COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ÂNGELO BAGGIO ORSO
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
VOLUME I
CASCAVEL / 2011
Sumário
1. APRESENTAÇÃO ................................................................................................................. 3
2. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO ............................................. 4
3. MARCO SITUACIONAL ...................................................................................................... 8
3.1. HISTÓRICO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO ............................................... 8
4. QUADRO DE PROFISSIONAIS ........................................................................................ 12
5. ESPAÇOS PEDAGÓGICOS ............................................................................................... 15
5.1. Biblioteca ...................................................................................................................... 15
5.2. Laboratório de Informática .......................................................................................... 18
5.3. Laboratório de Ciências ................................................................................................ 19
6. OBJETIVO GERAL DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO ......................................... 20
6.1.Objetivos Específicos .................................................................................................... 20
6.2. Caracterização Sócio-Econômica da Comunidade Escolar .......................................... 21
7. MARCO CONCEITUAL ..................................................................................................... 29
7.1. Concepção Educacional ................................................................................................ 29
7.2. Pressupostos Filosóficos ............................................................................................... 30
7.3. Concepções ................................................................................................................... 31
7.3.1. Homem .................................................................................................................. 31
7.3.2. Mundo ................................................................................................................... 32
7.3.3. Sociedade .............................................................................................................. 33
7.3.4. Professor ................................................................................................................ 34
7.3.5. Aluno ..................................................................................................................... 36
7.3.6. Concepção de Infância e Adolescência ................................................................. 37
7.3.7. Escola .................................................................................................................... 39
7.3.8. Educação ............................................................................................................... 43
8. DIVERSIDADE EDUCACIONAL E DESAFIOS EDUCACIONAIS
CONTEMPORÂNEOS ............................................................................................................ 50
8.1. Inclusão Educacional .................................................................................................... 50
8.2. História e Cultura Afro-Brasileira e Africana ............................................................... 51
8.3. Educação Indígena (Cultura e História) ........................................................................ 52
8.4. Educação do Campo ..................................................................................................... 52
8.5. Educação Ambiental – Agenda 21 ................................................................................ 53
8.6. Educação Fiscal ............................................................................................................ 54
8.7. Cidadania e Direitos Humanos ..................................................................................... 54
8.8. Enfrentamento à Violência na Escola ........................................................................... 55
8.9. Prevenção ao Uso Indevido de Drogas ......................................................................... 56
8.10. Gênero e Diversidade Sexual ...................................................................................... 57
9. ESTÁGIO OBRIGATÓRIO E NÃO-OBRIGATÓRIO ..................................................... 58
10. ADOLESCENTE APRENDIZ – MENOR APRENDIZ ................................................... 64
11. MARCO OPERACIONAL ................................................................................................ 64
12. AVALIAÇÃO .................................................................................................................... 64
12.1. Avaliação Semestral ................................................................................................... 64
12.1.1.Instrumentos da Avaliação ................................................................................... 67
12.1.2. Princípios norteadores das ações avaliativas ....................................................... 68
12.1.3. Encaminhamento Metodológico ......................................................................... 68
12.2. Avaliação do Estabelecimento de Ensino ................................................................... 69
13. CONSELHO DE CLASSE ................................................................................................. 69
14. RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS ..................................................................................... 71
15. RENDIMENTO ESCOLAR .............................................................................................. 72
16. PROPOSTA DE FORMAÇÃO CONTINUADA .............................................................. 73
17. HORA ATIVIDADE PARA PROFESSORES .................................................................. 73
18. HISTÓRIA DO PARANÁ ................................................................................................. 73
19. SALA DE RECURSOS ...................................................................................................... 74
20. CENTRO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA (CELEM – ESPANHOL) ......... 75
21. SALA DE APOIO A APRENDIZAGEM .......................................................................... 76
22. ATIVIDADE DE COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR ............................................. 76
23. HORA TREINAMENTO ................................................................................................... 77
24. ESCOLA ABERTA – SEGUNDO TEMPO ...................................................................... 77
25. COLABORARES NO PROCESSO EDUCACIONAL ..................................................... 79
25.1. Estagiários ................................................................................................................. 79
26. GESTÃO DEMOCRÁTICA .............................................................................................. 79
26.1. Gestão Democrática: no contexto do Colégio Estadual José Ângelo Baggio Orso . 81
27. PLANO DE AÇÃO DO ESTABELECIMENTO .............................................................. 81
28. PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA ........................................................... 96
29. ESTRUTURA DE PLANO DE AÇÃO DE COMBATE A EVASÃO ........................... 106
30. REPRESENTANTES DE TURMA (LÍDER DE SALA) ................................................ 112
31. GRÊMIO ESTUDANTIL ................................................................................................ 113
32. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO114
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1. APRESENTAÇÃO
O Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual José Ângelo Baggio Orso, foi
elaborado coletivamente com a participação da comunidade escolar (Professores
Regentes, Direção, Equipe Pedagógica, Funcionários, Pais/Mães e Alunos). A sua
elaboração representa o esforço coletivo dos sujeitos concretos que fazem e vivem a
escola real, construída todos os dias, a partir das condições materiais objetivas,
proporcionadas por um modelo societário marcado por extremas desigualdades sócio-
econômica, política e cultural.
Como documento norteador da práxis pedagógica que se desenvolve
intencionalmente nas inúmeras relações e mediações complexas que acontecem no
interior da escola. No seu conjunto, o nosso projeto explicita a concepção de homem (aqui
entendido como gênero humano, necessariamente constituídos por crianças, jovens e
adultos, isto é, homens e mulheres) que a escola pretende formar, a concepção de
educação transmitidas/socializada e a concepção de sociedade e de mundo onde a escola
está inserida. Além disso, explicita ainda o compromisso político intencional da
comunidade escolar com a construção da escola pública, enquanto espaço de transmissão
e apropriação dos conhecimentos científicos, artísticos e filosóficos, historicamente
produzidos e sistematizados pela humanidade.
Este compromisso dos trabalhadores em geral que atuam diretamente com os
alunos dentro da escola, assim como dos pais/mães ou responsáveis que convivem
diariamente com seus filhos, é fundamental porque sem isso não acontece o movimento
da história, que é possível através da transmissão das experiências culturais das gerações
mais velhas às gerações mais novas, através da educação social/escolar. Por isso, quanto
mais progride a humanidade, maiores e mais complexos são desafios e as exigências
colocadas para a educação.
Quanto mais progride a humanidade, mais rica é a prática sócio-histórica
acumulada por ela, mais cresce o papel específico da educação e mais complexo
é a sua tarefa. Razão por que toda a etapa nova no desenvolvimento da
humanidade, bem como nos diferentes povos, apela forçosamente para uma
nova etapa do desenvolvimento da educação: o tempo que a humanidade
consagra à educação das gerações aumenta; criam-se estabelecimentos de
ensino, a instrução toma formas especializadas, diferencia-se o trabalho do
educador, do professor; os programas de estudo enriquecem-se, os métodos
pedagógicos aperfeiçoam-se, desenvolve-se a ciência pedagógica. Esta relação
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entre o progresso histórico e o progresso da educação é tão estreita que se pode
sem risco de errar julgar o nível geral do desenvolvimento do seu sistema
educativo e inversamente. (LEONTIEV, 1978. P. 273).
Segundo discussões do coletivo, uma das conclusões que se chegou foi à
necessidade de discutir, neste momento, a concepção de método para compreendermos a
concepção de mundo, de homem e de sociedade que fundamenta a forma como os nossos
alunos aprendem e como ocorre o processo ensino-aprendizagem, que envolve a relação
entre o sujeito que ensina o sujeito que aprende e o objeto a ser aprendido.
As atividades que são desenvolvidas no interior da escola precisam enfrentar o
movimento dialético da contradição, as coisas estão assim (caóticas), mas podem ser
diferentes, desde que haja intervenção humana mediadora intencional, conscientemente
planejada e encaminhada coletivamente. Para isso, a compreensão sobre a totalidade dos
fenômenos, das relações e mediações complexas, com as suas implicações concretas no
interior da escola, é pressuposto indispensável para se entender os problemas e os desafios
que envolvem a efetivação do processo ensino/aprendizagem.
O objetivo do Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual José Ângelo
Baggio Orso é oferecer aos pais, professores, alunos e a todos aqueles que estão direta ou
indiretamente ligados a esta instituição, uma visão da realidade, uma visão de totalidade
(pelo menos busca oferecer), das práticas educacionais do processo ensino/aprendizagem,
aqui entendido no seu sentido mais amplo e mais complexo, ou seja, para além da relação
direta e imediata que acontece entre professores e alunos nas salas de aula.
Pelo fato de se constituir num projeto aberto que pode ser constantemente
complementado com novas contribuições enriquecedoras da prática pedagógica, o Projeto
Político Pedagógico, configura-se num conjunto de intencionalidades e princípios, cuja
efetivação em todas as suas dimensões, depende do engajamento o comprometimento
político de todos os sujeitos concretos que fazem a escola diariamente.
2. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO
Nome: Colégio Estadual José Ângelo Baggio Orso – Ensino Fundamental e Médio
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Núcleo Regional de Educação: Cascavel
Ato de Autorização do Colégio
Resolução nº. 28/82 D.O.E. 11/05/82
Ato de Reconhecimento do Colégio
Resolução nº. 1742/83 - D.O.E. 23/06/83
Ato de Renovação de Reconhecimento do Curso – Ensino Fundamental
Resolução nº. 4240/06 – D.O.E. 25/10/06
Ata de Renovação do Reconhecimento do Curso – Ensino Médio
Resolução nº. 4241/06 – D.O.E. 25/10/06
Parecer do NRE de Aprovação do Regimento Escolar
Ato Administrativo nº. 611/2007
Endereço: Rua Samambaias, nº 1171 – Jardim Guarujá
Local: Urbana
CEP: 85804-470
Telefone: (45) 3228-1388 / Fax: (45) 3228-1072
Município: Cascavel
Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná
Distância do Colégio ao N.R.E.: 15 KM
Organização da Instituição Escolar
( X ) Ensino Fundamental ( X ) Regular
( X ) Ensino Médio ( X ) Regular
Turno de Funcionamento
( X ) Matutino ( X ) Vespertino ( X ) Noturno
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Regime de Funcionamento do Curso / Currículo
Seriado anual para o Ensino Fundamental
Seriado anual para o Ensino Médio
Carga horária total – Ensino Fundamental: 3840h
Carga horária total – Ensino Médio: 2880h
Número de turmas: 29
Alunos matriculados no Ensino Fundamental
Manhã: 4 turmas – 129 alunos
Tarde: 13 turmas – 366 alunos
Total: 482 alunos
Alunos matriculados no Ensino Médio
Manhã: 9 turmas – 239 alunos
Noite: 3 turmas – 80 alunos
Total: 319 alunos
Número total de alunos matriculados na Escola: 875 alunos
Apoios, complementares e implementares ao Currículo Escolar atendidos no contra turno
escolar
Alunos matriculados na Sala de Recursos : 14
Alunos da Sala de Apoio para 6º Ano
Português: 20
Matemática: 20
Alunos da Sala de Apoio para 9º Ano
Português: 20
Matemática: 20
Alunos matriculados na LEM / Espanhol(CELEM)
P1: 17
P2: 06
Alunos integrantes de Atividades Complementares Curriculares:
7
Período da Tarde: 24
Alunos participantes do Programa Escola Aberta – (2º Tempo) – Esporte, Cultura e Laser:
200
Hora-treinamento: 28
Projeto de Esportes – Alunos inscritos
Voleibol no horário intermediário / 17:40 às 19:30
Número total de alunos inseridos em apoios/suplementares/complementares ao currículo
escolar:
Organização da hora-atividade no horário escolar por professor (individual)
Na medida do possível a hora atividade esta sendo realizada de forma concentrada
por área, conforme sugestão da SEED.
Organização Curricular utilizada: Por disciplina seriada
Base Nacional Comum: 75%
Língua Estrangeira Moderna (LEM): Inglês para o Ensino Fundamental e Médio
Oferta de estudos sobre o Paraná nas disciplinas: História, Geografia, Geografia,
Sociologia e Filosofia
Oferta de estudos da Agenda 21, Inclusão social, Cultura Afro Brasileira e Africana,
Educação Fiscal, Direitos Humanos e Desafios Educacionais Contemporâneos:
Interdisciplinar
Projetos integrados ao Projeto Político Pedagógico: Ver anexos
Atendimento diferenciado / individualizado em sala de aula
Sala de Apoio
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Sala de Recursos:
Atendimento individualizado (professores) hora atividade / sala de aula.
Intervenções didático-pedagógica pela Equipe Pedagógica
Estratégias do Colégio para articulação com a família e com a comunidade
Reuniões
Palestras
Projetos
Encaminhamentos as Instituições de Apoios da Escola (Conselho Tutelar, UBS, CAPSI,
CAPSAD, Bolsa Família, Bolsa Variável Jovem, NRE, etc.)
3. MARCO SITUACIONAL
3.1. HISTÓRICO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO
O Colégio Estadual José Ângelo Baggio Orso – Ensino Fundamental e Médio,
situado a Rua Samambaias, número 1171, no Jardim Guarujá, município de Cascavel,
Estado do Paraná, foi inaugurado extra oficialmente no dia 17 de agosto do ano de 1981,
contando com 13 turmas, num total de 530 alunos.
Oficialmente sua inauguração aconteceu no dia 06 de abril do ano de 1982, com a
presença do Secretário de Educação, Dr. Edson Machado de Souza, professor Amâncio
Luiz Saldanha dos Anjos, primeiro diretor do Colégio, demais autoridades, ficando
reconhecido pela Resolução número 742/83 do dia 20 de junho de 1983, sendo
denominada Escola Estadual José Ângelo Baggio Orso – Ensino de 1º Grau, a escolha do
nome foi em homenagem a uma família pioneira de Cascavel.
A partir de 1983 a 1985, a escola passa a contar com 30 turmas de 1ª a 8ª série
com um total de 1087 alunos e em sua direção a professora Edila Kelm Frigo, eleita
através de voto direto da comunidade escolar. A professora dirigiu a escola por três anos,
sendo dois em conseqüência da eleição e mais um mandato tampão.
Nesse momento, a comunidade organizada (Associação de Pais e Mestres,
Associação de Moradores, etc.), conquistou das lideranças políticas a ampliação da
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Escola, com a construção de um novo prédio, com nove salas, sendo seis salas de aula
maiores e três salas de aula menores, além do saguão com o palco. Esta nova estrutura
veio somar com a existente, composta de oito salas num prédio com dois pisos (o térreo e
o superior), quatro salas num bloco onde funciona a supervisão, a sala de vídeo e o
laboratório. Ainda da estrutura inicial, são mais seis salas num bloco separado, onde
funciona a secretaria, a sala da direção, a sala dos professores e outras três salas ocupadas
com a mecanografia, arquivo morto e merenda escolar, além da cozinha e o saguão.
Aconteceu também a organização da horta comunitária, com a instalação de um sistema
de irrigação com o apoio da Secretaria da Agricultura do município. Também nesta
ocasião foi providenciada a legalização da documentação da Associação de Pais e Mestres
da Escola.
Entre 1985 e 1987, esteve a frente da direção o professor André Lopes Filho,
tendo como auxiliar o professor José Maffini. Neste período, aconteceu a ampliação da
ala administrativa, pintura interna e externa da escola pelo sistema de mutirão,
implantação de cursos extra-classe (datilografia e corte e costura), mantidas pela APM e
inclusão das Técnicas Industriais no Currículo da Escola, deu-se inicio a organização
formal da biblioteca e aquisição do telefone.
No início do ano de 1988, após a realização de eleição para a direção, assumir a
professora Vera Helena Gomes Broggio. Durante o seu mandato, com apoio da
comunidade, foi conquistado a implantação da classe especial, foi autorizada pela
Resolução 00625/90. Houve também a implantação e criação do 2º Grau (Educação Geral
– Preparação Universal), autorizado a funcionar através da Resolução 207/90 de 24 de
janeiro de 1991, denominando-se então Colégio Estadual José Ângelo Baggio Orso –
Ensino de 1º e 2º Graus, passando assim o Estabelecimento de Ensino para o porte V.
Em 1992, com a saída da professora Vera e a vacância do cargo de direção, numa
reunião do Conselho Escolar, realizada no dia 18 de dezembro do mesmo ano, foi
indicado o professor Paulo Kubiaki, para Diretor, permanecendo nesta situação do ano de
1993 até 1996.
Durante o ano de 1993, a escola participou da 1ª Amostra de Biologia a nível
regional, dos Jogos Escolares e do Concurso de Oratória a nível municipal. Entre as
realizações de 1993, destaca-se a ampliação do laboratório, conseguido através de
recursos da FUNDEPAR. Também a verba do “Fundo Rotativo”. Esse recurso financeiro
proporcionou condições na manutenção e conservação da escola, bem como apoio aos
alunos e professores (livros, materiais, merenda) e também para a execução dos Projetos
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Pedagógicos, permitindo assim uma maior autonomia e melhoria nas condições físicas e
de funcionamento.
Em 1994, através de um trabalho conjunto envolvendo todos aos segmentos que
atuam na escola, os índices de reprovação e evasão foram baixados a níveis antes nunca
conseguidos. Em maio de 1994 através da Resolução nº 2314/94 de 02/05/94, o CEE
reconhece o curso de 2º Grau. Ainda em 1994, através de uma maior atuação do Conselho
Escolar, APM e Conselho de Classe, a comunidade começa a participar mais efetivamente
da vida escolar, onde cresce a participação dos pais, alunos, professores e funcionários
nas decisões que envolvem a melhoria de qualidade de ensino ao nível de aprendizagem,
avaliação e estudos.
Com recursos da FUNDEPAR e da Comunidade (APM) o estabelecimento
adquiriu: um microcomputador, impressora e uma máquina de xérox. No ano de 1995,
iniciou-se a implantação do Ciclo Básico de Alfabetização (contínuo de 04 anos).
Com a participação na Campanha “Cidadão Nota 10”, em 1996, a escola recebeu:
02 televisores, 02 vídeos cassetes e 01 retro projetor. Além disso, com recursos da APM,
melhorou-se a informatização da secretaria, houve melhorias na infra-estrutura da escola:
instalação do novo bebedouro; colocação de piso no saguão principal; cobertura da quadra
esportiva, através de convenio com a FUNDEPAR, construção de muros internos,
ajardinamento e melhorias na iluminação interna.
Ainda no ano de 1997, através de eleições diretas a comunidade escolar escolheu o
Professor Paulo Kubiaki para a Direção do Estabelecimento (gestão 1998 – 2000). No
aspecto pedagógico a avaliação semestral; o programa de adequação idade série e
supletivo de 1º grau, bem como o trabalho contínuo, de todos os envolvidos (professores,
equipe pedagógica e funcionários), permitiram ao colégio alcançar altos índices de
aprovação em todas as séries.
Desenvolvido pela professora Andréa Regina da Silva, da disciplina de Educação
Física, em 1997, foi criado o Projeto Voleibol, com o objetivo de estimular a prática do
desporto, evitando-se que os alunos ocupem-se nas ruas com situações de risco. Mantido
pela mesma professora, em 2003, foi iniciado o projeto de danças folclóricas, com o
objetivo de despertar e valorizar a cultura regional.
No que diz respeito ao espaço físico, programou-se serviços de informatização na
secretaria e biblioteca. Em 1999, foi inaugurado o Laboratório de Informática com 18
terminais de computadores, Biblioteca com 100m2
adquiridos com recursos do PROEM e
atualização do acervo bibliográfico, provenientes de recursos do MEC. Adequação do
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aspecto físico, criação das novas dependências da Orientação Educacional para melhor
atender aos alunos, pais e professores.
Em 2001, novamente eleitos o professor Paulo Kubiaki como diretor do
Estabelecimento, juntamente com a professora Dirce Ana de Souza, foram reconduzidos
ao cargo de Diretor e Diretor Auxiliar respectivamente. Em 2003 os mesmos professores
outra vez foram reconduzidos, permanecendo assim até o final de 2005.
Todavia a eleição em 2005, realizada no segundo semestre, houve duas chapas
inscritas. O resultado do pleito indicou o professor Ademir Denílson Zoz, para diretor e
para diretor auxiliar o professor Gleison Humberto Comineti. Na eleição de 2008, com
chapa única, os dois professores foram novamente reeleitos, porém, desta vez, como
diretor o professor Gleison Humberto Comineti e diretor auxiliar o professor Ademir
Denílson Zoz.
Em 2006, foi efetuada a reforma geral, contemplando: troca do piso e do forro do
saguão e nas salas de aula, revestimento dos banheiros, cozinha com azulejos, construção
de rampas de acesso e reforma de banheiros, com a devida adaptação para o uso de
cadeirantes, colocação de cortinas nas salas de aula. Troca de chaves nas portas das salas
de aulas, aquisição de máquina de cortar grama, máquina fotográfica digital e o
equipamento de multimídia.Também em 2006, foi reestruturado o laboratório de
informática que passou a funcionar com o sistema de fibra ótica. Hoje, (2010) o
laboratório esta equipado com 22 computadores.
Criada em 2006, a Sala de Recursos do Colégio teve a sua autorização de
funcionamento renovada, através da resolução nº. 983/09, de 18 de março de 2009. Em
sistema de contraturno, a Sala de Recursos, atende alunos com deficiência, transtornos
globais do desenvolvimento e altas habilidades / superdotação. Em 2012 a Sala de
Recursos passa a ser multifuncional, subsidiada pelo Mec/Seed, tipo I, atenderá alunos
com diagnóstico de deficiência intelectual, transtornos globais do desenvolvimento e
transtornos específicos.
Através do ato administrativo nº. 500/06, de 20 de dezembro de 2006, o NRE,
reconheceu algumas modificações que foram feitas no Estatuto do Conselho Escolar do
Colégio. Da mesma forma, na perspectiva de ampliação da participação dos alunos e
tendo em vista a Lei Federal 7398/85 e a lei Estadual Nº. 11057/95, no dia 30 de agosto
de 2007, foi criado o Grêmio Estudantil do Colégio. A eleição da primeira diretoria
ocorreu no dia 06 de novembro do mesmo ano.
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Em 2007, por meio do Ato Administrativo nº. 611/2007, o NRE, aprovou o no
Regimento Escolar que foi elaborado a partir da proposta encaminhada pela SEED. Em
2008, foi instalada em todas as salas de aulas as TVs pendrive, adquiridas pelo Governo
do Estado e enviadas para todas as escolas estaduais. Também com recursos do Governo
do Estado, a escola adquiriu e repassou para cada professor um pendrive.
Em 2009, foi instalado o sistema de funcionamento em rede de computadores (sala
dos professores, direção, secretaria, mecanografia e biblioteca), com internet banda larga
– MEC., disponibilização de computador com internet na biblioteca, para o uso de alunos
do contraturno, instalação de computador na sala de recursos e pintura interna de todo
prédio do colégio.
Neste ano de 2011, no tocante a Inclusão de alunos com necessidades educativas
especiais mereceu destaque, pois conquistamos uma professora PACA (Professora de
Apoio a Comunicação Alternativa), e uma funcionária Auxiliar Operacional e adequações
de grande porte para uma aluna com deficiência neuromotora.
No ano de 2012, será implantado de forma simultânea a oferta do ensino
fundamental de 9 (nove) anos da seguinte forma: 5ª Série: 6º Ano; 6ª Série: 7º Ano; 7ª
Série: 8º Ano; 8ª Série: 9º Ano.
As conquistas obtidas ao longo desses quase trinta anos de história, precisam ser
entendidas como o resultado do esforço coletivo de toda comunidade escolar. Este
trabalho não se esgota aqui, as propostas nele contidas, os pressupostos filosóficos que o
respaldam são de uma construção permanente do conhecimento e das transformações
sociais.
