Transcript
Page 1: BRUXISMO: ASPECTOS CLiNICOS, ETIOLOGIA …tcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/BRUXISMO.pdf · MICHELE ATHANASIO SHWETZ BRUXISMO: ASPECTOS CLiNICOS, ETIOLOGIA ETRATAMENTO Monografia

MICHELE ATHANASIO SHWETZ

BRUXISMO: ASPECTOS CLiNICOS,ETIOLOGIA E TRATAMENTO

Monografia apresentada do curso de protesedentaria da Faculdade de CienciasBiologicas e da Saude da UniversidadeTuiuti do Parana, como requisito parcial aobtenc;:ao ao titulo de Especialista emProtese Dentaria.

Orientadora: Prof;! Dra.Therezinha Pastre.

CURITIBA2007

Page 2: BRUXISMO: ASPECTOS CLiNICOS, ETIOLOGIA …tcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/BRUXISMO.pdf · MICHELE ATHANASIO SHWETZ BRUXISMO: ASPECTOS CLiNICOS, ETIOLOGIA ETRATAMENTO Monografia

Dedicat6ria

Dedico este trabalho as pessoas que mais amo nessemundo, que e a minhafamilia! Meupai, Alexandre, minhamae, EvangueZia, meus irmaos, Alexandre, GuiZherme eAna Claudia, que sao a base de tudo na minha vida.

E tambem ao amor da minha vida, Juliano, companheiroe etemo incentivador.

Page 3: BRUXISMO: ASPECTOS CLiNICOS, ETIOLOGIA …tcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/BRUXISMO.pdf · MICHELE ATHANASIO SHWETZ BRUXISMO: ASPECTOS CLiNICOS, ETIOLOGIA ETRATAMENTO Monografia

AGRADECIMENTOS

Agrade<;oa Universidade Tuiuti do Paranii e ao Uapeo.

Agrade<;oao Dr. Marcos Andre Kalabaide Vaz, coordenador

da Especilizac;:aode Protese Dentiiria.

Agradec;o aos demais professores, Dra. Therezinha Pastre,

Dr. Nerildo Ulbrich e Dr. Paulo Milani.

Agradec;:oao Sr. Marcos Romanini e sua esposa Jacira.

Agrade<;oaos meus amigos e colegas do curso: Ale Nasser

Saleh, Alexandre Anibal Manfroni, Angela Guimaraes, Ana Camila

Godoy Mimbela, Cristine Farjallah Bazzi, Eduardo Anversa

Pereira Borges, Geysa Gugelmin de Lima, Giselle Kaiser Vieira,

Marcela Roberta Lopes Turin, Paulo Henrique Oddpis, Sandra

Montemezzo.

Agrade<;oa minha colega Sandra Montemezzo, que cedeu as

[otos de urn caso clinico de seu paciente para ilustrar esta

monografia.

Agrade<;o ao paciente pela autoriza<;ao do uso de suas

imagens no caso clinico.

Finalizando com meu agradecimento especial a uma pessoa

que muito me ensinou sobre a odontoiogia e sobre a vida, a

professora e minha orientadora Dra.Therezinha Pastre.

Page 4: BRUXISMO: ASPECTOS CLiNICOS, ETIOLOGIA …tcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/BRUXISMO.pdf · MICHELE ATHANASIO SHWETZ BRUXISMO: ASPECTOS CLiNICOS, ETIOLOGIA ETRATAMENTO Monografia

SUMARIO

LIST A DE FIGURAS ..

RESUMO .

INTRODUCAO ..

2 REVISAO DA LlTERATURA ..

2.1 ASPECTOS CLiNICOS ..

2.1 .1 Classificagao ..

2.2 ETIOLOGIA ..

2.3 TRATAMENTO ..

3 DISCUSSAO ..

4 CONCLUSAO ..

REFERENCIAS ..

ANEXO A ..

5

6

8

10

10

14

16

18

22

24

25

27

Page 5: BRUXISMO: ASPECTOS CLiNICOS, ETIOLOGIA …tcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/BRUXISMO.pdf · MICHELE ATHANASIO SHWETZ BRUXISMO: ASPECTOS CLiNICOS, ETIOLOGIA ETRATAMENTO Monografia

LlSTA DE FIGURAS

FIGURA 1 DESENHO ESQUEMATICO MOSTRANDO PLACAINTEROCLUSAL ..... 27

FIGURA 2 FACETAS DE DESGASTE ACENTUADO .. 28

FIGURA 3 FACET AS DE DESGASTE ACENTUADO NO ARCO INFERIOR .. 28

FIGURA 4 FACETAS DE DESGASTE ACENTUADO, VISTA ANTERIOR .. 29

FIGURA 5 TERAPIA DE OVERLA Y .... 29

FIGURA 6 TERAPIA DE OVERLAY ... 30

FIGURA 7 TERAPIA DE OVERLAY ... 30

FIGURA 8 TERAPIA DE oVERLA Y ... 31

Page 6: BRUXISMO: ASPECTOS CLiNICOS, ETIOLOGIA …tcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/BRUXISMO.pdf · MICHELE ATHANASIO SHWETZ BRUXISMO: ASPECTOS CLiNICOS, ETIOLOGIA ETRATAMENTO Monografia

RESUMO

SHWETZ Michele Athanasio. BRUXISMO: ASPECTOS CLiNICOS, ETIOLOGIA ETRATAMENTOOrientadora: Prof'. Therezinha Pastre, Curitiba: UTP 2007, Especializa~ao emProtese Dentaria

o bruxismo e um dos habitos mais destrutivos da cavidade bucal porque ocorre deforma constante, disfuncional e utiliza fon;;:asexcessivas para os tecidos dentals eperiodontais. A maiaria dos auto res pesquisados, afirmaram que 0 bruxism a podetrazer seqOelas importantes para todo 0 sistema estomatognatico, como desgastesdentarios, dentes doloridos, altera~ao de dimensao vertical de oclusao, fadigamuscular, dar facial e dares de cabe<;a. Entre as fatores etiologicos citados pelosautores, 8StaO: tensao muscular aumentada, tensao emocional, presen<;a deinterfere!:ncias oclusais. 0 tratamento e multidisciplinar, mas 0 tratamentoodontologico envolve ajuste oclusal e placas interoclusais, que podem reduzir ossinais e sintomas, mas nao 0 eliminam totalmente. A partir desta revisao deliteratura, ficou evidente, que abordagem e tratamento do paciente com bruxismo,deve ser multidisciplinar.

Palavras-chave: bruxismo, placas oclusais,

Page 7: BRUXISMO: ASPECTOS CLiNICOS, ETIOLOGIA …tcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/BRUXISMO.pdf · MICHELE ATHANASIO SHWETZ BRUXISMO: ASPECTOS CLiNICOS, ETIOLOGIA ETRATAMENTO Monografia

TERMO DE APROVACAOMichele Athanasio Shwetz

BRUXISMO: ASPECTOS CLiNICOS,ETIOLOGIA E TRATAMENTO

Esta monografia foi jutgada e aprovada para a obtengao do titulo de Especialista emProtese Dentaria do Curso de Especializagao em Protese Universidade Tuiuti do

Parana

Curitiba, 17 de julho de 2007.

