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CDIGO DAS CUSTAS JUDICIAIS

PARTE CVEL

TTULO I

DAS CUSTASCAPTULO I

Disposies geraisArtigo 1.

(Conceito de custas)

1. Os processos cveis esto sujeitos a custas salvo se forem excepcionalmente isentos por lei.

2. As custas compreendem a taxa de justia, os selos e os encargos.

Artigo 2.

(Isenes de natureza pessoal)

1. So isentos de custas:

a) o Estado e as autarquias locais;

b) as pessoas colectivas de utilidade pblica administrativa;

c) o Ministrio Pblico;

d) os incapazes ou pessoas equiparadas, representados pelo Ministrio Pblico, como autores, em quaisquer causas, seus incidentes ou recursos, quando tenham ficado vencidos;

e) O Banco de Cabo Verde na sua qualidade de Banco Central e Emissor.

(Redaco dada pelo Decreto - Lei n. 72/90, de 10 de Setembro).

2. Esto dispensados do pagamento de custas aqueles que gozam do benefcio da assistncia judiciria, enquanto no tiverem meios para pagar.

3. Os representantes das autarquias locais, das pessoas colectivas de utilidade pblica administrativa e dos institutos pblicos so pessoalmente e, entre si, solidariamente responsveis pelo pagamento de custas quando, vencida a autarquia local a pessoa colectiva ou o instituto pblico, se mostre que actuaram no processo por interesse ou motivos estranhos s

suas funes, questo que ser apreciada e julgada a final, oficiosamente.

(Redaco dada pelo Decreto - Lei n. 72/90, de 10 de Setembro).

4. Quando terminar por transaco qualquer aco entre entidade isenta ou dispensada do pagamento de custas e outra que o no seja, ser determinada pelo juiz a proporo em que as custas devem ser pagas.

5. A iseno a favor do Estado no abrange os processos de arrecadao.

6. A iseno a favor dos incapazes no abrange os inventrios, as interdies, as inabilitaes, nem os incidentes ou os recursos que haja nesses processos.

Artigo 3.

(Isenes processuais; inventrios)

1. Os inventrios obrigatrios no esto sujeitos a custas, desde que o respectivo valor no exceda 100.000$00.

2. A meao e o quinho hereditrio de cada descendente do inventariado gozam, nos inventrios obrigatrios, dos seguintes benefcios:

a) no pagam taxa de justia nem selos se tomados, singularmente, no excederem 100.000$00;

b) no pagam selos e a taxa de justia reduzida de 50% se, nos mesmos termos da alnea antecedente, excederem 100.000$00, mas no sejam superiores a 200.000$00.

3. Quando, antes do despacho determinativo de partilha cesse a causa justificativa da obrigatoriedade do inventrio e no seja requerido o prosseguimento do processo, o despacho que o d por findo indicar o modo de dividir a herana para os efeitos do nmero anterior.

4. Na fixao do valor do processo e dos valores da meao e do quinho dos descendentes nos casos de cumulao de inventrios ter-se- em conta, respectivamente, a soma de todos os bens descritos e a soma de todos os bens atribudos ao meeiro ou recebidos por cada descendente.

Artigo 4.

(Isenes processuais. Interdies, inabilitaes e outros processos

com custas a cargo de incapazes)

1. Nos processos de interdio ou inabilitao a cargo dos incapazes no h lugar a custas, se o valor do patrimnio do incapaz no for superior a 50.000$00; liquidar-se-o apenas os encargos, se esse valor for superior a 50.000$00, mas inferior a 100.000$00; contar-se-o os encargos e a taxa de justia sofrer uma reduo de 50% se o valor do patrimnio se situar entre 100.000$00 e 150.000$00.

2. Nos processos de autorizao para a prtica de actos pelo representante do incapaz, ou para confirmao dos actos que este tenha praticado sem a necessria autorizao, bem como nos incidentes e actos a cargo de incapazes, relativos regncia da sua pessoa e administrao de seus bens, no h lugar a custas se o valor do patrimnio no exceder 50.000$00.Artigo 5.(Arrecadao de esplio)

1. Os processos de arrecadao de esplio de valor no excedente a 100.000$00 so isentos de taxa e encargos, excepto o custo de papel; se o valor do processo exceder 100.000$00 a importncia das custas no poder exceder 10% de tal valor.

2. No se consideram abrangidos no disposto neste artigo, as custas feitas, nos processos de arrecadao de esplio, no interesse de terceiros, as de processo que declarar vaga a herana para o Estado e as dos termos posteriores interveno dos interessados habilitados.

Artigo 6.

(Processo de expropriao e mais - valia)

1. Nos processos de expropriao por utilidade pblica no so devidas custas na fase arbitral, nem pelo incidente de levantamento das quantias depositadas a ttulo de indemnizao, mas, naquela fase e ainda quando o expropriado vencido no recurso seja pessoa ou entidade isenta de custas, o expropriante suportar mesmo que se trate de entidade tambm isenta, os encargos com o pagamento dos salrios aos rbitros e aos peritos, com os respectivos transportes e com a deslocao do tribunal.

2. O disposto no nmero anterior aplicvel aos processos para apuramento da mais -valia, mas os encargos que devam ser suportados pelo Estado e pelos Secretariados Administrativos so repartidos entre si, em proporo do seu interesse na causa.

Artigo 7.

(Iseno do processado repetido)

1. Na falta de oposio do interessado isenta de custas a parte do processo que tiver de repetir-se em virtude de deciso que julgue procedente a arguio de nulidade dos actos judiciais, bem assim o processado que seja simples consequncia da falta de cumprimento das disposies legais por parte dos funcionrios.

2. Nos casos de anulao de diligncias ou do processado em consequncia de deciso do tribunal superior, a parte que decair no recurso, ainda que no tenha deduzido oposio, pagar, alm das custas de recurso, as despesas de deslocao, as remuneraes e as indemnizaes devidas s testemunhas, peritos ou intrpretes, as quais so adiantadas pelo Cofre do Tribunal.

3. O juiz pode, em despacho fundamentado, relevar a falta de cumprimento das disposies legais por parte dos funcionrios; se entender que a falta no deve ser relevada, condenar o responsvel a pagar os encargos do processado intil.

4. As questes discutidas entre magistrados sem interveno das partes, so isentas de custas, em qualquer das instncias.

5. As reclamaes e recursos dos funcionrios contra decises que respeitem aos seus emolumentos, so isentas de custas, qualquer que seja o valor da causa .

CAPTULO II

Do valor dos processos

Artigo 8.

( Valor da causa para efeito de custas)

1. Os valores atendveis para efeito de custas so, com ressalva do disposto no artigo 11., os que resultam da aplicao das regras estabelecidas no Cdigo de Processo Civil ao processo a contar, se no forem diferentes dos referidos nas alneas seguintes e nos dois artigos subsequentes:

a) nas aces de dissoluo de sociedade e nas de oposio a deliberaes sociais, suspenso, declarao de invalidade ou de ineficcia destas ou das respectivas assembleias gerais - o do capital social, ou o do interesse patrimonial prosseguido, se for determinvel e de menor montante.

Quando o autor ou requerente seja responsvel pelas custas - o do capital, quota ou importncia que como scio, tenha na sociedade, quanto s primeiras, e do dano que se pretende evitar, quanto s ltimas, ou tambm aquele, se o dano no puder ser determinado se for somente credor, o da soma dos seus crditos;

b) nas aces sobre o estado das pessoas ou sobre interesses imateriais e nos recursos sobre registo de propriedade industrial, literria, cientfica- o fixado pelo juiz, tendo em ateno a repercusso econmica da aco para o vencido ou, subsidiariamente, a situao econmica deste, no podendo, porm, em caso algum ser inferior alada dos Tribunais Regionais;

c) nas aces cuja deciso envolva uma obrigao peridica, a no ser que se trate da aco de alimentos ou de contribuio para as despesas domsticas- o da importncia relativa a um ano multiplicado por 20, ou pelo nmero de anos que a deciso abranger, se for inferior; mas se a deciso no tiver eficcia seno quanto contribuio, taxa ou quantia que se discute - o da verba respectiva, no podendo o valor do processo, em nenhum dos casos ser inferior alada do tribunal Sub - Regional;

d) na reviso - o do processo em que foi proferida a deciso revidenda;

e) aces de despejo - o das rendas de dois anos, acrescido das rendas em dvida e indemnizao quando pedida;

(Redaco dada pelo Decreto - Lei n. 72/90, de 10 de Setembro).

f) nos depsitos de renda que tenham autonomia - o da soma dos depsitos acrescida da renda anual se for discutida a subsistncia ou interpretao do contrato do arrendamento; (Redaco dada pelo Decreto - Lei n. 72/90, de 10 de Setembro)

g ) nos embargos opostos execuo e aos procedimentos cautelares - o do processo em que forem deduzidos; quando se referirem s a parte do processo - o dessa parte;

h) nos embargos de terceiros - o do valor comercial dos bens embargados;

(Redaco dada pelo Decreto - Lei n. 72/90, de 10 de Setembro).

i) nas aces de diviso de coisa comum - o do valor comercial dos bens a dividir; (Redaco dada pelo Decreto - Lei n. 72/90, de 10 de Setembro).j) nas aces de demarcao - o do valor comercial da parte do prdio sobre que recai a divergncia, ou o fixado pelo juiz se no for determinvel essa parte;

(Redaco dada pelo Decreto - Lei n. 72/90, de 10 de Setembro).

l) nos recursos dos conservadores, notrios e outros funcionrios - o da taxa do acto recusado ou posto em dvida;

m) nas falncias e insolvncias - o do activo liquidado; - se o processo terminar antes da liquidao, o do arrolamento, havendo-o, ou o indicado na petio, no caso contrrio;

n) nas concordatas e acordos de credores - o do activo constante do balano, quando o haja, ou o da valorizao feita do activo, no caso contrrio;

o) nos embargos concordata ou ao acordo de credores e nos que forem opostos falncia ou insolvncia por pessoas diversas das indicadas no artigo 28. - o do crdito do embargante, se este decair, no podendo, porm, ser inferior alada do tribunal da regio;

p) nos inventrios, ainda que haja cumulao - o da soma dos bens a partilhar, sem deduo de legados nem de dvidas passivas.

Sero, porm, abatidas as dvidas contradas para ocorrer aos alimentos do autor da herana ou a conservao de seus bens, quando constem de documento autntico ou autenticado e meream aprovao de todos os interessados, ou quando sejam verificadas pelo juiz nos termos do disposto no Cdigo do Processo Civil;

q) nas justificaes de qualidade de herdeiro e nos inventrios em que no chegue a ser determinado o valor dos bens, - o do valor comercial dos bens para os imveis, e o do balano apresentado nos servios de Finanas para os restantes, salvo, quanto a estes, se ao juiz parecer necessrio proceder a avaliao.