4. QUADRO DE PROFISSIONAIS
Servidor(a) Cargo Disciplina / Função
Acilon dos Santos Professor Filosofia
Ademir Denilson Zoz Professor / Diretor Auxiliar Matemática
Adrielli Fernanda Sasse Professora História
Alexandre Vieira Santos Professor História
Ana Claudia Bueno de Andrade Professora Matemática
André Carlos Gottardo Pedagogo Equipe Pedagógica
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Andrea Regina da Silva Professora Educação Física
Angela Santos Klauczek Professora Biologia
Beatriz Scheibe Professora Matemática
Brigitte Fátima Alves Aranha Pedagoga Equipe Pedagógica
Cátia Cecília Simon Professora Matemática
Cinara Diesel Professora Ensino Religioso
Cleni Meurer Ody Aux. Serviços Gerais Afastada
Cleonice Adriane Winck Batista Professora Biologia
Cleonice Boaretto Rodrigues Professora Matemática
Cleonice Ferrarini Becker Professora Matemática / Sala
de Recursos
Cleuza Campoe Pedagoga Afastada
Cleyton Sebastião de O. Fernandes Aprendiz Aux. Geral
Cristiane Guimarães Camargo Técnico Administrativo Secretaria
Cristiane Hagemann
Professora Sala de Apoio –
Matemática
Cristina Oribka Aux. Serviços Gerais Inspetora de pátio
Daisy Apolinário Pereira Técnico Administrativo Biblioteca / Secretaria
Dayane Regina Garcia Professora Ciências
Deborah Precoma Fachinello Professora Matemática
Diógenes Antonio Tonini Professor Educação Física
Dirce Ana de Souza Professor da Lei 15308/06
Eliane Terezinha Bernardi Professora Projeto Segundo
Tempo
Eliete Maria de Carvalho Morachifi Professora PACA
Emmanuelle Cristina Peria Conti Biz Professora Geografia
Fatima Aparecida Miranda Martins Aux. Serviços Gerais Cozinha
Flávia Naianny Mafra Técnico Administrativo Secretaria
Franciane Galeano Técnico Administrativo Secretaria
Franciele Cristina Maier Fritsch
Técnico Administrativo Laboratório de
Informática
Gleison Humberto Comineti Diretor
Honorata de Fátima Quadros Professora História
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Inez de Oliveira Braga Pedagoga Equipe Pedagógica
Iria Limberger Professora L.E.M. – Inglês
Iria Somariva Professora Geografia
Israel da Luz Professor Arte
Ivalda Ferreira de Moraes Professora Geografia
Ivone Maria Battistela Professora Língua Portuguesa
Ivone Vieira da Cruz Pedagoga Equipe Pedagógica
Ivonete Bueno Aux. Serviços Gerais Geral
Jaime Elias Bresolin Professor História
Jakeline Cristiane Walker Professora Língua Portuguesa
Janete Pipino Gonçalves Professora Língua Portuguesa
João Ramos Filho Professor da Lei 15308/06
Jocilene Terezinha Otto Di Lauro Pedagogo Equipe Pedagógica
Juliana Ludovico Professora Ciências
Juraci Salete Fraida Nunes Aux. Serviços Gerais Geral
Keli Cristina Bertelli Professora Ciências / Biologia
Leocádia Ternopolski Fragoso Aux. Serviços Gerais Geral / Cozinha
Leodefane Bispo da Silva Professor Sociologia
Lourdes Polanha Bueno de Assis Professora Língua Portuguesa
Luci Margarida Zanini Garbin Professora Sala de Recursos
Lucia Ruffatto Polis Aux. Serviços Gerais Geral
Luciane Montes Ferreira Professora Arte
Lucivana Pelicioli Professora Ensino Religioso
Lucy Terezinha de Castro Campana
Professora Educação Física / Proj.
Hora Treinamento
Marcio Prestes Lopes Professor Educação Física
Maria Carolina Taciana Naibo Professora Ciências
Maria Cristina Barboza Soares Auxiliar Operacional Aux. Operacional
Marileide Aparecida Geraldo Frank Secretaria Secretaria
Marines Fontana
Professora Língua Portuguesa /
Sala de Apoio
Mario Cesar Fernandes de Menezes Professor Química
Marli Ternoposlki Lucca Aux. Serviços Gerais Cozinha
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Neimi Teresinha Giraldi de Meira Professora Arte
Neiva Terezinha Stum Professor da Lei 15308/06
Nelci Zeretzki Reinehr Professora Física
Neusa Maria Caprini Retcheski Técnico Administrativo Mecanografia
Nilce Araujo Técnico Administrativo Biblioteca / Secretaria
Nina Maria Florência de Lima Pereira Professor da Lei 15308/06
Odete Bonsere Professora Língua Portuguesa
Olnei José Melin Aux. Serviços Gerais Geral
Paulo Kuibiaki Professor História
Paulo Soares Pedra Professor Sociologia
Renilda Soares Fernandes Professora CELEM – Espanhol
Rosane Ferreira Lopes Professora Geografia
Roseli Frederico Cheffer Professora Ciências
Rosely Fernandes Chaves Aux. Serviços Gerais Geral
Rubens Schwalemberg Professor L.E.M. – Inglês
Sandra Maria Castaman Francener Professora Química
Shirley Batista Jardim Donega Professora Língua Portuguesa
Simone Licurgo Reis Professora Ciências
Taisa Pilatti Tessari Pedagoga Equipe Pedagógica
Taise Terezinha Turra Professora Geografia
Terezinha Aparecida Moreira Aux. Serviços Gerais Geral
Thiago de Figueredo Argenton Professor Geografia
Valmira da Silva Meireles Monteiro Professora L.E.M. – Inglês
Zenaide Gorete Moscon
Professora Língua Portuguesa /
Sala de Apoio
5. ESPAÇOS PEDAGÓGICOS
5.1. Biblioteca
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A biblioteca Carlos Drummond de Andrade, localizada nas dependências do
Colégio Estadual José Ângelo Baggio Orso, tem em sua especificidade ser um recurso
para o desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem, na perspectiva de produção
e reprodução do conhecimento.
O horário de funcionamento da biblioteca será:
Período matutino: 7h30 às 11h30.
Período vespertino: 13h às 17h30.
Período noturno: 19h às 22h30.
Compete ao (s) responsável (s) pela biblioteca:
Conhecer o material disponível no setor;
Organizar todo acervo bibliográfico da Escola, realizando a catalogação do mesmo, de
acordo com o sistema de Classificação Decimal Dewey (CDD);
Manter controle permanente dos empréstimos de materiais, comunicando à direção
eventuais desvios ou anormalidades;
Divulgar o acervo bibliográfico e videoteca junto aos alunos, professores e equipe
técnico-pedagógica;
Estimular a leitura junto às turmas com apoio pedagógico dos professores e equipe
pedagógica;
Colaborar com sugestões para o melhor aproveitamento do acervo bibliográfico e
videoteca da escola;
Orientar aos alunos quanto ao uso e guarda dos livros;
Providenciar carteira de usuário da biblioteca para cada aluno devidamente matriculado;
Atender e orientar os leitores e/ou pesquisadores;
Organizar, em conjunto com a equipe administrativa e pedagógica o horário para
atendimento dos alunos para trabalhos e pesquisas.
O cumprimento das normas de funcionamento da biblioteca é de responsabilidade
de todos os usuários da biblioteca, bem como as decisões que se referem a esse espaço,
sendo que qualquer mudança no regimento interno aqui estipulado deverá passar pelo
conhecimento e aprovação dos funcionário designados para o setor, juntamente com a
direção do estabelecimento de ensino e conselho escolar.
Dos Professores
Sobre o material de apoio didático da biblioteca emprestado para uso na sala de aula:
Ficará sob responsabilidade do professor que o retirou ou autorizou a retirada;
17
Deverá ser entregue impreterivelmente na biblioteca cinco minutos antes de bater o sinal
para o término da aula;
Deverá conferir o material, na chegada e saída da sala de aula, em caso de falta de um
volume, cobrar da classe em que fez uso do material. Se ainda assim, o material não for
encontrado, a o responsável pela biblioteca deve ser informado para tomar as medidas
cabíveis.
Sobre empréstimos de materiais (livros, DVDs, etc) para uso pessoal e/ou preparo
de aula:
O prazo para devolução ou renovação do material é de 15 (quinze dias);
Em caso de extravio, o material deverá ser reposto;
Poderão ser emprestados no máximo 3 (três) exemplares de livros por vez.
No que se refere às atividades de pesquisa para os alunos:
Antes de passar a atividade, o professor deverá comparecer à biblioteca, para verificar de
dispõe do material necessário e para que os responsáveis pelo setor possam deixá-lo
previamente separados.
Ao utilizar a biblioteca para aula de leitura e/ou pesquisa, como uma atividade
diferenciada, o (a) professor (a) deverá acompanhar os alunos durante toda a aula, sendo
responsável também por encaminhá-los a sala no final da aula.
No que se refere ao horário de pesquisa para os alunos, deverá ser realizada no contra-
turno, ou seja, horário que não esteja em aula.
No caso de aula de leitura na biblioteca não será permitida a troca de livros para a
mesma turma.
Dos alunos
Do empréstimo de livros
É direito do aluno devidamente matriculado, o empréstimo de livros literários mediante
cadastro através de carteira de empréstimo conforme o disposto no item VIII do Art. 84.
A confecção das carteirinhas para empréstimos somente serão iniciadas, quando da
numeração das turmas (pela secretaria) no início do ano.
Será emprestado somente um livro por vez;
O empréstimo do livro será feito pelo prazo de uma semana, podendo ser renovado por
mais uma ou duas vezes no máximo, dependendo do conteúdo do mesmo, cabendo ao
responsável pelo setor, definir a necessidade de renovação;
Livros com prazo de empréstimo vencido não será renovado;
É dever do aluno, primar pela boa conservação do livro;
18
Em caso de extravio da obra, o aluno será responsável pela reposição.
A troca de livros deverá ser realizada em contra-turno, ou seja, no horário em que o aluno
não tenha aula, salvo em horário vago no caso da falta de algum professor.
O empréstimo de livros se dará somente até duas semanas antes as férias do meio do ano,
e três semanas do término do ano letivo.
Do uso do espaço da biblioteca:
O usuário tem o dever de manter o silêncio, a ordem e a disciplina na biblioteca;
Deverá identificar-se a pedido de qualquer funcionário sempre que solicitado;
Atender aos pedidos de comparecimento à biblioteca;
Assumir total responsabilidade sobre o extravio ou dano do material que estiver em seu
poder, substituindo-o por outro igual;
Comunicar ao bibliotecário qualquer ocorrência em relação aos materiais utilizados.
As mochilas dos usuários devem permanecer na entrada da biblioteca.
É vedado ao usuário
Utilizar as dependências da biblioteca para guardar objetos pessoais;
Sair da biblioteca com qualquer exemplar de consulta sem a devida autorização;
Trazer acompanhante (s) quanto estiver em horário de pesquisa;
Trazer qualquer tipo de alimentos e bebidas a serem consumidos dentro da biblioteca;
Uso de aparelhos eletrônicos (celular, mp3, fones, etc) que possam a vir a atrapalhar o
ambiente da biblioteca;
Permanecer na biblioteca se este for expulso da sala de aula, seja por problema de
indisciplina ou qualquer outro motivo que não diga respeito às atividades da biblioteca;
Permanência na biblioteca em horário de aula sem prévio agendamento do professor.
A permanência dos alunos na biblioteca quando de aula vaga, só será permitida,
com um planejamento prévio de atividade. Mesmo assim, a turma deverá estar
acompanhada de um membro da equipe pedagógica ou outro responsável.
5.2. Laboratório de Informática
O laboratório de informática do Colégio Orso é amplo tem computadores
conectados em rede, enviados pelo Governo do Estado do Paraná, pertencentes ao
Programa Paraná digital. No ano de 2010 a escola recebeu mais computadores
provenientes do Programa Proinfo/MEC, computadores provenientes do Governo Federal
em parceria com o estado.
19
O laboratório é utilizado pelos alunos, professores, funcionários e comunidade
local da escola como recurso tecnológico para a aprendizagem de qualidade. Para auxiliar
alunos e professores dessa ferramenta metodológica, existe uma profissional, agende
educacional II.
Os professores devem agendar com antecedência o laboratório mediante plano de
aula, pois, a internet é como já dito, um recurso metodológico complementar. O
laboratório de informática possui regulamento próprio.
5.3. Laboratório de Ciências
O laboratório de física, química e biologia, funciona atualmente de segunda a
sexta-feira no período matutino e noturno, atendendo alunos de ensino médio, com o
objetivo de levar os estudantes a vivenciarem relações entre teoria e prática. A
importância da abordagem experimental está na caracterização do seu papel investigativo
e pedagógico a fim de auxiliar o aluno na explicitação, problematização e discussão dos
conceitos científicos.
Os experimentos podem ser o ponto de partida para a compreensão de conceitos,
bem como para a percepção ou aperfeiçoamento das ideias discutidas nas aulas, portanto,
o uso do laboratório nas aulas de biologia, física e química com que os alunos questionem
seus conhecimentos, investiguem e compreendam a obrigatoriedade dos conhecimentos
científicos superando a ideia de que são absolutamente verdadeiros, prontos e acabados.
A atividade laboratorial está relacionada ao fazer com as mãos, com sentir,
experimentar, introduzir conceitos, analisar e refletir, confrontar hipóteses, conectando
teoria e a prática. Normalmente essas atividades resumem-se à manipulação de
equipamentos, preparação de montagens, realização de medidas, responder questionários
e elaborar relatórios.
Os estudantes são envolvidos desde a confecção dos materiais o que investiga a
curiosidade quanto ao funcionamento ou experimento. Nesse momento surgem dúvidas,
muitas questões, as quais não são respondidas de imediato, pois o estudante é quem
procura respostas, auxiliados se necessário pelo professor. Essa fase da atividade
possibilita interação entre sujeito e conhecimento facilitando a aprendizagem.
Para que o professor atinja seus objetivos em uma aula de laboratório, é
importante que os envolvidos, em especial os alunos sejam orientados quanto as atitudes e
cuidados a serem tomados no decorrer das atividades, naquele espaço.
20
As aulas experimentais constam no planejamento do professor, assim de posse
desse planejamento, o assistente de execução auxilia o professor na preparação e
providencia de materiais e equipamentos necessários para a realização das aulas.
Assim o assistente de execução assume, na prática, um papel de gerência dos
espaços de laboratório, organizado, mantendo limpo, estabelecendo os limites de sua ação
em relação à função pedagógica do professor que planeja e estabelece os objetivos da
atividade a ser desenvolvida.
6. OBJETIVO GERAL DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO
Para cumprir com a sua finalidade específica, a escola deve garantir aos educandos
a transmissão / socialização dos conhecimentos científicos, artísticos e filosóficos,
historicamente produzidos e sistematizados pela humanidade. Diante disso, as atividades
pedagógicas educacionais realizadas na instituição de ensino, devem ser enriquecidas e
enriquecedoras para fazer despertar nos alunos o gosto pelas formas mais elevadas da
cultura. O ensino deve proporcionar também, aos educandos condições teóricas para
compreender e desvendar a realidade sócio-econômica, política, cultural e ideológica
desta sociedade de classe em que estão inseridos.
6.1.Objetivos Específicos
Proporcionar aos alunos, professores e demais funcionários, as devidas condições
para a realização das práticas pedagógicas no interior da escola;
Assegurar aos alunos com necessidades educacionais especiais, os serviços de
apoio, os recursos didáticos pedagógicos e humanos necessários a efetivação do
processo ensino/aprendizagem;
Reconhecer e valorizar os conhecimentos espontâneos dos alunos, como ponto de
partida na apropriação dos conhecimentos científicos e filosóficos;
Proporcionar formas de socialização e troca de experiências entre os alunos, por
meio de atividades que envolva o conhecimento;
Demonstrar e valorizar a importância da efetiva participação da Comunidade
escolar no processo de democratização da escola;
21
Garantir e fortalecer a organização dos segmentos coletivos específicos existentes
na escola;
Mobilizar nos alunos, valores sociais, cidadania, direitos, deveres e
conscientização sobre sua atuação no meio que esta inserido;
Conscientizar sobre as práticas, as posturas e as atitudes individualistas e
competitivas no interior da escola.
6.2. Caracterização Sócio-Econômica da Comunidade Escolar
A fim de elencar dados para a caracterização sócio econômica da comunidade
escolar, foi realizada pesquisa com os alunos juntamente com seus pais e /ou
responsáveis. Tal procedimento investigatório, aconteceu por meio da aplicação de
formulário com as questões que deveriam ser respondidas pelos mesmos.
Os dados obtidos demonstraram que a maioria dos alunos residem no bairro
Jardim Guarujá, onde o colégio está localizado, também existe um número significativo
de alunos que residem em bairros próximos e uma pequena parcela em bairros mais
afastados. Devido a grande quantidade de alunos residirem no bairro a forma mais
utilizada de acesso ao colégio é a pé e uma pequena parcela utiliza outros meios como
bicicleta, carro, moto e transporte coletivo.
A maioria dos alunos residem em casa própria com os pais, também existe um
número significativo que moram apenas com a mãe e uma parcela menor com os avós,
também há um pequeno número que residem só com o pai ou outros familiares.
O grau de instrução dos responsáveis é bem variado, percebe-se uma pequena
diferença, sendo que entre os pais, a maioria possui ensino médio completo, já entre as
mães, a maioria possui ensino fundamental completo.
Quanto a renda mensal familiar, a maioria recebe de um a três salários mínimos,
seguindo de três a cinco salários mínimos, há uma pequena parcela onde a renda familiar
é de mais de cinco salários mínimos e também uma quantidade ainda menor que declarou
receber menos de um salário mínimo.
A maioria dos alunos declarou pertencer a religião católica, menos da metade dos
alunos declarou ser evangélico e o restante dividiu-se entre outras religiões, havendo
também registro mínimo de ateus.
O atendimento médico utilizado pela grande maioria dos alunos e seus familiares é
na rede pública.
22
O acesso à informações se dá através da Internet, uma vez que a maioria dos
alunos declarou possuir computador em suas residências.
Quanto a dedicação aos estudos fora do horário normal das aulas um número
significativo declarou estudar em média uma hora por dia, houve também um número
considerável de alunos que declarou não estudar em casa, mas também uma parcela
expressiva declarou estudar de duas a mais horas diárias. Pouquíssimos alunos participam
de projetos sociais.
Quanto a convivência familiar os dados obtidos demonstram haver um bom
relacionamento entre pais e filhos, pois declararam manter um bom diálogo com os
mesmos.
Em relação a infra-estrutura existente, é importante relembrar que o bairro conta
com transporte coletivo apropriado, com água tratada, sistema de coleta de esgoto, coleta
de lixo três vezes por semana, asfalto em todas as ruas, Unidade Básica de Saúde,
Cemitério, Capela Mortuária, Quadra de Esportes, Parque Ambiental, entre outros
equipamentos públicos.
Não obstante essas observações que demostraram avanços e progressos em
comparação com o início do bairro, ainda assim por falta de opção de lazer na
comunidade e de condições financeiras para buscar fora outras alternativas nos finais de
semana e feriados, a maioria das pessoas ficam em casa.
Além disso, de acordo com os dados apurados pela pesquisa, o relacionamento do
escola com a comunidade é considerado bom e a participação dos pais / mães e ou
responsáveis no processo pedagógico, acontece de maneira formal e informal, através dos
coletivos organizados (Conselho Escolar, APMFs, Grêmio Estudantil e Conselho de
Classe).
6.2.1.Gráficos dos dados obtidos na pesquisa realizada
23
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7. MARCO CONCEITUAL
7.1. Concepção Educacional
Qualquer concepção educacional que pretenda ser verdadeiramente democrática e
participativa, precisa combater com força e determinação, no interior da escola pública, as
relações sociais baseadas na competição e no individualismo burguês, que ainda estão
indistintamente muito presentes nas práticas educativas.
Se, por um lado, a escola, por si só, dentro dos seus restritos espaços e limites de
atuação, não pode transformar as condições materiais socioeconômicas, políticas e
culturais vigentes que imperam no capitalismo, por outro, através de atividades
pedagógicas coletivas intencionalmente organizadas, organizadas e direcionadas, ela pode
e deve, ao menos dentro dos seus muros, procurar constituir relações sociais que não
tomem como parâmetro a competição saudável, descrita por Hobbes, sengo a qual é justo
que os mais fortes devorem os mais fracos numa espécie de jogo antropofágico. “[...] as
relações sociais descritas por Hobbes como “belium omnium contra omnes” - com sua
tendência objetiva a deixar os facos serem devorados pelos fortes - é idealizada como
competição saudável universalmente benéfica.(MÉSZÁROS, 2002, p. 109, grifos do
autor).
Nesse sentido, iniciar a discussão sobre a concepção educacional assumida por
este Projeto Político Pedagógico, ressaltando como aspecto negativo a valorização da
competição e do individualismo, tem basicamente dois propósitos. Em primeiro lugar, não
é possível pensar uma forma de organização coletiva da escola e por conseguinte de
participação política engajada, quando a competição entre os sujeitos que fazem a escola
concreta, cada vez mais complexa, está permeada e dominada por interesses
individualistas, ou por interesses corporativos de segmentos coletivos específicos
(professores, alunos, funcionários, pais/mães), que acusam-se mutuamente , sem o
desprendimento de submeterem a uma análise critica as próprias percepções caóticas que
fazem da escola que, querendo ou não, eles mesmo ajudam a construir diariamente.
Em segundo lugar, é necessário destacar que na origem desta competição e
individualismo cada vez mais exacerbado que se manifesta dentro da escola, encontra-se
precisamente uma forma capitalista de organização social da produção, baseada na
divisão e hierarquização do trabalho. Esta forma de divisão social do trabalho
historicamente determinada, além dos aspectos constitutivos ligados diretamente à esfera
30
da produção capitalista, cuja essência é retirar dos trabalhadores o controle da produção
de mercadorias, tem também os aspectos políticos, quer dizer, fragmentar , dividir a classe
trabalhadora como forma de exercer o controle social ideológico e consequentemente a
dominação de classe. Em outras palavras, significa compreender e admitir que a
competição e o individualismo são dois elementos constitutivos chaves da concepção de
sociedade e de educação, norteadas pelos pressupostos filosóficos liberais do período
Lerner, aos poucos, vai se afirmando cada vez mais no interior das escolas públicas, a
necessidade do aprofundamento desta reflexão entre a comunidade escolar constituída
predominantemente por trabalhadores.
Com Gramsci (1991), aprendemos que fora de sua profissão cada homem (só para
relembrar, também a mulher), é um filósofo, na medida que expressa uma concepção de
mundo e pode contribuir para modificar uma dada realidade. Por isso, os pressupostos
filosóficos deste Projeto Político Pedagógico, assumem como compromisso a necessidade
de se construir a escola pública enquanto um instrumento que pode auxiliar no processo
de transformação social.
7.2. Pressupostos Filosóficos
Tendo como ponto de partida a idéia de que a escola pública tem sua função social
de atender a classe trabalhadora, não se pode desconsiderar os aspectos educacionais que
são essenciais para concentrar-se em questões superficiais que nada contribuem na
formação de indivíduos preparados teoricamente, para compreenderem e enfrentarem os
problemas de uma sociedade cada vez mais complexa e contraditória.
Por isso, os pressupostos filosóficos deste Projeto Político Pedagógico, assumem
como compromisso a necessidade de se construir a escola pública, enquanto um
instrumento que pode auxiliar no processo de transformação social.
Nesse sentido, é que se deve considerar o processo filosófico pedagógico
permanente de reflexão e discussão dos problemas da escola, na busca de alternativas
viáveis na efetivação de sua intencionalidade, que é constitutiva, propiciando a vivência
democrática necessária para participação de todos os membros da comunidade escolar e o
exercício da cidadania, perfazendo uma relação recíproca entre a dimensão política e
pedagógica da escola. (LEINDECKER, Conselho de Classe Participativa, professora
PDE, 2008)
31
Ao se constituir um processo de decisões, preocupa-se em instaurar uma forma de
organização do trabalho pedagógico que supere os conflitos, buscando eliminar as
relações competitivas, corporativas e autoritárias, rompendo com a rotina do mando
impessoal e racionalizado da burocracia.
Para tanto, o currículo escolar, bem como os programas e os planos de ensino,
serão considerados como ponto de partida de criação, apropriação, sistematização,
produção e recriação do saber.
7.3. Concepções
7.3.1. Homem
A concepção de homem aqui expressa, parte do pressuposto de que o homem,
enquanto gênero humano, constituído necessariamente por homens e mulheres, a começar
pela sua própria organização corporal, é um ser que se distingue dos demais animais
existentes na natureza pelo fato de produzir a sua própria existência.
Pode-se diferenciar os homens dos animais através da consciência, através da
religião, através do que se quiser. Eles mesmos começam a se diferenciar dos
animais quando começam a produzir seus víveres, um passo que é condicionado
pela sua organização corporal. Ao passo que produzem seus viveres
(Lebensmittel), os homens também produzem indiretamente sua vida material
(materielles Leben). (MARX E ENGELS, 2007, p. 42).
Nesta perspectiva, ao contrário das concepções idealistas que idealizam o homem
como um ser abstrato, o homem é um ser concreto, de carne e osso, no dizer de Marx,
produzido socialmente a partir do conjunto das relações sociais que consegue contrair,
dentro de cada período histórico da humanidade, com o grau de desenvolvimento das
forças produtivas.
Por isso, um dos aspectos fundamentais que precisa ser enfrentado quando se fala
na concepção de homem numa perspectiva materialista histórica, diz respeito a
necessidade de se buscar compreender e situar este homem no seu devido lugar concreto.
Uma coisa é pensar no homem burguês, com as implicações sociais que o fato de
pertencer a classe social economicamente privilegiada trás, outra totalmente diferente, é
pensar no homem que pertence a classe trabalhadora, com as devidas implicações
concretas que isto provoca na sua própria constituição corporal e na formação das
estruturas psicológicas superiores.
32
Uma coisa é ser trabalhador ou trabalhadora, negro ou negra, ambos pobres,
vivendo num país da América Latina. Outra coisa totalmente diferente, é ser homem ou
mulher, ricos e brancos, ambos vivendo na Inglaterra. Todos são seres humanos, mas as
condições sociais concretas do seu desenvolvimento físico/cultural, são totalmente
diferentes. A pobreza priva as pessoas dos seus materiais e por conseguinte priva também
da apropriação dos bens espirituais/intelectuais disponíveis na sociedade.
Em relação ao trabalho, categoria fundante e estruturante da sociedade que se
organiza a partir das atividades produtivas, vale observar as considerações teóricas de
Netto e Braz.
O trabalho é, sempre, atividade coletiva: seu sujeito nunca é um sujeito isolado,
mas sempre se insere num conjunto (maior ou menor, mais ou menos
estruturado) de outros sujeitos. Essa inserção exige não só a coletivização de
conhecimentos, mas sobretudo implica convencer ou obrigar outros à realização
de atividades, organizar e distribuir tarefas, estabelecer ritmos e cadências etc. E
tudo isso, além de somente ser possível com a comunicação propiciada pela
linguagem articulada, não está regido ou determinado por regularidades
biológicas; consequentemente, o caráter coletivo do trabalho não se deve a um
gregarismo que tenha raízes naturais, mas, antes, expressa um tipo específico de
vinculação entre membros de uma espécie que já não obedece apuros
determinismos orgânico-naturais. Esse caráter coletivo da atividade do trabalho é,
substantivamente, aquilo que se denominará de social (PAULO NETTO E
BRAZ, 2007, p. 34).
