CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE ÉVORA
TÉCNICO DE INFORMÁTICA E SISTEMAS
EFA
UFCD: 0777 | Processador de Texto – Processamento e edição
Trabalho Teórico I
Formando: Vítor Bonito
Fevereiro 2012
CFPÉvora – EFA | TIS Historia e evolução da informática
Vitor Bonito Página 2 de 17
Índice:
Introdução ......................................................................................................................... 4
Géneses da informática ..................................................................................................... 4
Evolução Historia da Informática: .................................................................................... 5
1- Era Manual ............................................................................................................... 5
1.1 - Pré-historia e séculos a.C. .................................................................................... 5
1.2 - Escritas Pictográfica e Cuneiforme ................................................................... 6
1.3 - Ábaco ................................................................................................................ 6
1.4 - Bastões de Napier ............................................................................................. 7
1.5 - Régua de Cálculos............................................................................................. 8
2- Era Mecânica: ........................................................................................................... 8
2.1 - Máquina de Pascal ............................................................................................ 8
2.2 - Tear de Jacquard ............................................................................................... 9
2.3 - Máquina Diferencial ....................................................................................... 10
2.4 - Tabuladora Hollerith ....................................................................................... 10
3 - Era electrónica: 5 gerações: ................................................................................... 11
3.1 - 1ª Geração – Tecnologia de válvulas (1940-1955) ......................................... 11
3.1.1 - 1943 – Mark I ........................................................................................... 11
3.1.2 - 1945 - ENIAC .......................................................................................... 11
3.1.3 - 1949 – EDVAC (sucessor do ENIAC) ..................................................... 12
3.1.4 - 1951 - UNIVAC I ..................................................................................... 12
3.1.5 - 1954 - IBM 650 ........................................................................................ 13
3.2 - 2ª Geração: a utilização do transístor (1955-1965) ......................................... 13
3.3 - 3ª Geração: os circuitos integrados (1965-1980) ............................................ 14
3.4 - 4ª Geração: circuitos de larga escala (1980-1990) .......................................... 14
3.5 - 5ª Geração: Ultra Large Scale Integration (1990 - hoje) ................................ 15
Conclusão ....................................................................................................................... 16
Bibliografia: .................................................................................................................... 17
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Índice de Ilustrações:
Ilustração 1 - Cabeça de cavalo, foz do Côa, gravura rupestre – Portugal ....................... 5
Ilustração 2 - Cabeça de cavalo, pintura rupestre Lascaux, França .................................. 5
Ilustração 3 - Tábua de Uruk - Suméria ........................................................................... 6
Ilustração 4 - Ábaco Japonês ............................................................................................ 7
Ilustração 5 - Ábaco séc. VII A.C. - China....................................................................... 7
Ilustração 6 - Bastões de Napier mostrando a multiplicação de 6 por 384 ...................... 7
Ilustração 7 - Régua de Cálculo - 1622 ............................................................................ 8
Ilustração 8 - Régua de Cálculo Cilíndrica, Século - XVII .............................................. 8
Ilustração 9 - Régua de Cálculo Circular.......................................................................... 8
Ilustração 10 - Máquina de Pascal – 1642 - 1644............................................................. 9
Ilustração 11 - Tear de Jacquard - 1804 ........................................................................... 9
Ilustração 12 - Difference Engine - 1820 ...................................................................... 10
Ilustração 13 - Tabuladora Hollerith - 1880 ................................................................... 10
Ilustração 15 - Mark I ..................................................................................................... 11
Ilustração 14 - válvulas electrónicas ............................................................................... 11
Ilustração 16 - ENIAC .................................................................................................... 11
Ilustração 17 - EDVAC .................................................................................................. 12
Ilustração 18 UNIVACI.................................................................................................. 12
Ilustração 19 – IBM 650 ................................................................................................. 13
Ilustração 20 - Transístor ................................................................................................ 13
Ilustração 21 – computador portátil ................................................................................ 14
Ilustração 22 - computador fixo...................................................................................... 14
Ilustração 23 – Processadores ......................................................................................... 15
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Introdução
Este trabalho tem como finalidade pesquisar e realizar um trabalho sobre a génesis e
evolução histórica da informática, sendo conhecida desde a antiguidade a utilização pelo
homem de máquinas para o auxiliarem no tratamento da informação, necessidade essa
que tem levado o homem constantemente a aperfeiçoar as mesmas, aproveitando os
conhecimentos cada vez desenvolvidos e tendo acesso a materiais cada vez mais
vaiados e inovadores, como esquematizado na sequencia do trabalho.
