Avaliação do desempenho da Entidade Gestora do Centro 1.º Semestre 2012
Departamento de Contratualização da ARS do Algarve, I.P. 2
Avaliação do desempenho da Entidade Gestora do Centro 1.º Semestre 2012
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Índice
1. Nota Introdutória.............................................................................................................. 4
2. Síntese Conclusiva ............................................................................................................ 6
2.1. Principais Conclusões ............................................................................................ 6
2.2. Recomendações à Entidade Gestora do Centro ................................................. 8
3. Recursos Humanos ........................................................................................................ 10
4. Efectividade do modelo de referenciação de utentes .............................................. 11
5. Execução da Produção Prevista ................................................................................... 19
5.1. Ambulatório ......................................................................................................... 20
5.2. Internamento ...................................................................................................... 24
6. Monitorização e avaliação do desempenho da Entidade Gestora do Centro ........ 30
6.1. Parâmetros de Desempenho de Serviço ........................................................... 31
6.2. Parâmetros de Desempenho de Resultado ...................................................... 32
6.3. Satisfação dos Utentes ...................................................................................... 33
7. Remuneração da Entidade Gestora do Centro ........................................................... 40
Anexos
ANEXO 1 – ACTIVIDADE REALIZADA PELO CMFRS 1.º SEMESTRE DE 2012
ANEXO 2 – MONITORIZAÇÃO DOS PARÂMETROS DE DESEMPENHO DE SERVIÇO 1.º SEMESTRE 2012
ANEXO 3 – MONITORIZAÇÃO DOS PARÂMETROS DE DESEMPENHO DE RESULTADO 1.º SEMESTRE DE
2012
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1. Nota Introdutória O Contrato de Gestão do Centro de Medicina Física e de Reabilitação do Sul (adiante
designado de Centro) estabelece na alínea a) do n.º 6 da Cláusula 53.ª Avaliação de
Desempenho da Entidade Gestora, que compete à Entidade Pública Contratante, no caso a
ARS do Algarve, I.P., elaborar “um relatório de avaliação relativo à actividade do 1.º semestre,
simplificado, que servirá de indicador de desempenho e que poderá conter recomendações de
melhoria.”
Em conformidade, o Departamento de Contratualização optou por organizar a informação
nas seguintes áreas:
Recursos humanos afectos ao Centro, através da análise do cumprimento das
respectivas obrigações contratuais;
Análise da efectividade do modelo de referenciação de utentes para o Centro no 1.º
semestre de 2012;
Execução da Produção Realizada no ano 212 no 1.º semestre de 2012, nas duas linhas
de actividade (internamento e ambulatório) e respectiva comparação com os
períodos homólogos de 2010 a 2012;
Monotorização dos Parâmetros de Desempenho constantes no Anexo XVI ao
Contrato de Gestão do Centro (parâmetros de desempenho de serviço e de
resultados) incluindo o grau de satisfação dos utentes;
Remuneração da Entidade Gestora do Centro.
Refira-se que a informação utilizada no presente relatório teve como única fonte a Entidade
Gestora do Centro, designadamente, o Sistema de Informação e Avaliação de Desempenho
(SIAD), os relatórios de actividade dos 1.º e 2.º trimestres de 2012 enviados pela Entidade
Gestora do Centro, os inquéritos de satisfação dos utentes dos 1.º e 2.º trimestres
elaborados pela USPEQ.
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Faro, 17 de Dezembro de 2012.
O Director do Departamento de Contratualização
Joaquim Ramalho
A Técnica Superior do Departamento de Contratualização
Suzel Faustino Santos
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2. Síntese Conclusiva
2.1. Principais Conclusões Do presente relatório, cuja elaboração tem como principal objectivo cumprir o disposto no
Contrato de Gestão do Centro quanto à avaliação semestral do desempenho da Entidade
Gestora do Centro, o Departamento de Contratualização destaca as seguintes conclusões
por área de análise:
A. Recursos Humanos: o Centro conta com um total de 158 profissionais, 137 dos quais
integram o quadro de pessoal permanente – o número total de profissionais excede
o valor de referência incluído no Contrato de Gestão do Centro (116), em particular,
nos grupos profissionais de enfermagem, técnicos de diagnóstico e terapêutica e
técnicos superiores de saúde.
B. Efectividade do modelo de referenciação de utentes para o Centro, considerando
os 405 utentes referenciados para Centro no 1.º semestre de 2012:
i. O perfil médio dos utentes referenciados para Centro apresenta as
seguintes características: residentes na área de influência directa do Centro
(93% do total) e com idades ≥ a 50 anos (71,6% do total), referenciados quase
exclusivamente por entidades do SNS (97% do total) e, em particular, pelo
Hospital de Faro e/ou pela ARS do Algarve (74% do total, em conjunto), com
patologia de AVC (49% do total).
ii. A taxa de admissão de utentes a um programa de reabilitação no Centro foi
de 74 %, observando-se a continuidade dos bons resultados obtidos no ano
de 2011 (73%), os quais representaram uma melhoria significativa face aos
resultados anuais de 2010 (70%) – para esta melhoria contribuíram,
sobretudo, a ARS do Algarve e o Hospital de Faro. Ao invés, registou-se uma
quebra significativa (ainda que pouco expressiva em termos de quantidade
de utentes) na taxa de admissão a programas de reabilitação no Centro a
utentes referenciados pelo Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio.
iii. O tempo médio de espera para realização da 1ª consulta de avaliação no 1.º
semestre de 2012 foi de 14 dias número já verificado no ano 2011, ou seja, o
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Centro mantém uma boa resposta (em tempo) aos pedidos de primeira
consulta de avaliação que lhe foram enviados pelas entidades
referenciadoras.
C. Execução, no 1.º semestre de 2011, da Produção Prevista contratada entre as Partes
para o ano de 2011:
i. No ambulatório, 51% de execução das consultas externas previstas (1279
consultas externas realizadas face a 2.500 previstas) e 51% de execução do
número de sessões de hospital de dia previstas (5627 sessões de hospital de
dia realizadas face a 11.000 previstas), o que significa um nível de execução
da Produção Prevista em ambulatório acima do esperado.
ii. No internamento, 47% de execução dos dias de internamento previstos
(8570 dias de internamento realizados face a 18.133 previstos) e 55% dos
episódios de internamento previstos (233 realizados face a 421 previstos). A
demora média geral registada foi de 37 dias por episódio de internamento,
abaixo dos 43 dias previstos, sendo que em todas as patologias a demora
média efectiva ficou abaixo do respectivo valor de referência. A melhoria da
actividade em internamento permitiu atingir uma taxa de ocupação de 88%
da capacidade instalada em camas (54 camas), ainda assim abaixo do valor
previsto para 2012 (92%).
iii. A actividade efectivamente realizada pelo Centro no 1.º semestre de 2012
traduziu-se, face ao período homólogo de 2011, numa variação da actividade
em ambulatório, o que significou menos consultas externas (-4%) e mais
sessões de hospital de dia (+13%), na actividade de internamento registou
face ao período homólogo de 2011: mais episódios de internamento (+3%),
menos dias de internamento (-1%), redução da demora média de
internamento (de 38 dias para 37 dias) e, consequentemente, uma quebra
na taxa de ocupação em internamento (de 89% para 88%).
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D. Avaliação global do desempenho da Entidade Gestora do Centro no 1.º semestre de
2011:
i. Resultados: a Entidade Gestora do Centro não registou qualquer ponto de
penalização associado a falhas de desempenho de resultados.
ii. Serviço: a Entidade Gestora do Centro não registou qualquer ponto de
penalização associado a falhas de desempenho de serviço.
iii. Satisfação: de acordo com os resultados obtidos nos inquéritos de
satisfação dos utentes realizados nos 1.º e 2.º trimestres de 2012 verificou-se
um nível de satisfação global de 96% (96% no ano de 2011; 93% no ano de
2010).
iv. Nos termos previstos contratualmente, o desempenho global da Entidade
Gestora do Centro nas três áreas foi muito bom.
E. Remuneração da Entidade Gestora do Centro:
i. Foram cumpridas as disposições contratuais relativas à emissão das
facturas-adiantamento pela Entidade Gestora do Centro, bem como ao
pagamento das mesmas por parte da ARS do Algarve, I.P. no montante
total de 3.371.409,90€.
ii. A Entidade Gestora do Centro emitiu as facturas-acerto mensais, nos termos
previstos no Contrato de Gestão do Centro, tendo a ARS do Algarve,
procedido à validação das mesmas, verificando-se algumas
desconformidades que conduziram à devolução, para rectificação por parte
da Entidade Gestora do Centro, das facturas-acerto dos meses de Janeiro e
Junho.
2.2. Recomendações à Entidade Gestora do Centro Face às principais conclusões por área de análise apresentadas no ponto anterior, entende
o Departamento de Contratualização efectuar as seguintes recomendações à Entidade
Gestora do Centro:
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1. Na área dos recursos humanos, a Entidade Gestora do Centro deve concluir o
processo de avaliação de desempenho dos profissionais do Centro relativo ao ano
de 2011 e comunicar formalmente à ARS do Algarve, I.P. os resultados obtidos.
2. Diligenciar para que pelo menos 25% dos utentes que receberam tratamento no
ambulatório respondam ao inquérito de satisfação de utentes.
3. Disponibilizar no módulo de referenciação do SIAD, até final do corrente ano,
informação sobre as causas de não admissão dos utentes a programas de
reabilitação no Centro, na sequência de primeiras consultas de avaliação e de
referenciação de utentes.
4. Proceder ao envio do relatório semestral de 2012 de avaliação dos resultados
assistenciais (elaborado pela iAsist). Garantir que, doravante, estes relatórios têm a
seguinte periodicidade de entrega: relatório semestral, até 31 de Julho do ano a que
respeita, devendo acompanhar o relatório de actividades do 2.º trimestre elaborado
pela Entidade Gestora do Centro; relatório anual enviado até 31 de Março do ano
seguinte a que respeita.
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3. Recursos Humanos O Contrato de Gestão do Centro integra um conjunto de disposições contratuais na área
dos recursos humanos, as quais abrangem aspectos como o recrutamento, a formação, a
avaliação do desempenho e da satisfação dos profissionais, bem como a definição de
valores de referência no que respeita ao número de colaboradores por grupo profissional.
