ATMOSFERA,
ELEMENTOS E FATORES DE CLIMA .2
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Qual o interesse em prever o tempo?
“A previsão do tempo serve para uma infinidade de coisas:
programação de eventos
tipo de roupa a usar
salvaguarda de vidas humanas e bens
pinturas de vias rodoviárias
obras de construção civil
plano de férias
estudos climatológicos
escolha de rotas perante fenómenos adversos, etc, etc.
Uma coisa é certa: se não houvesse a previsão do estado do tempo, a maioria das pessoas não dialogavam. Dizem os estudos, que 9 em cada 10 pessoas iniciam o diálogo fazendo alusão às previsões do tempo (como está calor, há vento forte, talvez haja trovoada, por exemplo)”.
http://www.ipma.pt/pt/educativa/faq/meteorologia/previsao/faqdetail.html?f=/pt/educativa/faq/meteorologia/previsao/faq
_0026.html2
Como caraterizar o Estado de Tempo, que fez,
que faz ou que fará?
O IPMA, I.P. – Instituto Português do Mar e da Atmosfera,
Instituto Público –
é o laboratório de Estado que tem por missão promover e
coordenar a investigação científica, … no domínio do mar
e da atmosfera … sendo investido nas funções de
autoridade nacional nos domínios da meteorologia ...
O IPMA disponibiliza uma vasta informação na sua página
eletrónica, permitindo consultar, nomeadamente, dados
recolhidos, gráficos e mapas, tanto sobre o tempo
meteorológico como sobre o clima.
Vejamos, nas páginas seguintes, alguma dessa informação
retirada de http://www.ipma.pt/
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4
A
N
Á
L
I
S
E
F
R
O
N
T
A
L
Neste mapa da
temperatura
registada às oh
do dia 16 de
junho de 2014,
é visível a
influência da
Latitude:
Mais elevada
a Sul
Mais baixa a
Norte
Proximidade
do mar,
localmente, é
por vezes
mais amena
Altitude
Continentali-
dade
5
Neste mapa está representada a pressão atmosférica prevista para as 0h do dia 16 de junho de 2014.
Portugal Continental está sob a influência de anticiclones, centros de altas pressões.
Trata-se de uma situação de BOM TEMPO, isto é, tempo seco.
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7Imagem de satélite captada às 7h do dia 15 de junho de 2014.
Influência do
Anticiclone
Ausência
de nuvens
Bom tempo
= tempo seco
8
Portugal
está sob
influência
de um
centro de
baixas
pressões
centrado
a
Nordeste,
em pleno
Mediterrâ
neo.
9Imagem via satélite gravada em 1 de dezembro de 2010
Influência de
uma depressão
Forte
nebulosidade
Mau tempo
= Tempo húmido
Situação meteorológica em 4.outubro.2009 - mau tempo -
passagem de uma superfície frontal associada a uma depressão
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Situação mais frequente:
Entre Outubro e Março na zona temperada do Norte
Na Região Norte do país do que no Sul
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13
14
Situação
registada em 6
de janeiro de
2013:
Apesar de ser
inverno, o
tempo esteve
seco por ação
do anticiclone
que afetava
diretamente a
península
ibérica. A
temperatura
mais baixa
mostrava a
influência da
altitude, da
latitude e da
continentalida
de
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A ausência de
precipitação no
período
considerado foi o
resultado da
existência de um
centro de altas
pressões que
estava a afetar o
território
peninsular.
A ocorrência de
estados de
tempo frio e seco
é consequência
da ação de
anticiclones de ar
polar continental.
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Uma nova situação de bom
tempo - ar frio e seco – em
pleno inverno (5 fevereiro
2011). A imagem de satélite
mostra que a Península e o
Oceano adjacente estão
sem nuvens.
A causa da localização do ar
polar continental à nossa
latitude é o movimento anual
aparente do Sol. No inverno,
as massas de ar deslocam-
se, todas, para Sul.
