Boletim do Centro de Documentação e Informação
Carta Náutica Fevereiro 2015
«III Jornadas de Lisboa de Direito Marítimo - Das Regras de Haia às
Regras de Roterdão» - Centro de Direito Marítimo e dos Transportes da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa
Das últimas aquisições…
Neste número:
Das últimas
aquisições
- III Jornadas de
Lisboa de Direito
Marítimo - Das
Regras de Haia às
Regras de
Roterdão
Das nossas
estantes
- Dockland
apprentice
Revista do mês
- Ingenium
Boletim
Bibliográfico
- janeiro de 2015
O que se passa
por aqui
- SIG - Sistema de
Informação
Geográfica
Poesia pelo
porto
- Jaime Cortesão
Ligações
Interessantes
- Câmara de
Comércio,
Indústria e
Turismo Portugal
Cabo-Verde
Foto Final
Contactos
Das nossas estantes…
Revista do mês
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Ligação Interessante
Boletim Bibliográfico
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Nota: O Boletim Bibliográfico encontra-se na intranet da APL (para o ler necessita de
aceder previamente à intranet).
Nota: Estes artigos encontram-se na intranet da APL (para o ler necessita de aceder
previamente à intranet).
«Dockland Apprentice» - David Carpenter
“Política portuária - perspetivas de desenvolvimento em Portugal” -
Ingenium
Mais artigos selecionados:
Exploring environmental options - Dredging and Port Construction - fevereiro 2015
The Spanish national commission on markets and competition - World Competition -
2014
A sustainable maritime vision - International Cruise & Ferry Review - spring/summer
2014
O Boletim Bibliográfico é editado periodicamente pelo Centro de
Documentação e Informação.
A sua finalidade é dar a conhecer ao leitor todas as publicações
que deram entrada no CDI, revistas ou livros; nele figuram,
igualmente, as informações destacadas durante o mês, sob a
forma de legislação ou de artigos.
As publicações não periódicas, ou livros, são apresentadas através
da catalogação enquanto as publicações periódicas podem ser
visualizadas através dos índices dos respetivos artigos de modo a
que facilmente o leitor possa escolher o tema que o interesse.
As publicações periódicas são regularmente enviadas a todos os
leitores que as tenham solicitado mas qualquer leitor pode
requisitar ao CDI a disponibilização de livro ou artigo avulso que
pretenda.
3ªs Jornadas de direito marítimo : Das Regras de Haia às Regras de Roterdão
Centro de Direito Marítimo e dos Transportes da Faculdade de Direito da Universidade de
Lisboa,
Almedina, 2014, 676 págs.
Se gostou deste vai gostar:
Limitação de responsabilidade por créditos marítimos, Manuel Januário da Costa
Gomes, Almedina, 2010, 585 págs.
Estudos sobre o novo direito marítimo: realidades internacionais e situação portuguesa,
Mário Raposo, Coimbra Editora, 1999, 348 págs.
O que se passa por aqui
Dockland apprentice,
David Carpenter,
Bears Hide, 2003, 192 págs.
Se gostou deste vai gostar:
Histórias desconhecidas dos grandes trabalhadores do mar: recordações da pesca do
bacalhau, Valdemar Aveiro, Futura, 2009, 226 págs.
Tales of London's docklands, Henry T. Bradford, Sutton Publishing, 2007, 117 págs.
Poesia pelo porto
«Quadras do Mar» - recolhidas por Jaime Cortesão
SIG - Sistema de Informação Geográfica
Cem Poemas Portugueses sobre Portugal e o Mar,
José Fanha e José Jorge Letria,
Ed. Terra Mar, 2003, 280 págs.
Um SIG - Sistema de Informação Geográfica pode ser definido, como refere a Divisão
Porto-Cidade, de uma forma genérica, como um sistema que permite ao utilizador reunir
capacidades avançadas de visualização, análise e armazenamento de informação
geográfica.