Ainda neste âmbito, os Quadros I e II do Anexo XII. Recursos Humanos estabelecem os
valores de referência a observar pela Entidade Gestora do Centro durante a vigência do
contrato, quanto aos recursos humanos considerados adequados para garantir as
prestações de serviços de saúde incluídas no perfil assistencial do Centro, enquanto o
Anexo III. Perfil Assistencial ao Contrato de Gestão do Centro inclui também algumas
referências relacionadas com recursos humanos, designadamente, quanto à necessidade
do Centro dispor de apoio clínico semanal em algumas especialidades médicas (neurologia,
psiquiatria, e urologia), bem como de psicologia clínica.
Em 30 de Junho Centro contava com um total de 158 colaboradores, com a seguinte
distribuição por grupo profissional e tipo de vínculo:
Quadro 1. CMFRS – Recursos humanos, por grupo profissional e tipo de vínculo (Junho/2012)
CTST CTTC Sub-total CPS Outros CTTI Total
Pessoal Dirigente 3 0 3 0 1 0 4 2
Pessoal Médico 6 0 6 9 0 0 15 7
Pessoal Enfermagem 17 18 35 0 0 2 35 28
Técnicos Superiores de Saúde 7 2 9 0 1 0 10
Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica 24 11 35 1 4 4 40 30
Auxiliares de Acção Médica 31 4 35 0 3 1 38 33
Outros Técnicos Superiores 4 0 4 0 0 0 4 3
Apoio Administrativo e de Gestão 10 0 10 0 3 0 13 13
Total 102 35 137 10 12 7 158 116
Grupos ProfissionaisRecursos Humanos por tipo de vínculo Quadro de
Referência
CTST - Contrato de Trabalho Sem Termo; CTTC - Contrato de Trabalho a Termo Certo; CPS - Contrato de Prestação de Serviços; CTTI -
Contrato de Trabalho a Termo Incerto
O Centro no final do primeiro semestre de 2012, dispunha de um total de colaboradores
(158) que supera o valor de referência (116) previsto no Contrato de Gestão do Centro,
registando-se um decréscimo de colaboradores no quadro face a 31/12/2011 (169). Os
colaboradores com contratado de trabalho a termo incerto (7), não estão incluídos no total
dos recursos humanos, de acordo n.º4 da cláusula 27 “Os trabalhadores contratados com
vista à substituição de outros temporariamente impedidos, nomeadamente por gozo de
licenças de maternidade/paternidade, baixa prolongada, licença sem vencimento ou outras
situações similares”.
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4. Efectividade do modelo de referenciação de utentes O modelo de referenciação de utentes para o Centro constitui o principal instrumento de
regulação da procura (e do acesso dos utentes) dos cuidados de saúde prestados nesta
instituição de saúde, pelo que o desempenho da Entidade Gestora do Centro depende, em
larga medida, da efectividade deste modelo de referenciação para o qual contribuem as
várias entidades envolvidas. A disponibilização do módulo de referenciação no SIAD
(Sistema de Informação e Avaliação de Desempenho), na sequência de recomendações
efectuadas pela ARS do Algarve, I.P., veio permitir uma melhor análise, no entanto este
módulo continua a apresentar imperfeições/imprecisões que é necessário ultrapassar.
A análise apresentada incide sobre o comportamento evidenciado pelas principais variáveis
que caracterizam o modelo de referenciação e que de facto condicionam a sua
efectividade, nomeadamente:
• Estrutura etária dos doentes referenciados;
• Proveniência dos doentes, considerando o concelho de residência e entidade
referenciadora;
• Acesso a consulta de avaliação e motivos da não realização da consulta;
• Admissão a programa de tratamento;
• Tempo médio de espera para consulta de avaliação.
No período em análise, 1.º semestre de 2012, foram referenciados 405 utentes dos quais 53
não foram admitidos a consulta de avaliação e, 77 utentes após consulta de avaliação não
foram admitidos a qualquer programa de tratamento.
Quanto à variável estrutura etária dos doentes referenciados importa analisar que, tendo
em conta a sua influência no processo de reabilitação, a maioria dos utentes referenciados
(290) é do escalão etário acima de 50 anos de idade e na patologia de acidentes vasculares
celebrais (cerca de 44% dos utentes referenciados).
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Nos gráficos 1 e 2 apresenta-se a distribuição por grupo etário e a média da idade por
patologia.
No que respeita à distribuição da referenciação por grupos étarios verifica-se, como em
periodos anteriores, que 71,5% (290) das referenciações efectuadas para o Centro são de
utentes com idades superiores a 50 anos. Esta taxa é sensivelmente idêntica á verificada no
periodo analisado anteriormente, 73% no 1.º trimestre de 2012.
Na análise da distribuição etária por patologia, verifica-se que, tal como no 1.ºtrimestre de
2012, a patologia de acidentes vasculares celebrais contínua com utentes com idade média
superior às restantes patologias (66 anos), e relação ao período anterior apresenta alguns
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ajustamentos, traumatismos crânio-encefálicos 46 (período anterior 42) e outras patologias
48 (período anterior 53).
Os seguintes quadros 2 e 3, apresentam a caracterização da proveniência dos doentes,
considerando o concelho de residência e entidade referenciadora.
Quadro 2.CMFRS. Referenciação por Local de Residência e Patologia (1.ºSemestre 2012)
AVC LM NA Outros TCE N.º %
Albufeira 18 2 5 1 26 6%
Alcoutim 1 1 2 0%
Aljezur 3 3 1%
Castro Marim 2 5 7 2%
Faro 16 2 14 2 34 8%
Lagoa (Algarve) 3 1 5 9 2%
Lagos 11 1 2 1 1 16 4%
Loulé 41 1 2 21 2 67 17%
Monchique 1 1 0%
Olhão 17 2 1 10 3 33 8%
Portimão 18 4 4 2 28 7%
São Brás de Alportel 7 1 52 1 61 15%
Silves 7 4 5 3 19 5%
Tavira 12 2 6 4 24 6%
Vila Real de Santo António 3 4 1 8 2%
Sub-total Distrito de Faro 160 20 5 133 20 338 83%
Sub-total Distrito de Beja 29 1 1 6 2 39 10%
Outros Locais 9 9 2 4 4 28 7%
Total 198 30 8 143 26 405 100%
% Total 49% 7% 2% 35% 6% 100%
Local de ResidênciaPatologia Total
NA – Refere-se a utentes cuja patologia não ficou definida no processo de referenciação enviado para o Centro
No que respeita à proveniência dos utentes por local de residência verifica-se que, na
generalidade o maior número de utentes referenciados é residente na área de influência
directa do Centro (93%), conforme definido no n.º2 da cláusula 7.ª do Contrato de Gestão.
Regista-se assim outro aspecto já descrito anteriormente relacionado com a proximidade
geográfica do local de residência dos utentes ao Centro: cerca de 60% dos utentes que
foram referenciados para o Centro residem nos concelhos limítrofes à localização do
Centro, nomeadamente, Tavira (24 utentes), Albufeira (26 utentes maior numero de
utentes com AVC), Olhão (33 utentes), Faro (34 utentes), São Brás de Alportel (61 utentes
maior número de utentes com outras patologias) e Loulé (67 utentes maior numero de
utentes com AVC).
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Quadro 3.CMFRS. Referenciação por Local de Residência e Patologia (1.ºSemestre 2012)
AVC LM NA Outros TCE N.º %
ARS Algarve 20 6 3 76 3 108 27%
Centro Hospitalar do Baixo Alentejo 20 1 1 2 24 6%
Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio 33 2 1 5 2 43 11%
Hospital de Faro 113 10 4 52 15 194 48%
Particular 4 2 4 10 2%
Seguradora 2 2 0%
SNS Outros 8 9 5 2 24 6%
Total 198 30 8 143 26 405 100%
% Total 49% 7% 2% 35% 6% 100%
Entidade ReferenciadoraPatologia Total
NA – Refere-se a utentes cuja patologia não ficou definida no processo de referenciação enviado para o Centro
Na análise do quadro anterior, referenciação por entidade constata-se que, o Hospital de
Faro (48%) e a ARS do Algarve (27%), continuam a evidenciar-se como principais entidades
referenciadores de utentes para o Centro (75%), enquanto que na patologia, o maior
número de referenciações verificou-se em outras patologias pela ARS Algarve (76) e
acidentes vasculares celebrais pelo Hospital de Faro (113). Quanto às outras entidades
hospitalares da área de influência directa do Centro, com as quais foram estabelecidos
protocolos de referenciação, o Centro Hospitalar do Baixo Alentejo e Centro Hospitalar do
Barlavento Algarvio, mantém os baixos níveis de referenciação como foi registado em
períodos anteriores, sendo no entanto na maioria as referenciações utentes da patologia de
acidentes vasculares celebrais, 10% dos utentes (20) referenciados pelo Centro Hospitalar do
Baixo Alentejo e 16% referenciados (33 utentes) pelo Centro Hospitalar do Barlavento
Algarvio. Observa-se também que, 98% dos utentes que foram referenciados para consulta
de avaliação no Centro são utentes SNS, ou seja, 2% dos utentes referenciados não integram
no Serviço Público de Saúde. Acrescenta-se ainda que 6% (24) das referenciações para
Centro foram efectuadas por entidades pertencentes ao SNS localizadas fora da área de
influência directa.
No que respeita aos resultados da referenciação para consulta de avaliação, no quadro 4,
podemos observar as taxas de admissão a consulta e a programa de tratamento.
Quadro 4.CMFRS. Referenciação – Taxa de admissão por Entidade Referenciadora (1.ºSemestre 2012)
ARS Algarve 108 11 21 32 90% 81%Centro Hospitalar do Baixo Alentejo 24 1 3 4 96% 88%Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio 43 6 7 13 86% 84%Hospital de Faro 194 33 41 74 83% 79%Particular 10 2 4 6 80% 60%Seguradora 2 0 100% 100%SNS Outros 24 1 1 100% 96%
Total 405 53 77 130 87% 81%% Total 13% 19% 32%
Não AdmitidosTotal de
ReferenciaçõesPrograma de
Tratamento
Tx de admissão a
consultaTotalEntidade Referenciadora
A consulta
Tx de
admissão a
programa
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Da análise do quadro 4verifica-se que 53 referenciações não deram origem a consulta de
avaliação (27 foram canceladas por instabilidade clínica dos doentes, 8 utentes faltaram e 18
não compareceram por outras situações) e, 77 utentes após consulta de avaliação foi
verificado que não reúnem critérios para admissão a qualquer programa de tratamento. De
uma forma geral, verifica-se que 32% dos utentes referenciados não foram admitidos em
qualquer programa de reabilitação.