(Redaco dada pelo Decreto - Lei n. 72/90, de 10 de Setembro).

r) nas cartas precatrias para avaliao de bens em inventrios - o dos bens avaliados; se no chegar a haver avaliao - o que for fixado pelo juiz deprecante;

s)nos incidentes do inventrio posteriores partilha- o dos quinhes das pessoas neles interessadas, a no ser que por sua natureza tenham valor diferente e que dos autos constem os elementos necessrios para o determinar;

t) nos recursos em expropriaes - o da diferena entre a indemnizao fixada na arbitragem e a importncia indicada pelo recorrente. No caso de haver mais de um recorrente atender-se- maior das diferenas;

u) nos depsitos e levantamentos requeridos conjuntamente por duas ou mais pessoas - a soma dos valores a depositar ou a receber, com excepo dos que no forem superiores a 500$00;

v) nas reclamaes de contas - o das custas contadas na conta reclamada;

x) nos processos de assistncia judiciria - o da aco a que respeitam.

2. Nas aces de interdio ou de inabilitao no so levados em conta para a determinao do valor do patrimnio do incapaz, nos termos da alnea b) do nmero anterior, os bens que ele tenha recebido anteriormente em inventrio motivado apenas pelo seu estado de incapacidade.

3. Nas aces em que estejam em causa bens mveis ou imveis, o valor desses bens para efeitos de clculo do valor da aco o correspondente ao valor comercial dos mesmos.

(Redaco dada pelo Decreto - Lei n. 72/90, de 10 de Setembro).

Artigo 9.

( Valor da execuo, do concurso de credores e da alienao de bens)

1. O valor atendvel nas execues o da soma dos crditos exequendos ou do produto dos bens liquidados, se for inferior.

2. Nos concursos de credores cujas custas devam ficar a cargo do executado o critrio o da soma dos crditos neles deduzidos ou o dos bens liquidados, se for inferior e representar a totalidade dos bens abrangidos pela execuo.

Nos recursos relativos a graduao de crditos o valor atendvel o do crdito cuja existncia ou graduao se discute.

3. Nas vendas judiciais, remisses e adjudicaes, o valor atendvel o do produto dos bens vendidos, remidos ou adjudicados.

Artigo 10.

(Valor da causa havendo reconveno)

1. Quando haja reconveno ou interveno principal com pedido distinto do formulado pelo autor, o valor a considerar para efeitos de custas, salvo nas aces de divrcio, o da soma dos pedidos.

2. Se um dos pedidos cessar e o processo seguir s pelo outro, o do pedido que se mantiver, que determina o valor do processo a partir da cessao do outro.

Artigo 11.

( Valor declarado pelas partes)

1. O valor declarado pelas partes atendido quando no seja inferior ao que resulta dos critrios legais.

2. As custas so calculadas pelo valor do pedido inicial, ainda que este venha a ser reduzido por iniciativa do autor ou pelo prudente arbtrio do tribunal.

3. A reduo do valor dos bens, por deliberao dos interessados em inventrio, nos termos do disposto no Cdigo de Processo Civil, irrelevante para efeitos de contagem das custas.

Artigo 12. ( Valor incerto: sua verificao para efeito de custas)

1. Se, em face do processo, o valor for ilquido, desconhecido ou parecer maior do que o declarado pelas partes, nos casos em que a este deva atender-se, pode o juiz oficiosamente, em virtude de promoo do Ministrio Pblico ou de informao do escrivo, decidir ou ordenar que para efeitos de contagem, se proceda nos termos do Cdigo de Processo Civil, verificao do valor.

2. O incidente de verificao do valor para efeito de contagem isento de custas, mas as despesas de avaliao sero pagas pela parte vencida ou, se for isenta, pelo Cofre do Tribunal.

CAPTULO III

Taxa de Justia

SECO I

Tribunais de Zona

Artigo 13.

Nos Tribunais de Zona no devida Taxa de Justia

(N.B. Os Tribunais de Zona foram abolidos pela Lei n. 6/IV/91, de 4 de Julho)

Artigo 14.

(Taxa de Justia nos Tribunais Arbitrais)

A taxa de justia devida nos processos que correm perante os Tribunais Arbitrais igual fixada para as aces propostas nos Tribunais Sub - Regionais e Regionais.

SECO II

Tribunais Sub - Regionais e Regionais

SUB-SECO I

(Aces cveis em geral)

Artigo 15.

(Taxa de Justia devida nos Tribunais Sub - Regionais e Regionais)

As taxas de justia a aplicar nos Tribunais Sub - Regionais e Regionais nos processos cveis, incluindo os inventrios que sejam ou passem a facultativos, falncias, insolvncias, recursos de reviso e de oposio de terceiro so as seguintes:At10.000$00 .........15%

Sobre o acrescido at50.000$00 .........10%

Sobre o acrescido at100.000$00 .......8,5%

Sobre o acrescido at200.000$00 ..........5%

Sobre o acrescido at500.000$00 ..........4%

Sobre o acrescido at1.000.000$00 .......3,5%

Sobre o acrescido at2.000.000$00 ..........2%

Sobre o acrescido alm de2.000.000$00 ..........1%

(Redaco dada pelo Decreto - Lei n. 72/90, de 10 de SetembroArtigo 16.

(Reduo da taxa de justia conforme a fase do processo)

1. A taxa reduzida:

a) a um quarto nas aces que terminem com indeferimento liminar ou antes de proferido o despacho que ordene a citao do ru, nos inventrios que cessem antes de ordenadas as citaes e nos processos para declarao de falncia ou insolvncia que findem antes de iniciada a audincia de discusso e julgamento;

(Redaco dada pelo Decreto - Lei n. 72/90, de 10 de Setembro)

b) a metade nas aces que terminem depois do despacho que ordene a citao do ru mas antes do despacho saneador, nos inventrios que terminem depois de ordenadas as citaes mas antes da descrio final de bens, nas execues que findem antes de ordenadas as citaes a que se refere o artigo 864. do Cdigo de Processo Civil e nos processos para declarao de falncia ou insolvncia em que uma ou outra no sejam decretadas;

c) a dois teros nas aces que terminem com o despacho saneador ou depois de este ser proferido mas antes de proferido despacho que designe dia para julgamento, nos inventrios que findem depois da descrio e antes do despacho determinativo da partilha, nas falncias ou insolvncias que terminem depois da declarao de falncia ou insolvncia mas antes de iniciado o julgamento da verificao de crditos e nas execues que se extinguem depois de ordenadas as citaes a que refere o artigo 864. do Cdigo de Processo Civil mas antes de designado o modo de vender os bens, de cessarem os descontos ordenados ou de requerida a adjudicao de rendimentos.

3. Havendo reconveno e prosseguindo o processo, a partir de certa fase, s pelo pedido do autor ou s pelo pedido do ru, aplicar-se- o grau de reduo adequado ao processado a contar at essa fase.

Artigo 17.

(Reduo da taxa de justia pela simplicidade do processo)

1. Nas aces que no admitem citao do ru, despacho saneador ou audincia de julgamento, e no cheguem a final, e nos processos cuja natural simplicidade o justifique, o juiz determinar a reduo da taxa a efectuar, tendo em considerao os escales constantes do artigo anterior e o grau de actividade processual a que se aplicam.

2. Nas aces que no tiverem oposio nem audincia de discusso e julgamento a taxa reduzida a dois teros. Se s o Ministrio Pblico contestar nos termos do artigo 15. do Cdigo de Processo Civil e a aco for julgada procedente, manter-se- a reduo ainda que tenha lugar a audincia de discusso e julgamento quando esta for determinada somente pela oposio deduzida. (Redaco dada pelo Decreto - Lei n. 72/90, de 10 de Setembro).

3. Nas aces de divrcio por comum acordo a taxa reduzida a dois teros.

(Redaco dada pelo Decreto - Lei n. 72/90, de 10 de Setembro).

4. Nas expropriaes, em recurso da deciso arbitral, a taxa ser fixada pelo juiz entre o mnimo de um quarto e o mximo de dois teros.

(Redaco dada pelo Decreto - Lei n. 72/90, de 10 de Setembro).

Artigo 18.

(Inventrios especiais)Nos inventrios que tenham por fim a descrio e avaliao dos bens, e aqueles em que no haja lugar a operaes de partilha a taxa devida reduzida a dois teros da fixada para as aces de igual valor.

Artigo 19.

(Meios preventivos da falncia)

1. Quando aos meios preventivos da falncia se no siga a declarao desta, a taxa igual a um quarto da fixada para as aces de igual valor se o processo terminar at ser proferido o despacho inicial e ser, respectivamente, de metade ou de dois teros conforme o processo finde antes ou depois de concluda a assembleia de credores.

(Redaco dada pelo Decreto - Lei n. 72/90, de 10 de. Setembro).

2. Se aos meios preventivos vier a seguir-se a declarao de falncia, aplicvel a todo o processo a taxa estabelecida no artigo 15., sem prejuzo das redues a que haja lugar nos termos do artigo 16..

Artigo 20.

(Meios suspensivos da falncia)

1. Quando haja concordata suspensiva homologada que ponha termo ao processo de falncia ou insolvncia, a taxa devida por este processo abrange a concordata.

2. Se a concordata suspensiva no for recebida ou por qualquer motivo no chegar a ser homologada, a taxa de falncia ou da insolvncia acrescida de quantia a fixar pelo juiz at 20 por cento, tendo em considerao o valor da concordata e a actividade judicial que tenha feito despender.

3. As disposies dos nmeros anteriores so aplicveis ao acordo de credores suspensivos da falncia.

Artigo 21.

(Execues. Embargos)

1. As execues beneficiam das seguintes redues na taxa de justia.

a) Nas execues por custas e nas que se fundam em sentenas de condenao a taxa igual a trs quintos da fixada para as aces declarativas de igual valor.

(Redaco dada pelo Decreto-Lei n. 72/90, de 10 de Setembro).

b) nas execues baseadas em documentos exarados ou autenticados por Notrio ou em ttulos a que por disposio especial seja atribuda fora executiva a taxa igual a dois teros;

c) nas execues baseadas em letras, livranas, cheques, extractos de factura, vales, facturas conferidas, assinados pelo devedor, dos quais conste a obrigao de pagamento de quantias determinadas ou de entrega de coisas fungveis, a taxa igual a quatro quintos.

2. Se execuo for deduzida oposio por embargos, aplicvel a todo o processo de execuo, incluindo os embargos, uma taxa igual fixada para as aces do mesmo valor.

Quando os embargos se no refiram a todo o pedido a taxa ser calculada pelas taxas das aces de valor correspondente s execues.

3. A reduo de taxa fundada no termo antecipado da execuo no pode ser superior, no caso de terem sido opostos embargos de executados, a metade do fixado no artigo 15..

Artigo 22.

(Concurso de credores)

Nos concursos de credores a taxa igual a um tero da correspondente a uma aco de igual valor se o processo terminar at ao termo do prazo para a resposta, a que alude o artigo 867. do Cdigo de Processo Civil, ou no forem deduzidas impugnaes e de dois teros se houver impugnaes e ultrapassar aquela fase.

Artigo 23.

(Transmisses de bens)

1. Nas vendas judiciais, adjudicaes e remisses de bens imveis, incluindo as destinadas a liquidao de activo, nos termos do Cdigo de Processo Civil, a taxa que deve ser paga pelo comprador, adjudicatrio ou remidor de um quarto da correspondente s execues de igual valor.