Especializagao em Pr6teseUniversidade Tuiuli do Parana

Prof2Universidade Tuiuti do Parana

Page 8: BRUXISMO: ASPECTOS CLiNICOS, ETIOLOGIA …tcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/BRUXISMO.pdf · MICHELE ATHANASIO SHWETZ BRUXISMO: ASPECTOS CLiNICOS, ETIOLOGIA ETRATAMENTO Monografia

INTRODU<;:iio

Bruxismo e urn dos habitos mais destrutivos da cavidade bucal porque

Dcorre de forma constante, disfuncional e utiliza lorgas excessivas para os tecidos

dentais e periodontais. Pode estar presente na dentigao decidua, mista ou

permanente, assim como em individuos portadores de pr6teses removiveis. Estudos

e observac;oes clinicas sugerem que 0 bruxismo pode ocorrer de forma aguda au

cronic8, podendo ser continuo, intermitente, temporario e permanente. 0 habito

pode apresentar remiss6es e exarcebac;6es. Em inumeras ocasi6es 0 estresse

agudo ou cranico, a tensao, frustragao, ansiedade au qualquer latar que provoque

desequilibrio emocional pode estar relacionado com os perfodos de bruxismo.

(MOLINA, t 989)

Se descontrolado, geralmente conduz a urn serio desgaste abrasivo das

supertfcies oclusais ou a mobilidade dos dentes, e, alem disso, contribuir para

mudangas adaptativas na articulagao temporomandibular, resultando em um

achatamento dos c6ndilos e na perda gradual da convexidade da eminencia

articular. Em pacientes com bruxismo grave, os musculos masseteres sao muitas

vezes aumentados, podendo causar mud an gas perceptivas no contorno facial.

(DAWSON, t993).

Para Litonjua et al. (2003), em pacientes com bruxismo, encontramos

caracterfsticas clinicas, como a atrigao, erosao e abrasao. A mais correlacionada e a

atrigao, que e definida como uma perda da estrutura dentaria, que e atritada contra

alguma superficie e apresenta como etiologia 0 latar psicologico, desencadeando a

perda de estrutura dentaria no processo mastigatorio.

Tosun, Karabuda e Cuhadarogiu (2003), relataram que as parafung6es

oclusais incluem 0 bruxismo, apertamento, atrigao, morder labios, chupar dedo e

postura anormal da mandibula (Classe II E III). Em contraste com 0 comportamento

luncional como mastigagao, deglutigao ou fala, atividades classificadas como

parafuncionais, aparecem sem ter nenhum proposito funcional. Tambem chamado

por estes autores, como neurose oclusal habitual, neuralgia traumatica, bruxomania

e dentes triturados.

Carisson et al. (2006) definem que 0 bruxismo nao e uma atividade

funcional, e e rotulada como parafungao. As amostras epidemiol6gicas most ram

Page 9: BRUXISMO: ASPECTOS CLiNICOS, ETIOLOGIA …tcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/BRUXISMO.pdf · MICHELE ATHANASIO SHWETZ BRUXISMO: ASPECTOS CLiNICOS, ETIOLOGIA ETRATAMENTO Monografia

10% a 20% dos bruxistas esta consciente dos seus habitos, provavelmente sendo 0bruxismo diurno 0 mais facil de diagnosticar.

Diante do exposto 0 objetivo desta revisao de iiteratura Ii mostrar os

aspectos clinicos do bruxismo, sua etiologia e tratamento.

Page 10: BRUXISMO: ASPECTOS CLiNICOS, ETIOLOGIA …tcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/BRUXISMO.pdf · MICHELE ATHANASIO SHWETZ BRUXISMO: ASPECTOS CLiNICOS, ETIOLOGIA ETRATAMENTO Monografia

10

2 REVISAO DE LlTERATURA

2.1 ASPECTOS CLiNICOS

o lermo "BRUXISMO" deriva da palavra grega Brychein, que significa

apertamento, fric<;ao ou atrito dos dentes entre 5i, com for<;ae sem nenhum objetivofuncional aparente. Como citado anteriormente, e urn dos habitos mais destrutivosda cavidade buca!. Ja que 0 habito e inconsciente, forgas excessivas podem seraplicadas sobre os museu los elevadores especial mente sobre aqueles que

participam no fechamento mandibular e realizam as movimentos laterais e

protrusivDs. A atividade bruxistica pode S8r iniciada, reforgada e sustentada semnenhum objetivo funcional aparente, a nao S8r para a liberag3.o da tensaoemociona1. 0 padrao de tensao emotional prevalente no bruxismo, nao tern sideestudada e elucidada de forma convincente. 0 bruxismo e considerado um habito

parafuncional, porque as for<;as neuromusculares repetitivas que sao geradasdurante essa atividade nao estao relacionadas com a mastigac;ao, deglutic;ao,fona,ao, respira,ao e posturas normais. (MOLINA, 1989). (Figuras 2, 3 e 4, ANEXO

A)

Molina et. aI., neste estudo avaliaram sinais e sintomas especificos de DTM

(Disfun,ao Tempora Mandibular) em tres grupos selecionados de pacientes que

apresentavam bruxismo leve, moderado e severo. Estes grupos comparados comum grupo de pacientes sem bruxismo e sem DTM. Os resultados demonstraram quea medida que 0 bruxismo tornava-se ma;s severo, aumentava a prevalencia desinais e sintomas especfficos de DTM, e tambem sugerem que todos as pacientescom DTM devem ser avaliados em relac;aoao bruxismo porque grupos diferentespodem estar presentes.

Dawson em 1993, no diagnostico diferencial das DTMs, e imprescindivel que

se proceda uma manipulac;ao precisa da mandfbula para obtenc;ao da relac;aocentrica, bem como a apalpagao do musculo pterigoideo lateral.

Molina em 1997, sugere em nrvel cHnico que 0 bruxismo pode ser

parcialmente responsavel pela dar de cabe,a cr6nica (cefaleia) que ocorre de forma

Page 11: BRUXISMO: ASPECTOS CLiNICOS, ETIOLOGIA …tcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/BRUXISMO.pdf · MICHELE ATHANASIO SHWETZ BRUXISMO: ASPECTOS CLiNICOS, ETIOLOGIA ETRATAMENTO Monografia

11

uni ou bilateral, e que pode estar presente tanto quando a pessoa acorda pela

manha como no decorrer do dia.Em estudo realizado por Conti et al. (1999), para avaliar a presen~a ou nao a

presen~a de h!lbitos parafuncionais, entre pacientes portadores de protese total, no

primeiro grupo estes apresentavam tempo de usa das pr6teses menor au igual a 5

anos, e Dutro grupo com tempo de usa maior que 5 anos, conclufram que 0

bruxismo e/ou apertamento foi principal habito parafuncional encontrado em ambos

os grupos estudados e que nao houveram diferen~as entre os dois grupos.

