alentejo Litoral é a única subregião do Alentejo que apresenta todos os componentes do ISDR abaixo dos níveis médios nacionais ■
Qualidade Ambiental Índice Sintético Global
80
90
100
110Alentejo
Alentejo Litoral
Alto Alentejo
Alentejo Central
Baixo Alentejo
Lezíria do Tejo
2009
2010
Portugal 80
90
100Alentejo
Alentejo Litoral
Alto Alentejo
Alentejo Central
Baixo Alentejo
Lezíria do Tejo
2010
2009Portugal
ISDR - Índice Sintético de Desenvolvimento Regional, 2010
80
90
100
110Alentejo
Alentejo Litoral
Alto Alentejo
Alentejo Central
Baixo Alentejo
Lezíria do Tejo
CompetitividadeÍndice Global
CoesãoPortugal
QualidadeAmbiental
Fonte - INE
24 Boletim Trimestral
Programa Operacional Regional – INALENTEJO
Situação em 31-03-2013Com o objectivo de dar continuidade à monitorização tri-mestral do programa operacional regional e ao mesmo tempo de divulgar o progresso havido relativamente a De-zembro de 2012, procede-se a uma análise sumária da situ-ação no final do primeiro trimestre do corrente ano.Neste contexto, pode verificar-se o aumento do FEDER aprovado em mais de seis pontos percentuais face a 31 de Dezembro passado, atingindo no final do 1º trimestre o va-lor de 847,6 milhões de euros, sendo de 868,9 milhões de euros a dotação global do programa. Assim, ficam somente 21,3 milhões por aprovar, o que corresponde a uma dispo-nibilidade de 2,5% do FEDER atribuído à região.
O Fundo Comunitário Aprovado e Executado Dez - 2012 vs Mar-2013 (Variação trimestral)
O FEDER executado viu, neste trimestre, o seu valor acresci-do em 28,5 milhões de euros, não tendo contudo esta evo-lução acompanhado o acréscimo do valor aprovado, pelo que os valores do FEDER por executar aumentaram 26 mi-lhões face aos valores apresentados no final do ano.Será de realçar o ritmo de crescimento dos valores de FE-DER aprovados que, em três meses, sofreram aumentos de 54,4 milhões de euros.
Fundo Comunitário Aprovado e Executado Dez - 2012 vs Mar -2013
Se compararmos os valores do 1º trimestre deste ano com os valores homólogos do ano anterior, concluímos que o va-lor do fundo aprovado aumentou em 117,5 milhões de eu-ros, o que corresponde a uma variação positiva de cerca de 16%, tendo a variação do fundo executado correspondido a cerca de 79%, o que significa que passou de 210 milhões para 375,3 milhões de euros neste trimestre.O valor do fundo destinado a novos compromissos passou de 138,9 milhões de euros para 21,3 milhões disponíveis no final do 1º trimestre de 2013, o que significa uma diminui-ção substancial no valor de FEDER disponível até ao final da vigência do INALENTEJO.
Fundo Comunitário Aprovado e Executado Mar - 2012 vs Mar -2013
A taxa de execução do Fundo Comunitário passou de 25,4% em Março de 2012 para 43,9% em Março de 2013 Ao fazer-se a comparação da situação dos indicadores de gestão nos dois períodos em análise (Março 2012 e Mar-ço 2013), verifica-se que a taxa de execução foi a que mais cresceu, tendo aumentado cerca de dezanove pontos per-centuais. As taxas de compromisso e de realização revela-ram ambas um aumento superior a quinze pontos percen-tuais.