Quando falamos no homem enquanto gênero humano, constituído concretamente
por homens e mulheres, estamos, portanto, nos referindo a um ser histórico e social que se
distingue dos demais animais existentes na natureza, justamente pelo fato de exercer uma
certo controle da natureza, a parte do trabalho que é sempre atividade pensada, isto é,
antecipada, ideada antes de ser concretizada na ação prática. “[…] foi através do trabalho
que, de grupos de primatas, surgiram os primeiros grupos humanos – numa espécie de
salto que fez emergir um novo tipo de ser, distinto do ser natural (orgânico e inorgânico):
o ser social.” (PAULO NETTO E BRAZ, 2007, p. 34).
7.3.2. Mundo
Quando pensamos no mundo, existe invariavelmente uma tendência de separação
entre o mundo natural e o mundo dos homens. Em tese, esta separação não seria o
problemas, se não fosse o fato de que tal cisão normalmente perde a dimensão do todo e
33
deixa de compreender o mundo na sua totalidade orgânica e inorgânica. Foi exatamente
pensando no mundo natural e no mundo social, enquanto uma totalidade inseparável, que
Marx afirmou que a natureza é o próprio corpo do homem. Se o trabalho é o pai, a
natureza é a mãe, concluiu Marx (1996).
Esta formulação fica aparentemente mais compreensível quando se constata que,
enquanto é possível concordar com a existência da natureza sem a existência do homem, o
contrário não é verdadeiro. Como um ser natural especial, ou específico, não seria
possível pensar a existência do homem fora da natureza. Assim, pode-se dizer que a
natureza é a fonte das riquezas naturais de onde o homem, através do intercâmbio
orgânico com a natureza, ou seja, por meio do trabalho, retira na forma de produtos
naturais ou na forma de matérias primas, os recursos necessários que são convertidos em
riqueza social, cuja origem não advêm de outro lugar, se não do trabalho humano criador.
Neste incessante processo social de transformação, o homem transforma a
natureza e consequentemente também se transforma. Com isso, cada vez mais o homem
vai imprimindo no mundo natural as suas características, as suas marcas. Mas a
compreensão do mundo exige, também, além da distinção metodológica entre o mundo
natural e o mundo social, uma distinção entre a natureza orgânica e a natureza inorgânica.
7.3.3. Sociedade
A sociedade precisa ser compreendida como o resultado das relações e mediações
históricas sociais, produzidas a partir do trabalho e das demais atividades humanas que a
vida em sociedade proporciona e exige. Mas conforme fica evidente,
A sociedade não pode existir sem a natureza – afinal, é a natureza, transformada
pelo trabalho, que propicia as condições da manutenção da vida dos membros da
sociedade. Toda e qualquer sociedade humana tem sua existência hipotecada à
existência da natureza – o que varia historicamente é a modalidade da relação da
sociedade com a natureza: variam, ao longo da história, os tipos de transformação
que, através do trabalho, a sociedade opera nos elementos naturais para deles se
servir, bem como os meios empregados nessa transformação. Vale dizer:
modificam-se, ao longo da história da humanidade, as formas de produção
material da vida social e, por conseguinte, as condições materiais de existência
nas quais vivem os homens. (PAULO NETTO e BRAZ, 2007, p. 35).
Neste movimento histórico, ao contrário do que comumente se pensa, a sociedade
não é um conjunto harmônico que funciona sem conflitos e contradições. Assim como a
natureza possui as suas leis próprias de movimento que expressam contradições naturais,
34
a sociedade humana também possui as suas leis contraditórias. Porém, aqui uma coisa
precisa ficar muito bem estabelecida para que equívocos não sejam cometidos. Uma coisa
é compreender as leis naturais de funcionamento do mundo natural, outra totalmente
diferente é compreender as leis contraditórias de funcionamento da sociedade, que são na
sua essência, o resultado de relações históricas e sociais produzidas pela humanidade ao
longo dos tempos.
Do ponto de vista da concepção materialista histórico dialético, adotada por este
Projeto Político Pedagógico, é preciso destacar que na origem, a contradição fundante de
onde deriva todas as demais formas de contradições, encontra-se na esfera da produção,
ou seja, na divisão entre os proprietários privados dos meios de produção e os
trabalhadores, donos apenas da sua força de trabalho. Esta contradição não é e não pode
ser interpretada como natural. Ela foi produzida e vem perpetuando-se na história da
humanidade, depois do surgimento da propriedade privada, quando o modo de produção
escravista, superou as relações sociais de produção, existentes nas comunidades
primitivas, ou seja, não havia propriedade privada, uma vez que todos os modos de
produção eram coletivos.
Com a transformação do modo de produção feudal para o modo de produção
capitalista, não obstante as mudanças ocorridas na esfera da produção e nas demais
esferas da vida social, o fato concreto é que antagonismo de classe permaneceu intacto.
Ou seja, a sociedade ainda se divide concretamente entre os produtores diretos, os
trabalhadores e os exploradores do trabalho dos trabalhadores, os donos do capital. Este é
um dos aspectos mais fundamentais que a escola pública vem negligenciando na educação
dos seus alunos que são constituídos quase que totalmente por filhos de trabalhadores e
trabalhadores alunos.
7.3.4. Professor
O professor é o profissional trabalhador (servidor público), com a incumbência e a
responsabilidade de organizar e assegurar a transmissão dos conteúdos científicos,
artísticos e filosóficos, bem como outros conhecimentos que a escola deve proporcionar e
socializar aos seus educandos.
Quando se enfatiza a responsabilidade e o compromisso do professor trabalhador,
não significa dizer que não se deve cobrar e exigir também a responsabilidade e o
compromisso dos alunos, dos pais/mães e demais funcionários da escola. Seja de sala de
35
aula, da orientação ou da direção, pode-se dizer que o professor é (ou deveria ser), na
expressão de Gramsci, o intelectual orgânico especializado, com a competência de mediar
a efetivação do processo ensino/aprendizagem.
Nesse sentido, a atividade profissional do professor está permeada por duas
características principais. De um lado, deve possuir o compromisso político, no sentido de
que é um sujeito que age e com a sua ação pode contribuir na formação de novas formas
de pensamento (não alienado). De outro, deve possuir competências técnicas, no sentido
de dominar as especificidades inerentes de sua área de atuação. Se o professor conseguir
conjugar essas duas características, aumentam as possibilidades deste profissional da
educação realizar de modo adequado o processo de objetivação/apropriação que constitui
a essência do processo ensino/aprendizagem que se realiza na escola.
Na sala de aula,
[...] existe sempre a possibilidade da realização de um pedagógico que parta do
senso comum não para justificar o conformismo com a ideologia hegemônica,
mas para explicitar razões que caminhem na direção histórica de se construir uma
nova concepção de mundo, condizente com os interesses da maioria e não com os
de uma classe exploradora. Com isto quero dizer que, no concreto pedagógico de
uma sala de aula, não há como não reconhecer, pode travar-se um combate de
ideias. Isto é possível porque, fora da sala de aula, este combate está sendo
travado. Não tenho a ilusão de que as ideias constituem-se no motor da história,
mas não tenha a ingenuidade de pensar que a luta não ocorra também aí.
(SANFELICI, 1986, p. 92-93).
Eis, aqui, portanto, uma lição essencial que praticamente todos os professores das
escolas estatais deveriam aprender, para, depois de preparados, quem sabe poderem
transmitir para os seus alunos na sala de aula. Não resta dúvida de que a sala de aula tanto
pode ser espaço que induz a um conformismo generalizado, de acordo com os padrões,
normas e valores alienantes da sociedade burguesa, como também pode ser espaço de
disputas de idéias e de reflexões que pelo menos apontem na perspectiva da superação das
relações individualistas e competitivas, criando as condições e aplainando o terreno para
constituição de práticas que tenham como eixo estruturador as relações baseadas na
cooperação e na valorização e fortalecimento do coletivo.
Diante do exposto os professores trabalham com metodologias que possibilitam
aos alunos a socialização do saber sistematizado, de forma critica e reflexiva, para que o
educando se torne um cidadão autônomo, um agente de transformação da sociedade.
36
7.3.5. Aluno
Um dos maiores problemas na relação professo-aluno, consiste exatamente no fato
do profissional da educação não compreender (ou não querer compreender) o educando
como um ser concreto. Ao idealizar um determinado modelo de aluno enquadrado
segundo certos padrões e normas sociais preestabelecidas, o professor nega, ignora ou
relega ao segundo plano, a existência ali diante de si, de um ser humano que nada mais é
do que o conjunto das relações e mediações socioeconômicas, políticas, culturais,
ideológicas, religiosas, entre outras determinações e influências das diversas esferas da
vida social, onde o sujeito se forjou e foi forjado.
A escola pública não pode fazer com o aluno a mesma coisa que a fábrica do
modelo fordista teylorista, fazia com o trabalhador: ele entra na industria mas deixava o
cérebro do lado de fora. Para aquele padrão de controle de trabalho, o trabalhador não
necessitava pensar, mas apenas executar sem questionamentos os movimentos repetitivos
segundo a divisão social do trabalho que estava enquadrado. Talvez o comparativo seja
um tanto desproporcional, mas ele serve para provocar uma reflexão crítica no interior da
escola, sobre até que ponto os professores e os demais profissionais não estão exigindo
alunos que se limitam apenas a executarem, sem críticas e questionamentos, as tarefas
repetitivas que são repassadas pelos professores.
Já foi explicitado linhas acima que os professores precisam conhecer os seus
alunos. Isso é muito importante, não só para respeitar a singularidade de cada aluno, cada
um deles com características, necessidades e subjetividades próprias. Esta singularidade,
porém, é muito importante deixar isto claro, embora tenha evidentemente uma base
biológica, não é de modo algum determinada por aspectos e características biológicas
hereditárias, transmitida de pais para filho. A singularidade objetiva e subjetiva de cada
pessoa é uma produção social, que se faz a partir das condições materiais objetivas de
existência.
Em outras palavras, Leontiev explicita exatamente isto quando cita Marx:
Todas as suas (Trata-se do homem) relações humanas com o mundo, a visão, a
audição, o olfato, o gosto, o tacto, o pensamento, a contemplação, o sentimento, a
vontade, a atividade, o amor, em resumo, todos os órgãos da sua individualidade
que, na sua forma, são imediatamente órgãos sociais, são no seu comportamento
objetivo ou na sua relação com o objetivo a apropriação da realidade humana
(1978, p. 268).
37
Por isso, se este ou aquele aluno, é desta ou daquela maneira, com estas ou aquelas
características, atitudes e comportamentos, é muito importante ter claro que ele não é
outra coisa se não uma expressão da realidade social onde vive e esta inserido. Quando se
trata de aluno “problema” ou com “dificuldade de aprendizagem”, por exemplo, as
atividades desenvolvidas pela escola, pode reforçar essas características ou efetivamente
contribuir para modificar a situação desses alunos que são estigmatizados.
7.3.6. Concepção de Infância e Adolescência
O ensino fundamental de nove anos passa, a partir do ano letivo de 2012, a ser
ofertado de forma simultânea em todos os Colégios da rede estadual do Paraná. É
fundamental ressaltar que a concepção de infância ganha importância em todos os
encontros / reuniões pedagógicas realizadas tanto no NRE como, e principalmente nas
escolas. Esta relevância não se reduz apenas ao plano teórico, mas também a prática
pedagógica dos professores, pedagogos, funcionários e toda a comunidade escolar,
englobando a necessidade de repensar desde as estruturas físicas, quanto proposta
curricular, encaminhamentos metodológicos e avaliativos.
Neste sentido, torna-se imprescindível compreender a concepção de criança e seus
direitos fundamentais, conforme o ECA - artigos 1º, ao 24º, Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Brasileira, LDB 9394/96 e Diretrizes para o Ensino Fundamental de nove anos,
é necessario nortear os “conceitos de ensino, aprendizagem e desenvolvimento , a seleção
de conteúdos, a avaliação, a organização de espaços e tempos com atividades
desafiadoras, enfim, o planejamento do trabalho organizado não apenas pelo professor
mas por todos os profissionais da instituição”( Ensino Fundamental de nove anos,
orientações pedagógicas para os anos iniciais pag. 10, SEED, Curitiba 2010).
Segundo o historiador francês Airés até a Idade Média ainda não existia um
conceito de criança, ou seja, uma definição sobre o sentimento de infância como uma
etapa da vida humana, isto é uma etapa que tem características próprias e necessidades.
Ainda, segundo Airés, foi no final da Idade Média que esse conceito passou a ser
pensado, a infância passou a ser vista como uma fase de ingenuidade e fragilidade. Até
então a infância não existia. Há relatos de alguns historiadores que definem a infância até
38
a Idade Média como não existente.as crianças da época não eram consideradas como
pessoas em formação, mas sim como coisas, muitas morriam por falta de afeto, carinho,
amor e alimentação, apenas após completarem 7 anos é que os pais passavam a considerá-
las como membros da família e a dar algum carinho, pois já estariam mais fortes.
Assim pode-se afirmar que a concepção de infância é uma construção histórica e
que a partir do século XVIII a concepção de infância passa pelo disciplinamento e
moralidade sendo especificamente regido pela Igreja e Estado. A criança passa a ser vista
como um adulto em miniatura, alguém que precisa ser disciplinado e moralizado para se
tornar um adulto correto, essa concepção norteia também o século XIX auge do
capitalismo industrial.
Segundo Kramer(1995) a infância se diferencia conforme a posição da criança e
de sua família na estrutura socioeconômica em que se inserem. Assim o conceito de
infância não é homogêneo, ou melhor, uma criança é diferente da outra devido ao meio
social, e esta sujeita a processos desiguais de socialização e condições de vida. A escola
tem aqui seu papel primordial de reconhecer as diferenças e a partir desta trabalhar os
conhecimentos sistematizados acumulados pela humanidade, ou seja conhecimentos
historicamente construídos respeitando a singularidade da infância.
Assim o Colégio Orso, compreende a concepção de criança e adolescente como
uma etapa da vida humana, uma construção social, que supera todas as concepções até
então de caráter inatistas, pois, compreendemos que a aprendizagem se constrói na
interação com o social, e esta não está condicionada pela maturação biológica.
Para Vygotsky(2007), o desenvolvimento humano privilegia a interação com os
demais seres na formação da inteligência e das características essencialmente humanas .
Revisitando Vygotsky podemos concluir que é de suma importância analisar criticamente
o contexto social de nossos alunos para que possamos compreender com que criança
estamos trabalhando, quais suas necessidades e como possibilitarmos que todas as nossas
crianças, adolescentes se apropriem dos conteúdos organizados no currículo escolar. Isto é
acreditamos que todos os nossos alunos considerando sua idade/série estão na idade
socialmente reconhecida como idade para aprender e todos terão esse direito assegurados
pela comunidade escolar, conforme legislação vigente.
Desta forma, este PPP apresenta a readequação na proposta curricular para o
regime dos 09 anos e busca analisar de forma crítica o trabalho pedagógico a ser realizado
a partir do ano letivo de 2012. Estamos discutindo o processo pedagógico para essa nova
demanda nas reuniões pedagógicas e conselho de classe. Buscamos aprofundamento
39
teórico metodológico em referenciais teóricos, legislação, bem como, experiências
práticas, abordadas por professores do Ensino Fundamental das séries iniciais.
O conhecimento adquirido através desses encontros, nortearam a prática pedagógica
dos professores e estabelece a proposta de concepção de infância/adolescência como
historicamente situada. Também define que a escola assegurará a igualdade de acesso dos
alunos a uma base nacional comum, e sua parte diversificada sendo esta na disciplina da
LEM( inglês) Conforme o art. 33 da LDB e CLDB, art 9º parecer CEB 04/98, p. 7.
7.3.7. Escola
No que se refere a instituição escolar (surgimento, evolução e sua importância no
processo de transformação social) é necessário compreendê-la numa perspectiva de
totalidade sempre contraditória e em movimento. O surgimento da educação formal
correspondeu a uma nova necessidade educacional imposta pelo estabelecimento das
primeiras sociedades classistas. Nestas sociedades, os membros da classe detentora do
poder passaram a receber uma educação diferenciada, que era o ensino escolar formal. Por
sua vez, aqueles que pertenciam às classes exploradas eram educados no próprio processo
produtivo, ou seja: “o povo se educava no próprio processo de trabalho. Era o aprender
fazendo. Aprendia lidando com a realidade, aprendia agindo sobre a matéria,
transformando-a” (SAVIANI, 1994. p. 153).
O processo de constituição do modo de produção capitalista, que deslocou massas
inteiras da população não somente das oficinas artesanais para as fábricas, mas, também
dos campos para a cidade, colocou novas necessidades sociais, dentre elas, a de uma
educação formal que fosse capaz de dar conta das exigências impostas pelo novo período
histórico. Desde cedo as novas classes sociais do capitalismo colocaram-se em luta por
uma educação que fosse capaz de instruí-los, em conformidade com as exigências do
novo tempo que estava surgindo. “Esta será, apesar de suas contradições, uma
característica comum aos povos que se rebelaram contra a Igreja de Roma. Justamente
dele surgirá (…) a iniciativa mais avançada de novos modelos de instrução popular e
moderna” (MANACORDA, 1997, p. 194).
Destacaram-se, nas reivindicações por uma educação voltada para os interesses da
nova ordem social, os movimentos reformadores e heréticos. Estas exigências, que eram
40
encucadas na consciência das camadas populares enquanto uma necessidade religiosa, na
verdade assentavam-se em princípios econômicos e políticos, pois:
se a necessidade de ler as Sagradas Escrituras e a capacidade de cada um
interpretar a palavra divina nelas contida está na fase desta nova exigência da
cultura popular, é porém o desenvolvimento das capacidades produtivas e a
participação das massas na vida política que exigem este processo
(MANACORDA, 1997, p. 1998).
Com as mudanças políticas ocorridas na sociedade burguesa, onde as relações
entre os homens se desnaturalizam e passam a ser regidas por leis “construídas” a partir
de um “contrato social”, surge a necessidade de instrumentalizar o povo para esta nova
forma de relação entre os seres humanos. Este acontecimento contribuiu para que a nova
classe dominante vislumbrasse na extensão da educação formal até os setores populares,o
instrumento capaz de oportunizar ao conjunto da população os conhecimentos e valores,
que possam ser “úteis” à nova ordem social.
A função da educação, enquanto instrumento de preparação das pessoas para os
exercícios das atividades políticas, é explicada por um intelectual do século XVI:
antes de tudo uma cidade, sejam instruídas: engana-se gravemente, de fato, quem
pensa que sem instrução possa adquirir-se uma sólida virtude e ninguém é
suficientemente idôneo para governar as cidades sem o conhecimento daquelas
letras que contêm o critério do governo de todas as cidades (MELANCHTON
apud MANACORDA, 1997, p. 198).
Como já apontado, a necessidade de se estabelecer expandir uma nova educação,
além, das motivações políticas também se deu por razões técnicas, impostas pelo
desenvolvimento do processo produtivo. Quando o antigo artesão foi arrancado de sua
corporação e introduziu na fábrica, que tem na ciência moderna uma de suas maiores
forças produtivas, também se viu expropriado de seu pequeno conhecimento. Com o
avanço do capitalismo para praticamente todos os cantos do mundo, surge a necessidade
de expandir a indústria, o que ocorre mediante o desenvolvimento da ciência e da
tecnologia. Tal conhecimento levou à substituição cada vez mais rápida dos instrumentos
e dos processos produtivos e, com isto, impõe-se a necessidade de trabalhadores
41
razoavelmente instruídos, capazes de acompanhar o dinamismo dos novos
empreendimentos.
Diante da exigência imposta pelo próprio processo de desenvolvimento das
relações de produção capitalista,
(...) filantropos, utopistas e até os próprios industriais são obrigados, pela
realidade, a se colocarem o problema da instrução das massas operárias para
atender às novas necessidades da moderna produção de fábrica: em outros
termos, o problema das relações instrução-trabalho ou da instrução técnico-
profissional, que será um tema dominante da pedagogia moderna.
(MANACORDA, 1997, p. 272).
É sobre esse conjunto de transformações e necessidades técnicas e políticas que a
burguesia industrial propõe, nos países capitalistas centrais, a generalização da educação
escolar.
No Brasil, a Pedagógia Histórico-crítica tem buscado se afirmar numa perspectiva
marxista. Atualmente encontram-se colocados diversos entendimentos sobre quais são as
necessidades educativas e que função deve cumprir o trabalho educacional escolar. De um
lado, encontram-se aqueles que atribuem à escola a responsabilidade de amenizar as
desigualdades sociais e, de outro, os que procuram denunciá-la como mecanismo de
legitimação do “status quo”. Em ambos os casos, a história é sacrificada. “No primeiro
caso, sacrifica-se a história na idéia em cuja harmonia se pretende anular as contradições
do real. No segundo caso, a história é sacrificada na reedificação da estrutura social em
que as contradições ficam aprisionadas” (SAVIANI, 1983, p.35).
Este mesmo autor (1992), ao tratar da função da escola básica, afirma que:
(...) a escola é uma instituição cujo papel consiste na socialização do saber
sistematizado. (…) não se trata pois, de qualquer tipo de saber. Portanto, a escola
diz respeito ao conhecimento elaborado e não ao conhecimento espontâneo; ao
saber sistematizado e não só saber fragmentado; à cultura erudita e não à cultura
popular. Em suma, a escola tem a ver com o problema da ciência. Com efeito,
ciência é exatamente o saber metódico, sistematizado (p.21).
Este compromisso da educação torna-se ainda mais premente quando a escola
encontra-se voltada para as camadas populares, para os quais o domínio da cultura
42
constitui instrumento indispensável para iluminar a sua ação política. Numa sociedade
classista, os conhecimentos produzidos pelos embates travados pela humanidade ao longo
da história, são apropriados pela classe hegemônica e colocados a serviço de sua
dominação. Desta forma, o principal conhecimento ensinado pelo educador deve ser os
conteúdos culturais universais, os quais estão permanentemente sendo reavaliados pela
realidade social. Mas para uma escola comprometida com o processo de transformação:
Não basta que os conteúdos sejam apenas ensinados, ainda que bem ensinados: é
preciso que se liguem, de forma indissociável, à sua significação humana e social.
Essa maneira de conceber os conteúdos do saber não estabelece oposição entre
cultura erudita e cultura popular, ou espontânea, mas uma relação de
continuidade em que, progressivamente, se passa da experiência imediata e
desorganizada ao conhecimento sistematizado (LIBÂNEO, 1990, p. 39).
O saber sistematizado, que foi e continua sendo produzido a partir dos embates
travados pela humanidade na busca incessante de produzir as suas necessidades históricas,
nas sociedades classistas, tem sido apropriado pelos detentores do poder e colocados a
serviço de sua dominação de classe. Para uma educação comprometida com um processo
transformador e, portanto, com os interesses da maioria da população, a atividade nuclear
da escola deve ser a socialização do saber sistematizado, o qual é indispensável para que
cada um possa ser sujeito de seu tempo, pois: “o dominado não se liberta se ele não vier a
dominar aquilo que os dominantes dominam. Então dominar o que os dominantes
dominam é condição de libertação” (SAVIANI, 1983, p. 59).
Para tanto, o trabalho do educador comprometido com um projeto de
transformação social, deve estar norteado pelos conhecimentos científicos, os quais
devem ser transmitidos de forma viva e atualizada, servindo para problematizar a
realidade vivida por educadores e educandos. Neste sentido, uma educação comprometida
com a emancipação deve mediar a relação de conhecimentos científicos com a prática
social, onde o indivíduo, munido teoricamente, possa se ver como participante da
sociedade e como agente capaz de transformá-la. Isto é possível, pois a escola “(...) ainda
que elemento determinado, não deixa de influenciar o elemento determinante, ainda que
secundário, nem por isso deixa de ser instrumento importante e por vezes decisivo no
processo de transformação da sociedade”(SAVIANI, 1983, p. 69).
43
Uma “educação para além do capital” (2005) como propõe Mészáros, precisa lutar
não só contra a tentativa de descaracterização da vaidade do Método Materialista
Histórico Dialético na educação, como também contra todas as formas e processos de
internalização capitalista responsáveis pela difusão e incucação das ideologias da classe
dominante, que tanto pode ser efetivado através da educação forma como também em
outros espaços e por outros meios existentes e utilizados com tais finalidades.
7.3.8. Educação
A educação é um processo social que tem por finalidade imprimir/transmitir às
crianças os legados culturais produzidos pelos homens, através do trabalho e das demais
atividades sociais ao longo da história da humanidade. Quando as crianças chegam no
mundo da cultura, a única aptidão inata que elas trazem é a aptidão para adquirirem outras
aptidões que são especificamente humanas (linguagem, memória, consciência,
pensamento, emoções, sentimentos, etc.).
Por isso, ao contrário do que comumente se pensa, com as crianças não ocorre o
processo de adaptação, da mesma forma que acontece com os animais. Se os animais
simplesmente adaptam-se a natureza, a partir dos processos biológicos evolutivos,
segundo as características particulares de cada espécie e das condições proporcionadas
pelo meio ambiente, as crianças necessitam apropriarem-se dos instrumentos, dos objetos,
dos signos e fenômenos existentes ao seu redor.
