Corpos estáticos no Jardim Botânico

«Entre o roseiral e o parque, num lugar sombrio, solitário e verde, havia um pequeno jardim rodeado de árvores altíssimas que o cobriam com os seus ramos. No meio desse jardim havia um lago redondo sempre cheio de folhas. No centro do lago havia uma ilha muito pequena feita de pedregulhos e onde cresciam fetos. E no centro da ilha estava uma estátua que era um rapaz feito de bronze. ...E durante o dia o Rapaz de Bronze não se podia mexer e tinha que estar muito quieto, sempre na mesma posição, porque era uma estátua. Mas durante a noite…Jardim onde à noite todas as plantas ganhavam vida. Os gladíolos estavam muito na moda e eram as flores mais colhidas. Certo dia, nasceu um gladíolo que ficou muito contente por saber que ia ser colhido. Mas ele ouviu a dona da casa a dizer ao jardineiro para não colher mais gladíolos porque faziam falta ao jardim.Então, o gladíolo decidiu fazer uma festa para não ficar tão triste. Ele tinha de pedir autorização ao rapaz de bronze que era o dono do jardim durante a noite. Ele autorizou a festa e o gladíolo convidou todas as flores.»

Sophia de Mello Breyner Andresen in «O rapaz de Bronze».

... « E durante o dia o Rapaz de Bronze não se podia mexer » ...

... « e tinha que estar muito quieto, sempre na mesma posição, » ...

... « porque era uma estátua. »

Corpos estáticos no Jardim Botânico

Nos terrenos da antiga casa da família Andersen estende-se o jardim. Nele «nasceu» a obra de Sophia de Mello Breyner Andresen, «O rapaz de Bronze». É com base neste conto que a captação das imagens fora feitas, identificanto os corpos estáticos, incorporados no jardim e tendo como plano de fundo a casa Andresen.

Faculdade de Arquitectura da Universidade do PortoComunicação Fotografia e Multimédia

Fevereiro 2011

Ana Carolina Sousa Ferreira