2AGR – 11 7 – ENTOMOLOGIA GERAL
Ordem Coleoptera
Agrupa perto de 350.000 espécies de insetosCerca de 40% das espécies de insetos e 30% das espécies de animais
4AGR – 11 7 – ENTOMOLOGIA GERAL
Ordem Coleoptera
Ordem Coleoptera (Linnaeus, 1758)
Nome da ordem relacionado ao tipo de asa
Coleus = caixinha, estojo
Ptera = asa
6AGR – 11 7 – ENTOMOLOGIA GERAL
São agrupados nesta ordem
Besouros
Joaninhas
Vaga-lumes
Pirilampos
Serra-paus
Vaquinhas
Escaravelhos
Ordem Coleoptera
8AGR – 11 7 – ENTOMOLOGIA GERAL
9AGR – 11 7 – ENTOMOLOGIA GERAL
Informações gerais
Tamanho muito variado (menor que 1 mm a 200 mm de
comprimento)
Regime alimentar variado, tanto na forma larval como nos
adultos (apenas hematofagia não foi registrada)
Muitas espécies são fitófagas (pragas)
Existem espécies úteis (predadoras, principalmente de pulgões)
Ordem Coleoptera
12AGR – 11 7 – ENTOMOLOGIA GERAL
Ordem Coleoptera
Distinguem-se facilmente pela presença de élitros
AGR – 11 7 – ENTOMOLOGIA GERAL
15AGR – 11 7 – ENTOMOLOGIA GERAL
Ordem Coleoptera
Morfologia Externa
Cabeça
Na maioria das espécies a cabeça é normal, arredondada
Pode ser alongada formando um rostro, em cujo ápice está o
aparelho bucal
17AGR – 11 7 – ENTOMOLOGIA GERAL
Ordem Coleoptera
Morfologia Externa
Cabeça
Na maioria das espécies a cabeça é normal, arredondada
Pode ser alongada formando um rostro, em cujo ápice está o
aparelho bucal
Pode ser do tipo hipognata ou prognata
A articulação da cabeça com o tórax faz-se por meio de um
“pescoço” flexível, que se prende ao protórax
18AGR – 11 7 – ENTOMOLOGIA GERAL
Formato da Cabeça
Visível(dorsal) Parcialmente
Visível (dorsal)
Encobertapelo pronoto
Prolongadaem rostro
Com chifre(corno)
20AGR – 11 7 – ENTOMOLOGIA GERAL
Ordem Coleoptera
Morfologia Externa
Cabeça
Ocelos geralmente presentes nas larvas, mas raramente nos
adultos
Olhos compostos laterais, elípticos ou circulares
Antenas na fronte, com 2 a 60 antenômeros (geralmente 11)
Tipo de antena muito variado nas famílias
21AGR – 11 7 – ENTOMOLOGIA GERAL
Filiforme Moniliforme Clavada Capitada
Serreada Plumosa Setácea Pectinada
Lamelada Geniculada Aristada
24AGR – 11 7 – ENTOMOLOGIA GERAL
Ordem Coleoptera
Morfologia Externa
Cabeça
Aparelho bucal do tipo mastigador, com todas as peças bem
desenvolvidas
Aparelho digestivo sofre algumas modificações conforme o
regime alimentar das espécies
25AGR – 11 7 – ENTOMOLOGIA GERAL
Ordem Coleoptera
Morfologia Externa
MENOGNATOSAparelho bucal nas fases imatura e
adulta do tipo mastigador
27AGR – 11 7 – ENTOMOLOGIA GERAL
Ordem Coleoptera
Morfologia Externa Cabeça
Aparelho respiratório holopnêustico
Denominação relacionada com o número e arranjo dos
espiráculos funcionais
Holopnêustico: é o arranjo mais primitivo, no qual estão
presentes cerca de 10 pares funcionais nos segmentos
abdominais (2 pares torácicos e 8 pares abdominais)
Coleópteros aquáticos respiram o ar livre que guardam sob as
asas
28AGR – 11 7 – ENTOMOLOGIA GERAL
Ordem Coleoptera
Morfologia Externa
Tórax
Protórax é geralmente o segmento torácico mais desenvolvido e
um pouco destacado
Meso e metatórax são fundidos e normalmente recobertos pelos
élitros
Protórax, em certas famílias, com expansões ou processos
córneos
30AGR – 11 7 – ENTOMOLOGIA GERAL
Ordem Coleoptera
Morfologia Externa
Tórax
Pernas ambulatórias, em geral
Podem ocorrer pernas fossoriais e natatórias
34AGR – 11 7 – ENTOMOLOGIA GERAL
Ordem Coleoptera
Morfologia Externa
Tórax
A maioria dos coleópteros é pentâmera, mas podem ser
tetrâmeros, criptotetrâmeros ou criptopentâmeros
Podem ser homômeros (todas as pernas têm o mesmo número
