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Contos para pensar.O Sbio.Um dia Confcio estava passeando com alguns discpulos quando eles encontraramdois garotos discutindo. Confcio perguntou aos garotos a razo da disputa. Eles disseramque debatiam se o sol estava mais perto ao fim da tarde e mais longe ao meio-dia, ou seestava mais longe ao fim da tarde e mais perto ao meio-dia.Um dos garotos argumentou que o sol parecia maior ao fim da tarde e menor aomeio dia, ento ele devia estar mais perto ao fim da tarde e mais longe ao meio-dia.O outro garoto argumentou que fazia frio ao fim da tarde e calor ao meio-dia, logo osol deveria estar mais longe ao fim da tarde e mais perto ao meio-dia.Confcio no soube apontar comquemestava a razo. Os garotos entodebocaram dele e disseram! "#uem disse que voc$ % to sabido&'A Histria do Velho Senhor Shang.O (elo )enor )ang era um pobre cidado cu*o estrano destino come+ou a sedesenrolar no dia em que seu pequeno casebre caindo aos peda+os foi confiscado por dois*ovens arrogantes, que eram protegidos de um gangster local.,aqueletempo, famliasricas, commuitosseguidoreseagregados, podiamagircomo se a lei estivesse com elas. -lgumas famlias tinam milares de omens armados emsuas propriedades. O gangster em questo era o cabe+a de um desses cls, e seus seguidoreseram todos *ovens crias das famlias bem-estabelecidas da regio. Eles gastavam seu tempovestindo roupas caras e vadiando por a, fazendo o que les desse na tela.O cefe do cl era bem conecido por fazer um pobre omem rico e um rico omempobre, com uma nica palavra ou um gesto com a cabe+a. .esmo o governo o tina em suafola de pagamento, embora ele no se importasse com lei ou ordem e no contribusse emnada com o bem-estar geral. #uantos *ovens iludidos foram feridos ou mortos em duelossemsentido, feitosapenasparaacender asambi+/es deoutros*ovensiludidos, eparadivertir o gangster e sua gangue.O (elo )enor )ang pensou que avia descoberto sua cance de se tornar umsucesso quando ouviu os dois *ovens mo+os que invadiram sua casa conversando sobre seulder. 0ogo no dia seguinte, o velo )ang foi at% a resid$ncia do gangster, que era umomemtograndequeat%mesmoogovernopagavaaeleparamant$-lodoladodoimp%rio.#uandoovelo)angcegou, ele foi saudadocomgritos e vaias de risoedesprezo. #uem % esse banana que veio se *untar 1 gangue& Obviamente, ele no serviapara um duelo, ento os garotos decidiram ver como era um velo omem acertando o codepois de cair de um pr%dio de sete andares.Um certo nmero de *ovens pegou o pobre velo )ang e o levou at% uma alta torre,e o disseram que o cefe estava oferecendo cem pe+as de ouro para quem pulasse dali.-lguns dos *ovens cegaram na beirada como se tivessem a inten+o de ganar o pr$mio,ento o velo )ang se apressou e pulou.Os brig/es seguraramof2legopor ummomento, preparados paraver oveloomemseesborracar paraamorte. .asoqueelesviramfoi ovelo)angflutuarlevemente sobre a terra como uma pena no ar.)em poder acreditar no que viram,os *ovens tomaram aquilo como um golpe desorte, culpa de um repentino sopro de vento que todos notaram.,o dia seguinte eles resolveram levar o velo )ang para o leito de um rio, ondeaviam cascatas misteriosas com buracos de profundidades desmedidas. Eles contaram aovelo sobre uma p%rola enorme que avia no fundo de um buraco sobre a r3pida correnteza,e disseram que o cefe ofereceu a p%rola a quem a pudesse pescar.O (elo )ang mergulouna corrente semesitar,vindo1 superfcie momentosdepois, trazendo uma p%rola enorme na mo.4sso no mais poderia passar como um golpe de sorte, e ao velo )ang foi dado umlugar entre os convidados do mestre da casa.,omuitodepoisdisso, uminc$ndiosedeunoarmaz%m. Ocefedisseaseusseguidores que iria recompensar quem pudesse salvar seus panos. (elo )ang correu parao edifcio em camas e saiu de l3 sem uma queimadura, com os panos.,essa ora, os rufi/es estavam convencidos de que o (elo )ang devia ser um dosque alcan+aram o 5ao, e todos imploraram perdo por terem-le aplicado truques. ",6saplicamos truques em voc$, no percebendo que voc$ era um dos imbudos do 5ao. ,6s oridicularizamos, ignorandoquevoc$eraumomemdeesprito. .esmonos acandoignorantes, surdos e cegos, dese*amos pergunt3-lo sobre o seu Camino.'O velo )ang ento disse, "#uer dizer que voc$s estavam brincado&'#uandoestaist6riafoi reportadaaConfcio, eledisse, "-lgu%mque%perfeitamentesincero, pode afetar as coisas. (elo )ang acreditou em falsidades, e as coisas no traramsua confian+a. #uo mais efetivo seria se a confian+a e a sinceridade estivesse em ambos oslados. 