Observação importante: este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. Grupos de rateio e pirataria são clandestinos,
violam a lei e prejudicam os professores que elaboram o curso. Valorize o trabalho de nossa equipe adquirindo os cursos honestamente através do site Estratégia Concursos.
Provas de Psicologia Resolvidas Professor: Alyson Barros
Aula 13
08 Fall
Provas de Psicologia Resolvidas Professor Alyson Barros Aula 13
Professor Alyson Barros 2
Questões
Questões do “Curso de Questões Comentadas de Psicologia”. São questões inéditas e apenas sobre PSICOPATOLOGIA. Elas estarão no curso que será reeditado em junho desse ano.
São questões simples e rápidas e o candidato deve marcar Certo ou Errado. Temos questões interpretativas e questões decorebas clássicas.
Vamos começar! Acerca das bases teóricas da Psicopatologia, julgue os itens a seguir. 1. Psicopatologia pode ser definida como o estudo descritivo dos fenômenos psíquicos de cunho anormal, exatamente como se apresentam à experiência imediata. 2. Os principais métodos de identificação de psicopatologias estão centrados na observação do comportamento e no relato do paciente ou de terceiros. 3. O modelo descritivo de psicopatologia busca explicar origem das condições psicopatológicas. 4. As classificações voltadas às explicações são denominadas etiológicas, enquanto que as voltadas à descrição são chamadas de nosográficas. 5. Os manuais de diagnóstico de transtornos mentais apresentam classificações nosográficas e descritivas da psicopatologia humana. 6. O modelo dinâmico de psicopatologia apresenta uma abordagem complementar ao modelo descritivo na medida em que oferece um viés subjetivo do doente e da sua doença. 7. A compreensão do modelo psicopatológico psicodinâmico pressupõe a estruturação da mente humana através de pensamentos automáticos e de crenças irracionais. 8. Na psicopatologia dimensional, a preocupação básica é a compreensão do paciente a partir das diferenças que seu transtorno apresenta em relação a outros transtornos. 9. Jaspers é um dos expoentes da corrente descritiva em psicopatologia. 10. O modelo biológico de psicopatologia não considera a perspectiva social na constituição das psicopatologias. Sobre as classificações de sinais e sintomas em psicopatologia, julgue os seguintes itens. 11. Os sintomas de ansiedade presentes na fobia e no transtorno obsessivo compulsivo são de origem egossintônica.
Provas de Psicologia Resolvidas Professor Alyson Barros Aula 13
Professor Alyson Barros 3
12. A desrealização é um distúrbio afetivo no qual sentimentos de irrealidade, assim como uma perda da convicção da própria identidade e de um senso de identificação e controle do próprio corpo, constituem os principais sintomas. 13. O transtorno obsessivo-‐compulsivo caracteriza-‐se pela intromissão indesejável de um pensamento no campo da consciência de maneira insistente e repetitiva, reconhecido pelo indivíduo como um fenômeno incômodo e absurdo. Além disso, temos a presença, necessária, de rituais que visem reduzir a ansiedade. 14. Na fobia específica, a ansiedade significativa é provocada pela exposição a um objeto, enquanto que na fobia social a ansiedade é provocada pela exposição a certos tipos de situações sociais ou de desempenho. Em ambos os casos pode haver comportamento de esquiva. 15. A diferença básica entre o Transtorno de Estresse Pós-‐Traumático e o Transtorno de Estresse Agudo é o tempo de início de sua ocorrência. 16. O Transtorno de Ansiedade Generalizada se diferencia do Transtorno de Ansiedade Social em função do foco de atuação da ansiedade. Enquanto que no Transtorno de Ansiedade Generalizada o eliciador da ansiedade é orientado para as atividades de convívio social, no Transtorno de Ansiedade Social, é o contato social em si. 17. Os transtornos de personalidade antissocial e o obsessivo compulsivo são caracterizados pela egossintonia. 18. Na moderna concepção de psicopatologia encontra-‐se o conceito de transtorno mental. Acerca dos critérios de diagnóstico em psicopatologia, julgue o item a seguir. 19. A técnica de Rorschach é útil para a identificação de condições psicopatológicas, como a psicose e as tendências depressivas, e constitui um instrumento seguro para formar diagnósticos. O Manual de Diagnóstico de Transtornos Mentais foi lançado em 1952 pela Associação Psiquiátrica Americana e a partir da sua terceira versão, em 1980, algumas significativas transformações foram implementadas no modo de entender as condições de transtornos mentais. Acerca desse manual e de sua evolução histórica, julgue os itens a seguir. 20. Uma das inovações apresentadas a partir de sua terceira versão foi a substituição e termos psicanalíticos por termos nosológicos. 21. As condições sociais, como pobreza e baixa escolaridade, estão descritas no Eixo III do referido manual. 22. Os transtornos de personalidade estão descritos no Eixo II do referido manual.
Provas de Psicologia Resolvidas Professor Alyson Barros Aula 13
Professor Alyson Barros 4
O portador de transtorno do humor sempre esteve presente na sociedade, permeando o cuidado de enfermagem, independente da área de atuação profissional, pois o ser humano desde a sua existência é acometido por este transtorno, e, nesse sentido, declara que a dor psíquica é concomitante com a condição humana. No entanto, apenas no último século foi possível identificar os diferentes tipos de transtorno de humor e as suas características. Sobre esse tipo de transtorno, julgue os seguintes itens. 23. A moderna visão de psicopatologia descreve o transtorno de humor bipolar do tipo II como sendo eminentemente situacional. 24. A distimia é caracterizada por um leve estado depressivo que se prolonga por mais de seis meses. 25. Apesar dos sintomas mais brandos da distimia, a cronicidade e a ausência do reconhecimento da doença fazem com que o prejuízo à qualidade de vida dos pacientes seja considerado maior do que nos demais tipos de depressão. 26. A distinção entre mania e hipomania está na intensidade dos sintomas, sendo a mania caracterizada pelo humor persistente e anormalmente elevado, expansivo ou irritável, associados à grandiosidade, necessidade diminuída de sono, pressão para falar, fuga de ideias, distratibilidade, aumento da atividade dirigida a objetivos ou agitação psicomotora e envolvimento excessivo em atividades prazerosas. 27. Delírios de onipotência e de indisponibilidade do Eu são característicos da fase depressiva do Transtorno do Humor Bipolar do tipo I. 28. O diagnóstico de episódio misto de humor não possui consenso de tempo mínimo de identificação dos sintomas para caracterizar sua condição. 29. Pacientes com transtorno ciclotímico, ou ciclagem rápida, apresentam variações do humor caracterizadas por numerosos períodos de hipomania de menos de 4 dias de duração alternados com períodos de leve depressão. Acerca da perspectiva da terapia cognitivo comportamental sobre os transtornos do humor, julgue os itens a seguir. 30. Evidências sugerem que a Terapia Cognitivo-‐Comportamental é capaz de exercer controle sobre o surgimento dos primeiros sintomas do Transtorno do Humor Bipolar e das suas consequências sociais. 31. Entre as técnicas cognitivo-‐comportamentais indicadas para o tratamento de portadores de transtorno do humor bipolar estão a técnica de relaxamento e a de registro de pensamento automático. 32. O modelo cognitivo entende que distorções cognitivas aliadas a eventos estressantes predispõem a recaídas. 33. O perfil cognitivo da hipomania sugere a visão inflada da tríade cognitiva.
Provas de Psicologia Resolvidas Professor Alyson Barros Aula 13
Professor Alyson Barros 5
34. Entre os objetivos da terapia comportamental cognitiva para os portadores do transtorno bipolar estão a melhora do convívio familiar e a redução da medicação após a estabilização do quadro por mais de dois anos. Soraya, psicóloga de formação e estudante de concursos, procurou tratamento psicológico e psiquiátrico após a perda de seus pais em um trágico acidente de carro. Na anamnese ficou claro a presença de anedonia, tristeza, redução de interesse social, humor deprimido e sintomas psicóticos incongruentes com o humor. Acerca desse quadro, julgue os itens a seguir. 35. O quadro descrito é compatível com o diagnóstico de episódio único de Depressão. 36. A característica essencial do Transtorno Depressivo Maior é um curso clínico caracterizado por um ou mais Episódios Depressivos Maiores, sem história de Episódios Maníacos, Mistos ou Hipomaníacos. 37. A presença de sintomas psicóticos exclui o diagnóstico de transtorno de humor. Sobre os transtornos de ansiedade, julgue os itens a seguir. 38. O transtorno do pânico é caracterizado pela presença de Ataques de Pânico recorrentes e inesperados acompanhados por comportamentos evitativos. 39. A agorafobia é identificada apenas no transtorno do pânico. 40. A agorafobia é a esquiva voluntária que o indivíduo com transtorno do pânico exibe ao sentir apreensão. 41. Um ataque de pânico é representado por um período distinto no qual há o início súbito de intensa apreensão, temor ou terror, frequentemente associados com sentimentos de catástrofe iminente. 42. É fundamental a identificação de dois ou mais episódios de pânico para caracterizar o transtorno do pânico. 43. É possível realizar o diagnóstico de agorafobia sem a identificação de histórico de transtorno do pânico. 44. A duração das perturbações no Transtorno de Estresse Pós-‐Traumático para o seu correto diagnóstico deve ser de, pelo menos, 6 meses. 45. É condição fundamental para o diagnóstico de Transtorno de Estresse Pós-‐Traumático a vivência direta de eventos traumáticos. 46. A agorafobia pode estar presente na Fobia Social Acerca da concepção analítica de neurose, julgue os seguintes itens. 47. A neurose é eminentemente um conflito entre o eu real e o eu ideal. 48. A neurose fóbica leva a comportamentos compulsivos
Provas de Psicologia Resolvidas Professor Alyson Barros Aula 13
Professor Alyson Barros 6
49. Na neurose histérica a angústia é fixada, de modo mais ou menos estável, em um objeto exterior. Isto é, o sintoma principal é o medo. 50. A neurose apresenta, em algum grau, ruptura com a realidade. 51. Dentre as patologias descritas por Freud, as neuroses são as que apresentam maior de comprometimento afetivo e maior dificuldade de tratamento. 52. Em relação a psicose, apresenta defesas mais evoluídas. Julgue os itens a seguir acerca do transtorno fóbico. 53. Segundo a psicanálise, o paciente fóbico enfrenta seu conflito emocional interno e ansiedade tentando reprimir seus pensamentos e impulsos perturbadores. Como isso falha, desloca seu conflito para um lugar ou situação externa e tenta confinar sua ansiedade neste local ou situação. 54. O sintoma específico do paciente fóbico caracteriza-‐ se pelo uso da evitação como meio de solucionar problemas. 55. Na fobia social, as defesas fóbicas conduzem a uma limitação geral da personalidade, uma vez que ele renuncia a liberdade de ir e vir a fim de evitar o conflito. 56. O paciente fóbico está envolvido num conflito entre a obediência e o desafio. Isto leva a alternância entre os sentimentos de medo de ser apanhado ou punido e raiva por renunciar aos seus desejos e submeter-‐se. 57. Os sintomas fóbicos podem variar e se prolongar de uma situação para outra. Acerca da perspectiva cognitivista e suas interações com os transtornos de ansiedade, julgue os itens a seguir. 58. Segundo o modelo cognitivo, os portadores de transtornos de ansiedade tem uma tendência aumentada a cometer distorções ao processar o real interno e externo, além de uma rigidez que o levaria, uma vez cometida uma distorção, a resistir à consideração de interpretações alternativas. 59. O tratamento cognitivo dos transtornos de ansiedade é em regra, segundo Aaron Beck, pautado pela reestruturação cognitiva e pela terapia de exposição. Com relação ao transtorno antissocial de personalidade, julgue os seguintes itens. 60. Os traços de caráter psicopático têm por objetivo assegurar a gratificação de impulsos e proporcionar segurança e o alivio da tensão resultante. 61. O portador desse tipo de transtorno tem pouca empatia social, mas, em relação à média populacional, apresentam um elevado nível de habilidades sociais. 62. Apresentam alta capacidade de tolerância à ansiedade e frustração. 63. A organização emocional é superficial. 64. Portadores desse tipo de transtorno perseguem a gratificação imediata, dando pouca importância às demandas da realidade externa. 65. Pessoas com transtorno de personalidade antissocial apresentam humor lábil.