Analisando a efectividade do modelo de referenciação por entidade referenciadora
constata-se que as taxas de admissão, tanto a consulta como a programa de tratamento,
decorrem maioritariamente da referenciação efectuada pela ARS Algarve e pelo Centro
Hospitalar do Baixo Alentejo (90% e 96% a consulta e, 81% e 88%, a programa,
respectivamente). Quanto às outras entidades referenciadoras do SNS que pertencem à
área de influência directa do Centro, Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio e Hospital de
Faro, destacam-se das demais baixas taxas de admissão SNS do Algarve quer na admissão a
consulta quer na admissão a programa de tratamento sendo respectivamente 86% e 84% no
Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio e 83% e 79 % no Hospital de Faro.
No seguinte quadro podemos analisar as principais causas da não admissão de utentes à
realização de consulta de avaliação.
Quadro 5.CMFRS. Referenciação – Motivo da não realização de consulta, por entidade referenciadora
(1.ºSemestre 2012)
CanceladaCancelada
(utente)
Cancelado
(referenciador)
Falta do
utenteOutras Situações n.º %
ARS Algarve 1 3 1 6 11 21%
Centro Hospitalar do Baixo Alentejo 1 1 2%
Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio 2 4 6 11%
Hospital de Faro 1 6 18 2 6 33 62%
Particular 1 1 2 4%
Total 1 10 27 3 12 53 100%
% Total 2% 19% 51% 6% 23%
Nota: outras situações são duplicação de referenciação, utente já seguido no Centro, consultas ainda não executadas e referenciações pendentes
Total
Entidade Referenciadora
Motivo de não realização de consulta
Neste âmbito, verifica-se que 51% do total de utentes (27) que não foram admitidos a
consulta de avaliação por motivos de instabilidade clinica e por não cumprirem critérios de
admissão, sendo também um número significativo (23%) de utentes que, por outros
motivos (consulta marcada e ainda não executada, dupla referenciação e o utente já é
seguido no Centro) não foram admitidos (12). No que se refere à distribuição por entidade
referenciadora, constata-se que as entidades referenciadoras em que predomina o maior
número de cancelamento das referenciações são o Hospital de Faro e a ARS Algarve sendo
62% e 21% respectivamente.
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Outra variável importante a considerar, e que permite verificar com alguma consistência a
qualidade e efectividade do modelo de referenciação de utentes para o Centro, refere-se à
taxa de admissão a programa de reabilitação (internamento ou ambulatório) de utentes
referenciados no período em análise.
Quadro 6.CMFRS. Referenciação – Resultados da referenciação e destino após consulta de avaliação (1.ºSemestre 2012)
AVC LM NA Outros TCE n.º %
N.º de utentes referenciadoes 198 30 8 143 26 405
Admitidos a consulta 175 27 1 128 21 352 87%
% Admitidos a consulta 88% 90% 13% 90% 81% 87%
Destino após Consulta de Avaliação
Não Admitido 43 10 1 34 5 93 26%
Internamento 121 14 0 24 14 173 49%
Sessões Hospital Dia 11 3 0 70 2 86 24%
Total 175 17 0 94 16 352 87%
% de Admitidos a Programa de Reabilitação 67% 57% 0% 66% 62% 64% 74%
N.º utentes referenciadosTotalPatologias
Da análise da mesma variável, taxas de admissão a consulta, constata-se que 87% dos
utentes referenciados foram admitidos a consulta, sendo que 33 utentes efectivaram a
consulta no período seguinte. Em contrapartida, e como seria de esperar, foram realizadas
consultas de avaliação agendadas em 2011, pelo que, como se verá na análise da execução
da produção prevista, as 1.ª consultas realizadas no 1.ºsemestre que totalizam 353.
No que refere aos doentes admitidos após consulta 1.º vez, apresenta uma taxa admissão
no valor de 74%, nas patologias de acidentes vasculares celebrais e outras patologias existe
uma aproximação da taxa da referida (67% e 66% respectivamente). No que refere às
patologias lesões medulares e traumatismo crâneo-encefálico de utentes referenciados e
admitidos a consulta, são ligeiramente inferiores 57% e 62% dos utentes referenciados.
Finalmente, e com o intuito de avaliar a capacidade de resposta da Entidade Gestora do
Centro aos pedidos de referenciação que lhes são dirigidos, apresenta-se a análise do
tempo médio de espera em dias para a realização da 1ªconsulta de avaliação. A informação
que se apresenta é a ultima facultada pela Entidade Gestora que, não disponibiliza ainda no
SIAD de forma automática. Os tempos médios de espera apresentados no quadro 6 foram
calculados para as referenciações recebidas no Centro no período compreendido entre
01/01/2012 a 30/06/2012 e a data de efectivação da consulta.
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Quadro 7.CMFRS. Tempo Médio de Espera, em dias para 1.ªconsulta por patologia e entidade
referenciadora (1.º Semestre 2012)
AVC LM NA Outros TCE
ARS Algarve 15 19 21 18 14 17
Centro Hospitalar do Baixo Alentejo 12 19 12 9 12
Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio 11 12 17 20 12
Hospital de Faro 13 11 16 13 14
Particular 14 0 24 14
Seguradora 13 13
SNS Outros 10 9 14 12 10
Média Geral 13 11 21 17 13 14
Entidade ReferenciadoraPatologia
Média Geral
O tempo médio de espera para a realização de 1ª consulta de avaliação no Centro, referente
aos pedidos de marcação de consulta do 1.º semestre de 2012, foi de 14 dias variando por
patologia entre o mínimo de 11 dias nas lesões medulares e 21 dias em patologias que não
ficaram identificadas no processo de referenciação dos utentes. Na verificação do tempo de
espera por entidade referenciadora verifica-se uma menor amplitude (mínimo de 10 dias em
SNS Outros e 17 dias ARS Alarve).
Esta variação decorre da prioridade clínica atribuída pelo Centro, mas também é
influenciada pelo n.º de episódios, numa patologia com um reduzido n.º de utentes
referenciados, um atraso significativo apenas num episódio pode afectar de forma decisiva
o indicador. Dando cumprimento às exigências contratuais nesta matéria, a Entidade
Gestora do Centro definiu um conjunto de critérios que estabelecem prioridades clínicas,
actualizadas em 2011, às quais associou os seguintes tempos máximos de espera para a
realização das primeiras consultas de avaliação :
Figura 1.CMFRS. Tempos máximos de espera para consulta de avaliação, por prioridade clínica
O quadro seguinte apresenta os tempos médios de espera para a realização da consulta de
avaliação, por prioridade clínica, dos utentes referenciados no 1.º semestre de 2012:
Prioridade
Clinica
7 dias
Prioridade
Clinica
14 dias
14 dias
Prioridade
Clinica
30 dias
Prioridade
Clinica
21 dias
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Quadro 8.CMFRS. Tempo Médio de Espera, em dias, para 1.ªconsulta por patologia e grau de
prioridade (1.º Semestre 2012)
AVC LM Outros TCE
1.ª 9 6 27 11 11
2.ª 9 11 13 12 11
3.ª 14 12 15 15 14
4.ª 20 26 21 21
Média Geral 13 11 17 13 14
Grau de Prioridade Clínica Média GeralPatologia
Não obstante a informação disponível no módulo de referenciação do SIAD ainda carece de
maior consistência e robustez, foi possível analisar alguma informação sobre as prioridades
clinicas atribuídas às referenciações realizadas no 1.ºsemestre de 2012.
Assim e de acordo com a informação disponível verifica-se que, em todas as prioridades
clínicas o tempo médio de espera para realização da primeira consulta de avaliação
efectivamente observado no semestre, foi inferior ao respectivo valor de referência sendo
que na prioridade 1 o tempo médio de espera foi ultrapassado em 4 dias.
Avaliação do desempenho da Entidade Gestora do Centro 1.º Semestre 2012
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5. Execução da Produção Prevista A Produção Prevista a realizar pela Entidade Gestora do Centro no ano de 2012, acordada
entre as Partes no âmbito do procedimento de Determinação da Produção Prevista realizado
nos termos das Cláusulas 22.ª a 24ª do Contrato de Gestão do Centro, é a seguinte:
Episódios de Internamento 421 Consultas Externas 2.500
Lesões Medulares 64 Lesões Medulares 325
Traumatismos Crânio-encefálicos 49 Traumatismos Crânio-encefálicos 175
Acidentes Vasculares Cerebrais 256 Acidentes Vasculares Cerebrais 1.000
Outras Patologias 52 Outras Patologias 1.000
Dias de Internamento 18.133 Sessões de Hospital de Dia 11.000
Lesões Medulares 3.627 Lesões Medulares 1.430
Traumatismos Crânio-encefálicos 2.720 Traumatismos Crânio-encefálicos 770
Acidentes Vasculares Cerebrais 9.973 Acidentes Vasculares Cerebrais 3.300
Outras Patologias 1.813 Outras Patologias 5.500
Demora Média 43 N.º Médio SHD/CE 8
Lesões Medulares 57 Lesões Medulares 7
Traumatismos Crânio-encefálicos 55 Traumatismos Crânio-encefálicos 7
Acidentes Vasculares Cerebrais 39 Acidentes Vasculares Cerebrais 7
Outras Patologias 35 Outras Patologias 7
Quadro 9.CMFRS - Produção Prevista
( 1.ºSemestre 2012)
AmbulatórioProdução
Prevista 2012Internamento
Produção
Prevista 2012
No que se refere às disposições contratuais relativas à Produção Prevista considera-se
pertinente realçar os seguintes aspectos, os quais servem de suporte à análise que se
segue:
A Produção Prevista a realizar pelo Centro compreende duas linhas de actividade, o
internamento e o ambulatório;
A Produção Prevista em internamento exprime-se em número de dias de
internamento, determinados com base no número de episódios de internamento
por patologia e na respectiva demora média de referência, e engloba o conjunto
dos cuidados de saúde e outros serviços acessórios prestados a todos os utentes
admitidos no Centro que ocupem camas para diagnóstico ou tratamento e aí
permaneçam, no mínimo, vinte e quatro horas;
A Produção Prevista em ambulatório é expressa em número de consultas externas e
de sessões de hospital de dia, por patologia, tendo em consideração os indicadores
Avaliação do desempenho da Entidade Gestora do Centro 1.º Semestre 2012
Departamento de Contratualização da ARS do Algarve, I.P. 20
de referência relativamente ao número médio de sessões de hospital de dia por
consulta externa, por patologia;
Nos pontos seguintes do relatório apresenta-se uma análise da execução da Produção
Prevista no 1.º semestre de 2012, nas duas linhas de actividade do Centro (internamento e
ambulatório), com particular incidência no grau de execução observado pelas variáveis que
foram objecto de contratualização entre as Partes no referido processo de determinação da
Produção Prevista, acrescentando-se ainda as variações registadas por essas variáveis face
aos períodos homólogos de 2010, 2011 e 2012.