Inverno no
Hemisfério
Norte
Nesta imagem é bem visível o “olho” do centro de baixas
pressões localizado a Oeste da foz do Rio Minho
O tempo em 20 de janeiro de 2013, das 6h às 12 horas
6 h 8 h
10h12h
O tempo das 14h às 18h do dia 20 de janeiro de 2013
14h 16h
18h
Das 6h às 18h, as imagens captadas
mostram-nos as consequências do
movimento de rotação da Terra:
- A sucessão do dia e da noite
- O movimento aparente diurno do
Sol.
- Se fosse em Junho, Julho ou
Agosto, por exemplo, às 6h e às
18h ainda se registaria dia.
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Tipo de tempo mais habitual no
inverno
Factos a lembrar:
Portugal localiza-se na zona
temperada do Norte
Pela sua posição, fica entre a
cintura de altas pressões
subtropicais – ar tropical, quente
e seco, na origem - e a cintura de
baixas pressões subpolares – ar
polar, frio e húmido, na origem.
As massas de ar nunca se
misturam e, a separar o ar
tropical do ar polar, forma-se uma
superfície frontal de separação –
a frente polar.
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Tipo de tempo mais frequente
no Verão
As massas de ar deslocam-se
em latitude acompanhando o
movimento aparente anual do
Sol.
Do equinócio de setembro ao
equinócio de março, o Sol incide
perpendicularmente a Sul do
equador: Portugal é mais
afetado pelas perturbações da
Frente Polar, o tempo é instável.
Do equinócio de março ao
equinócio de setembro, Portugal
é mais influenciado pela massa
de ar tropical
Consequências regionais dos fatores de clima
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Norte Litoral
Norte Interior
Sul
Breve explicação
Para conhecer e caraterizar um estado de tempo –comportamento dos fenómenos atmosféricos num dado momento – é necessário recorrer a informações reais. Daí, a recolha de dados quantificáveis, dados que são absolutos, tais como, a temperatura do ar, a pressão atmosférica, a precipitação, o vento, a nebulosidade, a insolação, isto é, valores identificativos do estado, naquele momento, dos elementos de clima.
A interpretação dos dados obtidos vai permitir categorizar o tempo que faz.
Obviamente que o tempo, tal como o clima, estão dependentes, e muito, dos condicionalismos da localização do lugar em questão assim como da época do ano.
Relembremos o que estudamos sobre esta temática no 10º ano.
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Na origem de tudo está o Sol, fonte de vida.
A energia solar que chega à superfície é devolvida à atmosfera sobre a forma de calor.
Como o eixo terrestre está inclinado em relação ao plano da sua órbita, os raios solares vão incidir com maior ou menor obliquidade sobre os lugares conforme a época do ano.
Dependendo da latitude do lugar, os raios solares incidem com um ângulo que pode variar entre 90º (entre trópicos) e 0º (alternadamente, num dos polos).
Como o aquecimento é diferenciado ao longo das 24 horas e nos 365 dias e 6 horas do ano, o peso que o ar exerce é diferente conforme a latitude e a influência da rotação da Terra.
Tal provoca deslocações de enormes massas de ar que vão caraterizar os diferentes estados de tempo que sucedem e os climas que há na Terra.
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Neste conjunto de diapositivos podemos ver mapas relativos à temperatura em diferentes estações num dado momento (diapositivo nº5), à pressão (nº6) e a análise frontal (nº4) que traduz, através da aplicação de modelos matemáticos, o tempo que faz naquele momento preciso.
Até há algum tempo atrás, recolhiam-se cartas sinópticas (nº8) que, igualmente, representavam o tempo que, as imagens via satélite (nº7), permitem confirmar.
Pela nossa situação entre o trópico de câncer e o círculo polar ártico, estamos sujeitos às influências de duas massas de ar, a tropical e a polar.
Como as massas de ar acompanham o Sol no seu “movimento aparente anual”, os estados de tempo que acontecem e o clima que temos refletem este jogo troposférico.
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