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MINISTÉRIO DO TURISMO Luiz Eduardo Pereira Barretto Filho, Ministro de Estado Secretaria Nacional de Políticas de Turismo Airton Nogueira Pereira Júnior, Secretário Departamento de Promoção e Marketing Nacional Márcio Nascimento, Diretor Jurema Monteiro, Coordenadora-geral de Apoio à Comercialização Departamento de Estruturação, Articulação e Ordenamento Turístico Tânia Brizolla, Diretora Rosiane Rockenbach, Coordenadora-geral de Segmentação Equipe Técnica da Coordenação-Geral de Segmentação Carolina C. Neves de Lima SEBRAE NACIONAL – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas Paulo Tarciso Okamotto, Diretor-Presidente Diretoria de Administração e Finanças Carlos Alberto dos Santos, Diretor Diretoria Técnica Luiz Carlos Barboza, Diretor Gerência da Unidade de Atendimento Coletivo, Comércio e Serviços Ricardo Guedes, Gerente Aryanna Nery Décio Coutinho Dival Schmidt Germana Magalhães Lara Franco Valéria Barros BRAZTOA – Associação Brasileira das Operadoras de Turismo José Eduardo Barbosa – Presidente Mônica Eliza Samia – Diretora Executiva Daniela Sarmento – Coordenadora Geral Leandro Queiroz – Supervisor Técnico Fabricio Takayassu – Equipe Técnica Marina Telles – Equipe Técnica Nivea Lima – Equipe Técnica Consultores Alessandro Rodrigues Pinto Ana Laura Ravagnani Eduardo Cecchini José Cordeiro Rafael Andreguetto Rosier Saraiva Simone Scorsato
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SUMÁRIO
Projeto Caravana Brasil ......................................................................................... 4
1- Características do destino ................................................................................. 6
1.1- Curitiba .................................................................................................... 6
1.2- Paranaguá................................................................................................ 7
1.3- Ilha do Mel............................................................................................... 7
1.4- Morretes .................................................................................................. 8
2- A Oficina de Capacitação para Encontro de Negócios .......................................... 9
3- A viagem técnica .............................................................................................. 11
3.1-Roteiro...................................................................................................... 11
4- Avaliação de características do destino .............................................................. 13
4.1- Da percepção do lugar: análise comparativa Fornecedores x Operadores .... 13
4.2- Análise de produto – Participantes da Oficina de Capacitação...................... 19
4.3- Análise de segmentação............................................................................ 19
5- Análise de Produto – Operadores....................................................................... 21
5.1 Competitividade.............................................................................................. 21
5.2 Observações Gerais......................................................................................... 23
6- Avaliação do Encontro de Negócios – Operadores............................................... 25
7- Considerações finais ......................................................................................... 28
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PROJETO CARAVANA BRASIL
O projeto Caravana Brasil, realizado pela Embratur desde 2003, tem como principal meta
incentivar a comercialização de novos produtos turísticos brasileiros no mercado internacional.
Com isso, de forma geral, ampliou-se também a oferta turística brasileira. Foram realizadas 100
caravanas para quase 450 destinos, com a participação de cerca de 900 profissionais
formadores de opinião, operadoras de turismo nacional e internacional, além da imprensa.
A partir de 2007, o Ministério do Turismo e o SEBRAE firmaram uma parceria com a
Braztoa para realizar a Caravana Brasil Nacional, que segue as mesmas linhas conceituais
do projeto original. Busca, no entanto, incorporar novas características a fim de se adaptar com
mais eficiência ao mercado atual. Dessa forma, o projeto realiza:
1- Viagens com Agentes de Viagem, nas quais os participantes conhecem destinos e
produtos turísticos e também visitam feiras e/ou eventos comerciais de destaque do setor;
2- Viagens com Agentes de Viagem e Operadoras de Turismo, nas quais Agentes e
Operadores conhecem melhor os destinos já comercializados;
3- Viagens com Operadoras de Turismo, nas quais os participantes conhecem novos
destinos com a finalidade de diversificar sua “cesta de produtos”.
