CIRC - CARACTERÍSTICAS
Se atendermos às características específicas deste imposto, poderemos afirmar que se trata de um imposto:
Sobre o rendimento - por contrapartida
aos impostos existentes sobre a despesa
(ex.: IVA) e sobre o património (ex.:
Contribuição Autárquica);
CIRC - CARACTERÍSTICAS
Se atendermos às características específicas deste imposto, poderemos afirmar que se trata de um imposto:
Directo - se atendermos ao critério
económico(1) poderemos dizer que o IRC
é um imposto directo na medida que
incide sobre a manifestação directa ou
imediata da capacidade contributiva;
(1) Sobre este conceito veja-se Nuno Sá Gomes,
Manual de Direito Fiscal, Vol. I, pp. 122 e segs.
CIRC - CARACTERÍSTICAS
Se atendermos às características específicas deste imposto, poderemos afirmar que se trata de um imposto:
Real – porque visa a tributação dos rendimentos das pessoas colectivas sem atender à sua situação pessoal;
Periódico – porque se renova nos sucessivos períodos de tributação, que normalmente são anuais, dando origem, consequentemente, a sucessivas obrigações tributárias anuais independentes umas das outras;
CIRC - CARACTERÍSTICAS
Se atendermos às características específicas deste imposto, poderemos afirmar que se trata de um imposto:
Estadual – porque é o Estado o sujeito activo da relação jurídico-tributária;
Proporcional – já que a taxa se mantém constante, independentemente da matéria colectável apurada pelo contribuinte;
CIRC - CARACTERÍSTICAS
Se atendermos às características específicas deste imposto, poderemos afirmar que se trata de um imposto:
Global – porque incide sobre um conjunto de rendimentos provenientes de diversas fontes;
Principal – porque goza de autonomia quer ao nível normativo quer ao nível das relações tributárias concretas.
CIRC - Resumo da incidência pessoal
SUJEITOS
PASSIVOS
As pessoas colectivas com sede ou direcção efectiva em território português, consideradas residentes;
As entidades desprovidas de personalidade jurídica com sede ou direcção efectiva em território português
As entidades com ou sem personalidade jurídica que não tenham sede nem direcção efectiva em território português
CIRC - Resumo da incidência pessoal
SUJEITOS
PASSIVOS
RESIDENTES
NÃO RESIDENTES
CIRC - Resumo da incidência pessoal
ResidentesConsideram-se como tal as pessoas colectivas e outras entidades que tenham a sede ou a direcção efectiva em território português.
CIRC - Resumo da incidência pessoal
Residentes
A sede das pessoas colectivas é um conceito jurídico que se contrapõe como figura afim e paralela ao domicílio das pessoas singulares(1).
(1)Art.º 12.º do Código das Sociedades Comerciais (sede):A sede da
sociedade deve ser estabelecida em local concretamente definido.O
contrato da sociedade pode autorizar a administração, com ou sem
consentimento de outros órgãos, a deslocar a sede dentro do mesmo
concelho ou para concelho limítrofe.A sede da sociedade constitui o
seu domicílio, sem prejuízo de no contrato se estipular domicílio
particular para determinados negócios.
CIRC - Resumo da incidência pessoal
Residentes
A sede da pessoa colectiva é aquela que os respectivos estatutos designem ou, na falta de designação, o lugar em que funciona a administração principal (art.º 159.º do Código Civil).
Nas sociedades comerciais, a designação da sede em local concretamente definido é um dos elementos obrigatórios do contrato de sociedade (cfr. art.º 9.º n.º 1 alínea e) do Código das Sociedades Comerciais).
CIRC - Resumo da incidência pessoal
Residentes
Em alternativa à sede, o Código do IRC (à semelhança
das convenções sobre dupla tributação internacional)
elegeu a direcção efectiva como elemento de conexão
determinante para a sujeição a imposto sempre que ela
se situe em território português.
Direcção efectiva é um conceito pelo qual se pretende
designar o local onde a empresa é de facto gerida, i.e., o
lugar onde são praticados os actos mais importantes de
gestão global da empresa, tais como reuniões,
assembleias, etc. ou até mesmo o próprio lugar de
residência dos seus administradores.
CIRC - Resumo da incidência pessoal
NÃO RESIDENTES
Entidades que obtenham em território português rendimentos não sujeitos a IRS.
alínea c) do n.º 1 do art.º 2.º
CIRC - Resumo da incidência pessoal
Residentes
Com personalidade
jurídica
Sem personalidade
jurídica
CIRC - Resumo da incidência pessoal
Centro de imputação de relações jurídicas
Adquire-se no momento do nascimento completo e com vida - (Art.º 66.º n.º1 do C.Civil);
No momento do registo comercial definitivo ( Art.º 5.º CSC).
PS
PC
CIRC - Resumo da incidência pessoal
Centro de imputação de relações jurídicas
Art.º 66º - Começo da personalidade1. A personalidade adquire-se no momento do nascimento completo e com vida.2. Os direitos que a lei reconhece aos nascituros dependem do seu nascimento.
PS
CIRC - Resumo da incidência pessoal
Centro de imputação de relações jurídicas
Código das Sociedades Comerciais – art.º 5.º
(Personalidade). As sociedades gozam de
personalidade jurídica e existem como tais a
partir da data do registo definitivo do contrato
pelo qual se constituem, sem prejuízo do
disposto quanto à constituição de sociedades
por fusão, cisão ou transformações de outras.
PC
CIRC - Resumo da incidência pessoal
ResidentesC
om p
erso
n ali
dade
j urí
dica Sociedades comerciais;
Sociedades civis sob forma comercial;
Cooperativas;
Empresas públicas;
Outras pessoas colectivas.Art.º 2.º n.º 1 a)
CIRC - Resumo da incidência pessoal
ResidentesC
om p
erso
n ali
dade
j urí
dica Sociedades comerciais;
As sociedades comerciais são comerciantes, a par dos comerciantes em nome individual (art.º 13.º do Código Comercial).
São sociedades comerciais as que tenham por objecto a prática de actos de comércio e adoptem o tipo de sociedade(1):
(1) Cfr. art.º 1.º n.º 2 do Código das Sociedades Comerciais
Art.º 2.º n.º 1 a)
CIRC - Resumo da incidência pessoal
ResidentesC
om p
erso
n ali
dade
j urí
dica
Art.º 13.º - Quem é comerciante
São comerciantes:
1.º As pessoas, que, tendo
capacidade para praticar actos de
comércio, fazem deste profissão;
2.º As sociedades comerciaisArt.º 2.º n.º 1 a)
CIRC - Resumo da incidência pessoal
ResidentesS
ocie
dade
s ci
vis C.C. Art.º 980º - Noção
Contrato de sociedade é aquele em que
duas ou mais pessoas se obrigam a
contribuir com bens ou serviços para o
exercício em comum de certa actividade
económica, que não seja de mera
fruição, a fim de repartirem os lucros
resultantes dessa actividade.
CIRC - Resumo da incidência pessoal
ResidentesC
om p
erso
n ali
dade
j urí
dica Sociedades civis sob forma comercial;
As sociedades civis podem adoptar qualquer um dos tipos societários já referidos, previstos para as sociedades comerciais. Neste caso designar-se-ão por sociedades civis sob forma comercial e estarão sujeitas ao regime do Código das Sociedades Comerciais, adquirindo, por isso, personalidade jurídica própria a partir do registo definitivo do contrato de sociedade(1).
(1)Cfr. art.º 5.ºdo Código das Sociedades Comerciais. Art.º 2.º n.º 1 a)
CIRC - Resumo da incidência pessoal
ResidentesC
om p
erso
n ali
dade
j urí
dica Cooperativas;
As cooperativas são pessoas colectivas autónomas,
de capital e composição variáveis, que visam
através da cooperação e entreajuda dos seus
membros e na observância dos princípios
cooperativos, a satisfação, sem fins lucrativos, das
necessidades económicas, sociais ou culturais
destes, podendo ainda, na prossecução dos seus
objectivos, realizar operações com terceiros (art.º 2.º
da Lei n.º 51/96, de 7 de Setembro – Código
Cooperativo). Art.º 2.º n.º 1 a)
CIRC - Resumo da incidência pessoal
ResidentesC
om p
erso
n ali
dade
j urí
dica Cooperativas;
O art.º 4.º do Código Cooperativo prevê como ramos do sector cooperativo: o consumo,a comercialização, a agricultura, o crédito, a habitação e construção, a produção operária, o artesanato, as pescas, a cultura, os serviços, o ensino e a solidariedade social. Art.º 2.º n.º 1 a)
CIRC - Resumo da incidência pessoal
ResidentesC
om p
erso
n ali
dade
j urí
dica Cooperativas;
A função desempenhada pelas cooperativas assume um especial relevo que é reforçado pela dignidade constitucional que lhe é conferida (art.os 61.º, 82.º e 85.º da CRP, entre outros).
Por isso esta sujeição das cooperativas a IRC deve ser entendida sem prejuízo das isenções que lhes aproveitam como veremos oportunamente quando tratarmos do capítulo das isenções. Art.º 2.º n.º 1 a)
CIRC - Resumo da incidência pessoal
ResidentesC
om p
erso
n ali
dade
j urí
dica
Empresas públicas;As empresas públicas são as empresas
nacionalizadas e as criadas pelo Estado,
com capitais próprios ou fornecidos por
outras entidades públicas(1) para a
exploração de actividades de natureza
económica ou social de acordo com o
interesse público.(1)Vide Lei n.º 58/98, de 18 de Agosto. Art.º 2.º n.º 1 a)
CIRC - Resumo da incidência pessoal
ResidentesC
om p
erso
n ali
dade
j urí
dica
Empresas públicas;
As empresas públicas são, em regra,
pessoas colectivas de direito privado(1) a
não ser que a lei expressamente as
qualifique de outra maneira (Bancos e
Companhias de Seguros nacionalizados)
ou tal resulte dos seus estatutos.
(1) Cfr. art.os 3.º, 11.º e 30.º do Dec.- Lei n.º 260/76, de 8 de Abril.Art.º 2.º n.º 1 a)
CIRC - Resumo da incidência pessoal
ResidentesC
om p
erso
n ali
dade
j urí
dica
Empresas públicas;
Trata-se de pessoas colectivas
de tipo institucional, i.e., não são
grupos organizados de pessoas
mas sobretudo massas
organizadas de bens.Art.º 2.º n.º 1 a)
CIRC - Resumo da incidência pessoal
ResidentesC
om p
erso
n ali
dade
j urí
dica
Outras pessoas colectivas.As pessoas colectivas dizem-se
de direito público quando
prosseguem primariamente fins
de interesse público os quais se
reflectem relevantemente na sua
constituição ou no seu regime.Art.º 2.º n.º 1 a)
CIRC - Resumo da incidência pessoal
ResidentesC
om p
erso
n ali
dade
j urí
dica
Outras pessoas colectivas:São pessoas colectivas de direito público,
e como tal sujeitos passivos de IRC(*),
entre outras:(*) Sem prejuízo das isenções que lhes aproveitem .
•O Estado;
As Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira;
As Autarquias Locais.
Art.º 2.º n.º 1 a)
CIRC - Resumo da incidência pessoal
ResidentesC
om p
erso
n ali
dade
j urí
dica
Outras pessoas colectivas:Serão pessoas colectivas de direito
privado, sujeitas a IRC(*), as restantes,
nomeadamente:(*)Sem prejuízo dos benefícios fiscais que lhes sejam atribuídos.
Os Partidos políticos;
Sindicatos e Associações sindicais;
Associações patronais.Art.º 2.º n.º 1 a)
CIRC - Resumo da incidência pessoal
ResidentesS
em p
erso
nalid
ade
jur í
dica
Cujos rendimentos não sejam tributáveis directamente na titularidade de pessoa singulares ou colectivas, designadamente:
Heranças jacentes;
Associações e sociedades civis s/personalidade jurídica;
Sociedades irregulares.
Art.º 2.º n.º 1 b)
Art.º 2.º n.º 2
CIRC - Resumo da incidência pessoal
ResidentesS
em p
erso
nalid
ade
jur í
dica
Art.º 2.º n.º 2
São os chamados “entes de facto” que
dispõem de uma certa unidade económica
e autonomia patrimonial susceptíveis de
tributação individualizada quer se trate de
associações de pessoas (ex.: sociedades
irregulares – as que ainda não tenham o
registo definitivo), quer sejam
organizações de bens (ex.: heranças
jacentes).
CIRC - Resumo da incidência pessoal
ResidentesS
em p
erso
nalid
ade
jur í
dica
Art.º 2.º n.º 2
Por sua vez, as associações sem
personalidade jurídica sendo um conjunto
de pessoas que se unem para a
prossecução de fins e interesses comuns,
só adquirem personalidade jurídica se se
constituírem por meio de escritura
pública(*), caso contrário ficarão sujeitas ao
regime constante dos art.os 195.º e
seguintes do Código Civil.
(*) Cfr. art.º 158.º, n.º 1 do Código Civil.
CIRC - Resumo da incidência pessoalResidentes
Sem
per
sona
lidad
e ju
r ídi
ca
Art.º 2.º n.º 2
Art.º 158º - Aquisição da personalidade
1. As associações constituídas por escritura
pública, com as especificações referidas no
nº 1 do artigo 167º, gozam de personalidade
jurídica.
2. As fundações adquirem personalidade
jurídica pelo reconhecimento, o qual é
individual e da competência da autoridade
administrativa.
CIRC - Resumo da incidência pessoal
ResidentesS
em p
erso
nalid
ade
jur í
dica
Art.º 2.º n.º 2
Art.º 195º - Organização e administração1. À organização interna e administração das associações sem personalidade jurídica são aplicáveis as regras estabelecidas pelos associados e, na sua falta, as disposições legais relativas às associações, exceptuadas as que pressupõem a personalidade destas.2. As limitações impostas aos poderes normais dos administradores só são oponíveis a terceiro quando este as conhecia ou devia conhecer.3. À saída dos associados é aplicável o disposto no artigo 181º.
CIRC - Resumo da incidência pessoal
ResidentesS
em p
erso
nalid
ade
jur í
dica
Art.º 2.º n.º 2
Heranças jacentes:As heranças abertas, mas ainda não aceites nem declaradas vagas para o Estado (art.º 2046.º do Código Civil).
CAPÍTULO III - Herança jacente Art.º 2046º - Noção
Diz-se jacente a herança aberta, mas ainda não aceite nem declarada vaga para o Estado.
CIRC - Resumo da incidência pessoal
CIRC - Resumo da incidência pessoal
S/forma comercial
Soc. por quotas;
Soc. anónimas;
Soc. nome colectivo;
Soc. em comandita;
C/forma
comercial
Forma
A que tem por objecto a prática de actos de comércioComercial
Artigo 980.º C.C.CivilObjecto
S
o
c
i
e
d
a
d
e
s
CIRC - Resumo da incidência pessoal
Art.º 230.º - Empresas comerciais
Haver-se-ão por comerciais as
empresas, singulares ou
colectivas, que se propuserem:
CIRC - Resumo da incidência pessoal
Resumo de hipóteses
Sociedade
Objecto Forma Enquadramento
CivilS/forma
comercial Civil
Civil C/forma comercial Comercial
ComercialS/forma
comercialComercial
Comercial C/forma comercial
Comercial
CIRC - Resumo da incidência pessoal
CIRC - Resumo da incidência real
CIRC - Resumo da incidência real
Sujeitos passivos
Base do imposto
Residentes
Exerçam a título principal uma actividade de natureza comercial, industrial ou agrícola (alínea a))
Lucro
Não Exerçam a título principal uma actividade de natureza comercial, industrial ou agrícola (alínea b))
Rendimento
global
Art.º 3.º n.º 1
CIRC - Resumo da incidência real
Sujeitos passivos
Base do imposto
Não
Residentes
Com estabelecimento
estável (alínea c)) Lucro
Sem estabelecimento
estável , ou com
rendimentos que não lhe
sejam imputáveis (alínea d))
Rendimento
das diversas
categorias do
IRS
Art.º 3.º n.º 1
CIRC - Resumo da incidência real
Art.º 3.º n.º 2
LUCRO
Consiste na diferença entre os valores do património líquido no fim e no início do período de tributação, com as correcções estabelecidas no CIRC.
CIRC - Resumo da incidência real
Art.º 3.º n.º 1 b)
Rendimento global
Corresponde à soma algébrica dos rendimentos das diversas categorias consideradas para efeitos de IRS.
CIRC - Resumo da incidência real
Art.º 3.º n.º 1 c)
Estabelecimento estável
O IRC incide sobre o LUCRO imputável a esse estabelecimento estável.
CIRC - Resumo da incidência real
Art.º 3.º n.º 1 d)
Sem estabelecimento estável
O IRC incide sobre o rendimento das diversas categorias consideradas individualmente para efeitos de IRS.
CIRC Extensão da obrigação de imposto
Relativamente às pessoas colectivas
e outras entidades com sede ou
direcção efectiva em território
português, o IRC incide sobre a
totalidade dos seus rendimentos,
incluindo os obtidos fora desse
território.Artigo 4.º n.1
CIRC Extensão da obrigação de imposto
As pessoas colectivas e outras
entidades que não tenham sede nem
direcção efectiva em território
português ficam sujeitas a IRC
apenas quanto aos rendimentos nele
obtidos. Artigo 4.º n.º 2
CIRC Extensão da obrigação de imposto
Artigo 4.º n.s 1 e 2
SUJEITOS PASSIVOS
RESIDENTES
NÃO RESIDENTES
ÂMBITO DA SUJEIÇÃO
Obrigação pessoal ouilimitada
Todos os rendimentos incluindo os
obtidos fora do território português
Apenas os rendimentos obtidos em
território português
Obrigação real oulimitada
CIRC Extensão da obrigação de imposto
Para efeitos do disposto no número
anterior, consideram-se obtidos em
território português os rendimentos
imputáveis a estabelecimento estável
aí situado e, bem assim, os que, não
se encontrando nessas condições, a
seguir se indicam: Artigo 4.º n. 3
CIRC Extensão da obrigação de imposto
Imóveis nele situados (alínea a))
Transmissão onerosa de partes
representativas do capital de entidades
residentes e de outros valores mobiliários
emitidos pelo mesmo tipo de entidades ou,
cujo pagamento seja imputável a
estabelecimento estável situado em
território português (alínea b))
(alínea c):
Propriedade intelectualPropriedade industrial,Know howUso ou concessão de equipamentoagrícola, comercial, industrial ou científicoOutras aplicações de capitalRemunerações dos órgãos estatutáriosPrémios de Jogo, lotaria, rifas e apostas mútuasPrémios de sorteios ou concursos Comissões pela intermediação na celebração de contratosOutras prestações de serviços realizadas em Portugalcom excepção dos transportes, comunicações e acta. /s financeiras (excepto nos casos do n.º 4 do art.º 4.º)Actividades de espectáculo ou desportivas
CIRC Extensão da obrigação de imposto
Propriedade intelectualPropriedade industrial,Know howUso ou concessão de equipamento
agrícola, comercial, industrial ou
científicoOutras aplicações de capitalRemunerações dos órgãos estatutáriosPrémios de Jogo, lotaria, rifas e apostas mútuas ........
Artigo 4.º n.º 3 c)
Excepto:Quando constituam encargo de estabeleci/ estável situado fora do território português
CIRC Extensão da obrigação de imposto
Prémios de sorteios ou concursos
Comissões pela intermediação na celebração
•de contratos
Outras prestações de serviços realizadas em
Portugal
•com excepção dos transportes, comunicações e
actividades /s financeiras (excepto nos casos do
n.º 4 do art.º 4.º)
Actividades de espectáculo ou desportivasArtigo 4.º n.º 3 c)
CIRC Extensão da obrigação de imposto
Artigo 4.º n.º4
•Não serão, no entanto, considerados como obtidos em território português os rendimentos enumerados na alínea c), ainda que sendo pagos por entidades residentes, quando os mesmos constituam encargo de estabelecimento estável situado fora do território português relativamente à actividade exercida por esse estabelecimento.
CIRC Extensão da obrigação de imposto
Artigo 4.º n.º4
Não se consideram obtidos em território
português ......quando os mesmos
constituam encargo de estabelecimento
estável situado fora desse território
relativo à actividade exercida por seu
intermédio e, bem assim, quando não se
CIRC Extensão da obrigação de imposto
Artigo 4.º n.º4
......verificarem essas condições, os
rendimentos referidos no n.º 7) da
mesma alínea, quando os serviços de
que derivam, sendo realizados
integralmente fora do território
português, não respeitem a bens..........
CIRC Extensão da obrigação de imposto
Artigo 4.º n.º4
...... situados nesse território nem
estejam relacionados com estudos,
projectos, apoio técnico ou à gestão,
serviços de contabilidade ou auditoria e
serviços de consultoria, organização,
investigação e desenvolvimento em
qualquer domínio.
CIRC
Art.º5.º n.º1
Estabelecimento estável
Qualquer instalação fixa
através da qual seja
exercida uma actividade
de natureza comercial,
industrial ou agrícola.
CIRC
Art.º5.º n.º2
Estabelecimento estável
Incluem-se na noção de estabelecimento estável, desde que satisfeitas as condições estipuladas no número anterior:
a) Um local de direcção;b) Uma sucursal;c) Um escritório;d) Uma fábrica;e) Uma oficina;f) Uma mina, um poço de petróleo ou de gás, uma pedreira ou qualquer outro local de extracção de recursos naturais situado em território português.
CIRC
Art.º5.º n.º3
Estabelecimento estável
Um local ou um estaleiro de construção, de instalação ou de montagem, as actividades de coordenação, fiscalização e supervisão em conexão com os mesmos ou as instalações, plataformas ou barcos de perfuração utilizados para a prospecção ou exploração de recursos naturais só constituem um estabelecimento estável se a sua duração e a duração da obra ou da actividade exceder seis meses.
CIRC
Art.º5.º n.º4
Estabelecimento estável
Para efeitos de contagem do prazo referido no número anterior, no caso dos estaleiros de construção, de instalação ou de montagem, o prazo aplica-se a cada estaleiro, individualmente, a partir da data de início de actividade, incluindo os trabalhos preparatórios, não sendo relevantes as interrupções temporárias, o facto de a empreitada ter sido encomendada por diversas pessoas ou as subempreitadas.
CIRC
Art.º5.º n.º5
Estabelecimento estável
Em caso de subempreitada, considera-se que o subempreiteiro possui um estabelecimento estável no estaleiro se aí exercer a sua actividade por um período superior a seis meses.