de tarsômeros) ou heterômeros (pelo menos em um par de
pernas, o tarso tem número de tarsômeros diferentes das
demais)
36AGR – 11 7 – ENTOMOLOGIA GERAL
Ordem Coleoptera
FÓRMULA TARSAL
Homômero: mesmo número de tarsômeros (5-5-5)
Heterômero: diferente número de tarsômeros (5-5-4)
37AGR – 11 7 – ENTOMOLOGIA GERAL
Ordem Coleoptera
FÓRMULA TARSAL
TARSOS CRIPTOTETRÂMEROS3° tarsômero escondido entre o 2° e o 4°
(aparentemente 3-3-3)
TARSOS CRIPTOPENTÂMEROS4° tarsômero escondido entre o 3° e o 5°
(aparentemente 4-4-4)
39AGR – 11 7 – ENTOMOLOGIA GERAL
Ordem Coleoptera
Morfologia Externa
Tórax
Primeiro par de asas modificado em élitro de consistência
coriácea ou córnea, protegendo o segundo par de asas
membranosas, dobradas, quando em repouso
Élitros apresentam muita variação (forma, cor, tamanho)
Pouquíssimas espécies são ápteras
40AGR – 11 7 – ENTOMOLOGIA GERAL
Ordem Coleoptera
ÉLITROSAsa anterior dura, que
recobre a asa posterior do tipo membranosa. Pode ser
lisa e brilhante ou apresentar sulcos, grânulos, etc.
MEMBRANOSASAsa fina e flexível, com
as nervuras bem distintas
ASAS MESOTORÁCICAS
ASAS METATORÁCICAS
41AGR – 11 7 – ENTOMOLOGIA GERAL
Ordem Coleoptera
Morfologia Externa
Abdome
Abdome séssil, em geral
Machos apresentam 10 urômeros, sendo o 10° urômero
muito reduzido ou fundido ao 9°
Fêmeas apresentam 9 urômeros, sendo este último
modificado, formando o segmento genital
O abdome é totalmente recoberto pelos élitros, mas em algumas
espécies fica exposto, pois os élitros são curtos (braquiélitros)
42AGR – 11 7 – ENTOMOLOGIA GERAL
Ordem Coleoptera
Abdome séssil ou aderente = liga-se ao tórax em toda a sua largura
43AGR – 11 7 – ENTOMOLOGIA GERAL
Ordem Coleoptera
Morfologia Externa
Abdome
Em geral, há oito pares de espiráculos abdominais, mas este
número varia entre os grupos de besouros
O urosternito basal (primeiro urômero ventral visível) pode ser
dividido pelas coxas posteriores (Subordem Adephaga) ou não
(Subordem Polyphaga)
45AGR – 11 7 – ENTOMOLOGIA GERAL
Ordem Coleoptera
Morfologia Externa
Abdome
Luminescência é encontrada nos vaga-lumes e pirilampos
Comum aos dois sexos, mas as fêmeas emitem luz mais
brilhante
Luminescência é obtida por uma reação química de oxidação da
luciferina com a água, sob a ação da enzima luciferase,
resultando em oxiluciferina e raios luminosos
Aproveitamento de 92% da energia radiante
46AGR – 11 7 – ENTOMOLOGIA GERAL
Ordem Coleoptera
Bioluminescência = 92% aproveitamento
Luz elétrica = 10% aproveitamento
Sol = 25% aproveitamento
50AGR – 11 7 – ENTOMOLOGIA GERAL
Ordem Coleoptera
Reprodução
A reprodução é geralmente sexuada
Nos crisomelídeos pode ocorrer partenogênese telítoca
A maioria é ovípara
Existem espécies ovovíparas e vivíparas
A postura geralmente ocorre no substrato de que se
alimentam ou vivem
Ovos alongados e lisos, colocados isoladamente ou em grupos
55AGR – 11 7 – ENTOMOLOGIA GERAL
Ordem Coleoptera
Desenvolvimento
Desenvolvimento por holometabolia
ovo → larva → pupa → adulto
57AGR – 11 7 – ENTOMOLOGIA GERAL
Ordem Coleoptera
Desenvolvimento
Desenvolvimento por holometabolia
Do ovo eclodem as larvas
Em algumas espécies sofrem até 15 ecdises, transformando-se
em pupas e, finalmente, em adultos
Larvas de vários tipos (ápodas ou hexápodas)
Pupas livres ou exaradas (pupa com apêndices visíveis e
afastados do corpo)
58AGR – 11 7 – ENTOMOLOGIA GERAL
Curculioniforme Carabiforme Escarabeiforme
Campodeiforme Elateriforme Buprestiforme
Cerambiciforme
65AGR – 11 7 – ENTOMOLOGIA GERAL
Ordem Coleoptera
Biologia
Podem ser:
Terrestres
Adultos (maioria das espécies)
Larvas (maioria é subterrânea)
Aquáticos
