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Circular 01 – Convite Suprimentos n.º 57/2016

CIRCULAR N º 01/2016

CONVITE Nº. 57/2016 OBJETO: Contratação de empresa fornecedora de embarcação, via locação, com condutor, sob demanda, para a realização de serviços de monitoramento ambiental na área do entorno do Porto de Salvador, de acordo com as condições e especificações constantes do Edital e seus Anexos.

QUESTIONAMENTO E RESPOSTA

QUESTIONAMENTO 01: vide: "s) promover a sua exclusão do regime tributário diferenciado, se optante pelo Simples Nacional, a partir do mês subsequente ao da formalização desta contratação, conforme determina o art. 30, inciso II, e o art. 31, II da Lei Complementar no 123/2006. " Qual o motivo da empresa solicitar a exclusão sendo Simples se o motivo principal é a locação da embarcação e não da mão de obra?

SIMPLES NACIONAL – LOCAÇÃO DE BENS COM CESSÃO DE MÃO-DE-OBRA Cosit Entende que a Opção é Possível

Mauricio Alvarez da Silva A Cordenadoria Geral de Tributação da Receita Federal (Cosit) fez publicar a Solução de Consulta Interna 2/2012, versando sobre a possibilidade de opção pelo Simples Nacional por empresas que exercem a atividade de locação de bens, com cessão da mão de obra necessária à operação dos itens locados. A Cordenadoria respondeu, objetivamente, dois quesitos relacionados à matéria, quais sejam: 1) A locação de veículo, máquina, ou embarcação, com motorista, operador ou tripulação é atividade que veda a inscrição no Simples Nacional, pelo fato de caracterizar cessão de mão de obra? 2) Na hipótese de ser permitida a opção pelo Simples Nacional, a locação de máquina com operador para uso na construção civil se enquadra no anexo III ou no anexo IV da Lei Complementar 123/2006? A Cosit concluiu sobre tais questões da seguinte forma: a) Pode optar pelo Simples Nacional a pessoa jurídica que explore contrato de locação de bens móveis, independentemente do fornecimento concomitante de mão de obra necessária à sua utilização, desde que não se enquadre em nenhuma das vedações legais à opção. b) A tributação no Simples Nacional dar-se-á na forma do Anexo III, deduzida a alíquota percentual correspondente ao Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS), conforme disposto no parágrafo 5º-A, do artigo 18 da Lei Complementar 123/2006. Na locação de veículos, máquinas e equipamentos com motoristas ou operadores há cessão de mão de obra, mas sob um aspecto acessório e que não deve resultar em fundamento para obstar a adesão ao Simples Nacional. Por exemplo, uma empresa que aluga guindastes precisa disponibilizar também um operador capacitado, mas o objetivo principal é a locação do guindaste e não do operador. A Coordenadoria foi feliz ao admitir que o objetivo intentado pela Lei Complementar 123/2006 é o de evitar que empresas se utilizem de mão de obra intensiva para a realização de suas atividades e tenham suas contribuições previdenciárias substituídas por contribuições incidentes sobre a receita. Para alguns setores com uso intensivo de mão de obra (construção civil, serviços de vigilância, limpeza e conservação) a legislação permite a opção pelo Simples Nacional, mas remete a tributação para o anexo IV da Lei Complementar 123/2006. As empresas enquadradas neste anexo recolhem as contribuições previdenciárias normalmente, sobre a folha de pagamento.

