fechadas e seus responsáveis presos, a
sensação de impunidade com relação a esse
delito diminui", conta o diretor da Emfils, Fábio
Embacher.
A líder no mercado, Neodent, também é
incomodada pelos produtos piradas: "não raro,
reclamações que envolvem queixas técnicas ou
eventos adversos resultam, após investigações,
na descoberta de produtos não originais", diz
Jafte Carneiro, vice-presidente Jurídico e
Compliance do Grupo Straumann (ao qual a
empresa pertence).
RESPONSABILIDADE- Segundo Joffre Moraes,
gerente de estratégica regulatória da ABIMO,
cabe ao dentista informar ao paciente a proce
dência de implantes e componentes. "O paciente
pode e deve perguntar ao profissional a origem do
material, e não simplesmente abrir a boca
deixando que lhe coloquem algo que ele não sabe
de onde veio", ressalta.
M o r a e s e x p l i c a , a i n d a , q u e t o d o s o s
componentes e implantes regulares saem da
fábrica com etiquetas de rastreabilidade às quais
distribuidoras e dentistas têm – ou devem ter –
acesso. "Na própria embalagem do produto
constam as informações como fabricação,
registro, lote, etc", frisa.
A ABIMO negocia, junto a entidades do setor
odontológico, a obrigatoriedade de uma
carteirinha para os pacientes, por meio da qual
informações de rastreabilidade do produto
possam ser fornecidas. Segundo o advogado
Rodolfo Tamanaha, o Conselho Federal e os
Conselhos Regionais de Odontologia têm apenas
o poder de polícia do exercício profissional, mas
não o poder de regulamentar a profissão, que é
reservado à lei.
Porém, os dentistas que forem pegos usando
material irregular podem ser enquadrados em
diversos artigos, inclusive do âmbito criminal.
"Toda essa ação visa termos consumidores mais
seguros, satisfeitos e confiantes, além do
fo r ta lec imen to da repu tação do se to r
odontológico e de seus profissionais", finaliza
Tamanaha.
Reportagem de capaReportagem de capaReportagem de capa
implantodontia. O registro telefônico sobre esta
entrevista foi anotado: 2017 630 468. A primeira
sugestão da Anvisa é do paciente exercer seu
direito de consumidor e paciente, perguntando ao
dentista o registro e a origem do implante.
O produto original, segundo a Anvisa, possui uma
sequência composta de 11 números, seno que os
primeiros sete identifica o número da autorização
de funcionamento do fabricante. Os quatro
últimos números obedecem a ordem crescente
de registro de concessão da mesma empresa. “O
paciente não deve ficar constrangido em checar a
origem do produto”, lembra a Anvisa.
Outra sugestão da entidade para os leitores da
Revista Conexão Paraná: acessar a página na
internet da Anvisa. Buscar “Consultar produtos”.
Na imagem com lupa, clicar em “Consulta”. No
banco de dados na opção “Produtos para a
Saúde” podem ser encontrados os produtos
registrados e cadastrados na ANVISA. A Anvisa
ainda disponibilozou o DDG para consultas: 0800
642 9782-
"Pode haver uma rejeição, uma infecção por falta
de esterilização e pela ausência de matéria-prima
qualificada. O paciente, ao usar um produto
desse se submete à infecções que podem
resultar na extração do implante dentário com
perda de massa óssea, gerando a necessidade
de um enxerto ósseo e complicações que podem,
inclusive, levar à óbito".
INDÚSTRIA - Do lado da indústria, as ações vêm
deixando satisfeitos os empresários que andam
na legalidade: "o trabalho de repressão às
empresas irregulares é muito importante para o
setor da implantodontia, pois, à medida que
algumas empresas irregulares estão sendo
Como foi prometido, a Revista Conexão Paraná
buscou mais informações sobre a ação conjunta
no início do mês, dia 6, envolvendo a Anvisa e a
Polícia Federal atuando e interditando diversos
estabelecimentos do segmento de implantes
odontológicos que atuam ilegalmente na capital
paranaense e região metropolitana.
Foram concretizadas três fiscalizações em
Curitiba e em Pinhais que resultaram na
apreensão de mais de 200 mil implantes e
componentes implantáveis sem registro da
Anvisa e podem estar sendo utilizados em todas
as regiões do país. Os responsáveis pelas
empresas foram encaminhados à Polícia Federal.
Objetivando combater a industrialização e
comercialização de implantes dentários e
componentes implantáveis falsificados e sem
registro na Anvisa, a ação vem realizando uma
série de operações desde 2016. Ao todo, após
abordagens em diversas regiões do país, foram
apreendidas cerca de 350 mil peças irregulares.
De acordo com a ABIMO, dos mais de 2 milhões
de implantes feitos no país, 30% são realizados
com produtos sem procedência, sem o
conhecimento do consumidor. A utilização de
implantes de procedência duvidosa gera danos
graves ao paciente odontológico.
Anvisa mostra como identificar
implantes dentários falsificados
Como os produtos falsificados podem ter
chegado ao interior do Paraná, a reportagem a
Revista Conexão Paraná acionou duas
iniciativas. Uma delas, envolvendo diretamente
as clínicas sobre postura adotada ao paciente em
relação à origem do implante. Até o fechamento
desta edição, apenas uma clínica retornou ao
pedido da reportagem. Eis a nota:
(...) quanto a garantia de origem do implante, nossa clínica preza pela qualidade dos serviços ofertados e bem estar dos nossos pacientes.
Trabalhamos com as mais conceituadas empresas de implantes do mundo, onde estas estabelecem critérios rigorosos na fabricação e na biossegurança, nos dando a rastreabilidade desses implantes de modo que possamos trabalhar com segurança e garantia dos serviços oferecidos aos pacientes.
Dr Rodrigo C. Machado
Dentista - Diretor Clínico
Implante Ingá Odontologia
A outra, foi uma entrevista via telefone
diretamente com a Anvisa.
A instituição federal informou os cuidados que o
paciente deve ter ao iniciar o tratamento de
Clínicas podem estar usandoimplantes dentários falsificados
Alerta
Dr. Rodrigo C. Machado Radiografia do procedimento