Fundo Comunitário - Indicadores de gestão Mar-2012 vs Mar-2013 - (Variação homóloga)
O Eixo da Coesão Local e Urbana apresenta um valor de fundo comunitário executado de 204,5 milhões de euros, o
Milh. € % Milh. € %
Total FEDER 868,9 0,0 868,9 0,0
Total FEDER aprovado 793,2 91,3 847,6 97,5
FEDER Executado 346,8 43,7 375,3 44,3
FEDER por aprovar 75,7 8,7 21,3 2,5
FEDER por executar 446,3 56,3 472,3 55,7
FEDERDez‐12 Mar‐13
Fonte: INALENTEJO 30‐03‐2013
346,8
75,7
446,3
375,3
21,3
472,3
0
250
500
750
1000
Dez‐2012 Mar‐2013
Fundo Aprovado por executar (Milhões €)Total Fundo por aprovar (Milhões €)
Fundo Executado (Milhões €)Milhões euros
868,9
210,0
138,9
520,0 868,9
375,3
472,3
730,1
21,3
847,6
Total fundo(Milhões €)
Total aprovado(Milhões €)
Fundo Executado(Milhões €)
Total Fundo poraprovar (Milhões€)
Fundo Aprovadopor executar(Milhões €)Mar-2013
Mar-2012
Mar‐12 Mar‐13 Var.
% % %
Taxa de Compromisso (AP/PR) 84,0 99,3 15,2
Taxa de Realização (VA/AP) 28,8 44,3 15,5
Taxa de Execução (VA+AC)/PR 25,4 43,9 18,6
FEDER
AP ‐ Aprovado; PR ‐ Programado; VA ‐ Validado; AC ‐ Adiantamentos certificáveis
Fonte: INALENTEJO 30‐03‐2013
Boletim Trimestral 25
que corresponde a 54,5% do total do fundo executado na regiãoAo verificar-se a situação do Programa por eixo priori-tário, conclui-se que a Coesão Local e Urbana continua a aparecer como o eixo onde se verifica o maior volume de investimento elegível e de fundo comunitário aprovados. Proporcionalmente, o investimento elegível aprovado nes-te eixo corresponde a 42,7% do total. O fundo comunitário executado também aqui surge com o valor mais elevado, correspondendo a 54,5% do total.Se compararmos a Competitividade, Inovação e Conheci-mento, com o eixo referido anteriormente, concluímos que os valores apresentados neste, o posicionam em segundo lugar, quer no que concerne aos valores do investimento elegível aprovado, quer quanto aos valores do fundo apro-vados, quer ainda em termos de FEDER executado. Apesar da ocupação deste segundo lugar, o fundo executado não ultrapassa os 26,6% do total aprovado para a região. No entanto, o valor do investimento elegível aprovado de 481,8 milhões de euros aproxima-se do valor aprovado para a Coesão Local e Urbana (494,2 Milhões de euros). Esta si-tuação relativa é similar à verificada no último trimestre.
Investimento elegível e do Fundo, aprovados e executa-dos, por Eixo –Mar -2013
Fundo aprovado por Eixos Prioritários – Março -2013
Investim
ento
elegível
Fund
o Co
mun
itário
Investim
ento
elegível
Fund
o Co
mun
itário
Fund
o Co
mun
itário
Fund
o Co
mun
itário
Milh. euro Milh. euro % % Milh. euro %Total Programa Operacional 1.157,0 847,6 100,0 100,0 375,3 100,0
Eixo 7 ‐ Competitividade, Inovação e Conhecimento
481,8 308,2 41,6 36,4 99,9 26,6
Eixo 8 ‐Valorização do Espaço Regional
162,6 126,0 14,1 14,9 61,2 16,3
Eixo 9 ‐ Coesão Local e Urbana 494,2 397,8 42,7 46,9 204,5 54,5
Eixo 10 ‐ Assistência Técnica 18,4 15,6 1,6 1,8 9,7 2,6
Eixo Prioritário
Aprovação Execução
Fonte: INALENTEJO 30‐03‐2013
308,2 126,0 397,815,6
847,6
Eixo 7 ‐ Competitividade, Inovação e ConhecimentoEixo 8 ‐Valorização do Espaço RegionalEixo 9 ‐ Coesão Local e UrbanaEixo 10 ‐ Assistência Técnica
Total ‐ FEDER ‐ Aprovado
Milhões de euros
De salientar que, excluindo a Assistência Técnica (que ocupa o primeiro lugar na variação trimestral dos valores aprovados), é na Competitividade, Inovação e Conheci-mento que se verifica a maior variação positiva em todos os valores, registando um crescimento de 8,5% na compo-nente do FEDER aprovado e de 10,9% no valor do fundo executado. Estas variações são mais elevadas que a média regional, apesar de no trimestre anterior as mesmas te-rem sido bem mais relevantes.