Rodrigues et. al. (2001), avaliaram a freqOenciade h!lbitos parafuncionais e

$uas manifestac;oes cHnicas em pacientes com Disfunt;oes da ArticuJagaoTemporomandibular (DTM). Os h!lbitos parafuncionais foram, em ordem

decrescente, briquismo, isolado au associado a Qutros habitos, apertamento

dentario, onicofagia, morder objetos e morder a lingua. Sinais comuns as disfunc;6estemporomandibulares predominaram, havendo dar em museu los como masseter,

temporal e cervical, bern como sinais articulares representados par estalos e dar

articular, e sinais cHnicos como hipertrofia da linea alba jugal e lingua crenada,

facetas de desgaste foram freqOentes em dentes anteriores, em especial caninos.

Rodrigues concluiu que a freqOencia de habitos parafuncionais em disfun90es

temporomandibulares e alta, com predominio do briquismo, enquanto que

evidencias clinicas destes sao observadas apenas em parte dos pacientes.

Segundo Dekon et al. (2003), relatam que durante a atividade parafuncional,

aplica-se sobre a superficie oclusal uma fon;a muito maior do que durante os

movimentos fisiol6gicos, girando em torno de 90 Kg, alem da contra9ao da

musculatura durante um tempo exagerado (em torno de 2 horas). 0 periodo di!lrio

de contato dentario nos partadores de bruxismo e tambem bastante aumentado em

rela9aO a um paciente sem parafun9ao, e considerando que tais condigoes superam

a tolerancia fisiol6gica das estruturas envolvidas, passando a gerar danos ao

sistema estomatognatico.

Em estudo sobre bruxismo, Manfredini et. al. (2003), encontraram uma

associagao entre bruxismo e DTM, e que a maior prevalencia estava nos pacientes

com os seguintes sintomas: combinagao de dor miofacial, deslocamento do disco

articular e outras condigoes articulares. Sugeriram que 0 bruxismo tenha uma grande

relagao com disordens musculares que com 0 deslocamento do disco articular e

Page 12: BRUXISMO: ASPECTOS CLiNICOS, ETIOLOGIA …tcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/BRUXISMO.pdf · MICHELE ATHANASIO SHWETZ BRUXISMO: ASPECTOS CLiNICOS, ETIOLOGIA ETRATAMENTO Monografia

12

patologias articulares, e que a relagao parece ser independente da presenga de

outras DTMs diagnosticadas com dores miofaciais.

A associagao entre 0 desgaste dentaria, bruxismo e dar facial em pacientes

com DTM, foi estudada par Pergamalian et. aI., (2003), que relatou ser um problema

complexo em pacientes com DTM que apresentam altos nfveis de bruxismo e

avangado desgaste dentario. 0 objetivo de seu estudo foi determinar existencia de

uma significante associagao entre 0 desgaste dentaria, as habitos parafuncionais do

bruxismo, dar na articulagao temporomandibular e dares musculares severas nesses

pacientes com DTM. Os resultados neste estudo mostraram que 0 desgaste dentario

esta correlacionado com a idade. Houve varia<;oes na atividade bruxfstica, e este

nao esta correlacionado as dores da musculatura facial na palpagao e foi

inversamente associado as desordens articulares. Dentes com desgaste dentario

nao esUio correlacionados com bruxismo, dares articulares e dares musculares.

Concluindo, nessa popular;;:ao com desordens temporomandibulares estudada, os

fatores dentiuios de desgaste nao diferenciaram dos pacientes com bruxismo dos

que nao tinham bruxismo. A equivalencia da atividade do bruxismo nao esta

associ ada com dores miofaciais severas e nao esta associada com a menor dor nas

desordens articulares na palpagao.

Tosun, Karabuda e Cuhadarogiu (2003) avaliaram 0 bruxismo do sono pelo

exame de polissonografia em paciente com implantes dentarios. Foram avaliados

implantes end6sseo em pacientes que tiveram complical;oes mecanicas com os

implantes, tais como: implantes ou abutmet fraturados, dificuldades em dar 0 torque

necessaria, au danos na face oclusal que foi selecionada para esse exame

anteriormente citado. Desde 0 possivel habito parafuncional oclusal pode ser

evidenciado em cada estagio do tratamento dentario, estes devem ser considerados

em relal;aO aos riscos. Concluiu-se que 0 estudo da polissonografia e efetivo, sendo

um metoda de baixo custo para diagnosticar habitos parafuncionais durante 0 sono.

o profissional deve ter precaul;oes com pacientes com bruxismo do so no quando

submetido a implantes end6sseos, sendo indicado 0 uso de algum dispositivo

noturno, como uma placa interoclusal. (figura1 do anexo).

Segundo Aloe et al. (2003) 0 bruxismo do Sana esta associado com a

sindrome das pernas inquietas e com os movimentos peri6dicos dos membros

(mioclonias noturnas) em portadores da sindrome da apneia-hipopneia obstrutiva do

Page 13: BRUXISMO: ASPECTOS CLiNICOS, ETIOLOGIA …tcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/BRUXISMO.pdf · MICHELE ATHANASIO SHWETZ BRUXISMO: ASPECTOS CLiNICOS, ETIOLOGIA ETRATAMENTO Monografia

13

sono. E pode representar uma manifestagao sub-clinica e precoce do disturbio

comportamental do sono REM.

Para Litonjua et al. (2003), em pacientes com bruxismo, encontramos

caracteristicas clinicas, como a atri9ao, erosao e abrasao. A mais correlacionada e a

atrigao, que a definida como uma perda da estrutura dentaria, que a atritada contra

alguma superficie e apresentam como etiologia 0 fator psicol6gico, como fatores

emocionais envolvidos na perda de estrutura dentaria no processo mastigat6rio.Milam et. al. (2004) estudaram a incidencia de sinais e sintomas de

desordens temporomandibulares (DTM) em dois grupos. 0 exame anamnatico

utilizou 0 Criteria de Classifica<;ao e Diagnostico para pesquisas em DTMs. Os sinais

e sinlomas diagnosticados em ambos os grupos fcram: dar nas ATMs e na

musculatura que auxilia a mastigagao, limitagao nos movimentos de abertura e

fechamento da boca, dares faciais, bruxismo, dar relacionada a oclusao dentaria,

estalido ao abrir a boca, cansaC;omandibular, efeito de apertamento dos dentes.