A Caravana Brasil Nacional promove ainda:
1- Capacitação para os fornecedores locais dos destinos visitados, a fim de melhor prepará-los
para atender Agentes de Viagem e Operadoras de Turismo, bem como adequar seus produtos
às necessidades do mercado. Esta ação acontece durante a viagem precursora em que
representantes do projeto visitam o destino para a validação do roteiro final.
2- Encontros de Negócios, que são encontros entre Operadoras de Turismo, Representantes
Institucionais e Fornecedores Locais, e possibilitam a convergência de interesses e o
estabelecimento de negócios. Esta ação acontece durante as viagens com Operadoras de
Turismo.
3- Encontros de Conhecimento, que propõem a apresentação do destino de forma
diferenciada para Operadoras e Agentes. Esta ação acontece durante as viagens entre
Operadoras de Turismo e Agentes de Viagem.
4- Encontros para Apresentação dos Resultados das Avaliações, que constituem um
retorno ao destino das avaliações feitas pelos Agentes de Viagem e Operadoras de Turismo.
Esta ação acontece em um evento previsto para aproximadamente um mês depois da viagem.
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O projeto Caravana Brasil Nacional pretende, com suas ações, desenvolver o mercado
turístico nacional de forma geral. As ações realizadas, então, constituem uma importante
ferramenta para acompanhar essas mudanças e proporcionar conhecimento qualificado aos
profissionais envolvidos nesse setor, um importante gerador de divisas do país.
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1- CARACTERÍSTICAS DO DESTINO: CURITIBA E PARANAGUÁ
Fonte: Paraná Turismo.
1.1- CURITIBA
Curitiba, capital do Paraná é uma cidade reconhecida como uma das melhores em qualidade de
vida do Brasil. Este fato é justificado por suas avenidas largas, arborizadas, seus parques
urbanos e as áreas de lazer que totalizam mais de 17 milhões m² de área verde. O sistema
viário é considerado pioneiro e um modelo já exportado para outros lugares, possui bairros
planejados que privilegiam o bem viver e revelam que esta é uma cidade moderna,
cosmopolita, com “ar” europeu. Fundada há mais de 300 anos, Curitiba é uma cidade de
montanha; localizada 934 m acima do nível do mar, sendo a maior cidade serrana do país, com
1,7 milhão de habitantes. Sua personalidade – e a da sua gente – decorre de características
próprias e fortemente influenciada por imigrantes italianos, alemães, poloneses e ucranianos
que souberam preservar o passado e mesclar aos costumes antigos com projetos inovadores,
traços estes percebidos na arquitetura, na gastronomia e nos costumes locais.e os novos
sotaques.
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Fonte: www.roteirosdobrasil.tur.br
Cidade de cultura eclética é também um dos mais importantes centros de produção e
divulgação das artes e da cultura contemporâneas do País. Também é local para a realização de
diversos negócios e eventos. Algumas atrações da região são o passeio de trem até Paranaguá
e o passeio pela cidade utilizando a Linha de Turismo que passa por 25 pontos turísticos.
1.2- PARANAGUÁ
Nos arredores de Curitiba, uma ferrovia corta a Serra do Mar em sentido ao litoral e chega em
Paranaguá, na planície costeira. Com 147 mil habitantes, Paranaguá é a principal cidade do
litoral paranaense. É considerada berço da formação do estado: aqui aportaram os primeiros
bandeirantes, faiscadores de ouro e as levas de imigrantes europeus que – em tempos mais
recentes – subiram a serra em direção ao planalto paranaense.
A cidade guarda poucas marcas da passagem dos europeus modernos. No entanto, a história
dos primeiros colonizadores ficou registrada em dezenas de construções da época: igrejas,
conventos e colégios jesuíticos, casarões coloniais e ruas calçadas de pedra.
Debruçada sobre a Baía de Paranaguá, a cidade é ponto de partida para outros pontos
importantes da região.
1.3- ILHA DO MEL
O acesso à Ilha do Mel é feito de barco, a partir de Paranaguá ou do Pontal do Paraná, cidade
vizinha. Das atrações históricas da Ilha, Fortaleza de Nossa Senhora dos Prazeres e o Farol das
Conchas são locais que deram origem ao povoamento da Ilha. A estrutura turística conta com
pousadas e restaurantes.