Investimento elegível e do Fundo, aprovados e executa-dos, por Eixo –Mar -2013
A Coesão Local e Urbana, registou também uma variação positiva na execução do fundo, que chegou aos 8,1%, e na variação do valor do investimento elegível aprovado, que chegou aos 6,6%, tendo este ainda atingido um valor ligeiramente superior ao da média regional.
Os Incentivos à Inovação correspondem à tipologia de operações que tem o maior volume de investimento elegí-vel e fundo comunitário aprovadoDa análise dos valores aprovados e executados por tipo-logias de operações resulta a conclusão de que os Incen-tivos à Inovação acumulam o maior valor aprovado, quer no que concerne ao investimento elegível, quer ao fundo comunitário. No entanto, quanto à execução do fundo, ocupam o 2º lugar, logo a seguir à Requalificação da rede escolar do 1º ciclo do ensino básico e da Educação Pré – Escolar, que ocupa o 1º lugar, sendo que, neste caso, o va-lor do investimento elegível aprovado é substancialmente inferior ao do primeiro (281,8 milhões de euros para os Sistema de Incentivos à Inovação e 97,1 milhões no caso da Requalificação da rede 1º ciclo e pré escolar).
Execução
Investim
ento
elegível
Fund
o Co
mun
itário
Fund
o Co
mun
itário
% % %
Total Programa Operacional 6,2 6,9 8,2
Eixo 7 ‐ Competitividade, Inovação e Conhecimento
7,6 8,5 10,9
Eixo 8 ‐Valorização do Espaço Regional 0,1 0,6 5,6
Eixo 9 ‐ Coesão Local e Urbana 6,6 7,3 8,1
Eixo 10 ‐ Assistência Técnica 18,7 18,7 1,3
Variação no trimestre (Dez‐2012 vs. Mar‐2013)
Eixo Prioritário
Aprovação
Fonte: INALENTEJO 30‐03‐2013
26 Boletim Trimestral
Investimento aprovado e Fundo aprovado e Executado, por tipologia de operação - Mar - 2013
Das Tipologias de Operações referenciadas, os Incentivos à Inovação ocupam a maior proporção de fundo aprovado, sendo o último lugar ocupado pela Política de Cidades.
Foto
Investim
ent
o elegíve
l
Fund
o Co
mun
itário
Fund
o Co
mun
itário
Fund
o Co
mun
itário
Fund
o Co
mun
itário
Milh. euro Milh. euro % Milh. euro %Total Programa
Operacional 1.157,0 847,6 100,0 375,3 100,0
Incentivos à Inovação (SI Inovação)
281,8 164,0 19,3 51,2 13,7
Política de Cidades ‐ Parcerias para a Regeneração Urbana
131,3 103,9 12,3 51,1 13,6
Requalificação da Rede Escolar do 1º Ciclo do Ensino Básico e da Educação Pré‐Escolar.
97,1 79,1 9,3 54,8 14,6
Mobilidade Territorial 92,1 78,2 9,2 49,0 13,0
Equipamentos e serviços colectivos de proximidade (coesão local)
69,8 58,0 6,8 23,1 6,2
Infra‐estruturas e Equipamentos de Saúde
64,9 50,0 5,9 24,9 6,6
Requalificação da Rede de Escolas do 2º e 3º ciclo do Ensino Básico
51,1 25,1 3,0 5,5 1,5
Acções de Valorização e Qualificação Ambiental
46,6 39,4 4,6 4,8 1,3
Incentivos à Qualificação e Internacionalização de PME (SI Qualificação de PME)
40,0 30,5 3,6 15,7 4,2
Política de Cidades ‐ Redes Urbanas para a Competitividade e Inovação
29,5 21,9 2,6 5,3 1,4
Outros 253,0 197,5 23,3 89,9 24,0
Tipologia da Operação
Aprovação Execução
Fonte: INALENTEJO 30‐03‐2013
Os investimentos em Infra-estruturas e no sector Produtivo ocupam os lugares mais relevantes, quer no que concerne ao volume do investimento elegível, quer no que respeita ao volume do fundoContinuamos a verificar que as infra-estruturas se eviden-ciam quer pelo maior volume de investimento elegível aprovado, quer pelo fundo aprovado e executado. Apesar do Produtivo ocupar o segundo lugar, fica a grande distân-cia do primeiro.
