Boletim do Centro de Documentação e Informação
Carta Náutica Maio 2011
―Il n’est pas nécessaire d’habiter un port, ni même
au bord de la mer, pour être sensible à l’univers
portuaire, à l’atmosphère qui s’en dégage, à l’esprit
qui y règne‖.
É assim que o autor, Jean-Luc Le Cleac’H, inicia esta
pequena obra que envolve em pensamentos
abstractos a realidade bem sólida, marcante e visível
que é o porto; ao lado de conhecimentos profundos
da actividade portuária o leitor apercebe-se, passo a
passo, do lado emotivo dessa mesma actividade. Até
o nome do navio sugere uma reflexão: ―je déplore
qu’ en français, à la différence de la langue anglaise,
le mot « navire », le mot « bateau » soient du genre
masculin‖…
Assim, o autor convida o leitor a uma navegação de
cabotagem, onde o sonho se entrelaça com a infra-
estrutura portuária, o etéreo com o concreto. São
uma delícia alguns capítulos – Gruas e Pórticos, Os
Cais Desertos, O Silêncio, A Morte dos Portos, A
Música dos Portos, Psicologia dos Marinheiros…
Jean-Luc Le Cleac´H,
Ed. Pimientos, 95p.
«Petite philosophie des ports maritimes» -Jean-Luc Le Cleac´H
Das últimas aquisições...
Fernando de Sousa, José Fernandes Alves,
Ed. APDL, dimensões: 25 x 32
368 p.
«Leixões — Uma História Portuária»
Neste número: Das últimas
aquisições
-Petite philosophie
des ports
maritimes Das nossas
estantes -Leixões — Uma História Portuária
Revista do mês
Harvard Business
Review
O que se passou
por aqui
Visita da APAC
Há uns anos…
Leitor do mês
- Eng.º Tiago
Barata
Boletim
Bibliográfico
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2011
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Economia do Mar
Foto Final
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Das nossas estantes...
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Revista do mês
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Boletim Bibliográfico
O Boletim Bibliográfico é editado periodicamente pelo
Centro de Documentação e Informação.
A sua finalidade é dar a conhecer ao leitor todas as
publicações que deram entrada no CDI, revistas ou livros
— destacando-se vários artigos na intranet; nele figuram,
igualmente, as informações destacadas durante o mês, sob
a forma de legislação ou de artigos.
As publicações não periódicas, ou livros, são apresentadas
através da catalogação enquanto as publicações periódicas
podem ser visualizadas através dos índices dos respectivos
artigos de modo a que facilmente o leitor possa escolher o
tema que o interesse.
As publicações periódicas são enviadas periodicamente a
todos os leitores que as tenham solicitado mas qualquer
leitor pode solicitar ao CDI a disponibilização de qualquer
livro ou artigo avulso que pretenda.
Escrita com vigor, rigor e estilo, a vida de altos e baixos de Arnau Estanyol simboliza a
própria época medieval, tão conturbada, alternada por glórias e profundas feridas da
guerra e da peste da conflituosa Idade Média – um retrato impressionante de um
período de luz e sombras, que me seduziu do início ao fim, emocionante, entusiasmante
e repleta de apontamentos históricos.
Paralela à surpreendente vida do protagonista, ocorre a construção da Igreja de Santa
Maria do Mar, localizada no coração de Barcelona.
A igreja foi construída no bairro da Ribera, que inicialmente era o bairro dos pescadores,
estivadores e todo o tipo de gente humilde. O bairro tornou-se próspero e a antiga
Igreja romana onde os pescadores veneravam a sua Santa tornou-se pequena para os
paroquianos mais abastados. Os esforços económicos da Igreja barcelonesa e da
monarquia, entretanto, concentravam-se unicamente na reconstrução da Catedral da
cidade.
Da história para a ficção, lugar de forte ebulição política e social, a Barcelona medieval,
cidade mais importante do principado da Catalunha, em cujas terras ainda dominavam
os senhores feudais explorando os seus submissos, abrigava, em relativa harmonia,
católicos, judeus e muçulmanos.
Presenciou as glórias das guerras monárquicas, bem como as feridas da peste bubónica,
que assolou todo o Velho Continente, dizimando cerca de um terço da população
europeia, e os ataques violentos ao povo judaico, eleito como culpado pela propagação
da mortífera praga.
A Catedral do Mar, Ildefonso Falcones,
Ed. Bertrand, 19.50€
Eng.º Tiago Barata
«A Catedral do Mar» - Ildefonso Falcones
Há uns anos...
Foto Final
Vista do
Terreiro do
Paço
fotografada do
lado do rio;
c.1935
Acervo do CDI
Nota: O Boletim Bibliográfico encontra-se na intranet da APL pelo que para o ler
necessita de aceder previamente à intranet.
A HARVARD BUSINESS REVIEW, de que poucos
desconhecerão o prestígio, constitui uma assinatura nova
do Centro de Documentação e Informação, após sugestão
de um leitor expressa através do Inquérito anual que, como
é sabido, oferece a oportunidade a todos os colaboradores
de indicar de entre as publicações assinadas pela APL quais
as que pretendem receber e também a de fazer sugestões
para novas assinaturas. Convidamos aos interessados em
ler este novo recurso mensalmente a o indicarem para
Neste número de Abril destacámos três artigos de entre
tantos tão pertinentes – ―Strategies for learning from
failure‖, ―Ethical Breakdowns‖ e ―Experience: can you
handle failure?‖ – todos bem sugestivos e motivadores,
principalmente agora que atravessamos uma fase crítica da
nossa economia em que terá papel relevante, sem dúvida,
o nosso desempenho individual.