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Estamos tão acostumados com posicionamentos sempre desfavoráveis que, confesso, achei interessante o entendimento da Coordenadoria Geral de Tributação – Cosit, por ser bastante coerente com a realidade dos fatos. Poderia ser sempre assim. RESPOSTA 01: A Solução de Consulta Interna nº 02/2012 da COSIT não diverge substancialmente do disposto na Solução de Consulta nº 9025 DISIT/SRRF de 24/09/2015 e tantas outras que versam sobre o mesmo tema. O ponto chave dessa questão, fator de entendimentos controversos, continua sendo, portanto, a aplicação ou não do conceito de “cessão de mão de obra” na prestação do serviço. Se a Receita Federal orienta, de uma parte, que “é assegurada, à pessoa jurídica que se dedique a locar bens móveis, independentemente do fornecimento concomitante da mão de obra necessária à sua utilização, a opção pelo sistema simplificado de pagamento de tributos denominado Simples Nacional, desde que, obviamente, ela não se enquadre em nenhuma hipótese legal de vedação à opção.” E de outra, que “na locação de veículos, embarcações, máquinas e equipamentos com motoristas ou operadores há cessão de mão de obra, mas sob um aspecto acessório e que não deve resultar em fundamento para obstar a adesão ao Simples Nacional.”, está esclarecido que a locação eventual de equipamento, veículo, guindaste ou embarcação, em que haja a necessidade secundária de um operador, não veda ao prestador à opção ao Simples. Contudo, a contratação cujo processo de licitação está em andamento tem em seu escopo, exigências ao prestador e prazo de vigência da prestação, dados que descaracterizam tal eventualidade, bem como o caráter de a mão de obra “acessória”, a ser utilizada para a sua efetivação. Dentre eles, destacamos:

5. RESPONSABILIDADES DA CONTRATADA • Fornecer um condutor regularizado e adequado com as exigências da capitania dos portos; (...) • Estarão inclusos no valor das diárias todos os custos para a perfeita prestação do serviço, incluindo custos relativos a condutor, bem como, despesas com alimentação do condutor, combustível e manutenção da embarcação; • Em caso de panes e acidentes, o socorro será de responsabilidade da Contratada; (...) • O serviço deverá ser executado em dias e horários programados antecipadamente entre o Contratante e a Contratada, para não causar interrupção dos serviços do Contratante, inclusive, em sábados e feriados. (...) • Condução da embarcação por profissional com habilitação náutica pertinente e regular, emitida pela autoridade/entidade competente; • Manter as documentações obrigatórias da embarcação e do condutor, sempre regulares; (...) • Realizar a cobertura dos riscos de acidentes de trabalho de seus empregados e contratados, pelos quais deve responder; •A CONTRATADA deverá executar de forma plena e satisfatória, bem como dentro de altos padrões técnicos e administrativos os serviços ora contratados, observando as obrigações estabelecidas neste Contrato; (...) CLÁUSULA SEGUNDA – DAS OBRIGAÇÕES I – Constituem obrigações da CONTRATADA: (...)

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r) Apresentar ao CONTRATANTE, em até 15 (quinze) dias, após a assinatura do contrato: • Programa de Controle Médico da Saúde Operacional – PCMSO, nos termos da NR-7; • Programa de prevenção de Riscos Ambientais – PPRA, nos termos da NR- 9; • Programa de Treinamento de Segurança a ser elaborado em função dos riscos e agentes ambientais presentes nos ambientes de trabalho dos seus empregados (Consta no PPRA); • Treinamento sobre o uso obrigatório, conservação e guarda de equipamentos de proteção individual - EPI; • Certificado de aprovação dos EPI fornecidos aos seus empregados; • Programa de Gerenciamento de Riscos – PGR; • Perfil Profissiográfico Previdenciário – PPP para cada empregado .

(...) Destarte, ratificamos a não eventualidade e tampouco do aspecto “acessório” da mão de obra utilizada nesta contratação, já que o locador se obriga a fornecer, além das embarcações, mão de obra especializada de forma contínua, por um período até 26 meses e, em local determinado pelo contratante. Informamos que a referida Circular encontra-se publicada no site da FIEB (www.fieb.org.br), e no Quadro de Avisos do Sistema FIEB, localizado na Rua Edistio Pondé, 342, Stiep, Cep. 41770-395 – Salvador- Bahia. Salvador, 08 de julho de 2016 Comissão de Licitação Sistema FIEB


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