2
Apresentação
Este apresentação consolida os resultados dos
estudos qualitativos e quantitativos, realizados
pelo IBOPE Inteligência exclusivamente para o
Governo do Estado de São Paulo
3
4
Objetivos do projeto
Além disso, a pesquisa buscou levantar:
O conhecimento sobre a legislação,
Opiniões sobre o seu cumprimento,
Apoio a medidas para coibir o consumo de bebidas alcoólicas por
menores de idade
Detectar hábitos e atitudes da população paulista em relação ao consumo de
bebidas alcoólicas;
Identificar fatores que estimulam o consumo e os locais que permitem acesso
mais fácil às bebidas;
Nos diferentes públicos, identificar os tipos de bebidas mais consumidos e a
frequência de consumo;
Entender o universo dos proprietários de estabelecimentos comerciais em
relação ao consumo de bebidas alcoólicas por menores
Avaliar a receptividade de todos os públicos para uma campanha que tenha em
vista combater o consumo de álcool por menores de idade
5
Metodologia
O projeto foi realizado em várias etapas, com abordagens distintas:
DESK RESEARCH
QUALITATIVA
QUANTITATIVA
Levantamento de dados secundários sobre o consumo de álcool no Brasil, suas implicações na saúde, motivações e influências para o consumo, exemplos de campanhas direcionadas aos menores de idade
Pesquisa domiciliar realizada no Estado de São Paulo com 3 públicos entre os dias 25 e 31 de maio de 2011:
População com 18 anos ou mais: 1204 entrevistas
Adolescentes de 12 a 17 anos: 1008 entrevistas
Pais de adolescentes de 12 a 17 anos: 321 entrevistas
Realização de 14 grupos de discussão entre os dias 07 e 13 de junho com pais e adolescentes de 12 a 14 anos e de 15 a 17 anos, das classes A, B, C e D
Entrevistas em profundidade com 16 donos de bares, casas noturnas e quiosques de praia localizados na capital, na região metropolitana, Campinas, Jundiaí e Baixada Santista
6
Perfil da amostra – Etapa quantitativa %
Base: Menores de 12 a 17 anos (1.008) Adultos (1.204) Pais de menores (321)
Sexo
45
55
48
52
52
48
Masculino
Feminino
Menores Adultos Pais
Grau de instrução
23
31
31
15
26
19
37
18
13
65
22
0
Até 4ª série do Fund.
5ª a 8ª série do Fund.
Ensino Médio
Superior
Menores Adultos Pais
7
Menores Adultos Pais
%
Faixa Etária / Religião
Base: Menores de 12 a 17 anos (1.008) Adultos (1.204) Pais de menores (321)
Idade dos menores
Idade dos adultos
Idade dos pais
Religião
45
34
21
Católica
Evangélica
Outras
58
24
18
58
25
17
Perfil da amostra – Etapa quantitativa
36
38
26
12 e 13 anos
14 e 15 anos
16 e 17 anos
16
12
21
19
32
18 a 24
25 a 29
30 a 39
40 a 49
50 e mais
5
39
43
13
25 a 29
30 a 39
40 a 49
50 e mais
8
%
Renda Familiar
Base: Menores de 12 a 17 anos (1.008) Adultos (1.204) Pais de menores (321)
Menores Adultos Pais
Renda Familiar
44
33
11
4
9
39
36
12
4
9
49
29
4
1
17
Até 2 SM
Mais de 2 a 5 SM
Mais 5 a 10 SM
Mais de 10 SM
Não respondeu
Menores Adultos Pais
Perfil da amostra – Etapa quantitativa
9
77 21 2 Pais
1 filho 2 filhos 3 filhos 4 filhos
P.29B – Adultos / Pais- Você tem filhos ou é responsável por alguma criança ou adolescente com idade entre 12 e 17 anos?
Base: Filhos entre 12 e 17 anos Pais (321)
Adultos
18
42
41
Sim, tenho filhos com
idade entre 12 e 17 anos
Tenho filhos, mas de
outras idades
Não tem filhos ou
crianças
Base: Amostra Adultos (1204)
%
Pais
Perfil da amostra – Etapa quantitativa Composição Familiar
10
Discussões em Grupo: Diferenças no perfil
São Paulo Capital e RM se assemelham bastante, sendo que nas regiões
metropolitanas há mais liberdade de locomoção para os jovens desde cedo
Na capital, na faixa dos 12 a 14: pais acabam tendo maior controle sobre o
comportamento dos filhos
Já na faixa de 15 a 17 é comum circularem de madrugada – e
presenciarem todo tipo de coisa, na saída de baladas. A ausência de transporte
público após a meia noite contribui para esse hábito
Em Itú, tanto os adolescentes como pais mostraram-se muito preocupados em
preservar sua reputação perante o grupo, por se tratar de cidade menor, onde o
anonimato não está garantido, o que acabou resultando numa fala mais comedida,
mais controlada dos participantes
Em Santos – praia, cidade portuária, possivelmente rota do tráfico - tudo indica
que a questão da droga, está fora de controle. Num contexto onde os adolescentes
bebem e fazem sexo desde muito cedo, frequentam livremente casas noturnas e seu
desejo por drogas vai muito além da maconha, já está no nível do ecstasy e da
cocaína
Por praça
11
Por faixa etária
É significativa a diferença de postura e olhar diante das coisas da vida de
uma faixa etária para outra: 12/14 e 15/17
Mesmo que haja muita precocidade e todos se mostrem super expostos à
violência e outras questões da contemporaneidade – dentro e fora de casa, no
mundo virtual ou presencial – os pais ainda são referência para os mais jovens
(12/14), tem sobre eles uma certa ascendência, um considerável poder de
controle
Eles escondem certas coisas, como é natural da fase, mas se sentem
culpados, pedem limite por parte da família e da sociedade
Já na faixa de 15 a 17 anos se observa o mundo adulto chegando numa
velocidade impressionante. Tudo indica que neste segmento será difícil
estabelecer um diálogo onde a tônica é a proibição e quase impossível reverter
valores e hábitos já instalados, como o do álcool, por exemplo
Discussões em Grupo: Diferenças no perfil
12
Entrevistas em Profundidade Donos de estabelecimentos
Trata-se de uma amostra bastante diversificada em relação à idade, variando entre os 22 aos 62 anos, mas com ênfase em pessoas de 30 a 40 anos.
Em relação à escolaridade constata-se nível mais elevado no interior – curso superior. Na capital, região metropolitana e litoral predomina o 1º grau.
Verifica-se que há forte presença de negócios familiares, sobretudo no interior. Na região metropolitana, observa-se a migração de outras atividades: professor, metalúrgico, mecânico. O negócio é a principal fonte de renda dos entrevistados
Há significativa presença de mulheres administrando bares, quiosque e também casa noturna no litoral e no interior – em uma atividade considerada mais masculina.
13
14
“Adolescer” vem do latim e significa crescer, engrossar, tornar-se maior, atingir a maioridade; construindo-se em uma etapa de muitos eventos relevantes e de tomada de decisões que repercutirão por toda a existência.
Cronologicamente, a adolescência corresponde à segunda década da existência humana, quando se elege o conceito pertinente ao campo da saúde. Talvez seja a fase mais turbulenta da vida, pela sua relevância. O crescimento e desenvolvimento humano ocorrem em maior intensidade nessas etapas da vida.
É na fase adolescente que o hábito de beber se instala, sendo, portanto, o momento em que a prevenção também deve ocorrer, para evitar problemas no futuro.
Fonte: SOUZA, Sinara de Lima. Compreendendo o consumo de bebidas alcoólicas através do olhar d@s adolescentes. Ribeirão Preto: USP, 2009. Tese (Doutorado)
Ser adolescente...