Ao Norte, no interior da baía, ficam a pequena Guaraqueçaba e Superagüi – ilha e lagamar –,
paraísos ecológicos de preservação permanente. Ao Sul, encontram- se as praias mais
badaladas do litoral, como Caiobá, no município de Matinhos, e Guaratuba, com uma baía que
8
reúne praias, ilhas, manguezais e rios. No extremo Oeste da baía, duas cidades históricas com
antigos casarões coloniais: Antonina e Morretes.
1.4- MORRETES
O município se destaca em ecoturismo, com 16 mil habitantes possui rios, montanhas,
cachoeiras e piscinas naturais. No Parque Estadula do Marumbi e na Serra do Mar existem
opções de passeios ciclísticos pela área rural e trilhas para trecking. Fundado em 1733, o
município conta com casario histórico preservação e igrejas seculares como a de Nossa Senhora
do Porto e a Igreja de São Benedito.
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2- A OFICINA DE CAPACITAÇÃO PARA ENCONTRO DE NEGÓCIOS
Houve a participação de representantes de empresas e de instâncias de governança local da
capital Curitiba e dos municípios que compõem a região turística conhecida como Litoral do
Paraná.
Participantes por município
Curitiba 6
Paranaguá 5
Morretes 7
Ilha do Mel 5
Ilha do Mel/Paranaguá 3
Total 26
Entre os participantes encontravam-se representantes de diversos tipos de empresa e
instâncias de governança local.
Participantes por setor
Secretarias 3
Convention & Visitors Bureau 2
Pousadas 11
Hotéis 2
Alimentos e Bebidas 0
Agências de receptivo 7
Transportes 1
Total 26
Avaliou-se como positivo o trabalho de mobilização, sobretudo pelo curto espaço de tempo, e a
distribuição dos participantes por ramo de atividade nos pareceu adequada à realidade local.
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EMPRESAS E INSTITUIÇÕES - OFICINA DE CAPACITAÇÃO 1 Calango Expedições Ana Lucia Assunção 2 Camboa Hotel Eduardo Maranhão 3 CCVB Everton Narciso 4 ECOBIKERS Maurício Veiga 5 FCVB Tatiana Turra 6 Gondwana Turismo Daniela Meres 7 Grajagan Surf Resort Rogério Hauer 8 Lua Cheia Ariovaldo Barros 9 MMS Consultoria e Turismo Marcia Santos 10 Pousada Chalés do Laurindo Cibele N. Silva 11 Pousada das Palmeiras Helena de Meira 12 Pousada Estância Maktub Konstantinos Papanastassiou 13 Pousada Fim da Trilha João Guilherme furtado 14 Pousada Graciosa Mirian Silva 15 Pousada Hakuna Matata Marília Lima 16 Pousada Por do Sol João Martins 17 Pousada Treze Luas Fernando R. dos Santos 18 San Raphael Hotel Celio Reis 19 SEBRAE Patrícia Albanez 20 PRTUR Vania Lúcia 21 SETU Morretes Clari Ribeiro 22 Special Paraná Bibiana Schappel 23 Vale e Aventura Denilson Fuchs 24 Caraguatá Pousada Victor Martirena
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3- A VIAGEM TÉCNICA
A viagem técnica aconteceu de 08 a 12 de outubro, e os lugares visitados foram: Curitiba Jardim Botânico Ópera de Arame Parque Tanguá Centro Cívico e Histórico Trem Curitiba-Paranaguá Morretes Santuário Nhundiaquara Comida típica: Barreado Centro histórico Morretes Ilha do Mel Praia e Gruta das Encantadas 3.1- ROTEIRO 08 de outubro (quarta-feira) - Curitiba
• Chegada em Curitiba • Check-in e Visita Técnica: Pestana Curitiba Hotel • Jantar de Recepção no hotel
09 de outubro (quinta-feira) - Curitiba
• Encontro de Negócios (SEBRAE Curitiba) • Almoço na Churrascaria Jardins • Visitas: Jardim Botânico, Ópera de Arame, Parque Tanguá e o Centro Histórico e Cívico • Visita Técnica: Radisson Hotel Curitiba e Four Points Sheraton Curitiba • Jantar no Restaurante Madalosso
10 de outubro (sexta-feira) - Curitiba – Morretes – Paranaguá (Ilha do Mel)