Em estudo comparativD com 0 desempenho da mastiga<;ao de individuos

que apertam au rangem as dentes com 0 desempenho de individuos normais, os

resultados obtidos nao apresentou diferengas estatisticamente significativas entre os

grupos em relac;ao a consistencia alimentar preferida, presenga de fadiga muscular

ou mimica facial durante a mastigagao. Por outro lado, encontrou-se uma melhor

trituragao dos alimentos no grupo de controle e uma preferencia pela mastiga9ao

unilateral no grupo dos pacientes com bruxismo. Concluindo-se que existiu

diferencia9ao do alimento, que foi inferior no grupo dos pacientes com bruxismo,

alem de apresentarem pequena amplitude, predominancia vertical da mandibula e

mastigac;aounilateral. Os dois grupos foram submetidos a avalia9ao fonoaudi610ga

com enfase na mastiga9ao e responderam a urn questionario sobre seus habitos

alimentares anteriormente os resultados. (SOARES et. al. 2004)

Camparis et al. (2005), na avaliac;ao da prevalencia e caracteristicas de

tinidos (ruidos) em urn grupo de brasileiros com bruxismo do sono, foram

selecionados pacientes de acordo com 0 rangido e/ou bruxismo dentario durante 0

sono, confirmado pelos conjuges ou membros famiHares. Eles foram avaliados com

enfoque na Dor Orofacial e os criterios de Diagnosticos de Disfunc.;:oes Temporo

Mandibulares. Houve estatisticamente uma significante diferen9a entre os dois

grupos, com grande prevalencia no grupo de pacientes com queixas de ruidos, em

Page 14: BRUXISMO: ASPECTOS CLiNICOS, ETIOLOGIA …tcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/BRUXISMO.pdf · MICHELE ATHANASIO SHWETZ BRUXISMO: ASPECTOS CLiNICOS, ETIOLOGIA ETRATAMENTO Monografia

14

relac;ao a presenga de cr6nicas dares faciais, inumeras areas de dor na palpa<;ao

dos museu los da mastigagao e tambem nos museu los cervicais, ausencia de dentes

sem restabelecimento protetico e indices de depressao. Altera90es estruturais como

deslocamento do disco articular e perda da dimensao vertical, nao diferem nos dois

grupos.

Pereira et al. (2006) caracteriza bruxismo pelo ato parafuncional de apertar

ou ranger dos dentes, que pode ocorrer de maneira consciente ou inconsciente,

durante 0 sona ou em vigilia.

Sander, Pachito, e Vianna (2006), 0 bruxismo do so no pode estar presente

em 3,5-14% dos pacientes com apneia do sona. Na sua investiga<;ao clinica

devemos sempre avaliar a passivel presen<;a da apneia do sona.

2.1.1 Classifica,ao

Estudos e observagoes clinicas sugerem que 0 bruxismo pode acorrer de

forma aguda ou cronica, podendo ser continuo, intermitente, temporario e

permanente. a habito pode apresentar remiss6es e exarcebat;6es e divide-se

bruxismo centrico e excentrico segundo Molina (1989).

Nos individuos com bruxismo cent rico podemos observar:

• 0 paciente aperta as dentes em oclusao central ou relac;ao central ou

entre ambas;

Nao se observa deslizamento, apenas apertamento dental;

• as individuos apresentam contrac;ao muscular isometrica ;

as tecidos musculares dos individuos com bruxismo centrico apresentam

muita dificuldade para eliminar residuos metab61icos que se originam na

contra,ao muscular prolongada e sustentada e no metabolismo

energetico;

• as indiviuos podem apresentar contatos prematuros centricos como

etiologia, ou entao ten sao emocional exacerbada.

Page 15: BRUXISMO: ASPECTOS CLiNICOS, ETIOLOGIA …tcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/BRUXISMO.pdf · MICHELE ATHANASIO SHWETZ BRUXISMO: ASPECTOS CLiNICOS, ETIOLOGIA ETRATAMENTO Monografia

15

AS individuos com esse tipo de bruxismo nao apresentam facetas de

deslizamento e a contragao muscular isometrica permite maior acumulo de irritantes

locais, principalmente acido latieD.

Ne casa de bruxismo excentrico, observa·se que:

• Os individuos apertam e deslizam as dentes nas posigoes protrusivas e

latero-protrusivas;

• Os movimentos mandibulares sao bordejantes;

Os individuos apresentam facetas de desgaste excentricas, tanto nos

dentes anteriores como posteriores. a mais frequente e uma combinagao

de facetas na face vestibular incisal de incisivos e caninos inferieres e na

face lingual de incisivos e caninos superiores;

A musculatura apresenta maior facilidade em eliminar residuos

energeticos, acidos e irritantes. Contudo, isso nao significa que dor,

disfungao, hipertonismo muscular e sensibilidade a palpagao estejam

ausentes. (Motina, 1989).

Segundo Aloe et al. (2003) 0 BS (Bruxismo do Sono) e classificado como

primario quando nao ha causa medica evidente, sistemica ou psiquiatrica. Eclassificado como secundario quando vem associado a um transtorno clinico,

neuro16gico ou psiquiatrico, relacionado a fatores iatrogenicos (uso ou retirada de

subslEmcias ou medicamentos) ou a outro transtorno do sono. A maioria dos casos

de BS e de etiologia primaria. Bruxismo secundario pode estar associado a oulros

disturbios do movimento (doen9a de Parkinson, doen9a de Huntington, sind rome de

Shy-Drager, distonia oromandibular, discinesia oral tardia, sindrome de Gilles de la

Tourette, espasmos hemifaciais, acatisia ou distonia tardia) ou a hemorragia

cerebelar, atrofia oJivopontocerebelar, nas demencias, na fibromialgia, na dor

miofaciaJ, em criangas com retardo mental, com hiperatividade e deficit de atengao,

na sfndrome de ReU, na esquizofrenia, no transtorno do eslresse p6s-traumatico e

na bulimia nervosa.

Carlsson et al. (2006), dividem 0 bruxismo em noturno e diurno. Atualmente,

descreve-se bruxismo noturno, com a leoria mais ace ita pela maioria dos

pesquisadores, como sendo um disturbio com uma desordem do sono, relacionada

as condi90es emocionais do paciente. 0 bruxismo varia de noite para noile, e esta

Page 16: BRUXISMO: ASPECTOS CLiNICOS, ETIOLOGIA …tcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/BRUXISMO.pdf · MICHELE ATHANASIO SHWETZ BRUXISMO: ASPECTOS CLiNICOS, ETIOLOGIA ETRATAMENTO Monografia

16

variat;ao correlaciona-se com as dias mais estressantes emocionalmente, assim

como com a antecipagao de futuros eventos importantes na vida do paciente.

2.2 ETIOLOGIA

Em 1977, Titus, analisou a etiologia do bruxismo como sendo um habito

parafuncional que pode resultar em les6es patologicas da estrutura dentaria. No

entanto, 0 seculo XX os dentistas se preocupavam com a etiologia do bruxismo para

ten tar entender e tratar esse problema. Nessa epoca pouco S8 sabia sobre 0

assunto, ainda eram usadas as teorias de Freud sobre a fase faJica estar associ ada

ao bruxismo. Obviamente que atividade bruxistica e multifatorial e que nao e aceito

urn DnicD conceito de etiologia, pois sao varios. Diferentes pacientes tern bruxismopor diferentes razoes, cada casa deve ser tratado como unico. Talvez a fator

comportamental pSicologicooferega a melhor hipotese de etiologia.