15
12 a 14 anos: momento de passagem, conciliam atividades infantis, adolescentes e jovens
Internet: MSN, Orkut,
Twitter, Facebook
Video
games
Baladas sem controle de
idade, shows
Cinema, shopping Festas de
rua, quermesses
Empinar pipa,
karaokê, brincar com
cachorro, casa de amigos
Esportes (futebol,
basquete)
+ comum no interior e litoral
lan houses
16
15 a 17 anos: ir a barzinhos com amigos já citado como programa
Internet: MSN, Orkut,
Twitter, Tumblr
Video games
Baladas sem controle de
idade, barzinhos
Cinema, shopping
Leitura Música Violão
Séries na TV
Parques Praças
Esportes (futebol)
Academia
17
Atividades praticadas no tempo livre
P03. Pensando nas atividades presentes nesta cartela, qual delas você MAIS PRATICA no seu tempo livre? E em segundo lugar? E em terceiro lugar? (1º + 2º + 3º lugares)
% Adulto Menores
Base: Amostra (1204) (1008) •Assistir televisão 45 38 •Dormir, descansar 26 15 •Passear com a família 23 9 •Ouvir música/ rádio 20 24 •Ir à igreja 20 8 •Fazer a limpeza da casa 15 6 •Usar computador 13 35 •Cozinhar 12 3 •Reunião com amigos 9 11 •Ler livros 9 5 •Praticar esporte 8 22 •Namorar 8 12 •Viajar 7 5 •Fazer compras 7 3 •Beber (bebida alcoólica) 6 3 •Ir a festas 6 12 •Ir a jogos de futebol 5 18 •Estudar 5 14 •Ler jornais 5 - •Ir a bares 4 1 •Dançar 4 7 •Ir ao cinema 4 6 •Ir ao clube 2 2 •Ir ao parque 2 2 •Ir a shows de música 2 3 •Ler revistas 2 1 •Prestar trabalhos voluntários 2 - •Jogar videogames 2 18 •Ir ao teatro 1 1 •Passeio em excursões 1 1 •Frequentar lanhouse - 6 •Ir a museus - - •Ir a bibliotecas e/ou livrarias - 1 •Não faz nada/ Não costuma sair 1 - •Não respondeu 1 -
46% dos menores
citaram atividades que podem estar
associadas ao consumo de
bebidas alcoólicas
18
Dois pesos, duas medidas: na lei muito é proibido ao adolescente
19
Mas na prática muito acaba sendo franqueado ao adolescente, por condescendência, negligência ou
falta de consciência
Cada Instituição tem a sua parcela de responsabi-
lidade: Família, Escola, Governo
(políticas, fiscalização e
punição)
20
Comprar bebida alcoólica Ingerir bebida alcoólica
Comprar cigarros, fumar
Usar drogas Dirigir
Ir a casas noturnas, boates, baladas de adultos
Ficar até de madrugada na rua sem companhia de adultos
Fazer sexo (jovens tendem a acreditar que a partir dos 14 é permitido, mas acham estranho mesmo com 11, 12) Serem responsabilizados por seus atos
perante a lei
Todos sabem o que é proibido para menores de idade: por legislação ou não.
O álcool e as drogas encabeçam a lista
Não é consensual
que o consumo de álcool
é proibido por lei
21
Circunstâncias já presenciadas
P10c. adultos/P.42 menores: Quais destas circunstâncias você já presenciou? (ESTIMULADA - RM)
%
Base: Amostra Adultos (1204) Menores (1008)
64
59
41
36
25
11
1
Menores de 18 anos consumindo bebidas
alcoólicas em estabelecimentos comerciais
(bares, restaurantes, danceterias, etc)
Menores de 18 anos excessivamente
alcoolizados
Menores de 18 anos consumindo bebidas
alcoólicas em casa de familiares ou
conhecidos
Adultos oferecendo bebidas alcoólicas a
menores de 18 anos
Menores de 18 anos solicitando a você ou a
um adulto que comprassem bebidas alcoólicas
para consumo
Nunca presenciou
NS/ NR
Adultos Menores
57
44
34
32
24
13
Ribeirão Preto: 83% entre adultos; 73% entre 12 a 17 anos.
22
23
24
Apesar de sua ampla aceitação social, o consumo de bebidas alcoólicas, quando
excessivo, passa a ser um problema para o alcoolista e para quem o cerca.
O álcool, presente nas bebidas
alcoólicas, é uma substância depressora do Sistema Nervoso Central, que
provoca mudança no comportamento de quem o consome.
Por ser uma substância lícita, está presente em quase todas as culturas e participa do
cotidiano e de vários rituais da humanidade,
desde meados de 6.000 a 8.000 a.C.
Sobre o álcool... DESK RESEARCH
25
Ação do álcool sobre o organismo e o sistema nervoso central
O uso intensivo e crônico de álcool por menores de 18 anos pode levar à demência. O consumo de álcool, em todas as idades, aumenta o risco de perda do volume cerebral.
Áreas afetadas no cérebro:
• Córtex cerebral; • Sistema límbico; • Cerebelo; • Hipotálamo e glândula pituitária; • Medula.
Danos para o cérebro associados ao consumo de álcool:
Fontes: Folheto produzido pelo Centro de Atenção Psicossocial – Álcool e Drogas, Sorocaba –SP Pesquisas do Instituto do Cérebro de Brasília publicadas em “Efeito Destruidor”, matéria do Correio Braziliense de julho de 2009 Instituto Nacional sobre o Abuso de Álcool e Alcoolismo, EUA
DESK RESEARCH
26
FELICIDADE, ALEGRIA, LIBERDADE
DESCONTRAÇÃO, CORAGEM
INCLUSÃO, ACEITAÇÃO
CURIOSIDADE
PRAZER
ESQUECER, ESCAPAR
Diversão, euforia Sentir-se bem, solto, ficar à vontade Ficar ´meio alto´, relaxar o auto controle
Para tomar decisões Enfrentar situações Abordar o sexo oposto Álcool como desculpa para deslizes
Pertencer, fazer parte Seguir o grupo de amigos ´Ser visto como popular´
Experimentar Conhecer Viver esta situação com os amigos
Gosto, vontade Saborear, curtir a bebida
Sair da rotina Fugir das pressões
Esquecer problemas
Associações positivas do álcool relatadas com destaque pelos adolescentes: Alegria, descontração e coragem
27
MAL ESTAR FÍSICO E PSÍQUICO
PERDA DO CONTROLE
COMPORTAMENTO ANTI SOCIAL PROBLEMAS DE SAÚDE LONGO PRAZO
RISCO SÉRIO: VIDA, DANO CEREBRAL
´MICO´, VEXAME
Enjôo,vômitos Tontura Ressaca Dor de cabeça Depressão
Ficar fora de si Sujeito a violência, abuso sexual, contrair DST
Bêbado chato Agressividade Gestos impensados, arrependimento no dia seguinte Magoar pessoas queridas Falar demais
Exibicionismo Passar mal perto do sexo oposto Vergonha no dia seguinte
Vício, dependência Alcoolismo
Cirrose
Associações negativas do álcool, segundo os adolescentes: Perda da consciência e de controle
28
Os prós e contras da comercialização, segundo os donos de estabelecimentos ...
Em uma amostra bastante diversificada – o local, o porte, as praças, o tipo de clientela – há consenso entre os entrevistados sobre prós e contras da comercialização de bebidas alcoólicas. Os aspectos positivos são:
Os aspectos negativos são:
É um produto de fácil comercialização e permite um bom faturamento
Dá mais lucro e é mais fácil de lidar comparado à alimentação
Torna o ambiente agradável, as pessoas ficam alegres, se soltam, é possível fazer amizades.
quando consumida em excesso prejudica o ambiente, afeta os outros frequentadores. Sempre causa problema.
29
Principais Conclusões do II Levantamento Domiciliar sobre o Uso de Drogas Psicotrópicas na população Brasileira – 2005
SENAD/CEBRID
Uso de álcool e dependência – Brasil DESK RESEARCH
Fonte: SENAD/CEBRID – População estudada em 2001 foi 8.589 e 2005 foi de 7.939 pessoas de 12 a 65 anos . A pesquisa foi realizada em 108 cidades com mais de 200 mil habitantes.
Definições: Uso na vida: quando a pessoa fez uso de qualquer droga pelo menos uma vez na vida; Dependência: pessoa que apresenta pelo menos 3 dos critérios: aumento do uso para obtenção do mesmo efeito, tentativa de parar uso, estabelecer limites para tal no último ano, apresentou sintomas de abstinência, tempo que passou utilizando a substância no ano, impacto do uso sobre outras atividades, problemas mentais ou emocionais relacionados ao uso da substância no último ano.
30
Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste: observa-se os maiores índices de consumo entre adolescentes com idade entre 12 e 17 anos
Fonte: SENAD/CEBRID - População estudada em 2001 foi 8.589 e 2005 foi de 7.939 pessoas de 12 a 65 anos . A pesquisa foi realizada em 108 cidades com mais de 200 mil habitantes.
Uso de álcool e dependência – Brasil DESK RESEARCH
31
Principais Conclusões do I Levantamento Nacional sobre Padrões de Consumo de Álcool na População Brasileira – 2007 Pesquisa mostrou que 66% dos adolescentes não bebem (64% dos meninos, 68% das meninas). A média das idades do início de consumo foi 13,9 anos para os adolescentes e 15,3 anos para os jovens adultos.
Quanto ao início do consumo regular, a média das idades dos adolescentes foi 14,6 anos e dos adultos jovens, 17,3 anos. Isto sugere que os adolescentes estão iniciando o consumo de álcool cada vez mais cedo.