CIRC
Art.º5.º n.º6
Estabelecimento estável
Considera-se que também existe estabelecimento estável quando uma pessoa, que não seja um agente independente nos termos do n.º 7, actue em território português por conta de uma empresa e tenha, e habitualmente exerça, poderes de intermediação e de conclusão de contratos que vinculem a empresa, no âmbito das actividades desta.
CIRC
Art.º5.º n.º7
Estabelecimento estável
Não se considera que uma empresa tem um estabelecimento estável em território português pelo simples facto de aí exercer a sua actividade por intermédio de um comissionista ou de qualquer outro agente independente, desde que essas pessoas actuem no âmbito normal da sua actividade, suportando o risco empresarial da mesma.
CIRC
Art.º6.º
Transparência fiscal
Objectivos
Para efeitos de IRC, as sociedades de pessoas têm tratamento idêntico às sociedades de capitais sendo-lhes, todavia, aplicado um regime especial de tributação designado de transparência fiscal.
CIRC
Art.º 6.º
Transparência fiscal
Trata-se de um regime que surgiu com a finalidade de atingir três objectivos:
CIRC
Art.º 6.º
Transparência fiscal
A neutralidade fiscal, alcançada pela tributação dos sócios ou membros da sociedade, quer sejam pessoas singulares ou colectivas, tal como se exercessem directamente a actividade;
CIRC
Art.º6.º
Transparência fiscal
•O combate à evasão fiscal, de forma a evitar a possibilidade dos sujeitos passivos constituírem sociedades intermediárias com a finalidade de fuga ao imposto;
CIRC
Art.º 6.º
Transparência fiscal
A eliminação da dupla tributação económica dos lucros distribuídos na medida em que estas sociedades não são tributadas em IRC, mas sim na pessoa dos seus sócios ou membros, em sede de IRC ou de IRS, consoante se trate de pessoas colectivas ou singulares.
CIRC
Art.º 6.º
Transparência fiscal
Este regime, previsto no art.º 6.º, aplica-se às seguintes sociedades residentes a que chamaremos sociedades transparentes:
•Sociedades civis não constituídas sob forma comercial;
•Sociedades de profissionais;
CIRC
Art.º 6.º
Transparência fiscal
•Sociedades de simples administração de bens, cuja maioria do capital social pertença, directa ou indirectamente, durante mais de 183 dias do exercício social, a um grupo familiar ou cujo capital social pertença, em qualquer dia do exercício, a um número de sócios não superior a cinco e nenhum deles seja pessoa colectiva de direito público.
CIRC
Art.º 6.º
Transparência fiscal
•É igualmente aplicado aos agrupamentos complementares de empresas (ACE)1), constituídos e funcionando nos termos da legislação aplicável, e aos agrupamentos europeus de interesse económico (AEIE)(2) com sede ou direcção efectiva em território português.
1) Vide Dec. Lei n.º 430/73, de 25 de Agosto, Regime Jurídico dos
ACE.
(2) Vide Dec. Lei n.º 148/90, de 9 de Maio, Regime Jurídico dos AEIE.
CIRC
Art.º 6.º
Transparência fiscal
Sociedades civis não constituídas sob a forma de sociedade
Trata-se de sociedades de pessoas que não visam a prática de actos de comércio e que estão subordinadas à lei civil.
Estas sociedades não têm personalidade jurídica (não lhes é reconhecido o estatuto de sociedades comerciais) pelo que se confundem com os seus sócios através de uma comunhão de interesses sobre os bens por elas detidos.
CIRC
Art.º 6.º
Transparência fiscal
Sociedades de profissionais
São sociedades que se regem por
regimes jurídicos específicos e que têm
como objectivo a melhoria das
condições do exercício de uma
actividade profissional por parte dos
seus associados.
CIRC
Art.º 6.º
Transparência fiscal
Sociedades de profissionais
A sua qualificação enquanto sociedade
sujeita a este regime de tributação
obedece aos seguintes
condicionalismos (alínea a) do n.º 4 do
art.º 6.º):
CIRC
Art.º 6.º
Transparência fiscal
Sociedades de profissionais
Que se constituam para o exercício de uma
actividade profissional;
Que a actividade conste da lista de
actividades a que alude o art.º 151.º do
CIRS;
Que todos os sócios sejam profissionais
dessa mesma actividade.
CIRC
Art.º 6.º
Transparência fiscal
Sociedades de simples administração de bens
São sociedades que limitam a sua actividade à simples
administração de bens ou valores mantidos como
reserva ou para fruição ou à compra de prédios para
habitação dos seus sócios ou que, embora exercendo
conjuntamente outras actividades, obtenham proveitos
relativamente a esses bens, valores ou prédios que
atinjam, na média dos últimos três anos, mais de 50%
da média, durante o mesmo período, da totalidade dos
seus proveitos (alínea b) do n.º 4 do art.º 6.º).
CIRC
Art.º 6.º
Transparência fiscal
Grupo familiar
Trata-se de um grupo constituído por
pessoas unidas por vínculo conjugal ou
de adopção e bem assim de
parentesco ou afinidade na linha recta
ou colateral até ao 4.º grau inclusive
(alínea c) do n.º 4 do art. 6.º).
CIRC
Art.º 6.º
Transparência fiscal
As entidades transparentes e a tributação
O regime de transparência fiscal caracteriza-se, essencialmente, pela imputação aos sócios ou membros da sociedade transparente da respectiva matéria colectável ou, nos casos de ACE ou AEIE, dos lucros ou prejuízos, ainda que não tenha havido distribuição de lucros.
CIRC
Art.º 6.º
Transparência fiscal
As entidades transparentes e a tributação
A matéria colectável destas sociedades
é determinada em sede de IRC pelo
que, embora subordinadas a este
regime, não perdem a qualidade de
sujeitos passivos do imposto ficando
sujeitas ao cumprimento........
CIRC
Art.º 6.º
Transparência fiscal
As entidades transparentes e a tributação
.........de todas as obrigações como se de qualquer outro tipo de sociedade se tratasse, designadamente, à apresentação de declarações de inscrição, de alterações ou de cancelamento no registo, bem como da declaração periódica de rendimentos.
CIRC
Art.º 6.º
Transparência fiscal
As entidades transparentes e a tributação
Importa aqui referir que, em sede de IRC, se
considera, para efeitos de tributação do sócio
ou membro não residente de uma sociedade
transparente ou de um ACE ou AEIE, que o
mesmo tem um estabelecimento estável em
território português (n.º 9 do art.º 5.º).
CIRC
Art.º 6.º
Transparência fiscal
As entidades transparentes e a tributação
Em sede de IRS, os valores
imputados integram-se como
rendimento líquido na categoria B.
CIRC
Art.º 6.º
Transparência fiscal
As entidades transparentes e a tributação
Em termos de sujeição, poder-se-á dizer que se trata de uma sujeição necessária uma vez que o cálculo do valor que irá posteriormente ser imputado aos sócios ou membros respectivos é determinado de acordo com as normas do CIRC, como se de qualquer outro sujeito passivo se tratasse.
CIRC
Art.º 6.º
Transparência fiscal
As entidades transparentes e a tributação
Por outro lado, trata-se de uma sujeição meramente instrumental na medida em que é imputado, aos respectivos sócios ou membros, o valor apurado em sede de IRC cumprindo assim os objectivos visados por este regime.
CIRC
Art.º 6.º
Transparência fiscal
As entidades transparentes e a tributação
Para além da determinação da matéria colectável, a natureza instrumental desta sujeição revela-se ainda no cumprimento das restantes obrigações acessórias, por parte destas sociedades.
CIRC
Art.º 6.º
Transparência fiscal
As entidades transparentes e a tributação
De facto, a sociedade considerada transparente não é assim, tributada em sede de IRC (art.º 12.º), integrando-se os valores imputados no rendimento tributável dos sócios ou membros, para efeitos de IRC ou IRS, consoante se trate de pessoas colectivas ou singulares.
CIRC
Art.º 6.º
Transparência fiscal
As entidades transparentes e a tributação
Em consequência deste método de sujeição
meramente instrumental, as sociedades e
agrupamentos abrangidos pelo regime de
transparência fiscal não são sujeitos
passivos da obrigação principal, i.e., o
pagamento do imposto é transferido para as
pessoas dos respectivos sócios ou membros,
em sede de IRS ou IRC.
CIRC
Art.º 8.º
Período De Tributação
CIRC Isenções
As isenções, contempladas
nos art.os 9.º e 10.º, podem
ser automáticas ou
requeridas pelos
interessados.
CIRC Isenções
.Isenções automáticasO art.º 9.º isenta de IRC:O Estado, as Regiões Autónomas, as autarquias locais
e qualquer dos seus serviços, estabelecimentos e
organismos, ainda que personalizados, incluindo os
institutos públicos, (com excepção das entidades
públicas com natureza empresarial), as associações e
federações de municípios e as associações de freguesia
que não exerçam actividades comerciais, industriais ou
agrícolas;
CIRC
Art.º .º
Isenções
.Isenções automáticas
O art.º 9.º isenta de IRC:
As instituições de segurança social(1) e as instituições de previdência a que se referem os art.os 87.º e 114.º da Lei 17/2000, de 8 de Agosto.
CIRC
Art.º .º
Isenções
.Isenções automáticas
O art.º 9.º isenta de IRC:
Estas isenções não se aplicam aos rendimentos de
capitais, excepto, no que diz respeito ao Estado que,
quando actuando através do Instituto de Gestão de
Crédito Público, está igualmente isento de IRC
relativamente a rendimentos de capitais decorrentes
de operações de swap(*) e de operações cambiais a
prazo(*), tal como são definidas para efeitos de IRS(*)
(n.os 2 e 4 do art.º 9.º).
CIRC
Art.º .º
Isenções
.Isenções automáticas
O art.º 9.º isenta de IRC:(*) Um swap é uma transacção financeira pela qual duas partes acordam, durante um período de tempo pré-determinado, a troca de pagamentos de juros, ou de capital e juros, de acordo com uma regra pré-estabelecida.
CIRC Isenções
.Isenções automáticas
O art.º 9.º isenta de IRC:(*) Uma operação cambial a prazo (forward) consiste num acordo de troca de uma moeda por outra, numa data futura, sendo a taxa de câmbio estabelecida na ocasião desse acordo.(4) Vide n.º 1 al. q) do art.º 5.º do CIRS.
CIRC
Art.º .º
Isenções
.Isenções automáticas
O art.º 9.º isenta de IRC:Os fundos de capitalização administrados pelas instituições de segurança social. Não são abrangidos pelas isenções atrás referidas, os rendimentos dos estabelecimentos fabris das Forças Armadas provenientes de actividades não relacionadas com a defesa e segurança nacionais.
CIRC
Art.º .º
Isenções
.Isenções a requerimento
dos interessadosNos termos do n.º 1 do art.º 10.º, estão isentas de IRC:
As pessoas colectivas de utilidade pública
administrativa;
As instituições particulares de solidariedade social
e entidades anexas, bem como as pessoas
colectivas àquelas legalmente equiparadas;
CIRC
Art.º .º
Isenções
.Isenções a requerimento
dos interessadosNos termos do n.º 1 do art.º 10.º, estão isentas de IRC:
As pessoas colectivas de mera utilidade pública
que prossigam, exclusiva ou predominantemente,
fins científicos ou culturais, de caridade,
assistência, beneficência, solidariedade social ou
defesa do meio ambiente.
CIRC
Art.º .º
Isenções.Isenções a requerimento dos interessadosNos termos do n.º 1 do art.º 10.º, estão isentas de IRC:
Estas isenções serão reconhecidas pelo Ministro das Finanças, a requerimento dos interessados, mediante despacho publicado no Diário da República, o qual definirá a amplitude da isenção de harmonia com os objectivos prosseguidos por aquelas entidades, e as actividades desenvolvidas para a sua realização, pelas entidades em causa e as informações oficiais dos serviços competentes da D.G.C.I. e outras julgadas necessárias.
CIRC
Art.º .º
Isenções.Isenções a requerimento dos interessadosNos termos do n.º 1 do art.º 10.º, estão isentas de IRC:
Por último, é de referir que estas isenções estão
condicionadas à observância continuada dos
requisitos referidos nas alíneas do n.º 3 do art.º
10.º, cujo não cumprimento determina a
caducidade do benefício, com as consequências
daí decorrentes (cfr. n.os 4 e 5 do art.º 10.º).
CIRC
Art.º .º
IsençõesNo Estatuto dos Benefícios Fiscais
O E.B.F. consagra isenções pessoais, nomeadamente a prevista no art. 53.º, que contempla as pessoas colectivas públicas, de tipo associativo, criadas por lei para assegurar a disciplina e representação do exercício de profissões liberais(*) (alínea a) do n.º 1), bem como confederações e associações patronais e sindicais (alínea b) do n.º 1).
(*) São exemplo, a Ordem dos Advogados, a Ordem dos Médicos, a Câmara dos Solicitadores, a Câmara dos Revisores Oficiais de Contas, etc.
CIRC
Art.º .º
Isenções
No CIRC;
No EBF;
CIRC
Art.º .º
IsençõesCooperativas
O Estatuto Fiscal Cooperativo (EFC), aprovado pela Lei 85/98, de 16 de Dezembro, consagra no seu art.º 13.º, a isenção automática de IRC às seguintes cooperativas:
Cooperativas agrícolas;
Cooperativas culturais;
Cooperativas de consumo;
Cooperativas de habitação e de construção;
Cooperativas de solidariedade social;
Cooperativas dos demais ramos do sector cooperativo desde que 75% das pessoas que nelas aufiram rendimentos sejam membros da cooperativa e nela prestem serviço efectivo.
CIRC Isenções
Excepto rendimentos sujeitos a IRC por retenção na fonte e resultados provenientes de operações com terceiros, de actividades alheias aos fins cooperativos.(Art.º 13.º n.s 1 e 6 do EFC)
CIRC Isenções - Cooperativas
Podem renunciar à isenção, com efeitos a partir do período de tributação seguinte àquele a que respeita a DR em que manifestarem a renúncia, aplicando-se então, com observância do art.º 7.º do EFC, o regime geral de tributação do IRC durante, pelo menos, cinco períodos de tributação.
CIRC
Art.º . 15.º
Resumo da definição da matéria colectável
RESIDENTES:
Pessoas colectivas com ou sem personalidade jurídica que exerçam a título principal actividade comercial industrial ou agrícola
MATÉRIA COLECTÁVEL
Lucro tributável deduzido dos prejuízos fiscais (art.º 47.º) e dos benefícios fiscais
Pessoas colectivas com ou sem personalidade jurídica que não exerçam a título principal acta. comercial industrial ou agrícola
MATÉRIA COLECTÁVEL
Rendimento global deduzido dos custos comuns e outros imputáveis aos rendimentos sujeitos a imposto (art.º49.º) e benefícios fiscais
Matéria colectável
CIRC
Art.º . 15.º
Resumo da definição da matéria colectável
Matéria colectável
NÃO RESIDENTES:
COM ESTABELECIMENTO ESTÁVEL
MATÉRIA COLECTÁVEL Lucro tributável imputável ao estabelecimento estável deduzido dos prejuízos fiscais imputáveis ao estabelecimento e dos benefícios fiscais
SEM ESTABELECIMENTO ESTÁVEL
MATÉRIA COLECTÁVELRendimentos das várias categorias de acordo com as regras do IRS
CIRC
Art.º . 16.º
Determinação da matéria colectável
Declarativo
A matéria colectável é, em regra, determinada com base na declaração do contribuinte, sem prejuízo do respectivo controlo por parte da Administração Fiscal (art.º 16.º n.º1).
Matéria colectável
CIRC
Art.º . 16.º
Determinação da matéria colectável
Pelos serviços da Administração Fiscal
A falta de apresentação da declaração por parte do sujeito passivo não impede a determinação da matéria colectável. Neste caso, competirá à DGCI determinar a matéria colectável, com base nos elementos de que disponha (art.º 16.º n.º 2).
Matéria colectável
CIRC
Art.º . 16.º
Determinação da matéria colectável
Por métodos indirectos
A aplicação de métodos indirectos, na determinação do lucro tributável, é apenas admitida nas condições excepcionais enunciadas nos art.ºs. 87.º a 89.º da Lei Geral Tributária, designadamente, a inexistência de contabilidade, recusa da sua exibição, sua ocultação, destruição, falsificação ou viciação, seu atraso não sanado e graves irregularidade na sua organização ou execução (art.º 16.º n.º 3).
Matéria colectável
CIRC
Art.º . 16.º
Determinação da matéria colectável
Por métodos indirectos
A determinação do lucro tributável por este método basear-se-á, não só nos elementos de que a Administração Fiscal disponha, mas também nos critérios técnicos enunciados no art.º 90.º da Lei Geral Tributária.
Matéria colectável
CIRC Matéria colectável
Graficamente a determinação da matéria colectável poderá ser representada da
seguinte forma:
Resultado líquidodo exercício +
Variaçõespatrimoniais
positivas
-Variações
patrimoniaisnegativas
Lucrotributável
-prejuízos
fiscais
-benefícios
fiscais
Matéria colectável
+-
correcçõesfiscais
CIRC
Art.º 17.º
Lucro tributável
Soma algébrica do resultado líquido do exercício e das variações patrimoniais positivas e negativas verificadas no mesmo período e não reflectidas naquele resultado, determinado com base na contabilidade e eventualmente corrigidos nos termos deste código.
CIRC
Art.º 17.º n.º3 a)
Lucro tributável
A contabilidade deve:
Estar organizada de acordo com a normalização contabilística e outras disposições legais em vigor para o respectivo sector de actividade, sem prejuízo da observância das disposições previstas neste Código;
CIRC
Art.º 17.º n.º3 b)
Lucro tributável
A contabilidade deve:Reflectir todas as operações realizadas pelo sujeito passivo e ser organizada de modo que os resultados das operações e variações patrimoniais sujeitas ao regime geral do IRC possam claramente distinguir-se dos das restantes.
CIRC
Art.º 115.º n.º3
Lucro tributável
Na execução da contabilidade deve observar-se em especial o seguinte:a) Todos os lançamentos devem estar apoiados em documentos justificativos, datados e susceptíveis de serem apresentados sempre que necessário;
CIRC
Art.º 115.º n.º3
Lucro tributável
Na execução da contabilidade deve observar-se em especial o seguinte:
b) As operações devem ser registadas cronologicamente, sem emendas ou rasuras, devendo quaisquer erros ser objecto de regularização contabilística logo que descobertos.
CIRC
Art.º 115.º
Lucro tributável
Na execução da contabilidade deve observar-se em especial o seguinte:
4 - Não são permitidos atrasos na execução da contabilidade superiores a 90 dias, contados do último dia do mês a que as operações respeitam.
CIRC
Art.º 115.º
Lucro tributável
Na execução da contabilidade deve observar-se em especial o seguinte:
5 - Os livros de contabilidade, registos auxiliares e respectivos documentos de suporte devem ser conservados em boa ordem durante o prazo de 10 anos.
CIRC
Art.º 18º n.º 1
Lucro tributável
Os proveitos e os custos, assim como as outras componentes positivas ou negativas do lucro tributável,
são imputáveis ao exercício a que digam respeito,
de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.
CIRC
Art.º 18º n.º 2
Lucro tributável
As componentes positivas ou negativas consideradas como respeitando a exercícios anteriores só são imputáveis ao exercício quando na data de encerramento das contas daquele a que deveriam ser imputadas eram imprevisíveis ou manifestamente desconhecidas.
Especialização do exercício
CIRC
Art.º 18º n.º 3 a)
Lucro tributável
Especialização do exercício
Os proveitos relativos a vendas consideram-se em geral realizados, e os correspondentes custos suportados, na data da entrega ou expedição dos bens correspondentes ou, se anterior, na data em que se opera a transferência de propriedade;
CIRC
Art.º 18º n.º 3
Lucro tributável
Especialização do exercíciob) Os proveitos relativos a prestações de serviços consideram-se em geral realizados, e os correspondentes custos suportados, na data em que o serviço é terminado, excepto tratando-se de serviços que consistam na prestação de mais de um acto ou numa prestação continuada ou sucessiva, em que devem ser levados a resultados numa medida proporcional à da sua execução.
CIRC
Art.º 18º n.º 4
Lucro tributável
Especialização do exercício4 - Para efeitos do disposto na alínea a) do número anterior, não se tomam em consideração eventuais cláusulas de reserva de propriedade, sendo assimilada a venda com reserva de propriedade a locação em que exista uma cláusula de transferência de propriedade vinculativa para ambas as partes.
CIRC
Art.º 18º
Lucro tributável
Especialização do exercício
5 - Os proveitos e custos de actividades
de carácter plurianual podem ser
periodizados tendo em consideração o ciclo
de produção ou o tempo de construção.
CIRC
Art.º 18º
Lucro tributável
Especialização do exercício
6 - A parte dos encargos das explorações
silvícolas plurianuais suportados durante o ciclo
da produção equivalente à percentagem que a
extracção efectuada no exercício represente, na
produção total do mesmo produto, e ainda não
considerada em exercício anterior, é actualizada
pela aplicação dos coeficientes constantes da
portaria a que se refere o artigo 44.º
CIRC
Art.º 18º
Lucro tributável
Especialização do exercício7 - Os proveitos ou ganhos e os custos ou perdas, assim como quaisquer outras variações patrimoniais, relevados na contabilidade em consequência da utilização do método da equivalência patrimonial não concorrem para a determinação do lucro tributável, devendo ser considerados como proveitos ou ganhos para efeitos fiscais os lucros atribuídos no exercício em que se verifica o direito aos mesmos.
CIRC Determinação da matéria colectávelDeterminação da matéria colectável
. Actividades de carácter plurianual
O n.º 5 do art.º 18.º, considera a hipótese
dos proveitos e custos relativos a
actividades de carácter plurianual
poderem ser repartidos por diversos
períodos, atendendo ao ciclo de
produção ou tempo de construção.
CIRC
Art.º 19º
Determinação da matéria colectávelDeterminação da matéria colectável
. Actividades de carácter plurianual
Por sua vez o art.º 19.º, estabelece algumas regras a ter em conta relativamente ao apuramento dos resultados das obras de carácter plurianual(1). Assim, poderão ser considerados como critérios, segundo o n.º 1 daquele artigo:
CIRC
Art.º 19º
Determinação da matéria colectávelDeterminação da matéria colectável
. Actividades de carácter plurianual
(1) Obras cujo ciclo de produção ou tempo de construção seja superior a um ano. São exemplo deste tipo de obras a construção de estradas, barragens, ponte, edifícios e certos bens de equipamento.