Provas de Psicologia Resolvidas Professor Alyson Barros Aula 13
Professor Alyson Barros 7
Acerca da psicopatologia psicanalítica, julgue os itens a seguir. 66. A neurose situacional recebe, atualmente, o nome de transtorno do pânico. 67. A fixação da libido na fase anal pode gerar a neurose obsessiva. 68. Freud considera que o recalque é o principal mecanismo de defesa responsável pela neurose obsessiva. 69. Para Freud, a origem da depressão pode estar relacionada com a privação ou excesso de gratificação oral, fazendo com que exista uma fixação nesse estágio de desenvolvimento. 70. O Hospitalismo, ou a depressão anaclítica, se caracteriza pela presença de sintomas severos, mas reversíveis, na formação dos vínculos infantis. 71. A fixação em uma determinada fase de desenvolvimento psicossexual pode resultar em distúrbios de personalidade. Acerca da conceituação da psicanálise e da neurose na teoria psicanalítica, julgue os itens a seguir. 72. De acordo com a teoria psicanalítica, a neurose está relacionada com conflitos inconscientes enquanto a psicose está relacionada com a transferência para si próprio da totalidade da libido que a pessoa normal orienta para objetos animados e inanimados que a rodeiam. 73. De acordo com a psicanálise, a psicose é uma perturbação primária da relação libidinal com a realidade. Considerando a psicopatologia psicanalítica, julgue os itens a seguir. 74. A histeria é considerada uma neurose atual. 75. Na histeria de conversão observa-‐se uma série de sintomas físicos que expressam conflitos recalcados. 76. A neurose traumática é um tipo de neurose desenvolvida a partir da forte eclosão de elementos inconscientes à consciência e que não podem ser coerentemente trabalhados pelo Ego. 77. A discrepância entre o ego ideal e o ideal de ego, segundo Freud, constitui a raiz da psicose. 78. As doenças psicossomáticas são resultantes de defesas a elementos sociais não aceitos pelo ideal de ego. 79. De acordo com Freud, a neurose representa uma condição resultante de conflitos do Id manifesto no Ego acerca dos conflitos e limitações impostos pelo mundo externo. 80. A clivagem do eu caracteriza a estrutura de perversão. 81. O fundamento da diferença entre a neurose e a psicose, para Freud, é o agente que exerce maior influência sobre o Ego. Na neurose é o meio externo e na psicose é o Id.
Provas de Psicologia Resolvidas Professor Alyson Barros Aula 13
Professor Alyson Barros 8
82. A histeria de conversão caracteriza-‐se pela presença de sintomas físicos geralmente de natureza neurológica, como por exemplo, paralisia, cegueira, ou mutismo. 83. A histeria de conversão é conhecida atualmente como transtorno somatoforme. Acerca dos critérios de diagnóstico das psicopatologias, julgue os itens a seguir. 84. Delírios são tipos de alucinações e referem-‐se a percepção de estímulos sensoriais quando não há objeto a ser percebido. 85. Alucinações táteis são comuns em portadores de esquizofrenia do tipo paranoide. 86. A ênfase da Esquizofrenia Hebefrênica é a desestruturação dos delírios. Julgue os seguintes itens acerca dos transtornos de personalidade. 87. O pensamento obsessivo manifesto no Transtorno de Personalidade Obsessivo Compulsivo é caracterizado pela intromissão indesejável de um pensamento no campo da consciência de maneira insistente e repetitiva, reconhecido pelo indivíduo como um fenômeno incômodo e absurdo. 88. O modelo cognitivo pressupõe que os transtornos de personalidade são constituídos por indivíduos com esquemas não-‐adaptativos e inflexíveis. 89. As cognições mais marcantes nos indivíduos com Transtorno de Personalidade Esquizoide são referentes à baixa auto-‐estima, abandono e medo de errar; geralmente, referem-‐se a si mesmos como sendo incapazes de fazer qualquer coisa sozinhos. Do ponto de vista comportamental, a falta de iniciativa é marcante e não percebem os prejuízos que este comportamento pode acarretar na vida. 90. Um Transtorno da Personalidade é um padrão persistente de vivência íntima ou comportamento que se desvia acentuadamente das expectativas da cultura do indivíduo, é invasivo, flexível e instável ao longo do tempo. 91. O Transtorno da Personalidade Paranoide é caracterizado pela desconfiança e suspeitas, geralmente infundadas, que geram interpretações dos atos alheios como sendo intencionais e malévolos. 92. O diagnóstico de Transtorno de Personalidade Paranoide comporta a presença de alucinações e delírios em níveis leves. 93. O Transtorno da Personalidade Esquizotípica é um padrão de distanciamento dos relacionamentos sociais, com uma faixa restrita de expressão emocional. 94. O Transtorno de Personalidade Antissocial está inserido, de acordo com o DSM-‐IV, no Cluster A. 95. O Transtorno da Personalidade Passivo-‐Agressivo está inserido no Grupo A do DSM-‐IV.
Provas de Psicologia Resolvidas Professor Alyson Barros Aula 13
Professor Alyson Barros 9
96. O Transtorno da Personalidade Histriônica está inserido, de acordo com o DSM-‐IV, no Cluster A. 97. O transtorno de personalidade antissocial não pode, por definição, ser diagnosticado em pessoas menores de 18 anos. 98. As causas mais prováveis dos transtornos de personalidade, segundo o cognitivismo, estão no padrão socialmente aprendido de crenças centrais distorcidas. 99. Transtornos da Personalidade Antissocial são diagnosticados com maior frequência em homens enquanto Transtornos da Personalidade Borderline, são diagnosticados com maior frequência em mulheres. 100. O Transtorno de Personalidade Histriônico é caracterizado por um padrão invasivo de excessiva emocionalidade e busca de atenção, que começa no início da idade adulta e está presente em uma variedade de contextos. 101. O Transtorno da Personalidade Narcisista é caracterizado por um padrão invasivo de grandiosidade, necessidade de admiração e falta de empatia, que começa no início da idade adulta e está presente em uma variedade de contextos. 102. A nomenclatura do Transtorno da Personalidade Passivo-‐Agressiva substitui a classificação de Transtorno de Personalidade Borderline. 103. O Transtorno da Personalidade Sem Outra Especificação é uma categoria que caracteriza situações onde o padrão de personalidade do indivíduo satisfaz os critérios gerais para um Transtorno da Personalidade e existem traços de diferentes Transtornos da Personalidade, mas não são satisfeitos os critérios para qualquer Transtorno da Personalidade específico. Aaron Beck desenvolveu um modelo cognitivo que considera que cada transtorno caracteriza-‐se não só por um comportamento disfuncional mas também por uma composição de crenças atitudes, afetos e estratégias diferentes. É possível oferecer um perfil distintivo de cada um destes transtornos, com base em suas características cognitivas, afetivas e comportamentais típicas. Acerca dessa perspectiva, julgue os itens a seguir. 104. O paciente com Transtorno da Personalidade Evitativa é caracterizado pela visão de que as pessoas do convívio pessoal são críticas e superiores a ele mesmo. 105. Pacientes com Transtorno da Personalidade Paranoide veem a si como pessoas corretas, mas vulneráveis aos outros. 106. Pacientes com Transtorno da Personalidade Histriônica se veem como merecedoras de atenção dos outros e acima das leis.
Questões Comentadas e Gabaritadas Acerca das bases teóricas da Psicopatologia, julgue os itens a seguir.
Provas de Psicologia Resolvidas Professor Alyson Barros Aula 13
Professor Alyson Barros 10
1. Psicopatologia pode ser definida como o estudo descritivo dos fenômenos psíquicos de cunho anormal, exatamente como se apresentam à experiência imediata. Gabarito: C Comentários: Definição mais clássica de psicopatologia que existe. Veja que essa é a versão “descritiva” da psicopatologia. Na psicopatologia descritiva existe um forte critério de objetividade e é necessário observar comportamento, buscando indícios e critérios para um enquadre segundo uma lista que agrupa sinais ou sintomas de uma determinada categoria. 2. Os principais métodos de identificação de psicopatologias estão centrados na observação do comportamento e no relato do paciente ou de terceiros. Gabarito: C Comentários: Correto novamente. Esses são os principais métodos de identificação/estudo da psicopatologia (observação e relato/entrevista). Podemos usar testes psicológicos, exames bioquímicos, mas nada substitui essa observação direta para a formulação de critérios para diagnóstico. 3. O modelo descritivo de psicopatologia busca explicar origem das condições psicopatológicas. Gabarito: E Comentários: Esse é o modelo explicativo. Não confunda! Há duas perspectivas na análise dos fenômenos psicopatológicos: a explicativa, que tem como principal característica a busca de uma explicação, origem ou gênese dos estados psicopatológicos (entre as quais estão as teorias de base psicodinâmica, comportamental ou existencial) e uma perspectiva descritiva (preocupada apenas com a descrição e categorização precisas dos fenômenos em questão). 4. As classificações voltadas às explicações são denominadas etiológicas, enquanto que as voltadas à descrição são chamadas de nosográficas. Gabarito: C Comentários: Perfeita definição. Fundamentalmente, este último modelo tende a considerar mais um modelo de identificação da psicopatologia através de sinais externos do que internos. 5. Os manuais de diagnóstico de transtornos mentais apresentam classificações nosográficas e descritivas da psicopatologia humana. Gabarito: C Comentários: Perfeito! Não tem mais como esquecer mais. Esses manuais (DSM-‐IV e CID-‐X) se preocupam com a descrição dos sintomas e organizam listas deles para que
Provas de Psicologia Resolvidas Professor Alyson Barros Aula 13
Professor Alyson Barros 11
eles possam ser verificados (critérios de diagnóstico que identificam transtornos). Veja uma simplificação possível das classificações de vieses da psicopatologia:
6. O modelo dinâmico de psicopatologia apresenta uma abordagem complementar ao modelo descritivo na medida em que oferece um viés subjetivo do doente e da sua doença. Gabarito: C Comentários: Temos aqui o modelo dinâmico em sua mais clara essência. Destaco que, apesar dele poder ser uma complementação do modelo descritivo, pode existir independente da presença deste. 7. A compreensão do modelo psicopatológico psicodinâmico pressupõe a estruturação da mente humana através de pensamentos automáticos e de crenças irracionais. Gabarito: E Comentários: Veja bem, o modelo psicodinâmico é a base da psicanálise e não da abordagem cognitiva. Não confunda. 8. Na psicopatologia dimensional, a preocupação básica é a compreensão do paciente a partir das diferenças que seu transtorno apresenta em relação a outros transtornos.