Amostra da pesquisa: Foram entrevistados 3.007 pessoas, sendo 2.346 adultas com mais de 18 anos e 661 adolescentes entre 14 e 17 anos em 143 municípios brasileiros
DESK RESEARCH
Uso de álcool por adolescentes – Brasil
Fonte: I Levantamento Nacional sobre Padrões de Consumo de Álcool na População Brasileira – 2007
32
A percepção é de que as pessoas começam a beber por volta dos 13-14 anos
P10a. Com que idade você acha que as pessoas geralmente começam a consumir bebidas alcoólicas? (RU) P10b. E com que idade você acha adequado que as pessoas comecem a consumir bebidas alcoólicas? (RU)
Base: Amostra Adultos (1204) Menores (1008)
Pais (321)
Pais Adultos Menores
Começam a beber
Pais Adultos Menores
Deveriam começam a beber
13,5 14,1 13,4
19,4 18,7 19,3
Percepções homogêneas
nos segmentos
Percepção de que é “certo”
começar a beber após os 18 anos.
33
E de que o álcool é a porta de entrada para outras drogas...
P46. adultos / P38. Menores - Algumas pessoas dizem que a bebida alcoólica funciona como porta de entrada para outras drogas e substâncias mais fortes. Você concorda ou discorda desta afirmação? (RU)
%
77
67
12
21
4
4
6
7
1
1
Adultos
Jovens
Concorda totalmente Concorda em parte
Discorda em parte Discorda totalmente
NS / NR
Adultos
Menores
Base: Amostra Adultos (1204) Menores (1008)
Concordância diminui com aumento da idade: 93% entre 12-13 e 82% entre 16-17 anos.
89%
88%
QUANTITATIVA
34
Dependência alcoólica é vista como possibilidade mais remota, pode ocorrer ou não, sendo fatores mais
prováveis a pré disposição genética e o meio social no qual o jovem está inserido. Os dois fatores podem disparar o
gatilho da dependência, mas não necessariamente precisam estar juntos
Pais: acreditam que o álcool é uma importante via de acesso para as drogas, porém se consumido em pequenas doses é aceitável e não oferece risco à saúde de seus filhos.
Filhos concordam!!
... provavelmente, se os pais tem um bar em casa, o filho vai ver desde pequeno o pai tomando bebida em casa e vai imitá-lo. (pais, 15/17, sp)
Se ele não tiver pré disposição genética, ele pode experimentar, mas nunca mais vai beber...
... mas o consumo em pequena quantidade não é visto como um risco para a saúde
35
Por ser lícito é menos considerado droga que outras substâncias...
P04. Vamos falar agora de algumas substâncias que podem ter efeitos sobre o seu comportamento, atitude e atividade mental. Considerando as substâncias desta cartela, quais delas você considera que são drogas? Mais alguma? (ESTIMULADA – RM)
%
Base: Amostra Adultos (1204) Menores (1008)
97
95
93
92
90
89
89
87
Crack
Cocaína
Maconha
Heroína
Ecstasy
Cola/ benzina
Lança-perfume/ éter
Bebidas alcoólicas
NS/NR
Adultos Menores
95
94
92
78
72
69
75
60
1
Percepção homogênea nos
segmentos
Identificação aumenta com
a idade
QUANTITATIVA
36
...e seu consumo em casa é frequente
P05. Falando especificamente de bebidas alcoólicas, quanto o consumo destas é habitual em sua casa? Você diria que as pessoas na sua casa consomem bebidas alcoólicas:
Base: Amostra Adultos (1204) Menores (1008)
%
7
2
20
12
15
43
Quase todos os dias
De 3 a 4 dias por
semana
De 1 a 2 dias por
semana
De 1 a 3 dias por mês
Menos de 1 vez por
mês
Não consome
NS/ NR
Adultos Menores
4
2
19
14
19
40
1
29% 25%
Consumo é maior no interior
Consumo é menor entre evangélicos: 65% e 53% não consomem.
QUANTITATIVA
37
O hábito de beber com a família/em casa é visto pelos pais como inofensivo
Parte do princípio que é inevitável:
ele irá experimentar, pelo menos
Argumento: melhor ensinar do
que deixar aprender sozinho
Pais querendo conquistar simpatia
ou
abrir o diálogo, apenas
Comportamento controvertido, polêmico: há quem veja aí precedente perigoso, aval para iniciação branda ao consumo
habitual de álcool vs. quem se identifique com o didatismo da abordagem, entendendo como oportunidade para reflexão
De qualquer modo, o mais comum é os pais influenciarem indiretamente, de modo subliminar consumindo álcool
38
FAMÍLIA : UMA GRANDE INFLUÊNCIA
Fora casos dramáticos de alcoolismo e suas consequências, beber está associado a prazer, alegria, descontração
É assim que as crianças crescem, vendo seus familiares em momentos de lazer e celebração.
E, salvo se houver excesso sistemático, os pais acham que é normal o adolescente quebrar as regras, e não
pensam em consequências mais drásticas não com o álcool
E, INDIRETAMENTE, FAVORECE
Por ´negação´ ou omissão: dificuldade de entender os códigos desta geração, de perceber que o filho cresceu, saber o que faz fora de casa ou permissividade mesmo,
´fazer vista grossa´
Você sabe o perigo da bebida, você sabe que tem que conversar e (ainda assim) você permite. (pais, 12/14, bc, rm)
Influências ao consumo
39
Influência: o álcool no ambiente familiar
P06. Quando há algum encontro de família, como almoços, jantares ou festas de aniversários, com que frequência você diria que são compradas bebidas alcoólicas para serem servidas? Você diria que:
%
Base: Amostra Adultos (1204) Menores (1008)
18
14
15
17
38
40
29
29
Adultos
Jovens
Sempre, em todosNa maioria, mas não em todosÁs vezes, em poucosEm nenhum, nuncaNS/ NR
Adultos
Menores
4
3
21
23
52
51
22
23
1 Adultos
Jovens
Todos A maioria A minoria Ninguém NS/ NR
Adultos
Menores
Frequência de compra de bebidas
para encontros familiares...
Familiares que costumam
beber...
71%
71%
77%
77%
QUANTITATIVA
40
e também nos encontros com amigos
P08. Falando agora de quando há algum encontro com seus amigos, com que frequência, nestas ocasiões, há o costume de consumir bebidas alcoólicas? Você diria que:
%
Base: Amostra Adultos (1204) Menores (1008)
16
6
18
9
35
28
30
57
1 Adultos
Jovens
Sempre, em todos Na maioria, mas não em todos
Às vezes, em poucos Em nenhum, nunca
NS/ NR
Adultos
Menores
Frequência de compra de bebidas
para encontros com amigos...
8
4
27
15
40
30
24
50
1
1
Adultos
Jovens
Todos A maioria A minoria Ninguém NS/ NR
Adultos
Menores
Amigos que costumam beber...
69%
43%
75%
49%
P09 adultos/P9a Menores - Considerando todos os amigos com quem costuma se reunir, você diria que: (RU)
69% Entre 16 e 17 anos
76% Entre 16 e 17 anos
QUANTITATIVA
Adolescentes de 16-17 anos têm hábitos de consumo do mesmo padrão que adultos
41 41
E que outras influências o adolescente recebe? Quem favorece o consumo de álcool?
Família
Mídia: publicidade massiva de
cerveja, novelas, séries, filmes, músicas
Grupo de amigos
Impunidade dos
estabeleci-mentos
comerciais
Influência com exemplo
Favorece com omissão
Apelos aspiracionais
Propagandas memoráveis, bem humoradas, situações
desejadas, mulheres bonitas e homens sedutores
Galãs, ídolos consumindo
álcool
Importante desafio para o adolescente é separar o que é seu e o que é do grupo ao qual pertence
A pressão do grupo é
poderosa, quase sempre irresistível
Um acinte a afronta dos estabelecimentos à lei
Não existe fiscalização,
apenas um aviso na parede
Casas noturnas tendem a seguir a lei (mas em
Santos e Itú freqüentam boates)
42
Publicidade
A exposição à publicidade e a atratividade da publicidade de bebidas alcoólicas estão relacionadas com maior expectativa de consumo futuro e com consumo maior e mais precoce, principalmente entre adolescentes e adultos jovens.
Estudos mostram que a associação entre gostar da propaganda X consumo de álcool é evidente. Os jovens prestam muita atenção aos anúncios e dizem acreditar que as propagandas retratam “apenas a verdade”. Esta crença influencia o consumo precoce do álcool.
Fonte: VENDRAME, Alan ...[et al]. Apreciação de propagandas de cerveja por adolescentes: relações com a exposição prévia às mesmas e o consumo de álcool. Cad. Saúde Pública [online]. 2009, vol.25, n.2, pp. 359-365.
E que outras influências o adolescente recebe? Quem favorece o consumo de álcool?
43
Os pesquisadores analisaram 420 horas da programação dos quatro canais de TV de maior audiência no Brasil.
Nas 420 horas de programação analisadas, foram encontradas 7.359 peças publicitárias. Dessas, 438 (7,6%) eram de bebida alcoólica - o sexto produto mais anunciado. As bebidas não alcoólicas ficaram em 10.º lugar, com 3,4%.