Em 1989, Molina descreveu sobre a etiologia psicologica e oclusal do

bruxismo. A psicol6gica salienta a importancia dos fatores emocionais do paciente,

como repress5es na fase oral, agressao reprimida, ansiedade, insonia,

hiperatividade. Ja a Dclusal descreve que defeitos nas superficies oclusais,

ex pan sao nas restaurac;oes de amalgama, rugosidades superficiais, restaurac;oes

alias, interferEmcias em dentes inclinados, dentes supra irrompidos, dentes

posteriores superiores com torque lingual das coroas, cuspides fora do plano oclusal,

pontes sem anatomia dental, contatos oclusais prematuros em individuos com

mordidas de topo na regiao anterior e posterior, mordidas cruzadas e outras

anomalias podem ser utilizadas pelos pacientes com bruxismo como um mecanismo

para liberar a ten sao emocional. Sugere que a bruxismo pode apresentar remissoes

e exarcebac;oes. Em inumeras ocasioes 0 estresse agudo au cronico, a tensao,

frustrac;ao, ansiedade ou qualquer fator que provoque desequilfbrio emocional pode

estar relacionado com as periodos de bruxismo.

a bruxismo e uma atividade parafuncional de etiologia multifatorial, que

segundo Dawson (1993) e exclusivamente relacionada a fatores oclusais,

Page 17: BRUXISMO: ASPECTOS CLiNICOS, ETIOLOGIA …tcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/BRUXISMO.pdf · MICHELE ATHANASIO SHWETZ BRUXISMO: ASPECTOS CLiNICOS, ETIOLOGIA ETRATAMENTO Monografia

17

considerando as interferencias oclusais como fatar desencadeante. Hoje, entretanto

ha relatas de ser significativa a influancia do estreSS8.

Estudos sugerem que os latores ma oclusao mais 0 estresse (Iatores

pSicoI6gicos), isoladamente au em conjunto, sao as desencadeadores da

parafun~ao, associados diretamente aDs limiares individuais, que levam duas

pessoas a responderem de forma distinta, quando submetidas a urn mesma estfmul0

em momentos dilerentes de sua vida. (Okeson, 1993)

Molina (1997), continua atribuindo 0 bruxismo a latores oclusais (presen,a

de interferencias oclusais e falta de guias oclusais fisioI6gicas), assim como algum

tipo de tensao au estresse emocional. Ultimamente, e dada muita ateng8.o ao paps I

da hiperatividade muscular desencadeada central mente como urn fator importante

na 8tiologia desse habito parafunciona1. Deve-s8 salientar que aproximadamente

90% da populagao de adultos, e mesmo de criangas apresenta interferencias e

instabilidade aclusal e nem todos sao portadores de bruxismo, canseqOentemente

pode-se deduzir que as interferencias nem sempre estao relacionadas com 0 habita,

e que essa leoria deve ser reexaminada com cautela. Par outro lado, estudos

baseados em observac;6es clfnicas que mostram que nem todo indivfduo portador de

estresse, tensao, ansiedade e frustragao, utilizam os dentes para ranger e deslizar a

mandfbula aplicando forgas neuromusculares aumentadas, concluiu-se que 0 fator

estresse, nao e suficiente, por si so, para explicar a etiologia do habito.

Segundo Aloe (2003) 0 bruxismo do Sono pode ser causado por uso de

substancias, como alcool, cafe ina (doses altas), coca ina, anfetaminas, substancias

relacionadas as anfetaminas, como 0 metilenodioximetanfetamina (MDMA) au

ecstasy, assim como por medicamentos antipsicoticos antagonistas da

neurotransmissao dopaminergica, antidepressivos inibidores seletivos da recaptagao

da serotonina (fluoxetina, sertralina, paroxetina, citalopram, escitalopram,

venlafaxina), fenfluramina e inibidores dos canais de calcio (fJunarizina). Varios

fatores de risco e doengas estao associados ao bruxismo do Sono, fumantes

apresentam um risco aumentado em duas vezes de desenvolverem bruxismo do

Sana, e as fumantes que ja sao portadares de bruxismo do Sana apresentam mais

epis6dios de ranger de dentes durante 0 sono.

Page 18: BRUXISMO: ASPECTOS CLiNICOS, ETIOLOGIA …tcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/BRUXISMO.pdf · MICHELE ATHANASIO SHWETZ BRUXISMO: ASPECTOS CLiNICOS, ETIOLOGIA ETRATAMENTO Monografia

18

Pereira et al. (2006), fatores pSicossociais, os disturbios do sono, 0 uso

cronico de drogas de 3930 central, desarmonias oclusais e disturbios na via neuronal

dopaminergica sao comumente considerados na sua genese.

Segundo Carlsson et al. (2006), ao se discutir sobre a etiologia, tambem

deve S8 mencionar que muitas drogas, e em alguns individuQs, 0 alcool, sao

associ ados ao bruxismo. No bruxismo diu rna, esta relacionado a habitos

parafuncionais praticados durante 0 dia incluem 0 apertamento e 0 ranger dos

dentes, morderem labios, bochechas e lingua, morder objetos diversos, e uma

variedade de outros habitos pasturais.

2.3 TRATAMENTO

Em 1989, Molina, afirma que placas de mordida sao utHizadas com maior

frequencia antes de iniciar a terapia per equilibrio oclusal. Essa terapia tern como

objetivo redistribuir as for<;as oclusais sabre a maior numero de dentes, distribuirem

as forgas axialmente, prover estabiHdade aclusal, evitar deslizamento mandibular e

reorientar a memoria proprioceptiva. Com usa dessa placa, as musculos recuperam

a tonus de contra<;8.a e repauso fisial6gicos, a que ajuda a eliminar au diminuir as

reflexos de apertamento dental. (Figura 1, ANEXO A)

Dawson em 1993, as danos causadas pela sabrecarga podem ser reduzidas

pela distribuig8.o da carga em urn numera maximo de cantatas dentais, de igual

intensidade durante a intercuspidagao. Harmonizanda-se esses cantatas com os

c6ndilos central mente relacionados, reduz-se a sobrecarga em ambos, nas dentes e

nas estruturas articulares, eliminando-se a fator desencadeador da cantra<;8.a

descoordenada do pterigoideo lateral. Oeste modo, mesmo que 0 paciente aperte os

dentes, isto nao deve resultar em contra<;aa prolongada e isametrica dos musculos

antagonicos. No diagnostico diferencial das DTMs, e imprescindivel que se realize

uma manipula<;ao acurada da mandibula para obten<;ao da relagao centrica, bern

como a apalpa,iio do musculo pterigoideo lateral e a constru,iio de placa plana de

mordida que elimine a intercuspida,ao dos dentes (front-plateau).

Page 19: BRUXISMO: ASPECTOS CLiNICOS, ETIOLOGIA …tcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/BRUXISMO.pdf · MICHELE ATHANASIO SHWETZ BRUXISMO: ASPECTOS CLiNICOS, ETIOLOGIA ETRATAMENTO Monografia

19

Segundo Fonseca e Bonfante (2000), 0 tratamento consiste em reabilita~ao

oral com overdenture, para restabelecimento da dimensao vertical de oclusao

(OVO). 0 primeiro passo consiste na determina~ao ou restabelecimento da OVO. As

perdas dentarias intercaladas e desencontradas do ponto de vista ociusaJ,

resultando numa falla de conten~ao centrica, em associa~ao com 0 desgaste

dentario pelo bruxismo, levam 0 padente a um colapso posterior de mordida e uma

diminui~ao da OVO. A placa e restabelecida com a ova, com caracteristicas de

P,P.A. proviso ria, ja que 0 paciente va; exercer suas fungoes mastigat6rias. A

primeira fase do tratamento, e a avaliac;ao par um periodo de 1-3 meses, com

sucessivos ajustes oclusais, reembasamentos da pr6tese com condicionadores de

tecida e avaliagao clfnica da musculatura atrav8S de conforta mastigatorio e fon8930.