2. O comprador, arrematante, adjudicatrio ou remidor de bens mveis, mesmo nas liquidaes do activo do falido ou insolvente, pagar unicamente a taxa de 10 por cento do valor de venda, arrematao, adjudicao ou remio, que ser imediatamente depositada.

Artigo 24.

(Depsitos e levantamentos)

(Redaco dada pelo Decreto-Lei n. 72/90, de 10 de Setembro)

1. Nos depsitos e levantamento de valor superior a 200$00, efectuados em processos de qualquer natureza, a taxa igual a um quarto da correspondente s aces de mesmo valor sem prejuzo do disposto no artigo 50..

2. No devida taxa nos depsitos e levantamentos de valor inferior, nem pelo levantamento das caues criminais, e em nenhum caso as custas podem exceder 25% das quantias que so depositadas ou levantadas.

Artigo 25.

(Recursos interpostos para os Tribunais Sub-Regionais e Regionais)

A taxa de justia a aplicar nos recursos para os Tribunais Sub-Regionais e Regionais ser de metade da estabelecida para os que sobem ao Supremo Tribunal de Justia.

Artigo 26.

(Inventrios: o que compreendem)

Para efeito de tributao, o inventrio compreende todos os incidentes processados no seu decurso quando, pelas regras de condenao, as custas devessem ficar a cargo de todos os interessados a elas sujeitas ou quando, devendo ficar apenas a cargo de alguns, forem produzidas no interesse de todos.

Artigo 27.

(Partilha adicional)

partilha adicional a que se proceda depois de contado o inventrio aplicvel a taxa correspondente ao valor total da herana, deduzindo-se, porm, a que j tiver sido liquidada na primeira conta.

Artigo 28.

(Falncia e insolvncia: o que compreendem)

Para efeitos de tributao, a designao de falncias e insolvncias abrange o processo principal, a apreenso dos bens, os embargos do falido ou insolvente, ou do seu cnjuge, descendentes, herdeiros, legatrios ou representantes, a liquidao do activo, a verificao do passivo, o pagamento aos credores, as contas de administrao, os arrestos decretados antes de ser declarada a falncia ou insolvncia se no tiver havido oposio de pessoa diferente das indicadas, e quaisquer incidentes ainda que processados em separado se as respectivas custas deverem ficar a cargo da massa.

Artigo 29.

(Embargos falncia ou insolvncia)

Os embargos falncia ou insolvncia, quando deduzidos por pessoa diversa das compreendidas no artigo anterior, as aces rescisrias e aquelas a que se referem os artigos 1241. e 1242. do Cdigo de Processo Civil esto sujeitos taxa de justia estabelecida no artigo 15..

SUB-SECO II

Processos Orfanolgicos

Artigo 30.

(Taxa de Justia)

1. As taxas de justia a aplicar nos processos orfanolgicos, so as seguintes:

At20.000$00 .........10%

Sobre o acrescido at50.000$00 ..........9%

Sobre o acrescido at100.000$00 ..........7%

Sobre o acrescido at500.000$00 ..........5%

Sobre o acrescido at1.000.000$00 ..........3%

Sobre o acrescido alm de1.000.000$00 ..........2%

(Redaco dada pelo Decreto-Lei n. 72/90, de 10 de Setembro).

2. Consideram-se processos orfanolgicos os inventrios em que sejam interessados, sujeitos a custas, quaisquer menores ou pessoas equiparadas, bem como as interdies e as inabilitaes quando as custas devam ficar a cargo de incapazes.

Artigo 31.

(Reduo da taxa de justia)

1. aplicvel s interdies, inabilitaes e inventrios obrigatrios o disposto no artigo 16..

2. Aos inventrios obrigatrios tambm aplicvel o disposto nos artigos 18. e 26., considerando-se ainda includos na respectiva tributao os levantamentos das quantias de tornas cujo pagamento tenha sido reclamado pelo Ministrio Pblico ou pelo representante de incapazes.

Artigo 32.

(Limites da taxa de justia nas deprecadas orfanolgicas)

A taxa de justia das cartas precatrias no pode exceder as seguintes percentagens do valor do processo:

No processos orfanolgicos de valor at20.000$00 ......3%

Nos de valor superior a20.000$00 ......5%

SECO III

SUPREMO TRIBUNAL DE JUSTIA

Artigo 33.

(Taxa de Justia devida nos recursos)

As taxas de justia a aplicar nas apelaes e agravos de decises finais das aces e seus incidentes so as seguintes:

At20.000$00 .........10%

Sobre o acrescido at50.000$00 ..........7%

Sobre o acrescido at100.000$00 ..........5%

Sobre o acrescido at200.000$00 ..........3%

Sobre o acrescido at500.000$00 ..........2%

Sobre o acrescido at1.000.000$00 ........1,5%

Sobre o acrescido alm de1.000.000$00 ..........1%

(Redaco dada pelo Decreto-Lei n. 72/90, de 10 de Setembro).

Artigo 34.

(Taxa de Justia nos recursos de decises interlocutrias)

1. As taxas aplicveis em cada agravo de despacho ou decises interlocutrias, subindo separadamente, so iguais a metade das estabelecidas no artigo anterior, mas se os agravos subirem com a apelao ou com outro agravo sero iguais a um quarto.

(Redaco dada pelo Decreto-Lei n. 72/90, de 10 de Setembro).

2. Neste ltimo caso, porm, o primeiro agravo no beneficia da reduo maior.

Artigo 35.

(Taxa de justia devida na reclamao contra o indeferimento

ou reteno do recurso).

Na reclamao do despacho que rejeitar ou retiver o recurso, deduzido nos termos do Cdigo de Processo Civil, a taxa devida igual a um quarto da estabelecida no artigo 33.. (Redaco dada pelo Decreto-Lei n. 72/90, de 10 de Setembro).

Artigo 36.

(Taxa de justia devida no recurso para o Tribunal Pleno)

1. Nos recursos para o Tribunal Pleno no caso do artigo 770. do Cdigo de Processo Civil, aplicam-se as taxas estabelecidas no artigo 33., acrescidas de 70%.

2. Se o recurso no for admitido, a taxa reduzida a um quarto; se terminar antes da deciso a que se refere o art. 776. do Cdigo de Processo Civil, ou por virtude dela, reduzida a dois teros. (Redaco dada pelo Decreto-Lei n. 72/90, de 10 de Setembro).

Artigo 37.

(Reduo da taxa de justia no recurso que sobe com outro de diferente natureza)

1. A taxa reduzida a dois teros nos recursos interpostos em processo de expropriao quando fique a cargo do expropriado.

(Redaco dada pelo Decreto-Lei n. 72/90, de 10 de Setembro).

Artigo 38.

(Taxa de justia nas causas intentadas perante o Supremo Tribunal de Justia)

Nas causas directamente intentadas perante o Supremo Tribunal de Justia e nos recursos de reviso e oposio de terceiro a taxa igual estabelecida no artigo 15..

Artigo 39.

(Reduo da taxa conforme a fase do recurso)

1. Se o recurso for julgado deserto no Supremo Tribunal de Justia ou dever terminar antes de o processo entrar na fase de julgamento, a taxa reduzida a metade. A mesma reduo se far nos recursos de reviso e de oposio de terceiro se terminarem antes de findar o prazo para a resposta da parte contrria.

(Redaco dada pelo Decreto-Lei n. 72/90, de 10 de Setembro).

2. Entende-se que o processo entrou na fase de julgamento logo que seja proferido despacho mandando dar vista aos juizes para o conhecimento do objecto do recurso.

SECO IV

Disposies comuns

Artigo 40.

(Processos especiais)

1. Nos embargos de terceiro, na oposio do inventrio, nos embargos opostos aos procedimentos cautelares e s concordatas, na anulao de concordatas, na falsidade, na habilitao, na liquidao, tanto durante a aco como posteriormente, nos alimentos provisrios, nas caues, nos incidentes que forem processados por apenso, e nos pedidos de assistncia judiciria a taxa fixada pelo Tribunal entre o mximo que no exceder dois teros do correspondente a uma aco ou processo orfanolgico do mesmo valor, e um mnimo que no ser inferior a um quarto. (Redaco dada pelo Decreto-Lei n. 72/90, de 10 de Setembro).

2. Se a invulgar complexidade do incidente ou do acto o justificar, pode o Tribunal fixar, porm, a taxa alm daquele limite mximo, at correspondente a uma aco ou processo orfanolgico do mesmo valor.

3. Se o processo findar antes do seu termo normal, o Tribunal pode reduzir a taxa referida na primeira parte deste artigo at um sexto.

(Redaco dada pelo Decreto-Lei n. 72/90, de 10 de Setembro).

Artigo 41.

(Incidentes e actos)

1. Os incidentes e os actos no abrangidos no artigo anterior, que devendo ser tributados, no estejam especialmente previstos neste Cdigo, pagam a taxa que for fixada pelo Tribunal, entre um mximo de dois teros e um mnimo de um sexto da correspondente a uma aco ou processo orfanolgico do mesmo valor.

(Redaco dada pelo Decreto-Lei n. 72/90, de 10 de Setembro).

2. Pode o Tribunal, excepcionalmente, em deciso fundamentada, baixar a taxa at 200$00 ou elev-la at metade da correspondente a uma aco ou processo orfanolgico, do mesmo valor, quando a simplicidade ou a complexidade do incidente ou do acto o justifique.

Obs. Prejudicado na parte em que prev a elevao da taxa face nova redaco dada ao n. 1.

4. Consideram-se incidentes e actos sujeitos a tributao as ocorrncias estranhas ao desenvolvimento normal da lide, com processado autnomo e especialmente:

a) os que forem regulados na lei como tais ou como procedimento cautelares;

b) os que tiverem lugar antes de iniciado ou depois de findo o processo a que dizem respeito;

c)os que o Tribunal julgue dever tributar, atendendo ao carcter anmalo que apresentam ou aos princpios que regem a condenao em custas.

Artigo 42.

(Incidentes nos inventrios)

1. A taxa nos incidentes de processos orfanolgicos cujas custas fiquem a cargo de maiores determinada nos termos dos artigos anteriores, com base nas taxas estabelecidas no artigo 15.; se, porm, houver custas a cargo de menores ou pessoas equiparadas, determinada nos mesmos termos, com base nas taxas estabelecidas no artigo 30..

2. A autorizao e a confirmao dos actos dos incapazes, a autorizao para alienar os bens do ausente, a diviso de coisa comum por dependncia do processo do inventrio orfanolgico, consideram-se incidentes do respectivo processo, sendo-lhes aplicvel o disposto no artigo 40..

Artigo 43.

(Incompetncia relativa)

A excepo de incompetncia relativa d lugar ao pagamento da taxa de justia a fixar entre um tero e um sexto da correspondente ao processo em que foi deduzida.

(Redaco dada pelo Decreto-Lei n. 72/90, de 10 de Setembro).

Artigo 44.

(Interposio de reclamao ou de recurso)

1. Pela reclamao do despacho que no admita o recurso ou que retenha o agravo, bem como pela interposio de qualquer recurso ordinrio, ainda que este no chegue a subir ao Tribunal Superior, quer as partes aleguem no Tribunal de que se recorre, quer no, pagar-se- um quarto da taxa que no processo ou no incidente a que respeite seria devida a final.