Géneses da informática
Podemos dividir a história da informática em três grandes grupos:
Manual – Abrange desde a pré-história 20.000 a.C. com o aparecimento das primeiras
gravuras e pinturas, o aparecimento das primitivas formas de escritas, escrita
pictográfica e cuneiforme por volta de 6.000 a.C. e com o desenvolvimento da escrita
também se desenvolveu o cálculo matemático acabando por aparecerem as primeiras
máquinas, calculadores binários conhecidos por ábaco, ainda hoje utilizados em
algumas partes do mundo, era manual que se prolongou ate meados do século VII, e que
ainda viu em 1614 o matemático escocês John Napier, inventor dos logaritmos, criar os
Bastões de Napier que deram origem as réguas de calculo, e que vieram impulsionar a
era mecânica da informática.
Mecânica - Começa meados do século VII com a primeira máquina de calcular
mecânica ou também designado de calculador decimal, (a Pascaline) construído pelo
matemático Blaise Pascal entre 1642 – 1644, com base em rodas e engrenagens para
realizar somas e subtracções, e engloba maquinas como o tear de Jacquard, criado em
1804 por Joseph Marie Jacquard, mecânico de teares Lyon, a maquina diferencial que é
a primeira aproximação de um computador construído em 1820 por Charles Babbage e
a Tabuladora de Hollerith, criada por Hermann Hollerith, em 1880, uma máquina para
realizar as operações de recenseamento da população utilizando cartões de papel
perfurados em código BCD.
Electrónica – Começa no momento em que surgiram os primeiros computadores na
acepção popular da palavra, e divide-se em cinco gerações distintas. O pulo para a
geração seguinte dá-se com o advento de um nova tecnologia que possibilita grandes
avanços do poder de cálculo ou descobertas que modificam a base de um computador.
1ª Geração – Tecnologia de válvulas (1940-1955) – começa com o Mark I, quando se
passa de máquinas mecânicas para electromecânicas baseadas na utilização de relés e
válvulas electrónicas.
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2ª Geração – A utilização do transístor (1955-1965) – começa quando se passou do uso
das válvulas para o uso dos transístores que apresentavam inúmeras vantagens, menor
aquecimento, maior poder de cálculo, menos consumo, eram mais rápidos e mais
pequenos, o que levou ao surgimento de variados modelos.
3ª Geração – Circuitos integrados (1965-1980) - Começa com a introdução dos circuitos
integrados aos computadores (transístores, “resistores”, diodos e outras variações de
componentes electrónicos miniaturados e montados sobre um único chip), os custos de
produção de um computador começaram a cair.
4ª Geração – Circuitos de larga escala (1980-1990) – Começa com os circuitos de larga
escala (LSI - mil transístores por "chip") e larguíssima escala (VLSI - cem mil
transístores por "chip"). O uso desses circuitos na construção de processadores
representou outro salto na história dos computadores.
5ª Geração – Ultra large scale integration (1990-ate hoje) - Basicamente são os
computadores modernos.
Evolução Historia da Informática:
1- Era Manual
1.1 - Pré-historia e séculos a.C.
Desde sempre que o homem enquanto ser racional a viver em comunidade, sentiu a
necessidade de criar, mostrar, transmitir e guardar informação, tal necessidade fez com
que ainda na pré-historia por volta de 20.000 a.C. ( 18.000 a.C.) o homem começou a
gravar nas rochas e grutas que frequentava, gravuras e pinturas representativas da sua
forma de vida. ( Universidade do Minho, s.d.)