A segunda fase e 0 planejamento definitivo. A utiliza~ao de uma placa oclusal sobre

tratamento protetico e uma op~ao de prote~ao contra 0 habito.

Nobilo et al. (2000), determinam uma tecnica das pistas deslizantes de

Nobilo como tratamento do bruxismo. E uma placa metalica com revestimento em

resina acrllica, lembrando urna protese parcial removivel usada tanto durante 0 dia

como a noite. Em funt;;:ao dos conceitos do bruxismo, nao devemos afirmar ao

bruxomano que vamos cunHo ou eliminar totalmente 0 seu habito de ranger os

dentes. Este afirmou que os objetivos basicos sao: reduzir ao minima a tensao

emocional do indivfduo; tentar eliminar ou diminuir os sinais e sintomas musculares e

articulares do paciente; eliminar ao maximo os cantatos prematuros e interferencias

oclusais do individuo; melhorar os padr6es de contragao-estiramento alterados da

musculatura; aumentar a estabilidade oclusal; reduzir a hipertonicidade muscular;

diminuir/eliminar a sintomatologia dolorosa; proteger as estruturas dentais; ajustes

peri6dicos; promover uma posigao articular mais estavel e funcional e

conscientizagao da continuidade do tratamento.

Okeson (2000) recomenda aos clinicos utilizarem, tambem, do recurso de

placas interoclusais como dispositivos para diagn6stico e/ou tratamento das

desordens temporomandibulares, pois observaram a redugao dos sintomas na

ordem de 70 a 90% de casos estudados. Embora possam diferir em desenho e

finalidade, a maiaria das placas rigidas de resina acrilica tern alguns objetivos em

comum e cumprem as seguintes fun(}oes, determinou-se:

Page 20: BRUXISMO: ASPECTOS CLiNICOS, ETIOLOGIA …tcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/BRUXISMO.pdf · MICHELE ATHANASIO SHWETZ BRUXISMO: ASPECTOS CLiNICOS, ETIOLOGIA ETRATAMENTO Monografia

20

• NeutralizaC;3o temporaria e reversivel de desarmonias ou desvios na

posigao ou nos movimentos mandibulares;

• EstabilizaC;3o dos cantatas dentals em mordida cemtrica;

• Propicia uma posic;ao guia articular mais estavel, funcional e

fisiologiea;

• Estabelecimento de uma posi9ao condilar estavel, antes da terapia

definitiva, com relaxamento muscular e remissao da sintomatologia;

• Neutralizagao do reflexo neural condicionado;

Redugao do desgaste de estrutura dental no bruxismo excentrico;

• Instrumento auxiliar no diagnostico diferencial das DTMs;

• Estabilizagao ou reeuperagao da OV tolerilVel pelo paeiente durante 0

tratamento; estabilizagao de dentes com mobilidade;

• Oesoclusao temponiria de dentes para propositos ortod6nticos ou

outros tratamentos de mioespasmos.

Segundo Oekon et al. (2003), por ser de um problema multifatorial, sua

abordagem deve obrigatoriamente ser "transdisciplinar", ou seja, entendido e

analisado conjuntamente por outras especialidades. Este autor salienta que os

desgastes dentarios comprometem a funl:(8.o, a guia anterior e a estetica, havendo a

neeessidade de restabeleeimento da OVO. atraves de plaeas, levando em

consideragao, desde requisitos esteticos ate foneticos. A avaliagao da precisao da

D.V.O. deve acontecer depois dos 40 dias ou mais, ap6s os quais essa placa pode

ser substitufda por qualquer um dos seguintes tratamentos reabilitadores: Pr6teses

Parciais Removiveis convencionais ou do tipo "overlay", (Figuras 5, 6, 7 e 8, ANEXO

A) combinados ou nao, com proteses fixas ou elementos isolados ou restaurac;oes

metalicas fundidas. Em casos de parafunc;ao severa, faz-se necessaria aintervenc;ao de profissionais especializados, a fim de se instituir a terapia mais

adequada para cada situagao, visando sempre 0 restabelecimento funcional e

estetico do sistema estomatognatico do paciente. E de suma importancia tambem a

conscientizag8.o do paciente em relag8.o a presenga de sua parafungao para que 0

mesmo se policie principal mente durante 0 periodo diurno, e que a utilizagao de uma

placa miorrelaxante, de preferencia confeccionada em acrilico, devera ser utilizada

por tempo indeterminado e na estabilizagao da pega protetiea. (Figura 1, ANEXO A)

A esplintagem com protese fixa de todo 0 areo reabilitado, prineipalmente superior,

Page 21: BRUXISMO: ASPECTOS CLiNICOS, ETIOLOGIA …tcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/BRUXISMO.pdf · MICHELE ATHANASIO SHWETZ BRUXISMO: ASPECTOS CLiNICOS, ETIOLOGIA ETRATAMENTO Monografia

21

na medida do passlvel deve ser realizada objetivando aproveitar 0$ princfpios do

poligono de "Roy" para obter maior estabilidade da protese. Devido as constantes

sobrecargas funcionais impostas aDs casas de reabilitar;ao oral em pacientes

portactores de parafunr;ao severa, as periodos entre as consultas de controle devem

ser reduzidos.

Litonjua et at. (2003) 0 tratamento para cada tipo de desgaste dentario, ira

depender em identificar 0 fator associado a cada etiologia. Alguns casos podem

requerer procedimentos restauradores especificos, enquanto Qutros nao

necessitarao tratamento, apenas acompanhamento. (Figuras 5, 6, 7 e 8, ANEXO A)

A placa de mordida plana apresentou-se como terapia para 0 bruxismo, pelo

$8U baixo custo e simplicidade tecnica de confecgao pode ser utilizada como uma

das ferramentas de eleigao, para a soluc;ao de significativo n"mero de DTMs.

(MILAN et at., 2004) (Figura 1, ANEXO A)

Pereira et at. (2006), por ser de etiologia complexa e ainda obscura, e

impasslvel estabelecer urn tratamento padrao para todos as pacientes. Entretanto,

medidas importantes baseadas na educar;ao do paciente, controle consciente do

bruxismo, melhoram a qualidade do sono e terapias de suporte podem ter sucesso

no controle da para fun gao e resolugao da maio ria dos sintomas. Os autores

cancluiram que ainda e impassiveJ garantir a cura total, contudo 0 controle da

parafungao com enfase na conscientizagao e na meJhora da quaJidade de vida

parece ser a abordagem mais prudente para a bruxismo.