(Redaco dada pelo Decreto-Lei n. 72/90, de 10 de Setembro).

2. Ainda que no mesmo requerimento se interponha mais de um recurso, devido apenas uma taxa, calculada nos termos deste artigo.

Artigo 45.

(Taxa devida pelo prosseguimento de processo parado)

Aquele que requerer o prosseguimento de processo parado mais de dois meses por culpa das partes e por tal motivo contado, paga unicamente um quarto da taxa correspondente ao processo. (Redaco dada pelo Decreto-Lei n. 72/90, de 10 de Setembro).Artigo 46.

(Cartas precatrias e comunicaes equivalentes)

1. As cartas precatrias e as comunicaes equivalentes expedidas para diligncias que no sejam simples citaes, notificaes ou afixaes de editais agravam em 12 por cento a taxa de justia que a final seja devida pelo processo. A taxa pode ser elevada, por determinao do juiz, at 25 por cento, conforme a extenso do servio efectuado.

2. Se a carta chegar a ser distribuda no Tribunal deprecado, nele que se fixa o quantitativo da taxa; no chegando a ser distribuda, a taxa calculada pelo mnimo estabelecido neste artigo, a favor do Tribunal deprecante.

3. Se a parte no vier buscar a carta at 48 horas depois de haver sido passada, nos casos em que deva ser-lhe entregue, logo avisada para o fazer nos cinco dias posteriores data do registo do aviso, sob pena de ser condenada na taxa igual importncia devida pela passagem da carta e de a carta ser remetida oficialmente.

Artigo 47.

(Cartas rogatrias)

1. As cartas rogatrias expedidas para diligncias que no sejam simples citaes ou notificaes esto sujeitas ao mnimo da taxa fixada no artigo anterior e no so passadas enquanto no for feito o depsito da importncia necessria traduo, quando exigida.

2. As cartas rogatrias recebidas pagam uma taxa fixada nos mesmos termos, quando for possvel determinar o valor da causa ou da utilidade visada com a diligncia, e liquidada pelo mnimo estabelecido no artigo 50., se esse valor no puder ser determinado.

3. Nas cartas recebidas para citaes e notificaes so devidos apenas os encargos.

Artigo 48.

(Regra de custas nos adiamentos)

1. So isentos de custas os adiamentos ordenados por motivos respeitantes ao prprio Tribunal que nesse caso constaro especificadamente da acta. Os outros adiamentos agravam em vinte por cento a taxa de justia que a final seja devida pelo processo em que tenham lugar, e se houver mais adiamentos do mesmo acto ou diligncia, seja qual for a parte responsvel, devido por cada um deles, alm do primeiro, um agravamento da mesma taxa correspondente a vinte e sete por cento.

(Redaco dada pelo Decreto-Lei n. 72/90, de 10 de Setembro).

2. Se as custas do adiamento no forem da responsabilidade do vencido na aco, liquidar-se- somente ao responsvel uma taxa igual daquele agravamento.

3. Os adiamentos ocorridos em Tribunal deprecado so tributados da mesma forma que se ocorressem no Tribunal deprecante.

Artigo 49.

(Elevao excepcional da taxa de justia)

Excepcionalmente, quando o grande volume do processo ou do incidente, a especial complexidade dos seus termos ou a actividade contumaz da parte vencida o justifiquem, pode o Tribunal, nos despachos, sentenas ou acrdos finais, elevar a taxa de justia at 20 por cento da estabelecida nas disposies deste Cdigo.

Artigo 50.

(Limites da taxa de justia e custas)

1. A taxa de justia que no esteja sujeita reduo, no ser inferior s seguintes importncias:

Nos Tribunais Sub-Regionais200$00

Nos Tribunais Regionais300$00

No Supremo Tribunal de Justia500$00

2. Nos processos sujeitos a reduo, ainda que motivado pela fase em que terminaram, e nos incidentes de 200$00 o mnimo da taxa, sem prejuzo do disposto no artigo 32..

3. Tanto nas aces declarativas ou executivas, como nos incidentes ou processos especiais, desde que o pedido seja de quantia certa, as custas no podem exceder trs quartas partes do respectivo valor, fazendo-se rateio nos termos gerais sempre que excedam esse limite.Artigo 51.

(Encargo de fixar a taxa nos casos em que varivel)

Quando a secretaria verificar que a taxa, sendo varivel, no est fixada, levar o processo imediatamente concluso ao juiz ou relator e este suprir a falta, ainda que a omisso proceda de Tribunal diferente.

SECO V

Da diviso da taxa de justia

Artigo 52.

(Destino da taxa de justia)

(A redaco deste artigo foi dada pelo Decreto-Lei n. 18/97, de 28 de Abril)

A taxa de justia nos processos cveis, ter o seguinte destino:

a) nos Tribunais Arbitrais:

para o Estado20%

para os rbitros5%

para o Cofre-Geral de Justia5%

para o Cofre dos Tribunais15%

para os Funcionrios55%

(Obs: j no h Tribunais arbitrais)

b) nos Tribunais Judiciais:

para o Estado20%

para o Cofre-Geral de Justia5%

para o Cofre dos Tribunais20%

para os Funcionrios55%

2. Para efeitos do disposto neste e no artigo seguinte, consideram-se funcionrios os oficiais de justia, os escriturrios-dactilgrafos existentes no servio data da entrada em vigor do presente diploma e pessoal administrativo.

3. Considera-se pessoal administrativo, o assistente administrativo, o oficial administrativo e o oficial principal.

5. O direito de participao em custas por parte dos escriturrios-dactilgrafos e do pessoal administrativo cessa, decorrido um ano a contar da entrada em vigor do presente diploma.

Artigo 53.

(Participao em custas e multas)

(A redaco deste artigo foi dada pelo Decreto-Lei n. 18/97, de 28 de Abril)

1. A parte da taxa de justia prevista no artigo anterior destinada participao varivel dos funcionrios repartida nas secretarias do Supremo Tribunal de Justia, da Procuradoria-Geral da Repblica, bem como nas secretarias comuns dos Tribunais de Comarca e nas secretarias privativas do Ministrio Pblico nos termos seguintes:

a) 60% do total do montante arrecadado sero divididos entre todos os funcionrios proporcionalmente ao vencimento mensal ilquido de cada um, utilizando a frmula MTD VMI

VMGI

em que MTD o montante a distribuir, VMI o vencimento mensal ilquido e VMGI a soma dos vencimentos mensais ilquidos de todos os comparticipantes;

b) Os restantes 40% do total do montante arrecadado destinado participao dos funcionrios sero distribudos somente pelos oficiais de justia proporcionalmente ao vencimento mensal ilquido de cada um, utilizando a frmula MTD VMI

VMIOJ

em que MTD o montante da taxa a distribuir, VMI o vencimento mensal ilquido do oficial de justia e VMIOJ a soma dos vencimentos mensais ilquidos dos oficiais de justia comparticipantes.

2. Nas secretarias judiciais e do Ministrio Pblico onde apenas existem oficiais de justia, bem como quando se expirar o prazo previsto no nmero 4 do artigo anterior, aplica-se a regra e frmula previstas na alnea b) do nmero anterior sobre o total do montante arrecadado e destinado participao dos funcionrios.

3. S tm direito participao em custas os funcionrios em efectividade de servio.

4. Para efeitos do disposto no nmero anterior, consideram-se em efectividade de servio os funcionrios em situao de frias ou que tenham dado at dez dias de faltas justificadas num ano judicial.

5. As faltas injustificadas sero descontadas proporcionalmente na participao em custas a que o funcionrio tem direito.

6. Os excedentes mensais resultantes da aplicao das frmulas previstas neste artigo constituem receitas do Cofre-Geral de Justia e revertero mensalmente para esse Cofre.

7. So considerados para efeitos de aplicao do presente diploma as receitas arrecadadas antes da sua vigncia ainda no utilizadas e que se destinavam participao dos funcionrios.

8. O valor a perceber por cada funcionrio est sujeito aos descontos legais obrigatrios.

9. Os servios devem comunicar trimestralmente ao Director-Geral das Contribuies e Impostos e Direco do Servio da Contabilidade Pblica os pagamentos das participaes dos funcionrios, acompanhados dos respectivos recibos.

Artigo 54.

(Limite participao emolumentar)

As quantias percebidas a ttulo de participao emolumentar pelos funcionrios no podero exceder quarenta e cinco por cento do respectivo vencimento base.

SECO VI

Do imposto de Selo

Artigo 55.

(Imposto de selo liquidado por percentagem)

O imposto de selo correspondente aos processos e actos judiciais a ele sujeitos ou que no deva estar pago no momento da apresentao dos papeis e documentos ou da realizao do acto liquidado pelo regime de percentagem sobre o valor da causa.

Artigo 56.

(Imposto de selo devido nos Tribunais Regionais e Sub-Regionais)

Nos Tribunais Regionais e Sub-Regionais as taxas do imposto de selo so as seguintes:

At2.000$00 ........100$00

sobre o acrescido at10.000$00 ..............2%

sobre o acrescido at20.000$00 ..............1%

sobre o acrescido at30.000$00 ...........0,9%

sobre o acrescido at40.000$00 ...........0,8%

sobre o acrescido at50.000$00 ...........0,7%

sobre o acrescido at75.000$00 ...........0,5%

sobre o acrescido at100.000$00 ...........0,4%

sobre o acrescido at150.000$00 ...........0,1%

sobre o acrescido at200.000$00 ...........0,1%

sobre o acrescido at300.000$00 .........0,09%

sobre o acrescido at500.000$00 .........0,07%

sobre o acrescido at1.000.000$00 .........0,05%

sobre o acrescido at2.000.000$00 .........0,03%

sobre o acrescido at5.000.000$00 .........0,01%

sobre o acrescido alm de5.000.000$00 .......0,009%

Artigo 57.

(Imposto de selo devido nos processos orfanolgicos)

Nos processos orfanolgicos, o imposto de selo calculado nos termos do artigo anterior com a reduo de 25%.

Artigo 58.

(Imposto de selo devido no Supremo Tribunal de Justia)

As taxas do imposto de selo aplicvel em todos os recursos, nas aces perante o Supremo Tribunal de Justia e nos seus incidentes so as seguintes:

At2.000$00 ........100$00

sobre o acrescido at25.000$00 ...........0,3%

sobre o acrescido at75.000$00 ...........0,2%

sobre o acrescido at100.000$00 ...........0,1%

sobre o acrescido at150.000$00 .........0,09%

sobre o acrescido at200.000$00 .........0,08%

sobre o acrescido at500.000$00 .........0,07%

sobre o acrescido at1.000.000$00 .........0,06%

sobre o acrescido at2.000.000$00 .........0,05%

sobre o acrescido at5.000.000$00 .........0,04%

sobre o acrescido alm de5.000.000$00 .........0,01%

Artigo 59.

Nos casos em que haja lugar a reduo da taxa de justia o imposto de selo reduzido na mesma proporo.

Artigo 60.

(Limites do imposto de selo)

O imposto de selo pode excepcionalmente ser elevado pelo Tribunal at mais 20% do estabelecido nos artigos 56. a 58., em razo do volume do processado a contar.