CIRC
Art.º 19º
Determinação da matéria colectávelDeterminação da matéria colectável
. Actividades de carácter plurianual
critério de encerramento da obra;
.critério de percentagem de acabamento
CIRC
Art.º 19º
Determinação da matéria colectávelDeterminação da matéria colectável
. Actividades de carácter plurianual
critério de encerramento da obra;
CIRC
Art.º 19º
Determinação da matéria colectávelDeterminação da matéria colectável
. Actividades de carácter plurianual
critério de encerramento da obra, vem o n.º 3 estatuir que, sempre que esteja estabelecido o preço no contrato ou conhecido o preço da venda, a obra é considerada concluída logo que o seu grau de acabamento seja igual ou superior a 95%.
CIRC
Art.º 19º
Determinação da matéria colectávelDeterminação da matéria colectável
. Actividades de carácter plurianual
Por outro lado considera-se também concluída a obra, nos casos de obras públicas efectuadas em regime de empreitada, quando tenha lugar a recepção provisória nos termos da legislação vigente (n.º 3 do art.º 19.º).
CIRC
Art.º 19º
Determinação da matéria colectávelDeterminação da matéria colectável
. Actividades de carácter plurianual
critério de percentagem de acabamento
CIRC
Art.º 19º
Determinação da matéria colectávelDeterminação da matéria colectável
critério de percentagem de acabamentoA forma de calcular o grau de acabamento da obra é a que consta no n.º 4 e consiste numa ordem de grandeza dada pela relação entre o total dos custos já incorporados na obra e a soma desses custos com os custos estimados para completar a execução da mesma.
CIRC
Art.º 19º n. 2
Determinação da matéria colectávelDeterminação da matéria colectável
Percentagem de acabamento, a sua utilização é obrigatória nos seguintes casos :
CIRC
Art.º 19º
Determinação da matéria colectávelDeterminação da matéria colectável
Obras públicas ou privadas efectuadas em regime de empreitada, quando se verifiquem facturações parciais do preço estabelecido, ainda que não tenham carácter sucessivo, e as obras realizadas tenham atingido o grau de acabamento correspondente aos montantes facturados;
CIRC
Art.º 19º
Determinação da matéria colectávelDeterminação da matéria colectável
Obras efectuadas por conta própria vendidas fraccionadamente, à medida que forem sendo concluídas e entregues aos adquirentes, ainda que não sejam conhecidos exactamente os custos totais das mesmas.
CIRC
Art.º 19º
Determinação da matéria colectávelDeterminação da matéria colectável
Critério da percentagem de acabamento
O apuramento de resultados deve ser efectuado na medida em que as obras realizadas tenham atingido o grau de acabamento corresponde aos montantes facturados
CIRC
Art.º 19º
Determinação da matéria colectávelDeterminação da matéria colectável
Critério da percentagem de acabamento
O resultado imputável à obra dependerá, assim, de dois indicadores
CIRC
Art.º 19º
Determinação da matéria colectávelDeterminação da matéria colectável
Percentagem de acabamento
O grau de acabamento, definido como a relação entre o total dos custos incorporados na obra e a soma desses custos com os custos estimados para a execução completa da mesma.
CIRC
Art.º 19º
Determinação da matéria colectávelDeterminação da matéria colectável
Percentagem de facturação
A percentagem de facturação, dada pela relação entre os montantes facturados, com exclusão das revisões de preços, e o preço estabelecido para a obra
CIRC
Art.º 19º
Determinação da matéria colectávelDeterminação da matéria colectável
Percentagem de
acabamento
CIRC
Art.º 19º
Determinação da matéria colectávelDeterminação da matéria colectável
Percentagem de
acabamento
Exercício
CIRC
Art.º 19º
Determinação da matéria colectávelDeterminação da matéria colectável
Percentagem de acabamento18,18%
68,42%
100%3 600 0003 600 000
600 000600 000+2 700 000
2600 0002 600 000+ 1 200 000
CIRC
Art.º 19º
Determinação da matéria colectávelDeterminação da matéria colectável
Percentagem de facturação
30,00%
57,14%
100%4 200 0004 200 000
1 200 000 4 000 000
2 400 0004 000 000 + 200 000
CIRC
Art.º 19º
Determinação da matéria colectávelDeterminação da matéria colectável
Valor contrato % Acab. Valor a considerar4.000.000 x 0,182 = 728.000
Val.consid. x Garantia Receita antecipada728.000 0,05 = 36.400
Proveitos a considerar 691.600
1.º Ano
Pro
veit
os
CIRC
Art.º 19º
Determinação da matéria colectávelDeterminação da matéria colectável
Facturação 1.200.000Valor considerado - 728.000Garantia + 36.400
Receitas antecipadas 508.400
Custos 600.000
Resultado 91.600
CIRC
Art.º 19º
Determinação da matéria colectávelDeterminação da matéria colectável
Critério da percentagem de acabamento
Ano 2
CIRC
Art.º 19º
Determinação da matéria colectávelDeterminação da matéria colectável
Critério da percentagem de acabamento
Ano 3
CIRC
Art.º 19º
Determinação da matéria colectávelDeterminação da matéria colectável
Obras efectuadas por conta própria vendidas fraccionadamente
Os resultados relativos à venda de fracções autónomas de imóveis, devem ser apurados de acordo com o critério da percentagem de acabamento, isto é, à medida que forem sendo concluídas e entregues aos adquirentes, ainda que não sejam conhecidos exactamente os custos totais das mesmas.
CIRC
Art.º 19º
Determinação da matéria colectávelDeterminação da matéria colectável
Obras efectuadas por conta própria vendidas fraccionadamente
Podem ser repartidos e imputados a
cada fracção tendo em conta a
respectiva área, a permilagem ou de
acordo com outro critério
devidamente justificado e que se
revele adequado.
CIRC
Art.º 19º
Determinação da matéria colectávelDeterminação da matéria colectável
Obras efectuadas por conta própria vendidas fraccionadamente
No caso de serem apurados resultados
relativamente a obras de que ainda não tenham
sido suportados os custos totais necessários
para o seu acabamento, poderá ser considerada
como receita antecipada uma parte dos
proveitos correspondentes aos custos
estimados a suportar.
CIRC
Art.º 19º
Determinação da matéria colectávelDeterminação da matéria colectável
Obras efectuadas por conta própria vendidas fraccionadamente
CIRC
Art.º 20º
Proveitos ou ganhosProveitos ou ganhos
São considerados proveitos ou ganhos, num sentido lato, os derivados de operações de qualquer natureza, e não apenas os provenientes da actividade normal do sujeito passivo, designadamente os seguintes (n.º 1 alíneas a) a h) do art.º 20.º):
· Vendas ou prestações de serviços, descontos, bónus, abatimentos, comissões e corretagens;
· Rendimentos de imóveis;
CIRC
Art.º 20 º
Proveitos ou ganhosProveitos ou ganhos
· Rendimentos de carácter financeiro, tais como juros, dividendos, descontos, ágios, transferências, diferenças de câmbio e prémios de emissão de obrigações
Rendimentos da propriedade industrial ou outros análogos;
· Prestações de serviços de carácter científico ou técnico;
· Mais - valias realizadas;·
CIRC
Art.º 20 º
Proveitos ou ganhosProveitos ou ganhos
· Indemnizações auferidas, seja a que título for;
· Subsídios ou subvenções de exploração.
Salienta-se também neste artigo o conceito de rendimento acréscimo caracterizado pelo acréscimo de rendimento proveniente de certos ganhos ocasionais, como sejam as mais-valias realizadas, as indemnizações auferidas e os subsídios ou subvenções de exploração(1).
CIRC
Art.º20 º
Proveitos ou ganhosProveitos ou ganhos
· Estabelece o n.º 2 deste artigo que também se considera proveito o valor correspondente aos produtos entregues a título de pagamento do imposto sobre a produção de petróleo.
CIRC
Art.º20 º
Proveitos ou ganhosProveitos ou ganhos
· Por sua vez, o n.º 3 vem excluir dos proveitos ou ganhos do associante, na associação à quota, o rendimento auferido da sua participação social correspondente ao valor da prestação por si devida ao associado.
CIRC
Art.º º
Proveitos ou ganhosProveitos ou ganhos
· Do conjunto dos proveitos elencados no n.º 1 merecem especial relevo os constantes nas alíneas f) e h), que passaremos a desenvolver.
Mais-valias realizadasMais-valias realizadas SubsídiosSubsídios
CIRC
Art.º 20 º
Mais-valias realizadasMais-valias realizadas
No que respeita às mais – valias (alínea f) do n.º 1), a sua tributação em IRC (inclusão no lucro tributável) está condicionada à sua realização. Trata-se, neste caso, de um conceito amplo de realização que abrange quer os ganhos de capital voluntários (v.g. derivados de venda ou troca) quer os ganhos de capital involuntários (v.g. resultantes de expropriação ou derivados de sinistros).
CIRC
Art.º 22 º
Subsídios
Relativamente aos subsídios ou
subvenções destinados à exploração
(alínea h) do n.º 1 do art.º 20.º ), os
mesmos devem ser considerados
como proveitos a incluir no
resultado líquido do exercício em
que forem recebidos.
Subsídios
CIRC
Art.º 22 º
SubsídiosSubsídios
Quanto aos subsídios não
destinados à exploração, aos
quais se dedicou o art.º 22.º,
devem os mesmos ser encarados
em duas vertentes conforme se
trate de:
CIRC
Art.º 20 º
SubsídiosSubsídios
· Subsídios respeitantes a elementos do activo imobilizado amortizáveis ou reintegráveis (al. a) do n.º 1 do art.º 22.º);
Subsídios respeitantes a elementos do activo imobilizado não amortizáveis ou reintegráveis (al. b) do n.º 1 do art.º 22.º).
CIRC
Art.º 22 º
SubsídiosSubsídio ao equipamento
subsídios respeitantes a elementos do activo imobilizado amortizáveis ou reintegráveis será proveito, e como tal incluído no lucro tributável, a parte do subsídio correspondente à proporção das amortizações calculadas sobre o valor de aquisição/produção do bem durante o período de vida útil.
CIRC
Art.º 2 2.º
Subsídios
Desta forma, a parte a considerar como proveito, terá sempre como limite mínimo a que proporcionalmente corresponder à quota mínima de reintegração ou amortização, i.e., a correspondente a metade da taxa máxima fixada segundo o método das quotas constantes (n.º 2 do art.º 22.º).
Subsídio ao equipamento
CIRCCIRC
Art.º 2 2.º
subsídios respeitantes a elementos do subsídios respeitantes a elementos do activo imobilizado não amortizáveis ou activo imobilizado não amortizáveis ou reintegráveisreintegráveis
Tratando-se de bens do imobilizado não alienáveis, neste caso o subsídio será incluído no lucro tributável em fracções iguais durante o período em que os bens não serão alienáveis por força da lei ou contrato;
CIRCCIRC
Art.º 2 2.º
subsídios respeitantes a elementos do subsídios respeitantes a elementos do activo imobilizado não amortizáveis ou activo imobilizado não amortizáveis ou reintegráveisreintegráveis
Tratar-se de bens do imobilizado
alienáveis, caso em que o subsídio
será incluído no lucro tributável em
fracções iguais durante um período
de 10 anos, sendo o primeiro o ano
do recebimento
CIRCCIRC
Art.º 2 2.º
Subsídios
Resumo do tratamento fiscal a dar aos subsídios
CIRC
Art.º21 .º
Variações patrimoniais
Concorrem ainda para a formação do lucro tributável as variações patrimoniais positivas não reflectidas no resultado líquido do exercício, excepto:
CIRC
Art.º21 .º
Variações patrimoniais
As entradas de capital, incluindo
os prémios de emissão de acções,
bem como as coberturas de
prejuízos, a qualquer título,
feitas pelos titulares do capital;
CIRC
Art.º21 .º
Variações patrimoniais
b) As mais-valias potenciais ou
latentes, ainda que expressas na
contabilidade, incluindo as
reservas de reavaliação
legalmente autorizadas;
CIRC
Art.º21 .º
Variações patrimoniais
As mais-valias potenciais ou latentes são aquelas que não se realizaram por não ter havido transmissão onerosa de bens. São exemplo, a valorização de participações financeiras por variação de cotação da bolsa ou por incorporação de reservas no capital da sociedade participada.
CIRC
Art.º21 .º
Variações patrimoniais
c) Os incrementos patrimoniais
sujeitos a imposto sobre as
sucessões e doações;
CIRC
Art.º21 .º
Variações patrimoniais
As contribuições, incluindo a
participação nas perdas, do
associado ao associante, no
âmbito da associação em
participação e da associação à
quota.
CIRC
Art.º21 .º
Variações patrimoniais
Contrato de associação em participação – A associação de uma pessoa a uma actividade económica exercida por outra, ficando a primeira a participar nos lucros ou nos lucros e perdas que desse exercício resultarem para a segunda. È elemento essencial do contrato a participação nos lucros; a participação nas perdas pode ser dispensada. - Dec.- Lei n.º 231/81, de 28 de Julho - art.º 21.º (Noção e Regulamentação).
CIRC
Art.º21 .º
Variações patrimoniais
Associação à quota – Contrato celebrado entre um sócio de uma sociedade (associante) e uma outra pessoa (associado) pelo qual o primeiro se obriga a prestar ao segundo uma parte convencionada ou a totalidade dos frutos futuros da quota de que é titular na sociedade, em contrapartida duma determinada prestação do associado.
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Art.º23 .º
Custos ou perdas
Consideram-se custos ou perdas os que comprovadamente forem indispensáveis para a realização dos proveitos ou ganhos sujeitos a imposto ou para a manutenção da fonte produtora, nomeadamente os seguintes:
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Art.º23 .º
Custos ou perdas
Encargos relativos à produção ou aquisição de quaisquer bens ou serviços, tais como matérias utilizadas, mão-de-obra, energia e outros gastos gerais de fabricação, conservação e reparação;
CIRC
Art.º23 .º
Custos ou perdas
b) Encargos de distribuição e venda, abrangendo os de transportes, publicidade e colocação de mercadorias;
CIRC
Art.º23 .º
Custos ou perdasEncargos de natureza financeira, como juros de capitais alheios aplicados na exploração, descontos, ágios, transferências, diferenças de câmbio, gastos com operações de crédito, cobrança de dívidas e emissão de acções, obrigações e outros títulos e prémios de reembolso;
CIRC
Art.º23 .º
Custos ou perdasEncargos de natureza administrativa, tais como remunerações, ajudas de custo, pensões ou complementos de reforma, material de consumo corrente, transportes e comunicações, rendas, contencioso, seguros, incluindo os de vida e operações do ramo «Vida», contribuições para fundos de poupança-reforma, contribuições para fundos de pensões e para quaisquer regimes complementares da segurança social;
CIRC
Art.º23 .º
Custos ou perdase) Encargos com análises, racionalização, investigação e consulta;f) Encargos fiscais e parafiscais;g) Reintegrações e amortizações;h) Provisões;i) Menos-valias realizadas;j) Indemnizações resultantes de eventos cujo risco não seja segurável.
CIRC
Art.º23 .º
Custos ou perdas2 - Não são aceites como custos as despesas ilícitas, designadamente as que decorram de comportamentos que fundadamente indiciem a violação da legislação penal portuguesa, mesmo que ocorridos fora do alcance territorial da sua aplicação.3 - No caso das rendas de locação financeira, não é aceite como custo ou perda do locatário a parte da renda destinada a amortização financeira.
CIRC
Art.º23 .º
Custos ou perdas4 - Excepto quando estejam abrangidos pelo
disposto no artigo 40.º, não são aceites como custos os
prémios de seguros de doença e de acidentes pessoais,
bem como as importâncias despendidas com seguros
e operações do ramo «Vida», contribuições para
fundos de pensões e para quaisquer regimes
complementares de segurança social que não sejam
considerados rendimentos de trabalho dependente,
nos termos da primeira parte do n.º 3) da alínea b)do
n.º 3 do artigo 2.º do Código do IRS.
CIRC
Art.º23 .º
Custos ou perdasMas para que os custos enumerados sejam considerados dedutíveis para efeitos fiscais, são necessários dois requisitos fundamentais:
Que sejam comprovados através de documentos emitidos nos termos legais;Que sejam indispensáveis para a realização dos proveitos
CIRC
Art.º24 .º
Variações patrimoniais
As que consistam em liberalidades ou não estejam relacionadas com a actividade do contribuinte sujeita a IRC;
CIRC
Art.º24 .º
Variações patrimoniais
As menos-valias potenciais ou latentes,
ainda que expressas na contabilidade;
As saídas em dinheiro ou em espécie, a
favor dos titulares do capital, a título de
remuneração ou de redução do mesmo, ou de
partilha do património;
As prestações do associante ao associado,
no âmbito da associação em participação.
CIRC
Art.º24 .º
Variações patrimoniais
Por sua vez o n.º 2 do art.º 24.º permite
levar a custos as variações patrimoniais
negativas relativas a gratificações e
outras remunerações de trabalho de
titulares de órgãos sociais e
trabalhadores da empresa, a título de
participação nos resultados.
CIRC
Art.º24 .º
Variações patrimoniais
Contudo, estas importâncias só concorrem
para a formação do lucro tributável do
exercício a que respeita o resultado em que
participam (sendo consideradas como
variações patrimoniais negativas) desde que
pagas ou colocadas à disposição dos
beneficiários até ao fim do exercício seguinte.
CIRC
Art.º24 .º
Variações patrimoniais
Não se verificando esta condição, o n.º 5 daquele artigo estabelece que ao valor do IRC liquidado em relação ao exercício seguinte, adicionar-se-á o IRC que deixou de ser liquidado, em resultado da dedução das gratificações que não tiverem sido pagas ou colocadas à disposição dos interessados no prazo indicado, acrescido dos juros compensatórios correspondentes.
CIRC
Art.º24 .º
Variações patrimoniais
Relativamente às gratificações ou outras formas de remuneração do trabalho pagas a membros de órgão de administração da sociedade, a título de participação nos resultados, as variações patrimoniais negativas relativas a essas importâncias só concorrem para a formação do lucro tributável desde que cumulativamente se verifiquem as seguintes condições:
CIRC
Art.º24 .º
Variações patrimoniais
Os beneficiários não sejam titulares, de
forma directa ou indirecta, de pelo menos
1% do capital social
As referidas importâncias não ultrapassem
o dobro da remuneração mensal auferida
no exercício a que respeita o resultado em
que participam.
CIRC
Art.º24 .º
Variações patrimoniais
No caso de ultrapassarem o limite
referido na alínea b), a parte
excedentária será assimilada,
para efeitos de tributação, a
lucros distribuídos (n.º 3 do art.º
24.º).
CIRC
Art.º24 .º
Variações patrimoniais
Também nesta situação se aplicará a
disposição temporal prevista na
última parte do n.º 2, i.e., que as
respectivas importâncias sejam
pagas ou colocadas à disposição dos
beneficiários até ao fim do exercício
seguinte.
CIRC
Art.º25 .º
Relocação financeira e venda com locação de retoma
No caso de entrega de um bem objecto de locação financeira ao locador seguida de relocação desse bem ao mesmo locatário, não há lugar ao apuramento de qualquer resultado para efeitos fiscais em consequência dessa entrega, continuando o bem a ser reintegrado para efeitos fiscais pelo locatário, de acordo com o regime que vinha sendo seguido até então.
CIRC
Art.º25 .º
Relocação financeira e venda com locação de retoma
2 - No caso de venda de bens seguida de locação financeira, pelo vendedor, desses mesmos bens, observa-se o seguinte:a) Se os bens integravam o activo imobilizado do vendedor, é aplicável o disposto no n.º 1, com as necessárias adaptações;b) Se os bens integravam as existências do vendedor, não há lugar ao apuramento de qualquer resultado fiscal em consequência dessa venda e os mesmos são registados no activo imobilizado ao custo inicial de aquisição ou de produção, sendo este o valor a considerar para efeitos da respectiva reintegração.
CIRCCIRC
Art.º 2 2.º
Critérios valorimétricos das existências
Os critérios valorimétricos que os contribuintes poderão utilizar, de modo a obterem os valores das existências a considerar nos proveitos e custos do exercício, são os seguintes (art.º 26.º):
Custos efectivos de aquisição ou de produção;
Custos padrões apurados de acordo com os princípios técnicos e contabilísticos adequados;
Preços de venda deduzidos da margem normal de lucro;
Valorimetrias especiais para as existências tidas por básicas ou normais.
CIRCCIRC
Art.º 2 6.º
Critérios valorimétricos das existências
Custo de aquisição – “a soma do respectivo preço de compra com os gastos suportados directa ou indirectamente para o colocar no seu estado actual e no local de armazenagem”;
Custo de produção – “a soma dos custos das matérias-primas e de outros materiais directos consumidos, de mão-de-obra directa, dos custos industriais fixos necessariamente suportados para o produzir e colocar no estado em que se encontra e no local de armazenagem".
CIRCCIRC
Art.º 2 6.º
Critérios valorimétricos das existências
Custo específico;
Custo médio ponderado;
Custo FIFO;
Custo LIFO.
CIRCCIRC
Art.º 2 6.º
Critérios valorimétricos das existências
Custo específico;
Neste método as existências vendidas e as
existências finais são valorizadas pelo custo
que a empresa suportou com cada um dos
bens adquiridos ou produzidos, só podendo
ser utilizado quando os artigos sejam
facilmente identificáveis
CIRCCIRC
Art.º 2 6.º
Critérios valorimétricos das existências
Custo unitário médio ponderado
O cálculo do custo unitário médio ponderado
efectuar-se-á sempre que se verifique uma nova
aquisição de existências a preço diferente do
anterior, calculando-se a média ponderada
tendo em conta as quantidades adquiridas e os
diferentes preços de aquisição
CIRCCIRC
Art.º 2 6.º
Critérios valorimétricos das existências
Custo FIFO
As existências vendidas ou consumidas
são valorizadas não aos preços mas sim
ao custo das entradas mais antigas (as
primeiras a entrar são as primeiras a
sair (first in, first out), que possam ser
consideradas em “stock” no momento
da sua saída.
CIRCCIRC
Art.º 2 6.º
Critérios valorimétricos das existências
Custo LIFO
Neste método considera-se que as últimas existências que entraram em armazém são as primeiras a sair (last in, first out), pelo que as existências vendidas ou consumidas serão valorizadas ao custo das últimas entradas em armazém, consideradas em “stock”, correspondendo a existência final aos custos mais antigos.