Para Sander, Pachito e Vianna (2006), 0 bruxismo do sono pode estar

presente em pacientes com apneia do sono, em seu tratamento muitas vezes e

necessaria uma investigagao a respeito deste disturbio para entao utilizarmos

tratamentos farmacol6gicos e dispositivos que diminuam os danos as estruturas

orofaciais. (Figuras 1, 5, 6, 7 e 8, ANEXO A)

Segundo Carlsson et al. (2006), nenhum metodo pode de uma maneira

permanente, eliminar 0 bruxismo, mas existem muitas formas de se ajudar os

pacientes que apresentam sintomas causados pel as parafung6es. a tratamento

odontologico incluindo 0 ajuste oclusaJ e placas interoclusais podem reduzir as

conseqOencias desfavoraveis do bruxismo, mas geralmente nao 0 eliminarn.

(Figuras 1, 5, 6, 7 e 8, ANEXO A) Mais efetivo e conseguir que 0 paciente se

conscientize das suas atividades parafuncionais destrutivas.

Page 22: BRUXISMO: ASPECTOS CLiNICOS, ETIOLOGIA …tcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/BRUXISMO.pdf · MICHELE ATHANASIO SHWETZ BRUXISMO: ASPECTOS CLiNICOS, ETIOLOGIA ETRATAMENTO Monografia

22

3 OISCUSSAO

Dawson (1993) mudou a sua deliniC;aosobre e1iologia, a exclusiva relaC;ao

entre interierencias oclusais e bruxismo. Antes afirmava que 0 bruxismo nao ocorria

sem que alguma forma de interferencia oclusal estivesse presente, este ponto de

vista estava incorreto, antes que fosse compartilhado par varios clinicos, base ados

no constante alivio dos sintomas, ap6s meticulosa correc;ao oclusal com ajustes

oclusais. Molina (1989) descreve sobre a tearia psicologica e oclusal do bruxismo

que seria a causa do bruxismo. A psicol6gica (fatores emocionais), ja a oclusal

(interlerencias oclusais e lalta de guias lisiologicas). Ja Aloe (2003) atribui 0

bruxismo do sone a substancias como alcool, cafe ina, coca ina, derivados de

anfetamina e medicamentos antipsicoticos. Hit rnais de urn fater correlacionado a

sua etiologia, e nao hit apenas um unico tratamento capaz de eliminar ou reduzir

lodo 0 bruxismo. Calrsson et al. (2006) concorda com os tres autores citados

anteriormente, po is atribui 0 bruxismo ao uso do alcool, dragas, medicamentos,

apertamento dentario e outros habitos posturais. Pereira el al. (2006) atribuiram aqualidade do sana no bruxismo como uma parassonia, assim como as habitos de

falar, caminhar, gritar e chorar durante 0 sana noturno, pesadelos e enurese

noturna. Manfredini et al. (2004) confirmam a mesmo, que a avaliagao psiquiatrica

relacionada com sintomas psicopatol6gicos e problemas do sana tem haver com a

bruxismo.

Ja Carlsson et al. (2006) afirmam que 0 ajuste oclusal nao e um tratamenlo

adequado para 0 bruxismo. Dekon et al. (2003) utilizaram a terapia de overlay, uma

placa m6vel para restabelecimento da nova dimensao vertical.

Rodrigues et al. (2001), no seu estudo sobre a freqOencia de habitos

parafuncionais, houve a predominancia do sexo feminino na faixa etar;a de 21-40

anos, sendo a bruxism a a habito parafuncional mais encontrado de forma isolada,

com facetas de desgaste em dentes ante rio res, predominio ern caninos. Cauas et al.

(2004), tambem se verificou urn maior indice predominancia do genera feminin~, a

maior incidencia de DTMs ocorreu na faixa etaria de 21 a 30 anos, existindo uma

maior correlagao nos exercicio de profissao que exige maior esforgo muscular.

Pergamaliam et al. (2003), correlacionaram a presenga do bruxismo de acordo com

a idade, e nao estavam associadas as dores musculares severas de DTMS. Cauas

Page 23: BRUXISMO: ASPECTOS CLiNICOS, ETIOLOGIA …tcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/BRUXISMO.pdf · MICHELE ATHANASIO SHWETZ BRUXISMO: ASPECTOS CLiNICOS, ETIOLOGIA ETRATAMENTO Monografia

23

et at. (2004), contradiz Pergamaliam que existe sim uma forte correlagao entre as

DCMScom muita dor miofaciat.

Segundo Milan et at. (2004), afirmam que por meio de diagnosticos dos

sinais e sintomas das DTMs, e passivel 0 levantamento de sua incidemcia,

distribuigao e inter-relagao nas comunidades. Encontraram alto Indiee nessa

pesquisa relacionada as DTMs, pressupoem-se consequencias de grande impacto

social e economicQ, sejam eles intangiveis como a dor e sofrimento, au tangfveiscomo 0 dispE'mdio com tratamentos especializados, 1alta5 nas atividades diarias au 0

baixo laboral dos individuos, sugerinda estas incidencias estarem relacionadas aDsaspectos socioecon6micos e culturais da amostragem. A adogao da placa de

mordida plana, como metoda de tratamento nao invasivD, simplificado e de baixoGusto, pode ser a minimizagao de grande numero desses problemas.

Carlsson et at. (2006), concluiram que 0 bruxismo e outras parafungoes orais

sao extremamente comuns, mas 56 raramente criam problemas que exigemtratamento, nos metodos sugeridos para tratamento, nenhum chega a ser 0 ideal, aplaca pode minimizar os problemas acarretados, com decrescimo dos efeitosadversos. Jil Carlsson et al. (2006) afirmam que 0 ajuste oclusal nao e um

tratamento adequado para 0 bruxismo. Dekon et al. (2003) utilizaram a terapia de

overlay, uma placa m6vel para restabelecimento da nova dimensao vertical.

Page 24: BRUXISMO: ASPECTOS CLiNICOS, ETIOLOGIA …tcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/BRUXISMO.pdf · MICHELE ATHANASIO SHWETZ BRUXISMO: ASPECTOS CLiNICOS, ETIOLOGIA ETRATAMENTO Monografia

24

4 CONCLUsiio

o bruxismo e um dos habitos mais destrutivos da cavidade bucal porque

ocarre de forma constante, disfuncional e utiliza forc;as excessivas para as tecidos

dentais e periodontais.

o bruxismo produz sequelas importantes para todo 0 sistema

estomatognatico.

o aspecto emocional e psiquico do paciente com bruxismo e muito

importante deve ser levado em considerac;ao.

o tratamento e multidisciplinar.

o tratamento odontol6gico envolve ajuste oclusal e piacas interoclusais, que

podem reduzir 0$ sinais e sintomas, mas nolo 0 eliminam totalmente.

E necessaria a intervenc;ao de profissionais especializados, a fim de S8

instituir uma terapia mais adequada para cada situa<;8.o, visando 0 restabelecimento

funcional e estetico do sistema estomatognatico do paciente.

Mais pesquisas S8 faz necessarias, para melhor esclarecimento sabre 0

assunto.