Os programas de esportes concentraram 69,2% dos anúncios de álcool. É preocupante ver os jogadores da seleção fazendo propaganda de cerveja durante a Copa do Mundo.
Um estudo da Unifesp conclui que a publicidade de bebidas alcoólicas está concentrada nos programas de esporte.
O autor principal do estudo, Nelson Fragoso, explica que foram gravados apenas programas que tinham ao menos 10% de audiência de adolescentes, de acordo com dados do Ibope. Cerca de 80% da propaganda de bebida encontrada era de cerveja. "A publicidade usa elementos da cultura nacional, como o futebol, para atingir o jovem", diz Fragoso.
Fonte: PINSKY, Ilana e JUNDI, Sami A R J El. O impacto da publicidade de bebidas alcoólicas sobre o consumo entre jovens: revisão da literatura internacional. Rev. Bras. Psiquiatr. [online]. 2008, vol.30, n.4, pp. 362-374.
Publicidade
E que outras influências o adolescente recebe? Quem favorece o consumo de álcool?
44
Preocupações nucleares
Sexo: gravidez e DSTs
Preocupação relevante
Violência urbana, violência nas festas e baladas
Preocupação periférica
Consumo de bebidas alcoólicas
Preocupações nucleares
Consumo de drogas
Outras ameaças, amplamente divulgadas pela mídia, precedem a
inquietação com o consumo de álcool na adolescência
Pais e filhos se igualam quanto aos
temores diante dos riscos que os adolescentes enfrentam
Preocupações de pais e filhos: Dentre tantos “problemas” da adolescência o álcool é uma
preocupação periférica
45 45
O álcool na adolescência: uma preocupação periférica
• Tende a ser considerado menos preocupante do que as drogas, o sexo e a violência
• Muitos adolescentes relatam que há fácil acesso às bebidas alcoólicas em estabelecimentos comerciais, festas e baladas
• Muitas vezes, há filhos que experimentam bebidas alcoólicas nas festas familiares, inclusive junto com seus pais; enquanto outros fazem isto escondido dos pais
• De modo que o consumo do álcool mostra-se freqüente em parcela considerável dos menores pesquisados, sobretudo os de 15-17 anos
• Vale ressaltar que este assunto não está em pauta nas conversas e discussões familiares, nas escolas nem da mídia observa-se que
nenhum ator social tem feito trabalhos de conscientização acerca dos riscos e conseqüências do consumo do álcool entre adolescentes
• Para os entrevistados (pais e filhos), estes riscos só são confirmados quando o álcool transforma-se em vício (o que tende a ocorrer em longo prazo) ou quando ocorrem excessos ocasionais (coma alcoólico, acidentes de carro, envolvimento em brigas, etc)
Preocupação
periférica
46
Eles não têm a mesma personalidade em casa e com os
amigos. (pais, 12/14, bc, rm)
Sexo
Bebida
Vulgari-dade
(linguagem, comporta-
mento)
Drogas
E para piorar, existe um “abismo” entre pais e filhos, que omitem ou mentem principalmente
sobre os temas preocupantes ...
47
Em suma, para a família beber é um mal menor
Por vários motivos, beber na adolescência é visto como um mal menor :
Desconhecimento dos malefícios e das implicações do
consumo regular e intenso: comprometimento neurológico, por
exemplo. Pensam apenas em cirrose e alcoolismo
Não está presente, ou não está bem articulada a relação do
álcool com outros problemas que tanto os perturbam:
exposição a violência, abuso sexual, gravidez indesejada, drogas,
acidentes
Falta de informação sobre o tamanho do problema
(estatísticas, incidência)
Condescendência, tolerância com poucas quantidades:´só um
golinho não faz mal´, ´alcoolismo demora para se instalar´, ´se não tiver
casos na família, tudo bem´
Negligência
E há casos de adolescentes avessos ao álcool, ou a excessos, o
que por si só alivia a carga dos pais: ´meu filho não bebe´
48
49
Experimentou bebida alcoólica
P11. Você já experimentou alguma bebida alcoólica? (RU)
%
Base: Amostra Adultos (1204) Menores (1008)
Resposta Total Idade (anos)
12 e 13 14 e 15 16 e 17
Base: Amostra (1008) (366) (381) (260)
•Sim 45 26 47 71
•Não 55 74 53 29
85
45
15
55
Adultos
Jovens
Sim Não
Adultos
Menores
QUANTITATIVA
50
Com que idade experimentou?
P11c. Quantos anos você tinha quando bebeu pela primeira vez?
Adultos Menores
17,8 13,1
Bebeu pela 1ª vez
Base: Experimentou bebida alcoólica Adultos (1021) Menores (458)
Total
Idade
18 a 24 25 a 29 30 a 39
40 a 49
50 e mais
Base: Experimentou bebida alcoólica
(1021) (167) (128) (227) (200) (299)
Média (anos) 17,8 16,0 15,9 17,3 17,9 19,9
Adultos
Menores Total Idade
12 - 13 14-15 16-17
Base: Experimentou bebida alcoólica
(458) (95) (179) (184)
Média (anos) 13,1 11,1 13,0 14,2
QUANTITATIVA
51
Quem ofereceu bebida alcoólica pela primeira vez?
P12. Quem lhe ofereceu bebida alcóolica pela primeira vez? (UMA OPÇÃO)
%
44
20
4
4
3
20
2
3
Amigos(as)
Familiares
Namorado(a)
Colegas de trabalho
Colegas de escola/
curso/ faculdade
Um
estranho/desconhecido
Ninguém
Nenhum destes
Não lembra
Adultos Menores
49
21
1
1
4
1
20
1
2
Base: Experimentou alguma bebida alcoólica Adultos (1021) Menores (458)
QUANTITATIVA
52
Em que lugar bebeu pela primeira vez?
P13. Em quais destes lugares você estava quando consumiu ou experimentou uma bebida alcóolica pela primeira vez? (UMA OPÇÃO)
%
24
22
17
14
13
2
1
4
3
Em casa
Bar/ Danceteria/ Boate
Em algum evento
Lugares públicos (Ex.:praças, parques, rua, etc.)
Casa de amigos ouconhecidos
Padarias/ Lanchonetes
Restaurantes
Postos de Gasolina/ Lojasde Conveniência
Nenhum destes/ outros
NS/ NR
Adultos Menores
24
9
21
28
14
1
1
3
Base: Experimentou alguma bebida alcoólica Adultos (1021) Menores (458)
EM CASA Adultos: 29% Ribeirão Preto 33% Sul/Sudoeste/Oeste Menores: 32% Ribeirão Preto 28% Sul/Sudoeste/Oeste
58% beberam fora de casa
38% beberam dentro de casa
QUANTITATIVA
53
Relatos sobre a primeira vez
Eu tinha 9 anos depois de uma festa de Natal que tinha em casa, eu tomei 1 litro de Ypióca, ½ de Dreher, acho meio litro de vinho. Minha irmã mais nova falou, vamos brincar de bar? Ela tomou 1 vez e
parou e eu continuei. Eu comecei a passar mal, vomitei muito, minha irmã (+ velha) me dava banho frio e meu primo me pôs na cama. Minha mãe estava trabalhando. Eu não conseguia andar. Tinha 9 anos e minha irmã tinha 7. Nunca mais coloquei álcool na boca. Me dá azia. (12/14, bc, rm)
Foi num churrasco com a família e os primos (15/17, bc, itu)
Foi em casa, com a minha irmã e a minha prima, mas a minha mãe não sabe! (15/17, bc, santos)
Foi com 12 anos, foi normal, estava com uma amiga e ela pegou uma jurupinga, tipo energético, é muito ruim e eu bebi whisky e fiquei normal.
Estava com minha amiga, na casa do meu pai. (12/14, cd, sp)
Eu estou tentando lembrar a idade, acho que foi de 12 para 13. Chegou uma hora que eu queria experimentar. Foi só um gole de whisky com Redbull
e bastante gelo. (15/17, ab, sp)
Eu vi meu pai beber vodka e acordei de madrugada, tinha 11 anos e abri a geladeira e bebi um monte. Fiquei de ressaca. (12/14, cd, sp)
54
Compra de bebidas alcoólicas por menores é mais frequente quanto maior é a idade
P10c. Você já comprou pessoalmente alguma bebida alcóolica? (RU) P10c2. Onde você já comprou pessoalmente alguma bebida alcóolica? (ESP)
%
Base: Amostra (1008) Somente para quem já comprou pessoalmente alguma bebida (389)
61 39 Não
Sim
63
20
6
4
2
1
1
Bar
Mercado/ mercadinho/
mercearia
Padaria
Supermercado
Depósito de bebidas/
adega
Lanchonete
Baile
Onde comprou?