CIRCCIRC
Art.º 2 6.º
Critérios valorimétricos das existências
Custo padrão
Na alínea b) do n.º 1 admite-se a valorização das existências a custos padrões. Trata-se em muitos casos da única possibilidade de conhecimento do custo inicial dos produtos fabricados, designadamente em empresas com produções muito diversificadas.
O custo padrão deverá ser calculado de acordo com os princípios técnicos e contabilísticos adequados e consistirá em estimar o custo de cada produto;
CIRCCIRC
Art.º 2 6.º
Critérios valorimétricos das existências
Custo padrão
Em caso de adopção de custos padrões, poderá a D.G.C.I. proceder às correcções necessárias, sempre que a sua utilização conduza a desvios significativos (n.º 2 do art.º 26.º).
CIRCCIRC
Art.º 2 6.º
Critérios valorimétricos das existências
Preço de venda deduzido da margem normal de lucro
Admite-se o custeio das existências pelo preço de venda deduzido da margem normal de lucro.
Quanto à adopção deste critério, importa considerar o disposto no n.º 3 deste artigo que estabelece como preços de venda:
CIRCCIRC
Art.º 2 6.º
Critérios valorimétricos das existências
Preço de venda deduzido da margem normal de lucro
Os constantes de elementos oficiais (preço fixado pelo Governo);
Os últimos preços que em condições normais tenham sido praticados pela empresa;
Os preços que, no final do exercício, forem correntes no mercado, desde que sejam considerados idóneos e de controlo inequívoco.
CIRCCIRC
Art.º 2 6.º
Critérios valorimétricos das existências
Preço de venda deduzido da margem normal de lucro
Importa ainda referir que este critério só será aceite nos sectores de actividade em que o cálculo do custo de aquisição ou do custo de produção se torne excessivamente oneroso ou não possa ser apurado com razoável rigor.
Nestes casos, e segundo o disposto no n.º 4 do art.º 26.º, a margem de lucro normal (quando não possa ser facilmente determinável), poderá ser substituída por uma dedução não superior a 20% do preço de venda.
CIRCCIRC
Art.º 2 6.º
Critérios valorimétricos das existências
Valorimetrias especiais
Na alínea d) admite-se a existência de valorimetrias especiais para as existências tidas por básicas ou normais.
A adopção deste critério carece, por força do disposto no n.º 5 do mesmo artigo, de autorização prévia da D.G.C.I. mediante requerimento apresentado pelo sujeito passivo onde se indiquem, não só os critérios a adoptar , como também as razões de ordem económica, ou outras, que justifiquem a utilização de tais critérios.
CIRCCIRC
Art.º 28.º
Reintegrações e amortizações aceites como custos
“são aceites como custos as reintegrações e amortizações de elementos do activo sujeitos a deperecimento, considerando-se como tais os elementos do activo imobilizado que com carácter repetitivo, sofrerem perdas de valor resultantes da sua utilização, do decurso do tempo, do progresso técnico ou de quaisquer outras causas.”
CIRCCIRC
Art.º 28.º
Reintegrações e amortizações aceites como custos
O próprio código define o que se entende por condições de deperecimento que levam à perda de valor dos bens (sua utilização ao longo do tempo, progresso técnico ou quaisquer outros factores que levem à sua desvalorização).
CIRCCIRC
Art.º 28.º
Reintegrações e amortizações aceites como custos
Activo imobilizado
O activo imobilizado das empresas é constituído pelos bens que detenham um carácter de permanência, i.e., aqueles que a empresa pretende manter por mais do que um exercício económico.
CIRCCIRC
Art.º 28.º
Reintegrações e amortizações aceites como custos
Activo imobilizado
A classificação contabilística como bens do
activo imobilizado baseia-se igualmente no seu
carácter de permanência ou seja, não se
destinarem a ser vendidos ou transformados no
decurso da actividade normal da empresa. No
entanto, estes bens poderão ser alienados sem
que com isso percam aquela característica que
lhe advém da intenção que lhe é conferida
quando da sua aquisição.
CIRCCIRC Taxas de Reintegração e amortização
. Taxas de amortização e reintegração
As taxas de amortização a utilizar são as que constam no Decreto Regulamentar n.º 2/90, de 12 de Janeiro, que trata do regime das amortizações e reintegrações. Relativamente aos elementos para os quais não se encontrem fixadas taxas, serão aceites as que a D.G.C.I. considere razoáveis, tendo em conta o período de utilidade esperada ( n.º 2 do art.º 30.º ).
CIRCCIRC Taxas de Reintegração e amortização
Quota anual de amortização e reintegração
A quota anual de amortização e reintegração que pode
ser aceite como custo do exercício, nos termos do n.º 1
do art.º 30.º será calculada aplicando a taxa de
amortização aos seguintes valores:
Custo de aquisição ou de produção;
Valor resultante de reavaliação() ao abrigo de legislação
de carácter fiscal;
•Valor real, à data de abertura de escrita, para os bens
objecto de avaliação para este efeito (no caso de não ser
conhecido o valor de aquisição ou de produção
CIRCCIRC Taxas de Reintegração e amortização
. Período de vida útil
A vida útil de um elemento do activo
imobilizado é, para efeitos fiscais, o
período durante o qual se reintegra
ou amortiza totalmente o seu valor.
CIRCCIRC Taxas de Reintegração e amortização
. Período de vida útil
O período mínimo de vida útil de um
elemento do activo imobilizado é o que se
deduz das taxas de reintegração ou
amortização que podem ser aceites
fiscalmente segundo o método das quotas
constantes (n.º 2 al. a) do art.º 3.º do Dec.
Reg. 2/90, de 12 de Janeiro).
CIRCCIRC Taxas de Reintegração e amortização
. Período de vida útil
O período máximo de vida útil será o que se
deduz das quotas mínimas de reintegração e
amortização, i.e., o correspondente a uma taxa
igual a metade das taxas utilizadas no método
das quotas constantes. Será este o período
máximo que o contribuinte terá para amortizar o
bem (n.º 2 do art.º 33.º do CIRC e n.º 2 al. b) do art.º 3.º do Dec. Reg. 2/90, de 12 de
Janeiro).
CIRCCIRC Método de cálculo
Método de cálculo das reintegrações e amortizações
Em sede de IRC, o cálculo das reintegrações e amortizações do exercício far-se-á, em regra, pelo método das quotas constantes (art.º 29.º, n.º 1).
Porém, os sujeitos passivos poderão optar pelo método das quotas degressivas (n.º 2 do art.º 29.º), ou utilizar outros métodos, quando a natureza do deperecimento ou a actividade económica da empresa o justifique e após reconhecimento prévio da D.G.C.I.
CIRCCIRC Quotas
Note-se que, excepto nas condições atrás referidas
(desvalorizações excepcionais), não serão aceites como
custo amortizações superiores à quota máxima
correspondente à aplicação das taxas constantes do
Decreto Regulamentar n.º 2/90, de 12 de Janeiro.
Outra condição a ter em conta é a de que as quotas
mínimas imputáveis ao exercício não poderão ser
deduzidas para efeitos de determinação do lucro
tributável de outros exercícios (alínea a) do n.º 5 do art.º
29.º).
CIRCCIRC Quotas
Exemplo de variação de quotas
CIRCCIRC Quotas
Para além desta, existem outras situações em que terá que ser o sujeito passivo a determinar o período de utilidade esperada, calculando a taxa em função desse período, o qual poderá ser corrigido pela D.G.C.I, sempre que esta o considere inferior ao real. Assim, os casos em que terá que ser o contribuinte a determinar o período de utilidade esperada são os seguintes:
Bens adquiridos em estado de uso;
Bens avaliados para efeitos de abertura de escrita;
Grandes reparações e beneficiações;
Obras em edifícios alheios
CIRCCIRC Conceitos
Consideram-se, para este efeito,
grandes reparações e beneficiações as
que aumentem o valor real ou a
provável duração do bem (al. a) do n.º 5
do art.º 5.º do Dec. Reg. 2/90, de 12 de
Janeiro).
CIRCCIRC Conceitos
No que respeita a obras em edifícios alheios,
são consideradas como tais, as que, tendo sido
realizadas em edifícios de propriedade alheia e
não sendo de manutenção, reparação ou
conservação, ainda que de carácter plurianual,
não dêem origem a elementos removíveis ou,
dando-o, estes percam então a sua função
instrumental (al. b) do n.º 5 do art.º 5.º do Dec.
Reg. 2/90, de 12 de Janeiro).
CIRCCIRC Método das quotas degressivas
Método das quotas degressivas
Os sujeitos passivos de IRC, poderão optar pelo método
das quotas degressivas relativamente aos elementos do
activo imobilizado corpóreo que:
Não tenham sido adquiridos em estado de uso;
Não sejam edifícios, viaturas ligeiras de passageiros ou
mistas, excepto quando afectas a empresas
exploradoras de serviço público de transporte ou
destinadas a ser alugadas no exercício da actividade
normal da empresa sua proprietária, mobiliário e
equipamentos sociais.
CIRCCIRC ConceitosMétodo das quotas degressivasMétodo das quotas degressivas
MAJORAÇÃO
1,5 - se o período de vida útil do
elemento for inferior a 5 anos;
2 - se o período de vida útil do elemento
for de 5 ou 6 anos;
2,5 - se o período de vida útil for superior
a 6 anos.
CIRCCIRC ConceitosMétodo das quotas degressivasDuodécimos
. Reintegrações e amortizações por duodécimos
No ano de início de utilização dos elementos
patrimoniais poderá ser praticada a quota anual de
amortização conforme já vimos anteriormente ou, uma
quota de amortização, deduzida da taxa anual,
correspondente ao número de meses contados desde o
mês da entrada em funcionamento desses elementos,
possibilidade esta que vem prevista nos n.os 6 e 7 do
art.º 30.º e no art.º 7.º do Dec. Reg. 2/90, de 12 de
Janeiro.
CIRCCIRC ConceitosMétodo das quotas degressivasDuodécimos
. Reintegrações e amortizações por duodécimos
Verificando–se esta possibilidade, no ano em
que se verificar a transmissão, a inutilização ou
o termo de vida útil dos mesmo elementos,
apenas serão aceites como custo, as
amortização correspondentes ao número de
meses decorridos até ao mês anterior ao da
verificação desses eventos.
CIRCCIRC ConceitosMétodo das quotas degressivas Elementos de reduzido valor
Sempre que o valor unitário dos elementos do
activo imobilizado sujeitos a deperecimento não
ultrapasse 40 000$00 e desde que esse elemento
não faça parte integrante de um conjunto que deva
ser reintegrado como um todo, poderá o
contribuinte considerá-lo integralmente como custo,
i.e., a amortização será igual ao respectivo custo
num só exercício (art.º 32.º do CIRC e art.º 20º do Dec.Reg. 2/90).
CIRCCIRC ConceitosMétodo das quotas degressivas Despesas de investigação e desenvolvimento
Também as despesas de investigação e desenvolvimento poderão ser consideradas como custo no exercício em que sejam suportadas se enquadráveis no disposto nos n.os 2 e 3 do art.º 31.º.
() Vide art.º 18.º do Dec. Reg. 2/90, de 12 de Janeiro. (2) D.L. 292/97 de 22 de Outubro - Benefícios fiscais aos sujeitos passivos de IRC que realizem despesas de investigação e desenvolvimento.
CIRCCIRC ConceitosMétodo das quotas degressivas Reintegrações e amortizações não aceites
como custo
Nos termos do n.º 1 do art.º 33.º, não serão aceites como custo:
As reintegrações e amortizações de
elementos do activo não sujeitos a
deperecimento;
As reintegrações de imóveis na parte
correspondente ao valor dos terrenos ou
na não sujeita a deperecimento;
Ver artigo 11.º DR 2/90
CIRCCIRC ConceitosMétodo das quotas degressivas Reintegrações e amortizações não aceites
como custo
Nos termos do n.º 1 do art.º 33.º, não serão aceites como custo:
As reintegrações e amortizações que
excedam os limites estabelecidos;
As reintegrações e amortizações praticadas
para além do período máximo de vida útil,
ressalvando-se os casos especiais
devidamente justificados e aceites pela
D.G.C.I.;
CIRCCIRC ConceitosMétodo das quotas degressivas Reintegrações e amortizações não aceites
como custo
Nos termos do n.º 1 do art.º 33.º, não serão aceites como custo:
As reintegrações das viaturas ligeiras de passageiros
ou mistas na parte correspondente ao valor de
aquisição, ou de reavaliação, excedente a 6.000.000$00,
bem como os barcos de recreio e aviões de turismo e
todos os encargos com estes relacionados, desde que
tais bens não estejam afectos a empresas exploradoras
de serviço público de transportes ou não se destinem a
ser alugados no exercício da actividade normal da
empresa sua proprietária;
CIRCCIRC ConceitosMétodo das quotas degressivas Provisões. Regime das provisões
Podemos definir provisões como sendo "custos estimados e actuais (do exercício), correspondentes a despesas cujo montante ainda não é certo ou que são de eventual ocorrência futura".
As provisões têm a finalidade de imputar os custos aos exercícios a que se referem evitando, assim, onerar excessivamente o exercício em que se concretizam.
CIRCCIRC ConceitosMétodo das quotas degressivas Provisões. Regime das provisões
Para além de permitirem uma maior regularidade nos resultados da empresa, possibilitam ainda a retenção de recursos (autofinanciamento provisório).
As provisões poderão ainda considerar-se como proveitos retidos (embora não definitivamente) ou proveitos suspensos, que se destinam a fazer face aos encargos prováveis de montante incerto. De facto, se estes eventos não se verificarem, elas serão transformadas em proveitos efectivos.
CIRCCIRC ConceitosMétodo das quotas degressivas Provisões/Reservas.As provisões são constituídas independentemente da existência de lucros enquanto que as reservas só serão constituídas como aplicação de resultados, sendo portanto condição fundamental a existência de lucros;
Não se verificando o evento, para o qual foram constituídas as provisões vão integrar-se no lucro a tributar, o que não se verifica com as reservas retiradas de lucros já tributados;
CIRCCIRC ConceitosMétodo das quotas degressivas Provisões/Reservas
A constituição de uma provisão conduz à diminuição do capital próprio (proveitos suspensos) e a reserva não o altera();
() O capital próprio é igual à situação líquida da empresa consistindo no somatório do capital social, reservas, resultados transitados e resultados líquidos do exercício.
CIRCCIRC ConceitosMétodo das quotas degressivas Provisões/Reservas
A necessidade de constituição de
provisões surge porque a tributação do
rendimento se processa anualmente
obrigando as empresas a fazer
paragens teóricas da sua actividade
para a periodização do lucro tributável
(concretizada de acordo com o princípio
da especialização dos exercícios).
CIRCCIRC ConceitosMétodo das quotas degressivas . Provisões fiscalmente dedutíveis
A necessidade de constituição de
provisões surge porque a tributação do
rendimento se processa anualmente
obrigando as empresas a fazer
paragens teóricas da sua actividade
para a periodização do lucro tributável
(concretizada de acordo com o princípio
da especialização dos exercícios).
CIRCCIRC ConceitosMétodo das quotas degressivas . Provisões fiscalmente dedutíveis
As que tiverem por fim a cobertura de
créditos resultantes da actividade
normal que no fim do exercício possam
ser considerados de cobrança duvidosa
e sejam evidenciados como tal na
contabilidade;
CIRCCIRC ConceitosMétodo das quotas degressivas . Provisões fiscalmente dedutíveis
As que se destinarem a cobrir as perdas de
valor que sofrerem as existências;
As que se destinarem a ocorrer a obrigações e
encargos derivados de processos judiciais em
curso por factos que determinariam a inclusão
daqueles entre os custos do exercício;
CIRCCIRC ConceitosMétodo das quotas degressivas . Provisões fiscalmente dedutíveis
•As que, de harmonia com a disciplina definida pelo Banco de Portugal e por força de uma imposição de carácter genérico e abstracto, tiverem obrigatoriamente sido constituídas pelas empresas sujeitas à sua supervisão, e pelas sucursais em Portugal de instituições de crédito e outras instituições financeiras com sede em outro Estado Membro da U.E., (com excepção das provisões para riscos gerais de crédito).
•Idêntico tratamento opera no âmbito das empresas seguradoras que tiverem sido obrigatoriamente constituídas pelo Instituto de Seguros de Portugal.
CIRCCIRC ConceitosMétodo das quotas degressivas . Provisões fiscalmente dedutíveis
As que, constituídas por empresas que exerçam a industria extractiva do petróleo, se destinem à reconstituição de jazigos;
As que, constituídas pelas empresas pertencentes ao sector das indústrias extractivas, se destinarem a fazer face aos encargos com a recuperação paisagística e ambiental dos locais afectos à exploração, após a cessão desta, nos termos da legislação aplicável.
CIRCCIRC ConceitosMétodo das quotas degressivas Provisão para créditos de cobrança duvidosa
"aqueles em que o risco de incobrabilidade se considere devidamente justificado".
Estão nesta situação os casos em que:
O devedor tenha pendente processo especial de recuperação de empresa e protecção de credores ou processo de execução, falência ou insolvência;
Os créditos tenham sido reclamados judicialmente;
Os créditos estejam em mora há mais de seis meses desde a data do respectivo vencimento e existam provas de terem sido efectuadas diligências para o seu recebimento.
CIRCCIRC ConceitosMétodo das quotas degressivas Provisão para créditos de cobrança duvidosa
Nos casos previstos nas alíneas a) e b), porque se considera existir uma grande probabilidade do crédito não ser recuperado, quer pelo facto do credor ter recorrido aos tribunais, quer ainda por já existir um processo pendente revelador da incapacidade do devedor solver as suas dívidas, a provisão poderá ser constituída por 100% do valor em dívida, a partir do momento em que se iniciaram quaisquer daqueles processos.
CIRCCIRC ConceitosMétodo das quotas degressivas Provisão para créditos de cobrança duvidosa
Também se considera existir o risco de
incobrabilidade quando já decorreu o
tempo considerado razoável para a
satisfação da dívida e, apesar das
diligências efectuadas, não foi possível
o seu recebimento. mora
Neste caso, à medida que o tempo vai decorrendo o risco de incobrabilidade vai aumentando.
Assim, estabelece o n.º 2 daquele artigo, as percentagens aceites fiscalmente tendo em conta o número de meses da mora do crédito:
•25% para créditos em mora há mais de 6 meses e até 12 meses;
•50% para créditos em mora há mais de 12 meses e até 18 meses;
•75% para créditos em mora há mais de 18 meses e até 24 meses;
•100% para créditos em mora há mais de 24 meses.
CIRCCIRC ConceitosMétodo das quotas degressivas Provisão para créditos de cobrança duvidosa
mor
a
Nos termos do art.º 805.º do Código Civil há mora do
devedor:
Depois deste ter sido judicial ou
extrajudicialmente interpelado para cumprir o
pagamento da dívida;
Independentemente da interpelação, se a
obrigação tiver prazo certo ou provier de facto
ilícito;
Porém, não haverá mora se houver diferimento do
prazo de pagamento com acordo do credor.
CIRCCIRC ConceitosMétodo das quotas degressivas Provisão para créditos de cobrança duvidosa
mor
a
Nos termos do n.º 3 do art.º 35., não são de cobrança
duvidosa os seguintes créditos:
Os créditos sobre o Estado, regiões autónomas e
autarquias locais ou aqueles em que estas
entidades tenham prestado aval;
Os créditos cobertos por seguro, com excepção
da importância correspondente à percentagem de
descoberto obrigatório, ou por qualquer espécie
de garantia real;
CIRCCIRC ConceitosMétodo das quotas degressivas Provisão para créditos de cobrança duvidosa
hipoteca, o penhor e a consignação de rendimentos
Nos termos do n.º 3 do art.º 35., não são de cobrança
duvidosa os seguintes créditos:
Os créditos sobre pessoas singulares ou
colectivas que detenham mais de 10% do capital
da empresa ou sobre membros dos seus órgãos
sociais, salvo nos casos previstos nas alíneas a) e
b) do n.º 1 do art.º 35.º;
Os créditos sobre empresas participadas em
mais de 10% do capital, salvo nos casos previstos
nas alíneas a) e b) do n.º 1 do art.º 35.º.
CIRCCIRC ConceitosMétodo das quotas degressivas Provisão para créditos de cobrança duvidosa
. Provisão para depreciação de existências
A provisão para depreciação de existências
que poderá ser aceite para efeitos fiscais é a
seguinte (n.º 1 do art.º 36.º):
Para matérias-primas e matérias subsidiárias de
consumo, pela diferença (quando positiva) entre
o custo de aquisição das existências constantes
no balanço no fim do exercício (de acordo com o
critério valorimétrico adoptado) e o custo de
reposição();
CIRCCIRC ConceitosMétodo das quotas degressivas Provisão para depreciação de existências
Para produtos fabricados, será constituída pela
diferença (positiva) entre o custo de produção
das existências constantes do balanço no fim do
exercício e o respectivo preço de venda();
Para as mercadorias, será constituída pela
diferença (positiva) entre o custo de aquisição
das existências constantes do balanço no fim do
exercício e o respectivo preço de venda.
CIRCCIRC ConceitosMétodo das quotas degressivas Provisão para depreciação de existências
• Custo de reposição - aquele que a empresa teria de
suportar para substituir o bem nas mesmas condições,
qualidade, quantidade e locais de aquisição e utilização
(conceito contabilístico).
• Preço de venda- é havido por preço de venda o constante
de elementos oficiais ou o último que em condições normais
tenha sido praticado pela empresa ou ainda o que, no termo
do exercício, for corrente no mercado, desde que seja
considerado idóneo ou de controlo inequívoco.
CIRCCIRC ConceitosMétodo das quotas degressivas Provisão para depreciação de existências
Para os sujeitos passivos que exerçam a actividade
editorial, o montante anual acumulado da provisão
corresponderá à perda de valor dos fundos editoriais
constituídos por obras e elementos complementares,
desde que tenham decorrido dois anos após a data da
respectiva publicação, que para este efeito se considera
coincidente com a data do depósito legal de cada
edição. Esta provisão só poderá ser utilizada no
exercício em que o prejuízo se torne efectivo (n.º 3 a 5
do art.º 36.º).
CIRCCIRC ConceitosMétodo das quotas degressivas Provisão para depreciação de existências
A provisão para a reconstituição de jazigos que
fiscalmente poderá ser aceite como custo, não
poderá exceder o mais baixo dos seguintes
valores (art.º 37.º ):
•30% do valor bruto das vendas do petróleo
produzido nas áreas de concessão efectuadas
no exercício a que respeita a provisão;
•45% do montante da matéria colectável que se
apuraria sem consideração dessa provisão.