Ilustração 1 - Cabeça de cavalo, foz do
Côa, gravura rupestre – Portugal
Ilustração 2 - Cabeça de cavalo, pintura
rupestre Lascaux, França
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1.2 - Escritas Pictográfica e Cuneiforme
Mais tarde quando o homem troca os seus hábitos nómadas por assentamentos fixos a
fim de desenvolver a agricultura e a criação de animais, por volta de 6.000 a.C. ( 4.500
a.C.), sentiu a necessidade de criar métodos para a contagem do tempo, delimitando as
épocas de plantio e colheita e de registar o número de colheitas, de cabeças de animais e
as transacções efectuadas, dando origem a primitivas formas de escritas, escrita
pictográfica e cuneiforme, escritas essas que deram origem à escrita actual, realizadas
em placas de argila, mais fáceis de guardar e transportar como livros de contabilidade,
havendo registos de placas de argila encontradas na região da Babilónia e
provavelmente escritas por volta de 1700 a.C. contendo tabuadas de multiplicação e
recíprocos, que usavam o sistema sexagésimal (base 60), que veio dar origem às nossas
actuais unidades de tempo. (Gadelha, s.d.) ( Universidade do Minho, s.d.)
1.3 - Ábaco
Mas à medida que a necessidade de cálculos foi aumentando o homem teve a
necessidade de desenvolver instrumentos que o ajudassem, o primeiro que se tenha
conhecimento foi o calculador binário conhecido por ábaco.
Havendo conhecimento de que já era utilizado na Ásia Menor há 5.000 anos atrás,
escavações arqueológicas revelaram a existência de ábacos Aztecas circa 900-1.000
d.C., em que as contas eram construídas com grãos de milho.
O ábaco chinês, do qual existe relatos de existência no século VIII a. C., é construído
em madeira. Dispõe de um conjunto de varetas verticais nas quais deslizam livremente
contas também em madeira. Uma régua separa a esquadria em duas secções.
Na secção superior deslizam duas contas representando cada uma o valor 5 (cinco);
cada uma das cinco contas da secção inferior representa o valor 1 (um). A coluna mais à
direita é a coluna das unidades, a coluna adjacente à sua esquerda é a coluna das
dezenas, a seguinte a das centenas e assim sucessivamente.
Com o ábaco efectuam-se as operações de adição e subtracção mediante uma técnica
apropriada em que são utilizados o polegar, o indicador e o dedo médio. As contas da
Ilustração 3 - Tábua de Uruk - Suméria
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secção inferior são movidas para cima com o polegar e para baixo com o indicador; o
dedo médio apenas move as contas da secção superior. Por exemplo, para adicionar 6 +
2 o dedo médio baixa uma conta na secção superior e o polegar move para cima na
secção inferior, da mesma coluna, uma conta; está assim "memorizado" o número 6.
Movendo para cima na secção inferior, da mesma coluna, duas contas obtêm-se o
resultado 8 por leitura directa da posição das contas na coluna, Sendo também possível
efectuar multiplicações e divisões. ( Universidade do Minho, s.d.)
A variante do ábaco mais conhecida é o SOROBAN, ábaco japonês simplificado (com 5
contas por fio, agrupadas 4x1), ainda hoje utilizado. (Gadelha, s.d.)
Sistema de contas e fios a que os romanos deram o nome de calculi, que acabou por dar
origem à palavra cálculo. (Gadelha, s.d.)
1.4 - Bastões de Napier
Baseado em dispositivos que já eram usados desde o século XVI, em 1614 o
matemático escocês John Napier, inventor dos logaritmos, criou os Bastões de Napier
que eram um conjunto de 9 bastões, um para cada dígito, que tornaram possível
executar multiplicações e divisões através de adições e subtracções (por exemplo a*b =
10^(log(a)+log(b)) e a/b = 10^(log(a)-log(b)).) ( Universidade do Minho, s.d.)
Ilustração 4 - Ábaco Japonês
Ilustração 5 - Ábaco séc. VII A.C. - China
Ilustração 6 - Bastões de Napier mostrando a
multiplicação de 6 por 384
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1.5 - Régua de Cálculos
Em 1633 um sacerdote inglês chamado William Oughtred, teve a ideia de representar os
Logaritmos de Napier em escalas de madeira ou outros materiais, chamando-os de
Círculos de Proporção. Esse dispositivo originou a conhecida Régua de Cálculos,
considerada o primeiro computador analógico da história pela maneira como os
logaritmos são representados por traços na régua e a sua divisão e produto são obtidos
pela adição e subtracção de comprimentos. (Gadelha, s.d.)