Artigo 61.

(Imposto de selo devido nos depsitos e levantamentos)

Nos depsitos e levantamentos at ao valor de 200$00 e nos actos avulsos o imposto de selo liquidado nos termos da lei geral.Artigo 62.

(Extenso do imposto de selo)

O imposto de selo liquidado pelo processo, abrange o devido pela venda, arrematao, adjudicao ou remio de bens imobilirios, pelos dois primeiros incidentes da mesma parte, salvo se correrem por apenso, e pelos adiamentos.

Artigo 63.

(Dispensa do pagamento prvio do selo)

Nas aces de processo sumarssimo de valor at 6000$00, nos depsitos e levantamentos a que se refere o artigo 61., e nos processos de assistncia judiciria as partes so dispensadas do pagamento prvio do imposto de selo.

CAPTULO IV

Dos encargos

SECO I

Disposies geraisArtigo 64.

(Encargos)

1. As custas compreendem os seguintes encargos:

a)os reembolsos ao Cofre dos Tribunais, por gastos com papel, franquias postais, expediente e por outras despesas adiantadas;

b)os pagamentos devidos aos servios ou quaisquer entidades pelo custo de certides, salvo das extradas oficiosamente pelo Tribunal, documentos, pareceres, plantas, outros elementos de informao ou de prova e servios que o Tribunal tenha requisitado;

c)as retribuies devidas aos administradores de falncia ou insolvncia e outras pessoas com interveno acidental no processo, bem como as indemnizaes estabelecidas na lei a favor das pessoas que colaboram com a justia.

d) o reembolso parte vencedora a ttulo de custas da parte e procuradoria;

e) o custo da publicao de anncios.

2. O Ministro da Justia fixar por portaria a taxa aplicvel aos reembolsos por gastos com papel, franquias postais, expediente e custos de publicao de anncios.

Portaria 52/90, de 15 de Dezembro, (a que se refere o n. 2)

Artigo 1.

(Custos com papel, franquias postais, expediente)

Os reembolsos por gastos com papel, franquias postais e expediente so globalmente contados taxa de 100$00 por cada 20 folhas do processado ou respectiva fraco.

Artigo 2.

O pagamento do custo dos anncios que digam respeito a processos orfanolgicos e outros promovidos pelo Ministrio Pblico ou de carcter oficioso, feito pelo cofre do Tribunal, mediante a apresentao da respectiva factura.

Artigo 65.

(Custas de parte)

As custas de parte compreendem tudo o que a parte haja despendido como processo ou a parte do processo a que se refere a condenao de que tenha direito a ser indemnizada.

(Redaco dada pelo art. 2. do Dec.-Lei n. 72/90, de 10 de Setembro).

SECO II(Remuneraes a pessoas que intervm nos processos)

Artigo 66.

As pessoas que intervm acidentalmente nos processos ou coadjuvam em qualquer diligncia tem direito a emolumentos, estabelecidos por portaria do Ministro da Justia.

Portaria n. 52/90, de 15 de Dezembro, (a que se refere este artigo):

(Remunerao das pessoas com interveno acidental)

As pessoas que intervm acidentalmente nos processos ou coadjuvam em qualquer diligncia, recebem emolumentos nos termos seguintes:

a) Os peritos ou louvados, por dia:

Em processo cvel entre 500$00 a 1.000$00

Em processo orfanolgico...............400$00b) Os peritos ou louvados com conhecimentos especiais e os tcnicos por dia, 1.000$00 a 2.500$00

c) Os peritos ou tcnicos, diplomados com curso superior, em actos da sua especialidade, entre 1.500$00 a 7.000$00

d) Os liquidatrios e os administradores que no sejam de falncias e as pessoas encarregadas de vendas por negociao particular, o que for determinado pelo juiz, at 5% do valor da causa ou dos bens vendidos ou administrados;

e) Os depositrios, os peritos nomeados pelo Tribunal e que sejam de fora da Regio, os tradutores, os intrpretes e as pessoas que coadjuvam em quaisquer diligncias, a importncia fixada pelo Tribunal.

Se os peritos apresentarem desenhos, plantas, mapas ou quaisquer peas que sejam consideradas teis, o Tribunal arbitrar por esse trabalho a remunerao que parea razovel.

Os tcnicos de que os advogados podem fazer-se assistir nos termos do Cdigo de Processo Civil, no tm direito aos emolumentos estabelecidos neste artigo.

Artigo 4.

1. Nas citaes, notificaes ou afixaes de editais efectuadas em Tribunal diferente daquele onde corre o processo devida a quantia de 100$00 por cada um desses actos ou certido comprovativa da impossibilidade de as realizar, se realmente se no efectuarem em cumprimento do mesmo despacho.

2. A quantia devida de 150$00, se a diligncia for diferente das mencionadas no nmero anterior, actuando o funcionrio por ordem do Tribunal Superior, s ou em colaborao com funcionrio deste Tribunal.

Artigo 67.

(Interveno do Tribunal para fixar a remunerao)

Quando parea que a diligncia podia ter sido realizada em menos tempo que o declarado, o Tribunal mandar reduzir o emolumento respectivo como for de justia, at metade; pode tambm elev-lo at ao dobro quando a dificuldade, relevo ou quantidade de servio prestado o justifique.

Artigo 68.

(Remunerao pelos actos avulsos)

1. Pela realizao de actos avulsos, por funcionrio de Tribunal diferente, daquele onde corre o processo, so devidos emolumentos nos termos do disposto no artigo 66..

2. As citaes ou notificaes de vrias pessoas que residam na mesma casa contam com um s acto; no podem contar-se mais de cinco diligncias realizadas na mesma localidade em cumprimento do mesmo despacho.

V. artigo 4. da Portaria n. 52/90, de 15 de Dezembro (em anotao ao art. 66.).

Artigo 69.

(Remunerao s testemunhas)

1. s testemunhas abonada a indemnizao que for arbitrada pelo Tribunal, entre 200$00 e 3.000$00 por dia.

(Redaco dada pelo Decreto-Lei n. 72/90, de 10 de Setembro).

2. O pagamento a cargo da parte que oferece a testemunha, logo efectuado e entra a final em regra de custas.

3. Se a parte que oferece a testemunha for isenta de custas, a quantia arbitrada paga a final pelo vencido que no beneficie de iseno.

Artigo 70.

(Importncias que revertem para o Cofre dos Tribunais)

Os emolumentos contados nos termos do que for estabelecido no artigo 66., a favor dos peritos que prestam servio em estabelecimentos que tenham por funo a realizao de exames e que por esse servio tenham remunerao ou vencimento revertem para o Cofre dos Tribunais como receita prpria.

Artigo 71.

(Limites de remunerao nos Tribunais Arbitrais s pessoas com interveno obrigatria)

1. As partes no podem convencionar remuneraes inferiores s concedidas nos outros Tribunais, para as pessoas que tenham de intervir nos processos perante os Tribunais Arbitrais.

2. Tm interveno obrigatria nos processos as pessoas que sendo convocadas pelo Tribunal, no possam livremente escusar-se.

Artigo 72.

(Direitos a caminhos. Fixao)

1. A importncia devida aos magistrados, peritos, louvados, tcnicos e aos funcionrios judiciais, pelas despesas de caminho, ser fixada por portaria do Ministro da Justia.

2. Se os peritos, louvados ou tcnicos utilizarem meio de transporte fornecido pelo Tribunal ou pelas partes no tm direito a caminhos.

Artigo 5. da Portaria n. 52/90, de 15 de Dezembro, (a que se refere o n. 1):

1. Os peritos louvados e tcnicos que no sejam de fora da Regio, os agente administrativos ou policiais e os oficiais de justia, tm direito a 40$00 por cada quilmetro que percorrerem.

2. Os magistrados tm direito do mesmo modo, a 45$00 por cada quilmetro que percorrerem.

3. Nos processos orfanolgicos e de arrecadao do esplio os louvados no podem receber, incluindo o emolumento pela avaliao, mais do que 500$00 em cada dia, nem um total superior a 1 por cento do valor do processo.

Artigo 73.

(Limite da verba de caminhos)

Quando o caminho para a pratica de vrias diligncias realizadas no mesmo dia e no mesmo processo no for divergente s se conta o correspondente maior distncia percorrida.

Artigo 74.

(Despesas de deslocao)

s pessoas de fora da regio ou Sub-regio que tenham de ser convocadas para intervir no processo e s testemunhas que forem notificadas e solicitem o pagamento, so pagas as despesas de deslocao, que compreendem despesas de transporte e ajuda de custo, conforme determinao do juiz.

Artigo 75.

(Despesas de transporte dos magistrados e funcionrios)

1. Em quaisquer diligncias realizadas fora do Tribunal so pagas as despesas de transporte aos magistrados e funcionrios que neles intervenham.

2. Nos actos que no sejam presididos pelo juiz s so pagas aos funcionrios as despesas correspondente aos meios de transporte que o Secretrio houver determinado tendo em ateno as necessidades do servio, comodidades dos funcionrios e a mdia do despendido nos anos anteriores.

3. Os funcionrios apresentaro ao Secretrio, numa relao, o lanamento da despesa de transporte a fazer, para que este, se a autorizar, lhe aponha o visto, ou, no caso contrrio, inutilize o lanamento e o substitua pelo que julgar conveniente. A relao encerrada no fim do ms ou quando tiver atingido quantia que o chefe da secretaria julgue necessrio reembolsar imediatamente e servir de folha de pagamento.

4. Das determinaes do Secretrio nos termos deste artigo cabe reclamao dos interessados para o juiz.

Artigo 76.

(Anotao das distncias percorridas)

margem do documento que certifica o acto sero anotados, por quem o lavrar, o nmero de quilmetros percorridos pelas pessoas que tm direito a caminhos e as despesas de deslocao, a fim de serem includas na conta as correspondentes importncias, depois de verificada pelo Secretrio a exactido da nota.

SECO IV

Administrao de falncias e insolvncias

Artigo 77.

(Remunerao da administrao nas falncias e insolvncias)

1. Nos processos de falncia ou insolvncias a administrao e a liquidao da massa so remuneradas com a importncia que resulta da aplicao das taxas a seguir indicadas sobre o valor da falncia ou insolvncia:

At30.000$00 .........8%

sobre o acrescido at50.000$00 .........6%

sobre o acrescido at100.000$00 .........5%

sobre o acrescido at500.000$00 .........4%

sobre o acrescido at1.000.000$00 .........3%

sobre o acrescido at2.000.000$00 .........2%

sobre o acrescido at3.000.000$00 .........1%

sobre o acrescido alm de3.000.000$00 .........0,9%

2. Se o processo terminar antes de declarada a falncia ou depois desta ser declarada, mas antes de ser dado parecer sobre a reclamao de crditos, a remunerao fixada pelo Tribunal entre o mximo de um quarto e o mnimo de um oitavo; se terminar depois do parecer mas antes de ser designado dia para as arremataes, reduzida a metade; se terminar posteriormente pagar-se- por inteiro, salvo se no chegar a haver liquidao judicial dos bens da massa, porque, neste caso, reduzida a 75 por cento.

Artigo 78.