Menores
• 59% - 16 e 17 anos
• 46% - Baixada/
Litoral/ Vale do
Paraíba
• 54% - Ribeirão Preto
É unânime entre pais, adolescentes e donos de bares de que é muito fácil para um menor de idade adquirir
bebida alcoólica hoje em dia!
QUANTITATIVA
55
A compra de bebidas alcoólicas por menores
É consenso entre pais, adolescentes e donos de bares que a venda de
álcool para adolescentes está totalmente franqueada em
diferentes tipos de estabelecimento.
Os donos de bares se eximem deste ato e afirmam que a facilidade de
compra acontece em:
• lojas de conveniência,
• postos de gasolina,
• supermercados 24 horas,
• adegas e
• Ambulantes/camelôs
A maioria dos donos de estabelecimento declaram não vender bebidas para menores, mas acabam se contradizendo ao afirmar que os jovens estão com “caras de mais velhos”, é por isso, fica difícil identificar quem tem 16, 17 anos.
Os jovens declaram que raramente são convocados a apresentar documentos e costumam evitar a compra em grupo.
56
Percentual de menores que consumiram álcool no último ano é mais alto do que entre adultos
P11a. De um ano para cá você bebeu?
%
Base: Experimentou bebida alcoólica Adultos (1021) Menores (458)
Resposta Total Idade
12 e 13 14 e 15 16 e 17
Base: Experimentou bebida alcoólica
(458) (95) (179) (184)
•Sim 71 62 69 78
•Não 29 38 31 22
64
71
36
29
Adultos
Jovens
Sim Não
Adultos
Menores
Entre adultos evangélicos: 37%, contra 72% dos católicos e 73% de
outras religiões/ sem religião.
Entre menores evangélicos: 61%, contra 72% dos católicos e 81% de
outras religiões/ sem religião
Consumiu: Homens: 70% Mulheres: 58% Até 2 SM: 60% + 2 a 5 SM: 66% + de 5 SM: 74%
QUANTITATIVA
57
Reporte ao consumo no último mês é mais alto entre os jovens de 16 e 17 anos
do que entre os adultos
P11b. De um mês para cá você bebeu?
% 48
40
52
60
Adultos
Jovens
Sim Não
Adultos
Menores
Base: Experimentou bebida alcoólica Adultos (1021) Menores (458)
Resposta Total Idade
12 e 13 14 e 15 16 e 17
Base: Experimentou bebida alcoólica
(458) (95) (179) (184)
•Sim 40 29 33 52
•Não 60 71 67 48
Entre adultos evangélicos: 24%, contra 56% dos católicos e 51% de
outras religiões/ sem religião.
Entre menores evangélicos: 32%, contra 40% dos católicos e 48% de
outras religiões/ sem religião
Consumiu: Homens: 56% Mulheres: 39% Até 2 SM: 46% + 2 a 5 SM: 47% + de 5 SM: 55%
QUANTITATIVA
58 58
Total Idade
12 - 13 14-15 16-17
Base: Experimentou bebida alcoólica
(458) (95) (179) (184)
Média (anos) 14,3 11,6 13,8 15,2
P11d. Quantos anos você tinha quando começou a consumir bebidas alcoólicas com mais frequência?
%
Adultos Menores
Começou a beber com mais frequência
Base: Experimentou bebida alcoólica Adultos (1021) Menores (458)
21,4 14,3
Com que idade começou a beber com frequência (média)
Total
Idade
18 a 24 25 a 29 30 a 39
40 a 49
50 e mais
Base: Experimentou bebida alcoólica
(1021) (167) (128) (227) (200) (299)
Média (anos) 21,4 17,7 19,2 20,8 22,6 24,5
Adultos
Menores
Consumo frequente também acontece cada
vez mais cedo!
QUANTITATIVA
59
Frequência de consumo de bebidas
P14. Com que frequência você geralmente consome qualquer tipo de bebida alcoólica (Ex.: cerveja, vinho, destilados, bebidas “ice” ou qualquer outra bebida)? (UMA OPÇÃO)
%
4
2
1
10
18
7
11
37
10
Todos os dias
Quase todos os dias
De 4 a 5 dias por semana
De 2 a 3 dias por semana
1 dia por semana
Uma vez a cada 15 dias
Aproximadamente uma vez
no mês
Menos de 1 vez por mês,
mas ao menos 1 vez por ano
Não bebe
Adultos Menores
1
3
2
12
8
11
55
7
Base: Experimentou alguma bebida alcoólica Adultos (1021) Menores (458)
Bebem pelo menos uma vez por semana
35% 18%
4% bebem quase todos os dias
QUANTITATIVA
60
Com quem geralmente bebe?
P18. Pense nas ocasiões em que você consumiu bebidas alcóolicas. Na maior parte delas, você estava: (UMA OPÇÃO)
%
54
23
9
5
1
1
7
Com amigos
Com a família
Sozinho
Com namorado(a)/
parceiro(a) amoroso
Com colegas de
trabalho
Com colegas da
faculdade/ escola oucurso
Não respondeu
Adultos Menores
64
22
4
2
1
2
5
Base: Experimentou alguma bebida alcoólica Adultos (1021) Menores (458)
Total
Idade
12 e 13 14 e 15 16 e 17
Base: Experimentou bebida alcoólica
(458) (95) (179) (184)
•Com amigos 64 41 64 76
•Com a família 22 44 19 14
QUANTITATIVA
61 P20. Em qual destes momentos você se sente mais confortável ou à vontade para consumir bebidas alcoólicas? Mais algum? (ESTIMULADA – RM)
%
Menores
Base: Experimentou alguma bebida alcoólica Jovens (458)
Locais de consumo (4 + citados)
Total
Renda familiar (em salários mínimos)
Mais de 5 Mais de 2
a 5 Até 2
Base: Experimentou bebida alcoólica (458) (27) (137) (233)
•Casa 29 44 31 29
•Bares/ boates/ danceterias 20 23 21 17
•Salões para festas 15 23 19 12
•Locais públicos 30 23 25 37
Total Idade
12 e 13 14 e 15 16 e 17
Base: Experimentou bebida alcoólica (458) (95) (179) (184)
•Casa 29 30 32 25
•Bares/ boates/ danceterias 20 3 15 32
•Salões para festas 15 14 16 15
•Locais públicos 30 24 29 35
QUANTITATIVA
62 P20. Em qual destes momentos você se sente mais confortável ou à vontade para consumir bebidas alcoólicas? Mais algum? (ESTIMULADA – RM)
%
39
23
18
9
5
5
4
22
4
Aos finais de semana
Em eventos familiares
Em eventos sociais
Em qualquer momento
em que sinta vontade
Durante as refeições,
no almoço
Após o trabalho (happy
hour)
Durante as refeições,
no jantar
Nenhum destes
momentos
NS/ NR
Adultos Menores
35
23
22
11
1
23
3
Base: Experimentou alguma bebida alcoólica Adultos (1021) Jovens (458) Pais (286)
Momentos em que consome bebida alcoólica QUANTITATIVA
63
Bebidas que consome com mais frequência
%
Base: Experimentou bebida alcoólica Adultos (1021) Menores (458)
65
31
10
9
7
6
6
4
2
1
1
1
11
10
Cerveja ou chopp
Vinho
Vodca
Aguardente, pinga, cachaça
Uísque
Bebidas “ice”
Sidra ou Champanhe
Conhaque
Licor
Caipirinha/ Batidas
Tequila
Outras bebidas
Nenhum
NS/ NR
Adultos Menores
51
41
24
3
11
24
11
3
3
2
3
2
4
10
P16. Qual destes tipos de bebida alcóolica que você consome com mais frequência? E em segundo lugar? E em terceiro? (1º+2º+3º lugares)
Entre menores, consumo de vinho ,
vodca e bebidas “ice” é mais
frequente que no público adulto.
ÍNDICE DE MULTIPLICIDADE 1,9 2,1
Cerveja ou chopp são mais consumidos entre homens, tanto adultos quanto menores. Já as
mulheres, independentemente da idade, têm preferência
pelo vinho.
QUANTITATIVA
64
Bebidas alcoólicas que atraem mais o adolescente
Mesclas, batidas e bebidas adocicadas atraem
particularmente o adolescente, sendo características desse momento de passagem ou conversão: diluição do álcool, proximidade com sabores inocentes, da infância (frutas,
açúcar, refrigerante, suco)
Ice e mistura de destilado com energético são moda em bebidas:
ice é a ´batidinha´ dessa geração, disfarça a força do destilado, tem jeito de refrigerante de limão
energético com vodka (ou whisky, + raramente nessas classes) dilui o destilado e potencializa efeito rápido,
estimulante
Donos de bares confirmam as preferências, mas ressaltam que há uma tendência de escolherem as de preços mais acessíveis e
reforçam a procura por bebidas de “efeito rápido”.