CIRCCIRC ConceitosMétodo das quotas degressivas Provisão para reconstituição de jazigos
A dotação anual da provisão prevista na alínea f)
do n.º 1 do art.º 34.º, corresponde ao valor
resultante da divisão dos encargos estimados
com a recuperação paisagística e ambiental dos
locais afectos à exploração, pelo número de
anos de exploração previsto em relação aos
mesmos (n.º 1 do art.º 38.º)
CIRCCIRC ConceitosMétodo das quotas degressivas Provisão para a recuperação paisagística de terrenos
A constituição da provisão fica sujeita às
seguintes condições (n.º 3 do art.º 38.º):
•Apresentação de um plano previsional de
encerramento da exploração com indicação da
estimativa dos encargos inerentes e do número
de anos de exploração previsto, sujeito a
aprovação pelos organismos competentes;
CIRCCIRC ConceitosMétodo das quotas degressivas Provisão para a recuperação paisagística de terrenos
•Constituição de um fundo, representado por
investimentos financeiros de montante equivalente
ao do saldo acumulado da provisão no final de cada
exercício.
A provisão deve ser aplicada até ao fim do terceiro
exercício seguinte ao do encerramento da
exploração e a parte não aplicada deve ser
considerada como proveito do referido exercício
( n.ºs. 5 e 6 do art.º 38.º).
CIRCCIRC ConceitosMétodo das quotas degressivas Provisão para a recuperação paisagística de terrenos
CIRCCIRC ConceitosMétodo das quotas degressivas Créditos incobráveis
Os créditos incobráveis são directamente aceites como
custo do exercício, na parte resultante de processo
especial de recuperação da empresa e protecção de
credores ou de processo de execução, falência ou
insolvência, desde que não seja admitida a constituição
de provisão ou, sendo-o, esta se mostre insuficiente
(art.º 39.º)().
() Sobre este assunto vide ainda circ. 12/96, de 13/11/96, da
D.G.C.I.
CIRCCIRC ConceitosMétodo das quotas degressivas Realizações de utilidade social
São considerados, para efeitos de IRC, quando as realizações nele referidas (manutenção facultativa de creches, lactários, jardins de infância, cantinas, bibliotecas e escolas e ainda outros que forem como tal reconhecidas pela D.G.C.I.) forem feitas em benefício dos trabalhadores da empresa e seus familiares, desde que tenham carácter geral e não revistam a natureza de remuneração ou sejam de difícil ou complexa individualização relativamente a cada um dos beneficiários.
CIRCCIRC ConceitosMétodo das quotas degressivas Realizações de utilidade social
Os encargos facultativamente suportados pelas
entidades patronais com seguros de doença, de
acidentes pessoais e de vida, bem como com
contribuições para fundos de pensões e
equiparáveis ou para quaisquer regimes
complementares de segurança social que
garantam exclusivamente benefícios de reforma,
pré-reforma, complemento de reforma, invalidez
ou sobrevivência a favor dos trabalhadores.
CIRCCIRC ConceitosMétodo das quotas degressivas Estatuto do Mecenato
Dec. Lei n.º 74/99 de 16 de Março
São considerados custos ou perdas do exercício, na sua totalidade, os donativos concedidos às seguintes entidades:
Estado, Regiões Autónomas e autarquias locais e qualquer dos seus serviços, estabelecimentos e organismos, ainda que personalizados;
Associações de municípios e de freguesias;
Fundações em que o Estado, as Regiões Autónomas ou as autarquias locais participem no património inicial.
Fundações de iniciativa privada que prossigam essencialmente fins de natureza social ou cultural,
CIRCCIRC ConceitosMétodo das quotas degressivas Estatuto do Mecenato
Dec. Lei n.º 74/99 de 16 de Março
Estes donativos são elevados a 140% do seu valor quando se destinarem exclusivamente à prossecução de fins de carácter social, a 120% se destinados exclusivamente a fins de carácter cultural, ambiental, científico ou tecnológico, desportivo e educacional ou a 130% quando atribuídos ao abrigo de contratos plurianuais celebrados para fins específicos que fixem os objectivos a prosseguir pelas entidades beneficiárias e os montantes a atribuir pelos sujeitos passivos.
CIRCCIRC ConceitosMétodo das quotas degressivas Estatuto do Mecenato
Dec. Lei n.º 74/99 de 16 de Março
Beneficiando igualmente da majoração referida anteriormente, os donativos concedidos a fundações em que a participação do Estado, das Regiões Autónomas ou das autarquias locais seja inferior a 50% do seu património inicial, carecem no entanto de reconhecimento a efectuar por despacho conjunto dos Ministros das Finanças e da tutela.
CIRCCIRC ConceitosMétodo das quotas degressivas Estatuto do Mecenato
Donativos para fins sociais – Mecenato Social
Nos termos do art.º 2.º do Estatuto do Mecenato, aprovado pelo Dec.-Lei n.º 74/99, de 16 de Março, são também considerados custos ou perdas do exercício, até ao limite de 80/00 do volume
de vendas e/ou serviços prestados, em valor correspondente a 130% do respectivo total, os donativos concedidos às seguintes entidades:
CIRCCIRC ConceitosMétodo das quotas degressivas Estatuto do Mecenato
Donativos para fins sociais – Mecenato Social
Instituições particulares de
solidariedade social, bem como
as pessoas colectivas
legalmente equiparadas;
CIRCCIRC ConceitosMétodo das quotas degressivas Estatuto do Mecenato
Donativos para fins sociais – Mecenato Social
Pessoas colectivas de utilidade
pública administrativa e de mera
utilidade pública que prossigam
fins de caridade, assistência,
beneficência, solidariedade social
e cooperativas de solidariedade
social;
CIRCCIRC ConceitosMétodo das quotas degressivas Estatuto do Mecenato
Donativos para fins sociais – Mecenato Social
Centros de cultura e desporto organizados nos termos dos estatutos do Instituto Nacional de Aproveitamento dos Tempos Livres dos Trabalhadores (INATEL), desde que destinados ao desenvolvimento de actividades de natureza social do âmbito daquelas entidades.
CIRCCIRC ConceitosMétodo das quotas degressivas Estatuto do Mecenato
Donativos para fins sociais – Mecenato Social
Organizações não governamentais ou
outras entidades promotoras de
iniciativas de auxílio a populações
carecidas de ajuda humanitária
resultantes de situações de calamidade,
reconhecidas pelo Estado Português,
através de despacho conjunto dos
ministros das Finanças e dos Negócios
Estrangeiros.
CIRCCIRC ConceitosMétodo das quotas degressivas Estatuto do Mecenato
Donativos para fins sociais – Mecenato Social
O limite referido no número anterior não
é aplicável aos donativos atribuídos às
entidades acima referidas, se destinados
à realização de actividades ou
programas considerados como de
superior interesse público (n.º 2 do art.º
2.º do Estatuto do Mecenato).
CIRCCIRC ConceitosMétodo das quotas degressivas Estatuto do Mecenato
Donativos para fins sociais – Mecenato Social
Os donativos mencionados nos pontos anteriores serão considerados em valor correspondente a 140% do respectivo total no caso de se destinarem a custear as seguintes medidas:
CIRCCIRC ConceitosMétodo das quotas degressivas Estatuto do Mecenato
Donativos para fins sociais – Mecenato Social
Apoio à infância ou à terceira idade;
Apoio e tratamento de toxicodependentes ou de doentes com sida, com cancro ou diabéticos;
CIRCCIRC ConceitosMétodo das quotas degressivas Estatuto do Mecenato
Donativos para fins sociais – Mecenato Social
Promoção de iniciativas dirigidas à criação de oportunidades de trabalho e de reinserção social de pessoas, famílias ou grupos em situação de exclusão ou risco de exclusão social, designadamente no âmbito do rendimento mínimo garantido, de programas de luta contra a pobreza ou de programas e medidas adoptadas no contexto do mercado social de emprego.
CIRCCIRC
Donativos para fins culturais,
ambientais, científicos ou
tecnológicos, desportivos e
educacionais:
Estatuto do mecenato
CIRCCIRC
Estatuto do mecenato
São considerados custos ou perdas
do exercício, até ao limite de 6 0/00 do
volume de vendas ou de serviços
prestados, os donativos atribuídos às
seguintes entidades (art.º 3.º do
Estatuto do Mecenato):
CIRCCIRC
Estatuto do mecenato
Cooperativas culturais, institutos, fundações e associações que prossigam actividades de investigação, cultura, defesa do património histórico-cultural, assim como outras entidades organização de festivais e outras manifestações artísticas, teatro, bailado, música, produção cinematográfica, audiovisual e literária;
CIRCCIRC
Estatuto do mecenato
Museus, bibliotecas e arquivos
históricos documentais;
Organizações não governamentais de
ambiente;
Instituições que se dediquem à
actividade científica ou tecnológica;
CIRCCIRC
Estatuto do mecenato
Mediatecas, centros de
divulgação, escolas e órgãos de
comunicação social que se
dediquem à promoção da cultura
científica e tecnológica;
CIRCCIRC
Estatuto do mecenato
Comité Olímpico de Portugal, Confederação do Desporto de Portugal, pessoas de utilidade pública desportiva, associações promotoras do desporto e associações que tenham por fim fomentar a prática de actividades desportivas; com excepção das secções cujas competições têm natureza profissional,
CIRCCIRC
Estatuto do mecenato
Centros de cultura e desporto
organizados nos termos dos
Estatutos do Instituto Nacional de
Aproveitamento dos Tempos
Livres (INATEL);
CIRCCIRC
Estatuto do mecenato
Estabelecimentos de ensino onde
se ministrem cursos legalmente
reconhecidos pelo Ministério da
Educação;
CIRCCIRC
Estatuto do mecenato
Instituições responsáveis pela
organização de feiras universais
ou mundiais.
CIRCCIRC
Estatuto do mecenato
Estes donativos serão elevados a 120% do seu valor ou a 130% quando atribuídos ao abrigo de contratos plurianuais celebrados para fins específicos que fixem os objectivos a prosseguir pelas entidades beneficiárias e os montantes a atribuir pelos sujeitos passivos.
Por outro lado, não se aplica o limite de 50 /00 do volume de negócios quando se trate de donativos atribuídos às entidades atrás referidas que realizem actividades ou programas que sejam considerados de superior interesse cultural, ambiental, científico ou tecnológico, desportivo e educacional.
CIRCCIRC
Estatuto do mecenato
. Donativos para
sociedade de informação
CIRCCIRC
Estatuto do mecenato
São também considerados custos do
exercício os donativos de equipamento
informático, programas de computadores,
formação e consultoria na área informática,
concedidos, nos termos, limites e
condições estabelecidas naquele preceito,
às entidades referidas nos artigos 1º e 2º
CIRCCIRC
Estatuto do mecenato
Os benefícios fiscais previstos no presente diploma,
com excepção dos referidos no artigo 1.º do Estatuto e
dos respeitantes aos donativos concedidos às pessoas
colectivas dotadas de estatuto de utilidade pública às
quais tenha sido reconhecida a isenção de IRC nos
termos do artigo 9º do respectivo Código, dependem
de reconhecimento, a efectuar por despacho
conjunto dos ministros das Finanças e da tutela (Lei
n.º160/99 de 14.09).
CIRCCIRC
Encargos não dedutíveis para efeitos fiscais
IRC, incluindo quaisquer outros impostos que directa ou indirectamente incidam sobre os lucros.
CIRCCIRC
Encargos não dedutíveis para efeitos fiscais
A colecta da contribuição
autárquica que for dedutível
nos termos do art.º 86.º ;
CIRCCIRC
Encargos não dedutíveis para efeitos fiscais
Os impostos e quaisquer outros
encargos que incidam sobre
terceiros que a empresa não
esteja legalmente autorizada a
suportar;
CIRCCIRC
Encargos não dedutíveis para efeitos fiscais
As multas, coimas e demais
encargos pela prática de infracções,
de qualquer natureza, que não
tenham origem contratual, incluindo
os juros compensatórios;
CIRCCIRC
Encargos não dedutíveis para efeitos fiscais
As indemnizações pela
verificação de eventos cujo
risco seja segurável;
CIRCCIRC
Encargos não dedutíveis para efeitos fiscais
As despesas com ajudas de custo e com compensação pela deslocação em viatura própria do trabalhador, ao serviço da entidade patronal, não facturadas a clientes, escrituradas a qualquer título, na proporção de 20%, e a totalidade das mesmas sempre que não exista por cada pagamento efectuado, um mapa através do qual seja possível efectuar o controlo das deslocações tais como locais, tempo de permanência e objectivo, excepto na parte em que haja lugar a tributação em sede de IRS, na esfera do respectivo beneficiário;
CIRCCIRC
Encargos não dedutíveis para efeitos fiscais
Os encargos não devidamente
documentados e as despesas de
carácter confidencial
CIRCCIRC
Encargos não dedutíveis para efeitos fiscais
As importâncias devidas pelo aluguer sem condutor de viaturas ligeiras de passageiros ou mistas, na parte correspondente ao valor das reintegrações dessas viaturas que nos termos das alíneas c) e e) do n.º 1 do art.º 33.º, não sejam aceites como custo.
CIRCCIRC
Encargos não dedutíveis para efeitos fiscais
As despesas com combustíveis na
parte em que o sujeito passivo não
comprove que as mesmas respeitem
a bens pertencentes ao seu activo, ou
por ele utilizados em regime de
locação e que não sejam
ultrapassados os consumos normais;
CIRCCIRC
Encargos não dedutíveis para efeitos fiscais
Os juros e outras formas de
remuneração de suprimentos e
empréstimos feitos pelos sócios à
sociedade, na parte em que excedam
o valor correspondente à taxa de
referência Euribor a 12 meses do dia
da constituição da dívida
CIRCCIRC
Regime das mais-valias e menos-valias realizadas
Ganhos obtidos voluntariamente ou as perdas sofridas relativamente a elementos do activo imobilizado mediante transmissão onerosa, qualquer que seja o título por que se opere e, bem assim, num conceito mais alargado, os derivados de sinistros e os resultantes da afectação permanente dos mesmos elementos a fins alheios à actividade exercida.
CIRCCIRC
Regime das mais-valias e menos-valias realizadas
Mais-valias e menos-valias contabilísticas
A forma de apurar a mais-valia/menos-valia contabilística é feita a partir da seguinte fórmula:
MVc / mvc = VR - (Vaq./ReavAAc)
Em que:
MVc / mvc - Mais-valia contabilística /menos-valia contabilística
VR ............. Valor de realização
Vaq……….. Valor de aquisição
AAc ............. Amortizações acumuladas contabilizadas
CIRCCIRC
Regime das mais-valias e menos-valias realizadas
Mais-valias e Menos-valias fiscais
A mais-valia/menos-valia fiscal é obtida a partir da seguinte fórmula:
MVf / mvf = VR - (Vaq - Aac)xCoef.
Em que:
MVf /mvf ............Mais-valia/menos-valia fiscal
VR .......................Valor de realização
VAq......................Valor de aquisição / produção
Aac ......................Amortizações acumuladas praticadas
Coef. ..................Coeficiente de desvalorização monetária
CIRCCIRC
Regime das mais-valias e menos-valias realizadas
Coeficiente de desvalorização monetária
O coeficiente de correcção monetária é
aplicado ao valor resultante do valor de
aquisição deduzido das amortizações
acumuladas (Vaq - Aac) sempre que à data
da realização tenham decorrido pelo
menos dois anos contados a partir da data
de aquisição do bem (art.º 44.º).
CIRCCIRC
Regime das mais-valias e menos-valias realizadas
Reinvestimento mais-valias e menos-
valias realizadas até 31-12-2000
Tratar-se de bens do activo imobilizado
corpóreo;
Haver reinvestimento do valor de realização;
O reinvestimento verificar-se até ao fim do terceiro exercício seguinte ao da realização.
CIRCCIRC
Regime das mais-valias e menos-valias realizadas
Reinvestimento parcial do valor de
realização
No n.º 2 deste artigo o legislador previu a hipótese de ocorrer reinvestimento parcial do valor de realização, situação em que não concorre para a determinação do lucro tributável apenas a parte proporcional da mais-valia correspondente ao valor reinvestido
CIRCCIRC
Regime das mais-valias e menos-valias realizadas
Reinvestimento parcial do valor de realização
Para calcular a parte da mais-valia excluída da tributação bastará calcular o valor excluído de tributação e, pela diferença, o valor sujeito a tributação:
VR ___________MVf
Vr ___________ X
Onde:
VR = valor de realização Vr = valor reinvestido
MVf = mais –valia fiscal X = Valor da mais valia excluída da tributação no ano da realização.
Vr x MVfX = VR
CIRCCIRC
Regime das mais-valias e menos-valias realizadas
Não reinvestimento do valor de
realização
Situação extrema será a que se refere o n.º
5 do art.º 44.º (anterior redacção),
correspondente à não concretização do
reinvestimento do valor realizado até ao
final do terceiro exercício seguinte ao da
realização.
CIRCCIRC
Regime das mais-valias e menos-valias realizadas
Não reinvestimento do valor de
realização
Tanto neste último caso como no caso de
reinvestimento parcial, anteriormente
referido, o IRC que deixou de ser
liquidado adicionar-se-á ao IRC
respeitante ao terceiro exercício seguinte
ao da realização.
CIRCCIRC
Regime das mais-valias e menos-valias realizadas
Não reinvestimento do valor de
realização
Em qualquer das situações atrás referidas
(não reinvestimento ou reinvestimento
parcial) haverá lugar à liquidação de juros
compensatórios nos termos do art.º 94.º.
CIRCCIRC
Regime das mais-valias e menos-valias realizadas
Reinvestimento mais-valias e menos-valias
realizadas a partir de 2001
Segundo o novo regime, existe a possibilidade de diferir 4/5 da diferença positiva entre as mais valias e as menos valias, sendo que 1/5 será tributado no exercício da realização. Nos quatro exercícios seguintes, tributar-se---ão os restantes 4/5. Este tratamento opera sempre que, no exercício anterior ao da realização, no próprio exercício ou até ao fim do segundo exercício seguinte, o valor de realização correspondente à totalidade dos referidos elementos, seja reinvestido na aquisição, fabricação ou construção de elementos do activo imobilizado corpóreo afectos à exploração (art.º 45.º).
CIRCCIRC
Regime das mais-valias e menos-valias realizadas
Antigo
Diferimento das mais-valias, em caso de reinvestimento do valor de realização, para os exercícios em que sejam reintegrados ou alienados os bens que se tiver concretizado o reinvestimento Prazo para o reinvestimentoAté ao fim do 3.º exercício seguinte ao da realizaçãoConsequência do não reinvestimentoAcréscimo ao IRC liquidado do terceiro exercício posterior ao da realização, do IRC que deixou de ser pago, acrescido de juros compensatórios, ou correcção do prejuízo fiscal consoante o caso.
Novo
Diferimento, em caso de reinvestimento do valor de realização, de 4/5 das mais valias que são imputadas, em partes iguais, ao exercício da alienação e aos quatro seguintes Prazo para o reinvestimentoNo próprio exercício ou até ao fim do 2º exercício seguinte ao da realizaçãoConsequência do não reinvestimentoInclusão nos proveitos ou ganhos do segundo exercício seguinte ao da realização, da parte da mais-valia ainda não incluída no lucro tributável, majorada de 15%.
A PARTIR DE
2002
Para efeitos de determinação do lucro
tributável, a diferença positiva entre as mais-
valias e as menos-valias, calculadas nos termos
dos artigos anteriores, ......., é considerada em
metade do seu valor, sempre que, no exercício
anterior ao da realização, no próprio exercício
ou até ao fim do segundo exercício seguinte, o
valor de realização correspondente à totalidade
dos referidos elementos seja reinvestido ..........
CIRCCIRC
Regime das mais-valias e menos-valias realizadas
CIRCCIRC
Regime das mais-valias e menos-valias realizadas
CIRCCIRC
Lucros anteriormente tributados
Eliminação da dupla tributação económica de lucros distribuídos
No entanto, este mecanismo,
contemplado no n.º 1 do art.º 46.º, está
condicionado à verificação de três
pressupostos indispensáveis:
CIRCCIRC
Lucros anteriormente tributados
A sociedade deve participar no
capital da sociedade que distribui os
lucros em, pelo menos, 25% do
capital;Essa participação deve permanecer na sua titularidade de modo ininterrupto, durante o ano anterior à data da colocação à disposição dos lucros ou, se detida há menos tempo, desde que a participação seja mantida durante o tempo necessário para completar aquele período.
CIRCCIRC
Lucros anteriormente tributados
A sociedade distribuidora dos
lucros deve ter:
Sede ou direcção efectiva em
território português;
Estar sujeita e não isenta de IRC
ou sujeita a imposto do Jogo.
CIRCCIRC
Lucros anteriormente tributados
No entanto, beneficiarão ainda do disposto no n.º 1 do art.º 46.º as sociedades a seguir referidas independentemente da percentagem de participação e do prazo em que esta tenha permanecido na sua titularidade;
Sociedades de seguros, mútuas de seguros e agências gerais de seguradoras estrangeiras quanto às participações sociais em que tenham sido aplicadas as suas reservas técnicas;
Sociedades de capital de risco;
Sociedades de desenvolvimento regional;
Sociedades de fomento empresarial;
Sociedades financeiras de corretagem .
Sociedades de investimento.
CIRCCIRC
Lucros anteriormente tributados
No caso de entidades com sede ou direcção efectiva em território português que não preencham os requisitos do n.º 1 e, bem assim, nos rendimentos que o associado aufira da associação à quota, a dedução é apenas de 50% dos rendimentos incluídos na base tributável correspondentes a lucros sempre que distribuídos por entidade com sede ou direcção efectiva no mesmo território, sujeita e não isenta de IRC.
CIRCCIRC
Prejuízos fiscais
Assim, e porque existe solidariedade entre os
vários exercícios, importava encontrar um
mecanismo de forma a permitir que os prejuízos
ocorridos em determinado exercício pudessem ser
levados em consideração nos exercícios seguintes.
Esse mecanismo encontra-se previsto no n.º 1 do
art.º 47.º ao permitir que "os prejuízos fiscais
apurados em determinado exercício possam ser
deduzidos aos lucros tributáveis, havendo-os,
de um ou mais dos seis exercícios posteriores”
CIRCCIRC
Prejuízos fiscais
Porém, tal não é permitido nos exercícios
em que tiver lugar o apuramento do lucro
tributável com base em métodos
indirectos, não ficando no entanto
prejudicada a possibilidade de dedução,
dentro daquele período, dos prejuízos que
não tenham sido anteriormente deduzidos
(n.º 2 do art.º 47.º).