Estes sistemas assumem uma importância cada vez maior em diversas áreas, podendo
ser utilizados na maioria das atividades com uma componente geoespacial, desde a
cartografia, a estudos ambientais, localização, prospeção de recursos, etc.. É por isso
hoje em dia normal serem usados por municípios, forças de segurança, serviços de
emergência, empresas de marketing, transportes, viagens, redes de distribuição de água
A APL desenvolveu um projeto-piloto SIG, numa área
específica do porto, com o objetivo de testar as
potencialidades de um SIG na gestão da informação
geográfica da autoridade portuária. Concluído o projeto-
piloto, e tendo sido evidentes as vantagens da sua
implementação, reformulou-se, dando origem à primeira
versão do SIG da APL.
No passado mês de dezembro foi disponibilizado para toda a empresa a primeira versão
do SIG da APL, estando disponível internamente em http://hebe/aplSIG/. Para aceder ao
SIG basta instalar o navegador de internet Google Chrome.
Gerir o presente e planear o futuro é uma tarefa cada vez mais complexa, que deve
responder a um maior número de exigências. Assim, num futuro próximo, o SIG irá
permitir efetuar algumas pesquisas e ainda disponibilizar mais informação útil para todos,
como por exemplo, os limites de todas as concessões portuárias, o edificado e o cadastro
da APL no município de Lisboa, ficando sempre aberta a possibilidade de se incluírem
outros temas de interesse a qualquer serviço.
Nesta primeira versão, o SIG permite que todos
colaboradores da APL possam visualizar os temas de
Jurisdição e Domínio na área do Porto de Lisboa.
Estes podem ser consultados sobre o bing maps,
ortofotomapas de 2010 e 2012 e Cartografia Militar à
escala 1:25 000. Clicando nos temas, podemos ainda
aceder a algumas informações com um caracter mais
detalhado. O SIG permite ainda a geração de mapas
em formato pdf.
“The dockers had their own way of broaching the cargo, I quite often
noticed them signal to the crane driver to drop a pallet of whisky the
last few feet, so that some of the bottles broke. As the precious liquid
leaked out from underneath, the dockers would collect it in various
containers and afterwards have an alcoholic tea break.”
Ao longo de 192 páginas com ilustrações, este livro relata algumas
das experiências do autor ao longo dos seus cinco anos enquanto
aprendiz de engenharia naval nas docas do porto de Londres, na
década de 50 do século passado.
Para além disso, este livro mostra a importância dos anos de aprendizagem nos estaleiros
do Porto de Londres, na época um dos portos mais movimentados do mundo, para a vida
profissional do autor. Segundo ele, a variedade de pessoas (e de personalidades) com
quem conviveu, as condições de trabalho e de vida suas e dos seus colegas, os grandes
navios onde trabalhou e os conhecimentos que adquiriu, permitiram-lhe, mais tarde, ter
uma longa carreira na indústria da construção naval, um pouco por todo o mundo.
O Centro de Direito Marítimo e dos Transportes da Faculdade de Direito da Universidade
de Lisboa publica, neste livro, a maioria das comunicações apresentadas nas III Jornadas
de Lisboa de Direito Marítimo, dedicadas ao tema “Das Regras de Haia às Regras de
Roterdão - As perspetivas para o transporte marítimo e para o transporte multimodal do
século XXI”, realizadas em maio de 2013.
Nestas jornadas, que em 2015 serão apoiadas pela APL, autores
como Mário Raposo, Menezes Cordeiro, Ignacio Arroyo, Januário da
Costa Gomes, Pedro Viegas Galvão e Duarte Lynce de Faria,
focaram, principalmente, a Convenção sobre o Transporte
Internacional de Mercadorias Total ou Parcialmente por Mar, mais
conhecida por Regras de Roterdão, dando a conhecer as suas
origens, objetivos, pressupostos e principais diferenças em relação
às anteriores convenções.