65
Podemos concluir que o consumo de álcool é um hábito instalado
Muitos adolescentes, depois da primeira vez que bebem, adquirem o hábito de beber, especialmente entre amigos
Parte deles (+15/17) relata inclusive ocasiões de bebedeiras. Geralmente acham engraçado e divertido ficar bêbado, mas ressaltam o desconforto de ´pagar micos´, passar mal no dia
seguinte, esquecer do que fizeram e dar trabalho a terceiros
Na parcela mais nova (12/14, ambos) e entre meninas (15/17) são mais frequentes os relatos de adolescentes que bebem
escondido dos pais
Comecei a beber faz dois anos, meus irmãos foram me levando com eles,
experimentei em festas e gostei... Eu fico bem feliz e animada, perco a noção do
perigo... (15/17, bc, santos)
66
Em suma...
a proibição da venda e consumo de álcool por menores de idade é uma espécie de ´verdade esquecida´
Família não prioriza o problema, oferece modelo negativo,
considera um mal menor
Escolas não discutem, focam drogas e DSTs. Sabe-se que a escola não é um lugar isento de riscos: adolescentes dizem
com alguma regularidade que o consumo e a compra de droga acontece nos banheiros
Mídia pouco aborda, foca drogas, DSTs e pedofilia. Dá
exemplo negativo, veicula comunicação pró álcool
Impunidade corre solta: ganância, visão imediatista dos estabelecimentos comerciais e da indústria
67
68
Idade mínima para comprar bebidas alcoólicas
P36. adultos / P28. Menores - Pelo que você sabe ou ouviu falar, de acordo com as leis no nosso país, a partir de que idade é permitido comprar bebidas alcoólicas? (RU)
2
3
84
90
10
6
4
2
Adultos
Jovens
Antes dos 18 anos18 anosDepois dos 18 anosNão sabe
Adultos
Menores
Base: Amostra Adultos (1204) Menores (1008)
P37. adultos / P29. Menores - E você sabe que idade deve ter uma pessoa para que se possa oferecer a ela uma bebida alcoólica, de acordo com as leis no nosso país? (RU)
Idade mínima para consumir bebidas alcoólicas
1
2
75
77
12
10
11
11
Adultos
Jovens
Antes dos 18 anos18 anosDepois dos 18 anosNão sabe
Adultos
Menores
%
A população conhece a lei que proíbe menores de comprarem bebidas alcoólicas...
69
Os donos de bares revelam conhecimento superficial sobre a lei, e têm dificuldades para
aplicá-la
É importante salientar que os donos de estabelecimento consideram a lei necessária. Porém, o baixo conhecimento sobre punições e implicações para o dono e seu estabelecimento, aliado à falta de fiscalização, compõem o cenário facilitador para o consumo de bebidas por adolescentes.
Outro atributo igualmente relevante se refere à dificuldade de cumprir esta lei: por faltar conhecimento, por faltar sinalização e porque é muito difícil identificar menores, principalmente os de 16 e 17 anos.
lei que não pegou
pouco rigor ausência de punição
ninguém cumpre
Atributos mais associados à lei reforçam e complementam esta opinião:
A existência de menores bebendo no interior dos estabelecimentos não é do agrado de seus donos/gerentes. Os menores interferem no ambiente, atrapalham os clientes adultos e seu poder aquisitivo é menor.
70
P38. adultos / P30. Menores - Ainda pelo que sabe ou ouviu falar, existe ou não existe punição para estabelecimentos ou ambulantes que vendem bebidas alcoólicas para menores de 18 anos? (UMA OPÇÃO)
%
77
80
18
12
5
8
Adultos
Jovens
Existe Não existeNS/NR
Adultos
Menores
Base: Amostra Adultos (1204) Menores (1008)
Maioria dos paulistas declara que existe punição para quem vende ou oferece bebida aos
menores de idade
Punição por venda de bebidas alcoólicas a menores
Punição por oferecimento de bebidas alcoólicas a menores
P40. adultos / P32. Menores - Pelo que sabe ou ouviu falar, existe ou não existe punição para quem oferece bebidas alcoólicas para menores de 18 anos? (UMA OPÇÃO)
68
64
25
22
6
14
Adultos
Jovens
Existe Não existe NS/NR
Adultos
Menores
71
Mas 30% dos paulistas não sabem indicar uma penalidade para quem vende
ou oferece bebida aos menores
P42. adultos / P34. Menores - Pelo que sabe ou ouviu a respeito, quais são as punições que constam nas leis que proíbem a venda ou oferta de bebidas alcoólicas para menores de idade? (ESPONTÂNEA – RM)
%
Adulto Menores
Base: amostra (1204) (1008)
• Multa para o estabelecimento (bares, restaurantes, lanchonetes, etc) 53 48
• Interdição do estabelecimento 22 17
• Prisão de quem vende bebidas alcoólicas para menores de idade 11 15
• Prisão de quem oferece bebidas alcoólicas para menores de idade 5 6
• Prisão do menor de idade que consome bebidas alcoólicas 1 2
• Multa para pais ou responsáveis pelo menor de idade que consome
bebidas alcoólicas 3 4
• Perda da guarda do menor de idade que consome bebidas alcoólicas
pelos pais ou responsáveis 3 3
• Prestação de serviços comunitários 3 2
• Não existe punição 4 4
• NS / NR 30 32
72
Os proprietários de bar, que seriam punidos por desrespeitar a lei, desconhecem as sanções...
Apesar do conhecimento da existência da lei, os donos de estabelecimentos desconhecem seus detalhes. As implicações sobre multas e seu valor, se há riscos de fechar o estabelecimento ou de ter que responder a um processo civil são questões desconhecidas.
Todo mundo sabe da existência, mas não sabe o risco que corre. Eu mesmo não sei o risco que eu correria se eu vendesse para um menor. Eu só sei que eu não posso servir e é errado, não sei da minha punição, se eu tomo multa. (bar periferia SP)
Sei que tem multa, não sei o valor. Mas é uma lei que eu nunca vi ninguém ser multado. (bar bairro de classe média São Paulo)
Eu não sei, muitos não sabem. Eu sei que tem a lei, mas conhecer a lei, não. É mais uma lei que colocaram e pronto. É só mais uma coisa... (quiosque litoral periferia)
73
...E reforçam que não há fiscalização
Os donos de bares ressaltam que jamais foram visitados por um fiscal, não conhecem quem foi, não sabem que órgão seria responsável por esta atividade. Há uma exceção: uma casa noturna muito grande no interior de São Paulo recebe fiscais do Juizado de Menores duas vezes ao mês.
Falta de fiscalização e de conhecimento estão no centro desta questão.
É comum entre os donos dos estabelecimentos exercerem eles mesmos a fiscalização: ficam atentos à movimentação, ao comportamento dos clientes, os seguranças são orientados para perceberem situações que fogem da “normalidade”. Mas reconhecem que é uma fiscalização mais precária e limitada – a abordagem nem sempre é fácil, pedir o RG já configura situação de desconfiança e falta de cortesia. Há receio de discussões e violência.
74
De maneira geral, a percepção da população é de que as leis não são respeitadas no Estado...
P39. adultos / P31. Menores - A venda de bebidas alcoólicas para menores de 18 anos é proibida por lei. Na sua opinião, essas leis são ou não são respeitadas no Estado de São Paulo? (UMA OPÇÃO)
%
6
6
90
89
3
5
Adultos
Jovens
São respeitadas
Não são respeitadas
Base: Amostra Adultos (1204) Menores (1008)
Adultos
Menores
Leis que proíbem a venda de bebidas alcoólicas para menores
P41. adultos/ P33. Menores - Oferecer, ainda que gratuitamente, qualquer tipo de bebidas alcoólicas para menores de 18 anos é proibido por lei. Na sua opinião, essas leis são ou não são respeitadas no Estado de São Paulo? (UMA OPÇÃO)
5
5
91
85
4
10
Adulto
Jovens
São respeitadas
Não são respeitadas
Adultos
Menores
Leis que proíbem o oferecimento de bebidas alcoólicas a menores
75
... E os donos de bares apontam os motivos
a compra feita por crianças a pedido dos pais (situação
de bar na periferia do litoral).
a compra/consumo efetuados na presença dos pais.
a compra efetuada por um maior que distribui aos menores –
irmão, amigo.
a constatação de que é muito fácil para um menor
comprar bebida alcoólica em outros estabelecimentos:
outros bares, supermercados, postos de gasolina, lojas de
conveniência, ambulantes.
a principal razão diz respeito à dificuldade de identificar
menores na faixa de 16, 17 anos.
Há consenso de que a lei mais fácil de ser cumprida é a Lei Anti-Fumo, pois abrange a todos, e agradou aos donos de bares de maneira geral.