(Dispensa de selo do papel em que requerem o Ministrio Pblico e os administradores)

O Ministrio Pblico e os administradores requerem e praticam todos os actos da sua competncia, referentes a falncias, em papel comum, considerando-se os selos includos na taxa a liquidar pelo processo.

Artigo 79.

(Despesas dos transportes dos administradores)

As despesas de transporte dos administradores, quando as haja, so abonadas pelo Cofre do Tribunal, mas entram em conta da administrao.

SECO V

Da procuradoria

Artigo 80.

(Procuradoria: a quem devida e qual a parte que a paga)

1. A parte vencedora, na proporo em que seja, tem direito a receber do vencido, desistente ou confitente, em cada instncia e no Supremo Tribunal de Justia, uma quantia a ttulo de procuradoria, que entra em regra de custas. A procuradoria devida nas prprias transaces.

2. A procuradoria liquidada nas execues a favor do exequente independente da que for devida no concurso de credores. Esta, no caso da graduao, rateada pelos credores na proporo dos seus crditos, ou nos termos determinados pelo juiz, se houver crditos impugnados e no impugnados.

3. Se houver mais de uma parte vencedora, a procuradoria dividida entre todas na devida proporo.

4. Nas execues por custas, nos processos em que a parte vencedora seja representada pelo Ministrio Pblico, nas aces que terminem antes de ser oferecida a contestao e em quaisquer outras em que a parte vencedora no seja representada por advogado ou solicitador a procuradoria contada a favor do Cofre do Tribunal.

5. A procuradoria devida parte representada por advogado ou solicitador oficiosamente nomeado liquidada a favor deste e constituir a remunerao a que se refere o artigo 82. do presente diploma.

6. Quando a representao couber simultaneamente a advogado e solicitador, a procuradoria ser entre eles dividida na proporo de dois teros e um tero, respectivamente.

7. A procuradoria abatida nas despesas extrajudiciais, indemnizaes, diferena de juro ou pena convencional a que o vencedor ou exequente tenha direito por vir a juzo, salvo se a clausula penal ou estipulao congnere no for restrita ao caso da cobrana judicial e dever funcionar por outro motivo.

8. Os incapazes so isentos de procuradoria, quando figuram como demandados.Artigo 81.

1. A procuradoria arbitrada pelo Tribunal, tendo em ateno o valor da causa, a sua complexidade e nos limites estabelecidos pela tabela dos honorrios do IPAJ.

2. Quando o Tribunal a no arbitre na deciso final poder o juiz faz-lo em despacho posterior, mediante requerimento da parte interessada ou mediante informao do escrivo nos casos em que deva ser contada a favor do cofre do Tribunal.

(Redaco dada pelo Decreto-Lei n. 72/90, de 10 de Setembro).

Tabela de honorrios a que se refere o artigo 1. da Portaria n. 41/84, de 14 de Julho:

I

PROCESSOS CVEIS

Artigo 1. - Aces declarativas Mximo Mnimo

e execues em geral:

1. Regra geral 500$00

Sobre o valor da causa:

a) At 1.500.000$00......................................10%

b) sobre o excedente at 5.000.000$00...........5%

c) Sobre o excedente......................................3%

2. Regra especiais:

2.1. O pedido reconvencional soma-se ao valor inicial da aco para efeito da aplicao da regra geral do n. 1.

2.2. Se aco se seguir a execuo, os honorrios desta no podero exceder dos mximos previstos para aquela, salvo havendo incidentes de liquidao, reclamao de crditos ou oposio.

Mximo Mnimo

Artigo 2. - Aces de divrcio litigioso15.000$00 7.500$00

Artigo 3.- Aces de divrcio por

comum acordo6.000$00 2.500$00

Artigo 4.. Aces de despejo:

1. Regra geral12.500$00 5.000$00

2. Havendo pedido de rendas, indemnizaes e benfeitorias acrescem os honorrios calculados sobre o respectivo valor, de harmonia com a Regra do artigo 1.

Artigo 5.- Inventrios

1. Facultativos ou obrigatrios

com questes contenciosas.

Regra do artigo 1..

2. Obrigatrios, sem questes contenciosas..................Regra do artigo 1.

(reduzida a )500$00.

Artigo 6.- Aces de Unio de Facto: Mximo Mnimo

1. Reconhecimento, de comum acordo3.500$00 500$00.

2. Reconhecimento a posterior

( artigo 14. do Cdigo de Famlia)12.500$00 2.500$00

Art. 7.- Processos de jurisdio voluntria.................Regra do artigo 1.

(reduzida a ) 500$00

Artigo 8.- Incidentes de Instncia:

1. Regra geral..........................................................Regra do artigo 1.

2. Se o patrono intervier na aco principal, os honorrios devidos nesta sero acrescidos de 1/3 ( um tero).

Artigo 9.- Procedimentos cautelares:

1. Regra geral.........................................................Regra do artigo 1.

2. Sendo seguidos da aco principal, os honorrios devidos nesta sero acrescidos de 1/3 ( um tero).

Artigo 10.- Embargos de execuo, reclamaes de crditos em execuo, falncia, inventrio ou esplio............................................Regra do artigo 1..

Artigo 11.- Simples articulado

avulso.......................................................1/4( um quarto) da regra do artigo 1.

Artigo 12..- Excepes e incidentes deduzidos fora dos articulados....Regra do art. 1.

( reduzida a ) 1.500$00

Artigo 13..-Recursos:

1. De sentenas finais ou equiparados............... ...Regra do artigo 1. 500$00

2. De outra deciso20.000$00 3.000$00

3. Se interpostos e/ou minutados pelo patrono da causa principal sero devidos apenas os mnimos previstos nos n.s 1 e2.

Artigo 14..-Resoluo extra-judicial de litgios...........Regra do artigo 1..

I I

PROCESSOS CRIMES

Mximo Mnimo

Artigo 15.-Processos de querela20.000$007.500$00

Artigo 16.- Processos de Polcia

Correccional ou sumrios15.000$005.000$00

Artigo 17..-Processos de transgresses6.000$001.500$00

Artigo 18..-Processos especiais20.000$005.000$00

Artigo 19..-Recursos:

1. Em processos de querela20.000$005.000$00

2. Em outro processo15.000$003.000$00

3. Se interpostos e/ou minutados pelo patrono da causa principal, sero devidos apenas os mnimos previstos nos n.s. 1 e 2.

Artigo 20..-Peas avulsas de

acusao ou defesa em processo crime................1/2 dos mnimos fixados para os

respectivos processos.

I I I

PROCESSOS ADMINISTRATIVOS

Mximo Mnimo

Artigo 21..- Aces administrativas..................................Regra do artigo 1..

Artigo 22..- Recursos graciosos10.000$001.000$00

Artigo 23..- Recursos contenciosos100.000$005.000$00

Artigo 24..- Resposta a artigos de acusao

em processos disciplinares5.000$001.500$00

Artigo 82.

(Remunerao a representantes oficiosamente nomeados)

Os defensores, curadores, advogados e solicitadores, oficiosamente nomeados, e os agentes especiais do Ministrio Pblico recebero a remunerao que o juiz lhes arbitrar na sentena final e que entrar em regra de custas.

SECO VI

Dos actos avulsos

Artigo 83.

(O que devido nas notificaes e outras diligncias avulsas)

Pela realizao de citaes, notificaes ou quaisquer outras diligncias avulsas, so devidos selos, despesas de transportes e os emolumentos.

Artigo 84.

( Conta das certides e traslados)

1. Nas certides, ainda que extradas de processos penais e nos traslados so devidas as verbas estabelecidas por portaria do Ministro de Justia.2. Nas certides por fotocpia acresce, alm do selo de papel a verba para reembolso de despesas que for fixada nos termos do nmero anterior.

Artigo 6. da portaria n. 52/90, de 15 de Dezembro (a que se refere o n. 1):

(Custas das certides e traslados)

1. Nas certides e nos traslados so devidas as seguintes quantias:

a) Nas certides de teor, por cada lauda de 25 linhas ou fraco 100$00;

b) Nas certides de narrativa, por cada lauda de 25 linhas ou fraco 100$00, acrescidos da taxa de 50$00.

2. A lauda de 25 linhas.

Artigo 85.

(Custo da procurao ou substabelecimento exarado nos autos)

1. Pelo termo de procurao ou de substabelecimento exarado nos autos para mandato judicial pagar-se- a quantia que for devida nos termos da lei geral pela procurao que apenas confira poderes forenses, sem sujeio a outro selo alm do liquidado pelo processo.

2. Quando a procurao ou substabelecimento sejam outorgados por mais de uma pessoa, acresce por cada uma, alm da primeira, metade da quantia estabelecida. Entende-se por uma s pessoa marido e mulher, pas ou me e filhos sob o poder dos pas, e os representantes de qualquer sociedade, associao ou corporao.

3. As procuraes ou substabelecimentos para confessar aces, desistir de pleitos ou sobre eles transigir devem ser lavrados nos termos do disposto no Cdigo de Notariado.

Artigo 86.

(Importncia devida pelos termos de abertura e encerramento de livros comerciais)

Pelos termos de abertura e encerramento dos livros Inventrio, Dirio e outros, a que se refere o artigo 32. do Cdigo Comercial, contar-se- a importncia de 1000$00 por cada livro. (Redaco dada pelo Decreto-Lei n. 72/90, de 10 de Setembro).

Artigo 87.

(Importncia devida pela rubrica)

1. Por cada rubrica em quaisquer livros que no sejam do Tribunal, dos Conservadores e Notrios, quando expressamente exigida por lei, pagar-se- a importncia de 10$00.

(Redaco dada pelo Decreto-Lei n. 72/90, de 10 de Setembro).

2. No pode ser rubricado livro algum destinado ao uso de qualquer sociedade comercial que por lei seja obrigada a registo sem que este se mostre efectuado ou em condies de o ser, face de certido passada pelo funcionrio ou de nota por este averbada no alto da primeira pgina.

3. O custo da rubrica dos magistrados constitui receita do Estado e pago por estampilhas colocadas no prprio livro e inutilizadas pelo magistrado.

Artigo 88.

(Importncia devida pela busca e confiana dos processos)

1. A quantia devida pela busca e confiana dos processos ser estabelecida por portaria do Ministro da Justia.

Artigo 7. da Portaria n. 52/90, de 15 de Dezembro (a que se refere o n. 1):

(Busca e confiana dos processos)

1. Pela busca de processo arquivado ou de registo de distribuio devida a taxa de 100$00 quando o processo ou o registo sejam anteriores aos ltimos cinco anos e de 50$00 quando sejam posteriores.

2. Pela confiana dos processos 200$00.

2. No h lugar ao emolumento pela busca de processos que no estejam arquivados ou de registos da distribuio dos ltimos oito dias.

CAPTULO VI

Da garantia das custas

SECO I

Disposies gerais

Artigo 89.

(Pagamento de custas no caso de transferncia do processo para outro Tribunal)

1. Salvo o disposto no artigo 91. , nenhum processo pode seguir em recurso ou ser remetido para outro Tribunal, em consequncia de qualquer acto de iniciativa das partes, sem estarem pagas ou asseguradas as custas contadas em que o recorrente ou requerente seria condenado se decasse, excepto se a remessa for requerida por pessoa ou entidade dispensada do respectivo pagamento prvio.