Esta edição ilustrada a cores contendo diversos mapas
desdobráveis, com inúmeras fotografias antigas e
actuais, que retrata a história admirável mas pouco
conhecida que os autores, com um vasto trabalho de
investigação, aprofundaram sobre o Porto de Leixões.
Os temas que dão destaque a esta obra são dos mais
diversos, desde a “tradição portuária da barra do
Douro; a equação de um sistema portuário (1865-
1910); as instalações portuárias da APDL na república
(1910-1926); concretização do porto comercial em
Leixões (1926-1972); a expansão portuária e os
desafios da integração europeia (1972-2001).
Sugerimos para este mês uma visita ao ano de 1995 (Abril),
onde pode conhecer ou recordar vários temas de destaque: ―O
Verão de 96 marca a mudança em Lisboa; Parlamento rejeita
alterações; Câmara de Oeiras e Porto de Lisboa reconstituem a
praia de Algés; Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, a APL
e a União Desportiva Vilafranquense assinam acordo para a
reabilitação da zona ribeirinha; Para facilitar o acesso de
passageiros de cruzeiros e da população Porto de Lisboa
remodela Gares Marítimas da Rocha do Conde de Óbidos e de
Alcântara; Estudo de valorização da área marginal—zona verde
entre Algés e a Torre de Belém; Com a saída dos pavilhões
ribeirinhos da Junqueira APL promove projecto de animação;
Jornadas da APL—Remo, Vela, Canoagem e Motonáutica; Obras
na Doca de Santo Amaro em conclusão; Terminal de
Contentores de Xabregas em concurso; Navios de guerra a
Lisboa(…)”.
Para ler basta clicar sobre a publicação ou vir ao CDI ler esta
edição ou as demais três edições desta revista.
Neste sítio de uma associação de empresas pode encontrar
newsletters, noticias e ligações interessantes de outras entidades
relacionadas com o mar, e, em consulta pública, o SIMPLEX MAR,
um projecto que tem em vista a simplificação administrativa de
todos os processos relacionados com a economia do mar.
Nota: Esta publicação encontra-se na intranet da APL pelo que para a ler necessita de
aceder previamente à intranet.
Cobrindo um período de 64 anos no século
XIV, o livro acompanha a história de
Arnau, desde o seu nascimento nas terras
do senhor feudal, passando pelo refúgio
em Barcelona que tornariam ele e seu pai
homens livres, a vida pobre e sofrida como
cavalariço, bastaix – nome pelo qual eram
chamados os estivadores do porto
barcelonês – e soldado de guerra, até ao
sucesso e à riqueza.
«Harvard Business Review»
O objectivo deve ser detectar as falhas
precocemente, analisá-la profundamente e
conceber experiências ou projectos pilotos
para as produzir. Para as organizações serem
bem sucedidas os seus empregados devem
sentir-se seguros para admitir e reportar
falhas.
Raras são as empresas que o conseguem
fazer… Aprender com os erros não é tarefa
fácil! Neste trabalho desenvolvido por Amy C.
Edmondson, Novartis Professor of Leadership
and Management, da Universidade de
Harvard, pode perceber-se como este
aparente contra-senso pode ser benéfico,
tanto a nível individual como organizacional.
Um grupo de 22 associados da APAC – Associação Portuguesa
dos Amigos dos Castelos visitou o Palacete dos Condes da
Ponte, edifício sede da Administração do Porto de Lisboa, no
dia 16 de Abril, acompanhados pela Dr.ª Leonarda Galhanas
(CDI).
A APAC é uma associação sem fins lucrativos, fundada em
1983, que conta com mais de 2600 associados em todo o País
e que procura defender os bens culturais, ―protegendo em 1.º
lugar as pessoas, o património vivo de quem o património
construído é um reflexo”, nas palavras do seu Presidente,
Francisco Sousa Lobo.
Este grupo percorreu ―com imenso agrado (…) os belos
espaços aí existentes” ficando “a saber mais sobre a história
da Instituição”.
Se gostou deste vai gostar destes: ―Bleu portègne”, texto de Arnaldo Calveyra, fotografia de Paol Gorneg, 1987
―Lisboa nos passos de Pessoa‖, Marina Tavares Dias, 2002
No final do livro encontra-se uma
cronologia abreviada que começa no ano
de 1147 em Lisboa (conquista de Lisboa
aos muçulmanos e inicio da prosperidade
comercial do Porto, pela erradicação dos
corsários muçulmanos através dessa
conquista) ao ano de 2001 (inauguração
da Via de Cintura Portuária).
Lar de homens e cidadãos livres,
Barcelona tinha uma população de 40
mil habitantes – número expressivo
para a época. Como uma azáfama
rodeada por muralhas, excepto pelo
lado do mar, a cidade, próspera e
abundante em riquezas, acolhe
construções majestosas: palácios,
igrejas e mosteiros.
Cenário perfeito para a epopeia de
Arnau que, pedra à pedra, faz-se um
grande homem, saindo da fome
enquanto criança à subtileza como
Barão Barcelonês.
O número que apresentamos, referente a Abril de 2011 é, pois, baseado no pressuposto
de que a melhor maneira de aprendermos é com os nossos erros.
É muito sugestiva a imagem apresentada com humor em ―Strategies for Learning from
Failure”… Neste artigo defende-se que somos programados desde novos para pensar que
falhar é mau e que esta convicção leva a que as organizações não consigam
efectivamente aprender com os seus passos errados. Identificam-se três tipos de falhas:
falhas na rotina ou em operações previsíveis, que podem ser prevenidas; falhas em
operações complexas que não podem ser evitadas mas podem ser geridas de modo a que
não se multipliquem até à catástrofe, resultados indesejados em investigação que são
valiosos pois geram conhecimento.
Nota: Este artigo encontra-se na intranet da APL pelo que para o ler necessita de aceder
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