A construção de réguas de calculo foi-se aperfeiçoando e no século XVII já era possível
utilizar réguas de calculo cilíndricas, cilindro/espirais e rectangulares com ou sem
cursor, continuando ainda hoje em dia a poder ser utilizado quando não for necessário
obter resultados muito precisos, precisão superior a 3 ou 4 decimais. ( Universidade do
Minho, s.d.)
2- Era Mecânica:
2.1 - Máquina de Pascal
A evolução seguinte foi o calculador decimal, construído por Blaise Pascal entre 1642 e
1644, contendo como elemento essencial uma roda dentada construída com 10 dentes.
Cada dente correspondia a um algarismo, de 0 a 9. A primeira roda da direita
corresponde às unidades, e as seguintes à sua esquerda correspondem às dezenas, às
centenas e assim sucessivamente, um mecanismo simples construído com uma "garra"
resolvia o problema do transporte. Cada vez que numa das rodas o algarismo passa de
nove a zero a roda vizinha é arrastada e desloca-se um dente, o calculador permitia
efectuar as operações de adição e subtracção. Embora a operação fosse demorada
também se podiam efectuar-se multiplicações e divisões pelo método das adições
sucessivas e subtracções sucessivas, respectivamente. ( Universidade do Minho, s.d.)
Ilustração 7 - Régua de Cálculo - 1622
Ilustração 9 - Régua de Cálculo Circular Ilustração 8 - Régua de Cálculo Cilíndrica, Século - XVII
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2.2 - Tear de Jacquard
Em 1804, Joseph Marie Jacquard, mecânico de teares francês, inventou um sistema para
comando automático das operações repetitivas e sequências até então executadas
manualmente pelos tecelões. O sistema era construído com um conjunto de cartões
metálicos perfurados ligados uns aos outros por aros, também metálicos, constituindo
uma fita contínua que avançava, cartão a cartão, sobre uma estação de leitura. Na
estação de leitura um conjunto de agulhas metálicas caía sobre os cartões. A
combinação de agulhas que passavam através de uma perfuração e as que eram
impedidas de o fazer por não existir perfuração correspondente constituía um código
binário para execução de uma operação. ( Universidade do Minho, s.d.)
Ilustração 10 - Máquina de Pascal – 1642 - 1644
Ilustração 11 - Tear de Jacquard - 1804
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2.3 - Máquina Diferencial
Em 1820 Charles Babbage - UK - inicia a construção de uma máquina que é a primeira
aproximação de um computador, na sequência do trabalho do engenheiro J. Muller que
em 1786 já tinha planeado a construção da Máquina Diferencial como ficou chamada,
introduzindo o conceito de registos somadores. ( Universidade do Minho, s.d.)
(Gadelha, s.d.)
A Difference Engine (Maquina Diferencial) era uma máquina construída para calcular
os valores do polinómio x^2 + 3x + 20 com uma precisão de seis decimais. Parte da
máquina ficou concluída em 1832 e foi exposta ao "público" na casa de Babbage em
Dorset Street - Marylebone. ( Universidade do Minho, s.d.)
2.4 - Tabuladora Hollerith
Hermann Hollerith - funcionário do United States Census Bureau – utilizando o
principio do Tear de Jacquard inventou, em 1880, uma máquina para realizar as
operações de recenseamento da população. A máquina "lia" cartões "de papel"
perfurados em código BCD (Binary Coded Decimal) e efectuava contagens da
informação referente à perfuração respectiva. O sistema foi patentiado em 1884. (
Universidade do Minho, s.d.)
Ilustração 12 - Difference Engine - 1820
Ilustração 13 - Tabuladora Hollerith - 1880
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3 - Era electrónica: 5 gerações:
3.1 - 1ª Geração – Tecnologia de válvulas (1940-1955)
3.1.1 - 1943 – Mark I
A IBM em parceria com a marinha Norte-Americana criaram o Mark I que era
totalmente electromecânico, tinha cerca de 17 metros de comprimento por 2 metros e
meio de altura, pesando cerca de 5 toneladas. O barulho que fazia em funcionamento
assemelhava-se a várias pessoas tricotando dentro de uma sala, continha nada menos
que 750.000 partes unidas por aproximadamente 80 km de fios. (Morais, s.d.)