CIRCCIRC
Prejuízos fiscais
No caso de o contribuinte exercer
simultaneamente actividades de natureza
diversa que possam beneficiar de isenção
parcial ou de redução de imposto, os
prejuízos fiscais verificados relativamente
a essas actividades não poderão ser
deduzidos aos lucros tributáveis das
restantes (n.º 5 do art.º 47.º).
CIRCCIRC
Prejuízos fiscais
Relativamente aos prejuízos ocorridos nas sociedades de
transparência fiscal (n.º 1 do art.º 6.º), os prejuízos serão
deduzidos unicamente aos lucros das sociedades uma vez
que aos sócios apenas são imputados os resultados
positivos. Contudo, quando se tratar de ACE ou de AEIE
(n.º 2 do art.º 6.º), já é feita a imputação aos sócios tanto
dos lucros como dos prejuízos (n.º 7 do art.º 46.º).
Esta dedução também não é aplicável quando, à data do
termo do período de tributação, tiver havido modificação
do objecto social da entidade ou alterada de forma
substancial a natureza da actividade anteriormente
exercida (n.º 8 do art.º 47.º).
CIRCCIRC
Regime simplificado de determinação do lucro tributável
Assim de harmonia com o disposto no
art.º 53º do CIRC, ficam abrangidos pelo
regime simplificado de determinação do
lucro tributável os sujeitos passivos
residentes que exerçam a título principal,
uma actividade comercial, industrial ou
agrícola que satisfaçam,
cumulativamente, os seguintes
requisitos:
CIRCCIRC
Regime simplificado de determinação do lucro tributável
Não estejam isentos nem sujeitos a algum
regime especial de tributação;
Não estejam obrigados à revisão legal de
contas;
Apresentem, no exercício anterior ao da
aplicação do regime, um volume total anual de
proveitos inferior a 30.000.000$00;
Não optem pela aplicação do regime geral de
determinação do lucro tributável;
CIRCCIRC
Regime simplificado de determinação do lucro tributável
Opção Pela Aplicação Do Regime Geral
Os sujeitos passivos podem optar pelo regime geral, devendo fazê-lo na declaração de início de actividade ou em declaração de alterações, até ao fim do 3º mês do período de tributação do início de aplicação do regime.A opção é válida por um período de 3 exercícios, findo o qual caduca, excepto se for renovada nos termos e prazos referidos, ou seja, mediante declaração de alterações até ao fim do 3º mês do período de tributação do início da aplicação do regime.
CIRCCIRC
Regime simplificado de determinação do lucro tributável
Vigência do regime
O regime simplificado mantem-se,
verificados os respectivos pressupostos,
por um período mínimo de 3 exercícios,
automaticamente prorrogável, salvo
opção pelo regime geral.
CIRCCIRC
Regime simplificado de determinação do lucro tributável
Apuramento do Lucro Tributável
O apuramento do lucro tributável no regime simplificado é feito através da fórmula seguinte:
Lucro Tributável = Coeficiente x Vendas de mercadorias e produtos e restantes proveitos, com exclusão da variação da produção e dos trabalhos para a própria empresa
CIRCCIRC
Regime simplificado de determinação do lucro tributável
Apuramento do Lucro Tributável
Até à aprovação destes, é aplicado o coeficiente de 0,20 às vendas de mercadorias e de produtos e de 0,45 aos restantes proveitos, (o coeficiente de 0,20 é também aplicável ao sector de alojamento e restauração, bem como aos subsídios à exploração que visem compensação de
preços), com um mínimo igual ao valor anual do salário mínimo nacional mais elevado (presentemente, 67.000$00x14 = 938.000$00).
IRC Liquidado = Taxa (20%, n.º 3 do art.º 80º) X Lucro Tributável
CIRCCIRC
Regime simplificado de determinação do lucro tributável
Cessação da aplicação do regime
simplificado
A aplicação do regime simplificado cessa, desde logo, por opção do sujeito passivo, após o decurso do período mínimo de permanência no regime. Cessa igualmente quando seja ultrapassado o limite do volume total de proveitos em 2 exercícios consecutivos ou num só exercício em montante superior a 25% desse limite ou ainda se deixar de se verificar qualquer dos demais requisitos de que depende a aplicação do regime.
CIRCCIRC
Regime simplificado de determinação do lucro tributável
Cessação da aplicação do regime simplificado
Assim, se o volume total de proveitos for
superior a 37 500 contos num só exercício ou se
for superior a 30 000 contos, mas inferior
àquele montante, em 2 exercícios consecutivos,
há lugar à passagem para o regime geral a
partir do exercício seguinte ao da verificação
desses factos (n.º 10 do art.º 53º).
CIRCCIRC
Regime simplificado de determinação do lucro tributável
Sociedades de Profissionais
Embora não tributadas em IRC, ficam
abrangidas por este regime, aplicando-se os
coeficientes seguintes:
0,20 ao valor das vendas de mercadorias e de
produtos
0,65 aos restantes rendimentos, com exclusão
da variação da produção.
CIRCCIRC
Regime simplificado de determinação do lucro tributável
Dedução de prejuízos fiscais
São dedutíveis ao lucro tributável apurado segundo o regime simplificado os prejuízos fiscais de exercícios anteriores ao do início da aplicação do regime, mas de tal modo que o lucro tributável a considerar nunca fique abaixo do valor anual do salário mínimo mais elevado (nº3 , art.º 47º).
CIRCCIRC
Regime simplificado de determinação do lucro tributável
Deduções à colecta:
Nos casos em que seja aplicável o regime simplificado, não há lugar às deduções à colecta respeitantes à dupla tributação económica de lucros distribuídos, à dupla tributação internacional e à colecta da contribuição autárquica (nº 3 do art.º 83º).
CIRCCIRC
Regime simplificado de determinação do lucro tributável
Pagamentos por conta
Os sujeitos passivos abrangidos pelo regime simplificado estão obrigados a efectuar os pagamentos por conta, em conformidade com o disposto nos artigos 96º e 97º do Código do IRC, os quais corresponderão a 75% do imposto liquidado nos termos do n.º 1 do art.º 83º relativamente ao exercício imediatamente anterior àquele em que se devam efectuar esses pagamentos, líquido das retenções na fonte, repartido por 3 montantes iguais, arredondados por excesso para o milhar de escudos.
Não há lugar, ao pagamento especial por conta para os sujeitos passivos abrangidos pelo regime simplificado (n.º 1 do art.º 98º).
CIRCCIRC
Regime simplificado de determinação do lucro tributável
Crédito Fiscal ao Investimento (CFI)
Os sujeitos passivos cujo lucro tributável for determinado pelo regime simplificado não podem beneficiar do regime do CFI (alínea a) do n.º 9 do art.º 11.º da Lei n.º 30-G/2000).
CIRCCIRC
Pessoas que não exercem a título principal
Pessoas colectivas e outras entidades residentes que não exerçam, a título principal, actividades de natureza
comercial, industrial ou agrícola
Refere a alínea b) do n.º 1 do art.º 15.º que a matéria colectável dos sujeitos passivos que não exerçam, a título principal, uma actividade de natureza comercial, industrial ou agrícola se obtém por dedução ao rendimento global, determinado nos termos do art.º 48.º, dos seguintes montantes:
Custos comuns e outros imputáveis aos rendimentos sujeitos a imposto e não isentos, nos termos do art.º 50.º;
Benefícios fiscais eventualmente existentes que consistam em deduções naquele rendimento.
CIRCCIRC
Pessoas que não exercem a título principal
Determinação do rendimento global
Considera-se rendimento global, segundo
a definição dada pelo n.º 1 do art.º 48.º, a
soma algébrica dos rendimentos
líquidos das várias categorias
determinados de acordo com as
normas do CIRS.
CIRCCIRC
Pessoas que não exercem a título principal
Custos comuns e outros
Assim, determina o art.º 49.º que esses custos indispensáveis à obtenção dos rendimentos, sejam deduzidos da seguinte forma:
Se estiverem apenas ligados à obtenção de rendimentos sujeitos e não isentos, serão deduzidos na totalidade ao rendimento global;
Se estiverem ligados à obtenção de rendimentos sujeitos e não isentos, bem como, à de rendimentos não sujeitos ou isentos, será deduzida ao rendimento global a parte dos custos comuns que for imputável aos rendimentos sujeitos e não isentos.
CIRCCIRC
Pessoas que não exercem a título principal
Custos comuns e outrosNeste último caso, a parte dos custos comuns a imputar será determinada através da repartição proporcional daqueles ao total dos rendimentos brutos sujeitos e não isentos e dos rendimentos não sujeitos ou isentos (n.º 2 do art.º 49.º).
Resumindo, serão deduzidos de acordo com a seguinte proporção
C x B
C + D
CIRCCIRC
Pessoas que não exercem a título principal
Custos comuns e outros
Em que:
C – é o montante dos rendimentos brutos sujeitos e não isentos;
D – é o valor dos rendimentos brutos não sujeitos ou isentos;
B – é o montante dos custos comuns ligados à obtenção de rendimentos sujeitos e não isentos e dos não sujeitos ou isentos.
CIRCCIRC
Pessoas que não exercem a título principal
Custos comuns e outros
Importa ainda referir que o art.º 49.º apenas permite as deduções de custos que sejam indispensáveis para a obtenção dos rendimentos sujeitos e não isentos de IRC, devendo essas deduções serem feitas de acordo com as regras atrás referidas ou com base noutro critério considerado mais adequado e aceite pela D.G.C.I.
CIRCCIRC
Aplicação de métodos indirectos
Assim, a determinação do lucro tributável por métodos indirectos, verificar-se-á sempre que ocorra qualquer dos factos enunciados no art.º 88º da Lei Geral Tributária (LGT):
Inexistência de contabilidade, falta ou atraso de escrituração dos seus livros e registos e, bem assim, irregularidades na sua organização ou execução;
Recusa de exibição da contabilidade e demais documentos legalmente exigidos, bem como a sua ocultação, destruição, inutilização, falsificação ou viciação;
Existência de diversas contabilidades com propósito de dissimular a realidade perante a administração fiscal;
CIRCCIRC
Aplicação de métodos indirectos
Erros e inexactidões na contabilização das
operações ou indícios fundados de que a
contabilidade não reflecte a exacta situação
patrimonial e o resultado efectivamente obtido.
Existência de uma manifesta diferença entre o
valor declarado e o valor de mercado de bens ou
serviços e ainda de factos devidamente
identificados através dos quais seja patenteada
uma capacidade contributiva significativamente
menor que a declarada.
CIRCCIRC
Aplicação de métodos indirectos
Neste contexto, terá a administração fiscal que dar resposta a estas situações fixando o lucro tributável com base em todos os elementos de que disponha, designadamente
Margens médias de lucro bruto ou líquido sobre as vendas e prestações de serviços ou compras e fornecimentos e serviços de terceiros;
Taxas médias de rendibilidade do capital investido;
CIRCCIRC
Aplicação de métodos indirectos
Coeficientes técnicos de consumo ou utilização de matérias-primas ou de outros custos directos;
Elementos e informações declarados à administração fiscal, incluindo os relativos a outros impostos e, bem assim, os obtidos em empresas ou entidades que tenham relações com o contribuinte.
CIRCCIRC
Aplicação de métodos indirectos
Determinado o lucro tributável, necessário se mostra levar ao conhecimento do sujeito passivo os factores essenciais que conduziram à sua quantificação.
Este processo de notificação encontra-se estabelecido no art.º 55.º do CIRC, do qual destacaremos os principais elementos que dela devem constar, a saber:
Os factos que estiveram na origem;
Os critérios e cálculos subjacentes.
A notificação deve ser efectuada nos termos do n.º 2 do art.º 55.º – carta registada com aviso de recepção, nos termos previstos no Código de Procedimento e de Processo Tributário.
CIRCCIRC
C Correcções no caso de relações especiais–até 31.12.2001;
A existência de relações especiais entre o contribuinte e outra pessoa sujeita ou não a IRC;
Estabelecimento de condições diferentes das que seriam normalmente acordadas entre pessoas independentes que realizem operações da mesma natureza;
Apuramento, em face da contabilidade, de lucro diverso do que se apuraria na ausência de tais relações.
Correcções para efeitos de determinação da matéria colectável
CIRCCIRC
C
Preços de Transferência a partir de 2002
O novo regime das “relações especiais”, contemplado no art.º 58º, agora com a epígrafe/designação de “preços de transferência”, só entra em vigor nos períodos de tributação que se iniciem em 1 de Janeiro de 2002.
Correcções para efeitos de determinação da matéria colectável
CIRCCIRC
C Preços de Transferência a partir de 2002 O método deve ter em conta (n.º 2 do art.º 58º):
As características dos bens, direitos e serviços
A posição de mercado
A situação económica e financeira
A estratégia de negócio e demais características relevantes das empresas envolvidas
As funções por elas desempenhadas
Os activos utilizados
A repartição do risco
Correcções para efeitos de determinação da matéria colectável
CIRCCIRC
C Preços de Transferência a partir de 2002
Os métodos utilizados devem ser (n.º 3 do art.º 58.º):
-Método do preço comparável de mercado O preço de um bem ou de um serviço praticado na transacção controlada terá de ser comparado com o preço no mercado livre.
Correcções para efeitos de determinação da matéria colectável
CIRCCIRC
C Preços de Transferência a partir de 2002
-Método do preço de revenda minorado Ao preço de venda é deduzido uma margem bruta que corresponde ao montante necessário para cobrir os encargos de venda assim como outras despesas de exploração e realizar um lucro adequado às funções desempenhadas pela empresa.
Correcções para efeitos de determinação da matéria colectável
CIRCCIRC
C Preços de Transferência a partir de 2002
-Método do custo majorado – Consiste em determinar, os custos suportados pelo fornecedor, em relação aos bens ou serviços transferidos para o adquirente, empresa associada. Depois adiciona-se uma margem sobre o preço de custo de modo a obter um lucro apropriado de acordo com as condições de mercado e as funções que desempenham.
Correcções para efeitos de determinação da matéria colectável
CIRCCIRC
C Preços de Transferência a partir de 2002
-Método do fraccionamento do lucro – Consiste em primeiro lugar, em determinar o montante dos lucros resultantes das transacções controladas que efectuaram .Os referidos lucros são divididos entre as empresas associadas numa base economicamente válida, cuja partilha de lucros ocorra num acordo realizado em plena concorrência.
Correcções para efeitos de determinação da matéria colectável
CIRCCIRC
C Preços de Transferência a partir de 2002
-Método da margem líquida da operação ou outro – A partir de uma base apropriada, determina a margem de lucro líquida que realiza um contribuinte a título de uma transacção controlada.
Correcções para efeitos de determinação da matéria colectável
CIRCCIRC
C Pagamentos a entidades residentes em países com regime fiscal privilegiado
que o território da residência da sociedade conste da lista aprovada por portaria do Ministro das Finanças, ou
não seja aí tributada em imposto sobre o rendimento, ou ainda
que o imposto pago relativamente às importâncias devidas ou pagas seja igual ou inferior a 60% do imposto que seria devido se a entidade fosse considerada residente em território português.
Correcções para efeitos de determinação da matéria colectável
CIRCCIRC
C Imputação de lucros de sociedades residentes
em países com regime fiscal privilegiado
O art.º 60.º determina a imputação aos sócios residentes em território português, na proporção da respectiva participação no capital social e independentemente da sua distribuição, dos lucros obtidos por sociedades residentes fora desse território e aí submetidas a um regime fiscal mais favorável.
Correcções para efeitos de determinação da matéria colectável
CIRCCIRC
C
Subcapitalização
Também não são dedutíveis, nos termos do
art.º 61.º, para efeitos de determinação do
lucro tributável, os juros na parte respeitante
ao endividamento considerado excessivo
contraído junto das entidades não residentes
com as quais existam relações especiais, nos
termos do n.º 4 do art.º 58.º.
Correcções para efeitos de determinação da matéria colectável
CIRCCIRC
C Correcções no caso de crédito de imposto e retenções na fonte
Relativamente às correcções nos casos de crédito de imposto e retenções na fonte, contempladas no art.º 62.º, chama-se desde já a atenção para a articulação deste normativo com o estatuído nos art.º 84.º e 85.º.
O primeiro visa atenuar a dupla tributação de lucros distribuídos a entidades que detenham participações sociais e que não possam beneficiar do disposto no art.º 46.º. Até de 31/12/2001
Correcções para efeitos de determinação da matéria colectável
CIRCCIRC
C Correcções no caso de crédito de imposto e retenções na fonte
O segundo vem atenuar a dupla tributação de rendimentos obtidos no estrangeiro.
O mecanismo previsto nestes artigos consiste num crédito de imposto que se concretiza por uma dedução à colecta do IRC (montante de imposto calculado por aplicação da taxa à matéria colectável).
Correcções para efeitos de determinação da matéria colectável
CIRCCIRC
C Correcções no caso de crédito de imposto e retenções na fonte
No caso de se verificar crédito de imposto por
dupla tributação económica dos lucros
distribuídos (art.º 84.º), prevê a alínea a) do
art.º 62º que o montante desse crédito seja
adicionado aos rendimentos englobados. Até
31/12/2001.
Correcções para efeitos de determinação da matéria colectável
CIRCCIRC
C Correcções no caso de crédito de imposto e
retenções na fonte
Por sua vez, no caso do sujeito passivo obter
rendimentos no estrangeiro que dão direito a crédito
de imposto por dupla tributação internacional (art.º
85.º), esses rendimentos deverão ser
considerados, para efeitos de tributação, pelas
respectivas importâncias ilíquidas dos impostos
sobre o rendimento pagos no estrangeiro.
Correcções para efeitos de determinação da matéria colectável
CIRCCIRC
C Correcções no caso de crédito de imposto e
retenções na fonte
A outra correcção prevista neste artigo tem a ver
com as retenções na fonte que, nos termos da al. f)
do n.º 2 do art.º 83.º, são dedutíveis à colecta. De
facto, tendo essas retenções a natureza de imposto
por conta do imposto que será devido no final (após
a determinação da matéria colectável), não se
justificaria numa primeira fase a dedução das
mesmas.
Correcções para efeitos de determinação da matéria colectável
CIRCCIRC
C Correcções no caso de crédito de imposto
e retenções na fonte
Por isso o n.º 2 do art.º 62º determina que
sempre que tenha havido lugar a retenção na
fonte de IRC relativamente aos rendimentos
englobados, estes deverão ser considerados,
para efeitos de apuramento do lucro
tributável, ilíquidos dessas retenções .
Correcções para efeitos de determinação da matéria colectável
CIRCCIRC
C Correcções no caso de crédito de imposto e retenções na fonte
No caso do sujeito passivo ter contabilizado
esses rendimentos pelo seu valor líquido, terá
que adicionar o montante da retenção de
imposto quando do apuramento do lucro
tributável efectuado na declaração de
rendimentos.
Correcções para efeitos de determinação da matéria colectável
CIRCCIRC
C Regime Transitório
De acordo com o art.º 7º da Lei n.º 30-G/2000 de 29
de Dezembro foi estabelecido o regime transitório
respeitante à tributação dos grupos de sociedades.
Assim, os grupos de sociedades cuja autorização
para aplicação do regime de tributação pelo lucro
consolidado, ainda esteja em curso em 1 de Janeiro
de 2001, podem optar por uma das seguintes
hipóteses:
Regime especial de tributação dos grupos de sociedades
CIRCCIRC
C Regime Transitório
1ª - Hipótese
Renunciar ao regime com efeitos a partir do início de 2001, devendo a sociedade dominante, na determinação do lucro tributável de 2000, proceder às correcções:
dos resultados internos que tenham sido eliminados nas operações de consolidação e
das diferenças entre os prejuízos fiscais que foram integrados na base tributável consolidada e as que teriam sido consideradas se as sociedades do grupo tivessem sido tributadas autonomamente;
Regime especial de tributação dos grupos de sociedades
CIRCCIRC
C Regime Transitório
2ª - Hipótese
Passar a aplicar o regime especial de tributação dos grupos, não obstante não se verificarem alguns requisitos exigidos no art.º 63º do código do IRC.
A sociedade dominante deve incorporar no lucro tributável os resultados internos que tinham sido eliminados durante a vigência do anterior regime à medida que foram sendo considerados realizados pelo grupo, tendo como limite o exercício da caducidade da autorização, excepto
Regime especial de tributação dos grupos de sociedades
CIRCCIRC
C Regime Transitório
2ª - Hipótese
quando a sociedade dominante optar pela
renovação do regime de acordo com as regras em
vigor, o que implica que aos resultados internos
ainda pendentes de incorporação no lucro tributável
pode continuar a ser concedido o tratamento que
vinha sendo adoptado.
Regime especial de tributação dos grupos de sociedades
CIRCCIRC
C Regime Transitório
2ª - Hipótese
Nos casos de opção pelo regime especial de
tributação dos grupos, a sociedade dominante deve
incluir no dossier fiscal (art.º 121.º):
Documentos comprovativos do apuramento dos
resultados internos eliminados durante o período de
aplicação do regime de tributação pelo lucro
consolidado,
Regime especial de tributação dos grupos de sociedades
CIRCCIRC
C Regime Transitório
2ª - Hipótese
A indicação dos exercícios a que se reportam,
A identificação das sociedades que intervieram nas
operações que os originaram, abrangendo tanto os
que, em cada exercício são considerados
realizados pelo grupo e incluídos no lucro tributável,
como aqueles cuja tributação continua diferida.
Regime especial de tributação dos grupos de sociedades
CIRCCIRC
C A Lei nº 30-G/2000, de 29 de Dezembro,
veio revogar, com efeitos a partir do período
de tributação que se inicie em 2001, o regime
da tributação pelo lucro consolidado previsto
nos art.os 59.º (actual 63.º) e segs. do Código
do IRC, instituindo um novo regime de
tributação dos grupos de sociedades.
Tributação de grupos de sociedades
CIRCCIRC
C Para que seja considerado grupo de
sociedades é necessário que a
sociedade dominante detenha pelo
menos 90% do capital de outra ou
outras sociedades e que tal participação
lhe atribua mais de 50% dos direitos de
voto (n.º 2 do art.º 63.º ).