Assim abordaram-se temas como o contrato de transporte, o
transitário, o reboque, a responsabilidade pelos atrasos e pelos
factos alheios, a limitação de responsabilidade, o direito de controlo,
o transporte de mercadorias no convés e, ainda, a análise
económica do contrato de volume, bem como a questão dos
documentos negociáveis e não-negociáveis, eletrónicos ou não.
Este mês destacamos um artigo da revista “Ingenium” dedicado às
perspetivas de desenvolvimento portuário em Portugal. Nas últimas
décadas, tem se assistido a um aumento do comércio mundial,
aumento esse acompanhado igualmente pelo crescimento do
transporte marítimo e, consequentemente, da importância que este
modo de transporte desempenha na cadeia de transporte de
mercadorias.
Ao mesmo tempo, regista-se uma mudança fundamental nas
principais rotas marítimas mundiais, com a concentração dos
principais fluxos de tráfego nas rotas com o Extremo Oriente,
particularmente entre o Extremo Oriente e a América do Norte e
entre o Extremo Oriente e a Europa, mantendo a rota Europa-
América do Norte a sua importância tradicional.
Esta alteração nas principais rotas marítimas mundiais, bem como outros fatores, como
sejam o desenvolvimento de novas economias emergentes de países da fachada
Atlântica, o alargamento do canal do Panamá e a possível construção de um novo canal
na Nicarágua, constituem-se como desafios aos quais importa estar preparado para
responder.
Efetivamente, Portugal e os portos nacionais, pela sua privilegiada localização geográfica,
não só no cruzamento das principais rotas marítimas Norte-Sul e Este-Oeste, mas
também enquanto “porta de entrada” da Europa, reúnem as condições para dar resposta
a estes desafios. No entanto, e apesar do trabalho de modernização que tem sido
efetuado nos últimos anos, falta ainda a Portugal pensar a política portuária de uma
forma estratégica e integrada, no sentido da integração dos portos nacionais na cadeia
logística global, aumentando, assim, não só a competitividade destes, mas,
principalmente, a competitividade da economia nacional.
Sou gaivota, sou gaivota,
E venho da beira-mar;
Trago cantigas na boca
P’ra quem não souber cantar.
Quem embarca, quem embarca,
Quem vem para o mar, quem vem?
Quem embarca nos meus olhos?
Ó! Que linda maré tem!
Vem cá, minha pequenina,
Que o vento quer-te levar,
Pela manhã vento norte
À noite vento do mar.
Embarquei-me no mar largo,
Já perdi vistas à Terra,
Já não vejo senão Céu
Água e vento que me leva!
(…)
Desde 1991, a Câmara de Comércio, Indústria e Turismo Portugal Cabo-Verde tem vindo
a desenvolver atividades de divulgação das potencialidades da economia cabo-verdiana,
participando e organizando diversas iniciativas com o objetivo de atualizar o
conhecimento geral sobre as vantagens de investimento neste país.
Hoje em dia, a CCITPCV, conta com mais de 100 associados
(dos quais a APL faz parte), oriundos de variados sectores da
economia portuguesa, dispondo dos meios técnicos de
informação, comunicação e tratamento de dados capazes de
dar resposta rápida às diversas questões que sempre lhe
foram, e continuam a ser, diariamente, colocadas sobre a
economia e investimento em Cabo Verde.
Queda da
muralha do
Ginjal, aquando
do temporal de
janeiro de 1936
Janeiro de 1936
Acervo do CDI
Numa época em que os estaleiros navais, e toda a zona portuária de Londres, eram
vistos como locais misteriosos e inacessíveis, quase “sombrios”, pela maioria dos
londrinos, este relato vem desmistificar um pouco essa ideia, oferecendo, não só, uma
visão histórica e social do quotidiano nestes estaleiros, mas também mostrando um lado
mais humano dos que lá trabalhavam.