Provas de Psicologia Resolvidas Professor Alyson Barros Aula 13
Professor Alyson Barros 12
Gabarito: E Comentários: Essa foi pesada. No modelo dimensional, em verdade, busca-‐se o entendimento do paciente e de seu transtorno a partir de sua singularidade. Assim, esse paciente tem uma vivência única de sua condição (mesmo dentro de uma mesma alcunha de transtorno). A assertiva refere-‐se ao modelo de psicopatologia categorial. 9. Jaspers é um dos expoentes da corrente descritiva em psicopatologia. Gabarito: E Comentários: Ele é representante da corrente compreensiva (fenomenológica) e ficou famoso pela sua ênfase no estudo da metodologia em psicopatologia. Para ele, a psicopatologia é responsável pelo estudo das manifestações da consciência (normais ou anormais) e pode ser conceituada como uma ciência pura que é exercida apenas de forma mediada através das expressões verbais e do comportamento perceptíveis ao paciente. Observe que para Jaspers, a psicopatologia jamais pode reduzir o indivíduo humano a conceitos psicopatológicos. Psicopatologia Categorial Psicopatologia Dimensional As categorias diagnósticas seriam espécies únicas, como as entidades biológicas, cuja identificação precisa e exata seria tarefa da psicopatologia. Desse modo, pacientes com depressão se diferenciam de pacientes com TOC.
Defende a ideia de polaridades dimensionais dentro de um mesmo diagnóstico. Cada transtorno mental é único em sua manifestação e em seu contexto, mesmo recebendo a mesma classificação categorial. Assim, cada paciente com depressão é diferente.
10. O modelo biológico de psicopatologia não considera a perspectiva social na constituição das psicopatologias. Gabarito: C Comentários: Perfeito. E em oposição ao modelo biológico, temos o modelo sociocultural de psicopatologia. Psicopatologia Biológica Psicopatologia Sociocultural Enfatiza os aspectos cerebrais, neuroquímicos ou neurofisiológicos das doenças e sintomas mentais, sendo que a base de todo transtorno mental seriam alterações de mecanismos neurais e de determinadas áreas e circuitos cerebrais: doenças mentais são doenças cerebrais.
Estuda os transtornos mentais como comportamentos desviantes que surgem a partir de determinados fatores socioculturais como a pobreza, a migração, a discriminação, o estresse ocupacional, a desmoralização sociofamiliar, etc. A cultura, assim, é o elemento fundamental na própria determinação do que é normal e
Provas de Psicologia Resolvidas Professor Alyson Barros Aula 13
Professor Alyson Barros 13
patológico, na constituição dos transtornos e dos repertórios terapêuticos disponíveis em cada sociedade.
Sobre as classificações de sinais e sintomas em psicopatologia, julgue os seguintes itens. 11. Os sintomas de ansiedade presentes na fobia e no transtorno obsessivo compulsivo são de origem egossintônica. Gabarito: E Comentários: Na verdade, são egodistônica. No sujeito com egossintonia, ao contrário, os pensamentos e os comportamentos estão de acordo com o ego e não geram ansiedade. 12. A desrealização é um distúrbio afetivo no qual sentimentos de irrealidade, assim como uma perda da convicção da própria identidade e de um senso de identificação e controle do próprio corpo, constituem os principais sintomas. Gabarito: E Comentários: Essa é a despersonalização. Faço uma observação importante aqui: existe diferença entre a desrealização e despersonalização, mas muitas correntes psiquiátricas modernas consideram que os dois conceitos são praticamente sinônimos. Mesmo assim, assertiva errada (e atente para a observação). 13. O transtorno obsessivo-‐compulsivo caracteriza-‐se pela intromissão indesejável de um pensamento no campo da consciência de maneira insistente e repetitiva, reconhecido pelo indivíduo como um fenômeno incômodo e absurdo. Além disso, temos a presença, necessária, de rituais que visem reduzir a ansiedade. Gabarito: C Comentários: Perfeito. Lembro a você que podemos ter o Transtorno Obsessivo Compulsivo, o Transtorno Obsessivo e o Transtorno Compulsivo. Podem ser separados. 14. Na fobia específica, a ansiedade significativa é provocada pela exposição a um objeto, enquanto que na fobia social a ansiedade é provocada pela exposição a certos tipos de situações sociais ou de desempenho. Em ambos os casos pode haver comportamento de esquiva. Gabarito: C Comentários: Essa definição está clara. Lembre-‐se de nunca confundir a fobia específica com a fobia social. Apenas para lembrar, a fobia específica é aquela que é restrita a um
Provas de Psicologia Resolvidas Professor Alyson Barros Aula 13
Professor Alyson Barros 14
objeto ou um tipo de situação particular, como o medo de altura, salgue ou de caixões, por exemplo. Caso alguma questão fale de fobia específica a situações sociais, desconfie (pode ser que estejamos falando de fobia social). 15. A diferença básica entre o Transtorno de Estresse Pós-‐Traumático e o Transtorno de Estresse Agudo é o tempo de início de sua ocorrência. Gabarito: C Comentários: Perfeito. O Transtorno de Estresse Pós-‐Traumático caracteriza-‐se pela revivência de um evento extremamente traumático, acompanhada por sintomas de excitação aumentada e esquiva de estímulos associados com o trauma. O Transtorno de Estresse Agudo caracteriza-‐se por sintomas similares àqueles do Transtorno de Estresse Pós-‐Traumático, ocorrendo logo após um evento extremamente traumático. 16. O Transtorno de Ansiedade Generalizada se diferencia do Transtorno de Ansiedade Social em função do foco de atuação da ansiedade. Enquanto que no Transtorno de Ansiedade Generalizada o eliciador da ansiedade é orientado para as atividades de convívio social, no Transtorno de Ansiedade Social, é o contato social em si. Gabarito: E Comentários: Perceba que o eliciador do Transtorno de Ansiedade Generalizada –TAG pode ser tanto interno como externo, e, ainda, nem ser identificável! O erro da questão está em falar que as atividades do convívio social que incitam o TAG. Esse transtorno tem a peculiaridade de ser um modo ansioso de funcionamento (diferentemente da maioria dos outros tipos de transtorno de ansiedade). Perceba que a característica essencial do TAG é uma ansiedade ou preocupação excessiva (expectativa apreensiva), ocorrendo na maioria dos dias por um período de pelo menos 6 meses, acerca de diversos eventos ou atividades e o indivíduo considera difícil controlar a preocupação. Um breve parêntesis, o Transtorno de Ansiedade Social é a Fobia Social no DSM-‐IV. 17. Os transtornos de personalidade antissocial e o obsessivo compulsivo são caracterizados pela egossintonia. Gabarito: C Comentários: Isso mesmo, nos dois tipos de transtorno de personalidade não há sofrimento causado pela execução dos comportamentos em confronto com o ego (egossintonia). 18. Na moderna concepção de psicopatologia encontra-‐se o conceito de transtorno mental. Gabarito: C
Provas de Psicologia Resolvidas Professor Alyson Barros Aula 13
Professor Alyson Barros 15
Comentários: Correto. Na verdade, alguns autores usam como sinônimos, mas destaco que o campo da psicopatologia é mais amplo que o dos transtornos mentais. Em breve resumo posso dizer que o campo da psicopatologia descritiva estuda a classificação dos transtornos mentais. Vejamos a definição de transtornos mentais de acordo com a OMS Baseado na Organização Mundial de Saúde – OMS (organismo da ONU), entendem-‐se como Transtornos Mentais e Comportamentais as condições caracterizadas por alterações mórbidas do modo de pensar e/ou do humor (emoções), e/ou por alterações mórbidas do comportamento associadas a angústia expressiva e/ou deterioração do funcionamento psíquico global. Os Transtornos Mentais e Comportamentais não constituem apenas variações dentro da escala do "normal", sendo antes, fenômenos claramente anormais ou patológicos. Um comportamento anormal ou um curto período de anormalidade do estado afetivo não significa, em si, a presença de distúrbio mental ou de comportamento. Para serem categorizadas como transtornos, é preciso que essas anormalidades sejam persistentes ou recorrentes e que resultem em certa deterioração ou perturbação do funcionamento pessoal, em uma ou mais esferas da vida. Os Transtornos Mentais e Comportamentais se caracterizam também por sintomas e sinais específicos e, geralmente, seguem um curso natural mais ou menos previsível, a menos que ocorram intervenções. Nem toda deterioração humana denota distúrbio mental. Acerca dos critérios de diagnóstico em psicopatologia, julgue os itens a seguir. 19. A técnica de Rorschach é útil para a identificação de condições psicopatológicas, como a psicose e as tendências depressivas, e constitui um instrumento seguro para formar diagnósticos. Gabarito: E Comentários: Nenhum teste psicológico pode ser utilizado isoladamente para oferecer um diagnóstico. É necessária, pelo menos, uma boa anamnese para o levantamento de dados. Sobre esse assunto, destaco um dos trechos de nossa aula. Esses métodos incluem uma cuidadosa entrevista (anamnese) colhida com o paciente e com outras pessoas, incluindo sua família, um exame clínico sistemático para verificar o estado mental e suas condições orgânicas, testes e exames especializados que forem necessários. Registraram-‐se, nas últimas décadas, avanços importantes na padronização da avaliação mental e emocional, bem como na confiabilidade dos diagnósticos clínicos. O Manual de Diagnóstico de Transtornos Mentais foi lançado em 1952 pela Associação Psiquiátrica Americana e a partir da sua terceira versão, em 1980, algumas significativas
Provas de Psicologia Resolvidas Professor Alyson Barros Aula 13
Professor Alyson Barros 16