Tributação de grupos de sociedades
CIRCCIRC
C Requisitos do regime
Para que opte por este regime é necessário que se verifiquem cumulativamente os seguintes requisitos (n.º 3 do art.º 63º):
Todas as sociedades do grupo têm de ter a sede e direcção efectiva em território português e a totalidade dos seus rendimentos estar sujeita ao regime geral de tributação em IRC, à taxa mais elevada;
Tributação de grupos de sociedades
CIRCCIRC
C Requisitos do regime
Para que opte por este regime é necessário
que se verifiquem cumulativamente os
seguintes requisitos (n.º 3 do art.º 63º):
A sociedade dominante deter a
participação na sociedade dominada há
mais de um ano, com referência à data
em que se inicia a aplicação do regime.
Tributação de grupos de sociedades
CIRCCIRC
C Requisitos do regime
Para que opte por este regime é necessário que se verifiquem cumulativamente os seguintes requisitos (n.º 3 do art.º 63º):
A sociedade dominante não pode ser considerada dominada de nenhuma outra residente em território português que reúna os requisitos para ser qualificada como dominante.
Tributação de grupos de sociedades
CIRCCIRC
C Exclusão do regime
São excluídos do grupo, as sociedades que no inicio ou durante a aplicação do regime se encontrem em algumas das situações seguintes (n.º 4 do art.º 63º):
Inactividade há mais de um ano ou tenham sido dissolvidas;
Que tenha sido contra elas instaurado processo especial de recuperação ou de falência, desde que haja prosseguimento da acção;
Tributação de grupos de sociedades
CIRCCIRC
C Exclusão do regime
Existam prejuízos nos três exercícios anteriores
ao do início da aplicação do regime, salvo se a
participação já for detida pela sociedade
dominante há mais de dois anos,
Que a taxa de imposto que estão sujeitas e que
não renunciem, é mais baixa, que a taxa mais
elevada;
Tributação de grupos de sociedades
CIRCCIRC
C Exclusão do regime
Que o período de tributação adoptado seja
diferente do praticado pela sociedade dominante;
Que pelo menos 90% do nível de participação
exigido seja obtido indirectamente através de
uma entidade que não reúne os requisitos
exigidos para fazer parte do grupo;
Tributação de grupos de sociedades
CIRCCIRC
C Exclusão do regime
Que não assumem a forma jurídica
de sociedade por quotas, anónima ou
em comandita por acções.
Tributação de grupos de sociedades
CIRCCIRC
C Opção pelo regime especial
De acordo com o n.º 7 do art.º 63º do Código, a opção pelo novo regime deve ser comunicada à Direcção Geral dos Impostos, pela sociedade dominante e pelas dominadas através de uma declaração de modelo oficial até ao fim do terceiro mês do período de tributação em que se pretende iniciar a aplicação do regime (O modelo declarativo foi divulgado através da circular n.º 4/2001 de 14 de Fevereiro), sendo válida por cinco exercícios.
Tributação de grupos de sociedades
CIRCCIRC
C Cessação da aplicação do regime especial
A aplicação do regime especial de tributação
dos grupos de sociedades, cessa quando (n.º
8 do art.º 63.º):
Ocorram alterações na composição do
grupo, com a entrada de novas sociedades
sem que seja feita a sua inclusão no
âmbito do regime;
Tributação de grupos de sociedades
CIRCCIRC
C Cessação da aplicação do regime especial
A aplicação do regime especial de tributação
dos grupos de sociedades, cessa quando (n.º
8 do art.º 63.º):
Ocorra a saída de sociedades do grupo por alienação da
participação ou por outras alterações na composição do grupo
motivadas nomeadamente por fusões ou cisões, sempre que a
sociedade dominante não opte pela continuidade do regime em
relação às demais sociedades do grupo;
Tributação de grupos de sociedades
CIRCCIRC
C Cessação da aplicação do regime especial
O lucro tributável de qualquer das
sociedades do grupo seja determinado
com recurso a métodos indirectos;
Deixe de se verificar algum dos requisitos
de adesão;
Ocorram situações de exclusão das
referidas no n.º 4.
Tributação de grupos de sociedades
CIRCCIRC
C Determinação do lucro tributável do grupo
Em cada um dos períodos de tributação o lucro tributável do grupo é calculado pela sociedade dominante, através da soma algébrica dos lucros tributáveis e dos prejuízos fiscais de cada uma das sociedades pertencentes ao grupo (n.º 1 do art.º 64º ). A única correcção diz respeito a lucros distribuídos entre empresas do grupo (n.º 2 do art.º 64º).
Tributação de grupos de sociedades
CIRCCIRC
C Dedução dos prejuízos fiscais
Sempre que seja aplicável o regime estipulado no
art.º 63º, no tocante a dedução de prejuízos fiscais
verifica-se o seguinte:
Os prejuízos fiscais das sociedades do grupo
referentes a exercícios anteriores ao do início de
aplicação do regime, só podem ser deduzidos ao
lucro tributável do grupo até à concorrência do
lucro tributável da sociedade a que respeitam
(alínea a) do n.º 1 do art.º 65º).
Tributação de grupos de sociedades
CIRCCIRC
C Dedução dos prejuízos fiscais
Os prejuízos fiscais do grupo apurados em cada
exercício de aplicação do regime só podem ser
deduzidos aos lucros tributáveis do grupo (alínea
b) do n.º 1).
Terminada a aplicação do regime, podem as
sociedades do grupo deduzir os prejuízos
anteriores desde que não tenham sido deduzidos
ao lucro tributável do grupo (alínea c) do n.º 1) .
Tributação de grupos de sociedades
CIRCCIRC
C Dedução dos prejuízos fiscais
Quando houver continuidade de aplicação
do regime após saída de uma ou mais
sociedades do grupo, extingue-se o direito
à dedução da quota-parte dos prejuízos
fiscais respeitantes àquelas sociedades
(alínea d) do n.º 1)
Tributação de grupos de sociedades
CIRCCIRC
C
Tributação de grupos de sociedades
Traços caracterizadores das alterações mais importantes no regime especial de
tributação de grupos de sociedades (artigo 63.º)
Regime anterior Regime actual
Sociedade do perímetro de consolidaçãodetidos em 31 de Dezembro do anoanterior
Sociedade do perímetro de consolidaçãodetidos há mais de 1 ano
Cálculo da Mc através da agregação dasDf e anulação de RI com limites
Soma algébrica dos lucros tributáveis
Prejuízos reporte com limite possibilidadede reporte em caso de saída
Prejuízos reporte sem limite eimpossibilidade de reporte em caso desaída
Penalização em caso de caducidade ousaída de uma sociedade
Inexistência de penalização excepto perdade prejuízos
CIRCCIRC
C
Transformação de sociedades
Segundo o art.º 66.º, a transformação de
sociedades não implica alteração do
regime fiscal que vinha sendo aplicado
nem determina, por si só, quaisquer
consequências em matéria de IRC, salvo nos
casos previstos nos n.os 2 e 3 daquele artigo.
CIRCCIRC
C
Transformação de sociedades
De facto, determina o art.º 130.º do Código
das Sociedades Comerciais, que a
transformação de uma sociedade não
importa a sua dissolução, salvo se assim for
deliberado pelos sócios, sucedendo
automática e globalmente à sociedade
anterior a sociedade formada por
transformação.
CIRCCIRC
C
Transformação de sociedades
Contudo, o n.º 2 do art.º 66.º, vem excepcionar as sociedades civis não constituídas sob a forma comercial uma vez que a essas sociedades não é reconhecida personalidade jurídica. Neste caso, ser-lhes-á aplicável o regime de transparência fiscal previsto no art.º 6.º do CIRC, ou seja, a matéria colectável que lhes for determinada desde o início do exercício até à data da transformação é imputada aos sócios.
CIRCCIRC
C
Transformação de sociedades
Este tipo de transformação não implica no
entanto cessação de actividade e/ou início
de actividade mas apenas a determinação
em separado do lucro tributável
relativamente ao período anterior e posterior
à transformação.
CIRCCIRC
C
Transformação de sociedades
Quanto aos prejuízos fiscais anteriores à
transformação, o n.º 3 do art.º 66.º permite
que os mesmos possam ser deduzidos, nos
termos do art.º 47.º, aos lucros tributáveis da
sociedade resultante da transformação.
CIRCCIRC
C
Fusões e cisões de sociedades
As fusões e cisões de sociedades
encontram-se disciplinadas no Código
das Sociedades Comerciais nos art.os
97.º a 117.º e 118.º a 129.º,
respectivamente.
CIRCCIRC
C
Fusões e cisões de sociedades
O art.º 97.º do Código das Sociedades
Comerciais define que duas ou mais
sociedades, ainda que de tipo diverso,
podem fundir-se mediante a reunião
numa só, podendo a fusão assumir três
formas:
CIRCCIRC
C
Fusões e cisões de sociedades
Mediante a transferência global do
património de uma ou mais sociedades
para outra e a atribuição aos sócios
daquelas partes, acções ou quotas
desta;
CIRCCIRC
C
Fusões e cisões de sociedades
Mediante a constituição de uma nova
sociedade, para a qual se transferem
globalmente os patrimónios das
sociedades fundidas, atribuindo-se aos
sócios partes, acções ou quotas da
nova sociedade;
CIRCCIRC
C
Fusões e cisões de sociedades
Podem, ainda, ser atribuídas aos sócios
das sociedades fundidas quantias em
dinheiro que não excedam 10% do valor
nominal das participações que lhes
foram atribuídas.
CIRCCIRC
C
Fusões e cisões de sociedades
Relativamente à cisão podem ocorrer
três modalidades (art.º 118.º do CSC):
Cisão simples;
Cisão – dissolução;
Cisão – fusão;
CIRCCIRC
C
Fusões e cisões de sociedades
Cisão simples – consiste em
destacar parte do património de
uma sociedade, para com ela
constituir outra sociedade;
CIRCCIRC
C
Fusões e cisões de sociedades
Cisão – dissolução – consiste em
dissolver-se e dividir o património
duma sociedade, sendo cada uma
das partes resultantes, destinada a
constituir nova sociedade;
CIRCCIRC
C
Fusões e cisões de sociedades
Cisão – fusão – consiste em destacar
partes do património duma sociedade,
ou dissolver-se, dividindo o seu
património em duas ou mais partes,
para as fundir com sociedades já
existentes ou com outras em idênticas
circunstâncias.
CIRCCIRC
C
Regime fiscal aplicável a fusões e cisões
No tocante à fusão e cisão de
sociedades o art.º 67.º prevê um
regime especial destinado a
assegurar a neutralidade fiscal
destas operações, uma vez
observadas determinadas condições,
designadamente:
CIRCCIRC
C
Regime fiscal aplicável a fusões e cisões
A sociedade para a qual é transmitido o património das sociedades fundidas ou cindidas tenha sede ou direcção efectiva em território português;
Os elementos patrimoniais activos e passivos objecto de transmissão sejam inscritos na contabilidade da sociedade resultante da fusão ou cisão com os mesmos valores que tinham na contabilidade das sociedades fundidas ou cindidas;
CIRCCIRC
C
Regime fiscal aplicável a fusões e cisões
Esses valores resultem da aplicação
das disposições do CIRC ou de
reavaliações feitas ao abrigo de
legislação fiscal.
CIRCCIRC
C
Liquidação de sociedades e outras entidades
Sociedades em liquidação
O art.º 73.º refere a forma de determinar o
lucro tributável das sociedades em
liquidação, o qual de harmonia com o
disposto no seu n.º 1, corresponderá a todo
o período de liquidação.
CIRCCIRC
C
Liquidação de sociedades e outras entidades
Nos termos do Código das Sociedades
Comerciais, uma sociedade dissolvida entra
imediatamente em liquidação cuja duração
será, por via de regra, de 3 anos a contar da
data da dissolução, só podendo ser
prorrogado por deliberação dos sócios e
nunca superior a 2 anos.()
() Vide art.os 146.º a 165.º do Código das Sociedades Comerciais.
CIRCCIRC
C
Liquidação de sociedades e outras entidades
Como vimos, quando tratamos do
período de tributação, verifica-se aqui
um desvio ao princípio geral consignado
no n.º 1 do art.º 8.º, segundo o qual o
período de tributação, correspondente
ao exercício económico coincide com o
ano civil.
CIRCCIRC
C
Liquidação de sociedades e outras entidades
Assim, dispõe o n.º 1 do art.º 73.º que o lucro
tributável é determinado com referência a
todo o período de liquidação tendo em conta
que (n.º 2 do art.º 73.º):
CIRCCIRC
C
Liquidação de sociedades e outras entidades
No exercício em que ocorrer a
dissolução, deverá ser feito o
encerramento das contas com referência à
data da dissolução, com vista a determinar
o lucro tributável correspondente ao
período decorrido desde o início do
exercício em que se verificou a dissolução
até à data desta;
CIRCCIRC
C
Liquidação de sociedades e outras entidades
Durante o período de liquidação haverá lugar anualmente à determinação do lucro tributável a título provisório;
Se o período de liquidação não ultrapassar 3 anos, o lucro tributável determinado a título provisório, será corrigido face à determinação do lucro tributável correspondente a todo o período de tributação, cobrando-se ou anulando-se, a diferença apurada.
CIRCCIRC
C
Liquidação de sociedades e outras entidades
Se o período de liquidação não ocorrer dentro dos 3 anos, os lucros tributáveis de natureza provisória tornar-se-ão definitivos, i.e., não se procederá à liquidação correctiva a que se refere o n.º 8 do art.º 83.º, perdendo também o sujeito passivo a possibilidade de deduzir os prejuízos fiscais eventualmente acumulados até à data da dissolução (n.º 3 e 4 do art.º 73.º).
CIRCCIRC
C
Liquidação de sociedades e outras entidades
Resultado da liquidação
Quanto ao resultado da liquidação (art.º
74.º), havendo partilha de bens
patrimoniais pelos sócios, o valor a
tomar em consideração para a
determinação do resultado, será o valor
de mercado dos mesmos.
CIRCCIRC
C
Liquidação de sociedades e outras entidades
Resultado da partilha
Relativamente à tributação dos sócios, o art.º 75.º estabelece que o valor atribuído a cada sócio em resultado da partilha, abatido do preço de aquisição das correspondentes partes sociais, será englobado para efeitos de tributação em sede de IRS ou IRC (consoante o sócio seja pessoa singular ou colectiva), da seguinte forma (n.º 2 do art.º 75.º):
CIRCCIRC
C
Liquidação de sociedades e outras entidades
Resultado da partilha
Se a diferença entre o valor atribuído e o preço de aquisição das partes sociais for positiva:
É considerada rendimento de aplicação de capitais até ao valor correspondente às entradas verificadas para a realização do capital;
É ganho de mais - valias, o valor que o ultrapassar
CIRCCIRC
C
Liquidação de sociedades e outras entidades
Resultado da partilha
Se a diferença for negativa:
É menos-valia dedutível, mas apenas
quando as partes sociais tenham
permanecido na titularidade do sujeito
passivo durante os 3 anos imediatamente
anteriores à data da dissolução.
CIRCCIRC
C
Constituição de sociedades com património empresarial de Pessoa singular - regime especial de neutralidade fiscal
Nos termos do art.º 38.º do CIRS, não há lugar ao apuramento de qualquer resultado tributável, por virtude da realização de capital social resultante da transmissão da totalidade do património, afecto ao exercício de uma actividade empresarial e profissional por uma pessoa singular, desde que, cumulativamente sejam observadas as condições previstas naquele artigo.
CIRCCIRC
C
Constituição de sociedades com património empresarial de Pessoa singular - regime especial de neutralidade fiscal
Em sede de IRC esta matéria encontra-se regulada no
art.º 77.º o qual determina que, quando seja aplicável o
regime estabelecido no art.º 38 do CIRS, devem ser
observadas as seguintes condições:
O apuramento dos resultados
respeitantes aos bens que constituem o
património transmitido é calculado como se
não tivesse havido essa transmissão;
CIRCCIRC
C
Constituição de sociedades com património empresarial de Pessoa singular - regime especial de neutralidade fiscal
As reintegrações e amortizações
sobre os elementos do activo
imobilizado são efectuadas de acordo
com o regime que vinha sendo seguido
antes da transmissão;
CIRCCIRC
C
Constituição de sociedades com património empresarial de Pessoa singular - regime especial de neutralidade fiscal
As provisões que tiverem sido transferidas
têm, para efeitos fiscais, o regime que lhes
era aplicável em sede de IRS, ou seja, os
bens objecto de transmissão têm, em sede
de IRC, o mesmo tratamento fiscal que
teriam se continuassem na titularidade da
pessoa singular.
CIRCCIRC
C
Constituição de sociedades com património empresarial de Pessoa singular - regime especial de neutralidade fiscal
Relativamente aos prejuízos fiscais,
determina o n.º 2 daquele art.º 77.º que os
prejuízos que ainda não tenham sido
deduzidos pela pessoa singular, poderão
ser deduzidos nos lucros tributáveis da
nova sociedade, no prazo previsto no art.º
47.º (nos seis anos posteriores). Não pode
essa dedução exceder 50% de cada um
desses lucros tributáveis.
CIRCCIRC
C
Instrumentos financeiros derivados
Futuros
Poderemos sumariamente definir um futuro como um contrato, processado em bolsa, que estabelece a obrigação de compra/venda de um determinado activo, numa data futura e a um preço previamente estabelecido.
Este contrato não envolve, em regra, a movimentação de activos, mas antes a movimentação de margens diárias (positivas ou negativas) segundo a variação de preços ocorrida até ao fecho da posição, i.e., o comprador de um futuro ganha se o preço sobe e o vendedor perde (o inverso ocorre quando o preço desce).
CIRCCIRC
C
Instrumentos financeiros derivados
Opções
A opção é um instrumento financeiro que dá ao seu
detentor o direito (mas não a obrigação) de comprar ou
vender um determinado activo, num certo período de
tempo, a um preço previamente estabelecido.
Entre os activos de suporte mais vulgares salientam-se
as acções, os bilhetes de tesouro, os certificados de
depósito e obrigações (taxas de juro), a moeda
estrangeira (taxas de câmbio), os metais e as
mercadorias.
As transacções de opções podem processar-se em bolsa
(mercados organizados) ou fora da bolsa
CIRCCIRC
C
Instrumentos financeiros derivados
Swaps
Um swap é uma transacção financeira pela
qual duas partes acordam, durante um
período de tempo pré-determinado, a troca de
pagamentos de juros, ou de capital e juros, de
acordo com uma regra pré - estabelecida.
Os Swaps podem ser classificados em dois
grandes grupos: Swaps de taxas de juro e
Swaps cambiais.
CIRCCIRC
C
Instrumentos financeiros derivados
Refere o n.º 1 do art.º 78.º que na
consideração dos proveitos ou ganhos e
custos ou perdas relativos a instrumentos
financeiros derivados, observar-se-á o
seguinte():
() Sobre este assunto vide circ. 13/98, de 13/5/98 da D.G.C.I.
CIRCCIRC
C
Instrumentos financeiros derivados
Tratando-se de operações efectuadas em
bolsas de valores, em curso no fecho de um
exercício, os proveitos ou ganhos e os custos
ou perdas serão imputados àquele exercício,
sendo os seus valores determinados com
base no valor de mercado verificado no último
dia desse exercício(1);(1) Os ganhos não realizados poderão ser diferidos para os dois exercícios seguintes, nas
condições previstas no n.º 2 do art.º 78 do CIRC.
CIRCCIRC
C
Instrumentos financeiros derivados
Tratando-se de operações não efectuadas
em bolsas de valores, os proveitos ou ganhos
e os custos ou perdas serão imputáveis ao
exercício da liquidação da correspondente
operação, excepto quando se trate de
proveitos ou ganhos já realizados ou custos
ou perdas já suportados em exercícios
anteriores.
CIRCCIRC
C
Instrumentos financeiros derivados
Ainda no que respeita aos swaps, prevê o
art.º 79.º que havendo lugar à cessão ou à
anulação de um swap ou operação cambial a
prazo, com pagamento e recebimento de
valores de regularização, observar-se-á o
seguinte (n.º 1 do art.º 79.º):
Os montantes devidos serão
considerados como proveito ou custo do
exercício da anulação do contrato;
CIRCCIRC
C
Instrumentos financeiros derivados
Não é aceite como custo para efeitos fiscais qualquer pagamento de compensação que exceda os pagamentos de regularização previstos no contrato original, ou os preços de mercado aplicáveis a operações com as mesmas características, bem como o custo imputado à aquisição de uma posição contratual de um swap preexistente que exceda os pagamentos de regularização previstos no contrato original ou os preços de mercado com idênticas características (n.º 2 do art.º 79.º).
CIRCCIRC
C
Carteiras de investimento das empresas de seguros
São considerados como proveitos ou ganhos ou como custos
ou perdas do exercício os valores relevados na contabilidade
das empresas de seguros a título de utilização e dotação do
fundo para dotações futuras, bem como os valores relevados
como mais-valias ou menos-valias resultantes da adopção do
critério do valor actual, tal como é estabelecido pela
regulamentação contabilística do sector, na valorização dos
investimentos a representar as provisões técnicas do seguro
de vida com participação nos resultados e dos investimentos
relativos a seguros de vida em que o risco de investimento é
suportado pelo tomador do seguro.Novo - Art.º 79.º -A
CIRCCIRC
C
Taxas
A taxa do IRC é de 30%, excepto nos casos previstos nos números seguintes.
Tratando-se de rendimentos de entidades que não tenham sede nem direcção efectiva em território português e aí não possuam estabelecimento estável ao qual os mesmos sejam imputáveis, a taxa do IRC é de 25%, excepto relativamente aos seguintes rendimentos:
CIRCCIRC
C
Taxas
a) Rendimentos provenientes da propriedade intelectual ou industrial, da prestação de informações respeitantes a uma experiência adquirida no sector industrial, comercial ou científico e bem assim da assistência técnica, em que a taxa é de 15%;b) Rendimentos derivados do uso ou da concessão do uso de equipamento agrícola, industrial, comercial ou científico, em que a taxa é de 15%;
CIRCCIRC
C
Taxas
c) Rendimentos dos títulos de dívida e outros rendimentos de aplicação de capitais, exceptuados os lucros colocados à disposição por entidades sujeitas a IRC e o valor atribuído aos associados em resultado da partilha que, nos termos do artigo 75.º, seja considerado como tal, em que a taxa é de 20%; d) Prémios de rifas, totoloto, jogo de loto, bem como importâncias ou prémios atribuídos em quaisquer sorteios ou concursos, em que a taxa é de 35%;
CIRCCIRC
C
Taxas
e) Comissões por intermediação na celebração de quaisquer contratos e rendimentos de prestações de serviços referidos no n.º 7) da alínea c) do n.º 3 do artigo 4.º, em que a taxa é de 15%.3 - Relativamente aos sujeitos passivos abrangidos pelo regime simplificado previsto no artigo 53.º, a taxa aplicável é de 20%.