76
77
Campanha de combate ao consumo de álcool por menores de idade
Não há recall de campanhas falando sobre a prevenção nem
conscientização do consumo de bebidas alcoólicas por parte de
menores de idade entre os entrevistados. Parte da amostra lembra
apenas do mote: “se beber não dirija”.
Dados levantados na indicam que: • As campanhas de prevenção no Brasil são focadas quase que
exclusivamente na relação do beber e dirigir;
• Essas campanhas nacionais utilizam os mesmos elementos dos anúncios publicitários de cerveja (carnaval, praias, festas com gente bonita e alegre bebendo), ou seja, reforçam a imagem do produto e a mensagem de prevenção não é assimilada;
• Não se abordam os males causados pela ingestão do álcool à
saúde.
DESK RESEARCH
78
88
72
7
15
3
8
1
3 1
Adultos
Jovens
Com certeza apoiariaProvavelmente apoiariaNão apoiaria/ com certeza não apoiariaIndiferenteNS/ NR
Adultos
Menores
95%
87%
Pensando na conscientização da sociedade sobre os riscos
relacionados ao consumo do álcool entre menores de idade todos
acham necessário e relevante que se faça a campanha e são
receptivos a esta ideia (os jovens de 15 a 17 tendem a se mostrar
mais resistentes, mas não irredutíveis)
Entre os pais a expectativa é de que um movimento neste sentido
favoreça o diálogo sobre o tema na família, auxilie com conteúdos
relevantes e estratégias de convencimento
Há grande receptividade a uma campanha que trate dessa questão
79
Donos de estabelecimentos também se mostram receptivos à ideia da campanha
Entendem que ela daria a necessária visibilidade para a
Lei de Proibição de Venda e Consumo de bebidas
alcoólicas por menores, além de ser vista com uma
maneira de alertar a população sobre os malefícios que o
consumo do álcool pode gerar na saúde
Estimulados a escolher atributos para representar sua opinião à uma campanha, destacaram que:
é necessária
terá o apoio da população
é uma iniciativa positiva
terá o apoio dos estabelecimentos
interessa à população
é de utilidade pública
80
A campanha deve mobilizar toda a sociedade, mas comerciantes acreditam que deve
ter foco especial para os pais
Pais e filhos sugerem:
Que, para ser eficaz, a campanha conscientize e mobilize toda a
sociedade para o controle do consumo de álcool na adolescência, como
aconteceu com o movimento antifumo.
Que o público-alvo seja abrangente: adolescentes, pais,
comerciantes, escolas e ONGS
Que a linguagem e os porta-vozes da campanha sejam jovens e falem
a ´língua´ dos adolescentes, mesmo sabendo que haverá resistência
Comerciantes acreditam que os pais devem ser o principal foco da
campanha, por serem:
agentes importantíssimos no processo de impedir que os menores consumam
bebida alcoólica, além de considerarem que o primeiro aprendizado é feito
em casa com o aval dos responsáveis.
freqüentes as situação em que os pais concordam com algum consumo e
autorizam o estabelecimento a vender bebida alcoólica.
81
Deve estar nas mídias que atingem o jovem, além de ter grande visibilidade nos estabelecimentos
Quanto às mídias, a televisão aberta e a internet são os meios
espontaneamente mais sugeridos por jovens e pais
Os adolescentes sugerem ações em redes sociais (Twitter, Facebook,
Orkut), inclusive com possibilidades de interação (pergunta-resposta) para
o esclarecimento de dúvidas
Pais e filhos também sugerem anúncios em revistas teens e
cartazes para serem colocados nos pontos de venda, nos ônibus,
nas escolas, além de cadernos (tipo cartilhas com perguntas e
respostas) a serem distribuídos aos professores, adolescentes e
famílias
Donos de estabelecimento sugerem que a campanha englobe:
• Sinalização clara dentro dos estabelecimentos • Disque Denúncia, • Palestras nas escolas • Adesivos nos carros
82
Cuidados a serem considerados...
Ser do governo gera uma certa desconfiança!!
Parcela significativa dos pais e donos de bares reagiu, num
primeiro momento, com certo descrédito quando introduzimos que
o consumo de álcool por menores era uma preocupação do
governo e associou a iniciativa a ´jogadas políticas/eleitorais´ ou a
´esforços momentâneos e inconsistentes´... que serão ´pouco eficientes
para transformar a realidade e resolver o problema atual´. Ao seu modo,
os adolescentes tenderam a expressar opinião semelhante:
“O Governo fala tanta coisa que você não acredita mais em nada...
Infelizmente com o passar do tempo, tudo cai no esquecimento...” (pais, Santos, 12/14, BC)
Entretanto, pais e comerciantes ressaltaram que a campanha
antifumo partiu do Governo de SP, funcionou no Estado, e depois
se propagou em todo território nacional
83
Cuidados a serem considerados...
Lei Seca – exemplo a não ser seguido
É um exemplo negativo: parte dos pais e a maioria dos donos de
bares comentou que, no início, houve fiscalização eficiente (blitz com
bafômetros em diversos locais urbanos e em rodovias)
No entanto, este esforço foi momentâneo e já não tem ocorrido mais,
portanto, já se sabe de quem tenha voltado a dirigir alcoolizado, sem sofrer
penalidades
O que reforça a sensação inicial de descrédito na futura campanha
relacionada à prevenção do consumo de álcool por adolescentes
Lei antifumo e PSIU são exemplos positivos
84
Ação punitiva aos estabelecimentos é imprescindível e maioria é a favor
Pais e filhos ressaltam que – além dos esforços de comunicação nas
mídias e ações nas escolas – será fundamental que o Governo
implemente medidas eficientes na fiscalização e impedimento da
venda de bebidas alcoólicas a menores nos pontos de venda e
consumo (bares, boates, festas, supermercados, shows, eventos, etc)
Caso contrário, os esforços de comunicação não serão suficientes,
minimizando a credibilidade e a eficácia da iniciativa
% 72
52
25
39
1
6
1
3 1
Adultos
Jovens
Muito favorável
Favorável
Desfavorável / Muito desfavorável
Indiferente
NS/ NR
91%
Adultos
Menores
97%
85
E donos de bares demostram receio de serem os únicos a serem punidos
Enfatizam que a adoção de medidas mais severas deve não deve restringe apenas aos bares e casas noturnas. Deve considerar odos os estabelecimentos que comercializam bebidas alcoólicas, principalmente as grandes redes de supermercado:
Bares Lanchonetes Lojas de
conveniências Adegas
Casas noturnas
Supermercados Padarias
86 86
Campanha deve abordar principalmente os malefícios à saúde e os riscos à integridade física
%
Adulto Menores
Base: amostra (1204) (1008)
• Mostrar que o consumo excessivo de bebidas alcoólicas é responsável por um
alto índice de mortes no trânsito 58 51
• Mostrar que o consumo excessivo de bebidas alcoólicas pode causar doenças de
fígado, de estômago, hepatite, pancreatite e problemas de memória 54 59
• Mostrar que o consumo excessivo de bebidas alcoólicas pode causar problemas
emocionais e psicológicos, como depressão 35 38
• Divulgar as punições previstas para estabelecimentos que vendem bebidas
alcoólicas a menores de idade, como interdição do local e prisão do proprietário 35 34
• Divulgar as punições previstas para pessoas que oferecem, ainda que
gratuitamente, bebidas alcoólicas a menores de idade, como prisão ou outras
penalidades
28 29
• Mostrar a importância do envolvimento de educadores e familiares na
orientação dos menores de idade em relação ao consumo de bebidas alcoólicas 26 26
• Mostrar especialistas, como médicos e psicólogos, falando sobre as
consequências do consumo de bebidas alcoólicas por menores de idade 23 22
• Mostrar depoimentos de celebridades que já enfrentaram problemas
decorrentes do consumo excessivo de bebidas alcoólicas 20 24
• Nenhuma destas medidas 1 1
• Não respondeu 2 8
P45. adultos / P37. Menores - Pensando numa campanha do Governo do Estado de São Paulo para combater o consumo de bebidas alcoólicas entre menores de 18 anos, qual destas informações você acredita que é fundamental ser divulgada? E em 2º lugar? E em 3º lugar? (1º+2º+3º lugar)
87 87
Pais e adolescentes têm dúvidas sobre os prejuízos que o álcool traz à saúde
Tendência ao alcoolismo
Tempo para perceber
danos à saúde
Limites Pistas para identificar
vício, exagero
Medo do alcoolismo
Quantos anos leva para o álcool fazer mal para alguém que bebe bastante? Alcoolismo acontece cedo? Riscos para o corpo? Está fazendo mal?
Por que será tão viciante o álcool? Quando começa o vicio e como parar adequadamente? Por que tem pessoas que consomem todos os dias? Será que vou ficar legal ou vou me dar mal? Será que algum dia alguém daqui pode usar álcool e drogas?