5.1. Ambulatório
Para a análise da actividade realizada pelo Centro em ambulatório no 1.º semestre de 2012
(Anexo 1), bem como da execução da Produção Prevista para o ano 2012 nesta linha de
actividade, foram consideradas as seguintes variáveis:
Número de consultas externas realizadas (primeiras e de seguimento), por
patologia;
Número de consultas externas realizadas, por patologia, de acordo com o racional
utilizado para efeitos de remuneração da Entidade Gestora do Centro e de
monitorização da Produção Prevista, ou seja, o total de consultas externas
deduzido de um número de consultas equivalente, por patologia, ao número de
admissões a internamento no Centro;
Número de sessões de hospital realizadas, por patologia;
Número médio de sessões de hospital de dia por consulta externa, por patologia;
No que respeita à execução, no 1.º semestre de 2012, da Produção Prevista em ambulatório
para o ano 2012, e como se pode constatar no Quadro 10, as 1279 consultas externas
realizadas representaram uma taxa de execução de 51% do número de consultas externas
previstas para o ano 2012, com diferenças muito significativas por patologias, com particular
destaque para o volume de consultas realizadas face ao previsto em lesões medulares, em
detrimento do reduzido número de consultas realizadas, face ao previsto, nas patologias de
Traumatismos Crânio-encefálicos e Acidentes Vasculares Cerebrais – tal como já foi
mencionado em relatórios anteriores, estas discrepâncias, resultam sobretudo da tipologia
Avaliação do desempenho da Entidade Gestora do Centro 1.º Semestre 2012
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de doentes referenciados para o Centro pelas principais entidades referenciadoras de
doentes.
Consultas Externas 2.500 1.279 51%
Lesões Medulares 325 212 65%
Traumatismos Crânio-encefálicos 175 59 34%
Acidentes Vasculares Cerebrais 1.000 445 45%
Outras Patologias 1.000 563 56%
Sessões de Hospital de Dia 11.000 5.627 51%
Lesões Medulares 1.430 901 63%
Traumatismos Crânio-encefálicos 770 270 35%
Acidentes Vasculares Cerebrais 3.300 964 29%
Outras Patologias 5.500 3.492 63%
N.º Médio SHD/CE 8 4 55%
Lesões Medulares 7 4 61%
Traumatismos Crânio-encefálicos 7 5 65%
Acidentes Vasculares Cerebrais 7 2 31%
Outras Patologias 7 6 89%
AmbulatórioProdução Prevista
Ano 2012
Realizado
Jan/Jun 2012
Quadro 10.CMFRS - Execução da Produção Prevista em Ambulatório
( 1.ºSemestre 2012)
Taxa Execução Prod.
Prevista
Quanto ao nível de execução da Produção Prevista para 2012 em sessões de hospital de dia,
a actividade realizada no 1.º semestre de 2012 (5627 sessões de hospital de dia) representou
uma taxa de execução de 51% da Produção Prevista para o ano – neste caso também se
registam níveis de execução por patologia que traduzem grandes variações face à
actividade prevista, com uma prevalência significativa das sessões de hospital de dia
realizadas a utentes com lesões medulares e outras patologias. Relativamente aos valores
registados nos ratios do número médio de sessões de hospital de dia por consulta externa,
por patologia verifica-se que os mesmos continuam a ficar abaixo, em todas as patologias,
dos respectivos valores de referência acordados pelas Partes em sede de determinação da
Produção Prevista. Em suma, a actividade realizada em ambulatório no 1.º semestre de 2012
representa um nível de execução da Produção Prevista para 2012 dentro do esperado, quer
nas consultas externas, quer nas sessões de hospital de dia.
No quadro seguinte apresenta-se a evolução da actividade realizada em ambulatório pelo
Centro nos primeiros semestres dos anos 2010 a 2012:
Avaliação do desempenho da Entidade Gestora do Centro 1.º Semestre 2012
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Quadro 11.CMFRS. Evolução da Actividade em Ambulatório (1.º Semestre 2010/2012)
Ambulatório 1.º Semestre 20101.º Semestre
2011
1.º Semestre
2012Var. % 12/11 Var. % 11/10
Total de Consultas Externas 1.491 1.338 1.279 -4% -10%
Lesões Medulares 167 192 212 10% 15%
Traumatismos crânio-encefálicos 82 70 59 -16% -15%
Acidentes Vasculares Cerebrais 693 561 445 -21% -19%
Outras patologias 549 515 563 9% -6%
Primeiras Consultas Externas 412 380 353 -7% -8%
Lesões Medulares 31 45 32 -29% 45%
Traumatismos crânio-encefálicos 16 20 22 10% 25%
Acidentes Vasculares Cerebrais 225 186 178 -4% -17%
Outras patologias 140 129 121 -6% -8%
Ratio 1as Consultas/Total Consultas 28% 28% 28% -3% 3%
Sessões de Hospital de Dia 5.411 4.978 5.627 13% -8%
Lesões Medulares 352 597 901 51% 70%
Traumatismos crânio-encefálicos 283 267 270 1% -6%
Acidentes Vasculares Cerebrais 1.649 1.367 964 -29% -17%
Outras patologias 3.127 2.747 3.492 27% -12%
N.º Médio SHD/CE 4 4 4 18% 3%
Lesões Medulares 2 3 4 37% 48%
Traumatismos crânio-encefálicos 3 4 5 20% 11%
Acidentes Vasculares Cerebrais 2 2 2 -11% 2%
Outras patologias 6 5 6 16% -6%
No 1.º semestre de 2012 foram realizadas pelo Centro um total de 1279 consultas externas
(considerando todas as consultas efectivamente realizadas), o que significa uma diminuição
de 4% (-59 consultas externas) face a igual período de 2011, a qual se fica a dever,
essencialmente, à redução observada nas consultas da patologia de acidentes vasculares
cerebrais (-116 consultas externas; -21%). Nas primeiras consultas a diminuição homóloga foi
de 7% (-27 primeiras consultas), explicada pela diminuição significativa na patologia de lesão
medular (-13 primeiras consultas; -29%). Considerando as consultas externas realizadas nos
primeiros semestres desde o ano de 2010, constata-se que o número de consultas
(primeiras e total) realizadas pelo Centro têm vindo a diminuir, situação que deve merecer a
maior atenção por parte da Entidade Gestora do Centro.
Relativamente distribuição percentual das primeiras consultas relacionadas com as
patologias verifica-se que os acidentes vasculares cerebrais, não obstante continuarem a ser
predominantes, sofreram alterações nos períodos em análise (55% do total de primeiras
consultas externas no 1.ºsemestre de 2010, 49% no 1.ºsemestre de 2011 e no 1.º semestre de
2012, 50%). Por outro lado, mantém-se o peso relativo acentuado das primeiras consultas
relativas a outras patologias – em conjunto, as primeiras consultas realizadas pelo Centro no
1.º semestre de 2012 nestes dois grupos de patologias representou 84% do total de primeiras
consultas.
Avaliação do desempenho da Entidade Gestora do Centro 1.º Semestre 2012
Departamento de Contratualização da ARS do Algarve, I.P. 23
Refira-se que o ratio de primeiras consultas no total de consultas externas foi de 28% no 1.º
semestre de 2012, o que significa um valor em linha com o observado nos períodos
homólogos dos anos anteriores (28% em 2011; 28% em 2010).
Quanto à evolução homóloga do número de sessões de hospital de dia, no 1.º semestre de
2012 realizaram-se 5627 sessões de hospital de dia, isto é, mais 13% (+649 sessões de
hospital) do que as sessões de hospital de dia realizadas em igual período de 2011 – para
este resultado contribuíram sobretudo o aumento de 51% (+304) do número de sessões de
hospital de dia realizadas na patologia de lesão medular e de 27% (+745) no número de
sessões de hospital de dia realizadas em outras patologias. No entanto, na patologia de
acidentes vasculares celebrais existiu, pelo terceiro ano consecutivo nos períodos em
análise) uma redução do número sessões hospital dia (1649 1.º semestre de 2010, 1367 1.º
semestre de 2011 e 964 1.º semestre de 2012).
No que respeita aos ratios do número médio de sessões de hospital de dia por consultas
externas, por patologia, os valores registados nos primeiros semestres dos anos de 2010 a
2012, embora com algumas alterações, continuam a ficar abaixo dos respectivos valores de
referência.
Avaliação do desempenho da Entidade Gestora do Centro 1.º Semestre 2012
Departamento de Contratualização da ARS do Algarve, I.P. 24
5.2. Internamento
Na análise da actividade realizada pelo Centro em internamento no 1.º semestre de 2012,
bem como da execução da Produção Prevista para o ano 2012, foram consideradas as
seguintes variáveis:
Número de dias de internamento, por patologia;
Número de episódios de internamento, por patologia;
Demoras médias efectivas e de referência, por patologia;
Taxa de ocupação da lotação praticada em internamento;
Número médio de doentes saídos por cama.