• Viagem em Trem de Luxo (Curitiba-Morretes) • Almoço Típico – Barreado no Restaurante Vila Morretes • Visita: Centro Histórico • Visita Técnica: Santuário Nhundiaquara e Pousada Hakuna Matata • Embarque para Ilha do Mel • Visitas técnicas em Brasília: Pousada Treze Luas, Pousada Enseada das Conchas,
Grajagan Surf Resort e Pousada das Meninas • Jantar – Grajagan Surf Resort
11 de outubro (sábado) - Paranaguá (Ilha do Mel)
• Manhã livre • Embarque para Encantadas • Almoço na Pousada e Restaurante Fim da Trilha • Visita Técnica: Pousada Fim da Trilha, Caraguatá Pousada e Pousada Estrela do Mar • Visita: gruta Encantadas • Jantar – Grajagan Surf Resort
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12 de outubro (domingo) - Paranaguá (centro) • Passeio de barco (Baía, Porto e Cotinga) • Visita Técnica: Hotel Camboa e San Rafael Hotel • Almoço na Casa do Barreado e apresentação de Fandango
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4- AVALIAÇÃO DE CARACTERÍSTICAS DO DESTINO
As atividades propostas na oficina de capacitação tiveram como objetivo analisar o olhar e a
percepção dos empresários locais sobre seu destino. Para isto foram elaborados 3 tipos de
atividades e das tabulações de cada uma delas extraídos índices de avaliação.
Exercício 1: Percepção do Lugar: A Hospitalidade do Destino/Cidade
Exercício 2: Análise de produto e mercado
Exercício 3: Análise de segmentação
No decorrer da viagem técnica os operadores foram convidados a opinar e destas opiniões
também foram extraídos índices de avaliação com o objetivo de informar os fornecedores e
também de propiciar, quando possível, referenciais de comparação entre as visões (fornecedor
x operador).
4.1- DA PERCEPÇÃO DO LUGAR: ANÁLISE COMPARATIVA FORNECEDORES X
OPERADORES
A análise da hospitalidade do destino foi feita por meio de atividade individual, e os
fornecedores avaliaram os aspectos de hospitalidade, de acordo com valores de referência
abaixo. Estas avaliações foram agrupadas e tabuladas de acordo com a cidade dos
participantes.
Assim, foi possível verificar as diferentes percepções entre as cidades do destino alvo do Projeto
Caravana Brasil Nacional do ponto de vista dos fornecedores locais.
Durante a viagem técnica foram coletadas informações semelhantes dos operadores, o que
possibilita as comparações exibidas a seguir. Cabe destacar os critérios adotados para a
tabulação, de acordo com a tabela abaixo:
Valores de referência para as tabelas 0 – Inexistência de tais aspectos
1 – Insuficiência e/ou deficiência nos serviços ou produtos 2 – Serviços ou produtos regulares
3 – Excelência nos atributos indicados
Operadores Fornecedores (média)
ótimo acima de 2,5
bom de 1,5 à 2,5
regular de 0,5 à 1,49
ruim abaixo de 0,5
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Entre os fornecedores do destino, a cidade que ganhou maior média no índice hospitalidade,
que considerava acolhimento, eficiência e qualidade na prestação de serviços, foi Morretes
(2,37), sendo Paranaguá (1,37) a cidade com menor media de avaliação.
A avaliação dos operadores também foi positiva, superando a dos próprios operadores.
(considerado o destino em sua totalidade)
Por acesso entendeu-se o grau de facilidade com o que o lugar e seus produtos podem ser
acessados. Aqui a avaliação se refere aos meios de transporte que trazem o turista ao destino e
ao grau de mobilidade que se tem dentro do destino, qualidade dos transportes turísticos de
todos os tipos, estradas, etc. Destes valores, merecem destaque a cidade de Paranaguá que se
auto-avaliou como insuficiente (1,0).