transformações foram implementadas no modo de entender as condições de transtornos mentais. Acerca desse manual e de sua evolução histórica, julgue os itens a seguir. 20. Uma das inovações apresentadas a partir de sua terceira versão foi a substituição e termos psicanalíticos por termos nosológicos. Gabarito: C Comentários: Correto. Abandonou-‐se a utilização de termos psicanalíticos por conta de sua incompatibilidade com a perspectiva nosológica. Alguns termos como “neurose” e “anancástica” são preteridos em função de não serem apropriados para a proposta desse tipo de manual. Desse modo, a neurose de angústia, por exemplo, foram trocados por transtorno de pânico com e sem agorafobia e transtorno de ansiedade generalizada. Alguns termos passaram a ser evitados, para que não houvesse confusão com alguma tentativa de classificação etiológica -‐ lembre que a classificação dos manuais é nosológica. 21. As condições sociais, como pobreza e baixa escolaridade, estão descritas no Eixo III do referido manual. Gabarito: E Comentários: Veja os comentários da questão seguinte. 22. Os transtornos de personalidade estão descritos no Eixo II do referido manual. Gabarito: C Comentários: O DSM é sistematizado de modo a agrupar 16 classes diagnósticas distintas, que e se distribuem por cinco grandes eixos: 1. Eixo I: congrega transtornos clínicos, incluindo principalmente transtornos mentais, bem como problemas do desenvolvimento e aprendizado; 2. Eixo II: agrupa transtornos de personalidade ou invasivos, bem como retardo mental; 3. Eixo III: descreve condições médicas agudas ou desordens físicas; 4. Eixo IV: oferece indicações de transtornos que estão associados a fatores ambientais ou psicossociais. 5. Eixo V: Avaliação Global das Funções (Global Assessment of Functioning) ou Escala de Avaliação Global para Crianças (Children’s Global Assessment Scale) para jovens abaixo de 18 anos. O portador de transtorno do humor sempre esteve presente na sociedade, permeando o cuidado de enfermagem, independente da área de atuação profissional, pois o ser humano desde a sua existência é acometido por este transtorno, e, nesse sentido, declara que a dor psíquica é concomitante com a condição humana. No entanto, apenas no
Provas de Psicologia Resolvidas Professor Alyson Barros Aula 13
Professor Alyson Barros 17
último século foi possível identificar os diferentes tipos de transtorno de humor e as suas características. Sobre esse tipo de transtorno, julgue os seguintes itens. 23. A moderna visão de psicopatologia descreve o transtorno de humor bipolar do tipo II como sendo eminentemente situacional. Gabarito: E Comentários: nenhum transtorno de humor é estruturado por questões situacionais, mas por condições biológicas. Podemos ter gatilhos sociais e estressores que piorem o quadro, mas a natureza dessa condição é eminentemente biológica. Por fim, não confunda o transtorno bipolar I com o II, sua diferença está apenas no tipo de variação de humor predominante. Confira: O Transtorno Bipolar I é caracterizado por um ou mais Episódios Maníacos ou Mistos, geralmente acompanhados por Episódios Depressivos Maiores. O Transtorno Bipolar II caracteriza-‐se por um ou mais Episódios Depressivos Maiores, acompanhado por pelo menos um Episódio Hipomaníaco. 24. A distimia é caracterizada por um leve estado depressivo que se prolonga por mais de seis meses. Gabarito: E Comentários: Creio que você já fez a associação de que a maioria dos prazos descritos no DSM-‐IV para a classificação dos transtornos mentais é de 6 meses, correto? Isso funciona para metade dos casos. No caso dessa assertiva, os sintomas devem estar presentes por mais de 2 anos para o correto diagnóstico. 25. Apesar dos sintomas mais brandos da distimia, a cronicidade e a ausência do reconhecimento da doença fazem com que o prejuízo à qualidade de vida dos pacientes seja considerado maior do que nos demais tipos de depressão. Gabarito: C Comentários: Como você sabe, a distimia é uma forma de depressão crônica, não-‐episódica e de sintomatologia menos intensa do que as chamadas depressões maiores. Seu aparecimento costuma ser tardio, até 25 anos, e nem sempre seu diagnóstico é realizado. Apesar da alta taxa de prevalência na população (até 6% da população mundial), essa condição não é socialmente ou profissionalmente incapacitante, apesar dos severos problemas que acarreta. Veja: Os pacientes com transtorno distímico frequentemente são sarcásticos, niilistas, rabugentos, exigentes e queixosos. Eles podem ser tensos, rígidos e resistentes às intervenções terapêuticas, embora compareçam regularmente às consultas. Como resultado disso, o médico pode sentir-‐se irritado com o paciente e até mesmo desconsiderar suas queixas. Apesar de o transtorno cursar com um funcionamento social relativamente estável, essa estabilidade é relativa, visto que muitos desses
Provas de Psicologia Resolvidas Professor Alyson Barros Aula 13
Professor Alyson Barros 18
pacientes investem a energia que têm no trabalho, nada sobrando para o prazer e para as atividades familiares e sociais, o que acarreta atrito conjugal característico. .... Como a distimia está associada a um aumento da utilização dos serviços de saúde e também ao aumento do consumo de drogas psicotrópicas, enormes custos financeiros podem ser atribuídos a esse transtorno. A diminuição da produtividade no trabalho e um aumento do risco de hospitalização e de doenças físicas (como aumento do risco de doenças cardiovasculares e respiratórias) também incrementam o custo econômico e social dessa patologia, tornando-‐a um problema de saúde pública que precisa ser identificado de forma mais eficiente. A grande taxa de comorbidade com outras doenças psiquiátricas (cerca de 77% dos distímicos terão comorbidades psiquiátricas) torna ainda mais importante o diagnóstico da distimia para o manejo adequado das psicopatologias comórbidas. Fonte: SPANEMBERG, Lucas; JURUENA, Mario Francisco. Distimia: características históricas e nosológicas e sua relação com transtorno depressivo maior. Rev. psiquiatr. Rio Gd. Sul, Porto Alegre, v. 26, n. 3, dez. 2004 . Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-‐81082004000300007&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 30 dez. 2012. http://dx.doi.org/10.1590/S0101-‐81082004000300007. 26. A distinção entre mania e hipomania está na intensidade dos sintomas, sendo a mania caracterizada pelo humor persistente e anormalmente elevado, expansivo ou irritável, associados à grandiosidade, necessidade diminuída de sono, pressão para falar, fuga de ideias, distratibilidade, aumento da atividade dirigida a objetivos ou agitação psicomotora e envolvimento excessivo em atividades prazerosas. Gabarito: C Comentários: Definição perfeita e concernente com a visão atual de mania e de hipomania. A assertiva foi tirada do link da questão anterior. 27. Delírios de onipotência e de indisponibilidade do Eu são característicos da fase depressiva do Transtorno do Humor Bipolar do tipo I. Gabarito: E Comentários: Da fase maníaca! Os delírios de onipotência são incompatíveis com o tipo de delírio existente na fase depressiva. O DSM-‐IV diz que nos episódios maníacos os delírios grandiosos são comuns (por ex., ter um relacionamento especial com Deus ou com alguma figura pública do mundo político, religioso ou artístico). 28. O diagnóstico de episódio misto de humor não possui consenso de tempo mínimo de identificação dos sintomas para caracterizar sua condição. Gabarito: C
Provas de Psicologia Resolvidas Professor Alyson Barros Aula 13
Professor Alyson Barros 19
Comentários: Pois é, aposto que você também não sabia. Apesar do consenso do ciclo de episódios de depressão e de mania ao longo do dia, o CID-‐10 e o DSM-‐IV divergem acerca de sua duração. Na atualidade, o diagnóstico de estado-‐misto ainda permanece um desafio. O DSM IV preconiza a concomitância de critérios para episódio depressivo e episódio maníaco durante ao menos uma semana para preenchimento de critérios de estado misto (APA, 1994). A CID-‐10, além de propor a concomitância de sintomas depressivos e eufóricos por duas semanas, define o estado-‐misto como uma rápida alternância entre estes sintomas (OMS, 1993). Na prática clínica, é difícil encontrar-‐se as duas síndromes completas simultaneamente. Por isso, recentemente, alguns autores propuseram conceitos mais abrangentes para o diagnóstico de um episódio misto: Mc Elroy et al. (1992) propõem uma definição para mania mista ou disfórica nos “Critérios de Cincinatti”, que implicaria na simultaneidade do diagnóstico de mania de pelo menos três sintomas depressivos. Perugi et al. (1997) sugerem que a presença de instabilidade emocional, com a rápida alternância de humor (depressivo, ansioso, expansivo e irritável) e com consequente alteração de comportamento (inibição a explosões de agressividade), associados a alterações do sono, seriam suficientes para o diagnóstico de estado-‐misto. Fonte: http://www.hcnet.usp.br/ipq/revista/vol32/n6/336.html 29. Pacientes com transtorno ciclotímico, ou ciclagem rápida, apresentam variações do humor caracterizadas por numerosos períodos de hipomania de menos de 4 dias de duração alternados com períodos de leve depressão. Gabarito: E Comentários: A definição de ciclotimia está perfeita, mas ciclotimia não é sinônimo de ciclagem rápida! Cuidado! A ciclagem rápida é um tipo de curso do transtorno bipolar, definida pela presença de pelo menos quatro episódios distintos de mania, hipomania, depressão ou misto durante um ano. Esse termo é usado, exclusivamente, para o Transtorno de Humor Bipolar. Anote isso. Ainda sobre esse assunto, é interessante destacar: Como o nome sugere – ciclagem rápida – tem relação com duração de crises e alternância de estados de humor que ocorrem com velocidades maiores do que naqueles que são bipolares, mas não cicladores rápidos. Tem relação estreita também com bipolares do tipo misto, isso porque no tipo misto vamos encontrar simultaneamente pacientes com sintomas de depressão e mania, e, isso ocorre provavelmente porque a “ciclagem de humor” é tão rápida que acaba não dando tempo do paciente experimentar um só polo da doença por vez – é uma suposição minha... E diria também como analogia que ciclagem rápida é o um “liquidificador” ligado do humor bipolar. É o que mistura os sintomas de forma rápida tornando o paciente extremamente sensível a diversas crises etc.