Deste modo, e no que respeita à execução, no 1.º semestre de 2012, da Produção Prevista
em internamento para o ano de 2012, apresenta-se no quadro seguinte a taxa de execução
das principais variáveis relacionadas com a actividade desenvolvida pelo Centro nesta linha
de actividade:
Avaliação do desempenho da Entidade Gestora do Centro 1.º Semestre 2012
Departamento de Contratualização da ARS do Algarve, I.P. 25
Quadro 12. CMFRS – Execução da Produção Prevista 2012 em internamento (1.º semestre 2012)
Episódios de Internamento 421 233 55%
Lesões Medulares 64 47 73%
Traumatismos Crânio-encefálicos 49 19 39%
Acidentes Vasculares Cerebrais 256 140 55%
Outras Patologias 52 27 52%
Dias de Internamento 18.133 8.570 47%
Lesões Medulares 3.627 1.558 43%
Traumatismos Crânio-encefálicos 2.720 814 30%
Acidentes Vasculares Cerebrais 9.973 5.324 53%
Outras Patologias 1.813 874 48%
Demora Média 43 37 85%
Lesões Medulares 57 33 58%
Traumatismos Crânio-encefálicos 55 43 78%
Acidentes Vasculares Cerebrais 39 38 98%
Outras Patologias 35 32 92%
Taxa de Ocupação 92% 88% 95%
InternamentoProdução Prevista
Ano 2012
Realizado
Jan/Jun 2012
Taxa Execução Prod.
Prevista
No 1.º semestre de 2012 o Centro registou um total de 8570 dias de internamento, ou seja,
uma taxa de execução de 47% dos dias de internamento previstos para o ano 2012, sendo
que apenas na patologia de acidentes vasculares celebrais o valor atingiu os 53% em
detrimento das restantes patologias em que o nível de execução ficou abaixo do valor de
referência para este período do ano (50% da Produção Prevista). Este nível de actividade, o
internamento, permitiu atingir uma taxa de ocupação de 88% da capacidade instalada em
camas (54 camas), abaixo do valor previsto para 2012 (92%). Neste período, registaram-se
233 episódios de internamento, o que significa uma taxa de execução da Produção Prevista
para 2012 de 55% - neste caso, apenas a patologia de traumatismo crânio-encefálico
apresenta uma taxa de execução abaixo do previsto para o ano de 2012.
A demora média geral registada no 1.º semestre de 2012 foi de 37 dias por episódio de
internamento, menos 6 dias, em média, por episódio de internamento do que o valor de
referência estabelecido para este ano (43 dias), sendo que em todas as patologias a demora
média efectiva foi inferior aos respectivos valores referência. Donde, uma interpretação
conjunta destas variáveis do internamento permite concluir que o Centro registou neste
período um número de doentes tratados em internamento acima do valor previsível para
este período, com uma demora média geral abaixo do valor de referência estabelecido para
o ano 2012, tendo registado menos dias de internamento do que os previstos.
Quanto à evolução homóloga da actividade realizada em internamento pelo Centro no 1.º
semestre de 2012, constata-se que o número de dias de internamento realizados (8570)
Avaliação do desempenho da Entidade Gestora do Centro 1.º Semestre 2012
Departamento de Contratualização da ARS do Algarve, I.P. 26
representa um decréscimo de 1% face a igual período de 2011 (-123 dias de internamento),
devido sobretudo ao decréscimo registado nos dias de internamento associados às
patologias de lesões medulares (-143 dias de internamento; -8%), traumatismos crâneo-
encefálicos (-190 dias de internamento; -19%) e Outras Patologias (-242 dias de internamento;
-22%). A situação everteu-se apenas no número de dias de internamento na patologia de
acidentes vasculares cerebrais (+ 452 dias de internamento; +9%) onde verificou-se um
aumento significativo no número de dias de internamento.
Quadro 13. CMFRS – Actividade realizada em internamento, por patologia (1.º semestre; 2010/2012)
Internamento1.º Semestre
2010
1.º Semestre
2011
1.º Semestre
2012Var. % 12/11 Var. % 11/10
Episódios de Internamento 185 227 233 3% 23%
Lesões Medulares 29 41 47 15% 41%
Traumatismos crânio-encefálicos 23 20 19 -5% -13%
Acidentes Vasculares Cerebrais 114 133 140 5% 17%
Outras patologias 19 33 27 -18% 74%
Dias de Internamento 8.255 8.693 8.570 -1% 5%
Lesões Medulares 1.759 1.701 1.558 -8% -3%
Traumatismos crânio-encefálicos 1.012 1.004 814 -19% -1%
Acidentes Vasculares Cerebrais 4.527 4.872 5.324 9% 8%
Outras patologias 957 1.116 874 -22% 17%
Demora média 45 38 37 -4% -14%
Lesões Medulares 61 41 33 -20% -32%
Traumatismos crânio-encefálicos 44 50 43 -15% 14%
Acidentes Vasculares Cerebrais 40 37 38 4% -8%
Outras patologias 50 34 32 -4% -33%
Taxa de Ocupação 84,5% 88,9% 87,7% -1% 5%
Os episódios de internamento registaram um aumento acentuado face a igual período de
2011 (+6 episódios de internamento; +3%), destaca-se o aumento significativo dos episódios
de internamento na patologia de lesões medulares (+6 episódios de internamento; +15%) e
acidentes vasculares cerebrais (5%, +7 episódios de internamento) ao invés das patologias de
traumatismo crânio-encefálico e outras patologias, onde o número de episódios de
internamento sofreu uma quebra de 5% e 18%.
Da análise da distribuição relativa dos episódios de internamento por patologia, conclui-se
que, no 1.º semestre de 2012, observou-se redução do peso de outras patologias (12%)
apesar da patologia de acidentes vasculares celebrais continuar a liderar o número de
episódios com 60% (mais 1% que igual período do ano anterior).
Avaliação do desempenho da Entidade Gestora do Centro 1.º Semestre 2012
Departamento de Contratualização da ARS do Algarve, I.P. 27
No período em análise, a demora média geral por episódio de internamento foi de 37 dias,
consolidando-se assim a trajectória de redução deste indicador face aos períodos
homólogos dos anos anteriores: 38 dias em 2011; 45 dias em 2010. Por patologias, observa-
se uma redução consistente desde 2011 nas demoras médias efectivas das patologias de
lesões medulares e traumatismos crânio-encefálicos, sendo igualmente de assinalar a
redução significativa, no 1.º semestre de 2012, da demora média dos episódios de
internamento em outras patologias.
Avaliação do desempenho da Entidade Gestora do Centro 1.º Semestre 2012
Departamento de Contratualização da ARS do Algarve, I.P. 28
Quanto à utilização da capacidade instalada do Centro em internamento (54 camas), nos
períodos homólogos dos 1.ºs semestres de 2010/2012, observa-se um aumento (5%) de 2010
para 2011 e descida da taxa de ocupação no período 2011/2012 (1%).
No entanto, e como se pode observar no gráfico seguinte, a utilização desta capacidade
instalada no 1.º semestre de 2012, sofreu algumas oscilações mensais, sendo que apenas no
mês de Maio aproximou-se do valor de referência anual.
Avaliação do desempenho da Entidade Gestora do Centro 1.º Semestre 2012
Departamento de Contratualização da ARS do Algarve, I.P. 29
Em suma, e como corolário da análise efectuada, resulta que o Centro continua a melhorar
a utilização da capacidade instalada em internamento, o que se traduz no aumento do
número de doentes saídos por cama.
Avaliação do desempenho da Entidade Gestora do Centro 1.º Semestre 2012
Departamento de Contratualização da ARS do Algarve, I.P. 30
6. Monitorização e avaliação do desempenho da Entidade Gestora do Centro
O Contrato de Gestão do Centro estabelece nas Cláusula 51.ª Monitorização dos Parâmetros
de Desempenho que os parâmetros de desempenho objecto de monitorização são os
constantes nas tabelas incluídas no Anexo XVI. Sistema de monitorização e Avaliação do
Desempenho. A avaliação do desempenho da Entidade Gestora do Centro, de acordo com o
estipulado na Cláusula 53.ª Avaliação do desempenho da Entidade Gestora, compreende as
seguintes áreas:
Resultados, mediante avaliação do cumprimento dos parâmetros de desempenho
de resultado;
Serviço, mediante avaliação do cumprimento dos parâmetros de desempenho de
serviço;
Satisfação, através da avaliação do grau de satisfação dos utentes, conforme este
resultar dos inquéritos efectuados durante o período de avaliação, a realizar pela
Entidade Gestora do Centro nos termos definidos na Cláusula 36.ª Inquéritos de
satisfação dos utentes e profissionais, do Contrato de Gestão
Ainda neste âmbito, a Cláusula 50.ª Monitorização do desempenho refere que a Entidade
Gestora do Centro deve implementar, nos termos constantes do Anexo XVI. Sistema de
monitorização e Avaliação do Desempenho, um sistema de monitorização e avaliação do seu
próprio desempenho, bem como do desempenho das entidades que actuem sob sua conta
ou orientação, incluindo as entidades subcontratadas, e que permita à ARS do Algarve, I.P.
o acompanhamento e verificação do cumprimento do Contrato de Gestão do Centro. Mais
acrescenta a Cláusula 52ª Falhas de desempenho que o não cumprimento dos parâmetros de
desempenho que constam no citado Anexo XVI determina a ocorrência de falhas de
desempenho, que podem ser classificadas do seguinte modo:
Falhas específicas, relacionadas com referenciações indevidas por parte do Centro;
Falhas de resultado, as que dizem respeito ao incumprimento dos parâmetros de
desempenho classificados no Anexo XVI. Sistema de monitorização e Avaliação do
Desempenho como parâmetros de desempenho de resultados;
Avaliação do desempenho da Entidade Gestora do Centro 1.º Semestre 2012
Departamento de Contratualização da ARS do Algarve, I.P. 31
Falhas de serviço, as que respeitam ao incumprimento dos parâmetros de
desempenho classificados no Anexo XVI. Sistema de monitorização e Avaliação do
Desempenho como parâmetros de desempenho de serviço.