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Mais uma vez, percebe-se maior rigor dos fornecedores em relação à avaliação de seus próprios
recursos, muito embora, caiba destaque ao fato de 20% dos operadores terem classificado
como regular o item acesso.
A Legibilidade, entendida como a facilidade com a qual as partes da cidade podem ser
visualmente apreendidas, reconhecidas e organizadas de acordo com uma imagem coerente foi
avaliada conforme os gráficos que seguem:
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A curva observada mantém a tendência dos itens anteriores, sendo Curitiba e Morretes as de
melhor avaliação, elevando à média para o conceito “BOM”. Nota-se semelhança com as
avaliações dos operadores:
No olhar dos fornecedores, o item notoriedade, aqui considerado como o grau de
conhecimento do destino pelo mercado, foi avaliada como regular, não tendo havido nenhum
destino com valor superior a dois.
Apesar de mantida a tendência, os conceitos são em média os mais baixos até aqui, cabe
ressaltar que aqui os empresários foram convidados a refletir sobre as questões de imagem e
comunicação. Mais uma vez observa-se certa coincidência na opinião dos operadores, sendo
que 40% das avaliações foram de “REGULAR e RUIM”:
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O item identidade está relacionado ao grau de experiência que o turista pode ter no destino
por meio da interpretação dos hábitos, costumes, história e memória do lugar. Morretes foi o
destino que mais se destacou na avaliação, tendo por seus empresários uma avaliação muito
próxima a excelência nestes atributos (2,71).
A avaliação dos operadores é semelhante, o índice “REGULAR” tem 10% das avaliações mas a
maioria (60%) avalia as condições de identidade como ótimas.
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Já em relação à concentração de oferta, ou seja, na possibilidade do destino de possuir uma
gama abrangente de produtos e serviços a serem ofertados ao turista, novamente a avaliação
de Morretes destacou-se das demais com uma média de 2,67 pontos.
Os operadores avaliando o mesmo quesito e refletindo sobre a possibilidade destes
recursos/produtos poderem resultar em maior tempo de permanência dos turistas no destino,
avaliaram positivamente conforme o gráfico abaixo:
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De maneira geral, nota-se semelhança nas avaliações tanto dos fornecedores na oficina de
capacitação quanto dos operadores durante a viagem técnica.
4.2- ANÁLISE DE PRODUTO – PARTICIPANTES DA OFICINA DE CAPACITAÇÃO
Os participantes, em grupos formados por localidade, foram convidados a citar e avaliar
produtos turísticos regionais. O objetivo era verificar aqueles produtos mais lembrados
espontaneamente e a forma que são avaliados (precário, regular, bom ou excelente). Nota-se a
tendência de lembrança de atrativos de maior potencial e fica evidenciada a diversidade de
produtos na região.
Curitiba Produto Classificação Avaliação Jardim Botânico "cartão postal" BOM Ópera de Arame "cartão postal" BOM Bosque do Papa atrativo cultural BOM Ilha do Mel Produto Classificação Avaliação Farol das Conchas "cartão postal" EXCELENTE Fortaleza Nossa Senhora dos Prazeres "cartão postal" EXCELENTE Gruta das Encantadas atrativo natural EXCELENTE Paranaguá Produto Classificação Avaliação Centro Histórico "cartão postal" REGULAR Porto atrativo REGULAR Aeroparque atrativo BOM Morretes Produto Classificação Avaliação Rio Nhumdiaquara atrativo natural BOM Parque do Marumbi "cartão postal" BOM Passeio de trem atrativo REGULAR
4.3- ANÁLISE DE SEGMENTAÇÃO - PARTICIPANTES DA OFICINA DE CAPACITAÇÃO
Atividade realizada em grupo para avaliar o potencial e a realidade de cada segmento
apresentado na oficina, de acordo com a seguinte tabela de referência:
REFERÊNCIA
0 Inexistente
1 Precário
2 Bom
3 Excelente
20
Dentre os segmentos definidos no Programa de Regionalização do Turismo, elaborado pelo
Ministério do Turismo, os de maior potencial para a região de Curitiba e Paranaguá na visão dos
empresários locais, são Ecoturismo, Aventura, Turismo Social, Cultural, Esportes e Negócios e
Eventos.