CIRCCIRC
C
Taxas
4 - Relativamente ao rendimento global de
entidades com sede ou direcção efectiva em
território português que não exerçam, a título
principal, actividades de natureza comercial,
industrial ou agrícola, a taxa é de 20%.
CIRCCIRC
C
Tributação Autónoma
Despesas confidenciais ou não documentadas
Sujeitos passivos que exerçam a título principal uma actividade de
natureza comercial, industrial ou agrícola (nº1, art.º 81º)
Sujeitos passivos total ou parcialmente isentas de IRC ou que não
exerçam a título principal uma actividade de natureza comercial,
industrial ou agrícola(nº2, art.º 81º)
Continuam a não ser consideradas custo fiscal nos termos do art.º 42º.
Estas despesas deixaram de estar previstas em diploma autónomo ( o art.º 4º do
DL 192/90, de 09 de Junho, revogado pelo n.º 11 do artigo 7º da Lei 30-G/2000,
de 29 de Dezembro), para passarem a integrar o artigo 81º do CIRC
50%
70%
CIRCCIRC
C
Tributação Autónoma
Despesas correspondentes a importâncias pagas ou devidas a
residentes fora do território português e aí submetidas a um regime
claramente mais favorável, (se não for provado que tais encargos
correspondem a operações efectivamente realizadas e que não têm
caracter anormal ou montante exagerado) -n.º 7 do artigo 81º:
Sujeitos passivos que exerçam a título principal uma actividade de
natureza comercial, industrial ou agrícola
Sujeitos passivos total ou parcialmente isentos de IRC ou que não
exerçam a título principal uma actividade de natureza comercial,
industrial ou agrícola
35%
55%
6,4%São tributados autonomamente, à taxa correspondente a 20% da taxa normal mais elevada, os encargos dedutíveis relativos a despesas de representação e os relacionados com viaturas ligeiras de passageiros ou mistas, motos e motociclos, efectuados ou suportados por sujeitos passivos não isentos subjectivamente e que exerçam, a título principal, actividade de natureza comercial, industrial ou agrícola.
CIRCCIRC
C
Tributação Autónoma
Não aplicável ao regime simplificado
CIRCCIRC
C
Liquidação
A liquidação do IRC processa-se nos termos
seguintes:
a)Quando a liquidação deva ser feita pelo
contribuinte nas declarações a que se referem os
artigos 112.º e 114.º, tem por base a matéria
colectável que delas conste;
CIRCCIRC
C
Liquidação
b)Na falta de apresentação da declaração a que se
refere o artigo 112.º, a liquidação é efectuada até
30 de Novembro do ano seguinte àquele a que
respeita ou, no caso previsto no n.º 2 do referido
artigo, até ao fim do 6.º mês seguinte ao do termo
do prazo para a apresentação da declaração aí
mencionada e tem por base a totalidade da matéria
colectável do exercício mais próximo que se
encontre determinada;
CIRCCIRC
C
Liquidação
c)Na falta de liquidação nos termos das
alíneas anteriores, a mesma tem por base os
elementos de que a administração fiscal
disponha.
CIRCCIRC
C
Liquidação
2 -Ao montante apurado nos termos do número anterior são efectuadas as seguintes deduções, pela ordem indicada:b) A correspondente à dupla tributação internacional;d) A relativa a benefícios fiscais;e) A relativa ao pagamento especial por conta a que se refere o artigo 98.º;f) A relativa a retenções na fonte não susceptíveis de compensação ou reembolso nos termos da legislação aplicável.
CIRCCIRC
C
Liquidação
-Das deduções efectuadas nos termos das
alíneas b), d) e e) do n.º 2 não pode resultar
valor negativo.
CIRCCIRC
C
Liquidação
Crédito de imposto por dupla tributação internacional1-A dedução a que se refere a alínea b) do n.º 2 do artigo 83.º é apenas aplicável quando na matéria colectável tenham sido incluídos rendimentos obtidos no estrangeiro e corresponde à menor das seguintes importâncias:a) Imposto sobre o rendimento pago no estrangeiro;b) Fracção do IRC, calculado antes da dedução, correspondente aos rendimentos que no país em causa possam ser tributados.
CIRCCIRC
C
Liquidação
Crédito de imposto por dupla tributação internacional
2 - Quando existir convenção para eliminar a
dupla tributação celebrada por Portugal, a dedução
a efectuar nos termos do número anterior não pode
ultrapassar o imposto pago no estrangeiro nos
termos previstos pela convenção.
CIRCCIRC
C
Liquidação
Crédito de imposto por dupla tributação internacional
3 - Sempre que não seja possível efectuar a
dedução a que se referem os números anteriores,
por insuficiência de colecta no exercício em que os
rendimentos obtidos no estrangeiro foram
incluídos na base tributável, o remanescente pode
ser deduzido até ao fim dos cinco exercícios
seguintes.
CIRCCIRC
C
Liquidação
Crédito de imposto por dupla tributação internacional
Este crédito traduz-se na seguinte expressão:
Crédito = IR pago no estrangeiroou
Fracção da colecta do IRC = ( rend/ líquido obtido no estrangeiro + IR pago no estrangeiro) x taxa de IRC
CIRCCIRC
C
Liquidação
Crédito de imposto por dupla tributação internacional
Exemplo:A sociedade Beta, Lda., com sede em Portugal, obteve em 2000 lucros em país estrangeiro no valor de 1 000 contos, os quais foram tributados nesse país à taxa de 50%, a que corresponderam 500 contos de imposto pago no estrangeiro.
Os lucros da empresa em Portugal, atingiram nesse ano o montante de 10.000.contos.
Lucros obtidos em Portugal (ilíquidos de imposto) ..... 10 000 ctsLucros obtidos no estrangeiro (líquidos de imposto) . 500 ctsImposto pago no estrangeiro........ . .500 cts 11 000 cts
CIRCCIRC
C
Liquidação
Crédito de imposto por dupla tributação internacional
Cálculo do IRC (32% x 11.000 cts) ............................................. 3 520 ctsIRC correspondente a 1 000 cts......................................................320 ctsImposto s/ o rendimento pago no estrangeiro .................................500 cts
A importância a deduzir ao IRC global de 3 520 cts, será a fracção de IRC correspondente ao lucro de 1 000 cts (320 cts), por ser menor que o imposto pago no estrangeiro (500 cts).
CIRCCIRC
C
Deduções à colecta
Pagamento especial por contaA dedução a que se refere a alínea e) do n.º 2 do artigo 83.º é efectuada ao montante apurado na declaração a que se refere o artigo 112.º do próprio exercício a que respeita ou, se insuficiente, até ao quarto exercício seguinte, depois de efectuadas as deduções referidas nas alíneas a) a d) do n.º 2 e com observância do n.º 7, ambos do artigo 83.º
CIRCCIRC
C
Deduções à colecta
Pagamento especial por conta2 - Em caso de cessação de actividade no próprio exercício ou até ao terceiro exercício posterior àquele a que o pagamento especial por conta respeita, a parte que não possa ter sido deduzida nos termos do número anterior, quando existir, é reembolsada mediante requerimento do sujeito passivo, dirigido ao chefe do serviço de finanças da área da sede, direcção efectiva ou estabelecimento estável em que estiver centralizada a contabilidade, apresentado nos 90 dias seguintes ao da cessação da actividade.
CIRCCIRC
C
Retenções na fonte
Retenções na Fonte
O sistema de retenção na fonte previsto no art.º 88.º, impõe, às entidades pagadoras dos rendimentos, o dever legal de reter o imposto devido por esses rendimentos e de o entregar nos cofres do Estado.
Note-se que o sujeito passivo da relação jurídica e da obrigação de imposto, no caso da retenção na fonte ter natureza de pagamento por conta do imposto devido a final, continua a ser o titular do rendimento e é em relação a ele que se devem verificar os pressupostos da tributação. Tabela
CIRCCIRC
C
Retenções na fonte
Dispensa de Retenção na Fonte
Não existe obrigação de efectuar a retenção na fonte de IRC, nos termos do art.º 90º do CIRC, quando este tenha a natureza de imposto por conta, nos seguintes casos:
.Juros e quaisquer outros rendimentos de capitais .......
Juros ou quaisquer acréscimos de crédito pecuniário, resultantes da dilação do respectivo vencimento....
Lucros obtidos por entidades a que seja aplicável o regime estabelecido no art.º 46.º;
CIRCCIRC
C
Retenções na fonte
Dispensa de Retenção na Fonte
Lucros obtidos por entidades a que seja aplicável o regime estabelecido no art.º 46.º;
Rendimentos derivados do uso ou concessão do uso de...
Rendimentos obtidos por sociedades tributadas segundo o Regime Especial de Tributação dos Grupos de Sociedades, de que seja devedora sociedade do mesmo grupo,....................
CIRCCIRC
C
Liquidações adicionais
A Direcção-Geral dos Impostos procede à liquidação adicional quando, depois de liquidado o imposto, seja de exigir, em virtude de correcção efectuada nos termos do n.º 10 do artigo 83.º ou de fixação do lucro tributável por métodos indirectos, imposto superior ao liquidado. (Rectificado pela Declaração de
Rectificação n.º 14-C/2001)
CIRCCIRC
C
Liquidações adicionais
2 - A Direcção-Geral dos Impostos procede ainda a liquidação adicional, sendo caso disso, em consequência de:a) Revisão do lucro tributável nos termos do artigo 57.º;b) Exame à contabilidade efectuado posteriormente à liquidação correctiva referida no n.º 1;c) Improcedência, total ou parcial, do recurso a que se refere o artigo 129.º;d) Erros de facto ou de direito ou omissões verificados em qualquer liquidação.
CIRCCIRC
C
Pagamento
As entidades que exerçam, a título principal,
actividade de natureza comercial, industrial ou
agrícola, bem como as não residentes com
estabelecimento estável em território português,
devem proceder ao pagamento do imposto nos
termos seguintes:
CIRCCIRC
C
Pagamento
a) Em três pagamentos por conta, com
vencimento nos meses de Julho, Setembro e
Dezembro do próprio ano a que respeita o lucro
tributável ou, nos casos dos n.ºs 2 e 3 do artigo
8.º, no 7.º, 9.º e 12.º meses do respectivo período
de tributação;
CIRCCIRC
C
Pagamento
b) Até ao último dia útil do prazo fixado para o
envio ou apresentação da declaração periódica de
rendimentos, pela diferença que existir entre o
imposto total aí calculado e as importâncias
entregues por conta;
CIRCCIRC
C
Pagamento
c) Até ao dia da apresentação da declaração de
substituição a que se refere o artigo 114.º, pela
diferença que existir entre o imposto total aí
calculado e as importâncias já pagas.
CIRCCIRC
C
Pagamento
Resumo do cálculo do imposto
LIQUIDAÇÃO
MATÉRIA COLECTÁVEL x TAXA
COLECTA
DEDUÇÕES À
COLECTA
DUPLA TRIBUTAÇÃO ECONÓMICA
DUPLA TRIBUTAÇÃO
INTERNACIONAL
CONTRIBUIÇÃO AUTÁRQUICA
BENEFÍCIOS FISCAIS
PAGAMENTO ESPECIAL POR
CONTA
RETENÇÕES NA FONTE
PAGAMENTOS POR CONTA
IRC A PAGAR /A
RECUPERAR
CIRCCIRC
C
Pagamento por conta
Para os contribuintes, cujo ano económico coincida com o ano civil, cada um dos três pagamentos por conta corresponderá a:
75% do IRC ( três pagamentos de 25% cada) relativo ao exercício imediatamente anterior, liquido de retenções na fonte, (n.º 1 do art.º 97.º) para os contribuintes cujo volume de negócios seja igual ou inferior a 100.000 cts (€ 498 797,90)
CIRCCIRC
C
Pagamento por conta
Para os contribuintes, cujo ano económico coincida com o ano civil, cada um dos três pagamentos por conta corresponderá a:
85% do IRC ( três pagamentos de 28,333% cada) relativo ao exercício imediatamente anterior, liquido de retenções na fonte, (n.º 1 do art.º 97.º) para os contribuintes cujo volume de negócios seja superior a 100.000 cts (€ 498 797,90)
CIRCCIRC
C
Pagamento por conta
Os contribuintes, estão dispensados de efectuar pagamentos por conta, quando o imposto do exercício imediatamente anterior for inferior a 40 000$00 (€199,52) (nº4 do art.º 96º).
CIRCCIRC
C
Pagamento
Não há lugar ao pagamento a que se
referem as alíneas b) e c) do n.º 1 nem ao
reembolso a que se refere o n.º 2 quando o
seu montante for inferior a 5000$ (€ 24,94).
Mínimo
CIRCCIRC
C
Cálculo dos pagamentos por conta
Os pagamentos por conta são calculados com
base no imposto liquidado nos termos do n.º 1 do
artigo 83.º relativamente ao exercício
imediatamente anterior àquele em que se devam
efectuar esses pagamentos, líquido da dedução a
que se refere a alínea f) do n.º 2 do mesmo
artigo.
CIRCCIRC
C
Artigo 98.º Pagamento especial por conta
1 -Sem prejuízo do disposto na alínea a) do n.º 1 do artigo 96.º, os sujeitos passivos aí mencionados, excepto os abrangidos pelo regime simplificado, ficam sujeitos a um pagamento especial por conta, a efectuar durante o mês de Março ou, em duas prestações, durante os meses de Março e Outubro do ano a que respeita ou, no caso de adoptarem um período de tributação não coincidente com o ano civil, no 3.º mês e no 10.º mês do período de tributação respectivo.
CIRCCIRC
C
Artigo 98.º Pagamento especial por conta
2 - O montante do pagamento especial por
conta é igual à diferença entre o valor
correspondente a 1% do respectivo volume de
negócios, com o limite mínimo de 100 000$ (€
498,80) e máximo de 300 000$ (€1496,39), e o
montante dos pagamentos por conta efectuados
no ano anterior. 1% VN - PC = PECPEC > 100 000$00 e > 300 000$00
CIRCCIRC
C
Artigo 98.º Pagamento especial por conta
3 - Para efeitos do disposto no número
anterior, o volume de negócios é determinado
com base no valor das vendas e ou dos serviços
prestados, realizados até ao final do exercício
anterior, podendo ser rectificado no ano seguinte
se se verificar que foi distinto do que serviu de
base ao respectivo cálculo.
CIRCCIRC
C
Artigo 98.º Pagamento especial por conta
4 - O disposto no n.º 1 não é aplicável no
exercício em que se inicia a actividade.
5 - Quando seja aplicável o regime especial de
tributação dos grupos de sociedades, é devido um
pagamento especial por conta por cada uma das
sociedades dominadas, a efectuar pela sociedade
dominante.
CIRCCIRC
C
Artigo 98.º Pagamento especial por conta
PAGAMENTO ESPECIAL POR CONTA A PARTIR DE 2001
Volume de negócios Não Obrigatoriedade de efectuar o a considerar menos ospagamentos por contado ano anterior < = 0Sim O pagamento foi deduzido no próprio
exercírcio a que respeita ou se insuficienteNão existe a obrigatoriedade até ao quarto exercício seguinte ?de efectuar o pagamento especialpor conta nº2 artigo 98 CIRC Não
Situação O contribuinte perdeResolvida o direito ao pagamento
que efectuou A)
A) A não ser no caso de cessação de actividade.
pagamento especial por contanº2 artigo 98º CIRC
Sim
CIRCCIRC
C
Artigo 98.º Pagamento especial por conta
PAGAMENTOS ESPECIAIS POR CONTA DE 1999 E 2000
Pagamento especial por contade 1999 e 2000
Á data de 4 de Agosto de 2001não Simfoi rembolsado nem deduzido ?
Pode ser deduzido até ao quarto Situação exercício seguinte aquele a que Regularizada
diga respeito
Foi efectivamente deduzido ? A) SimA) NãoPagamento especial por conta
deduzido nos períodos de Poderá ser solicitado o reembolso1999, 2000, 2001, 2002 e 2003 PEC de 1999 de 1 a 30 Junho 2004
PEC de 2000 de 1 a 30 Junho 2005Pagamento especial por conta
deduzido nos períodos de 2000, 2001, 2002, 2003 e 2004
efectuado em 2000 pode ser
Não
efectuado em 1999 pode ser
CIRCCIRC
C
Pagamento - entidades que não exercem
1 - O imposto devido pelas entidades não referidas no n.º 1 do artigo 96.º e que sejam obrigadas a enviar ou a apresentar a declaração periódica de rendimentos é pago até ao último dia útil do prazo estabelecido para o envio ou apresentação daquela ou, em caso de declaração de substituição, até ao dia do seu envio ou apresentação.2 - Havendo lugar a reembolso de imposto, o mesmo efectua-se nos termos dos n.ºs 3 e 6 do artigo 96.º. Art.º 100.º
CIRCCIRC
C
Falta de pagamento de imposto autoliquidado
Havendo lugar a autoliquidação de imposto e não
sendo efectuado o pagamento deste até ao termo
do respectivo prazo, começam a correr
imediatamente juros de mora e a cobrança da
dívida é promovida pela Direcção-Geral dos
Impostos.Art.º 101.º
CIRCCIRC
C
Resumo
. Resumo das obrigações de pagamento
PAGAMENTO
RESIDENTES NÃO
RESIDENTES
NÃO EXERÇAM A
TÍT. PRINCIPAL ...
EXERÇAM A
TÍT.
PRINCIPAL ...
COM
ESTABEL.
ESTÁVEL
SEM ESTABEL.
ESTÁVEL
Prazo da
apresentação ou
envio da declaração
PAGAMENTOS POR CONTA
(Julho, Setembro e
Dezembro)
PAGAMENTO ESPECIAL
POR CONTA
(Março e Outubro)
Prazo da
apresentação ou
envio da declaração.
Até ao dia da
apresentação ou
envio da declaração
Data da retenção na
fonte a título
definitivo
DIFERENÇA DO IMPOSTO DEVIDO
(até ao último dia fixado para a apresentação ou envio da declaração
CIRCCIRC
C
Não há lugar a cobrança quando, em virtude
de liquidação efectuada, a importância
liquidada for inferior a 5000$ (€ 24,94).
MÍNIMO DE IMPOSTO LIQUIDADO
Art.º 103.º
CIRCCIRC
C
OBRIGAÇÕES
DECLARATIVAS
CIRCCIRC
C
OBRIGAÇÕES
CONTABILÍSTICAS
CIRCCIRC
C
Fiscalização
As competências de fiscalização, também
reguladas em diplomas autónomos (Regime
Complementar de Inspecção Tributária aprovado
pelo DL 413/98, de 31 de Outubro e Lei Geral
Tributária) são atribuídas, pelo art.º 124.º do
CIRC, a todas as autoridades, corpos
administrativos, repartições públicas e pessoas
colectivas de utilidade pública, em geral e, em
especial, à Direcção Geral dos Impostos.
CIRCCIRC
C
Garantias dos contribuintes
A relação jurídico-tributária assenta num vínculo entre o sujeito activo do imposto (a administração fiscal) e o sujeito passivo (o contribuinte), sendo regulada por normas tributárias que conciliam os deveres e os direitos das duas partes. Assim, à exigência do cumprimento das obrigações fiscais e ao direito de tributar, por parte da administração, contrapõe-se o direito do sujeito passivo ver garantida a correcta aplicação das normas dentro do limite nelas contido.
CIRCCIRC
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Garantias dos contribuintes
Reclamações e impugnações;
Recurso hierárquico;
O direito à informação (artº 67º e 68º da LGT)
O direito de audição prévia(artº 60º da LGT , artº 63º do
CPPT e artº 62º do RCPIT)
O direito à correcta informação sobre a sua concreta situação tributária
O direito à fundamentação e à notificação (artº 45º e 77º, da LGT e 37º e 38º do CPPT)
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Garantias dos contribuintes
Reclamações e impugnações
O CIRC, no n.º 1 do art.º 128.º, institui a faculdade de os sujeitos passivos de IRC, seus representantes e as pessoas solidária ou subsidiariamente responsáveis pelo pagamento do imposto, poderem reclamar ou impugnar da liquidação efectuada pelos serviços da administração fiscal, da matéria colectável que for determinada pela administração fiscal e que não dê origem a liquidação de IRC (n.º 5 do art.º 128.º).com os fundamentos e nos termos estabelecidos no Código do Procedimento e do Processo Tributário.
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Garantias dos contribuintes
Recurso hierárquico
Sempre que sejam efectuadas correcções de
natureza quantitativa nos valores constantes das
declarações de rendimento do sujeito passivo, com
reflexos na determinação do lucro tributável, será o
sujeito passivo notificado por carta registada com
aviso de recepção, com indicação dos respectivos
fundamentos, de acordo com o determinado no art.º
77.º da L.G.T. (art.º 129º, nº1 do CIRC).
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Garantias dos contribuintes
Recurso hierárquico
O sujeito passivo pode interpor recurso hierárquico
dessas correcções, no prazo de 30 dias, contados
da notificação atrás referida. O recurso é dirigido ao
Ministro das Finanças, de cuja decisão cabe recurso
contencioso para os tribunais, nos termos da
legislação aplicável (n.º 2 do art.º 128º).
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Garantias dos contribuintes
Recurso hierárquico
Os efeitos decorrentes da apresentação do recurso hierárquico são os constantes nos n.os 3, 4 e 5 do art.º 129.º que a seguir se indicam:
Recurso terá efeito suspensivo quanto à parte do IRC respeitante aos valores contestados e deverá conter, sob pena de ser liminarmente rejeitado, os respectivos fundamentos, podendo ser-lhe juntos os documentos ou pareceres considerados relevantes.
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Recurso hierárquico
Os efeitos decorrentes da apresentação do recurso hierárquico são os constantes nos n.os 3, 4 e 5 do art.º 129.º que a seguir se indicam:
Quando o recurso for desatendido em mais de 25% do total dos valores contestados, poderá o Ministro das Finanças fixar, a título de custas, um agravamento ao IRC, liquidado adicionalmente, nos termos do CPPT, graduado conforme as circunstâncias, mas nunca superior a 5% da colecta adicional.
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Garantias dos contribuintes
Recurso hierárquico
Os efeitos decorrentes da apresentação do recurso hierárquico são os constantes nos n.os 3, 4 e 5 do art.º 129.º que a seguir se indicam:
Sempre que o contribuinte utilize o recurso
hierárquico, não poderá, em relação à matéria
recorrida, reclamar ou impugnar ( n.º 5 do art.º
129º).