Deste modo, e tendo por base a informação disponibilizada pela Entidade Gestora do
Centro nos respectivos relatórios de actividade do 1.º e 2.º trimestres, os resultados dos
inquéritos de satisfação aos utentes realizados nos 1.º e 2.º trimestres, bem como as acções
de monitorização dos parâmetros de desempenho desenvolvidas pelo Departamento de
Contratualização e pelo Gabinete de Instalações e Equipamentos, apresenta-se
seguidamente os resultados da avaliação do desempenho da Entidade Gestora do Centro
no 1.º Semestre de 2012, nas três áreas acima mencionadas.
6.1. Parâmetros de Desempenho de Serviço No que respeita aos resultados das acções de monitorização dos parâmetros de
desempenho de serviço efectuadas pela ARS do Algarve, I.P. (conforme Anexo 2 ao
presente relatório), registem-se as seguintes observações:
Existem alguns parâmetros de desempenho de serviço cuja monitorização não foi
realizada, dado que os mesmos não se aplicavam no período em análise
(encontram-se assinalados com n.a. no Anexo acima mencionado);
A Entidade Gestora do Centro cumpriu, de forma generalizada, as obrigações
contratuais relativas aos parâmetros de desempenho de serviço;
A Entidade Gestora do Centro apresentou o inventário actualizado dos bens móveis
e imóveis do Centro, sendo que à ARS do Algarve, devido à falta de recursos ainda
não foi possível realizar, conforme previsto para o mês de Outubro do passado ano,
uma acção inspectiva nesta área, pelo que está prevista a sua realização durante o
1.º trimestre de 2013;
Face ao exposto nos números anteriores, não foi registada qualquer falha de desempenho
de serviço por parte da Entidade Gestora do Centro no 1.º semestre de 2012.
Avaliação do desempenho da Entidade Gestora do Centro 1.º Semestre 2012
Departamento de Contratualização da ARS do Algarve, I.P. 32
6.2. Parâmetros de Desempenho de Resultado O Contrato de Gestão do Centro prevê, no Quadro 4. do Anexo XVI. Sistema de
monitorização e Avaliação do Desempenho um conjunto de 21 parâmetros de desempenho
de resultado, aos quais estão associados a eventual aplicação de pontos de penalização
pela ocorrência de falhas de desempenho. No âmbito do processo de monitorização
efectuado pelo Departamento de Contratualização salientam-se as seguintes
particularidades:
A ARS do Algarve, I.P., não recebeu o relatório semestral de monitorização dos
resultados assistenciais elaborado pela entidade externa contratada pela Entidade
Gestora do Centro para o efeito (iAssist).
Os valores de referência para os parâmetros de desempenho de resultados foram
acordados entre as Partes em 2010, nos termos previstos no n.º 18 do Anexo XIII.
Qualidade dos Serviços Clínicos ao Contrato de Gestão do Centro.
O parâmetro de desempenho de resultado n.º 10 associado à ocorrência de
reacções transfusionais não se aplica, dado que o Centro não realiza transfusões de
sangue.
Ressalvados os aspectos acima mencionados, e tendo em conta a informação
disponibilizada pela Entidade Gestora do Centro no SIAD e nos relatórios trimestrais
enviados à ARS do Algarve, I.P., os resultados obtidos no 1.º semestre de 2012 (Anexo 3)
sugerem os seguintes comentários:
O Centro realizou mais do que 25% da Produção Prevista para o ano 2012, quer na
actividade realizada em internamento (medida em dias de internamento), quer na
actividade realizada em ambulatório (medida em consultas externas e sessões de
hospital de dia);
A actividade fora do âmbito do Serviço Público de Saúde realizada pelo Centro em
internamento e em ambulatório é residual, ficando claramente abaixo do valor de
máximo de referência (15% da Produção Prevista);
O Centro não registou ocorrências relacionadas com úlceras de pressão;
Avaliação do desempenho da Entidade Gestora do Centro 1.º Semestre 2012
Departamento de Contratualização da ARS do Algarve, I.P. 33
Os valores de referência fixados para os parâmetros de desempenho relacionados
com o sistema interno de revisão de utilização em internamento não foram
ultrapassados – no entanto, os valores mensais atingidos no parâmetro de
desempenho n.º 15 relacionado com os dias de internamento inapropriados, que
tem maior relevância no mês de Janeiro, deve merecer da parte da Entidade
Gestora do Centro uma análise atenta;
A taxa de quedas em doentes internados registou mensalmente um valor sempre
abaixo do valor de referência;
O Centro praticamente não registou cancelamentos de consultas externas e de
sessões de hospital de dia, por motivos imputáveis ao próprio Centro;
O Centro cumpriu os tempos médios de espera fixados para atendimentos em
consulta externa e em sessões de hospital de dia.
Em suma, não se registaram falhas de desempenho de resultados por parte da Entidade
Gestora do Centro.
6.3. Satisfação dos Utentes De acordo com o estipulado na alínea c) do n.º 3 da Cláusula 53.ª Avaliação do desempenho
da Entidade Gestora, a satisfação dos utentes constitui uma das áreas de avaliação do
desempenho da Entidade Gestora do Centro, medida através dos resultados obtidos nos
inquéritos de satisfação efectuados durante o período de avaliação.
Sobre a elaboração e realização dos inquéritos de satisfação aos utentes dispõe a Cláusula
36.ª Inquéritos de satisfação dos Utentes e profissionais que estes inquéritos sejam
preparados e realizados por entidade independente, adequadamente credenciada,
comprometendo-se a Entidade Gestora a assegurar que os resultados dos inquéritos são
introduzidos num sistema de base de dados acessíveis pelos representantes da Entidade
Pública Contratante. Ainda sobre esta matéria, o Anexo XIII. Qualidade dos Serviços Clínicos
ao Contrato de Gestão estabelece no n.º 4 dois aspectos importantes:
Os inquéritos de satisfação dos Utentes abrangerão a totalidade dos Utentes com
episódios de internamento no Centro e uma amostra representativa e significativa
Avaliação do desempenho da Entidade Gestora do Centro 1.º Semestre 2012
Departamento de Contratualização da ARS do Algarve, I.P. 34
de, no mínimo, 25% dos Utentes em ambulatório.
A metodologia dos inquéritos deve respeitar modelos já testados, em Portugal ou
no estrangeiro, deve respeitar as indicações da Organização Mundial da Saúde
nesta matéria e será objecto de aprovação pela Entidade Pública Contratante.
Refira-se que a Entidade Gestora do Centro escolheu a CARF/USPEQ como entidade
responsável pela preparação e execução dos inquéritos de satisfação aos utentes do
Centro, sendo que inicialmente não submeteu préviamente o inquérito-tipo para apreciação
e aprovação da ARS do Algarve, I.P. Deste modo, e nos termos acordados entre as Partes,
o inquérito de satisfação dos utentes (revisto no ano 2010) apresenta as seguintes
características:
As questões encontram-se agrupadas em 5 itens de avaliação: receptividade do
serviço; consentimento informado; respeito; participação; valor global;
A escala de avaliação passa a ser constituída por 4 níveis: 1. Discorda totalmente; 2.
Discorda; 3. Concorda; 4. Concorda totalmente.
O inquérito tem uma apresentação diferente para as duas áreas de actividade do
Centro (internamento e ambulatório) – as questões opcionais foram escolhidas
tendo em conta as especificidades de cada uma das áreas;
Na área do internamento o inquérito de satisfação é constituído por 50 questões,
agrupadas do seguinte modo pelos 5 itens de avaliação: receptividade do serviço
(13); consentimento informado (9); respeito (6); participação (8); valor global (14),
que inclui 3 questões sobre serviços específicos cujos resultados não relevam para
efeitos de avaliação de desempenho da Entidade Gestora do Centro;
Na área do ambulatório o inquérito de satisfação é constituído por 44 questões,
agrupadas do seguinte modo pelos 5 itens de avaliação: receptividade do serviço
(12); consentimento informado (8); respeito (6); participação (7); valor global (11);
O item Valor Global apresenta exactamente as mesmas 11 questões nas duas
apresentações do inquérito, sendo as respostas a este conjunto de questões as que
relevam para efeitos de avaliação de desempenho da Entidade Gestora do Centro;
Avaliação do desempenho da Entidade Gestora do Centro 1.º Semestre 2012
Departamento de Contratualização da ARS do Algarve, I.P. 35
Consideram-se como respostas que evidenciam a satisfação dos utentes com os
cuidados de saúde prestados pelo Centro, o somatório das respostas com resultado
3. Concorda e 4. Concorda totalmente.
Seguidamente, apresenta-se a análise dos resultados obtidos nos inquéritos de satisfação
dos utentes relativos ao 1.º semestre de 2012.
No quadro seguinte pode observar-se o nível de participação no inquérito, comparando por
linha de produção o número potencial de respondentes com os respondentes efectivos.
Neste âmbito, esclareça-se o conceito de respondente potencial em cada uma das linhas de
produção: no internamento, corresponde ao número de episódios de internamento
verificados no 1.º semestre de 2012; no ambulatório, corresponde ao número de utentes que
efectuaram sessões de hospital de dia (episódios de ambulatório) no 1.º semestre de 2012.
Quadro 14 CMFRS – Participação no inquérito de satisfação dos utentes (1.º semestre 2012)
Respondentes Potenciais 233 257 490
Respondentes Efectivos 215 54 269
% de Respondentes 92% 21% 55%
TotalNúmero de participação Internamento Ambulatório
Como se pode constatar, responderam efectivamente ao inquérito um total de 269 utentes
(55% do total de potenciais respondentes), com o seguinte nível de participação por linha de
produção: 92% dos utentes com episódios de internamento; 21% dos utentes com episódios
de ambulatório (um n.º de respondetes inferior aos 25% previstos no Contrato de Gestão).
Por patologias, verificou-se no internamento um maior nível de participação no inquérito
dos utentes com patologias de acidentes vasculares cerebrais e outras oatologias, ao invés
do menor nível de participação demonstrado pelos utentes das patologias de traumatismos
crânio-encefálicos. No ambulatório, o nível de participação foi baixo nos utentes de todas as
patologias, com excepção dos utentes de lesões medulares, 28% superando o valor
considerado para a amostra representativa.