Valores do Investimento elegível e do Fundo aprovados e executados, por natureza do investimento - Mar - 2013
Fundo aprovado por natureza do investimento – Mar - 2013
O Alentejo Central é a NUTS III da região onde se verifica o maior volume de investimento elegível, de fundo aprova-do e de fundo validadoAo analisarmos a distribuição do investimento elegível e fundo comunitário aprovado, assim como do fundo exe-cutado e taxa de realização, nas respectivas NUTS III da região, concluímos que a situação deste trimestre é seme-lhante à registada no final do ano, isto é, relativamente ao investimento elegível e ao fundo aprovado, o Alentejo Cen-tral ocupa o primeiro lugar, seguido do Alto Alentejo. No
Investim
ento
elegível
Fund
o Co
mun
itário
Investim
ento
elegível
Fund
o Co
mun
itário
Fund
o Co
mun
itário
Fund
o Co
mun
itário
Milh. euro Milh. euro % % Milh. euro %Total Programa
Operacional 1.157,0 847,6 100,0 100,0 375,3 100,0
Infra‐estruturas 605,0 490,2 52,3 57,8 239,6 63,8Equipamento/material 81,7 63,9 7,1 7,5 31,5 8,4Acções imateriais / Estudos
137,3 92,3 11,9 10,9 26,2 7,0
Assistência Técnica 17,9 15,2 1,5 1,8 9,3 2,5
Apoio ao Financiamento 33,4 22,0 2,9 2,6 17,3 4,6
Produtivo 281,8 164,0 24,4 19,3 51,2 13,7
Natureza do investimento
Aprovação Execução
Fonte: INALENTEJO 30‐03‐2013
Infra‐estruturas57%
Assistência Técnica2%
Produtivo19%
Acções imateriais / Estudos11%
Equipamento/material8%
Apoio ao Financiamento
3%
Boletim Trimestral 27
que se refere ao valor do fundo executado, apesar do Alentejo Central manter a primeira posição, é o Baixo Alentejo que ocupa o segundo lugar. Já no que concerne à taxa de realização o Baixo Alentejo mantém o primeiro lugar, com uma taxa de 49,3%, seguindo-se-lhe o Alto Alentejo, que retira o segundo lugar ocupado anteriormente pela Lezíria do Tejo, com 44,7%. De salientar ainda o volume de investimento elegível não regionalizável que atinge 137,3 milhões de euros ao nível das NUTS III do Alentejo, com uma taxa de realização que ultrapassa os 57%.
Investimento elegível, Fundo aprovado, Fundo exe-cutado e Taxa de realização por NUT III - Mar - 2013
Investimento elegível, Fundo aprovado, Fundo exe-cutado e Taxa de realização por NUT III – DEZ – 2012
Ao relacionarmos o volume do fundo comunitário aprovado no Programa Operacional Regional em cada um dos concelhos do Alentejo com a respecti-va população residente, concluímos que a maioria
Investim
ento
elegível
Fund
o Co
mun
itário
Ap
rovado
Fund
o Co
mun
itário
Va
lidado
Taxa de
Realização(1)
Milh. euro Milh. euro Milh. euro %
Total Programa Operacional 1.157,0 847,6 375,3 44,3
Alentejo Litoral 142,3 85,5 32,0 37,5
Alto Alentejo 203,3 151,2 67,6 44,7
Alentejo Central 301,3 222,0 84,1 37,9
Baixo Alentejo 182,0 141,1 69,6 49,3
Leziria do Tejo 190,8 145,4 62,8 43,2
Não regionalizável 137,3 102,4 59,1 57,7
NUTS III
Fonte: INALENTEJO 30‐03‐2013
(1) ‐ Fundo validado / Fundo aprovado (%)
0 50 100 150 200 250 300 350
Alentejo Litoral
Alto Alentejo
Alentejo Central
Baixo Alentejo
Leziria do Tejo
ALENTEJO Taxa realzação (%)
Fundo validado (M €)
Fundo aprovado (M €)