O processo principal que caracteriza o desenvolvimento psíquico da criança é um
processo específico de apropriação das aquisições do desenvolvimento das
gerações humanas procedentes. Estes conhecimentos adquiridos, diferentemente
dos do desenvolvimento filogenético dos animais, não se fixam
morfologicamente e não se transmitem por hereditariedade (LEONTIEV, 1978, p.
320).
Além da apropriação, outro princípio da Psicologia Histórico-Cultural, demonstra
que o processo de apropriação das crianças não ocorre sem a mediação das pessoas mais
experientes, não só adultas, mas inclusive de outras crianças com níveis de
desenvolvimento mais adiantados. Leontiev, utiliza-se de uma metáfora para exprimir a
importância da mediação no processo educacional, seja na educação social ou na
educação escolar.
44
Se o nosso planeta fosse vítima de uma catástrofe que só pouparia as crianças
mais pequenas e na qual pereceria toda a população adulta, isso não significaria o
fim do gênero humano, mas a história seria inevitavelmente interrompida. Os
tesouros da cultura continuariam a existir fisicamente, mas não existiria ninguém
capaz de revelar às novas gerações o seu uso. As máquinas deixariam de
funcionar, os livros ficariam sem leitores, as obras de arte perderiam a sua função
estética. A história da humanidade teria de recomeçar (LEONTIEV, 1978).
Na mesma direção, outro princípio fundamental da Psicologia Histórico-Cultural
que precisa ser apreendido e compreendido, principalmente pelos professores, em toda a
sua dimensão e complexidade, diz respeito a formação dos sistemas cerebrais complexos.
A criança não nasce com órgãos aptos a realizar de repente as funções que são
produto do desenvolvimento histórico dos homens e se desenvolvem no decurso
da vida pela aquisição da experiência histórica. Os órgãos destas funções são
sistemas cerebrais funcionais (órgãos fisiológicos móveis do cérebro) (…) que se
formam no decurso do processo específico da apropriação, descrito mais acima
(LEONTIEV, 1978. p. 324).
Na formação dos sistemas funcionais cerebrais, portanto, a linguagem, outro
princípio essencial da Psicologia Histórico-Cultural, ocupa uma função fundamental na
formação e desenvolvimento desses órgãos cerebrais especializados, que são responsáveis
por funções específicas, mas totalmente articuladas e conectadas com o todo do sistema
cerebral global.
Ao aprender atividades complexas com objetos, corrigindo seu próprio
comportamento através de relações sociais e adquirindo sistemas linguísticos
complexos, as crianças são levadas, invariavelmente, a desenvolver novas
motivações, criar novas formas de atividade consciente e propor novos
problemas. A criança substitui suas brincadeiras iniciais de manipulação por
outras que envolvem temas e papéis inéditos. Aparecem então regras socialmente
condicionadas para essa brincadeiras que se tornam regras de comportamento.
Sob a influência da linguagem dos adultos, a criança distingue e estabelece
objetivos pra seu comportamento: ela repensa as relações entre os objetos: ela
imagina novas formas de relação criança-adulto. (LURIA, 1990, p. 25).
45
Nessa perspectiva teórica, o cérebro deve ser compreendido como um sistema
global aberto e flexível. Quanto maiores e de melhores qualidades forem as impressões e
representações, enviadas ou captadas do mundo exterior que chegam até o “cérebro
conhecedor”, para utilizar uma expressão de Marx, mais conexões neoronais serão
desencadeadas e, com isso, mais plasticidade cerebral, aumentando consequentemente as
possibilidades do cérebro conhecedor alargar quantitativamente e qualitativamente os
conhecimentos apropriados.
Além desses princípios, também é fundamental compreender o conceito de nível
de desenvolvimento atual e zona de desenvolvimento próximo, formulada por Vigotski e
exposta aqui por Duarte.
(…) o desenvolvimento que parte da colaboração mediante a imitação é a fonte
de todas as propriedades especificamente humanas da consciência da criança. O
fator principal é constituído pelo desenvolvimento baseado no ensino. Por
conseguinte, o aspecto central para toda a psicologia do ensino apóia-se na
possibilidade de elevar-se mediante a colaboração a um grau intelectualmente
superior, na possibilidade de passar com a ajuda da imitação do que a criança é
capaz de fazer ao que não é capaz. Nisto se baseia toda a importância do ensino
no desenvolvimento e isso é o que constitui na realidade o conteúdo do conceito
de zona de desenvolvimento próximo (2001, p. 205).
Prossegue Duarte, citando Vigostki;
A imitação, se a interpretamos no sentido amplo, é a forma principal pela qual é
levada a cabo a influência do ensino sobre o desenvolvimento. O ensino da
linguagem, o ensino na escola, se baseia em alto grau na imitação. Porque na
escola a criança não aprende a fazer o que é capaz de fazer por si mesma, mas
sim a fazer o que é todavia incapaz de realizar sozinha, porém, está a seu alcance
em colaboração com o professor e sob sua orientação. O fundamental no ensino é
precisamente o novo que aprende a criança. Por isso, a zona de desenvolvimento
próximo, que determina o campo das gradações que estão ao alcance da criança,
resulta ser os aspectos mais determinante no que ser refere ao ensino e ao
desenvolvimento. (2001, p. 205).
Ainda de acordo com Duarte,
(…) a zona de desenvolvimento próximo é constituída por aquilo que a criança,
num determinado momento, não faz sozinha, mas o faz com a ajuda de outros,
46
inclusive e principalmente do professor. É por isso que para Vigotski o único
bom ensino é o que atua no âmbito da zona de desenvolvimento próximo. Aquilo
que a criança faz sozinha, mas no passado só fazia com ajuda, já foi interiorizado
e foi incorporado ao nível de desenvolvimento atual (2001, p. 206).
Com isso, Duarte demonstra que:
Começa-se a ensinar a criança a escrever quando todavia não possui todas as
funções que asseguram a linguagem escrita. Precisamente por isso, o ensino da
linguagem escrita provoca e implica o desenvolvimento dessas funções. Esta
situação real se produz sempre que a instrução é fecunda. (…) Ensina a uma
criança quilo que é incapaz de aprender é tão inútil como ensinar-lhe a fazer o
que é capaz de realizar por si mesma. Duarte ainda acrescenta: Note-se nessa
citação o exemplo da alfabetização, onde Vigotski mostra claramente que o que
provoca o desenvolvimento da criança é o fato desse conteúdo da aprendizagem
exigir dela, criança, a utilização de capacidades que ainda não estão formadas
porque ainda estão na zona de desenvolvimento próximo. Se a alfabetização
trabalhasse apenas com aquilo que já está formado, se ela não apresentasse à
criança exigências que não são podem ser por ela atendidas naturalmente, então
essa aprendizagem se limitaria ao nível de desenvolvimento atual (2001, p. 97).
Nesta perspectiva, é indispensável que o professor saiba, principalmente no início
do ano letivo, em cada disciplina, que é o nível médio de desenvolvimento atual da turma.
Isso é fundamental para se estabelecer uma graduação que vai constituir a zona de
desenvolvimento próximo da sala. Dentro desta graduação, existem situações e
características específicas que precisam se consideradas no preparo das aulas e dos
arranjos pedagógicos. No entanto, isso ainda não é tudo, uma vez que mesmo dentro da
graduação da zona próximo da turma, pode existir alunos consideravelmente abaixo ou
acima que irão necessitar de uma atenção especial. Esta atenção deve ser tanto do
professor de sala como da escola como um todo.
Diante disso, para que a educação escolar possa melhor contribuir no processo
educacional dos seus educandos, inclusive daqueles com deficiência, aparentemente com
dificuldades de aprendizagem e desenvolvimento, é fundamental que o professor saiba
quem é o aluno. É indispensável que o professor conheça de seu aluno: às condições
sociais e econômicas, as pessoas com quem se relaciona e a qualidade dessas relações,
bem como as situações de aprendizagem que já vivenciou. No entanto, este é apenas o
primeiro passo para o educador conhecer o seu aluno. Não basta conhecer quem é o aluno
para definir a sua concreticidade, pois, “(…) conhecer a concreticidade do indivíduo não
47
se limita, para o caso da atividade educativa, ao conhecimento do que ele é, mas também
ao conhecimento do que pode vir a ser” (DUARTE, 2001 p. 22).
De acordo com as investigações de Leontiev, se no decorrer do processo de
formação das operações mentais superiores das crianças, preocupações com o ensino
como essas apontadas anteriormente, não forem levadas em conta, as estruturas cerebrais
funcionais responsáveis por áreas específicas, podem se formarem de modo inadequado
ou nem mesmo se formarem.
Evidentemente que esta intervenção no processo de formação de operações
mentais deve ter lugar no devido tempo, pois se não se percorrer uma dada etapa
da formação de um dado processo esta não se forma corretamente (a não ser por
vezes, de modo absolutamente fortuito), ele não pode desenvolver-se
normalmente, daí resultando a impressão de estarmos perante uma deficiência
mental na criança, impressão sem fundamento na realidade (LEONTIEV, 1978,
p. 330).
De acordo com as investigações de Leontiev, se no decorrer do processo de
formação das operações mentais superiores das crianças, preocupações com o ensino
como essas apontadas anteriormente, não forem levadas em conta, as estruturas cerebrais
funcionais responsáveis por áreas específicas, podem se formarem de modo inadequado
ou nem mesmo se formarem.
Evidentemente que esta intervenção no processo de formação de operações
mentais deve ter lugar no devido tempo, pois se não percorrer uma dada etapa da
formação de um dado processo este não se forma corretamente (a não ser por
vezes, de modo absolutamente fortuito), ele não pode desenvolver-se
normalmente, daí resultando a impressão de estarmos perante uma deficiência
mental na criança, impressão sem fundamento na realidade(LEONTIEV, 1978, p.
330).
Uma das principais divergências entre a teoria de Piaget e a teoria de Vigostski,
consiste exatamente na definição do que vem primeiro, se o aprendizado ou o
desenvolvimento. Para a psicologia genética de Piaget, primeiro a criança se desenvolve,
amadurece pra depois aprender. Para Vigotski, é justamente o contrário, o bom é aquele
que se adianta e proporciona o aprendizado e o desenvolvimento.
48
Segundo síntese elaborada por Tuleski, é muito importante que os professores
tenham clareza que o cálculo, a leitura e a escrita são habilidades culturais, adquiridas
pelo ensino sistematizado, portanto, não-inatas; sua apropriação depende de uma relação:
ensino-aprendizagem que promove a formação dos sistemas funcionais. Quando
pensamos em dificuldade DE APRENDIZAGEM, o fenômeno é enfocado sob o prisma
unicamente do aluno, do aprendiz de seu ambiente restrito familiar ou em seu organismo,
numa visão ambientalista ou inatista; Problemas de escolarização obriga a pensar a
constituição multilateral tanto do aprender como do não-aprender em relação como
ensinar e o não-ensinar, ou seja, a totalidade do fenômeno que vai além , inclusive, das
relações unicamente intraescolares; A opção da psicologia histórico-cultural nos proíbe
pensar os fenômenos de maneira fragmentada, pois ao compreender o homem como
HISTÓRICO, não o vê como refém da maturação neuronal ou de estruturas biológicas
herdadas (TULESKI, 2006).
Pode-se portanto, dizer que educação social/escolar é processo de humanização. É
através da educação que as crianças são retiradas do seu estado puramente
natural/biológico e são gradualmente introduzidas no mundo humanizado, na medida em
que vão apropriando-se dos instrumentos, objetos, signos e fenômenos produzidos ao
longo da história.
Como processo que envolve inúmeras relações e mediações, a educação, seja ela
social ou escolar, não é neutra das determinações econômicas, sociais, políticas, culturais,
ideológicas, religiosas, entre outras esferas da vida social.
Quando crianças chegam na escola, elas já trazem um repertório de conhecimentos
que foram adquiridos nas diversas atividades sociais em que participaram. O papel
específico da escola consiste em retirá-las desse nível de aprendizagem e
desenvolvimento e introduzi-las no mundo dos conhecimentos sistematizados,
possibilitando o acesso aos níveis mais elevados, mais ricos e enriquecedores da cultura
humana. Só se forma cidadãos verdadeiramente criativos e com autonomia de
pensamento, quando se garante aos alunos matriculados na escola, tudo aquilo que tem de
mais elaborado em termos de conhecimentos.
Reforçando alguns aspectos, é importante fazer uma distinção entre a educação
escolar formal e a educação não formal, a educação social que se adquire noutros espaços
(famílias, igrejas, clubes, sindicatos, associações, grêmios, etc.).
A educação formal, ofertada nas instituições de ensino, tem a responsabilidade
primeira de lidar com os conhecimentos sistematizados, organizados em áreas
49
especializadas que abarcam recortes específicos (história, geografia, matemática,
filosofia, etc.). Quando a instituição escola não compreende ou perde esta dimensão
social, ela corre o sério risco de ser transformada apenas em mais um espaço de
convivência e socialização das crianças, jovens e adultos.
A concepção de educação deve estar intimamente amarrada com a concepção de
mundo, de sociedade, de escola, de professor e de aluno. De ponto de vista deste Projeto
Político Pedagógico, a educação de modo social mais amplo, mas sobretudo aquela
socializada na escola pública, deve ser compreendida como processo que tem como
atribuição introduzir gradualmente as crianças no mundo da cultura.
Cada criança, quando chega no mundo, com o seu aparato estritamente biológico,
precisa receber uma espécie de segunda personalidade. Mas esta segunda personalidade
só pode ser constituída por meio da educação social e escolar. Por isso, a educação deve
ser compreendida como processo social especificamente humano.
Mesmo nos dias de hoje, ainda persiste uma certa confusão entre educação e
adestramento. Muitas vezes, equivocadamente se ouve falar em educação de animais. Os
animais são adestrados e não educados. O máximo que se consegue com o adestramento
dos animais é um certo condicionamento, por meio de comandos mecânicos repetitivos.
Mesmo assim, os animais permanecem presos nas amarras biológicas restritivas.
O animal, inclusive o mais inteligente, não é capaz de desenvolver suas
faculdades intelectuais mediante a imitação ou o ensino. Não pode assimilar nada
basicamente novo em comparação com o que já possui. É capaz de aprender
unicamente mediante o adestramento. Neste sentido, cabe dizer que o animal não
pode ser ensinado em absoluto, se interpretamos o ensino no sentido específico
que tem para o homem (VIGOTSKI, citado por Duarte, 2001. p. 205).
Com a educação é totalmente diferente. Quando as crianças estabelecem relações
sociais mediadas por instrumentos, objetos e signos, elas vão cada vez mais se
distanciando das características puramente biológicas e adquirindo características
especificamente humanas (linguagem, pensamento, consciência, memória, emoções,
sentimentos, etc.). Sem a intervenção da educação social e escolar, as crianças
permaneceriam eternamente crianças, presas e dominadas pelos seus instintos meramente
biológicos.
50
É, pois, pela educação que as crianças aprendem hábitos, valores morais,
sentimentos de amor, de ódio, de gosta e amar, entre outros. Se não fosse a educação as
crianças não aprenderiam realizar as atividades escolares, as atividades domésticas, as
atividades de higiene pessoal e, principalmente, as atividades produtivas criadoras que
possibilitam o surgimento da sociabilidade humana.
8. DIVERSIDADE EDUCACIONAL E DESAFIOS EDUCACIONAIS
CONTEMPORÂNEOS
A escola não esta isolada, cercada por muralhas não está só inserida na sociedade
isto é, a sociedade com suas múltiplas determinações, cultura e influências que está na
escola, assim, a escola é lugar de formar mentes, formar cidadãos e cidadãs emancipados
com conhecimentos. Não cabe a escola fazer julgamento de valores, nem tão pouco ditar
normas discriminatórias ou excludentes, a função da escola é social de conhecimento
qualificado e reflexivo. Portanto, a escola como já visto, vai além do conhecimento
formal, pois não pode negar a realidade, o momento histórico da qual faz parte assim, é
necessário o novo posicionamento dos professores, enfim da escola em relação aos
desafios que se opõem a educação, desafios estes que são chamados no momento de
Desafios Educacionais Contemporâneos. “tais desafios trazem a inquietudes humanas, as
relações sociais, econômicas, políticas e culturais, levando-nos a avaliar os
enfrentamentos que devemos fazer”.(...)
Sob essa ótica a proposta para o enfrentamento aos Desafios Educacionais
Contemporâneos foram construídas no e pelo coletivo escolar, visando de forma reflexiva
dar respostas necessárias e práticas de intervenções e superações no contexto educacional.
8.1. Inclusão Educacional
Muito tem-se discutido sobre a Educação Inclusiva em nossa sociedade. A
integração e a inclusão de alunos com necessidades especiais na rede regular de ensino,
tem acontecido por várias vezes através do atendimento a leis vigentes. No entanto,
percebe-se que há inúmeras barreiras que impedem que a política de inclusão se torne
realidade nas práticas cotidianas de nossa escola.
51
Para que haja inclusão não basta apenas assegurar a matrícula do aluno em turma
regular de ensino, ou criar estruturas físicas adequadas ou mesmo estabelecer leis que
assegurem o direito à educação inclusiva aos que dela necessitam.
É preciso que tenhamos políticas educacionais que atentem para a valorização
desse aluno, enquanto indivíduo, facilitando o acesso a serviços de apoio especializado,
formação continuada dos profissionais da educação, publicação de materiais com o tema,
etc.
Ao assegurar que de fato tenhamos a prática de uma educação inclusiva que
favoreçam o aluno o Colégio Estadual José Ângelo Baggio Orso, conta com a Sala de
Recursos, com a Sala de Apoio à Aprendizagem e Projetos Especiais que visam a
promover as práticas inclusivas em nosso contexto.
Ressalta-se que as práticas inclusivas, encontram-se permeadas em todas as ações
propostas nas Propostas Pedagógicas Curriculares, deste estabelecimento de ensino.
8.2. História e Cultura Afro-Brasileira e Africana
A diversidade cultural e étnica é tratada no cotidiano escolar deste
Estabelecimento, sendo contemplada em todas as Propostas Pedagógicas Curriculares,
conforme as orientações da SEED. O respeito à diversidade étnico e cultural é referencia
em nosso estabelecimento, pois, nossos educandos pertencem a diversas etnias portanto,
há uma diversidade de costumes e consequentemente uma diferença cultural acentuada,
como polonês, alemães, italianos, comunidades do movimento sem terra, alunos do
campo, etc.
A diversidade cultural é extremamente rica e os professores através do
compromisso com a diversidade cultural, trabalham a partir da realidade do aluno.
Inserindo-os nas questões relevantes, principalmente quando, trata-se de povos
minoritários e excluídos, assim as questões relativas a cultura afro são abordadas no
contexto escolar de forma histórica e responsável.
A abordagem é voltada a ações concretas que buscam legitimar pela política de
reparação de danos do Governo Estadual dando voz e direito ao povo que por diversos
anos foram excluídos do processo de igualdade social. O respeito aos povos e a
valorização de sua cultura são apresentados aos alunos relacionadas ao cotidiano, pois,
temos muito das influências do povo negro em nossa cultura.
52
A Lei 10.639/2003 referente a História e Cultura Afro-Brasileira e Africana e as
Diretrizes Curriculares para a Educação das Relações Étnico-raciais e bem como as
demais orientações recebidas sobre a temática, são tratadas de forma contextualizada com
o objetivo de vencer as resistências dentro e fora do contexto escolar. Dessa forma os
conteúdos são trabalhados em sala e são desenvolvidas ações que propiciem o contato
com a cultura africana e afro-descendente, culminando em desfiles, exposições, mostra de
teatros e dança, por isso das quais sejam apresentadas penteados, vestimentas, adereços,
utensílios, objetos e rituais resultantes desse processo. Também serão desenvolvidas
discussões e atividades que tenham como foco a criança e o jovem negro, a sua família
em diferentes contextos sociais e profissionais, para a valorização da diversidade étnica
brasileira.
8.3. Educação Indígena (Cultura e História)
Conhecer a cultura do outro, e os processos de construção histórica de um país é
imprescindível para se poder desvendar o passado e compreender o presente e traçar os
rumos para o futuro.
Desta forma torna-se necessário o conhecimento das diversas sociedades,
enfocando a importância da Educação Indígena na formação do povo brasileiro, dado a
sua imensa contribuição para com a cultura, os costumes, a culinária, a interação
ambiental, o respeito à terra de nosso país.
Quanto a garantia de um trabalho voltado para a educação indigena o Colégio
Estadual José Ângelo Baggio Orso, contempla em todas as suas Propostas Pedagógicas
Curriculares a valorização e o resgate das origens do povo indígena do nosso país e de
nosso Estado.
8.4. Educação do Campo
A Educação do Campo ocorre não só nos espaços escolares, mas também fora
dele. O espaço escolar é onde ocorrem a sistematização, análise e síntese das
aprendizagens, porém, não se pode desconsiderar os saberes construídos na produção, na
família, na convivência social e na cultura, é na sala de aula que será o encontro destes
saberes.
53
Portanto a educação do campo deve fazer o resgate da dívida histórica do Estado
com os sujeitos do campo, que em nome de modelos pedagógicos vinculados
exclusivamente ao meio urbano, acabam ficando à margem dos planos educacionais.
Considerando a diversidade sócio-cultural da população brasileira, especialmente
aquela expressa na prática dos alunos das comunidades do campo, é que forma elaboradas
as Propostas Pedagógicas Curriculares do Colégio Estadual José Ângelo Baggio Orso.
8.5. Educação Ambiental – Agenda 21
Atualmente a preocupação com o futuro do mundo é constante, mas para que essa
preocupação não se torne apenas uma preocupação simbólica é necessária a pratica dessa,
prática efetiva pautada em conhecimento, é necessário criar no educando uma reflexão
critica, acerca das questões sociais e ambientais locais e mundiais que assolam o mundo.
Com isso espera-se que nossos alunos bem como a comunidade escolar adotem uma
postura consciente e participativa na utilização e conservação dos recursos naturais.
Nesse contexto, “a educação é vista como um dos processos do desenvolvimento
humano, responsável pelas estruturas das políticas de conhecimento, pela mudança de
mentalidades, bem como pela formação de novas identidades sociais”. (MORALES,
2008. pag. 10. in Cadernos Temáticos da Diversidade – Educação Ambiental).
A Agenda 21 é um conjunto de compromissos assumidos por 179 países, no qual
se propuseram a incorporar em suas políticas públicas, princípios capazes de conduzi-los
na construção de sociedades sustentáveis apontando também para a urgente necessidade
de um novo modelo de desenvolvimento civilizatório. Como mudar mentalidades, como
criar nova cultura de sustentabilidade? A educação é o caminho apontado na escola, estão
o futuro das comunidades, cidades e países, é na formação humana inicial, que se
encontra a solução para a grande problemática na qual o mundo se encontra hoje.
Mudar a realidade local, através da formação consciente e critica de nossos alunos
é um trabalho coletivo, de todos na escola, textos e conteúdos relacionados aos problemas
sociais, ambientais, culturais e políticos, são parte das Propostas Curriculares, bem como
estão presentes nos Planejamentos dos professores e são tratados de uma perspectiva
critica enfatizando a realidade local.
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8.6. Educação Fiscal
Para exercer a efetiva cidadania nossos alunos necessitam conhecimentos e
compreender a realidade social, os princípios, leis e encaminhamentos que são dados as
questões públicas, ou seja, políticas públicas. É preciso se inteirar, conhecer orçamentos,
propostas, saber como estão sendo empregado o dinheiro público, como os políticos
agem, exercer enfim a cidadania, pois, ser cidadão não é somente viver na cidade mas sim
viver a cidade, tomar parte, fazer parte, ter parte é a verdadeira participação efetiva,
nossos alunos precisam aprender a participar de fato.
O projeto de educação fiscal é parte integrante do momento histórico do qual
estamos vivenciando para requer o conhecimento sobre a função social dos tributos, o
desenvolvimento econômico do Estado e a distribuição justa dos recursos públicos para
todos. O aluno aprende a garantir seus direitos e praticar seus deveres para consigo
mesmo e para com a sociedade.
O tema educação fiscal é parte integral da Proposta Pedagógica e esta presente em
todas as disciplinas do Currículo Básico, ofertando no estabelecimento de ensino.
8.7. Cidadania e Direitos Humanos
Em 1988, um grande feito para a sociedade brasileira para vigorar e direcionar o
cidadão, um dos princípios básicos da vida é organizado sistematizado e implantado como
lei maior que rege o povo brasileiro, a Constituição Brasileira de 1988 é um avanço
democrático ao país. Os direitos e deveres humanos são fortalecidos a partir da sua
construção e aprovação.
Gadotti (2001), define cidadania como a consciência de direitos e deveres da
democracia a escola como cidadã, cada vez mais comprometida com a construção de uma
sociedade justa e igualitária, portanto, a escola deve proporcionar um ensino de qualidade,
buscando a formação de cidadãos livres, conscientes, democráticos e participativos.
Assim, a escola estará promovendo a transformação, pois, além da escola, ensinar o
conhecimento científico estará preparando para o exercício da cidadania.
A formação política reflexiva é fator importante, merece destaque no ambiente
escolar, conhecer a realidade e suas raízes históricas, bem como promover a democracia,
a participação na escola, ensinará o exercício da democracia e ela própria e os agentes
envolvidos fazerem uso da democracia.