Page 25: BRUXISMO: ASPECTOS CLiNICOS, ETIOLOGIA …tcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/BRUXISMO.pdf · MICHELE ATHANASIO SHWETZ BRUXISMO: ASPECTOS CLiNICOS, ETIOLOGIA ETRATAMENTO Monografia

25

REFERENCIAS

ALOE. F. el al. Bruxismo durante a sono. Rev. Neurociencias, v. 11. n.1. p. 4-17.2003.

CAMPARIS. C. M. et al. Clinical evaluation 01 tinnilus in pacients with sleep bruxism:prevalence and characleristics. Journal of Oral Rehabilitation. v.32. p.SOS-S14,2005.

CARLSSON. G. E. et al. Tratamento das disfun90es temporomandibulares na clinicaodontol6gica. Sao Paulo: Ed. Quintessence. 2006. p.33-42

CAuAs. M. et al. Incidencia de habitos parafuncionais e posturais em pacienlesportadores de disfun<;ao na articulal;<lO craniomandibular. Revista de Cirurgia eTraumatologia BU90 Maxilo Facial. v.4. n.2. p.121-129. abr.ljun. 2004.

CONTI. J. V. et al. Analise dos habitos parafuncionais. RGO. v.47. n.3. p.169-171.jul.lago.lset. 1999.

DAWSON. P. E. Avalia9ao. diagnostico e tratamento oclusais. 2.ed. Porto Alegre:Artes Medicas, 1993.

DEKON. S. F. C. et al. Reabilita9ao Oral em paciente portador de Parafun9aoSevera. Rev. Odonto. v.24. n.1. p.54-59. jan.ljul. 2003.

FONSECA. D. M., BONFANTE. G. Reabilita9ao oral com over PPR (Overdenture)-Utiliza9ao da P.P.R. no Restabelecimento da Dimensao Vertical de Oclusao. RGO.v.4S. n.2. p.87-89. abr.lmaio/jun. 2000.

L1TONJUA. L. A. et al. Tooth wear: Attrition. Erosion and Abrasion. Journal ofRestaurative Dentistry, v.34. n.6. p.435-446. 2003.

MANFREDINI. D. M. et al. Prevalence of Bruxism in Patients with Different ResearchDiagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders (RDCffMD) Diagnoses. TheJournal of Craniomandibular Practice. v.21, nA. p.279-285. Oct. 2003.

MILAM, A. et al. Levantamento de incidencia de DTMS e analise da efetividade daplaca de mordida plana como terapia. Semina: Ci€mcias Biol6gicas e da Saude,Londrina. v.25. p.23-38, jan.ldez. 2004.

MOLINA. O. F. et al. Disfun9ao Mastigat6ria e a "Desconforto Dental" em tres gruposdefinidos de pacientes com Bruxismo e DCM- Compara9ao com um grupo decontrole. Jornal Brasileiro de Ortodontia & Ortopedia Facial. v. 5. n.27, p. 51-65.

MOLINA. O. F. Fisiopatologia craniomandibular, oclusao e atm. 2.ed. Porto Alegre:Pancast. 1989. p.235-263.

MOLINA, O. F. Placas de Mordida na Terapia Oclusal. 3.ed. Porto Alegre: Pandcast.1997. p. 37-56

Page 26: BRUXISMO: ASPECTOS CLiNICOS, ETIOLOGIA …tcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/BRUXISMO.pdf · MICHELE ATHANASIO SHWETZ BRUXISMO: ASPECTOS CLiNICOS, ETIOLOGIA ETRATAMENTO Monografia

26

NOBILO, K. A. et at. Tecnica de Nobilo para 0 tratamento do bruxismo: caso clinico.Rev. Odontol. Univ. Santo Amaro. v.5, n.4, p.26-29, jan.ljun. 2000.

OKESON, J. Tratamento das desordens temporomadibulares e octusao. 4.ed. SaoPaulo: Artes Medicas, 2000.

PEREIRA, R. P. A. et at. Bruxismo e qualidade de vida: revisao de literatura. RevistaOdonto Ciencia -Fac. Odonto/PUCRS, v.21. n.52, p.185-190, abr.ljun. 2006.

PERGAMALlAN, A. et at. The association between wear facets, bruxism, andseverety of facial pain in patients with Temporomandibular Disorders. The Journat ofProsthetic Dentistry, v.90, n.2, p.194-200, 2003.

RODRIGUES, L. et at. Frequencia de Habitos Parafuncionais e suas Manifestagoesclinicas em paciente com Disfungoes da Articulagao Temporomandibular. Rev.Odontol. UNICID, v.13, n.2, p.113-123, maio/ago. 2001.

SANDER, H. H.; PACHITO, D. V.; VIANNA, L. S. Outros disturbios do sono naSindrome da Apneia do Sono. Medicina (Ribeirao Preto). Simposio: DisturbiosRespiratorios Do Sono, v. 39, n.2, p.205-211, abr.ljun. 2006.

SOARES, t. S. Q. et at. Bruxismo: desempenho da mastigagao em adultos jovens.Rev. CEFAC, Sao Paulo, v.6, n.4, p.358-362, out.ldez. 2004.

TITUS, T. The Etiology of Bruxism. The Journal of the Nebraska DentalAssociation, p.14-17, spring 1977.

TOSUN, T.; KARABUDA, C.; CUHADAROGIU, C. Evaluation of Sleep Bruxism byPolysomnographic Analysis in Patientes with Dental Implants. The InternationalJournal of Oral and Maxilofaciallmplants, v.18, n.2, 2003.

Page 27: BRUXISMO: ASPECTOS CLiNICOS, ETIOLOGIA …tcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/BRUXISMO.pdf · MICHELE ATHANASIO SHWETZ BRUXISMO: ASPECTOS CLiNICOS, ETIOLOGIA ETRATAMENTO Monografia

ANEXO A

27

Page 28: BRUXISMO: ASPECTOS CLiNICOS, ETIOLOGIA …tcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/BRUXISMO.pdf · MICHELE ATHANASIO SHWETZ BRUXISMO: ASPECTOS CLiNICOS, ETIOLOGIA ETRATAMENTO Monografia

28

Page 29: BRUXISMO: ASPECTOS CLiNICOS, ETIOLOGIA …tcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/BRUXISMO.pdf · MICHELE ATHANASIO SHWETZ BRUXISMO: ASPECTOS CLiNICOS, ETIOLOGIA ETRATAMENTO Monografia

29

iarea superior.Fonte: UTP. 2007.

Page 30: BRUXISMO: ASPECTOS CLiNICOS, ETIOLOGIA …tcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/BRUXISMO.pdf · MICHELE ATHANASIO SHWETZ BRUXISMO: ASPECTOS CLiNICOS, ETIOLOGIA ETRATAMENTO Monografia

30

, umaposicionado na boca, vista anterior.Fonte: UTP, 2007.

Page 31: BRUXISMO: ASPECTOS CLiNICOS, ETIOLOGIA …tcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/BRUXISMO.pdf · MICHELE ATHANASIO SHWETZ BRUXISMO: ASPECTOS CLiNICOS, ETIOLOGIA ETRATAMENTO Monografia

31