dos concelhos localizados no Alto Alentejo e alguns concelhos no interior do Baixo Alentejo (Aljustrel, Castro Verde e Almodovar) revelam valores de fundo aprovado per capita mais elevados que a maioria dos concelhos das outras NUTS III. O mapa seguinte re-vela que há situações isoladas, como por exemplo Sines (Alentejo Litoral), Mourão e Vendas Novas (Alentejo Central) que se desta-cam nas respectivas NUTS III pelos valores mais elevados do fun-do aprovado per capita. De salientar que estão referenciados so-mente os valores integrados no Programa Operacional Regional, havendo outros programas do QREN com impactos no território que certamente contribuem para um maior volume de investi-mento comunitário nos concelhos da região ■
FEDER Aprovado “per capita”
Beja
Evora
Odemira
Serpa
Mertola
Moura
Avis
Coruche
Nisa
Elvas
Portel
Alcacer do Sal
Grandola
Mora
Ourique
Arraiolos
Crato
Almodovar
Chamusca
Montemor-o-Novo
Ponte de Sor
Santarem
Aljustrel
Alandroal
Estremoz
Santiago do Cacem
Benavente
Alvito
Monforte
Castro Verde
Portalegre
Gaviao
Sousel
Redondo
Ferreira do Alentejo
Cuba Vidigueira
ArronchesFronteira
Mourao
Sines
Rio Maior
Alter do Chao
Azambuja
Almeirim
Borba
Viana do Alentejo
Marvao
Cartaxo
Reguengos de Monsaraz
Campo Maior
Vila Vicosa
Castelo de Vide
Barrancos
Vendas Novas
Salvaterra de Magos
Golega
Alpiaraca
FEDER Aprovado per capita(€)
362,5 - 806,1
806,2 - 1280,0
1280,1 - 2140,5
2140,6 - 6658,3
28 Boletim Trimestral
Programa Operacional Regional INALENTEJOValorizarAprovado pelo Conselho de Ministros de 6 de dezembro de 2012, o Programa VALORIZAR inicia a sua implemen-tação em 2013, projetando-se no futuro ciclo de financia-mentos comunitários a Portugal, que vigorará entre 2014 e 2020.No Programa serão realizadas medidas financiadas pelo QREN, especialmente através dos Programas Operacio-nais Regionais do Norte, Centro, Alentejo e Algarve, num montante global de 40 milhões de Euros.Contam-se ainda no VALORIZAR medidas destinadas a preparar estratégias territoriais de desenvolvimento para o “Novo QREN”, no ciclo 2014-2020, nomeadamente de base regional e intermunicipal.
7 Iniciativas Valorizar 2013-2014Sistema de Incentivos de Apoio Local a MicroempresasLinha de financiamento “Investe QREN” para territórios de interioridadeReforço do “mérito regional” dos Sistemas de Incenti-vos às Empresas do QRENRede de parcerias territoriais de apoio ao desenvolvi-mento económico e socialEstratégias territoriais para o ciclo de financiamento co-munitário 2014-2020Relatório do Estado da Coesão TerritorialPrémio do Desenvolvimento Regional
O INALENTEJO alocou ao Programa uma dotação de 3,5 milhões de euros, destinada ao Sistema de Incentivos de Apoio Local a Microempresas.Esta nova medida destina-se a microempresas, já existen-tes, dos diversos setores de atividade, excetuando o agrí-cola, localizadas no interior ou em regiões com problemas de interioridade, com menores oportunidades de desen-volvimento.Apoiando o investimento e a criação de postos de traba-lho é complementar dos demais Sistemas de Incentivos e do Programa PRODER.Os avisos de abertura de concurso encontram-se abertos em contínuo até dezembro de 2013 Para mais informações consultar a informação disponibili-zada na internet no endereço:http://www.ifdr.pt/content.aspx?menuid=378 ■
Beja
1.2.
3.
4.
5.
6.7.