5ome nota disto.'O Homem Pobre e o Ouro.Um omem pobre decidiu se tornar rico, ento ele p2s seu cap%u e sua capa e foipara a cidade.#uando ele andava pelo centro da cidade, ponderando sobre como obter riquezas,seu olar repousou em algu%m carregando um tanto de ouro.O omem pobre correu e agarrou o ouro. Ele foi capturado quando tentava fugir.O *uiz perguntou ao velo omem,"Como voc$ esperava fugir com o ouro, comtanta gente envolta&'"Eu vi apenas o ouro', e7plicou o pobre omem, "no vi as pessoas.'Quem para Quem.Certa vez, umomempromoveu umgrande banquete, para uma centena deconvidados. #uando algu%m ofereceu um presente de pei7e e frango, o anfitrio disse comapre+o, "8eus%mesmogenerosocomaspessoas, plantandocereaisecriandopei7esefrangos para nosso uso.' - multido de convidados ecoou tal sentimento.Um rapaz de uns vinte anos, no entanto, que esteve sentado no canto mais remoto dasala de banquete, veio 1 frente e disse ao anfitrio, ",o % como voc$ diz, senor. 5odos osseres do universo so criaturas em par conosco. ,enumas esp%cie % maior ou menor que aoutra, elassomentecontrolamumas 1soutraspelasdiferen+as entresuaintelig$nciaepoder9 elas comem umas as outras, mas isso no quer dizer que foram feitas umas para asoutras. :essoas pegam aquilo que podem comer e comem, mas isso quer dizer que 8eus fezaquilopara elas&)eforassim,umavez que mosquitosmordemapelee tigreseloboscomem carne, no seria correto dizer que 8eus fez os omens para os mosquitos e criou acarne para os tigres e os lobos&'Suspeita.Certa vez um omem descobriu que seu macado avia sumido, e suspeitou que ofilo de seu vizino o avia roubado. Observando o *ovem caminando pela vizinan+a, eleestava convencido de que aquele era o caminar de um ladro. O *ovem se parecia com umladro e falava como um ladro9 tudo o que ele fazia apontava que ele avia roubado omacado.Ento um dia o omem encontrou o macado perdido. 8epois disso, ele notou que ofilo do seu vizino no estava mais agindo como um ladro.Altos e Baixos.)enor ;in, doestadodeCou, eraumpr6speronegociante. )eusempregadostrabalavam sem descanso desde o come+o da man at% tarde da noite.Entre eles estava umvelo trabalador cu*a for+a fsica estava virtualmentee7aurida, mas que no entanto trabalava ainda mais duro por causa disso. 8e dia ele faziaseuservi+o, bufandoe suando, gemendoe grunindo9 de noite ele dormia umsonoprofundo, completamente e7austo.Enquanto o velo trabalador dormia, seu esprito rela7ava e e7pandia. 5oda noiteelesonavaqueeraumrei, umlderdaspessoas, nocomandodosassuntosdana+o,passeandoaseubel-prazer, celebrandonastavernas, curtindooqueelebemquisesse,saboreando incompar3vel deleite. #uando ele acordava, voltava ao trabalo.#uandoalgu%me7pressavapenaaover quodurodavaoveloomem, esterespondia, ":essoas podemviver cemanos, mas estes cemanos estodivididos pelametade entre dias e noites. 8urante o dia eu trabalo como um escravo, e no posso negarque isso % miser3vel. 8e noite, no entanto, sou um rei, e meus prazeres so incompar3veis.Ento, do qu$ posso reclamar&'Em rela+oao cefe, )enor ;in, suamenteestavaocupada comseus neg6cios,seus pensamentos concentrados em seus afazeres, logo seu corpo e mente estavam amboscansados. 8e noite ele tamb%m cedia 1 fadiga e dormia profundamente. 5oda a noite elesonava que era um servi+al, correndo para l3 e para c3, resolvendo uma tarefa atr3s daoutra, 1s vezes sendo umilado e apanando. E ele bufava e suava, gemia e grunia portoda a noite.)enor ;in estava infeliz com este estado de coisas e consultou um amigo sobre ocaso. )eu amigo disse, "(oc$ tem status e riqueza muito maiores que a maioria das pessoas,masdenoitevoc$dizquesonaque%umservo. 3 uma maneira de cur3-la&'O m%dico colocou 0ung )u de p% com as costas para a luz e olou bem para o seupeito. 8epois de um tempo, ele disse, "-aC Eu ve*o seu cora+o, ele est3 vazioC (oc$ %quase um s3bio. )eis das aberturas de seu cora+o esto abertas, apenas uma permanecefecada. 5alvez por isso voc$ pense que a sabedoria de um mestre se*a uma mol%stia. 4ssono pode ser resolvido por mina tmida arte.'A Histria de #an Baohang.Aan