Eu não entendo que beber seja pra ficar bêbado, pra que beber até fazer mal pra saúde? Muita bebida mata? Se o cara começar a beber, ele sabe se vai conseguir parar? Qual o problema do uso prolongado?
?
Como detectar o ponto de parada?
Como irão detectar se já virou vicio?
Quando o álcool não adianta mais, vêm as
drogas?”
Será que meu filho vai virar
alcoólatra e usar droga? O que fazer para não permitir
que meu filho se torne um dependente de álcool?
PAIS MENORES
88 88
Outras dúvidas rondam pais e filhos...
Medo de radicalizar
O que permitir?
Receita para
dialogar com filhos
Mea culpa
Mal exemplo
Razões para beber nesta
idade
Outras
? Não sei se meu filho vai acatar meus conselhos e optar por não beber. Devo bater ou prender em casa (ironia)? Como e quando abordar? Meu filho confia em mim, ele conta pra mim? Como explicar os limites e as conseqüências sem ser careta? Vou poder ajudá-lo?
Será que faz mal? Do que estamos falando, estamos falando do jovem ingressar no álcool, do jovem iniciar no alcoolismo ou estamos falando do jovem ingressar na vida adulta?
Você está falando de proibir seu filho de tomar um copo de cerveja? Qual a intensidade da preocupação? Até onde pode e até onde não pode?
Será que falhamos em algo, será que o exemplo foi meu? Como faço para cobrar uma boa postura, se eu mesma não dou o exemplo?
Por que o adolescente, na maioria das vezes, bebe para aparecer ou para
não se sentir excluído? Contar ou não para os
pais (o que acontece nas baladas)?
Dia seguinte: porque não lembramos, porque dá dor
de cabeça?
Por que os adolescentes de hoje em dia sempre buscam a bebida? Porque a bebida torna as pessoas mais sociáveis? Por que de beber agora nessa idade e o por que de deixar pra depois?
MENORES
PAIS
89
Legislação, fiscalização e treinamento é o que pedem os comerciantes
Na opinião dos proprietários de bar, a campanha voltada aos comerciantes deve:
Tornar a legislação sobre consumo de bebidas por menores de idade mais conhecida,
Fiscalizar todos os tipos de estabelecimentos onde haja venda de bebidas
Criar serviços de apoio para os estabelecimentos para o treinamento de os donos e funcionários,
Elaborar cartilhas e programar palestras
Alguns chegam a sugerir benefícios para os estabelecimentos que cumprirem a lei: isenção fiscal, premiação em objetos para os bares e
também em doações para instituições públicas.
90
Em suma, o que cada público espera de uma campanha realizada pelo governo...
O QUE “PEGA”: falar dos malefícios que o álcool traz para a saúde, dos vexames que o consumo excessivo pode trazer, desassociar álcool da imagem de diversão. O QUE NÃO “PEGA”: proibir por proibir.
O QUE “PEGA”: falar dos malefícios que o álcool traz para a saúde, auxiliar em maneiras de travar diálogo com os filhos, respaldar a posição do pai que proíbe o filho. O QUE NÃO “PEGA”: uma campanha de pouco fôlego, que parece “jogada política”.
O QUE “PEGA”: informar os estabelecimentos sobre a lei, fornecer placas sinalizadoras, aplicar punições e fiscalização. O QUE NÃO “PEGA”: uma campanha que não reforce a lei e seja fácil de burlar.
Menores Pais Comerciantes
E todos destacam: é fundamental que a campanha mobilize diversos segmentos da sociedade.
91
92
A pesquisa aponta claramente a relevância e a necessidade
da campanha anti-álcool entre menores de idade.
Fica evidente que o assunto estava esquecido e vinha sendo
negligenciado pelas famílias, tão assombradas que estão com
o volume de notícias sobre violência, drogas, abusos de
qualquer sorte, DSTs, enfim, o que se vê e escuta por toda
parte, o tempo todo.
Assim, o principal mérito da campanha, num primeiro
momento, será o de colocar em pauta, promover a
discussão do tema.
Deve chegar informando e, sobretudo, mostrando o
compromisso de enfrentar de modo eficaz o problema.
93
Enfrentar de modo eficaz, nesse caso, significa:
Ir muito além de uma campanha de esclarecimento da
opinião pública: todos sabem que menor não pode
comprar nem tomar álcool, mas não é clara as implicações
legais da lei. É preciso fiscalizar e punir os principais
incentivadores do hábito de beber entre menores de idade
que são TODOS os tipos estabelecimentos comerciais,
onde a bebida é livremente vendida e até mesmo servida a
adolescentes.
Implica ainda, usar o poder do Governo do Estado de São
Paulo para implementar ou favorecer a implementação
de políticas públicas nesta direção: ações junto às
instâncias direta ou indiretamente envolvidos com a
questão, desde a família – primeira instância de influência –
passando pelos formadores de opinião (a escola, em
destaque), pelos meios de comunicação, até na outra ponta
a indústria.
1
2
94
A dificuldade, neste caso em particular, consiste no fato de o
álcool ser uma droga lícita, substância vista como
´inofensiva´, desde que consumida moderadamente... E
mesmo quando consumida em excesso, fora os casos mais
drásticos de acidentes, risco de violência e morte, há a
percepção de que os efeitos para a saúde ocorrerão no
longo prazo: são insignificantes os casos relatados de forte
e rápido processo de dependência alcoólica ou de
consequências graves do uso abusivo de álcool.
Por esse motivo, tudo indica que a tônica da campanha
deve se assemelhar mais à da abordagem antifumo
(hábito lícito) e menos à de antidrogas, que exige
medidas coibitivas de outra natureza.
95
Só que aqui surge um barreira adicional a enfrentar o
foco da campanha, o menor em seu meio, o que inclui
a família:
Não se trata de sugerir às famílias, aos pais mais
diretamente, que parem de consumir álcool (ou reduzam o
consumo), um importante veículo de integração das pessoas
nas sociedades de todos os tempos: qualquer iniciativa neste
sentido é prontamente rechaçada como moralizante e
cerceadora das liberdades individuais
O foco está em gerar reflexão sobre o modelo exibido aos
filhos e sobre a negligência com que o álcool é, eventualmente,
tratado dentro de casa: mais uma entre outras bebidas
disponíveis (sucos, refrigerantes, água), guardada em local
aberto, acessível, permissão para consumir pequenas doses,
introdução consentida ao hábito etc
96
Ainda sobre o público foco desta iniciativa, é importante destacar que
o hábito de beber já está instalado, sobretudo e mais intensamente entre
adolescentes na faixa dos 15 aos 17 anos quanto mais perto dos
dezoito, mais se bebe
Se na faixa de 12 a 14 a família (e os adultos) ainda tem força de
argumentação ou pressão, aqui fica muito mais difícil até para dialogar os
pais pedem ajuda nesse sentido
A abordagem deste público (15/17), que em princípio se coloca como
refratário, vai exigir a orientação de especialistas, atores sociais com
vivência na área, que encontraram formas eficazes e bem sucedidas de
comunicação com jovens no final da adolescência
Não basta colocar um ´igual´ contando os seus casos, em linguagem
típica: dependendo do formato, esse jovem pode ser associado a estereótipos
indesejados e ineficazes aquele que não bebe mesmo, ´o que não é
popular´, o certinho... gerando efeito contrário ao desejado
97
A oportunidade que o estudo aponta para a sensibilização de todos os
públicos é a de focar a situação de vulnerabilidade à qual o
adolescente se expõe com o consumo excessivo de álcool: sexo sem
consentimento e prevenção, gravidez indesejada, aids e outras
doenças sexualmente transmissíveis, acidentes de qualquer natureza,
violência etc
Vulnerabilidade que é o principal temor do próprio adolescente
quando se fala em consumo exagerado de álcool, ainda que seja pela
exposição ao ridículo, ´o mico´que pagam nestes momentos .
98
E, nesse contexto, a ideia é favorecer a relação entre o álcool e
os riscos sabidos, discutidos, que tanto perturbam a todos.
Trata-se de colocar o álcool no centro do debate, não apenas
como porta de entrada, mas permeando tudo: álcool e drogas
consentidas ou contra a vontade (o famoso ´boa noite cinderela´),
álcool e gravidez indesejada, álcool e AIDS, álcool e outras DSTs,
álcool e violência, álcool e risco de danos cerebrais, álcool e risco de
morte, álcool e morte.
Por fim, falando especificamente dos donos de estabelecimentos, há
expectativas de que as ações e campanhas do governo constituam
apoios legais para o seu cotidiano na relação com seus clientes
menores e também com seus pais.
Assim os estabelecimentos estariam instrumentalizados para lidar
com os menores que tentam burlar a lei e teriam um grande motivo
para enfrentá-los e para mudar hábitos já instalados, ou seja,
facilitaria abordagem necessária aos menores.
99
OBRIGADA!!!