3.1.2 - 1945 - ENIAC
A segunda Guerra Mundial originou uma grande demanda por computadores cada vez
mais rápidos. Os britânicos criaram a Colossus para decifrar os códigos nazis e os
americanos o ENIAC (Eletronic Numerical Integrator and Calculator). Que utilizava
válvulas electrónicas e os números eram manipulados na forma decimal, era
extremamente difícil mudar as instruções contidas dentro do computador, já que a
programação era feita por meio de válvulas e fios que eram trocados de posição de
acordo com o que se desejava. Utilizava o sistema decimal. (Morais, s.d.)
Ilustração 14 - Mark I
Ilustração 16 - ENIAC
Ilustração 15 - válvulas
electrónicas
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3.1.3 - 1949 – EDVAC (sucessor do ENIAC)
O EDVAC (Electronic Discrete Variable Computer), apesar de mais moderno, não
diminuiu de tamanho e ocupava o mesmo espaço que o ENIAC ocupava. Mas tinha cem
vezes mais memória interna que o ENIAC, grande avanço para a época. As instruções já
não eram passadas ao computador por meios de fios ou válvulas, ficavam num
dispositivo electrónico denominado linha de retardo. Esse dispositivo era um tubo
contendo vários cristais que reflectiam pulsos electrónicos para frente e para trás muito
lentamente. Um outro grande avanço do EDVAC foi o abandono do modelo decimal e a
utilização dos códigos binários, reduzindo drasticamente o número de válvulas. (Morais,
s.d.)
3.1.4 - 1951 - UNIVAC I
Baseado na teoria de Von Neumann, o UNIVAC I (Universal Automatic Computer) era
bem menor que seus predecessores. Tinha "apenas" vinte metros quadrados e pesava
cerca de cinco toneladas. O computador recebia as instruções de cartões magnéticos e
não de cartões perfurados. Foram produzidas quinze unidades do UNIVAC I, foi o
primeiro computador comercial da história. (Morais, s.d.)
Ilustração 17 - EDVAC
Ilustração 18 UNIVACI
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3.1.5 - 1954 - IBM 650
O computador IBM 650 foi disponibilizado publicamente nos USA pela IBM em
Dezembro de 1954. Media 1,5 m X 0,9 m X 1,8 m e tinha pesava 892 kg. Era a solução
para resolver problemas comerciais e científicos. A empresa projectou a venda de 50
exemplares do computador, mais do que todos os computadores do mundo juntos na
época, em 1958, duas mil unidades do IBM 650 já tenham sido vendidas. O IBM 650
era capaz de fazer num segundo 1.300 somas e 100 multiplicações de números de dez
dígitos. (Morais, s.d.)
3.2 - 2ª Geração: a utilização do transístor (1955-1965)
Em 1952 A Bell Laboratories criou o transístor que apresentava inúmeras vantagens em
relação às válvulas, caracterizava-se pelo menor aquecimento, maior poder de cálculo e
confiança e consumo de energia bem menor e não precisava de tempo para aquecer. Os
cálculos passaram a ser medidos de segundos para micro segundos. As linguagens
utilizadas para esses computadores eram normalmente a FORTRAN, COBOL ou
ALGOL. Devido ao transístor, surgiram muitos modelos de computador. O primeiro o
TRADIC, da Bell Laboratories. Outro modelo dessa época era o IBM 1401, com uma
capacidade memória base de 4.096 bytes operando em ciclos de memória de 12 micro
segundos. o tamanho dos computadores ainda era bastante grande. (Morais, s.d.)
Ilustração 19 – IBM 650
Ilustração 20 - Transístor
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3.3 - 3ª Geração: os circuitos integrados (1965-1980)
A terceira geração inicia-se com a introdução dos circuitos integrados aos
computadores. Após o surgimento desses circuitos, no final da década de 50, os custos
de produção de um computador começavam a baixar. Uma nova linguagem foi
desenvolvida pelo Grupo de Cambridge: a CPL. O Burroughs B-2500 foi um dos
primeiros modelos dessa geração. O PDP-5, produzido pela DEC, foi o primeiro
minicomputador comercial e o INTEL 4004 o primeiro microprocessador (circuito
integrado que contém todos os elementos de um computador num único local). Eram
alguns de seus componentes a unidade calculadora e a memória. Além disso, diversos
modelos e estilos foram sendo lançados nessa época: IBM-PC, Lotus 1-2-3, Sinclair
ZX81/ZX Spectrum, Osborne1 e os famosos IBM PC/XT. O PC/XP usava o sistema
operacional PC/MS-DOS, uma versão do MS-DOS desenvolvida para a IBM pela
Microsoft. (Morais, s.d.)