Espécies com hábitos diurnos e outras com hábito noturno
66AGR – 11 7 – ENTOMOLOGIA GERAL
Ordem Coleoptera
Importância Econômica Pragas
Grande número de espécies consideradas pragas agrícolas Algumas atacam grãos armazenados, livros e cabos de chumbo
de linhas telefônicas
Danos Dermatoses (potó → danos causados diretamente ao homem)
Predadores Insetos úteis que auxiliam no controle de muitas pragas
Decomposição da matéria orgânica Besouros coprófagos (principalmente nas fezes de bovinos)
73AGR – 11 7 – ENTOMOLOGIA GERAL
Ordem Coleoptera
Subordem Archostemata
Subordem Myxophaga
Subordem Adephaga
Subordem Polyphaga
Antenas filiformes; mandíbulas sem dentes articulados; asas não-
franjadas e nervação bem desenvolvida. Conhecidas cerca de
30 espécies
Antenas clavadas; mandíbula esquerda com um dente articulado, asas franjadas e nervação reduzida;
menos de 1 mm de comprimento. Conhecidas cerca de 20 espécies
Urosternito basal dividido em duas partes pelas coxas posteriores;
suturas notopleurais presentes. Em geral, predadores
Urosternito basal não dividido em duas partes pelas coxas
posteriores; suturas notopleurais ausentes. Reúne a maioria das
famílias de coleópteros
74AGR – 11 7 – ENTOMOLOGIA GERAL
Ordem Coleoptera
Classificação
Subordem Polyphaga
Superfamília Scarabaeidea
Família Scarabaeidae
Antenas do tipo lamelada, constituída por lamelas móveis
Pernas anteriores fossoriais
Tíbias anteriores mais ou menos dilatadas, com as margens
externas denteadas
Larvas do tipo escarabeiforme
75AGR – 11 7 – ENTOMOLOGIA GERAL
Ordem Coleoptera
Classificação
Subordem Polyphaga
Superfamília Scarabaeidea
Família Scarabaeidea
Bicho-bolo (larva) ou Cascudo-preto (adulto)
Vaquinhas (flores)
Rola-bosta
76AGR – 11 7 – ENTOMOLOGIA GERALFamília Scarabaeidae
Bicho-bolo ou Cascudo-pretoEuetheola humilis
Stenocrates spp.
80AGR – 11 7 – ENTOMOLOGIA GERALFamília ScarabaeidaeRola-bosta
Digitonthophagus gazella ou Onthophagus gazella
82AGR – 11 7 – ENTOMOLOGIA GERAL
Ordem Coleoptera
Classificação Subordem Polyphaga
Superfamília Cucujoidea
Família Coccinellidae Corpo em geral arredondado
Cabeça escondida sob o protórax
Antenas com 8 a 10 antenômeros
Élitros de cores vistosas
Larvas campodeiformes
Vivem geralmente sobre as plantas aonde colocam ovos
Predadores (pulgões, cochonilhas) e fitófagas
83AGR – 11 7 – ENTOMOLOGIA GERALFamília Coccinellidae
JoaninhaRodolia cardinalis
Predadora do pulgão-branco-dos-citros
84AGR – 11 7 – ENTOMOLOGIA GERALFamília Coccinellidae
JoaninhaCycloneda sanguineaPredadora do pulgões
85AGR – 11 7 – ENTOMOLOGIA GERAL
Ordem Coleoptera
Classificação Subordem Polyphaga
Superfamília Chrysomeloidea
Família Cerambycidae Antenas em geral bastante longas e inseridas numa
protuberância frontal
Chamados de longicórnios (serra-paus)
A maioria das espécies ultrapassa 20 mm de comprimento podendo alcançar até 200 mm
Cabeça hipognata ou prognata
Antenas geralmente com 11 antenômeros e principalmente do tipo setácea
86AGR – 11 7 – ENTOMOLOGIA GERAL
Ordem Coleoptera
Classificação Subordem Polyphaga
Superfamília Chrysomeloidea
Família Cerambycidae
Peças bucais bem desenvolvidas
Larvas do tipo cerambiciforme
A maioria não é nociva na fase adulta, a não ser espécies
serradoras
Larvas fazem galerias no lenho ou na casca
Ciclo biológico de algumas espécies dura vários anos
87AGR – 11 7 – ENTOMOLOGIA GERAL
Ordem Coleoptera
Classificação Subordem Polyphaga
Superfamília Chrysomeloidea
Família Cerambycidae
Várias espécies de interesse econômico (fruteiras)
Migdolus fryanus
88AGR – 11 7 – ENTOMOLOGIA GERALFamília Cerambycidae
Titanus giganteus
Serra-pauOncideres spp.