Dos que já são realidade, com potencial de crescimento, destacam-se Turismo Cultural,
Ecoturismo, Negócios e Eventos. Conforme tabela a seguir:
SEGMENTOS
SEGMENTO POTENCIAL REALIDADE
Ecoturismo 3 2
Aventura 3 1,5
Social 3 1,5
Cultural 2,75 2
Esportes 2,5 1,5
Negócios e Eventos 2,5 1,75
Estudos e Intercâmbio 2 0,75
Saúde 2 0,5
Náutico 1,75 1
Rural 1,75 0,75
Pesca 1,25 1
Sol e Praia 1,25 1
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5- ANÁLISE DE PRODUTO – OPERADORES
5.1- COMPETITIVIDADE
A questão da competitividade é aqui entendida como a capacidade do destino em figurar no
portfólio das operadoras concorrendo com produtos já oferecidos e considerados por eles como
similares.
O primeiro item avaliado é o destino como produto turístico, ou seja, o grau com que os
recursos percebidos estão adequados à comercialização imediata:
Nota-se uma avaliação bastante positiva por parte dos operadores que viram o destino como
algo “pronto” a ser comercializado.
O segundo item relativo à competitividade foi o da percepção em relação aos preços praticados
tendo como critério de análise os preços praticados em destinos considerados similares:
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Nota-se que a maioria dos avaliadores entendeu os preços como competitivos em relação aos
destinos considerados similares.
O próximo gráfico se refere ao item promoção, ou seja, de que modo os operadores avaliam
as ações promocionais dos fornecedores em relação ao destino:
Observa-se um crescimento nas avaliações “REGULAR” o que provavelmente está relacionado
ao item “notoriedade” avaliado anteriormente. Estando claro que tanto fornecedores como
operadores entendem a questão da promoção como algo a ser desenvolvido.
Outro item avaliado na categoria competitividade foi o grau de percepção do esforço por parte
do empresariado local em adequar-se à utilização dos canais de distribuição (operadoras e
agências) na comercialização de seus produtos:
Nota-se que parte dos operadores viu alguma deficiência em relação ao mencionado esforço de
adequação aos canais de distribuição com 30% de avaliação “REGULAR”.
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O próximo gráfico refere-se ao item “Aceitação e Interesse do público consumidor”, ou seja, na
análise do operador de que forma o seu público consumidor poderia se interessar e consumir o
produto turístico analisado:
Nota-se que a maior parte (60%) avalia como positiva a possibilidade de adequação do destino
ao público consumidor com o que atualmente trabalha.
5.2- OBSERVAÇÕES GERAIS
Os operadores foram convidados a opinar em questões abertas sobre aspectos considerados
satisfatórios e insatisfatórios observados ao longo da viagem técnica. Apenas um dos
participantes absteve-se de responder, nas demais respostas notou-se algumas reincidências
nas opiniões (expressas pelo número ao lado da observação) conforme tabela que segue:
Satisfatórios
Preocupação com meio ambiente/sustentabilidade 3
Destino "novo" com potencial 2
Boas condições de oferta (hospedagem e/ou restaurantes) 5
Outras
Hospitalidade das pessoas
Interesse da população pelo turismo
Destino "viável" a partir dos aeroportos GIG e GRU
Trem de luxo
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Insatisfatórios
Organização "carreteiros" Ilha do mel 3
Pouco associativismo e/ou organização entre os prestadores de serviço 2
Carência/inadequação de meios de hospedagem em alguns pontos 3
Outros
Inadequado à 3ª idade pelas distâncias
Falta de mão de obra especializada
Falta de divulgação internacional
Meios de transporte lentos
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6- AVALIAÇÃO DO ENCONTRO DE NEGÓCIOS – OPERADORES
Realizado em 09/10 nas dependências do SEBRAE de Curitiba-PR.