Quadro 15. CMFRS – Participação no inquérito de satisfação dos utentes, por área de actividade e
patologia (1.º semestre 2012)
Avaliação do desempenho da Entidade Gestora do Centro 1.º Semestre 2012
Departamento de Contratualização da ARS do Algarve, I.P. 36
Áreas de Actividade / Patologias AVC LM TCE Outras Patologias Total
Episódios de Internamento 140 47 19 27 233
Respondentes ao Inquérito 129 44 16 26 215
% de Respondentes 92% 94% 84% 96% 92%
Episódios de Ambulatório 50 29 12 166 257
Respondentes ao Inquérito 7 8 2 37 54
% de Respondentes 14% 28% 17% 22% 21%
Ambulatório
Internamento
Relativamente aos resultados obtidos por área de actividade e por item de avaliação,
atente-se na seguinte informação:
Quadro 16. CMFRS – Satisfação por área de actividade e item de avaliação (1.º semestre 2012)
Itens de avaliação% Satisfação
Internamento
% Satisfação
Ambulatório
% Satisfação
Total
A. Receptividade do serviço 94% 91% 97%
B. Consentimento informado 96% 88% 95%
C. Respeito 98% 91% 97%
D. Participação 88% 52% 84%
E. Valor global 94% 92% 93%
F. Avaliação por grupo profissional 98% 94% 98%
De uma forma geral o nível de satisfação é elevado nos vários itens de avaliação, sendo que
os utentes que receberam cuidados de saúde no Centro na área do internamento
expressaram maiores níveis de satisfação, na maior parte dos itens de avaliação, do que os
revelados pelos utentes tratados na área do ambulatório. À semelhança do que já se
verificou em períodos anteriores, observa-se que é no item de avaliação Participação que o
nível de satisfação dos utentes atinge valores mais baixos nas duas áreas de actividade, em
particular no ambulatório. De facto, ao analisar de forma mais detalhada as respostas às
questões que englobam cada item de avaliação, e tendo por referência o valor mínimo de
75% definido no Contrato de Gestão do Centro, abaixo do qual o desempenho é
insatisfatório, constata-se que os utentes expressaram uma menor satisfação quando
questionados sobre os seguintes aspectos:
Ambulatório: no item de avaliação Receptividade do serviço apenas 46% dos
Avaliação do desempenho da Entidade Gestora do Centro 1.º Semestre 2012
Departamento de Contratualização da ARS do Algarve, I.P. 37
respondentes revelaram concordância face à questão Estou satisfeito com os
serviços de transporte; no item de avaliação Consentimento Informado 96% dos
respondentes concordaram com as questões: Eu concordei com os objectivos do
meu plano de tratamento e com a questão Os colaboradores do CMRSul prestam
atenção ao que digo; no item de avaliação Respeito a questão que suscitou menor
concordância dos respondentes (81%) foi A informação acerca da minha pessoa foi
mantida privada pelos colaboradores do CMRSul; quanto ao item de avaliação
Participação os respondentes demonstraram menor concordância na questão De
uma forma geral, consigo fazer coisas sem grandes obstáculos (57);
Internamento: no item de avaliação Receptividade do serviço apenas 76% dos
respondentes concordaram com a questão É fácil chegar ao CMRSul (localização); no
item de avaliação Participação os respondentes demonstraram menor concordância
nas questões Consigo lidar bem com as actividades da minha vida diária (82%) e De
uma forma geral consigo fazer coisas sem grandes obstáculos (76%).
No que respeita à determinação do valor global de satisfação dos utentes manisfestado nos
inquéritos de satisfação dos dois primeiros trimestres, e de acordo com a metodologia
acordada entre as Partes e com os critérios de avaliação definidos no Contrato de Gestão
do Centro, os resultados obtidos para o item de avaliação Valor Global no 1.º semestre de
2012 revelam um nível de satisfação global dos utentes de 96%, ou seja, uma avaliação de
Muito Bom. Ao considerar a avaliação por area de actividade verifica-se que no
internamento o nível de satisfação situa-se nos 97 % considerado Muito Bom, mas no
ambulatório o valor desce prara os 92% sendo considerado apenas Bom.
Quadro 17. CMFRS – Avaliação global (%) de Satisfação dos utentes (1.º semestre 2012)
Avaliação do desempenho da Entidade Gestora do Centro 1.º Semestre 2012
Departamento de Contratualização da ARS do Algarve, I.P. 38
Internamento Ambulatório Valor Global
Recomendava o CMRSul a um amigo ou familiar. 98% 98% 98%
O tratamento que recebo corresponde ás minhas
expectativas.93% 94% 93%
Sinto-me seguro(a) no CMRSul. 98% 94% 97%
O tratamento que recebo no CMRSul torna-me mais
capaz de fazer as coisas que quero fazer no momento.96% 85% 94%
O CMRSul satisfaz as necessidades pelas quais vim
cá.94% 93% 94%
Estou satisfeito(a) com as medidas de segurança
existentes.97% 93% 96%
Os colaboradores ajudam-me a fazer coisas que me
fazem sentir seguro(a) na minha casa ou na
comunidade.
98% 80% 94%
De uma forma geral, estou satisfeito(a) com o
tratamento que recebo.99% 94% 98%
Mesmo se tivesse outra opção, preferia vir para o
CMRSul.99% 96% 98%
O edifício está em boas condições. 99% 94% 98%
Estou satisfeito(a) com as áreas comuns (ginásios,
enfermarias, refeitórios, piscina, entre outros).97% 89% 95%
Média Geral das 11 Questões do Item 97% 92% 96%
Questões do Item Valor Global% Utentes Satisfeitos
Tendo em conta os critérios de avaliação da satisfação dos utentes inscritos no n.º 4 da
Cláusula 53.ª Avaliação do Desempenho da Entidade Gestora do Contrato de Gestão do
Centro, o resultado atingido no 1.º semestre de 2012 traduz um nível de muito bom,
destacando-se os seguintes aspectos:
1. O resultado da avaliação global da satisfação obtido neste período (96% de utentes
satisfeitos com os cuidados de saúde recebidos no Centro) mantém-se em relação a
igual período do ano anterior;
2. Continua a ser muito elevado o número de utentes que recomendaria o Centro a
outras pessoas (98%) e que, mesmo tendo alternativas, voltaria a escolher o Centro
como local de tratamento (98%) – o Centro consolidou-se, do ponto de vista dos
utentes, como uma entidade credível (e recomendável) na prestação de cuidados
de saúde na área da medicina física e de reabilitação;
Avaliação do desempenho da Entidade Gestora do Centro 1.º Semestre 2012
Departamento de Contratualização da ARS do Algarve, I.P. 39
3. As principais diferenças residem nas respostas registadas às questões O tratamento
que recebo no CMRSul torna-me mais capaz de fazer as coisas que quero fazer no
momento (mais alto no internamento), Os colaboradores ajudam-me a fazer coisas
que me fazem sentir seguro na minha casa ou na comunidade (mais alto no
internamento), Estou satisfeito com as áreas comuns (mais alto no internamento);
4. É igualmente muito elevado o número de utentes que afirmaram sentirem-se
seguros no Centro (97%), satisfeitos com os tratamentos que receberam (97%) e
com as condições do edifício (98%). Numa entidade obrigada contratualmente a
desenvolver um exigente sistema de gestão da qualidade, estas respostas
confirmam a pertinência da adopção de normas e procedimentos centrados nos
utentes;
Avaliação do desempenho da Entidade Gestora do Centro 1.º Semestre 2012
Departamento de Contratualização da ARS do Algarve, I.P. 40
7. Remuneração da Entidade Gestora do Centro
O Contrato de Gestão do Centro estabelece na Secção I – Remuneração do Capítulo III –
Remuneração da Entidade Gestora o clausulado relativo à forma de remuneração da
Entidade Gestora do Centro, a qual é composta por duas componentes:
Uma componente relativa à remuneração base anual, tendo em conta os serviços
clínicos efectivamente prestados;
Outra componente correspondente às deduções a efectuar em função do nível de
cumprimento dos parâmetros de desempenho de resultado e de serviço.
As unidades de cálculo utilizadas para a determinação da remuneração base da Entidade
Gestora do Centro, tendo em conta as duas linhas da Produção Prevista definidas na
Cláusula 22.ª Produção Prevista do Contrato de Gestão do Centro, são as seguintes: dias de
internamento, no Internamento; consultas externas, no Ambulatório. Refira-se ainda que a
estas unidades de cálculo foram aplicados os seguintes preços de referência para o ano de
2012 por escalão de produção, atento o disposto no n.º 4 da Cláusula 45.ª Cálculo da
Remuneração da Entidade Gestora e no n.º 5 do Anexo XV. Remuneração ao Contrato de
Gestão do Centro:
Quadro 19. CMFRS – Preços de Referência (2012)
Linhas de Actividade Escalão de Produção 1 Escalão de Produção 2
Internamento 412,17 € 103,37 €
Ambulatório 288,51 € 59,27 €
Neste âmbito, a Cláusula 48.ª Pagamento da parcela a cargo do Serviço Nacional de Saúde do
Contrato de Gestão do Centro estabelece os termos a observar pela ARS do Algarve, I.P., na
qualidade de Entidade Pública Contratante, quanto ao pagamento da Parcela a Cargo do
SNS, designadamente:
a) Mediante pagamentos mensais por conta, por um valor correspondente a um
duodécimo de 90% do valor previsível da Parcela a Cargo do SNS – no ano de 2012, e
como resultado do respectivo processo de determinação da Produção Prevista e do
Avaliação do desempenho da Entidade Gestora do Centro 1.º Semestre 2012
Departamento de Contratualização da ARS do Algarve, I.P. 41
cálculo da Parcela a Cargo do SNS, realizados nos moldes definidos contratualmente,
apurou-se um pagamento mensal por conta no montante de 561.901,65€. Para
efeitos da realização destes pagamentos, a Entidade Gestora do Centro apresentou
as respectivas facturas-adiantamento até 20 dias antes do final do mês a que cada
pagamento mensal por conta respeitava, tendo a ARS do Algarve, I.P. procedido ao
pagamento das mesmas até ao último dia útil desse mês. No 1.º semestre de 2012
estes procedimentos foram cumpridos pelas Partes no que respeita às seis facturas-
adiantamento emitidas pela Entidade Gestora do Centro e pagas pela ARS do
Algarve, I.P., no montante total de 3.371.409,90€.