Castro Verde
Chamusca
Coruche
Elvas
Évora
Odemira
Portalegre
Santo André
Boletim Trimestral 29
Programa Operacional Regional INALENTEJOInvestimentos em destaqueBeneficiário: Município de AljustrelCódigo da Operação: ALENT-09-0356-FEDER-001114Designação da Operação: Criação de espaços de animação desportiva no "Jardim do Coreto" em AljustrelConcelho (Localização Física da Operação): AljustrelRegulamento: Equipamentos para a Coesão LocalInvestimento Elegível Aprovado: 130.737,99 eurosFEDER Aprovado: 111.127,30 eurosDescrição:Trata-se de um investimento que pretendeu dar continui-dade ao processo de revitalização já iniciado à luz das atu-ais prioridades e necessidades, contribuindo para o refor-ço e afirmação do concelho de Aljustrel no contexto local e regional.A existência de uma rede de equipamentos eficiente é um factor essencial para a competitividade e o crescimento
local e regional. Tem como objectivos gerais, promover a qualidade de vida da população e a inclusão social; refor-çar o acesso a equipamentos e serviços colectivos; pro-mover e desenvolver o desporto; desenvolver operações de requalificação urbana e ambiental e reforçar a coesão territorial e social. Neste sentido, requalificou-se e revitali-zou-se o espaço público promovendo a sua multifunciona-lidade, disponibilizando um espaço desportivo de proximi-dade e de pequena escala para a prática físico-desportiva, contribuindo para:
Promover a actividade física e desportiva permanente, o convívio intergeracional e recuperar o sentido lúdico da mesma;Criar espaços de passagem, estadia, contemplação, re-creio e lazer informal;Promover as áreas pedonais;Instalar novas infra-estruturas e modernizar as existen-tes;Qualificar e desenvolver as condições urbanas, ambien-tais e sociais;Tornar toda a área de intervenção mais acessível a cida-dãos de mobilidade reduzida;
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30 Boletim Trimestral
Beneficiário: Robcork - Valorização de Pro-dutos de Cortiça, SaCódigo da Operação: ALENT-07-0403-FEDER-007610Designação da Operação: Transformação industrial de cortiças para fabrico de aglo-merados puros e compositos, em cortiça, para soluções de isolamento e revestimentoConcelho (Localização Física da Operação): PortalegreRegulamento: Incentivos à Inovação (SI Ino-vação)Investimento Elegível Aprova-do: 3 703 183,00 eurosFEDER Aprovado: 2 407 069,00 eurosDescrição:A ROBCORK SA foi fundada em 2009, pela mobilização de um grupo de proprietários de flo-resta de sobro e de dois distri-buidores internacionais de pro-dutos corticeiros.O seu projecto, de visão vertical, nascido no coração da flores-ta mediterrânica, baseia-se na necessidade de preservação do montado e na ampla valorização das matérias-primas decorrentes da sua exploração. Iniciado o seu plano de investi-mento em 2010, o mesmo focali-za-se na transformação de corti-ça para o fabrico de aglomerados técnicos de isolamento (térmico, acústico e vibrático) e de revesti-mento (subpavimento, pavimen-to, mural), apostando em nichos de mercado externo onde a exi-gência técnica e qualitativa assu-me particular relevância.
Boletim Trimestral 31
A Robcork tem já distribuição assegurada nos Estados Unidos da América, Japão, Rússia, Ale-manha e Itália. No seu ano cru-zeiro, 2015, poderá ambicio-nar corresponder aos diversos contactos que mantem com diversos mercados tradicionais e emergentes. O quadro de pessoal efectivo atinge neste momento os 40 funcionários prevendo chegar aos 100 tra-balhadores no ano cruzeiro.A empresa tem em curso um processo de investimento glo-bal que supera os 10 milhões de euros, subdividido pela 1.ª transformação (preparação e granulação de cortiça natural) e de 2.ª transformação (fabrico de aglomerados puros e com-pósitos de cortiça). Em complemento às linhas industriais em implementa-ção e arranque operacional, a ROBCORK possui um peque-no departamento dedicado à vertente artística e artesanal da cortiça, numa perspectiva de mobilização de pequenos clientes/mercados e também de aproximação à origem/na-tureza, tão relevante na pro-tecção deste magnifico ecos-sistema.Em simultâneo com o investi-mento produtivo a empresa concretiza agora diversos in-vestimentos na área da Qua-lidade e Desenvolvimento, in-vestindo assumidamente na Inovação, instalando capaci-dades laboratoriais internas, implementando certificações e estabelecendo diversas parce-rias com entidades do sistema científico nacional. ■