Provas de Psicologia Resolvidas Professor Alyson Barros Aula 13
Professor Alyson Barros 20
PARA ENTENDER CICLAGEM RÁPIDA E SUAS VARIANTES Embora existam poucas pesquisas a respeito de ciclagem rápida, podemos considerar o seguinte: 1. Bipolar com ciclagem rápida = paciente que tem 4 ou mais crises por ano que podem ser de depressão e/ou (hipo) mania. 2. Bipolar com ciclagem ultra-‐rápida = paciente que tem 4 ou mais crises por mês. 3. Bipolar com ciclagem ultradiana = paciente que tem 4 ou mais crises por dia. (Akiskal et al., 2000). Fonte: http://www.bipolarbrasil.net/2011/10/ciclagem-‐rapida-‐e-‐bipolaridade.html Leitura Extra: Farmacoterapia dos Transtornos do Espectro do Humor Bipolar http://www.ufrgs.br/psiq/Algoritmo%20THB%20final.pdf Acerca da perspectiva da terapia cognitivo comportamental sobre os transtornos do humor, julgue os itens a seguir. 30. Evidências sugerem que a Terapia Cognitivo-‐Comportamental é capaz de exercer controle sobre o surgimento dos primeiros sintomas do Transtorno do Humor Bipolar e das suas consequências sociais. Gabarito: E Comentários: As evidências são significativas para a adesão ao tratamento e para o risco de recaída, mas não para a redução do surgimento da condição. Sobre este assunto, recomendo: http://redalyc.uaemex.mx/redalyc/pdf/284/28420658004.pdf 31. Entre as técnicas cognitivo-‐comportamentais indicadas para o tratamento de portadores de transtorno do humor bipolar estão a técnica de relaxamento e a de registro de pensamento automático. Gabarito: C Comentários: Sim, e digo ainda mais, essa duas técnicas são indicadas para qualquer trabalho em terapia cognitivo comportamental. Não hesite em sempre marcar, em qualquer condição. Combinado? Segue uma tabela com a descrição de algumas técnicas também indicadas para tal transtorno:
Provas de Psicologia Resolvidas Professor Alyson Barros Aula 13
Professor Alyson Barros 21
Fonte: http://redalyc.uaemex.mx/redalyc/pdf/284/28420658004.pdf
Provas de Psicologia Resolvidas Professor Alyson Barros Aula 13
Professor Alyson Barros 22
32. O modelo cognitivo entende que distorções cognitivas aliadas a eventos estressantes predispõem a recaídas. Gabarito: C Comentários: Isso mesmo. Esse é o modelo diátese-‐estresse e é entendido dentro da TCC a partir da sua interação com a distorções cognitivas. Essas distorções seriam o pressuposto para desencadear as respostas não-‐adaptativas do organismo. Perceba que esse modelo é usado tanto no transtorno de humor quanto na esquizofrenia e na depressão. Anote!
33. O perfil cognitivo da hipomania sugere a visão inflada da tríade cognitiva. Gabarito: C Comentários: Lembra o que é a tríade cognitiva? É a visão de si, dos outros e do futuro. Sobre o perfil cognitivo das patologias, destaco:
Provas de Psicologia Resolvidas Professor Alyson Barros Aula 13
Professor Alyson Barros 23
Fonte: KNAPP, Paulo; BECK, Aaron T. Fundamentos, modelos conceituais, aplicações e pesquisa da terapia cognitiva. Rev. Bras. Psiquiatr., São Paulo, 2012 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-‐44462008000600002&lng=en&nrm=iso>. access on 30 Dec. 2012. http://dx.doi.org/10.1590/S1516-‐44462008000600002. 34. Entre os objetivos da terapia comportamental cognitiva para os portadores do transtorno bipolar estão a melhora do convívio familiar e a redução da medicação após a estabilização do quadro por mais de dois anos. Gabarito: E Comentários: Não temos, felizmente em alguns casos, autoridade para sugerir mudanças medicamentosas. Essa descrição de que após dois anos de estabilização o quadro pode ensejar a redução medicamentosa é falaciosa. O tratamento medicamentoso é para o resto da vida, assim como diabetes e esquizofrenia, por exemplo. Atente para isso. Veja um breve resumo dos objetivos da TCC para o THB: O Transtorno bipolar (TB) possui forte componente biológico e sua principal forma de tratamento é com medicamentos estabilizadores do humor. Entretanto, o papel da psicoterapia para o seu tratamento é enorme e com potencial ainda pouco explorado. Estamos diante de uma doença crônica, que necessita de acompanhamento e controle por toda a vida. Assim, cooperação é importante e para isto a terapia pode ajudar. A síndrome sofre influência de fatores de estresse e tem importantes consequências psicossociais, interpessoais e de diminuição da qualidade de vida. Uma porcentagem relevante de portadores não tem boa resposta aos tratamentos atuais, apresentando fases, apesar de adequadamente tratados. Isto para não falar no estigma, desmoralização, problemas da família e nas dificuldades e conflitos psicodinâmicos que qualquer pessoa pode apresentar. Há um campo aberto para o tratamento psicoterápico.1
Provas de Psicologia Resolvidas Professor Alyson Barros Aula 13
Professor Alyson Barros 24
São objetivos da Terapia comportamental cognitiva (TCC) para os portadores deste transtorno: 1) Educar pacientes e seus familiares e amigos sobre o transtorno bipolar, seu tratamento e dificuldades associadas à doença; 2) Ajudar o paciente a ter um papel mais ativo no seu tratamento; 3) Ensinar métodos de monitoração da ocorrência, gravidade e curso dos sintomas maníaco-‐depressivos; 4) Facilitar a cooperação com o tratamento; 5) Oferecer técnicas não farmacológicas para lidar com pensamentos, emoções e comportamentos problemáticos; 6) Ajudar a controlar sintomas leves sem necessidade de modificar medicação; 7) Ajudar a enfrentar fatores de estresse que podem interferir no tratamento ou precipitar episódios de mania ou depressão; 8) Estimular o aceitar a doença; 9) Diminuir trauma e estigma associados; 10) Aumentar o efeito protetor da família; 11) Ensinar habilidades para lidar com problemas, sintomas e dificuldades. Há diferenças com a psicoterapia tradicional, pois os pacientes em geral não estão na fase aguda da doença. Durante a mania, é muito difícil fazer terapia. A TCC tem uma forma mais didática, algumas técnicas somente são ensinadas e a agenda de cada sessão pode ser ou não determinada por um protocolo. De modo algum se exclui a terapia tradicional. Fonte: LOTUFO NETO, Francisco. Terapia comportamental cognitiva para pessoas com transtorno bipolar. Rev. Bras. Psiquiatr., São Paulo, 2012 . Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-‐44462004000700010&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 30 dez. 2012. http://dx.doi.org/10.1590/S1516-‐44462004000700010. Recomendação de Leitura: Efetividade da Terapia Cognitivo-‐Comportamental para os Transtornos do Humor e Ansiedade: Uma revisão de revisões sistemáticas http://seer.imed.edu.br/index.php/revistapsico/article/view/173/145 Soraya, psicóloga de formação e estudante de concursos, procurou tratamento psicológico e psiquiátrico após a perda de seus pais em um trágico acidente de carro. Na anamnese ficou claro a presença de anedonia, tristeza, redução de interesse social, humor deprimido e sintomas psicóticos incongruentes com o humor. Acerca desse quadro, julgue os itens a seguir. 35. O quadro descrito é compatível com o diagnóstico de episódio único de Depressão.
Provas de Psicologia Resolvidas Professor Alyson Barros Aula 13
Professor Alyson Barros 25
Gabarito: E Comentários: Essa foi fácil, além de precisarmos de mais dados (como o tempo de luto), a presença de sinais psicóticos descarta o quadro episódio depressivo maior como principal diagnóstico. Critérios para Episódio Depressivo Maior A. Cinco (ou mais) dos seguintes sintomas estiveram presentes durante o mesmo período de 2 semanas e representam uma alteração a partir do funcionamento anterior; pelo menos um dos sintomas é (1) humor deprimido ou (2) perda do interesse ou prazer. Nota: Não incluir sintomas nitidamente devidos a uma condição médica geral ou alucinações ou delírios incongruentes com o humor. (1) humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias, indicado por relato subjetivo (por ex., sente-‐se triste ou vazio) ou observação feita por outros (por ex., chora muito). Nota: Em crianças e adolescentes, pode ser humor irritável (2) interesse ou prazer acentuadamente diminuídos por todas ou quase todas as atividades na maior parte do dia, quase todos os dias (indicado por relato subjetivo ou observação feita por outros) (3) perda ou ganho significativo de peso sem estar em dieta (por ex., mais de 5% do peso corporal em 1 mês), ou diminuição ou aumento do apetite quase todos os dias. Nota: Em crianças, considerar falha em apresentar os ganhos de peso esperados (4) insônia ou hipersonia quase todos os dias (5) agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias (observáveis por outros, não meramente sensações subjetivas de inquietação ou de estar mais lento) (6) fadiga ou perda de energia quase todos os dias (7) sentimento de inutilidade ou culpa excessiva ou inadequada (que pode ser delirante), quase todos os dias (não meramente auto-‐recriminação ou culpa por estar doente) (8) capacidade diminuída de pensar ou concentrar-‐se, ou indecisão, quase todos os dias (por relato subjetivo ou observação feita por outros) (9) pensamentos de morte recorrentes (não apenas medo de morrer), ideação suicida recorrente sem um plano específico, tentativa de suicídio ou plano específico para cometer suicídio B. Os sintomas não satisfazem os critérios para um Episódio Misto C. Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social ou ocupacional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.
Provas de Psicologia Resolvidas Professor Alyson Barros Aula 13
Professor Alyson Barros 26
D. Os sintomas não se devem aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (por ex., droga de abuso ou medicamento) ou de uma condição médica geral (por ex., hipotiroidismo). E. Os sintomas não são melhor explicados por Luto, ou seja, após a perda de um ente querido, os sintomas persistem por mais de 2 meses ou são caracterizados por acentuado prejuízo funcional, preocupação mórbida com desvalia, ideação suicida, sintomas psicóticos ou retardo psicomotor. 36. A característica essencial do Transtorno Depressivo Maior é um curso clínico caracterizado por um ou mais Episódios Depressivos Maiores, sem história de Episódios Maníacos, Mistos ou Hipomaníacos. Gabarito: C Comentários: Vide DSM-‐IV. 37. A presença de sintomas psicóticos exclui o diagnóstico de transtorno de humor. Gabarito: E Comentários: Nunca. O transtorno de humor possui, per si, sinais de delírios e até alucinações. No caso descrito existe uma probabilidade significativa de que estejamos falando de algum tipo de transtorno de humor ou do espectro esquizofrênico. Para isso, mais dados devem ser colhidos. Sobre os transtornos de ansiedade, julgue os itens a seguir.
38. O transtorno do pânico é caracterizado pela presença de Ataques de Pânico recorrentes e inesperados acompanhados por comportamentos evitativos.
Gabarito: E Comentários: Observe que existe o Transtorno de Pânico sem Agorafobia. Ele é caracterizado por Ataques de Pânico inesperados e recorrentes acerca dos quais o indivíduo se sente persistentemente preocupado e sem comportamentos de evitação.