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A escola é o local de debates, de formação de idéias, de valores de atitudes, enfim
de difusão de saberes e conhecimento, é na escola que estão as crianças e os jovens. Nesse
sentido, é importante citar Oliveira (2008). A juventude não é apenas um recorte de idade,
tampouco um estado de espírito. Temos e sabemos de juventude, garotos e garotas,
trabalhadores, moradores das prefeituras, jovens do campo, índios, negros, artistas,
moradores de rua, militares, políticos, filhinhos de papai, filhos de ninguém, excluídos,
pervertidos, revoltados, inconformados, batalhadores... ou nem tanto, e por aí em diante.
A representação dessas tantas e tão diversas juventudes nos traz a primeira certeza: a de
que elas existem e de que precisam ser reconhecidos, compreendidas, valorizadas e
apoiadas.
Nessa perspectiva, a escola precisa pensar e viver a juventude e garantindo o
direito a juventude. A saber: Direito à aprendizagem é a qualificação a ação e produção
cultural, educação de qualidade, esporte, lazer e convívio social saudável, saúde,
segurança e proteção, proteção e conservação do meio ambiente, oportunidade de trabalho
e emprego, vida saudável, inclusão digital e participação. Para garantir o direito da
criança e da juventude a escola desenvolve ações no decorrer do ano letivo, projetos e
programas como: Apoio a Aprendizagem, Sala de Recursos, CELEM, Viva a Escola,
Segundo Tempo, Atitude, Oratória, Soletrando, Jogos da Primavera, Olimpíada de
Matemática, Grêmio Estudantil, Mostra Cientifica e Cultural, Futsal e Voleibol, Balé,
Fera Com Ciência, Vereador Jovem, representante de turma, Conselho de Classe e
inserção no mercado de trabalho, através do Estágio não-obrigatório, Diversidade Cultural
e Desafios Educacionais Contemporâneos, Palestra, Seminários. Algumas ações e
encaminhamentos visam garantir a proteção, segurança e saúde dos alunos, são estas:
Patrulha Escolar, Conselho Tutelar, UBS, CAPSI e CAPSAD.
Aprender, pensar, criar, refletir, ousar, agir, compreender, lutar, vencer,
conquistar, brincar e participar, enfim viver com sabedoria é o princípio educativo do
Colégio Orso, as crianças, jovens e cidadãos que fazem parte do corpo discente do
Colégio.
8.8. Enfrentamento à Violência na Escola
Historicamente, a escola é o local de criação, desenvolvimento e consolidação de
laços sociais, ou seja, a escola é o lugar de formar a sociedade, o ser social propriamente
dito, assim a relação entre a escola e a violência é uma realidade concreta, um problema
56
globalizado é um fenômeno do mundo moderno, cabe portanto a escola não como
salvadora de todos os males da humanidade, mas sim, como socializadora de
conhecimento, como humanizadora de indivíduos cumprir seu papel social com
qualidade, requer assim que a escola, ou seja, a comunidade escolar compreenda o seu
papel na sociedade contemporânea, considerando a violência como processo social que
diretamente interfere no desenvolvimento do processo pedagógico bem como na prática
docente e discente.
Atualmente a discussão sobre a violência tem se constituído, a partir do senso
comum e realizada de forma superficial faz mister pensar a violência a partir da ciência e
de uma concepção fundamentada na perspectiva histórica-critica.
Para Schilling (2004, p. 31): (…) é difícil falar sobre a violência. Podemos nos
questionar, sempre, se nossas falas não são fracas, inoperantes, insignificantes. Se, neste
cenário de violência tão intensamente apresentada e representada das nossas falas nãos ão
inerentes, mediócres, banais.
Nesse sentido, precisamos compreender o processo de violência, como ele se dá,
qual é o seu impacto na escola e na sociedade e de que violência estamos falando, pois, há
várias formas de violência, o simples fato de negar aos alunos o direito a discussão da
violência é uma forma de violência, isto é a violência contra o direito ao conhecimento do
fenômeno violência.
Assim, estabelecer a relação entre educação e violência é um grande desafio a ser
enfrentado pelo(s) professor(es), pois em primeiro lugar, não podemos negar a violência,
ela está presente em nossa escola e na sociedade, precisamos compreende-la com um fator
a ser estudado e problematizado, não a mera informação midiática. A comunidade escolar
deve pautar nas discussões sobre a violência com bases teóricas sólidas, voltadas a
realidade dos sujeitos sociais nela envolvidos. Nessa ótica assumimos a postura da
compreensão e da reflexão tanto da violência praticada por sujeitos sociais, na escola e
fora da escola, como da violência praticada pela ou a partir da escola, esse trabalho será
realizado pela comunidade escolar em todas as disciplinas do currículo básico, bem como
pelos por todos que atuam na escola pois, compreendemos que somos todos educadores
na escola independente da função que desempenhamos na escola.
8.9. Prevenção ao Uso Indevido de Drogas
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Sabemos que a sociedade contemporânea talvez um dos mais emblemáticos
problemas, o uso abusivo de drogas, que geralmente tem direta ou indiretamente
interferido na formação escolar e social dos educandos, pois sabe-se através de pesquisas
que crianças e adolescentes estão mais suscetíveis as drogas devido a fase de
desenvolvimento psíquico, e social que em que se encontram.
Cabe portanto, a escola desenvolver mecanismos que auxiliam na prevenção ao
uso indevido de drogas, compreendemos que esses mecanismos se constroem pelo
conhecimento construído em bases sólidas fundamentadas em assuntos, textos e matérias
resultantes de pesquisas sérias não meras informações que possam despertar o uso pelas
drogas, essa talvez seja a maior dificuldade da sociedade contemporânea, como trabalhar
no contexto escolar a prevenção indevida ao uso de drogas sem estimular o seu uso?
Acreditamos que o conhecimento com bases teóricas sólidas e sérias pode auxiliar no
combate ao uso indevido de drogas. Bem como, a formação do professor é fundamental
para que aconteça esse processo educativo de educar nossos educandos para a vida,
considerando o contexto social em que vivem nossos alunos. Os professores trabalham de
forma articulada o contexto social dos alunos e aos conteúdos ofertados pelas disciplinas
do Currículo, o tema prevenção ao uso indevido de Drogas.
A prevenção ao uso indevido de drogas, no âmbito das escolas públicas
estaduais, pode ser entendida como um processo complexo e desafiador que
requer um tratamento adequado, cuidadoso e fundamentado teoricamente, por
meio de conhecimentos científicos desprovidos de preconceitos e discriminações.
(Fátima Ykiko Yokohama. In: Prevenção ao Uso Indevido de Drogas – Cadernos
Temáticos: Desafios Contemporâneos Modernos. Seed/PR. Pág. 07-2008).
8.10. Gênero e Diversidade Sexual
Falar em sexualidade na escola, ainda é um tabu, mas precisamos mudar essa idéia
retrograda, pensar em educação requer pensar em tudo e em todos que estão inseridos
nesse processo, portanto, educação é uma palavra ampla que abre um leque de conceitos e
fundamentos e principalmente quando se pensa em educação numa visão histórico-crítico,
numa concepção histórica-social na qual a realidade do educando é tratada de forma real,
contextualizada, criticizada a partir de fundamentos teóricos coerentes e conscientes, o
aluno real é parte, toma parte e faz parte do processo educativo.
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Conhecer o aluno é compreendê-lo, sabê-lo, orientá-lo e respeitar sua orientação
sexual. Para tanto, requer rever conceitos é pré-conceitos empreguinados na sociedade,
resquícios de uma sociedade discriminatória e egoísta. Cabe, portanto, a escola tratar do
tema sexualidade e sexo, visando o respeito a livre orientação sexual e relações
igualitárias de gênero, classe, raça/etnia para que saibamos agir cotidianamente de forma
reflexiva sem pré-conceitos discriminações ou exclusões.
Nesse sentido, o professor é a figura principal, cabe a ele a possibilitar momentos
para discussões qualificada sobre sexo e sexualidade e nas relações entre homens e
mulheres nos diversos momentos históricos da sociedade. Colaborando com a proposta
pedagógica referendamos a Instrução que se refere ao nome social, o direito estabelecido
por lei de ser identificado por um nome social compatível com o gênero sexual.
9. ESTÁGIO OBRIGATÓRIO E NÃO-OBRIGATÓRIO
Justificativa
Considerando que o trabalho (na forma de estágio ou não), constitui-se numa parte
importante no processo de formação educacional de qualquer ser humano, dentro dos
parâmetros legais estabelecidos pela Lei Federal Nº 11.788, de 25 de setembro de 2008, a
escola poderá fazer o encaminhamento dos alunos regularmente matriculados que
desejam exercer o direito de realização do estágio remunerado. Porém, como a
preocupação central da escola não deve ser com o fornecimento de mão-de-obra para o
mercado de trabalho dos próprios estagiários, a escola precisa, neste processo, observar
em primeiro plano, se as atividades laborais não trazem prejuízos para os alunos
estagiários no processo de sua formação acadêmica.
Conceber trabalho como principio educativo pressupõe oferecer subsídios, a partir
das diferentes disciplinas, para se analisar as relações e contradições sociais, as quais se
explicam a partir das relações de trabalho. Isto implica em oferecer instrumentos
conceituais ao aluno para analisar as relações de produção, de dominação, bem como as
possibilidades de emancipação do sujeito a partir do trabalho.
Formar para o mundo do trabalho, portanto, requer o acesso aos conhecimentos
produzidos historicamente pelo conjunto da humanidade, a fim de possibilitar ao futuro
trabalhador se apropriar das etapas do processo de forma conceitual e operacional. Isto
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implica em ir para além de uma formação técnica que secundariza o conhecimento,
necessário para se compreender o processo de produção em sua totalidade. Os
conhecimentos escolares, deste modo, são a via para se analisar esta dimensão
contraditória do trabalho, permitindo ao estudante e futuro trabalhador atuar no mundo do
trabalho de forma mais autônoma, consciente e crítica.
Objetivos de Estágio
O estágio deve fazer parte do PPP (Plano Político Pedagógico) da escola, além de
integrar o itinerário formativo do educando.
O estágio visa ao aprendizado de competências próprias da atividade profissional e
à contextualização curricular, objetivando o desenvolvimento do educando para a vida
cidadã e para o trabalho, contribuindo assim para a formação do educando no
desenvolvimento de atividades relacionadas ao mundo do trabalho que oportunize
concebê-lo como ato educativo.
Atividades de Estágio
Atividades que possibilitem:
a integração social;
o uso das novas tecnologias;
produção de textos;
aperfeiçoamento do domínio do cálculo;
aperfeiçoamento da oralidade;
compreensão das relações do mundo do trabalho, tais como: planejamento,
organização e realizações de atividades que envolvam rotina administrativa,
documentação comercial e rotinas afins.
Atribuições da Instituição de Ensino
Em conformidade com o Art. VII, são obrigações das instituições de ensino, em
relação aos estágios de seus educandos:
I – celebrar termo de compromisso com o educando ou com seu representante ou
assistente legal, quando ele for absoluta ou relativamente incapaz, e com a parte
concedente, indicando as condições de adequação do estágio à proposta pedagógica
do curso, à etapa e modalidade da formação escolar do estudante e ao horário e
calendário escolar;
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II – avaliar as instalações da parte concedente do estágio e sua adequação à
formação cultural e profissional do educando;
III – indicar professor orientador, da área a ser desenvolvida no estágio, como
responsável pelo acompanhamento e avaliação das atividades do estagiário;
IV – exigir do educando a apresentação periódica , em prazo não superior a 6(seis)
meses, de relatório das atividades;
V – zelar pelo cumprimento do termo de compromisso, reorientado o estagiário para
outro local em caso de descumprimento de suas normas;
VI – elaborar normas complementares e instrumentos de avaliação dos estágios de
seus educandos;
VII – comunicar à parte concedente do estágio, no início do período letivo, as datas
de realização de avaliações escolares ou acadêmicas.
Atribuições do Professor Orientador de Estágio
elaborar o plano de estágio e orientar sua execução;
organizar formulário e registros para acompanhamento do estágio de cada aluno;
manter permanente contato com os supervisores responsáveis pelo estágio na parte
concedente;
explicitar a proposta pedagógica da Instituição de Ensino e do plano de estágio
obrigatório e não-obrigatório à parte concedente;
planejar com a parte concedente os instrumentos de avaliação e o cronograma de
atividades a serem realizadas pelo estagiário;
realizar avaliações que indiquem se as condições para realização do estágio estão
de acordo com o Plano de Estágio e o Termo de Compromisso, mediante relatório;
zelar pelo cumprimento do Termo de Compromisso;
orientar a parte concedente quanto à legislação educacional e às normas de
realização do estágio;
solicitar relatórios de estágios da parte concedente e do aluno;
realizar visitas nas instituições concedentes para avaliar as condições de
funcionamento do estágio.
Orientar previamente o estagiário quanto:
às exigências da empresa;
61
às normas de estágio;
aos relatórios que fará durante o estágio;
aos direitos e deveres do estagiário.
Obs.: No caso de estudante com deficiência, que apresente dificuldades para elaborar o
relatório, o professor orientador deverá auxiliar esse estagiário.
Atribuições da parte concedente
Conforme Art. 9º do Capítulo III da Lei Nº 11.788, de 25 de setembro de 2008.
As pessoas jurídicas de direito privado e os órgãos da administração pública direta,
autárquica e fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, bem como profissionais liberais de nível superior devidamente
registrados em seus respectivos conselhos de fiscalização profissional, podem oferecer
estágio, observadas as seguintes obrigações:
I – celebrar termo de compromisso com a instituição de ensino e o educando,
zelando por seu cumprimento;
II – ofertar instalações que tenham condições de proporcionar ao educando
atividades de aprendizagem social, profissional e cultural;
III – indicar funcionário de seu quadro de pessoal, com formação ou experiência
profissional na área de conhecimento desenvolvida no curso do estagiário, para
orientar e supervisionar até 10(dez) estagiários simultaneamente;
IV – contratar em favor do estagiário seguro contra acidentes pessoais, cuja apólice
seja compatível com valores de mercado, conforme fique estabelecido no termo de
compromisso;
V – por ocasião do desligamento do estagiário, entregar termo de realização do
estágio com indicação resumida das atividades desenvolvidas, dos períodos e da
avaliação de desempenho;
VI – manter à disposição da fiscalização, documentos que comprovem a relação de
estágio;
VII – enviar à instituição de ensino, com periodicidade mínima de 6 (seis) meses,
relatório de atividades, com vista obrigatória ao estagiário.
Parágrafo único. No caso de estágio obrigatório, a responsabilidade pela
contratação do seguro de que trata o inciso IV do caput deste artigo poderá,
alternativamente, ser assumida pela instituição de ensino.
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Atribuições do responsável pela Supervisão de Estágio na parte concedente
Acompanhar o plano de atividades do estágio proposto pela parte concedente e a
instituição de ensino:
tomar conhecimento do Termo de Compromisso;
orientar e avaliar as atividades do estagiário em consonância com o Plano de
Estágio;
preencher os relatórios de estágio e encaminhar à instituição de ensino;
manter contato com o Professor orientador da escola;
propiciar instalações e ambiente favorável á aprendizagem social, profissional e
cultural dos alunos;
encaminhar relatório de atividades, com prévia e obrigatória vista do estagiário, à
instituição de ensino, com periodicidade mínima de 6 meses.
Atribuições do Estagiário
Considerando a Concepção de Estágio:
ter assiduidade e pontualidade, tanto nas atividades desenvolvidas na parte
concedente como na instituição de ensino;
celebrar Termo de Compromisso com a parte concedente e com a instituição de
ensino;
respeitar as normas da parte concedente e da instituição de ensino;
associar a prática de estágio com as atividades do plano de estágio e outras,
executadas, mas não previstas no plano de estágio;
entregar os relatórios de estágio no prazo previsto.
Formas de acompanhamento do Estágio
solicitar da parte concedente relatório, que integrará o Termo de Compromisso,
sobre a avaliação dos riscos inerentes às atividades a serem desenvolvidos pelo
estagiário, levando em conta: local de estágio; agentes físicos, biológicos e
químicos; o equipamento de trabalho e sua utilização; os processos de trabalho; as
operações e a organização do trabalho; a formação e a instrução para o
desenvolvimento das atividades de estágio;
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exigir do estudante a apresentação periódica de relatório das atividades, em prazo
não superior a 6 (seis) meses, no qual deverá constar todas as atividades
desenvolvidas nesse período.
auxiliar o educando com deficiência, quando necessário, na elaboração de relatório das
atividades.
elaborar normas complementares e instrumentos de avaliação dos estágios de seus
estudantes;
esclarecer à parte concedente do estágio o Plano de Estágio e o Calendário
Escolar;
planejar com a parte concedente os instrumentos de avaliação e o cronograma de
atividades a serem realizados pelo estagiário;
proceder avaliações que indiquem se as condições para a realização do estágio
estão de acordo com as firmadas no Plano de Estágio e no Termo de
Compromisso, mediante relatório;
zelar pelo cumprimento do Termo de Compromisso;
observar se o número de horas estabelecidas para o estágio não obrigatório compromete o
rendimento escolar do estudante e, neste caso, propor uma revisão do Termo de
Compromisso.
Avaliação do Estágio
O professor orientador do estágio precisa analisar em que medida o Plano de
Estágio está sendo cumprido:
No que se refere ao aluno: embora não tenha função de veto ao estágio não-obrigatório,
faz-se necessário avaliar em que mediada está contribuindo ou não para o desempenho
escolar do aluno. Desta forma o professor orientador precisa ter acessoa a três
documentos do aluno:
rendimento e aproveitamento escolar;
relatório elaborado pelo aluno;
relatório de desempenho das atividades encaminhado pela parte concedente.
No que se refere à parte concedente: o professor orientador, mediante visitas às
instituições e análise dos relatórios, tem a incumbência de avaliar as condições de
funcionamento do estágio, recomendado ou não sua continuidade. Aspectos a serem
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observados: Cumprimento do Artigo 14 de Lei 11.788/98 e Artigos 63, 67 e 69 da Lei
8.069/90 – Estatuto da Criança e do Adolescente.
10. ADOLESCENTE APRENDIZ – MENOR APRENDIZ
O projeto menor aprendiz que visa a inserção dos adolescentes maiores de catorze
anos no mercado de trabalho, também é contemplado pela escola.
A proposta do presente projeto é propiciar a formação técnico profissional
metódica, compatível com o desenvolvimento físico, moral e psicológico do aluno.
A jornada de trabalho do menor aprendiz é de 6(seis) horas diárias, não devendo
interferir no rendimento escolar do aluno.
11. MARCO OPERACIONAL
No marco operacional, o propósito é oferecer uma visão de conjunto sobre o modo
que a escola pretende colocar em prática os princípios e os pressupostos explicitados
anteriormente. Os planos de ações apresentados na sequência, demonstram em linhas
gerais, como cada setor da escola pretende desenvolver as suas atividades para cumprir
com a finalidade específica.
É importante destacar que, na elaboração dos planos de ação, além do referencial
político teórico deste Projeto Político Pedagógico, eles foram também fundamentados em
outros textos legais: o Regimento Escolar, os estatutos, no caso do Conselho Escolar, da
APMF e do Grêmio Estudantil, bem como nas leis e normas expedidas pela SEED/NRE.
12. AVALIAÇÃO
12.1. Avaliação Semestral
A educação deve ser considerada sempre como um ato político, o conhecimento
como transformação contínua e não transmissão de conteúdos programados. A regulação
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da aprendizagem deve ter sempre o sujeito como centro e não a comprovação de
desempenhos com normas e critérios pré-fixados.
A avaliação não pode ser instrumento de exclusão dos alunos, deve ser
democrática, favorecendo o desenvolvimento da capacidade do aluno de apropriar-se de
conhecimentos científicos, sociais e tecnológicos, produzidos historicamente, resultado de
um processo coletivo de avaliação diagnóstica.
Diante do exposto, faz-se necessário que o professor perceba o real sentido da
avaliação, a qual deve ser usada como recurso pedagógico a favor do aluno, permitindo
melhorar a qualidade do ensino e das diferentes aprendizagens.
Cabe a escola trabalhar para o desenvolvimento do aluno em articulações com
todas as habilidades, hábitos e convicções do viver.
Considerando o fato de que a avaliação deve ser processual, contínua e diagnóstica
o coletivo do Colégio Estadual José Ângelo Baggio Orso optou pelo sistema de avaliação
semestral, para que professores e alunos tenham a possibilidade de num período maior de
tempo, o semestre trabalhar os conteúdos curriculares, bem como a recuperação paralela
destes com mais qualidade. Assim conforme o artigo 22 da LDB 9394/96: “A educação
básica tem por finalidade, desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum
indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no
trabalho e em estudos posteriores.”
A avaliação está presente no nosso dia-a-dia, pois estamos constantemente
julgando algo, seja no ambiente de trabalho, no ambiente familiar, nas reuniões de amigos
ou em outras circunstâncias. De acordo com Deliberação 007/99 do Conselho Estadual de
Educação, a avaliação escolar é entendida da seguinte forma:
Art.1º - A avaliação deve ser entendida como um dos aspectos do ensino pelo qual
o professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho, com
as finalidades de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos, bem
como diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor.
§1º – A avaliação dever dar condições para que seja possível ao professor tomar
decisões quanto ao aperfeiçoamento das situações de aprendizagem.
§2º - A avaliação deve proporcionar dados que permitam ao estabelecimento de
ensino promover a reformulação do currículo com adequação dos conteúdos e método de
ensino.
§3º - A avaliação deve possibilitar novas alternativas para o planejamento do
estabelecimento de ensino e do sistema de ensino como um todo.
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Uma proposta de avaliação que rejeite o caráter mecânico descontextualizado e
classificatório do processo de ensino-aprendizagem não deve se restringir ao julgamento
do sucesso ou fracasso do aluno, deve ser compreendida como um conjunto de atuações
que tenha a função de alimentar, sustentar e orientar a intervenção pedagógica. Deve
acontecer contínua e sistematicamente por meio da interpretação qualitativa do
conhecimento construída pelo aluno.
Analisando o processo de aquisição ou apropriação do conhecimento na visão
histórico-cultural, conforme Vygotski, constatamos que a construção do conhecimento é
contínua e cumulativa. A aprendizagem de acordo com essa perspectiva é promotora do
desenvolvimento cognitivo e social do indivíduo, cabendo ao professor atuar como
mediador nesse processo, provocando aquisição de conhecimentos que o aluno ainda não
possui. Nesse sentido, o registro e avaliação do professor em cada etapa do
desenvolvimento do aluno é fundamental para que se possa estabelecer diagnósticos
constantes do desempenho escolar do educando.
Desta forma a avaliação em sala de aula deve ser diagnóstica, acompanhando e
possibilitando a criação de elos entre ensino e aprendizagem, apontando pistas para a
superação dos obstáculos enfrentados pelo aluno e pelo professor.
Compreender a avaliação como diagnóstico significa ter o cuidado constante de
observar, nas produções e manifestações dos alunos, os sinais ou indicadores de sua
situação de aprendizagem.
Portanto as tarefas e os desafios propostos devem ser claros para que a resposta do
aluno permita ao professor avaliar como ele se situa na apropriação dos conteúdos e na
atividade de conhecer seus acertos, dúvidas, relações que estabelece, etc.
Esse mapeamento deve sinalizar ao professor os rumos da atuação docente e as
intervenções necessárias como acompanhamento dos alunos, para que percebam seu
processo e emitir juízos com base nas produções dos alunos em sala de aula como parte
das atividades desenvolvidas, porém essas produções não são instrumentos suficientes
para avaliar o aluno.
O que caracteriza esta proposta de avaliação, é seu caráter contínuo, diagnóstico e
de acompanhamento, sempre tendo em vista o progresso dos alunos e sua aproximação
dos objetivos pretendidos, a partir de sua situação real. Tem um forte traço qualitativo,
não pretende medir aprendizagem segundo escalas ou valores, mas interpretar a
caminhada dos alunos com base nos registros e apreciações sobre seu trabalho.
67
Nesse contexto, a avaliação subsidia o professor com elementos para reflexão
contínua sobre a sua prática pedagógica, sobre a criação de novos instrumentos de
trabalho e a retomada de aspectos que devem ser revistos, ajustados ou reconhecidos
como adequados para o processo de aprendizagem individual e/ou de todo o grupo. Para o
aluno, é o instrumento de retomada de consciência de suas conquistas, dificuldades e
possibilidades para a reorganização de seu investimento na tarefa de aprender. Para a
escola possibilita definir prioridades e localizar quais aspectos das ações educacionais
demandam maior apoio.
A avaliação escolar está relacionada a democratização do ensino, ou seja, o acesso
e a permanência do educando na escola e a conseqüente terminalidade escolar, como
ensino significativo tanto do ponto de vista individual quanto do coletivo.
É função da escola realizar a mediação entre o conhecimento prévio dos alunos e o
conhecimento sistematizado, propiciando formas de acesso ao conhecimento científico,
respeitando o tempo e a capacidade de buscar e organizar informações individuais, no
desenvolvimento de seu pensamento e na formação de conceitos. O processo de ensino
deve, pois, possibilitar a apropriação dos conteúdos e da própria atividade de conhecer,
respeitando as suas especificidades. Nesse sentido levando em consideração também a
realidade do aluno trabalhador.
Além disso os professores são orientados a fazer uma adaptação curricular visando
ao atendimento e acompanhamento dos alunos que freqüentam ou freqüentaram a sala de
recursos, uma vez que estes educandos possuem laudos avaliativos que comprovam essas
necessidades.