3.4 - 4ª Geração: circuitos de larga escala (1980-1990)
Ainda mais avançados que os circuitos integrados, foram os circuitos de larga escala
(LSI - mil transístores por "chip") e larguíssima escala (VLSI - cem mil transístores por
"chip"). O uso desses circuitos na construção de processadores representou outro salto
na história dos computadores. As linguagens mais utilizadas eram a PROLOG, FP,
UNIX e o início da utilização da linguagem C. Logo em 1981 nasce o 286 utilizando
slots ISA de 16 bits e memórias de 30 pinos. Quatro anos mais tarde era a vez do 386,
Ilustração 22 - computador fixo Ilustração 21 – computador portátil
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ainda usando memórias de 30 pinos mas com maior velocidade de processamento. Ao
contrário do 286, era possível rodar o Windows 3.11 no 386. Introduziu-se no mercado
as placas VGA e suporte a 256 cores. Em 1989, eram lançados os primeiros 486 DX:
eles vinham com memórias de 72 pinos (muito mais rápidas que as antigas de 30 pinos)
e possuíam slots PCI de 32 bits - o que representava o dobro da velocidade dos slots
ISA. (Morais, s.d.)
3.5 - 5ª Geração: Ultra Large Scale Integration (1990 - hoje)
Basicamente são os computadores modernos. Ampliou-se drasticamente a capacidade
de processamento de dados, armazenamento e taxas de transferência. Também é nessa
época que os processos de miniaturização são iniciados, diminuindo o tamanho e
aumentando a velocidade dos agora "populares" PC´s. O conceito de processamento
está partindo para os processadores paralelos, ou seja, a execução de muitas operações
simultaneamente pelas máquinas. Surge o primeiro processador Pentium em 1993,
dotado de memórias de 108 pinos, ou DIMM. Depois vem o Pentium II, o Pentium III e
mais recentemente o Pentium 4 (sem contar os modelos similares da concorrente
AMD). Nesse meio tempo iam surgindo o slot AGP de 64 bits, memórias com mais
pinos e maior velocidade, HD´s cada vez mais rápidos e com maior capacidade, etc. Na
realidade, as maiores novidades dessa época são os novos processadores, cada vez mais
velozes. (Morais, s.d.)
Ilustração 23 – Processadores
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Conclusão
Este trabalho serviu para aprofundar os conhecimentos sobre a história e evolução da
informática em si, apreendendo mais ou menos a evolução e encadeamento das distintas
etapas na história da informática, era manual era mecânica e electrónica, evolução essa
que nos últimos 50 anos aproximadamente tem vindo cada vez mais a ser mais rápida,
devido ao investimento na investigação científica e a globalização da informação. Por
outro lado este trabalho serviu também para por em prática os conhecimentos de Word
desenvolvidos nas aulas de Processador de Texto, conhecimentos esses, alguns
relembrados de anteriores formações, outros novos, mas no geral foi bom para
desenferrujar os dedos e a memória, e agora chegado ao fim do trabalho, cheguei
também a conclusão que agora sim estava apto a começar o mesmo, fica para o
próximo.
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Bibliografia:
Universidade do Minho. (s.d.). Museu Virtual de informátical. Obtido em 20 de 02 de 2012, de
http://piano.dsi.uminho.pt/museuv/index.html
Gadelha, J. (s.d.). A evolução dos Computadores. Obtido em 20 de 02 de 2012, de
http://w3.ualg.pt/~fcar/evolucao_computadores.pdf
Morais, P. (s.d.). História dos computadores do ábaco ao rerabytes. Obtido em 20 de 02 de
2012, de alunos.di.ubi.pt/~a17195/DATA/hist_1.doc