39. A agorafobia é identificada apenas no transtorno do pânico. Gabarito: E Comentários: Vários transtornos de ansiedade possuem comportamentos de agorafobia, como o Transtorno de Ansiedade Generalizada e a Fobia Social. O próprio DSM-‐IV fala:
Provas de Psicologia Resolvidas Professor Alyson Barros Aula 13
Professor Alyson Barros 27
Uma vez que Ataques de Pânico e Agorafobia ocorrem no contexto de diversos outros transtornos, os conjuntos de critérios para Ataque de Pânico e para Agorafobia são listados separadamente no início desta seção. 40. A agorafobia é a esquiva voluntária que o indivíduo com transtorno do pânico exibe ao sentir apreensão. Gabarito: E Comentários: Para o paciente com agorafobia, não há escolha. A ação é involuntária e automática. Lembre-‐se que a agorafobia é a ansiedade ou esquiva a locais ou situações das quais poderia ser difícil (ou embaraçoso) escapar ou nas quais o auxílio poderia não estar disponível, no caso de ter um Ataque de Pânico ou sintomas tipo pânico. A ansiedade tipicamente leva à esquiva global de uma variedade de situações, que podem incluir: estar sozinho fora de casa ou estar sozinho em casa; estar em meio a uma multidão; viajar de automóvel, ônibus ou avião, ou estar em uma ponte ou elevador. 41. Um ataque de pânico é representado por um período distinto no qual há o início súbito de intensa apreensão, temor ou terror, frequentemente associados com sentimentos de catástrofe iminente. Gabarito: C Comentários: Isso mesmo, e durante esses ataques estão sempre presentes sintomas físicos tais como falta de ar, palpitações, dor ou desconforto torácico, sensação de sufocamento e medo de "ficar louco" ou de perder o controle. 42. É fundamental a identificação de dois ou mais episódios de pânico para caracterizar o transtorno do pânico. Gabarito: C Comentários: Pelo menos dois Ataques de Pânico inesperados são necessários para o diagnóstico de transtorno do pânico, mas a maioria dos indivíduos tem um número consideravelmente maior de ataques. 43. É possível realizar o diagnóstico de agorafobia sem a identificação de histórico de transtorno do pânico. Gabarito: C Comentários: Perfeito. Esse é um tipo possível de diagnóstico. Confira: Critérios Diagnósticos para F40.00 -‐ 300.22 Agorafobia Sem História de Transtorno de Pânico A. Presença de Agorafobia relacionada ao medo de desenvolver sintomas tipo pânico (por ex., tontura ou diarreia).
Provas de Psicologia Resolvidas Professor Alyson Barros Aula 13
Professor Alyson Barros 28
B. Jamais foram satisfeitos os critérios para Transtorno de Pânico C. A perturbação não se deve aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (por ex., droga de abuso, medicamento) ou de uma condição médica geral. D. Na presença de uma condição médica geral associada, o medo descrito no Critério A excede claramente aquele em geral associado com a condição. 44. A duração das perturbações no Transtorno de Estresse Pós-‐Traumático para o seu correto diagnóstico deve ser de, pelo menos, 6 meses. Gabarito: E Comentários: Os sintomas principais devem ter duração superior a um mês, e não seis. 45. É condição fundamental para o diagnóstico de Transtorno de Estresse Pós-‐Traumático a vivência direta de eventos traumáticos. Gabarito: E Comentários: Opa, não precisa ser direta! A pessoa vivenciou, testemunhou ou foi confrontada com um ou mais eventos que envolveram morte ou grave ferimento, reais ou ameaçados, ou uma ameaça à integridade física, própria ou de outros. 46. A agorafobia pode estar presente na Fobia Social Gabarito: C Comentários: O indivíduo com Fobia Social tipicamente evita as situações temidas. Com menor frequência, força-‐se a suportar a situação social ou de desempenho, porém o faz com intensa ansiedade. A ansiedade antecipatória acentuada também pode ocorrer bem antes do advento das situações sociais ou públicas (por ex., preocupação todos os dias, por várias semanas, antes de comparecer a um evento social). Pode haver um círculo vicioso de ansiedade antecipatória levando à cognição temerosa e sintomas de ansiedade nas situações temidas, que levam a um fraco desempenho, real ou percebido, nessas situações, levando, por sua vez, ao embaraço e maior ansiedade antecipatória acerca das situações temidas, e assim por diante. Acerca da concepção analítica de neurose, julgue os seguintes itens. 47. A neurose é eminentemente um conflito entre o eu real e o eu ideal. Gabarito: E Comentários: Não confunda. Na teoria freudiana original, a neurose representa uma condição resultante entre o conflito que o ego entra com o Id a serviço das limitações impostas pela realidade do mundo externo. 48. A neurose fóbica leva a comportamentos compulsivos Gabarito: E
Provas de Psicologia Resolvidas Professor Alyson Barros Aula 13
Professor Alyson Barros 29
Comentários: Na neurose obsessiva sim – esta é entendida como o transtorno obsessivo compulsivo clássico. Na neurose fóbica existe uma reação de medo em relação a um objeto exterior. 49. Na neurose histérica a angústia é fixada, de modo mais ou menos estável, em um objeto exterior. Isto é, o sintoma principal é o medo. Gabarito: E Comentários: Na neurose histérica o conflito psíquico simboliza-‐se nos sintomas corporais de modo ocasional, isto é, como crises. 50. A neurose apresenta, em algum grau, ruptura com a realidade. Gabarito: E Comentários: Apesar dos problemas psicodinâmicos da neurose, em nenhum momento existe a ruptura com a realidade. Quem faz isso é a psicose. 51. Dentre as patologias descritas por Freud, as neuroses são as que apresentam maior grau de comprometimento afetivo e maior dificuldade de tratamento. Gabarito: E Comentários: Acredite, a psicose e a perversão apresentam maior comprometimento e dificuldade de tratamento. 52. Em relação a psicose, apresenta defesas mais evoluídas. Gabarito: C Comentários: Certamente. A psicose apresenta as defesas mais primitivas de toda psicopatologia analítica. Julgue os itens a seguir acerca do transtorno fóbico. 53. Segundo a psicanálise, o paciente fóbico enfrenta seu conflito emocional interno e ansiedade tentando reprimir seus pensamentos e impulsos perturbadores. Como isso falha, desloca seu conflito para um lugar ou situação externa e tenta confinar sua ansiedade neste local ou situação. Gabarito: C Comentários: Perfeito, para a psicanálise, a explicação da fobia reside no deslocamento de conflitos internos para um objeto externo. 54. O sintoma específico do paciente fóbico caracteriza-‐ se pelo uso da evitação como meio de solucionar problemas. Gabarito: C Comentários: A evitação é uma estratégia comportamental de todo paciente fóbico.
Provas de Psicologia Resolvidas Professor Alyson Barros Aula 13
Professor Alyson Barros 30
55. Na fobia social, as defesas fóbicas conduzem a uma limitação geral da personalidade, uma vez que ele renuncia a liberdade de ir e vir a fim de evitar o conflito. Gabarito: C Comentários: Perfeito. 56. O paciente fóbico está envolvido num conflito entre a obediência e o desafio. Isto leva a alternância entre os sentimentos de medo de ser apanhado ou punido e raiva por renunciar aos seus desejos e submeter-‐se. Gabarito: E Comentários: A fobia não é uma resposta obsessiva ao qualquer tipo de questionamento. Mas uma reação condicionada a exposição, mesmo que cognitiva, de um objeto ansiogênico. 57. Os sintomas fóbicos podem variar e se prolongar de uma situação para outra Gabarito: C Comentários: A reação fóbica apresenta variações. Perfeito. Acerca da perspectiva cognitivista e suas interações com os transtornos de ansiedade, julgue os itens a seguir. 58. Segundo o modelo cognitivo, os portadores de transtornos de ansiedade tem uma tendência aumentada a cometer distorções ao processar o real interno e externo, além de uma rigidez que o levaria, uma vez cometida uma distorção, a resistir à consideração de interpretações alternativas. Gabarito: C Comentários: Correto. Segundo o modelo cognitivo, o ponto central para a experiência subjetiva de ansiedade diante de um evento não seria o evento em si, mas a atribuição de um significado ameaçador ou perigoso ao evento pelo sujeito. No caso específico dos transtornos de ansiedade, a experiência de ansiedade decorreria de uma atribuição exagerada de ameaça ou perigo a eventos que outros poderiam processar como neutros. 59. O tratamento cognitivo dos transtornos de ansiedade é em regra, segundo Aaron Beck, pautado pela reestruturação cognitiva e pela terapia de exposição. Gabarito: E Comentários: Observe que, apesar de sempre lidarmos com a reestruturação cognitiva, nem sempre a exposição será viável. Apesar de ser uma excelente técnica, apresenta limitações práticas como, por exemplo, quando o estímulo não é simulável e
Provas de Psicologia Resolvidas Professor Alyson Barros Aula 13
Professor Alyson Barros 31
reproduzível em escala controlável. Ex. medo de leões, de germes, de sentir desfalecimento, etc. Nesses casos deve-‐se optar pelo ensaio cognitivo. Com relação ao transtorno antissocial de personalidade, julgue os seguintes itens. 60. Os traços de caráter psicopático têm por objetivo assegurar a gratificação de impulsos e proporcionar segurança e o alivio da tensão resultante. Gabarito: C Comentários: Correto. Aliais, em todo transtorno de personalidade os comportamentos serão explicados através deste mecanismo de redução de tensão. 61. O portador desse tipo de transtorno tem pouca empatia social, mas, em relação à média populacional, apresenta um elevado nível de habilidades sociais. Gabarito: E Comentários: A primeira parte da afirmativa está correta, mas não podemos dizer a mesma coisa da segunda parte. Não existem dados significativos que corroborem a hipótese que pessoas com transtorno de personalidade antissocial possuam elevados níveis de habilidades sociais. Destaco, ainda: Vários estudos têm mostrado a importância e a aplicabilidade das escalas CGF no diagnóstico clínico. Por exemplo, há indicações claras na literatura de que pessoas com diagnóstico de transtorno de personalidade anti-‐social apresentam baixos escores de socialização (Widiger, Trull, Clarkin, Sanderson & Costa, 2002). Tal aspecto é relevante, uma vez que, conforme já mencionado, transtornos da personalidade podem afetar HS de forma significativa. Fonte: http://www.scielo.br/pdf/pusf/v13n1/v13n1a06.pdf 62. Apresentam alta capacidade de tolerância à ansiedade e frustração. Gabarito: E Comentários: Baixa, por isso mesmo colocam suas estratégias em ação cotidianamente. 63. A organização emocional é superficial. Gabarito: C Comentários: Perfeito. 64. Portadores desse tipo de transtorno perseguem a gratificação imediata, dando pouca importância às demandas da realidade externa. Gabarito: C Comentários: Correto. São imediatistas e colocam suas prioridades acima das prioridades dos outros. Na verdade, os outros são vistos como instrumentos para a
Provas de Psicologia Resolvidas Professor Alyson Barros Aula 13
Professor Alyson Barros 32
aquisição de seus objetivos. 65. Pessoas com transtorno de personalidade antissocial apresentam humor lábil. Gabarito: E Comentários: Humor lábil significa a inconstância do humor. Essa não é uma das características do transtorno de personalidade antissocial – é, por exemplo, do transtorno de personalidade borderline. Acerca da psicopatologia psicanalítica, julgue os itens a seguir. 66. A neurose situacional recebe, atualmente, o nome de transtorno do pânico. Gabarito: E Comentários: É a neurose de angústia que recebe a alcunha atual de transtorno do pânico. Lembre-‐se que Freud denominou de neurose de angústia o distúrbio psicológico caracterizado pelo acúmulo de uma excitação sexual que se transforma diretamente em sintoma sem mediação psíquica. A excitabilidade geral tem a capacidade de produzir efeitos somáticos (vertigem, dispnéia, perturbações cardíacas, exsudação) sem passar por uma atividade psíquica. 67. A fixação da libido na fase anal pode gerar a neurose obsessiva. Gabarito: C Comentários: Perfeito. De acordo com a teoria psicanalítica desenvolvida por Freud, a fixação da libido na fase anal do desenvolvimento psicossexual pode gerar uma personalidade com características de limpeza, minunciosidade e perseverante. A fixação na fase anal estaria relacionada com a origem das neuroses obsessivas. Aproveito a oportunidade para dizer que, de acordo com a psicanálise, o complexo de Édipo é o principal eixo de referência psicopatológico. 68. Freud considera que o recalque é o principal mecanismo de defesa responsável pela neurose obsessiva. Gabarito: C Comentários: Isso mesmo. Saliento, ainda, que o sucesso do recalque na neurose obsessiva é inicialmente completo, mas não é permanente. 69. Para Freud, a origem da depressão pode estar relacionada com a privação ou excesso de gratificação oral, fazendo com que exista uma fixação nesse estágio de desenvolvimento. Gabarito: C Comentários: Digno de grifo. É isso mesmo.