12.1.1.Instrumentos da Avaliação
Provas escritas e/ ou orais;
Trabalhos em salas de aula;
Pesquisa;
Seminários informativos;
Relatórios de atividades;
Apresentação de trabalhos;
Tarefas;
Participação em atividades extra-curriculares;
Trabalhos de elaboração de idéias, análise e síntese.
68
OBS.: Os trabalhos, pesquisas, tarefas etc., não deverão ultrapassar a 20% do total
da nota semestral.
12.1.2. Princípios norteadores das ações avaliativas
Deixar clara a perspectiva de formação do aluno nas atividades propostas;
Agir coletivamente (defender as propostas do Conselho de Classe);
Avaliar o aluno como um todo, resgatando a caminhada de cada um, inserindo o
aluno no coletivo;
Buscar uma nova cultura avaliativa que desmistifique a mera classificação,
visando o desenvolvimento integral do aluno.
12.1.3. Encaminhamento Metodológico
- Organizar-se sempre semestralmente (no decorrer do semestre os resultados serão
sempre parciais, dependendo da participação contínua e permanente do aluno);
- O aluno deverá saber em que necessita ser recuperado, por isso deverá saber quais os
conteúdos a serem avaliados; tanto na avaliação contínua quanto na recuperação paralela;
- O aluno deve ser conscientizado de sempre buscar o que lhe falta e o professor na
medida do possível, sondar e registrar o que foi recuperado;
O registro deve conter claramente:
- Natureza (que tipo de avaliação, escrita, oral, etc.);
- Valor (quanto vale a avaliação);
O registro das avaliações e dos conteúdos é um reflexo do trabalho do professor que
mostra compromisso e comprometimento.
Acontecerá sistematicamente durante o ano letivo, significando a maneira própria como
cada disciplina faz o recorte, os seus conteúdos e verifica os seus resultados.
Acontecerá no final de cada semestre onde serão submetidas a juízo de valor, os
envolvidos no processo educativo a fim de se levantar os conteúdos apropriados. Além da
apreciação de cada disciplina, o processo pedagógico como todo será avaliado com vistas
a reorganização do currículo, dos recursos, das relações, das condições espaço-temporais
do ambiente escolar sempre atendendo de forma geral ao que diz a Lei de Diretrizes e
Bases.
69
12.2. Avaliação do Estabelecimento de Ensino
Avaliar é analisar a prática pedagógica de todos os envolvidos, com o objetivo de
corrigir rumos e repensarmos situações para que a aprendizagem ocorra. Ao avaliar a
aprendizagem dos alunos está se avaliando a prática dos professores a gestão e o currículo
escolar, bem como o próprio sistema de ensino como um todo. (Eu acompanho a
avaliação escolar do meu filho. E você – Material de apoio.
www.diaadiaeducacao.pr.gov.br).
Nessa lógica a avaliação do estabelecimento de ensino será realizada no cotidiano
escolar, diariamente, pois, entendemos a avaliação constante, contudo será ofertada
momentos para o coletivo escolar como: Pré-conselhos, Conselho de Classe, Pós-
Conselho, Reunião Pedagógica, Grupos de Estudos, etc...
O rendimento escolar a qualidade ofertada pela escola são avaliados através dos
referenciais teóricos e resultados educacionais, tanto na escola quanto fora desta como:
aprovação, reprovação, taxa de evasão, preenchimento e encaminhamento da ficha FICA,
ENEM e IDEB, Prova Brasil.
Nesses momentos, também são proporcionados estudos, avaliação e reelaboração
do plano de trabalho docente são reavaliados, processos de aprendizagem, conteúdos
metódicos,critérios e instrumentos de avaliação, Planejamento, Projeto Político
Pedagógica, Regimento Escolar, Registro de Classe e Diretrizes Curriculares, Plano de
Ação do Estabelecimento, Conselho de Classe, entrega de boletins, Conselho Escolar,
APMF e Grêmio Estudantil, bem como, são possibilitados estudos de avaliação e auto-
avaliação do trabalho ofertado pela escola, a comunidade, alunos, pais, etc., visando o
aprimoramento e qualidade do trabalho ofertado.
13. CONSELHO DE CLASSE
O Conselho de Classe é o órgão de natureza consultiva e deliberativa em assuntos
didáticos-pedagógicos, fundamentados no Regimento Escolar, tem o objetivo de analisar
as ações educacionais, indicando alternativas que busquem garantir a efetivação do
processo ensino-aprendizagem.
70
Ao dispor sobre a natureza do Conselho de Classe vemos que o fato de apresentar-
se enquanto órgão consultivo e deliberativo, permite estabelecermos etapas durante o
processo compreendendo três dimensões, a saber:
Pré Conselho – Consiste em um momento de reflexão conjunta entre professores e alunos,
objetivando:
Verificar até que ponto os objetivos propostos estão sendo alcançados;
Identificar as causas que estão dificultando e /ou interferindo em seu crescimento
intelectual e afetivo;
Indicar aspectos, atos e atitudes que podem contribuir para melhorar o desenvolvimento
do aluno como pessoa e estudante;
Sinalizar o melhor caminho pedagógico a ser percorrido;
Rever criticamente sua atuação, permitindo reorientar-se quando necessário;
Repensar a metodologia empregada para o desenvolvimento dos conteúdos previstos;
Rever a significância dos conteúdos em relação ao trabalho pedagógico explicito na
filosofia do colégio;
Repensar as relações interpessoais que devem presidir a ação educativa.
Conselho de Classe – Considerando o exposto no documento produzido pela Coordenação
de:
….quando os professores se reunem em Conselho de Classe (grande grupo) são
discutidos os diagnósticos e preposições levantadas no Pré Conselho,
estabelecendo-se a comparação entre resultados anteriores e atuais, entre níveis
de aprendizagens diferentes nas turmas e não entre alunos (CGE 2007, p. 9).
Fazendo o uso dessa concepção, o Conselho de Classe do Colégio Estadual José
Ângelo Baggio Orso, adota como prática a utilização do exposto no referido documento e
concorda que o mesmo atue nos processos de tomadas de decisões com vista a garantir e
assegurar a qualidade durante todo o percurso do processo ensino-aprendizagem.
Recorremos a Cruz (2005) a fim de ampliar a compreensão a respeito do Conselho
de Classe quando afirma:
Entendemos o Conselho como etapa dinamizadora do trabalho educativo. A
dimensão do processo de avaliação supões que os conselhos estejam relacionados
uns com os outros e provoquem ações concretas que possam interferir na prática
educativa. Essa inter-relação não se reduz a conhecer a nota que o aluno tirou no
bimestre anterior, nem ao relato do que ele fez de errado. É necessário que um
71
conselho esteja estruturalmente relacionado com o anterior para que fique
configurada a dimensão do processo orgânico de educação (CRUZ, 2005, p. 17).
Ao entender que o Conselho de Classe deve ser orgânico e ao mesmo tempo
deliberativo, as ações a serem desencadeadas após este momento devem buscar a inter-
relação entre as problemáticas levantadas e as ações a serem desenvolvidas, a fim de
superar as dificuldades constatadas pelo grande grupo.
Cabe destacarmos que o Conselho de Classe, sendo um órgão colegiado deve-se
fundamentar nos princípios democráticos estabelecidos na lei maior, Constituição Federal
de 1988, Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9394/96, seguindo também as instruções
e orientações da SEED.
Dando sequência tem-se:
Pós Conselho – Dimensão na qual as ações postas em prática, com o envolvimento dos
alunos, pais, professores, equipe pedagógica, direção e demais envolvidos no processo
educacional, esta dimensão permite o envolvimento direto das famílias no resultado da
aprendizagem de seus filhos propiciando a eles e aos demais agentes educacionais o
envolvimento na superação dos problemas levantados no decorrer do Conselho de Classe.
14. RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS
A recuperação acontece no dia a dia escolar no cotidiano. O professor ao
avaliar sua prática avalia a apreensão dos conteúdos pelos alunos e ao perceber a
necessidade de recuperação oferta a estes, a retomada do conteúdo, quantas vezes forem
necessárias. Alguns alunos requerem atendimento individualizado e diferenciado, pois
tem dificuldades acentuadas de aprendizagem, defasagem de conteúdos, ou são alunos de
inclusão educacional. Também requer adaptação curricular no conteúdo na metodologia e
na avaliação.
A recuperação paralela esta presente nas leis e instruções que regem a
educação brasileira, portanto, é parte integrante do regime escolar e da proposta
pedagógica do estabelecimento.
72
15. RENDIMENTO ESCOLAR
O rendimento escolar, conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº
9394/96, obedecerá o Art. 13 incisos III, IV e V e o Art. 24 inciso V alínea A e e em
consonância com o Regimento Escolar e Instrução que regem a educação no Estado do
Paraná.
Para acompanhar o rendimento dos alunos é realizado bimestralmente pré-
conselhos e semestralmente o conselho de classe e pós-conselho o qual é repassado aos
pais ou responsáveis por aluno(s) o boletim escolar e o desenvolvimento do processo de
aprendizagem do aluno. Também a escola está aberta aos pais/responsáveis por alunos
durante o ano letivo, quando estes não comparecem à escola a equipe pedagógica ao
tomar conhecimento do baixo rendimento de um aluno através dos professores, convoca
os pais/responsáveis, através de bilhetes ou via telefone.
Nesse sentido a escola José Ângelo Baggio Orso é democrática e aberta aos pais,
procura cada vez mais o apoio e a participação dos pais/responsáveis no processo de
aprendizagem dos alunos, pois compreendemos que a participação dos pais/responsáveis é
de fundamental importância, a qualidade educacional ofertado pela escola e em
consequência o ótimo resultado do rendimento escolar dos alunos.
Os indicadores servem de referenciais para re-avaliação do ensino ofertado. Estes
indicadores possibilitam aos professores, pedagogos e funcionários estabelecer metas e
projeções para superar desafios e melhorar a qualidade da educação ofertada pelo
estabelecimento de ensino. Em 2009 o ensino fundamental alcançou 94,90% de
aprovações, 3,20% de reprovação e 1,80% de evasão escolar. Quanto os números do
Ensino Médio os alunos obtiveram 88.60% de aprovação, 5,20% de reprovação e 6,10 de
evasão.
Em relação aos dados do IDEB, houve um crescimento considerável, pois, superou
as projeções do ano de 2011, ultrapassando a meta estabelecida de 45 em 2011, ficando
portanto em 2009 com 4,6, crescimento significante também no ENEM 499,72.
Os projetos e programas desenvolvidos na escola são co-responsáveis também
pelo processo pedagógico e o sucesso desse na escola.
73
16. PROPOSTA DE FORMAÇÃO CONTINUADA
O Colégio Estadual José Ângelo Baggio Orso, oferece aos professores e
funcionários a formação continuada que é o momento destinado à busca e ao
aprimoramento de conhecimentos no campo da educação, bem como no campo específico
de cada docente.
Nessa perspectiva são organizados reuniões pedagógicas, as quais são garantidas
pelo Calendário Escolar. Esses momentos são organizados e encaminhados pela equipe
pedagógica e direção, a partir da necessidade da escola são escolhidos temas e assuntos
pertinentes ao processo educativo. Nesses momentos acontecem palestras / eventos com o
objetivo de valorizar e proporcionam a fundamentação dos professores e funcionários,
visando a melhoria da qualidade de ensino.
Vale ressaltar ainda, que são disponibilizados aos professores e funcionários
material de apoio para o estudo contínuo.
17. HORA ATIVIDADE PARA PROFESSORES
Conquista docente assegurada pela LDB em seu artigo 67, inciso V, como
“período reservado a estudos, planejamento e avaliação incluído na carga de trabalho” e
no Plano de Carreira do Professor no art. 31 parágrafo único e legitimado pela Lei nº
13.807 de 30/09/2002. A hora-atividade é o momento do professor organizar seu trabalho
didático, de estudar, de realizar atendimentos individualizados, de trocar experiências com
colegas de trabalho, de planejar e avaliar sua prática educativa.
O professor deve cumprir a hora-atividade na escola podendo também ser
estendida a cursos, palestras, seminários, etc., voltados a educação de acordo com a
Instrução nº 02/2004 – SUED de 27 de fevereiro de 2004.
18. HISTÓRIA DO PARANÁ
É de suma importância o trabalho realizado pelos professores de história, bem
como das demais disciplinas escolares em relação a valorização da história cotidiana,
74
história essa que faz despertar, emergir as memórias e histórias das comunidades,
municípios e regiões, visando as experiências, tanto individuais como coletivas na
construção de uma consciência histórica pautada em fatos reais vivenciados no dia à dia
de cada aluno paranaense.
“A meta da educação do Estado do Paraná para a Educação Básica é a formação
de qualidade dos nossos educandos acolhidos por um trabalho docente critico e articulado
às diretrizes da política educacional que vem sendo construído”.(Yvelise Freitas de Souza
Arco-Verde, Secretária de Estado da Educação in Caderno Pedagógico de história do
Paraná. Pág. 04 – 2008).
Assim sendo, oferecemos aos educandos a possibilidade de ampliar seus
conhecimentos de história do Paraná, através da reflexão sobre os conteúdos, conceitos,
concepções, memórias e histórias locais, regionais na disciplina de história. O professor
trabalha os conteúdos de história do Paraná de forma articulada aos demais conteúdos de
história presente na proposta pedagógica e Diretrizes Curriculares de História.
A valorização da história local também constitui um dos eixos de trabalho, dentro
da proposta para a disciplina de história do Colégio Orso. Como seres históricos que
somos. Partindo da nossa realidade para assim valorizar aquilo que nossos antepassados
nos deixaram e que aquilo que deixaremos para os nossos filhos, isto é, o processo
histórico no qual fundamentamos nossa ação.
19. SALA DE RECURSOS
O Colégio oferta a Sala de Recursos – DI (deficiência intelectual) no contra-turno,
sendo seu funcionamento no período matutino de segunda-feira a sexta-feira, para alunos
“regularmente matriculados que frequentam o ensino fundamental nas séries finais e que
apresentam dificuldades acentuadas de aprendizagem com atraso acadêmico significativo,
decorrentes de deficiência mental / intelectual e ou transtornos funcionais específicos”.
(Instrução Normativa nº. 013/08-SUED/SEED pág. 01).
A Instrução Normativa nº 013/08 – SUED/ SEED coloca que “a Sala de Recursos
é um serviço de apoio especializado, de natureza pedagógica que complementa o
atendimento educacional realizado em classes comuns do Ensino Fundamental”. Os
alunos que necessitam do atendimento na Sala de Recursos quando identificados na sala
75
de aula, através de relatórios dos professores regentes e equipe pedagógica, seguem as
normas presentes na Instrução citada acima, bem como para alunos egressos da classe
especial, oriundos do ensino fundamental nas séries iniciais.
Assim para receber o atendimento especializado da Sala de Recursos, os alunos
passam por uma avaliação no próprio contexto escolar, os professores ao detectarem as
necessidades / dificuldades acentuadas de aprendizagem dos alunos os encaminham à Sala
de Recursos, na qual a professora especialista fará avaliações e observações
encaminhando se necessário os alunos ao NRE para avaliações pedagógicas por uma
equipe multiprofissional de apoio externa, pautadas nas orientações e normas do
DEEIN/SEED.
A partir do ano de 2012 a Sala de Recursos passa a ser Multifuncional e as
Instruções citadas serão substituídas com orientações do MEC.
20. CENTRO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA (CELEM – ESPANHOL)
O Colégio oferta aos alunos em sistema de contra-turno o curso básico de
Espanhol em dois momentos PI e PII que atende as disposições da Resolução no
3904/2008, e da presente Instrução nº019/2008, bem como, as orientações do
CELEM/DEB/SEED.
A oferta do curso extracurricular da língua espanhola é gratuita e “é destinada aos
alunos da Rede Estadual de Educação Básica matriculados no Ensino Fundamental (anos
finais) no Ensino Médio, Educação Profissional e Educação de Jovens e Adultos”
(Instrução nº 019/2008 – SUED/SEED). Também é ofertada a professores e funcionários,
10% das vagas e a comunidade poderá também usufruir desta oportunidade com 30% das
vagas desde que dentro da legislação em vigor.
O curso de espanhol tem carga horária de 320 horas/aula e duração de dois anos. O
aluno é promovido no final de cada ano letivo, obtém a promoção de alunos que
apresentarem acima de 75% de presença e média anula igual ou superior à 6,0 (seis
vírgula zero).
A avaliação é continua, cumulativa e processual devendo refletir o
desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste
76
no conjunto dos componentes curriculares cursados com preponderância dos
aspectos qualitativos sobre os quantitativos (Instrução 019/2008. pag. 04).
21. SALA DE APOIO A APRENDIZAGEM
O Colégio Estadual José Ângelo Baggio Orso, oferta a sala de Apoio a
Aprendizagem nas disciplinas de português e matemática, para os alunos do 6º e 9º Ano
que apresentem defasagem de conteúdo/aprendizagem, e a partir do ano letivo de 2012,
passa a ofertar, se necessário, Sala de Apoio para os alunos do 7º e 8º Ano.
Os alunos são atendidos em horário diferenciado (contraturno), com objetivo de
atingir conhecimentos que ficaram defasados em séries anteriores.
22. ATIVIDADE DE COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR
Segundo o Conselho Nacional de Educação – CNE a atividade complementar faz
parte da grade curricular e deve contemplar os alunos em risco de convívio social, para
que este sejam apoiados com atividades diferenciadas na escola, tornando-a atrativa a esta
criança, e desenvolvendo nele o gosto por estar na escola.
São atividades de livre escolha da escola que as recebe, que se enquadram como
complemento curricular obrigatório, podendo ser desde uma atividade recreativa,
artesanal, artística, de esporte, lazer ou cultural. De acompanhamento, reforço escolar,
ligados à informática ou as aulas de cidadania e direitos humanos.
Para poder participar dessas atividades o aluno deverá estar matriculado em turma
regular de escolarização, com frequência mínima obrigatória, as aulas deverão ser em
contra-turno, obedecendo o período que o aluno frequenta.
As turmas de atividade complementar devem possuir para controle e segurança da
própria escola, o acompanhamento do diário escolar, registrando conteúdos/atividades
trabalhadas, e a frequência dos alunos envolvidos na mesma.
O objetivo destas atividades e complementar a formação do aluno, ampliando seu
conhecimento teórico-prático nas mais diversas atividades, acrescentando ao seu dia a dia
77
o espírito para atividades solidárias, posicionando-se, conhecendo seu papel como
cidadão.
23. HORA TREINAMENTO
24. ESCOLA ABERTA – SEGUNDO TEMPO
A educação verdadeiramente comprometida deve estar voltada para as minorias
raciais, moradores de rua, pessoas com deficiência física, sensorial, mental, assim como
outros excluídos, que necessitam de acesso aos conhecimentos científicos que são
indispensáveis para que os mesmos possam compreender e atuar como sujeitos diante da
realidade social.
Diante do exposto, GADOTTI (1995), acredita que o educador crítico é o agente
da explicitação da sociedade em conflito:
Na luta por uma sociedade de iguai, uma sociedade socialista, o educador crítico
utiliza-se das aramas de que dispõe: a formação da consciência e a organização
de sua categoria, associando as alutas políticas do oprimido com as lutas
pedagógicas. A posição dese educador é incômoda e incomodadora, na medida
em que, de um lado, o sistema educacional dominante o pressiona no sentido da
reprodução da sociedade. A luta pedagógica é uma tensão constante entre esses
dois polos antagônicos, pois a sociedade não está ainda revolucionária. Mas,
como digo em Educação e Poder: se amanhã uma educação revolucionária for
possível é apenas porque, hoje, no interior de uma educação conservadora e
reacionária, os elementos de uma nova educação, de uma outra educação,
libertadora, se formaram dentro de uma educação conservadora e reacionária.
Essa mudança de espaço dominado pra espaço dominante não se fará nem
espontaneamente, nem de um momento pra outro; por isso é necessário uma
verdadeira pedagogia do conflito que evidencie as contradições em vez de
camuflá-las, com paciência revolucionária, consciente do que, historicamente, é
possível fazer. (p. 64).
78
A escola deve ter como um de seus pontos primordiais a gestão democrática, desta
forma, VEIGA coloca que:
A escola caracteriza-se como a institucionalização das mediações reais para que a
intencionalidade possa tornar-se efetiva, concreta, histórica, a fim de que os
objetivos intencionalizados não fiquem apenas no plano ideal, mas ganhem foram
real. A Escola é o lugar de entrecruzamento do projeto coletivo da sociedade com
os projetos existenciais dos alunos e professores. É ela que torna educacionais as
ações pedagógicas, à proporção que as impregna com as finalidades políticas da
cidadania. (VEIGA, 1995, p. 55).
Visto sob este prisma, o Projeto Segundo Tempo tem como “público-alvo,
crianças, adolescentes e jovens expostos aos riscos sociais”, que bisca transmitir as
gerações do presente e do futuro, conhecimentos sobre um projeto específico, cuja
efetivação vem marcando os cenários das políticas públicas de esporte no Brasil.
Vale ressaltar a importância desse trabalho, afinal, a realização de atividades
físicas beneficiam as pessoas que praticam esportes, pois:
Desenvolvem coordenação, agilidade e equilíbrio;
Facilitam a internalização de valores e regras;
Estímulo da expressão corporal, educando o corpo e garantindo momento de lazer.
O Projeto Segundo Tempo, tem como objetivo geral de democratizar o
acesso à prática e à cultura do Esporte de forma a promover o desenvolvimento integral
de crianças, adolescentes e jovens, como fator de formação da cidadania e melhoria da
qualidade de vida, prioritariamente em áreas de vulnerabilidade social.
Apresenta como princípios:
A reversão do quadro atual de injustiça, exclusão e vulnerabilidade social;
O esporte e do lazer como direito de cada um e dever do Estado;
A universalização e inclusão social;
A democratização da gestão e da participação.
Dessa forma o Colégio Estadual José Ângelo Baggio Orso, desenvolve o Projeto
Segundo Tempo de roma contínua para que os alunos envolvidos tenham acesso a prática
social e esportiva e desenvolvam assim sua participação na sociedade em que estão
inseridos.
79
O Programa Segundo Tempo foi idealizado pelo Ministério do Esporte, destinado
a democratizar o acesso ao esporte por meio de atividades esportivas e de lazer, realizadas
no contra turno escolar.
25. COLABORARES NO PROCESSO EDUCACIONAL
25.1. Estagiários
O Colégio Orso, está a disposição das Instituições de Ensino Superior, como
campo de estágios para os estagiários dos diferentes cursos relacionarem a teoria à prática
na construção da práxis.
Para tanto, os interessados passam por entrevista na escola na qual apresentam o
projeto de intervenção, bem como os documentos necessários e expedidos pela Instituição
de Ensino da qual fazem parte, orientados pelo coordenador de estágios da Instituição.
Constatando a necessidade da escola e a importância do projeto, para os alunos
desta, será na medida do possível, realizado o projeto de intervenção ou de observação.
26. GESTÃO DEMOCRÁTICA
Muito se tem falado sobre a democratização no interior das escolas públicas,
diversos autores ao abordar o tema traz a a gestão democrática como elemento fundante
de todo o processo democrático, sobre isto recorremos as palavras de Paro(2005). Quando
o mesmo ao definir gestão democrática, afirma que : Gestar democraticamente é fazer uso
racional dos recursos públicos para a realização de um determinado fim. Este uso se dá
através do envolvimento de todos os sujeitos, envolvidos com o processo educacional. Ao
se estabelecer o processo de gestão democrática na educação deve-se fazer uso dos
princípios preconizados na Constituição Federal que de acordo com o exposto no inciso
VI da Constituição Federal de 1988, referente a Gestão Democrática do Ensino Público,
que em seu artigo 2º em que é elencado os princípios que devem servir de norte para a
implementação da gestão democrática, nas escolas públicas, e tendo como base a LDB
9394/96 que em seu artigo traz:
80
Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino
público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme
os seguintes princípios: I – participação dos profissionais da educação na
elaboração do projeto pedagógico da escola; II – participação das comunidades
escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes (LDB, 96. Art. 14).
Diante destes princípios tem-se estabelecido as políticas educacionais para a
escola pública. Assim ao se propor um projeto político pedagógico o mesmo não pode ser
imposto, e sim construído coletivamente, pautado em um processo democrático. Ao
apontar a construção coletiva, destacamos o que Longhi e Bento (2000 p. 02), traz como
elemento imprescindível para essa construção.
“Essa construção será possível por meio das discussões e reuniões que envolvem
toda a comunidade escolar, ou seja, entre equipe administrativa, financeira e pedagógica,
alunos, familiares e comunidade, focando sempre a melhora da prática educativa e
transformando idéias e concepções em movimentos de ação importantes e fundamentais
para o processo de construção.
Para a construção de um projeto de escola democrática significa repensar,
reorganizar seu trabalho pedagógico, eliminando finalmente todas as relações de poder
autoritários e competitivos existentes no cotidiano escolar para isso é preciso responder as
questões:
Que sujeitos queremos formar?
Que saberes queremos discutir?
Que relação de poder queremos excluir?
A reflexão coletiva favorece o diálogo, a descentralização do processo de decisão
e redistribuição do poder, favorecendo à comunicação horizontal, e assim construindo
práticas que visem a solidariedade e o respeito mútuo, pressupondo a democratização da
gestão. Uma gestão democrática abrange não só o enfrentamento de questões que exclui e
marginalizam nossos educandos, mas também a construção de um projeto comprometido
com os interesses das camadas populares.