Quadro 20. CMFRS – Facturas-adiantamento mensais enviadas pela EGC (1.º semestre 2012)
Data de Entrada na
ARS Algarve
N.º das Factura
AdiantamentoMontante
Janeiro 04-01-2012 61200001 561.901,65 € 13-01-2012
Fevereiro 06-02-2012 61200002 561.901,65 € 16-02-2012
Março 05-03-2012 61200003 561.901,65 € 16-03-2012
Abril 05-04-2012 61200004 561.901,65 € 18-04-2012
Maio 04-05-2012 61200005 561.901,65 € 17-05-2012
Junho 06-06-2012 61200006 561.901,65 € 19-06-2012
Data da Transferência do
montante pela ARS Algarve
Facturas-acerto enviadas pela Entidade Gestora do Centro
Mês
b) Mediante um pagamento de reconciliação a realizar até ao final do primeiro
semestre do ano seguinte, ou seja, até dia 30 de Junho de 2012. Neste caso, a
Entidade Gestora do Centro obriga-se a apresentar à ARS do Algarve, I.P., por
referência a cada mês e até final do mês seguinte, uma factura, designada factura-
acerto, pelo valor mensal da Parcela a Cargo do SNS, atentos os serviços clínicos
efectivamente prestados no mês a que respeita e com a informação definida nos n.º
9 e 10.º da referida cláusula e cujos cálculos devem respeitar a metodologia definida
no Anexo XV. Remuneração ao Contrato de Gestão do Centro. Cabe à ARS do
Algarve, I.P., até final do mês seguinte à sua recepção, conferir a factura-acerto e
comunicar à Entidade Gestora do Centro a sua aceitação ou, em caso de detecção
de erros ou omissões, remetê-la à Entidade Gestora, que deve proceder à sua
correcção e nova apresentação até final do mês seguinte (cfr. n.º 11 da Cláusula 48ª).
Ainda de acordo com o n.º 12 da mesma Cláusula “o valor do pagamento de
Avaliação do desempenho da Entidade Gestora do Centro 1.º Semestre 2012
Departamento de Contratualização da ARS do Algarve, I.P. 42
reconciliação a realizar até 30 de Junho do ano seguinte a que dizem respeito os
serviços prestados, a favor da Entidade Pública Contratante ou da Entidade Gestora,
consoante o caso, corresponde à soma do valor das facturas-acerto aceites pela
Entidade Pública Contratante até essa data, referentes ao ano transacto.”. A Entidade
Gestora do Centro enviou as facturas-acerto mensais relativas aos meses de Janeiro
a Junho, tendo a ARS do Algarve, I.P. procedido à validação das mesmas
Quadro 21. CMFRS – Facturas-acerto mensais enviadas pela EGC (1.º semestre 2012)
MêsData de Emissão das facturas-
acerto mensais pela EGC
Data de Entrada das facturas-
acerto mensais na ARS do
Algarve
Obsevações
Janeiro 27-02-2012 27-02-2012Devolvida - Retificada na factura-
acerto de Fevereiro
Fevereiro 30-03-2012 30-03-2012 Aceite
Março 24-04-2012 24-04-2012 Aceite
Abril 31-05-2012 01-06-2012 Aceite
Maio 29-06-2012 29-06-2012 Aceite
Junho 31-07-2012 01-08-2012Devolvida - Retificada na factura-
acerto de Julho
O Departamento de Contratualização procedeu à validação de cada uma das 6 facturas-
acerto mensais enviadas pela Entidade Gestora do Centro, nos seguintes termos:
1. Verificação da informação incluída na factura-acerto, tendo em conta o disposto no n.º
10 da Cláusula 48.ª do Contrato de Gestão;
2. Validação dos serviços clínicos efectivamente prestados pelo Centro no mês a que
reporta a factura-acerto, através da comparabilidade entre a informação extraída
directamente do SIAD e a informação apresentada pela Entidade Gestora do Centro na
factura-acerto, nas seguintes variáveis:
• Dias de internamento, por patologia;
• Episódios de internamento, por patologia;
• Consultas externas, por patologia;
• Sessões de hospital de dia, por patologia;
• Dias de internamento verificados a utentes registados como beneficiários de
Terceiros Pagadores;
Avaliação do desempenho da Entidade Gestora do Centro 1.º Semestre 2012
Departamento de Contratualização da ARS do Algarve, I.P. 43
• Consultas externas prestadas a utentes registados como beneficiários de
Terceiros Pagadores.
3. Validação da informação relativa às receitas de Terceiros Pagadores, taxas
moderadoras e receitas comerciais, mediante análise dos extractos contabilísticos e
respectivos documentos comprovativos de facturação;
4. Verificação da correcta aplicação do mecanismo de cálculo da remuneração da
Entidade Gestora do Centro e, consequentemente, do valor da Parcela a Cargo do SNS.
Sobre este processo de validação, e como é visível no Quadro 19, quatro facturas-acerto
mensais foram aceites pela ARS do Algarve, I.P., sendo que as outras duas foram devolvidas
à Entidade Gestora do Centro para que procedesse às devidas rectificações e justificasse as
não conformidades encontradas.
Finalmente, e no que se refere à remuneração da Entidade Gestora do Centro, a Cláusula
48.ª Pagamento da parcela a cargo do SNS do Contrato de Gestão do Centro dispõe no n.º 13
que “se os valores das facturas-acerto mensais respeitantes aos primeiros seis meses de cada
ano forem, em média, de valor inferior em mais de 25% ao Pagamento Mensal por conta pago
nesse mesmo período, o valor dos pagamentos mensais por conta dos últimos três meses
desse ano é reduzido em 25%”. Neste sentido, as facturas-acerto mensais enviadas pela
Entidade Gestora do Centro relativas ao 1.º Semestre de 2012 e validadas pelo
Departamento de Contratualização, permitem garantir que aquela disposição contratual
não tem necessidade de ser aplicada.
AVC LM TCE Outros Total
Janeiro 120 43 14 99 276
Fevereiro 110 41 20 86 257
Março 83 39 7 75 204
Abril 88 38 10 101 237
Maio 104 50 15 115 284
Junho 88 41 12 117 258
Total 593 252 78 593 1.516
AVC LM TCE Outros Total
Janeiro 34 7 5 18 64
Fevereiro 36 5 6 12 59
Março 28 6 1 17 52
Abril 30 4 2 25 61
Maio 25 7 4 23 59
Junho 25 3 4 26 58
Total 178 32 22 121 353
Fonte: Entidade Gestora do CMFRS (SIAD; 06/08/2012)
AVC LM TCE Outros Total
Janeiro 91 37 10 93 231
Fevereiro 83 32 15 82 212
Março 64 31 6 70 171
Abril 64 33 7 94 198
Maio 80 46 11 112 249
Junho 63 33 10 112 218
Total 445 212 59 563 1.279
PeríodoConsultas Externas, por patologia
Fonte: Entidade Gestora do CMFRS (SIAD; 06/08/2012)
Ano 2012 - Primeiras Consultas Externas, por patologia
Período1as Consultas Externas, por patologia
Centro de Medicina Física e Reabilitação do Sul
Ano 2012 - Total de Consultas Externas, por patologia (factura-acerto)
Centro de Medicina Física e Reabilitação do Sul
Ano 2012 - Total de Consultas Externas, por patologia
PeríodoTotal de Consultas Externas, por patologia
Fonte: Entidade Gestora do CMFRS (SIAD; 06/08/2012)
Centro de Medicina Física e Reabilitação do Sul
AVC LM TCE Outros Total
Janeiro 214 136 46 573 969
Fevereiro 168 159 41 463 831
Março 143 162 50 559 914
Abril 103 169 28 537 837
Maio 190 170 52 781 1.193
Junho 146 105 53 579 883
Total 964 901 270 3.492 5.627
Fonte: Entidade Gestora do CMFRS (SIAD; 06/08/2012)
AVC LM TCE Outros Total
Janeiro 25 7 5 3 40
Fevereiro 23 10 2 4 39
Março 21 10 2 4 37
Abril 29 5 2 4 40
Maio 18 9 3 5 35
Junho 24 6 5 7 42
Total 140 47 19 27 233
Fonte: Entidade Gestora do CMFRS (SIAD; 06/08/2012)
AVC LM TCE Outros Total
Janeiro 901 431 83 78 1.493
Fevereiro 827 282 124 118 1.351
Março 887 270 156 128 1.441
Abril 875 198 140 144 1.357
Maio 912 199 172 235 1.518
Junho 922 178 139 171 1.410
Total 5.324 1.558 814 874 8.570
Fonte: Entidade Gestora do CMFRS (SIAD; 06/08/2012)
PeríodoDias de Internamento, por patologia
Centro de Medicina Física e Reabilitação do Sul
Ano 2012 - Episódios de Internamento, por patologia
PeríodoEpisódios de Internamento, por patologia
Centro de Medicina Física e Reabilitação do Sul
Ano 2012 - Dias de Internamento, por patologia
Centro de Medicina Física e Reabilitação do Sul
Ano 2012 - Sessões de Hospital de Dia, por patologia
PeríodoSessões de Hospital de Dia, por patologia
AVC LM TCE Outros
Janeiro 36 62 17 26
Fevereiro 36 42 30 28
Março 38 36 40 29
Abril 36 37 46 31
Maio 38 34 48 35
Junho 38 33 43 32
Fonte: Entidade Gestora do CMFRS (SIAD; 06/08/2012)
AVC LM TCE Outros
Janeiro 2 4 5 6
Fevereiro 2 4 3 6
Março 2 5 4 7
Abril 2 5 4 6
Maio 2 4 4 6
Junho 2 4 5 6
Fonte: Entidade Gestora do CMFRS (SIAD; 06/08/2012)
Centro de Medicina Física e Reabilitação do Sul
Ano 2012 - N.º Médio de SHD/CE, por patologia
PeríodoN.º Médio Sessões de Hospital de Dia/CE, por patologia
Centro de Medicina Física e Reabilitação do Sul
Ano 2012 - Demora Média (em dias), por patologia
PeríodoDemora média (em dias) por patologia
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