Provas de Psicologia Resolvidas Professor Alyson Barros Aula 13
Professor Alyson Barros 33
70. O Hospitalismo, ou a depressão anaclítica, se caracteriza pela presença de sintomas severos, mas reversíveis, na formação dos vínculos infantis. Gabarito: E Comentários: Cuidado, Hospitalismo é uma coisa e depressão anaclítica é outra. Hospitalismo é um termo utilizado a partir dos trabalhos de Spitz para designar o conjunto das perturbações somáticas e psíquicas provocadas em crianças durante os primeiros 18 meses por uma permanência prolongada em uma instituição completamente privadas da mãe em que os cuidados lhes são dispensados de forma anônima e sem o estabelecimento de uma laço afetivo (por exemplo, hospitais ou orfanatos). A depressão anaclítica aparece progressivamente na criança que sofreu privação da mãe após ter tido contato com ela, pelo menos durante os seis primeiros meses de vida. Dessa forma, o hospitalismo consiste numa privação afetiva total enquanto que a depressão anaclítica consiste numa carência afetiva parcial na criança que vinha se beneficiando de uma relação normal com a mãe. O hospitalismo tem consequências duradouras e mesmo irreversíveis enquanto que a depressão anaclítica pode cessar quando a criança volta a encontrar a mãe. 71. A fixação em uma determinada fase de desenvolvimento psicossexual pode resultar em distúrbios de personalidade. Gabarito: C Comentários: Correto. A fixação é a explicação, por exemplo, do caráter oral (caracterizado pela passividade e dependência) ou do caráter anal (caracterizado pela ordem e obstinação). Acerca da conceituação da psicanálise e da neurose na teoria psicanalítica, julgue os itens a seguir. 72. De acordo com a teoria psicanalítica, a neurose está relacionada com conflitos inconscientes enquanto a psicose está relacionada com a transferência para si próprio da totalidade da libido que a pessoa normal orienta para objetos animados e inanimados que a rodeiam. Gabarito: C Comentários: Correto. Destaco ainda que a o fato de a libido estar totalmente investida no ego reduz a capacidade dos pacientes psicóticos transferirem sua libido para um objeto externo e, por conta disso, se tornam pouco acessíveis a um tratamento cujo elemento propulsor é a transferência.
Provas de Psicologia Resolvidas Professor Alyson Barros Aula 13
Professor Alyson Barros 34
73. De acordo com a psicanálise, a psicose é uma perturbação primária da relação libidinal com a realidade. Gabarito: C Comentários: Correto novamente. Em contraste com o transtorno neurótico, a psicose caracteriza-‐se pela recusa da realidade, retirando todos os investimentos da libido no objeto e fragmentando sua representação. A retirada da libido do objeto externo leva a uma transferência dessa libido para si próprio caracterizando o que Freud denominou de neurose narcísica (equivalente à psicose). O fato de a libido estar totalmente investida no ego reduz a capacidade dos pacientes psicóticos transferirem sua libido para um objeto externo e, consequentemente, tornando-‐os pouco acessíveis a um tratamento psicanalítico. Isso ocorre pela incapacidade de realizar transferência às sessões de análise. Considerando a psicopatologia psicanalítica, julgue os itens a seguir. 74. A histeria é considerada uma neurose atual. Gabarito: E Comentários: A histeria não é considerada neurose atual, mas uma psiconeurose de defesa. Observe que a neurose atual deve seu nome, precisamente, ao fato de que sua origem não deve ser buscada em um conflito infantil -‐ como as psiconeuroses de defesa -‐ mas em um conflito experimentado atualmente pelo paciente. Exemplos de neurose atual: neurastenia e neurose de angustia. 75. Na histeria de conversão observa-‐se uma série de sintomas físicos que expressam conflitos recalcados. Gabarito: C Comentários: Perfeito. Exemplos de sintomas na histeria de conversão: convulsão, vermelhidão na pele, rouquidão, tontura, etc. 76. A neurose traumática é um tipo de neurose desenvolvida a partir da forte eclosão de elementos inconscientes à consciência e que não podem ser coerentemente trabalhados pelo Ego. Gabarito: E Comentários: Observe que a neurose traumática é um tipo de neurose em que o aparecimento dos sintomas é consequência de um choque emotivo externo capaz de ameaçar de forma real sua vida. Freud descreveu como trauma quaisquer excitações provindas de fora que sejam tão poderosas a ponto de atravessar o escudo protetor do psiquismo humano.
Provas de Psicologia Resolvidas Professor Alyson Barros Aula 13
Professor Alyson Barros 35
77. A discrepância entre o ego ideal e o ideal de ego, segundo Freud, constitui a raiz da psicose. Gabarito: E Comentários: A raiz da psicose, além da cisão com a realidade (cisão do ego) e a ausência da interdição paterna, é a incapacidade de criar vínculos (transferir libido aos elementos externos ao eu). Essa é a visão da psicanálise. Quanto ao ego ideal e o ideal de ego, preciso fazer alguns apontamentos. O ideal de ego foi uma expressão utilizada por Freud no quadro da sua segunda teoria do aparelho psíquico. É uma instância da personalidade resultante da convergência do narcisismo e da identificação com identificações com os pais, com os seus substitutos e com os ideais coletivos. O conceito de ideal de ego pode ser utilizado como sinônimo de superego. Não confundir ideal de ego com o conceito de ego ideal. Ego ideal está relacionado com um ideal narcísico de onipresença. 78. As doenças psicossomáticas são resultantes de defesas a elementos sociais não aceitos pelo ideal de ego. Gabarito: E Comentários: Não é bem assim. Nas doenças psicossomáticas ocorre um deslocamento para o corpo dos conflitos inconscientes. 79. De acordo com Freud, a neurose representa uma condição resultante de conflitos do Id manifesto no Ego acerca dos conflitos e limitações impostos pelo mundo externo. Gabarito: C Comentários: Essa é a raiz da neurose, uma dificuldade de conciliação entre os elementos do Id e da realidade e expresso no Ego. 80. A clivagem do eu caracteriza a estrutura de perversão. Gabarito: E Comentários: A clivagem não é um mecanismo presente na neurose ou na perversão, mas sim na psicose. A perversão, por sua vez, representa um desvio em relação ao ato sexual "normal". 81. O fundamento da diferença entre a neurose e a psicose, para Freud, é o agente que exerce maior influência sobre o Ego. Na neurose é o meio externo e na psicose é o Id. Gabarito: C Comentários: Isso mesmo! Na neurose o ego toma partido do meio externo e coloca-‐se contra as pulsões do Id. Na psicose o processo é oposto, o ego ignora a realidade, colocando-‐se a serviço do Id.
Provas de Psicologia Resolvidas Professor Alyson Barros Aula 13
Professor Alyson Barros 36
82. A histeria de conversão caracteriza-‐se pela presença de sintomas físicos geralmente de natureza neurológica, como por exemplo, paralisia, cegueira, ou mutismo. Gabarito: E Comentários: Os sintomas são inconscientes e possuem manifestação física. Suas causas não são neurológicas. 83. A histeria de conversão é conhecida atualmente como transtorno somatoforme. Gabarito: C Comentários: Perfeito. Os transtornos somatoformes, anteriormente chamados de histeria de conversão, estão relacionados com alterações corporais sem qualquer identificação orgânica clara. Sintomas corporais tais como paralisia ou perda de função sensorial sem aparente causa orgânica, são exemplos de transtornos somatoformes. Acerca dos critérios de diagnóstico das psicopatologias, julgue os itens a seguir. 84. Delírios são tipos de alucinações e referem-‐se a percepção de estímulos sensoriais quando não há objeto a ser percebido. Gabarito: E Comentários: Errado, delírio não é um tipo de alucinação. Não confunda esses conceitos. Delírio é um transtorno de pensamento enquanto que alucinação é um transtorno sensorial. Existem vários tipos de delírio. Além disso, delírios são caracterizados por uma distorção na organização e linearidade do pensamento. Memórias e conceitos são erroneamente ligados ocasionando, desse modo, uma distorção da interpretação da realidade e da própria identidade. 85. Alucinações táteis são comuns em portadores de esquizofrenia do tipo paranoide. Gabarito: E Comentários: Não, não é característico da esquizofrenia do tipo paranoide. Aliais, de nenhum tipo de esquizofrenia. Ela pode até ser identificada, mas sua incidência é muito rara. O lugar mais comum para encontrarmos esse tipo de alucinação, quase que exclusivamente, é no quadro de Delirium Tremens. 86. A ênfase da Esquizofrenia Hebefrênica é a desestruturação dos delírios. Gabarito: C Comentários: Perfeito. Na Esquizofrenia Hebefrênica os delírios não são estruturados, daí a nova denominação de Esquizofrenia Desorganizada para esse tipo. O CID.10 diz,
Provas de Psicologia Resolvidas Professor Alyson Barros Aula 13
Professor Alyson Barros 37
para a Esquizofrenia Hebefrênica que o pensamento é desorganizado e o discurso incoerente. Julgue os seguintes itens acerca dos transtornos de personalidade. 87. O pensamento obsessivo manifesto no Transtorno de Personalidade Obsessivo Compulsivo é caracterizado pela intromissão indesejável de um pensamento no campo da consciência de maneira insistente e repetitiva, reconhecido pelo indivíduo como um fenômeno incômodo e absurdo. Gabarito: E Comentários: Esse é o pensamento obsessivo do transtorno obsessivo, e não do transtorno de personalidade obsessivo-‐compulsivo. Nesse tipo de transtorno de personalidade, os pensamentos são egossintônicos, e não são percebidos como algo ansiogênico ou incomodo. Aliais, a manifestação de pensamentos obsessivos nessa condição, via de regra, ocorre quando o ambiente em que ele está inserido não responde adequadamente ao seu controle. Para que fique claro: pacientes com TPOC sentem ansiedade normalmente e essa ansiedade não vem de pensamentos obsessivos. Atente para isso. 88. O modelo cognitivo pressupõe que os transtornos de personalidade são constituídos por indivíduos com esquemas não-‐adaptativos e inflexíveis. Gabarito: C Comentários: Isso mesmo. Veja que estamos falando de esquemas não-‐adaptativos e inflexíveis. Não estamos falando de esquemas pouco adaptativos ou com dificuldade de adaptação. Atente para isso. Ainda sobre o assunto, é válido destacar: Indivíduos com transtornos de personalidade geralmente apresentam esquemas não-‐adaptativos e inflexíveis, uma vez que são mantidos cognitivamente por meio dos processos descritos por Beck (1993), tais como distorções cognitivas. Além disso, apresentam uma incapacidade de discriminar suas próprias percepções das percepções dos outros (APA, 2002; Ventura, 1998). Entretanto, aqueles com algum transtorno de personalidade, como o Evitativo, Dependente ou Obsessivo-‐Compulsivo, geralmente têm consciência das suas dificuldades, são ansiosos e estão constantemente preocupados com a aceitação por parte do terapeuta (Ventura, 1998), o que pode facilitar o processo de tratamento. Fonte: ZANIN, Carla Rodrigues; VALERIO, Nelson Iguimar. Intervenção cognitivo-‐comportamental em transtorno de personalidade dependente: relato de caso. Rev. bras.ter. comport. cogn., São Paulo, v. 6, n. 1, jun. 2004 . Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-‐55452004000100009&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 31 dez. 2012.