Como afirma Vitor Paro “a escola só constrói a democracia dentro da liberdade,
igualdade de direitos, autonomia, solidariedade e justiça social.
81
26.1. Gestão Democrática: no contexto do Colégio Estadual José Ângelo
Baggio Orso
Na perspectiva da Gestão Democrática e tendo como base os princípios de LDB
9394/96, defendidos a saber:
a descentralização que consiste na utilização de uma administração em que as
decisões e as ações são elaborados e executados de forma não hierarquizada;
participação: todos os envolvidos no cotidiano escolar participam da gestão
(professores, alunos, pais, funcionários, comunidade em torno da escola);
transparência: qualquer decisão tomada e implantada é de conhecimento de todos.
A proposta defendida pelo Colégio Estadual José Ângelo Baggio Orso é pautada
nos princípios descritos acima, adotando como base o método materialista histórico
dialético, no qual, a educação é entendida como a apropriação do saber historicamente
produzido e a prática social que consiste na própria atualização cultural e histórica do
homem. (Vázquez, 2007).
Conforme os princípios da Gestão Democrática o Colégio Orso tem nas suas
instâncias colegiadas (APMF, Conselho Escolar, Grêmio Estudantil) a participação dos
diversos segmentos envolvidos no processo educacional, para que as discussões e
tomadas de decisões sejam realizadas no coletivo contemplando assim o processo
democrático.
27. PLANO DE AÇÃO DO ESTABELECIMENTO
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Problemas Levantados
Falta de tempo para uma participação mais efetiva dos membros da escola;
Compreensão e conhecimento fragmentado do Projeto Pedagógico por parte dos membros
da escola;
Falta de atualização do mesmo.
Ações do Colégio em 2011
De acordo com o calendário escolar e com o projeto de formação continuada, definir,
organizar e realizar espaços para aprofundar as discussões sobre diversos temas ligados ao
processo educacional;
82
Organizar espaços para estudos e discussão sobre pontos específicos do Projeto
Pedagógico, ressaltando a necessidade da sua efetivação no interior da escola;
No processo de formação continuada, é preciso demonstrar a importância de se discutir e
compreender a escola na sua totalidade, inserida na comunidade e na sociedade;
Atualização do Projeto Político Pedagógico.
Período
No decorrer do ano letivo.
Responsável
Equipe pedagógica com envolvimento, das instâncias colegiadas.
REGIMENTO ESCOLAR
Problemas levantados
O não cumprimento das normas estabelecidas no Regimento Escolar por parte da
comunidade escolar;
Há um desconhecimento das normas previstas no Regimento Escolar por parte da
comunidade escolar;
A grande rotatividade de professores dificulta realizar um trabalho mais efetivo sobre o
conhecimento e a aplicação do Regimento Escolar.
Ações do Colégio em 2011
Desenvolver atividades e outras formas de divulgação, com o objetivo de esclarecer
pontos do Regimento Escolar, bem como demonstrar a necessidade do seu cumprimento
por parte de todos os membros da escola indistintamente;
A apresentação do Regimento Escolar para todos os membros da comunidade escolar,
principalmente para os alunos e as famílias.
Período
No decorrer do ano letivo.
Responsável
Equipe Pedagógica e direção.
INSTÂNCIAS COLEGIADAS: GRÊMIO ESTUDANTIL / APMF / CONSELHO
ESCOLAR / AUTO DEFENSOR
Problemas levantados
Há um certo descrédito da comunidade escolar sobre o papel e a necessidade dessas
Instâncias Colegiadas no interior da escola;
83
Há uma falta de incentivo e valorização dessas instâncias como forma de participação e
democratização das decisões na escola;
Há uma grande dificuldade de reunir essas instâncias, sobretudo, em face da sobre carga
de trabalho de todos os envolvidos.
Ações do Colégio em 2011
Realizar encontros, reuniões e outras formas de demonstrar o papel e a importância da
existência dessas instâncias colegiadas no interior da escola, como forma de valorizar a
participação e a democratização;
Criar condições para que essas instâncias tenham um funcionamento mais efetivo nas
tomadas de decisões sobre os rumos da escola;
Organizar e dar publicidade sobre o calendário de reuniões dessas instâncias colegiadas.
Período
No decorrer do ano letivo.
Responsável
Equipe pedagógica e direção.
ENTIDADES EXTERNAS
Problemas levantados
Há uma falta de conhecimento do papel e da contribuição que as entidades externas
podem oferecer para a escola, sobre aquelas que desenvolvem programas sócio-
educacionais;
É preciso construir formas e mecanismos de estreitamento, relacionamento e aproximação
entre a escola e as entidades externas, buscando ação em conjunto.
Ações do Colégio em 2011
Organizar visitas em algumas entidades para conhecer o trabalho e procurar intercambiar
informações e realizar ações em conjunto, quando for o caso;
Esclarecer a comunidade escolar sobre o trabalho das entidades externas, principalmente
daquelas com mais afinidades com a escola;
Realizar reuniões com as entidades externas da área de abrangência da escola, procurando
definir algumas ações conjuntas;
Convidar os representantes das entidades externas para fazer algumas palestras na escola
e informar sobre as ações que realizam.
Período
No decorrer do ano letivo.
84
Responsável
Equipe, direção e professores
PLANEJAMENTO PARTICIPATIVO
Problemas levantados
Falta de uma compreensão mais clara dos membros da escola sobre a realização e a
efetivação do planejamento participativo;
Falta de exercitar coletivamente a prática do planejamento participativo;
A ausência da família nas atividades realizadas pela escola.
Ações do Colégio em 2011
Providenciar material e proporcionar encontros com toda a comunidade escolar para
maior compreensão da importância da participação coletiva na elaboração do
planejamento participativo;
Criar aperfeiçoar, mecanismos de monitoramento, acompanhamento e avaliação da
execução do planejamento participativo.
Período
No decorrer do ano letivo.
Responsável
Comunidade Escolar
COMPRIMENTO DO CALENDÁRIO ESCOLAR EM DIAS LETIVOS E HORAS-
AULA
Problemas levantados
Falta de professor no início do ano letivo, ou professor substituto no caso de licença
médica, afastamento para capacitação, etc.
Ações do Colégio em 2011
Questionar juntos aos órgãos superiores à agilização da indicação dos professores no
início do ano letivo ou a substituição quando for o caso.
Período
No decorrer do ano letivo.
Responsável
A direção.
RELAÇÃO ESCOLA-COMUNIDADE
85
Problemas levantados
A falta de uma participação mais efetiva dos pais no acompanhamento dos seus filhos nas
atividade da escola;
A falta de compreensão dos papéis e das atribuições específicas de cada uma das
instituições - escola e família;
Falta de envolvimento da família nas atividades realizadas pela escola.
Ações do Colégio em 2011
Proporcionar encontros, reuniões, palestras e orientações para as famílias, sobre o
processo educacional dos seus filhos;
Organizar grupos de pais para a troca de experiências sobre os problemas comuns
enfrentados na educação e relacionamento com os filhos / escola;
Possibilitar momentos de participação dos pais nas atividades promovidas pela escola,
APMF, Conselho de Classe, atendimento individual sobre a educação dos filhos, reuniões
pedagógicas, entre outras;
Participação dos pais nas instâncias colegiadas da escola;
Levantamento e monitoramento por parte da equipe pedagógica, professores e da direção
sobre a participação dos pais ou responsáveis, no sentido de acompanhar a frequência e
rendimento dos filhos na escola;
Garantir a participação dos pais nas tomadas de decisões nos assuntos relativos a vida
escolar, principalmente nas instâncias colegiadas.
Período
No decorrer do ano letivo.
Responsável
Equipe, direção e professores.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR / PLANO DE TRABALHO DOCENTE
Problemas levantados
A elaboração dos planos docentes de modo isolado por parte de cada professor, sem
estabelecer relação ou vínculo com outras disciplinas;
Falta de articulação entre as disciplinas na elaboração e implementação dos projetos
interdisciplinares.
Ações do Colégio em 2011
Planejamento participativo entre os professores, equipe e direção, no estudo, elaboração,
execução e avaliação dos planos docentes, projetos e plano de ação da escola;
86
Maior comprometimento e envolvimento da comunidade escolar na execução das
atividades no plano de ação da escola.
Período
No decorrer do ano letivo
Responsável
Equipe Pedagógica
AVALIAÇÃO ESCOLAR
Problemas levantados
Falta de compreensão do que seja a avaliação processual, bem como dos instrumentos
utilizados na realização e aplicação das formas de observação e aferição da apreensão dos
conhecimentos, decorrentes da relação ensino aprendizagem.
Ações do Colégio em 2011
Discutir e efetivar os processos de avaliação estabelecidos no Regimento Escolar;
Reuniões pedagógicas para a retomada dos processos avaliativos nos seus diversos
aspectos, objetivando melhorias na relação ensino aprendizagem;
Possibilitar encontros entre professores, equipe pedagógica e a direção, propiciando
reflexões e troca de experiências sobre o processo de avaliação escolar.
Período
No decorrer do ano letivo
Responsável
Equipe pedagógica
CONSELHO DE CLASSE
Problemas levantados
Falta de compreensão sobre as atribuições do Conselho de Classe;
Falta de critérios avaliativos nas avaliações, deixando margem para opiniões e
comentários muitas vezes preconceituosos sobre os alunos;
Dificuldade de assegurar a realização de reuniões do Conselho de Classe com a presença
dos profissionais da secretaria, da direção e do aluno representante de turma, bem como
todos os registros em ata, conforme prevê o Regimento Escolar e Deliberação 07/99.
Ações do Colégio em 2011
Desenvolver todos os esforços no sentido de garantir todas as etapas de avaliação do
Conselho de Classe previstas no Regimento Escolar;
87
Continuar realizando encontros e discussão sobre a avaliação, procurando avançar na
busca da definição de critérios e outros mecanismos de compreensão e democratização do
processo de avaliação;
Realizar todos os esforços, comprometer-se no sentido de informar os professores e
garantir que os livros de registros de chamadas, seja preenchidos conforme prevê a
normalização;
Os elementos levantado nas reuniões do Conselho de Classe devem servir como dado de
reflexão sobre a prática pedagógica desenvolvida na escola entre todos os participantes,
principalmente professores e equipe.
Período
No decorrer do ano letivo.
Responsável
Equipe pedagógica e direção.
HORA – ATIVIDADE
Problemas levantados
Em questão do conflito de horário dos professores que trabalham em diversas escolas,
torna-se difícil organizar a hora atividade de modo que possa haver encontro entre as
áreas para planejamento e compartilhamento de experiências;
A obrigatoriedade do cumprimento da hora atividade em tempo integral na escola;
Sobre carga de trabalho da equipe pedagógica, dificultando o acompanhamento e a
realização de encontros com os professores durante o período da hora atividade.
Ações do Colégio em 2011
A equipe pedagógica deve proporcionar encontros e momentos de reflexão por área
específica com os professores em horário pré-agendados, sendo que os professores
presentes poderão compensar na sua hora atividade.
Período
No decorrer do ano letivo
Responsável
Direção, equipe e professores.
RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS
Problemas levantados
Pelo fato do número excessivo de alunos em sala e a falta de tempo do professor, a
88
recuperação dificilmente consegue repor todo o conteúdo perdido no caso de faltas ou por
baixo desempenho nas provas ou outras atividades / observações avaliativas.
A falta de planejamento do professor, da previsão das atividades significativas e outras
formas que possam servir de recuperação de conteúdos, também acaba sendo um
problema que é prejudicial ao aluno.
Ações do Colégio em 2011
Discutir e definir critérios e procedimentos para a realização da recuperação de estudos
paralelos, conforme determina o Regimento Escolar.
Período
No decorrer do ano letivo.
Responsável
Professores regentes.
SALA DE APOIO
Problemas levantados
Falta / dificuldade de integração do professor da Sala com os professores regentes e a
equipe pedagógica, com o objetivo de intercambiar informações sobre o trabalho e o
progresso dos alunos na apropriação / domínio dos conhecimentos específicos;
Falta / dificuldade de participação da professora da Sala de Apoio nas reuniões do
Conselho de Classe, fato que acaba dificultando na avaliação de alguns casos;
Falta de orientação do professor da Sala de Apoio para os professores regentes,
principalmente no que respeita aos encaminhamentos das questões dos alunos que
merecem uma atenção conjunta;
Dificuldade da equipe acompanhar mais de perto e assessorar todo este processo,
inclusive na elaboração de critérios e na definição dos alunos que serão encaminhados
para a Sala;
A falta de acompanhamento mais de perto do professor regente aos alunos que
frequentam a Sala de Apoio.
Ações do Colégio em 2011
Garantir a presença do professor da Sala de Apoio em todas reuniões do Conselho de
Classe, exceto por motivo de incompatibilidade de horário em função de trabalho em
outro local;
Promover encontros, reuniões e outras atividades entre equipes, professores, pais e o
professor da Sala de Apoio, para o intercambio de informações e encaminhamentos
89
pedagógicos.
Período
No decorrer do ano letivo.
Responsável
Professor da Sala de Apoio.
SALA DE RECURSOS
Problemas levantados
Dificuldade de caracterizar e avaliar os alunos com necessidades especiais, que deverão
ser encaminhados para a sala de recursos;
A tendência de confundir alunos com necessidades especiais com alunos com indisciplina
de sala de aula, principalmente por parte dos professores regentes;
Dificuldade do professor da Sala de Recursos no intercambio de informações e definição
de estratégias conjuntas, com os professores regentes e a equipe pedagógica;
O trabalho da Sala de Recursos distanciado do restante da escola;
Dificuldade da participação do professor nas reuniões do Conselho de Classe, o que limita
as avaliações e os encaminhamentos em certos casos específicos.
Ações do Colégio em 2010
Realizar encontros, reuniões e outras formas de abordagens sobre a inclusão de alunos
com necessidades especiais na escola, inclusive sobre os aspectos da legislação;
Priorizar nas reuniões do Conselho de Classe os assuntos referentes ao processo ensino
aprendizagem dos alunos com necessidades especiais, bem como as formas de adaptações
de curriculares e outras necessidades especiais.
Período
No decorrer do ano letivo.
Responsável
Equipe e professor especialista.
REGISTRO E ACOMPANHAMENTO DE ALUNOS INCLUÍDOS
Problemas levantados
Falta de uma atenção mais próxima da escola em relação aos alunos com necessidades
especiais matriculados;
Falta de adaptação no espaço físico da escola, dificultando sobretudo o acesso de usuários
de cadeiras de rodas.
90
Ações do Colégio em 2011
Realizar reuniões e outras atividades de conscientização de alunos, professores, da equipe,
das famílias, sobre os direitos e as necessidades deste alunado;
Providenciar a remoção das barreiras arquitetônicas nos espaços remanescentes
Período
No decorrer do ano letivo.
Responsável
Equipe, secretaria e professores.
REUNIÕES PEDAGÓGICAS / SEMANAS PEDAGÓGICAS
Problemas levantados
Falta de maior organização e acompanhamento da parte da equipe pedagógica na
realização das atividades da semana pedagógica, a partir das orientações encaminhadas
pela SEED/NRE;
A distribuição das aulas não deve ser na mesma data da capacitação nas escolas e no
NRE, pois interfere no resultado da participação dos professores na formação;
Maior comprometimento e participação da comunidade escolar nas atividades de
capacitação realizada na escola;
Melhor aproveitamento e valorização do tempo destinado à formação continuada, uma
vez que representa um espaço privilegiado de troca de experiências entre a comunidade
escolar.
Ações do Colégio em 2011
É necessário que os roteiros e as orientações sobre a capacitação, seja enviados com maior
antecedência pela SEED/NRE, o que facilita na organização das atividades.
Período
No decorrer do ano letivo.
Responsável
SEED/NRE E A ESCOLA
ENFRENTAMENTO À EVASÃO
Problemas levantados
Falta de interesse dos alunos e a sua despreocupação com a participação nas aulas e nas
demais atividades da escola;
As causas socioeconômicas que interferem na desestruturação familiar com
91
consequências e reflexos na vida dos alunos;
A necessidade de trabalhar;
A falta de um acompanhamento e de um acompanhamento e de uma assistência mais
efetiva da escola e da família aos alunos propensos a evadir da escola;
Falta de uma melhor articulação da escola com outros órgãos e entidades externas que
também desenvolvem ações destinadas a evitar a evasão escolar.
Ações do Colégio em 2011
Realizar um trabalho mais efetivo de acompanhamento e assistência aos alunos com
maiores probabilidades de evadir da escola, procurando demonstrar a eles e seus
familiares a importância da educação escolar no atual momento histórico;
Procurar investigar e reunir dados e informações sobre quais são as principais causas que
levam a evasão da escola, inclusive tentando identificar se este fenômeno tem ligação
com a qualidade das aulas ou de alguma coisa que a escola deixa a desejar em termos dos
anseios dos alunos;
Intensificar o trabalho de conscientização e convencimento dos alunos sobre a
necessidade deles permanecerem na escola, por meio de reuniões e palestras em salas de
aulas ou em grupos mais ampliados;
Realizar um trabalho com alunos que desempenham uma boa relação com os demais,
procurando aproveitar essa referência positiva como elementos mediadores com os
educandos “problemas” com maior propensão de evadir da escola.
Criar grupos de discussões/reflexões e troca de experiências positivas com pais e alunos,
incentivando e demonstrando a necessidade de buscar saídas coletivas e cooperativas para
os problemas da escola;
Buscar articulação e cooperação com outros órgãos e entidades externas que possam
auxiliar nesta tarefa.
Período
No decorrer do ano letivo.
Responsável
Equipe e direção.
JORNADA PEDAGÓGICA
Problemas levantados
As jornadas deveriam garantir um maior espaço de reflexão e debates nos grandes grupos,
com o objetivo de assegurar a troca de experiências e aprofundar algumas teses mais
92
polemicas sobre os rumos da educação;
A participação dos professores nas jornadas, sempre acaba provocando alguns transtornos
na escola, devido à falta de substitutos para as atividades descobertas;
A dificuldade de repassar as informações e refletir sobre os assuntos discutidos nas
jornadas, com os demais membros da escola em horários apropriados.
Ações do Colégio em 2011
Realizar encontros e outras formas de atividade com objetivo de refletir com a
comunidade escolar os principais problemas enfrentados pela escola no que tange a
qualidade da educação social e escolar;
Aproveitar melhor os espaços de formação continuada, potencializando e valorizando esta
conquista que, se bem utilizada, pode cumprir um papel importante na melhoria da
educação pública.
Período
No decorrer do ano letivo.
Responsável
Equipe e direção.
GRUPOS DE ESTUDOS
Problemas levantados
A participação no grupo de estudos, muito mais como a preocupação da obtenção do
certificado para o avanço na carreira, do que propriamente com o conhecimento e a troca
de experiências visando a capacitação e a melhoria da qualidade da educação;
A baixa participação dos inscritos nos grupos, tanto do ponto de vista presencial como nas
intervenções/contribuições nas discussões.
Sobre a carga de trabalho na educação, ao lado das responsabilidades, familiares dos
membros da escola, contribui para a precarização da participação nos grupos de estudos.
Ações do Colégio em 2011
Reforçar a importância dos grupos de estudos como conquista e como forma de formação
profissional que pode sim ampliar os horizontes dos participantes;
Procurar demover da consciência de boa parte dos membros da escola a ideia de que esses
encontros de formação são “bobagens” que pouco ou nada contribuem;
Organizar melhor as atividades dos grupos de estudos, bem como exigir a frequência e a
participação nos estudos e nas “tarefas” propostas.
Período
93
No decorrer do ano letivo.
Responsável
Equipe
SIMPÓSIOS / SEMINÁRIOS / ENCONTROS / CURSOS
Problemas levantados
Não obstante o reconhecimento da importância da realização e da participação nesses
espaços de reflexão, na realidade sempre acaba conflitando com a sobre carga de trabalho
dos profissionais, uma vez que, mesmo quando saem no horário de trabalho, precisam
depois repor ou recupera o “tempo perdido” aqui no chão da escola.
A falta de mais cursos ou encontros de capacitação em áreas específicas do conhecimento.
Ações do Colégio em 2011
Ampliar a realização de cursos em disciplinas específicas, reforçando a capacitação
profissional dos professores e a consequente melhoria na oferta da educação;
Promover cursos, seminários e simpósios na escola, com temas, palestrantes e datas
previamente definidas, aberto a toda a comunidade escolar (principalmente pais e alunos),
mediante inscrições antecipadas, com a garantia de certificado ou declaração de
participação.
Período
No decorrer do ano letivo.
Responsável
Equipe e direção
PDE / GTR
Problemas levantados
Restrição de acesso ao programa, privilegiando um grupo muito restrito de profissionais.
Ações do Colégio em 2011
No decorrer do ano letivo.
Responsável
SEED / NRE
PRODUÇÃO DE MATERIAL (FOLHAS / OAC)
Problemas levantados
Programas pouco divulgado e falta de interesse.
94
Ações do Colégio em 2011
Incentivar e demonstrar a importância da participação e na produção do Folhas / OAC.
Período
No decorrer do ano letivo.
Responsável
Equipe, direção e professores
PROJETOS ESPECÍFICOS DA ESCOLA
Problemas levantados
Dificuldade de definir coletivamente e implementar com a participação de toda a
comunidade escolar, alguns projetos significativos que possam apresentar resultados
efetivos;
Pouco envolvimento da comunidade escolar nos projetos implementados pela escola;
A falta de discussão e avaliação sobre os projetos com as instâncias coletivas da escola
(Grêmio, APMF e Conselho Escolar).
Ações do Colégio em 2011
Valorizar a participação das instâncias coletivas na decisão, acompanhamento e avaliação
dos projetos específicos desenvolvidos pela escola.
Envolver os membros das diretorias das instâncias coletivas nos projetos específicos da
escola, de acordo com as características das ações;
Levantar com os alunos, os pais e os professores os assuntos de interesse antes de elaborar
e implementar os projetos;
Organizar arquivos e registros documentais dos projetos como forma de preservar a
história e a memória da escola.
Período
No decorrer do ano letivo.
Responsável
Equipe e secretaria.
SEMANA CULTURAL E ESPORTIVA
Problemas levantados
Falta de organização e envolvimento coletivo da comunidade escolar nas atividades
culturais ou desportivas das semanas;
Pouco resultado efetivo com a realização das atividades culturais e desportivas dessas
95
datas.
Ações do Colégio em 2011
Definir com antecedência e coletivamente as atividades, escolhendo os responsáveis por
cada uma delas e cobrando o compromisso da participação do começo ao fim;
Encontrar estratégias para envolver a comunidade escolar tanto na organização como na
participação das atividades das semanas;
Procurar conscientizar principalmente os alunos que essa semana cultural e desportiva faz
parte do calendário e dos conteúdos, evitando-se a ideia festiva.
Período
Semestral
Responsável
Comunidade escolar
PROGRAMAS INSTITUCIONAIS DA SEED: FERA ; COM CIÊNCIA / JOCOPS /
CELEM
Problemas levantados
Restrição do número de participantes no FERA e no COM CIÊNCIA;
Entraves burocráticos na abertura do CELEM.
Ações do Colégio em 2010
Ampliar o número de vagas (FERA COM CIÊNCIA), possibilitando maior acesso dos
alunos das diversas escolas;
Facilitar a abertura e ampliar o acesso ao CELEM.
Período
Conforme cronograma da SEED.
Responsável
SEED / NRE, direção, equipe e professores.
DESAFIOS EDUCACIONAIS COMTEMPORÂNEOS: EDUCAÇÃO AMBIENTAL,
SEXUALIDADE, ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA NA ESCOLAS, PREVENÇÃO
AO USO INDEVIDO DE DROGAS, EDUCAÇÃO FISCAL, HISTÓRIA E CULTURA
AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA.
Problemas levantados
Dificuldade de contextualizar os problemas específicos e inserí-los na totalidade dos
conteúdos abordados pelas disciplinas, inclusive estabelecendo relações e pontos com
96
outras disciplinas.
Ações do Colégio em 2011
Desenvolver projetos e atividades específicas articuladas com os conteúdos das
disciplinas buscando relação com a conjuntura socioeconômica, política, cultural,
ideológico e, principalmente com a realidade onde a escola esta inserida;
Realizar palestras e seminários abordando temas específicos.
Período
No decorrer do ano letivo.
Responsável
Equipe, professores e direção.
MATERIAIS E AMBIENTES DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS: LABORATÓRIO DE
CIÊNCIAS E DE INFORMÁTICA / TV PAULO FREIRE, TV PENDRIVE, ACERVO
DA BIBLIOTECA, LIVRO DIDÁTICO PÚBLICO
Problemas levantados
Recursos insuficientes para cumprir as necessidades da escola;
O engessamento dos recursos financeiros que só podem ser gastos com determinadas
despesas , segundo cada um dos programas;
A falta de recursos financeiros acaba forçando a escola buscar nas famílias e outras
formas, os recursos para suprir as necessidades.
Ações do Colégio em 2011
A SEED deve destinar mais recursos para as escolas;
A APMF deve encontrar algumas alternativas de captar recursos para subsidiar algumas
ações na escola.
Período
No decorrer do ano letivo.
Responsável
SEED / NRE, APMF e direção.
28. PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA
OBJETIVO
97
Promover a participação coletiva dos profissionais da Educação, coordenando e
acompanhando o processo pedagógico, estabelecendo inter-relações com a direção, os
professores, o administrativo, serviços gerais, pais e os alunos, envolvendo-os nas
atividades diárias e nos projetos desenvolvidos promovendo também o conhecimento e a
efetivação do Projeto Político Pedagógico da escola.