As cartas rogatrias, nos casos de sujeio a taxa, no so devolvidas sem que o pagamento seja feito.

2. Havendo mais de um recorrente, no se faz diviso de custas, para efeito do disposto no nmero anterior, a no ser que os recursos sejam independentes e interpostos por autor e ru, porque neste caso, cada um pagar metade, e, se algum deixar de fazer, ser o recurso julgado deserto quanto a ele, devendo o outro perfazer, sob igual pena, a totalidade das custas nos cinco dias posteriores notificao da desero.

Artigo 90.

(Garantia das custas para obter o cumprimento do julgado e certides)

1. Quando o processo dimane de contrato e as custas no estejam pagas, pode obter-se o cumprimento do julgado e quaisquer certides mediante depsito das custas em dvida.

2. As certides para o registo de penhora ou arresto e, de modo geral, quaisquer certides ou documentos que no envolvam cumprimento do julgado ou no possam servir para a execuo ou registo, podem ser obtidos pela parte no responsvel pelas custas, independentemente do depsito das custas.

3. Os que gozam do benefcio de assistncia judiciria, quando vencedores, podem executar a deciso e extrair certides sem terem de depositar as custas.

4. Para fins exclusivamente de celebrao de casamento, a secretaria pode passar certides de sentena de divrcio, independentemente do depsito ou pagamento das custas, parte que no seja por elas responsvel, e bem assim parte responsvel desde que se tenha verificado na execuo a impossibilidade do pagamento. Na certido dir-se- que ela se destina, exclusivamente, celebrao de novo casamento e que as custas esto em dvida.

5. Os interessados que no sejam parte no processo podem obter certides, independentemente do pagamento ou depsito das custas desde que invoquem um interesse prprio e legtimo. Nas certides far-se- meno do fim a que exclusivamente podem destinar-se.

Artigo 91.

(Efeitos de depsito das custas. Vinculao do depsito)

1. O depsito das custas no prejudica a possibilidade de pagamento voluntrio por parte do devedor, nem a instaurao da execuo para cobrana coerciva.

2. Obtido do devedor o pagamento, total ou parcial, das custas em dvida ou verificada a impossibilidade de o obter, a quantia depositada ser, conforme os casos, no todo ou em parte, restituda ao depositante ou aplicada nos pagamentos devidos.

3. A importncia do depsito de custas no pode ser objecto de apreenso, penhora ou arresto enquanto aquelas no estiverem pagas.

Artigo 92.

(Garantia das custas quando o processo no dimane de contrato)

1. Quando o processo no dimane de contrato, pode subir o recurso nele interposto, executar-se- deciso ou extrair-se- certido ou qualquer documento desde que estejam pagas ou garantidas as custas da responsabilidade do recorrente, do vencedor ou de quem requerer a certido ou documento.

2. Nos documentos a que se refere o nmero anterior far-se- expressa meno dos nomes dos responsveis pelo pagamento das custas em dvida, a fim de que estes, ou seus representantes, os no possam utilizar para quaisquer actos que envolvam cumprimento, execuo ou registo do julgado.

Artigo 93.

(Garantia do custo das certides ou outros papis)

No sero entregues a quem no esteja isento ou dispensado do pagamento de custas quaisquer certides ou outros papis sem o prvio pagamento do seu custo.

Artigo 94.

(Proibio de efectivar a deciso por valor superior ao da conta do processo)

Nenhuma deciso pode ser efectivada por valor superior quele por que foi contado o processo em que teve lugar sem que seja rectificada a conta e paga a diferena que resultar da rectificao.

SECO II

Dos preparos

Artigo 95.

(Preparos: suas modalidades e casos em que so devidos)

1. Nos processos e seus incidentes, sempre que possa haver lugar aplicao da taxa de justia h tambm preparos que podem ser iniciais, para despesas e para julgamento.

(Redaco dada pelo Dec. Lei n. 195/91, de 31 de Dezembro)

2. Nos inventrios obrigatrios, na interposio de recursos ordinrios e nos incidentes e actos a que seja aplicvel a alnea c) do n. 3 do artigo 41., no h preparos.

(Redaco dada pelo Decreto-Lei n. 72/90, de 10 de Setembro).

3. Quando os agravos subam juntos ou com a apelao s h lugar no Tribunal Superior, aos preparos respeitantes apelao ou ao ltimo agravo interposto.

4. Nos actos avulsos pode ser exigido preparo suficiente para garantir o seu custo, conforme determinao do funcionrio responsvel pela respectiva realizao.

Artigo 96.

(Iseno de preparos nos incidentes de valor da causa para efeitos de custa)

1. So isentos de preparos nos processos cveis, os incidentes de valor da causa para efeitos de custas e os recursos que lhes respeitem ou impugnam o valor que para o mesmo efeito tenha sido fixado.

2. A subida dos recursos referidos no nmero anterior no depende do prvio pagamento das custas.

3. A reclamao sobre o valor da causa para efeito de custas suspende o prazo de pagamento dos preparos devidos na aco e o recurso interposto da deciso que tiver fixado o valor subir imediatamente nos prprios autos.

Artigo 97.

(Quando se efectuam os preparos)

1. Preparos iniciais so os que se verificam no incio de qualquer processo ou parte do processo sujeita a tributao especial .

Preparos para despesas so os destinados a fazer face ao pagamento dos encargos referidos no artigo 64..

Preparos para julgamento so os que tm lugar antes da deciso das aces, dos recursos e dos incidentes e processos referidos no artigo 40..

2. Nas aces e incidentes de valor at 10.000$00 o preparo para julgamento acresce o preparo inicial . A soma dos dois preparos no exceder, para cada uma das partes, 25 por cento do valor da aco.

3. Nas falncias, insolvncias, concordatas e inventrios de maiores no h preparo para julgamento.

4 . (Foi revogado pelo Dec. Lei 195/91, de 31 de Dezembro)

5. (Foi revogado pelo Dec. Lei 195/91, de 31 de Dezembro)

(Nota : Todas as normas referentes aos preparos subsequentes foram revogadas pelo n. 2 do artigo 4. do Dec. Lei n. 195/91 de 31 de Dezembro)

Artigo 98.

(Montante de preparos)

1. Os montantes de cada preparo inicial e para julgamento so, respectivamente, de 15 e 20 por cento da taxa de justia que seria devida a final.

Os preparos para despesas sero indicados pelo escrivo, de harmonia com o montante provvel lavrando-se cota. (Redaco dada pelo Dec. Lei n. 195/91, de 31 de Dezembro)

2. Nos inventrios de maiores determinar-se-, para efeitos de preparo, a taxa de justia com base no valor constante do requerimento inicial ou, havendo arrolamento, pela soma dos bens arrolados, se for superior.

3. Se forem variveis as taxas de justia os preparos so calculados sobre o mnimo aplicvel. (Redaco dada pelo Decreto - Lei n. 195/91 de 31 de Dezembro)

4. Os preparos so sempre arredondados para a dezena de escudos e no so inferiores a 100$00. (Redaco dada pelo Decreto - Lei n. 195/91 de 31 de Dezembro)

Artigo 99.

(Montantes dos preparos em casos particulares)

Exceptuam-se do disposto no artigo anterior:

a) os preparos para cartas precatrias e rogatrias ou comunicaes equivalentes, que so iguais a um sexto da taxa aplicvel respectiva causa;

b)os preparos na reclamao por no admisso ou reteno do recurso nos termos do Cdigo de Processo Civil e nas arremataes de bens imobilirios, que so fixado pelo juiz em quantia correspondente ao montante provvel das custas.Artigo 100.

(Iseno pessoal de preparos)

Esto isentos de preparos as pessoas ou entidades isentas de custas o devedor que venha ao juiz declarar-se em estado de falncia ou insolvncia, as pessoas representadas por defensor oficioso e os funcionrios, nos recursos de decises que lhes imponha qualquer penalidade e nas reclamaes da conta.

Artigo 101.

(A quem incumbe o encargo de preparos)

1. O encargo de efectuar o preparo inicial, bem como os preparos para julgamento, incumbe ao autor, recorrente ou requerente, ao ru ou requerido que deduza oposio e ao recorrido que alegue.

2. Nos preparos para despesas quando se trate de diligncias requeridas ou sugeridas, o encargo recai sobre a parte que as requereu ou sugeriu.

No se tratando de diligncias requeridas ou sugeridas, o encargo do preparo recair sobre ambas as partes por igual, ou incumbir apenas a uma delas:

a)por inteiro, se a outra parte no houver depositado o preparo inicial ou a respectiva quota-parte no prprio preparo para despesas;

b) por metade se a outra parte for isenta de preparos.

(Nota: Todas as normas referentes a preparos subsequentes, foram revogadas pelo Dec. Lei. n. 195/91, de 31 de Dezembro)

Artigo 102.

(Obrigao de efectuar os preparos quando h compartes)

Quando haja mais de um autor, recorrente ou requerente ou mais de um ru, recorrido ou requerido, e as peties ou oposies forem distintas, cada um deles far por inteiro os preparos fixados neste Cdigo, mas o preparo para julgamento limitado ao necessrio para garantir a totalidade das custas.

Artigo 103.

(Pagamento de preparos que a outrem incumbe)

1. A qualquer pessoa licito efectuar, no ltimo dia do respectivo prazo, o deposito dos preparos que a outrem incumbe realizar, ficando com o direito de regresso contra o devedor salvo quando se demonstre que o pagamento foi feito de m f. O depsito pode ser efectuado depois do prazo nas condies em que ao devedor lcito faz-lo.

2. A parte contrria pode efectuar o depsito em qualquer dia do prazo, anotando-se nas guias o nome do depositante para que a quantia seja levada a custas de parte.

Artigo 104.

(Oportunidade de pagamento do preparo inicial)

1. O prazo para efectuar o preparo inicial de cinco dias a contar:

- para o autor ou requerente, da apresentao do seu requerimento em juzo ou da distribuio, quando a houver;

- para o ru ou requerido e para o recorrido que alegue no Tribunal de recurso, da apresentao em juzo da oposio;

- para cartas precatrias ou rogatrias, da notificao do despacho que as mandou passar;

- para os recursos, da distribuio no Tribunal Superior.

2. Nos recursos para o Tribunal Pleno os preparos iniciais so feitos:

-pelo recorrente, a contar da apresentao do requerimento, se tiver lugar no Supremo, ou da distribuio neste Tribunal;

- pelo recorrido, a contar da apresentao da resposta sobre a questo preliminar ou do oferecimento da alegao sobre o objecto de recurso, se no tiver respondido.

3. Nas reclamaes para o Presidente do Tribunal Superior dos despachos que no recebam os recursos interpostos ou que os retenha o preparo sempre efectuado dentro do prazo em que devem ser pagas as custas de interposio.

4. Em quaisquer recursos podem as partes efectuar o preparo at vspera da expedio.

Artigo 105.

(Revogado pelo n. 2 do artigo 4. do Dec. Lei n. 195/91 de 31 de Dezembro)

Artigo 106.