Migdolus fryanus
91AGR – 11 7 – ENTOMOLOGIA GERAL
Ordem Coleoptera
Classificação
Subordem Polyphaga
Superfamília Chrysomeloidea
Família Chrysomelidae
Cabeça total ou parcialmente encaixada no protórax
Antenas curtas, geralmente com 11 antenômeros, podendo ser
clavadas ou capitadas
Espécies bastante coloridas e brilhantes
Espécies fitófagas
92AGR – 11 7 – ENTOMOLOGIA GERAL
Ordem Coleoptera
Classificação
Subordem Polyphaga
Superfamília Chrysomeloidea
Família Chrysomelidae
Besouro-de-limeira
Vaquinhas
93AGR – 11 7 – ENTOMOLOGIA GERALFamília Chrysomelidae
Vaquinha ou PatriotaDiabrotica spp.
Besouro-de-limeiraSternocolaspis quatuordecimcostata
Costalimaita ferruginea
Pulga-do-fumoEpitrix sp.
Transmissão de fungos
patogênicos
94AGR – 11 7 – ENTOMOLOGIA GERAL
Ordem Coleoptera
Classificação
Subordem Polyphaga
Superfamília Curculionoidea
Família Scolytidae
Medem cerca de meio milímetro de comprimento
Cor uniforme e escura
Corpo cilíndrico e élitros truncados, com dentes e dentículos
95AGR – 11 7 – ENTOMOLOGIA GERAL
Ordem Coleoptera
Classificação
Subordem Polyphaga
Superfamília Curculionoidea
Família Scolytidae
Várias espécies de pragas florestais
Broca-do-café
96AGR – 11 7 – ENTOMOLOGIA GERALFamília Scolytidae
Pragas de Essências Florestais
Broca-da-mangueiraHypocryphalus mangiferae
99AGR – 11 7 – ENTOMOLOGIA GERAL
Ordem Coleoptera
Classificação Subordem Polyphaga
Superfamília Curculionoidea
Família Curculionidae Cabeça prolongando-se em um rostro, na extremidade do qual
se encontra o aparelho bucal mastigador (cilíndrico, alongado)
Antenas genículo-capitadas ou genículo-clavadas, articulando-se no meio do rostro
Larvas do tipo curculioniforme
Fitófagos, tanto na fase adulta como na larval
Maioria das espécies faz postura endofítica
Família mais numerosa do Reino Animal
100AGR – 11 7 – ENTOMOLOGIA GERAL
Ordem Coleoptera
Classificação Subordem Polyphaga
Superfamília Curculionoidea
Família Curculionidae Bicudo-do-algodoeiro
Gorgulho-aquático-do-arroz
Broca-da-raiz-do-algodoeiro
Broca ou moleque-da-banaeira
Gorgulho-do-arroz
Gorgulho-do-milho
Broca-do-pecíolo-do-abacaxi
Brocas das palmáceas
101AGR – 11 7 – ENTOMOLOGIA GERALFamília Curculionidae
Bicudo-do-algodoeiroAnthonomus grandis
Gorgulho-aquático-do-arrozOryzophagus oryzae
Broca-da-raiz-do-algodoeiroEutinobothrus brasiliensis
Moleque-da-bananeiraCosmopolites sordidus
Gorgulho-do-arrozSitophilus oryzae
Entomologia Geral
Insetos Decompositores da Matéria Orgânica
Prof. M.Sc. Adriano Vecchiatti Lupinacci