AÇÕES METODOLOGIA AVALIAÇÃO/REAVALIAÇÃO
1- Coordenar junto a
Direção o processo
de distribuição de
aulas e disciplinas a
partir de critérios
legais e de acordo
com a proposta
pedagógica.
- Obedecer às diretrizes da
SEED, do NRE de Cascavel
e da Proposta do Colégio
Estadual José Ângelo
Baggio Orso.
- Sugerir aos professores
que procurem adequar o seu
perfil à série.
- Participar efetivamente da
distribuição de aulas.
- Resolução 139/09.
- Conversação com os professores,
ouvindo suas argumentações.
- Análise da grade curricular.
- Registrar por escrito.
2- Organizar,
coordenar e
participar do Projeto
de Formação
Continuada
juntamente com
todos os
profissionais da
escola, tendo como
finalidade a
realização e o
aprimoramento do
trabalho pedagógico
escolar.
- Participar de grupos de
Estudos, reuniões técnicas
com a SEED.
- Selecionar materiais que
fundamente a prática
pedagógica.
- Hora atividade, resolução
nº 03/97 CNE.
- Organizar espaço para
estudo, pensando na
integração do coletivo.
- Seguir orientações e cronogramas
estabelecidos pela SEED.
- Análise dos relatórios e sínteses
elaboradas pelos grupos.
- Verificar a participação de todos os
envolvidos.
3- Coordenar a - Formar grupos de estudos - No final das realizações dos trabalhos
98
elaboração e re-
elaboração do
Projeto Político
pedagógico e do
Plano de Ação da
Escola.
para leituras, discussões e
apresentação de sugestões
para re-elaboração do PPP.
serão ouvidos e observados os
resultados dos trabalhos.
4- Acompanhar e
Coordenar a
construção curricular
da escola, a partir
das políticas
educacionais da
SEED/PR e das
DCES.
- Propiciar momentos de
estudos e reflexões dentro
da escola, bem como,
acompanhamento aos
professores nos encontros de
estudos fora da escola.
5- Orientar os
professores quanto
aos livros de
Registros de Classe,
sistema de Avaliação
do Estabelecimento
e Registro de
Avaliações, bem
como os demais
registros necessários.
- Nas reuniões pedagógicas,
conselhos de classe e hora
atividade, acompanhar e
orientar os professores sobre
o preenchimento dos
documentos na vida escolar
dos alunos, conforme
instrução 14/08, fornecendo
aos professores uma pasta
arquivo, contendo todas as
informações necessárias do
Estabelecimento.
- Informar aos pais o
rendimento dos alunos.
- Calendário Escolar.
- Vistar os livros de Registros de
Classe, observando se estão
contemplados todas as orientações
fornecidas no decorrer do ano letivo.
6- Promover e
coordenar reuniões
pedagógicas para
reflexão e
- Selecionar materiais que
fundamente a prática
pedagógica visando o
assessoramento aos
- Oportunizar aos participantes troca de
experiência
e exposição oral.
- Analisar os relatórios produzidos.
99
aprofundamento de
temas relativos ao
trabalho pedagógico
e para elaboração de
propostas de
intervenção na
realidade da escola.
professores, contribuindo
assim ao combate a evasão e
repetência escolar.
- Calendário escolar,
orientação nº 4409/2008 e
promover debates sempre
que se fizer necessário.
- Reler as atas.
- Retomar os compromissos acordados.
7- Coordenar a
Organização do
espaço e tempo
escolar a partir do
PPP e da Proposta
Curricular,
intervindo na
elaboração do
calendário letivo, na
formação de turmas,
na definição e
distribuição do
horário semanal das
aulas.
- Utilizar-se do calendário
escolar, mapas de turmas,
distribuição de aulas.
- Elaborar horário semanal e
hora atividade.
- Analisar no espaço físico
qual a melhor distribuição
das turmas por série,
adequando sempre que
necessário a disposição das
mesmas.
- Calendário resolução nº
4409/08, mapas de turma,
distribuição de aulas,
resolução nº 139/09 horário,
projeto para harmonização
do espaço recreio, hora
atividade resolução nº 03/97
CNE.
- Orientar, coordenar grupos
de apoio (alunos,
professores e funcionários
da escola).
- Acompanhamento do trabalho no
decorrer do ano letivo.
- No contato direto com os professores
durante o atendimento.
8- Orientar o
processo de
- organizar e coordenar
reuniões para
- Observar durante o ano letivo o
envolvimento dos professores e dos
100
elaboração dos
planejamentos de
Ensino junto ao
coletivo de
professores da
escola, bem como da
construção do Plano
de trabalho Docente
de forma a garantir a
consonância entre
Diretrizes
Curriculares e Plano
Docente.
desenvolvimento dos
trabalhos.
- Utilizar as horas atividades
para orientações e
acompanhamento em grupos
e/ou individual aos
professores.
- DCES.
alunos na efetivação do planejamento.
9- Organizar a hora
atividade do coletivo
de professores da
escola de maneira a
garantir que esse
espaço-tempo seja
de reflexão-ação
sobre o processo
pedagógico
desenvolvido em
sala de aula.
- acompanhar a hora
atividade dos professores e
subsidiá-los sugerindo
atividades que possa
enriquecer e incrementar a
prática do professor.
- Atender durante a hora
atividade o professor
verificando as necessidades
individuais nas disciplinas
de cada docente.
- Verificar se as sugestões fizeram a
diferença na prática diária do coletivo
da escola.
10- Viabilizar o
canal de
comunicação de
acompanhamento e
avaliação do
trabalho pedagógico
com a comunidade
interna e externa.
- Organizar pastas
individuais das turmas onde
contém uma ficha de
acompanhamento de cada
aluno, constando
ocorrências de tudo que diz
respeito ao aluno.
- Atender aos pais sempre
que comparecerem
- Repensar sempre que necessário as
ações desenvolvidas, socializando-as
com seus pares.
- Analisar se houver ou não mudanças
de atitudes dos alunos após atividades
desenvolvidas na turma.
- Registro por escrito.
101
colocando-os ciente de
todos os registros do aluno.
- Organizar juntamente com
a Direção, reuniões de pais
para informes sobre ações
da escola.
- Acompanhamento das
turmas (alunos).
- Palestra de incentivo aos
estudos.
- Atendimento a alunos com
dificuldades de
aprendizagem, com a sua
inclusão no processo
educativo.
- Acompanhamento e
encaminhamento de casos
especiais: indisciplinas,
desvios comportamentais,
problemas de aprendizagens
(FICA).
- Solicitar a participação da
família sempre que
necessário.
- Prevenção e
acompanhamento da evasão
escolar.
- Leitura das normas
estabelecidas conforme
Regimento Escolar no que
se refere aos direitos e
deveres, a consciência da
liberdade, responsabilidade
102
e respeito.
- Incentivo na participação
de projetos, gincanas,
simulados, avaliação externa
e interna.
- Atendimento a pequenos
grupos.
11- Apresentar
propostas,
alternativas,
sugestões e/ou
críticas que
promovam o
desenvolvimento e o
aprimoramento do
trabalho pedagógico
escolar, conforme o
PPP, Proposta
Curricular e o Plano
de Ação da Escola e
as Políticas
Educacionais da
SEED.
- Retomar as diretrizes
curriculares, o processo de
avaliação, estabelecendo
relação entre ensino e
aprendizagem.
- Acompanhar o professor
através da hora atividade
assessorando e refletindo
sobre os procedimentos
metodológicos.
- Verificar se as propostas alternativas e
sugestões, críticas surtiram o efeito
desejado e se o mesmo promoveu
mudanças e melhorias para a instituição
e comunidade escolar.
- No decorrer das atividades no âmbito
escolar e em todos os momentos,
reuniões, grupos de estudo, hora
atividade.
12- Analisar os
projetos de natureza
pedagógica a serem
implantados no
colégio.
- Emitir parecer e/ou
sugestões, priorizando
projetos coletivos.
- Participar do
desenvolvimento dos
Projetos a serem
desenvolvidos durante o ano
letivo culminando com as
apresentações de toda
comunidade escolar.
- Promover a avaliação coletiva no final
dos trabalhos.
- Mapear as atividades desenvolvidas
pela escola e verificar os resultados
como melhoria para a instituição e
comunidade escolar.
103
13- Organizar a
realização dos
Conselhos de Classe
e coordenar a
elaboração de
propostas de
intervenções
decorrentes do
processo.
- Promover a participação
de alunos nas discussões do
conselho de classe.
- Coordenar e efetivar os
pré-conselhos de classe
participativo, garantindo um
processo coletivo de
reflexão-ação sobre o
trabalho pedagógico
desenvolvido pela escola em
sala de aula, coordenando a
elaboração de propostas de
intervenção e realizando
eventuais encaminhamentos
aos programas educacionais
existentes na escola.
- Ata do Conselho de Classe.
- Conservação com o grupo, ouvindo a
argumentação dos professores.
- Verificar como está sendo a
participação e o retorno dos alunos nas
discussões do Conselho de Classe.
- Observar os acordos do conselho de
classe e mobilizar para a efetividade
destes.
14- Informar a
comunidade escolar
os resultados do
aproveitamento
escolar dos alunos de
forma a promover o
processo do ensino
aprendizagem.
- Reuniões com a
comunidade tratando de
assuntos referentes ao
processo de ensino
aprendizagem.
- Elaboração de
instrumentos que permitam
acompanhar o
desenvolvimento dos
educandos durante sua
trajetória escolar.
- Observar os acordos do Conselho de
Classe e mobilizar para efetividade
destes.
- Acompanhamento da realização das
ações desenvolvidas pelos envolvidos.
- Promover a participação dos pais nas
reuniões e observar se os temas
propostos refletem e melhorias para
eles e a comunidade escolar como um
todo.
15- Propiciar o
desenvolvimento da
representatividade
dos alunos e sua
participação nos
diversos momentos e
- Liderança, fortalecimento
do Conselho Escolar,
Grêmio Estudantil,
Liderança de Sala, ACES.
- Utilizar-se das assembleias
de pais para participar a eles
- Na efetivação das ações destes
colegiados.
104
órgãos colegiados da
escola.
tais informações.
16- Conhecer e
acompanhar os
programas e projetos
implantados na
escola: Viva Escola
(Dança, Teatro e
Cultura Afro),
CELEM, Espanhol,
Sala de Apoio, Sala
de Recursos.
- Analisar emitindo parecer
favorável sempre quando o
processo for de cunho
pedagógico e que contribua
para a formação para a
formação dos alunos.
- Acompanhar o
desenvolvimento destes
projetos, auxiliando o
trabalho do professor.
- Encaminhar e/ou auxiliar
no encaminhamento dos
alunos para tais programas.
- Acompanhar a frequência,
contactando co os pais
sempre que necessário.
- Preenchimento dos relatórios e
parecer conforme solicitação da SEED.
- Observação constante dos resultados
alcançados.
17- Desenvolver
projetos que
promovam a
interação escola-
comunidade, de
forma a ampliar os
espaços de
participação de
democratização das
relações de acesso ao
saber.
- Temas sociais
contemporâneos (Meio
Ambiente, Prevenção de
drogas e Violência,
Sexualidade, Liderança,
Discriminação,
Desigualdades Sociais).
- Reuniões periódicas com a
Equipe Pedagógica.
- Avaliação coletiva no final dos
trabalhos.
18- Promover a
construção de
estratégias
pedagógicas de
- Textos para estudo sobre o
tema.
- Verificar a participação dos
envolvidos.
- Observação constante em sala de aula,
recreio no que se refere a brincadeiras,
105
superação de todas
as formas de
Preconceito e
exclusão social.
comportamento em geral dos alunos.
19- Observar os
preceitos
constitucionais, a
Legislação
Educacional em
vigor e o Estatuto da
Criança, como
Fundamentos da
prática Educativa.
- Leitura da LDB 9394/96,
Constituição e Estadual,
ECA, Resolução nº
4409/2008, Deliberação
007/99 e 09/01, Resolução
139/09, Lei Complementar
103, Cargos e Salários, 101
Ampliação da Jornada e 106
Promoção e Progressão.
- Encaminhamentos ao
Conselho Tutelar através da
ficha FICA e contato direto
com Conselheiro tutelares e
família.
- Fazer cumprir o disposto
no Regimento Escolar.
- Minimização das situações que
envolvem tais entidades.
20- Interar-se da
Organização
pedagógica da
biblioteca da escola,
assim como do
processo de
aquisição,
empréstimo,
pesquisa, seleção de
materiais,
equipamentos e/ou
livros de uso
didático-pedagógico.
- Em conjunto com o
responsável pela biblioteca
acompanhar o processo de
normatização para o uso da
biblioteca pela comunidade
escolar, mantendo
professores e alunos
informados em relação às
mudanças, bem como
recebendo sugestões de
novas aquisições.
- Observar durante o ano letivo o
envolvimento dos professores e alunos
106
29. ESTRUTURA DE PLANO DE AÇÃO DE COMBATE A EVASÃO
CAUSAS DIAGNOSTICADAS DA EVASÃO: * distorção idade-série, *repetência, *
falta de acompanhamento dos pais, *conflitos familiares por consumo de álcool, *consumo
de álcool ou de substâncias entorpecentes por parte do aluno, * envolvimento do aluno com
práticas infracionárias, * maus tratos na família, * aluno submetido à medida sócio
educativa.
CO
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OBJETIVOS/
ANÁLISE DOS
DADOS
METODOLOGIA
RESULTADOS
ESPERADOS/
APRESENTADOS
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Conhecer as causas da
evasão quando o aluno
começa a faltar;
Elaborar caderno de
registro por turma,
constando o nome e o
número de cada aluno,
onde o líder será o
responsável por anotar
os alunos faltosos e
comunicar a equipe
pedagógica;
Elaborar um livro de
registro para a equipe,
onde constem todos os
dias letivos com
presença ou falta,
facilitando a verificação
e diálogos com os pais
quando necessário;
Encaminhamento para
Conselho Tutelar ou
Na ocorrência das
primeiras faltas a família
já é contatada por fone, ou
bilhete;
Quando não é encontrada,
ou não se resolve o caso
das faltas consecutivas ou
não, é realizado o primeiro
encaminhamento as
Conselho Tutelar;
Os relatórios são
pedagógicos, realizados
pela equipe pedagógica,
levando em conta todas as
anotações e tentativas de
contato com a família;
Em situações de maus
tratos, uso de álcool
(aluno/família) são feitos
relatórios de cada
disciplina além do
relatório da equipe, e
Em alguns casos o diálogo
com a família tem sido
suficiente;
Os encaminhamentos para
Conselho Tutelar dos casos
não graves tem resultado
imediato, porém os casos
graves de repetência
aumentando a distorção
idade-série, abandono
familiar, uso de álcool pelo
aluno ou família, uso de
entorpecentes, não estão
tendo solução eficaz, são
tomadas medidas paliativas,
o aluno volta um ou dois dias
e evade novamente.Nestes
casos estamos comunicando
a Vara da Infância e
Juventude;
Em um dos casos a mãe
perdeu a guarda para a avó
107
Serviços oferecidos pela
Rede de Proteção
quando necessário;
Quando há falta de
acompanhamento dos
pais, ou maus tratos na
família, uso do álcool
ou entorpecentes, é feito
denúncia para o
Conselho Tutelar;
Na ocorrência de ato
infracional estamos
recorrendo a Patrulha
Escolar, Conselho
Tutelar , NRE Equipe
Pedagógica e o CRAS,
que tem encaminhado
estas crianças para
programas como
EUREKA, Projovem,
Atitude ou atividades no
próprio CRAS, além de
atender as famílias;
Estamos buscando
conhecer e manter
contato permanente
com CRAS, CAPS,
CREAS, CONSELHO
Tutelar, Patrulha
Escolar e CEACRE;
No caso de distorção
idade-série, os casos
são avaliados e quando
encaminhamento para o
Conselho e CRAPE e
CRAS e em alguns casos
encaminhamento pra a
Vara da Infância e
Juventude;
Quando há distorção de
idade-série é dado suporte
pedagógico, diálogo com
professores explicando as
situações, as dificuldades,
os encaminhamentos já
realizados, avaliação de
todas as disciplinas, atas e
parte legal de todo o
processo;
Nos casos de alunos que
retornam, é realizada a
avaliação das
necessidades, trabalhos
extra, professores estão
fazendo atendimento em
hora atividades em
período contra turno.
materna;
Palestras para funcionários e
professores com CAPS, e
Patrulha Escolar;
Nos casos de reclassificação,
todos avançaram porém um
cometeu ato infracional e
esta detido, uma foi embora
com um rapaz e parou de
estudar, e dois estão cursando
com sucesso a série para a
qual foram reclassificados.
108
se percebe a
necessidade esta sendo
realizada a
reclassificação destes
alunos.
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Caberá ao professor
realizar a chamada em
sala de aula com
responsabilidade,
comunicando a equipe
pedagógica as faltas
consecutivas ou não,
para que a mesma possa
ter um controle maior
sobre a ausência dos
alunos;
Quando houver retorno
de alunos, após
encaminhamento ao
Conselho Tutelar,
ofertar as atividades
perdidas;
Verificar os alunos com
distorção idade-série,
avisando a equipe sobre
a necessidade de fazer
reclassificação;
Oportunizar os alunos
com maior dificuldade,
levando em
consideração a história
de vida escolar dos
alunos.
Será utilizado o registro
do livro de registro;
Elaboração de trabalhos
extra para os alunos que
são reinseridos em sala de
aula;
Formulação de avaliações
pra processo de
reclassificação.
A observação sistemática da
freqüência dos alunos tem
sido eficiente no combate a
evasão ou faltas seguidas;
A utilização do livro de
registro da equipe
pedagógica auxilia na
verificação das faltas e
agiliza quando ocorre a
necessidade de
encaminhamento para o
conselho tutelar;
Os processos de
reclassificação têm sido
eficaz pois em todos os
casos os alunos avaliados
obtiveram sucesso, porém
apenas em metade dos casos
houve continuidade nos
estudos.
109
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Ser colaborador da
equipe pedagógica e
direção, observando a
movimentação dos
alunos no pátio durante
o período
letivo,comunicando
qualquer irregularidade:
gazeamento de aula,
freqüência dos alunos,
chegadas
atrasadas,saídas
antecipadas sem
autorização, observando
os entornos da escola,
etc;
Manter uma conduta de
discrição perante
assuntos relacionados
aos alunos, não
exercendo nenhuma
forma de discriminação
diante de alunos que
venham a ser
reinseridos
em sala de aula .
Este trabalho será
realizado diariamente
mediante observação
contínua dos alunos,
averiguando qualquer
irregularidade e atitudes
suspeitas, bem como
cuidado de todos os
espaços, comunicando
todos os fatos à direção
e/ou coordenação.
A observação continua tem
sido eficaz uma vez que traz
as informações de forma
rápida. Outro aspecto
importante deste trabalho é a
aproximidade que os agentes
educacionais conseguem ter
com os alunos, facilitando a
averiguação dos fatos quando
eles ocorrem.
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Trabalho de apoio a
equipe pedagógica no
que diz respeito as
informações que
venham a contribuir
para a permanência e
/ou retorno do aluno a
Manutenção regular de
atualização no sistema da
situação que se encontra o
aluno, conforme
informação da Equipe
Pedagógica;
Correto armazenamento
Retorno positivo dos órgãos
competentes;
Acesso e permanência do
aluno na escola.
110
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A
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II
escola. de toda documentação
escolar;
Ter pleno conhecimento
de toda legislação, que
rege os direitos à
educação, e documentos
afins (ECA, PPP,
Regimento Interno...),
para que se faça cumprir
dentro dos parâmetros
legais, no que compete ao
Agente Educacional II;
Digitação e
encaminhamento de
Relatórios, elaborados
pela Equipe pedagógica
aos órgãos de competência
(Conselho Tutelar, Fórum,
NRE...).
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Cada turma possui dois
representantes de turma,
e um auxiliar, que tem a
função de ajudar o
professor da disciplina a
organizar a sala,
repassar recados,
realizar a chamada
juntamente com o
professor, manter o
mapa de sala quando há,
manter o professor e a
equipe informados
sobre os fatos que
Os representantes de
turma são escolhidos pelos
alunos, após o
direcionamento do
professor regente de turma
sobre os pré-requisitos
para ser líder de sala.
Após a escolha, a equipe
realiza um trabalho com
todos os escolhidos para
expor suas
responsabilidades e
atribuições perante a sala;
Cada sala de aula possui
O que se percebe na escolha
dos representantes é a
dificuldade de separar a
amizade na hora da escolha
da pessoa mais responsável e
que se enquadra no perfil
que a função necessita. Em
alguns casos é preciso
intervenção da coordenação.
Quanto a função de esta
informando sobre as faltas
dos alunos, tem sido
eficiente, a equipe assim que
chegam as faltas tem ligado
111
U
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A
ocorrem tanto na sala
como fora dela e que
dizem respeito ao bom
andamento da escola.
um caderno de anotações
organizado pela equipe
pedagógica, constando
uma folha para cada aluno
, com nome e número. O
líder da sala pega este
caderno no início da aula,
repassa a chamada nele e
informa a coordenação os
alunos faltantes, anota
quando solicitado pelo
professor, reclamações,
falte de tarefas, trabalhos
ou provas e todas as
demais solicitações do
professor. Ao final do
período é devolvido a
coordenação.
imediatamente as famílias, e
fazendo contato com
Conselho Tutelar quando
necessário.
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Promover a participação
dos alunos em ações e
atividades educativas,
onde a escola se torne
um espaço agradável,
estimulando a
frequência dos mesmos.
Coletar dos alunos
sugestões de atividades
que venha ao encontro dos
interesses da sua faixa
etária e atividades essas
aprovadas pela
comunidade escolar.
Espera-se que com atividades
culturais, esportivas e
informativas, o grêmio
estudantil promova uma
maior participação e
integração entre os alunos.
AP A Associação de Pais, Promoção de eventos em Com o ambiente bem
112
M
F
Mestres e Funcionários,
é voltada à melhoria das
condições físicas da
escola, que depende dos
recursos, das promoções
para poder estar em
constante melhoria.
que se garantam recursos
para manutenção do
patrimônio escolar,
melhorando o ambiente
educativo.
organizado e atraente, espera-
se que o aluno tenha maior
estimulo em permanecer na
escola.
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Sendo o Conselho
Escolar o órgão máximo
da escola, este tem
papel fundamental nas
decisões e
acompanhamento de
todas as instâncias
mencionadas neste
documento.
Acompanhar todas as
ações propostas neste
plano de ação, intervindo
quando necessário.
Espera-se o envolvimento de
todas as instâncias, para que
de fato a questão da evasão
escolar seja minimizado.
30. REPRESENTANTES DE TURMA (LÍDER DE SALA)
No início do ano letivo a Equipe Pedagógica realiza junto aos alunos, o trabalho de
orientação educacional, direitos humanos, deveres e direitos dos alunos, normas e regras
estabelecidas no regimento escolar, representante de turmas e grêmio estudantil. Após
realização desse trabalho é realizada de forma democrática a escolha de representantes de
turma.
Os alunos podem ser substituídos ou alternados quando necessário. As principais
atribuições dos representantes de turma podem ser assim descritas: Compromisso;
responsabilidade para consigo mesmo e para com seus colegas de sala; repasse de
informações; recolhimento de trabalhos; acompanhamento no intervalo; colaboração na
organização e desenvolvimento da hora-cívica; proporcionar a igualdade de direitos na
113
sala de aula junto a seus pares conscientizar a turma quanto ao desenvolvimento da
proposta pedagógica e regimento da escola; buscar melhoria junto a turma, grêmio
estudantil e equipe pedagógica, visando a qualidade educacional; participar do conselho
de classe como representante da turma.
31. GRÊMIO ESTUDANTIL
O Grêmio Estudantil do Colégio José Ângelo Baggio Orso, foi estruturado a partir
do Conselho de representantes de turma e eleito democraticamente pelo corpo discente do
Colégio. O Grêmio possui mandato de um (01) ano e Estatuto próprio. No presente ano de
2010, a eleição ocorreu no dia 05 de outubro, sendo vencedora a chapa: Lutar Sempre,
Desistir Nunca.
Por ser tratar de uma Instância Colegiada, formada exclusivamente por alunos do
Colégio Estadual José Ângelo Baggio Orso, e eleito democraticamente para o período de
(2010 – 2011), através do voto de seus pares, a atual direção através de documento ata,
elegeu como ação primeiro a formação política dos alunos, bem como participar das
decisões do Colégio, com vista promoção de frentes de atuação na comunidade escolar.
Apresentar como tema: Lutar Sempre, Desistir Nunca e tem como elementos os seguintes
alunos:
Presidente – Hamã Cândido Carvalho Lopes
Vice-presidente –
Secretário – Priscila Cardoso
1ª Secretaria – Ana Caroline Bertelli Leite
Tesoureiro – Wesley Jean dos Santos
Diretor Social – Aretha Anacleto dos Santos
Diretor de Esporte – Vinicius Anacleto dos Santos
Diretor de Cultura – Cláudia Guimarães Camargo de Souza
Diretor de Saúde e Meio Ambiente – Karoline da Silva de Oliveira
114
32. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO
PEDAGÓGICO
O Projeto Político Pedagógico está em constante construção e reconstrução, sendo
assim, seu acompanhamento e avaliação será contínua, conforme as ações são
desenvolvidas, visando sempre a melhoria da qualidade do processo de ensino-
aprendizagem.