(Oportunidade de pagamento dos preparos para despesas)

1. O preparo para despesas efectuado a seguir ao despacho que designe data para a diligncia ou acto a que respeita, imediatamente ou no prazo de cinco dias a contar da notificao do despacho.

2. Quando uma parte pretenda ou deva pagar preparo ou quota parte do preparo que outra deixe de depositar, tem para o efeito trs dias a contar do termo do prazo da parte faltosa.Artigo 107.

(Oportunidade de pagamento dos preparos para julgamento)

1. Os preparos para julgamento sero feitos, conforme os casos, antes da audincia de discusso e julgamento, da sesso do Tribunal ou da deciso, no prazo que o juiz fixar no despacho que designar dia para a audincia que mandar inscrever o processo em tabela ou que ordenar o ltimo acto ou termo processual anterior, entre 24 horas e cinco dias. Na falta de fixao o prazo de cinco dias.

2. Nos recursos, o preparo para julgamento pode ser feito juntamente com o preparo inicial se a parte o desejar no Tribunal de que se recorreu.

Artigo 108.

(Tribunal em que os preparos so efectuados)

1. Os preparos so feitos no Tribunal onde corre o processo, recurso ou incidente, salvo o disposto no n. 4 do artigo 104. e no n. 2 do artigo 107..

2. O preparo para diligncias a efectuar por carta precatria calculado e efectuado no Tribunal deprecado. Pode, porm, a parte que requerer expedio da deprecada solicitar na mesma oportunidade o pagamento do preparo para despesas no Tribunal deprecante; neste caso, consignar-se- o pedido na carta para que, feito o clculo, o Tribunal deprecado pea aquele o preparo devido.

3. Os preparos feitos em Tribunal diferente daquele a que respeitam so imediatamente transferidos, se forem para despesas, e na oportunidade da subida do recurso, se a este respeitarem.

Artigo 109.

(Restituio de preparos)

A parte que tenha feito preparos ter direito sua restituio por inteiro, quando no tenha sido condenada em custas, e, parcialmente, se excederem a importncia das custas em que haja sido condenada.

Artigo 110.

(Consequncia da falta do pagamento do preparo inicial)

1. Na falta de pagamento do preparo inicial dentro do prazo legal ser o interessado, se no estiver em revelia, notificado para no prazo de cinco dias, efectuar o preparo a que faltou acrescido de taxa de justia de igual montante, sendo advertido de que a falta deste pagamento ter as consequncias impostas no n. 2 deste preceito.

(Redaco dada pelo Decreto-Lei n. 195/91 de 30 de Dezembro)

2. O decurso do novo prazo sem que o pagamento do preparo e da taxa seja feito importa:

- para o autor, recorrente ou requerente, a extino da instncia ou do incidente a que o preparo respeita e o pagamento das custas devidas;

- para o ru, recorrido ou requerido, a ineficcia da oposio que tenha oferecido e que desentranhada.

3. Nas deprecadas a consequncia da falta de preparo inicial consiste unicamente em no serem passadas.

Artigo 111.

(Sano para a falta de preparo subsequente)

(Revogado pelo Dec. Lei. n. 195/91, de 31 de Dezembro)

Artigo 112.

(Consequncia da falta de preparo para despesas)

A falta de preparo para despesas tem as seguintes consequncias:

a)no se efectuar a diligncia, se foi requerida, sem prejuzo da possibilidade de a parte contrria efectuar o pagamento para que a diligncia se realize;

b)no ser lcito parte que no observou o disposto no n. 1 do artigo 106. efectuar o preparo para julgamento sem o pagamento de taxa igual ao dobro do preparo para julgamento.

Artigo 113.

(Sano contra a falta de preparo para julgamento)

A parte que devidamente notificada, no fizer o preparo para julgamento no prazo legal pagar taxa de justia igual ao dobro da sua importncia e ficar inibida de produzir qualquer espcie de prova, salvo se, antes do inicio do julgamento que por esse motivo no adiado, pagar a taxa e depositar o preparo.

Artigo 114.

(Taxa de justia devida pela falta de preparos)

1. A taxa de justia que acresce ao pagamento do preparo inicial, quando este efectuado fora do primeiro prazo designado na lei, e a devida por falta de pagamento do preparo para julgamento, no so abatidas taxa liquidada pelo processo e incluir-se-o na primeira conta posterior.

2. As taxa fixada para a falta de pagamento, em tempo oportuno, do preparo para julgamento devida, quer a parte efectue ou no o preparo a que faltou.

Artigo 115.

(Influncia do regime de preparos na marcha do processo)

1. O processo ou incidente a que respeita o preparo inicial a efectuar pelo autor, recorrente ou requerente aguardar o decurso do prazo respectivo.

2. Se o preparo inicial for devido pelo ru, recorrido ou requerido, ou se tratar de outra espcie de preparo, a sequncia dos actos e termos processuais no prejudicada pelas diligncias ou formalidades necessrias ao pagamento.

3. A secretaria qual pertence o processo far a notificao a que se refere o n. 1 do artigo 110. e proceder ao clculo dos preparos e liquidao das taxas que, como sano, a estes acrescer.

4. Recebida a guia comprovativa da falta de pagamento de qualquer preparo que importe consequncias processuais imediatas, a secretaria far logo o processo concluso ao juiz.

CAPTULO VI

Da conta das custas

SECO I

Da remessa conta

Artigo 116.

(Oportunidade de efectuar a conta de custas)

1. A secretaria remeter conta todos os processos e actos sujeitos ao pagamento de custas findo o processado que constitua objecto da tributao.

2. Igualmente remeter conta os processos cujo andamento seja suspenso por qualquer causa, se o juiz assim o determinar, aqueles que estejam parados por culpa da parte, passados que sejam dois meses, e todos os que tenham de transitar para outro tribunal ou em que haja liquidao a fazer.

3. de 24 horas o prazo para serem remetidos conta todos os actos e papis avulsos.

4. Apreciado o requerimento de interposio de recurso para o Tribunal Superior o processo logo remetido conta para liquidao das custas em dvida.

(Redaco dada pelo Decreto-Lei n. 72/90, de 10 de Setembro).

5. Sempre que o juiz o entender poder ordenar que se proceda de imediato contagem e pagamento das custas devidas pelos incidentes anmalos.

(Redaco dada pelo Decreto-Lei n. 72/90, de 10 de Setembro).

Artigo 117.

(Lanamento. Cota no processo)

Antes do termo de remessa conta, o funcionrio que o lavrar lanar uma cota no processo, indicando o total das folhas de todos os papis a este referentes e que nele no estejam incorporados, e bem assim, as dos livros em que sejam registadas as decises proferidas no processo.

SECO II

Da conta

Artigo 118.

(Conta de custas)

1. Por cada processo, recurso, incidente, acto ou papel sujeito a custas feita uma conta.

2. Os recursos que subam ao Tribunal Superior juntamente com outros so contados no momento em que se faz a conta do recurso que determina a subida mas em separado; se os recursos tiverem de subir separadamente, a conta da interposio feita no processo principal e nela se incluiro as custas do apenso mencionando-se neste o total despendido por cada parte, a fim de ser considerado na conta que h-de efectuar-se no Tribunal Superior.

Artigo 119.

(Conta de processo que no terminou ou sujeito a diversos regimes de custas)

Nos casos de suspenso, de o processo transitar para outro Tribunal ou de estar parado por mais de dois meses, a conta feita como se nessa altura terminasse, pelo valor que teria a final, e os montantes das taxas de justia e do selo abatidos nas contagens a que posteriormente se proceder.

Artigo 120.

(Valores a atender na conta final e nas intermdias)

1. Na contagem final das aces e execues em que, como acessrio do pedido principal, se pedirem clusula penal, juros, rendas e rendimentos que se vencerem durante a pendncia da causa, toma-se em considerao o valor dos interesses vencidos at essa data.

2. O autor ou exequente indicar, na petio inicial, a liquidao dos interesses j vencidos na data da sua apresentao em juzo e pelo respectivo valor se elaboram as demais contas a que houver lugar.

Artigo 121.

(Conta nos processos de expropriao.

Regime de pagamento)

1. Nas expropriaes as contas dos recursos so feitas nos Tribunais que os julgarem e a conta do processo feita a final na 1. instncia; neste momento se corrigir, como for devido a diviso das custas do Supremo Tribunal e se efectuaro todos os pagamentos.

2. As custas devidas pelo expropriado saem do produto da expropriao.

Artigo 122.

(Conta e regime de custas nas cartas precatrias)

As custas das deprecadas so includas pelo Tribunal deprecante na conta do processo, indicando-se a totalidade da taxa e as quantias destinadas s pessoas que hajam intervindo, para serem remetidas ao Tribunal deprecado.

Artigo 123.

(Pagamento de custas em Tribunal diferente daquele em que a conta foi feita)

Se o pagamento no tiver lugar no Tribunal em que a conta feita, nele ficar traslado e pelo translado se fazem oportunamente os lanamentos e operaes devidos.

Artigo 124.

(Liquidao da Procuradoria e das custas de parte)

1. A procuradoria e as custas de parte so sempre includas na conta feita aps o trnsito em julgado de deciso que contenha condenao definitiva em custas, a fim de serem pagas juntamente com as do Tribunal.

2. Se a parte que delas credora tiver declarado que as no quer receber, sero contadas a favor do Cofre do Tribunal.

(Redaco dada pelo Decreto-Lei n. 72/90, de 10 de Setembro).

Artigo 125.

(Clculo dos caminhos)

1. A importncia de caminhos contada, sempre que possvel, por um mapa da Regio ou Sub-Regio, de edio oficial ou oficializada, em escala suficiente para atravs dele se poderem apreciar a distncia dos diversos lugares.

2. Quando no seja possvel a sua aquisio, pode o mapa ser substitudo por uma tabela de distncia, com todos os lugares da Regio ou Sub-Regio , a qual ser organizada na secretaria e mandada pr em vigor pelo juiz, depois de se certificar da exactido dela pelos meios ao seu alcance.

Artigo 126.

(Prazo para efectuar a conta)

1. O prazo da contagem das custas de dez dias, salvo quando se trate de cartas rogatrias ou precatrias, arremataes, agravos em separado, papis avulsos ou actos urgentes; nestes casos o prazo ser acomodado urgncia, mas nunca superior a 48 horas.

2. Com fundamento na acumulao de servio o juiz pode prorrogar o prazo por igual perodo, a pedido directo do funcionrio contador.

3. O funcionrio contador que sem justa causa exceder em mais de quinze dias o prazo da contagem de qualquer processo ou papel perde automaticamente 25% dos emolumentos que lhe so devidos cuja deduo oficialmente se far na respectiva conta.

As importncias de tais descontos pertencem ao Cofre do Tribunal a favor do qual sero contados e pagos.

Artigo 127.

(Dvidas sobre a conta)

1. Quando tenha dvidas sobre a conta deve o funcionrio contador exp-las e emitir o seu parecer, fazendo logo o processo com vista ao Ministrio Pblico. Em seguida, a secretaria far o processo concluso ao juiz para decidir.

2. A deciso considera-se notificada ao Ministrio Pblico com exame de conta e aos interessados com o aviso das custas.

Artigo 128.

(Regras a observar na conta)


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