OPERADORAS DE TURISMO PARTICIPANTES EMPRESA REPRESENTANTE
1 Aerop Turismo Rosineide dos Santos 2 Ambiental Expedições Edilde Silva 3 Brazilian Incentives & Tourism Eliane da Silva 4 Designer Tours Mariane Viçari 5 Easygoing Alexandre Morais 6 Intercontinental Operadora Edervaldo de Souza 7 Marsans Viagens Marcos Athanazio 8 Monark Turismo Elediane Assunção 9 Operadora Navegantes Alexsandro Calmon 10 Travel Brazil Ivaneide Silva
FORNECEDORES LOCAIS PARTICIPANTES EMPRESA REPRESENTANTE
1 Pousada Graciosa Mirian L. Silva 2 Pousada Hakuna Matata Rosangela Gomes 3 ECOBIKERS Maurício Veiga 4 Curitiba CVB Tatiane Fagundes 5 San Raphael Hotel Celio Reis 6 Paraná Turismo Letícia Hartmann 7 Serra Verde Express Larissa Remonato 8 Special Paraná Ana Boufleur 9 Transamérica Flats Fernando Lanzelotte 10 Pousada Treze Luas Fernando R. dos Santos 11 Rochelle Corporate Hotel Glaucia de Castro 12 Abaline Ariovaldo Barros 13 Calango Expedições Celso Luis 14 Grajagan Resort Rogério Haver 15 Pousada das Meninas Suzane Albino 16 Caraguatá Pousada Victor Martirena 17 Pousada Enseada das Conchas Carlos Gnata 18 Rede Atlântica Luiz Gustavo
Os operadores participantes opinaram sobre os resultados percebidos no Encontro de Negócios
com os fornecedores locais:
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Nota-se como positiva a avaliação sobre a organização do Encontro de Negócios. O próximo
gráfico diz respeito à avaliação da qualidade do material apresentado pelos fornecedores no
encontro:
O item seguinte é o de avaliação da capacidade de negociação dos fornecedores locais de
acordo com os operadores:
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O próximo gráfico faz referência a avaliação da política comercial apresentada pelos
fornecedores locais no Encontro de negócios:
Nota-se que parcela significativa (40%) manifesta algum tipo de desconforto em relação à
política comercial apresentada, sendo este um item que merece reflexão por parte dos
fornecedores locais.
Finalmente, os operadores responderam sobre suas expectativas terem sido atendidas
conforme gráfico:
O que faz concluir que as expectativas dos operadores em relação ao encontro foram
satisfeitas.
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7- CONSIDERAÇÕES FINAIS
Notou-se semelhança, sempre em que se fizeram possíveis, nas avaliações entre os operadores
e os fornecedores locais.
Nos indicadores de hospitalidade, por exemplo, houve predominância de respostas “ótimo” e
“bom”, quando da avaliação feita pelos operadores na viagem técnica.
Importante observar que também a coincidência de opiniões quando as notas foram mais
baixas, merecendo destaque os itens referentes à promoção do destino.
O que pareceu mais definitivo, entretanto, em relação ao atendimento dos objetivos do projeto,
foi o grau de satisfação dos operadores expresso nas respostas que seguem:
A Caravana proporcionou novas oportunidades de comercialização?
O produto conhecido pode diversificar o portfólio de produtos de sua operadora?
Sim 8
Sim, parcialmente 2
Realizaram-se contatos que poderão se transformar em negócios no futuro?
Sim 9
Sim, parcialmente 1
São dados importantes que evidenciam o sucesso do Encontro de Negócios.
Permitem também pensar que o processo iniciado com a Oficina de Capacitação foi bastante
satisfatório. A Oficina proporcionou importante momento de reflexão coletiva cujos resultados
parecem ter influenciado os resultados finais do Encontro.
Ressalta-se, finalmente, a percepção de que esse tipo de reflexão coletiva deverá estar
presente nas próximas ações de apoio à comercialização que vierem a ser realizados.
Em relação ao encontro de negócios, nota-se satisfação na avaliação dos operadores.
Apontam para o potencial do produto para novos negócios e são unânimes em afirmar serem
possíveis novos negócios a partir do encontro.
Pode-se concluir, portanto, que os objetivos do encontro de negócios do Projeto Caravana
Brasil Nacional foram inteiramente cumpridos.
Todos responderam que SIM