C. QUAIS SÃO OS PROBLEMAS DA DESIGUAL DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO?
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As tendências observadas escondem diferentes dinâmicas territoriais, que se devem à existência de movimentos migratórios entre as várias regiões, nomeadamente entre as mais rurais e as mais urbanizadas.
Algumas regiões continuam a revelar uma forte capacidade de atração e crescimento populacional e outras caracterizam-se por elevadas e contínuas perdas de população.
As áreas repulsivas no território português 2
Taxa de crescimento natural em Portugal continental, por NUT III em 2010.
Problemas das áreas
repulsivas
Insuficiência de população ativa e de
mão de obra qualificada.
Despovoamento, gerado pelo abandono
de muitas aldeias, ficando a população
rural envelhecida, dispersa e isolada.
Decréscimo da natalidade e do número
de jovens.
Perda de importância da atividade agrícola,
hoje praticada sobretudo por idosos,
acentuando o seu caráter de subsistência.
Degradação ambiental, por abandono da
agricultura e expansão de matos e baldios, mais suscetíveis à
ocorrência de incêndios.
Fragilidade do tecido económico, com repercussões no
aumento da população desempregada.Alteração da estrutura
de procura de serviços coletivos sociais e
culturais. Insuficiência de infraestruturas e de
equipamentos (água, eletricidade,
saneamento e vias de comunicação).
Os problemas das áreas repulsivas3
Nas áreas metropolitanas, que representam pouco mais de 4 % do território de Portugal continental, residem mais de 4 milhões de pessoas, o que significa que, nestes espaços, com uma superfície restrita, se concentra mais de 40 % da população.
As consequências do crescimento populacional das áreas urbanas
Capacidade de carga humana - o número limite de pessoas que se podem fixar numa região, sem pôr em causa a sua sustentabilidade.
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Os valores de densidade populacional são muito elevados na maioria destes dois polos de concentração do povoamento. Por isso, se fala de bipolarização do povoamento em Portugal.
A densidade populacional na Área Metropolitana de Lisboa.
A densidade populacional na Área Metropolitana do Porto.
As consequências do crescimento populacional das áreas urbanas
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Os problemas das áreas atrativas Consequências do
processo de urbanizaçãoExpansão de espaços com excesso de construção de edifícios;
Insuficiência de equipamentos escolares, de saúde e outros, de apoio à população; Surgimento de grandes desigualdades sociais no interior das áreas
urbanas que originam muitas vezes problemas como a segregação espacial e a exclusão
social; Degradação de muitos bairros nas periferias e nos centros históricos das cidades;
Aumento dos riscos de inundação provocados pela construção em leitos de cheia ou pela excessiva impermeabilização dos solos com a
construção de edifícios, ruas e estradas; Degradação ambiental decorrente da crescente produção de
resíduos e do aumento dos vários tipos de poluição; Aparecimento de estratos da população sem meios para obter uma habitação condigna, levando à construção de bairros de barracas;
Insuficiência de espaços verdes e de equipamentos de lazer; Incapacidade de algumas infraestruturas (de saneamento básico ou
da acessibilidade, entre outras) responderem às necessidades da população.
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