Provas de Psicologia Resolvidas Professor Alyson Barros Aula 13
Professor Alyson Barros 38
89. As cognições mais marcantes nos indivíduos com Transtorno de Personalidade Esquizoide são referentes à baixa auto-‐estima, abandono e medo de errar; geralmente, referem-‐se a si mesmos como sendo incapazes de fazer qualquer coisa sozinhos. Do ponto de vista comportamental, a falta de iniciativa é marcante e não percebem os prejuízos que este comportamento pode acarretar na vida. Gabarito: E Comentários: Esse é o transtorno de personalidade dependente e não o esquizoide. Sobre o transtorno de personalidade esquizoide, é válido destacar a seguinte tabela:
Características Clínicas do Transtorno de Personalidade Esquizoide
Área Características
Aberto Encoberto
Auto-‐conceito
• complacente • estóico • não competitivo • autosuficiente • pouco assertivo • sentindo-‐se inferior e um "estranho" na vida
• cínico • inautêntico • despersonalizado • alternativamente sentindo-‐se vazio ("como um robô") ou cheio de fantasias onipotentes e vingativas • grandiosidade oculta
Relações interpessoais
• afastado • indiferente • poucos amigos chegados • impermeável às emoções dos outros • medo de intimidade
• extremamente sensível • profundamente curioso • sedento de amor • invejoso da espontaneidade alheia • necessitando intensamente de envolvimento com os outros • capaz de excitação com amigos íntimos cuidadosamente escolhidos
Adaptação social
• prefere atividades recreativas e ocupacionais solitárias • marginal ou ecleticamente sociável em grupos • vulnerável a movimentos esotéricos
• falta de clareza nos objetivos • fraca afiliação étnica • usualmente capaz de regularidade no trabalho • por vezes bastante criativo, podendo fazer contribuições únicas e originais • capaz de persistência apaixonada em certas esferas de interesse
Provas de Psicologia Resolvidas Professor Alyson Barros Aula 13
Professor Alyson Barros 39
devido a uma forte necessidade de pertença • tendência à preguiça e indolência
Amor e sexualidade
• assexual, por vezes celibatário • sem interesse românticos • aversão a boatos e insinuações sexuais
• interesses voyeuristicos secretos • vulnerável à erotomania • tendência a perversões compulsivas
ética, padrões e ideais
• convicções morais e políticas idiossincráticas • tendência para interesses espirituais, místicos e para-‐psicológicos
• instabilidade moral • ocasionalmente contundentemente amoral e vulnerável a crimes bizarros, outras vezes auto-‐sacrificando-‐se altruisticamente
Estilo cognitivo
• distraído • absorto em fantasia • discurso vago e empolado • alternando entre a eloquência e o discurso pouco articulado
• pensamento focado em si próprio • flutuações entre agudo contato com a realidade exterior e a hiper-‐reflexão acerca de si • uso autocentrico da linguagem
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_de_personalidade_esquizoide 90. Um Transtorno da Personalidade é um padrão persistente de vivência íntima ou comportamento que se desvia acentuadamente das expectativas da cultura do indivíduo, é invasivo, flexível e instável ao longo do tempo. Gabarito: E Comentários: É INflexível e EStável ao longo do tempo. 91. O Transtorno da Personalidade Paranoide é caracterizado pela desconfiança e suspeitas, geralmente infundadas, que geram interpretações dos atos alheios como sendo intencionais e malévolos. Gabarito: C Comentários: Definição clássica.
Provas de Psicologia Resolvidas Professor Alyson Barros Aula 13
Professor Alyson Barros 40
92. O diagnóstico de Transtorno de Personalidade Paranoide comporta a presença de alucinações e delírios em níveis leves. Gabarito: E Comentários: Não comporta. Nada de achar que sintomas psicóticos servem para diagnosticar transtornos de personalidade. Pode haver comorbidade, claro, mas não é base de critério para tal diagnóstico. Além disso, caso a desconfiança desse tipo de transtorno de personalidade não seja um traço persistente e envolva alucinações, devemos pensar em esquizofrenia do tipo paranoide. Caso envolva delírios, devemos pensar em distúrbio delirante paranoide. 93. O Transtorno da Personalidade Esquizotípica é um padrão de distanciamento dos relacionamentos sociais, com uma faixa restrita de expressão emocional. Gabarito: E Comentários: Esse é o Transtorno de Personalidade Esquizóide e não o Esquizotípico. A diferenciação é fácil, o Transtorno da Personalidade Esquizotípica é um padrão de desconforto agudo em relacionamentos íntimos, distorções cognitivas ou da percepção de comportamento excêntrico. Assim, enquanto o esquizoide se posiciona de modo distante aos relacionamentos sociais (e não sofre), o esquizotípico busca relacionamentos sociais e sofre. Cuidado com a diferenciação do transtorno de personalidade esquizoide com o transtorno de personalidade de esquiva. No transtorno da personalidade de esquiva a pessoa mantém conduta sistemática de evitar contatos sociais e qualquer situação que possa resultar em embaraço ou ansiedade. Mesmo com pessoas do convívio, esquiva-‐se de envolvimento mais íntimo. 94. O Transtorno de Personalidade Antissocial está inserido, de acordo com o DSM-‐IV, no Cluster A. Gabarito: E Comentários: Está no Cluster/Grupo B. 95. O Transtorno da Personalidade Passivo-‐Agressivo está inserido no Grupo A do DSM-‐IV. Gabarito: E Comentários: Não está em canto nenhum, o DSM-‐IV não classifica o Transtorno da Personalidade Passivo-‐Agressivo. 96. O Transtorno da Personalidade Histriônica está inserido, de acordo com o DSM-‐IV, no Cluster A. Gabarito: E Comentários: Está no Cluster B, veja a classificação na tabela abaixo.
Provas de Psicologia Resolvidas Professor Alyson Barros Aula 13
Professor Alyson Barros 41
Provas de Psicologia Resolvidas Professor Alyson Barros Aula 13
Professor Alyson Barros 42
Provas de Psicologia Resolvidas Professor Alyson Barros Aula 13
Professor Alyson Barros 43
97. O transtorno de personalidade antissocial não pode, por definição, ser diagnosticado em pessoas menores de 18 anos. Gabarito: C Comentários: Isso mesmo. Podemos falar, antes disso, apenas em transtorno de conduta. Observe que o diagnóstico dos Transtornos da Personalidade exige uma determinação dos padrões de funcionamento do indivíduo a longo prazo, e as características particulares da personalidade devem ser evidentes no início da idade adulta. 98. As causas mais prováveis dos transtornos de personalidade, segundo o cognitivismo, estão no padrão socialmente aprendido de crenças centrais distorcidas. Gabarito: E Comentários: Em verdade, as causas são genéticas e neurológicas na grande maioria dos transtornos. No caso de nossa assertiva, observe que, para não gerar recursos, existe ainda a expressão “socialmente aprendido”. Mesmo que você parta do pressuposto que todo transtorno de personalidade tem crenças centrais distorcidas, não temos como falar que essas crenças são aprendidas. Em suma: a moderna ciência entende que a maioria dos transtornos tem causas biológicas e com padrões neurais característicos -‐ ainda com algumas imprecisões nos estudos. Assim, crenças são decorrentes do desenvolvimento dessa estrutura neural -‐ são maturadas. 99. Transtornos da Personalidade Antissocial são diagnosticados com maior frequência em homens enquanto Transtornos da Personalidade Borderline, são diagnosticados com maior frequência em mulheres. Gabarito: C Comentários: Essa é a definição do próprio DSM-‐IV. A literatura também relata essa diferença de prevalência nos gêneros. 100. O Transtorno de Personalidade Histriônico é caracterizado por um padrão invasivo de excessiva emocionalidade e busca de atenção, que começa no início da idade adulta e está presente em uma variedade de contextos. Gabarito: C Comentários: Essa é a definição do transtorno de personalidade histriônico. 101. O Transtorno da Personalidade Narcisista é caracterizado por um padrão invasivo de grandiosidade, necessidade de admiração e falta de empatia, que começa no início da idade adulta e está presente em uma variedade de contextos. Gabarito: C Comentários: Essa é a definição do DSM-‐IV.
Provas de Psicologia Resolvidas Professor Alyson Barros Aula 13
Professor Alyson Barros 44
102. A nomenclatura do Transtorno da Personalidade Passivo-‐Agressiva substitui a classificação de Transtorno de Personalidade Borderline. Gabarito: E Comentários: Não confunda uma coisa com a outra. O transtorno borderline é uma coisa e o passivo-‐agressivo é outra. Sobre este último, é válido destacar: A característica essencial é um padrão invasivo de atitudes negativistas e resistência passiva a exigências de desempenho adequado em situações sociais e ocupacionais, que começa no início da idade adulta e ocorre em uma variedade de contextos. Este padrão não ocorre exclusivamente durante Episódios Depressivos Maiores, nem é melhor explicado por Transtorno Distímico. Esses indivíduos habitualmente ressentem, opõem-‐se e resistem a exigências de que funcionem em um nível esperado pelos outros. Esta oposição ocorre mais freqüentemente em situações ocupacionais, mas também pode se manifestar no funcionamento social. A resistência é expressada por procrastinação, esquecimento, teimosia e ineficiência intencional, especialmente em resposta a tarefas designadas por figuras de autoridade. Esses indivíduos podem obstruir os esforços alheios por deixarem de cumprir sua parte nas tarefas. Por exemplo, quando um executivo dá a algum subordinado algum material a ser estudado para uma reunião na manhã seguinte, este pode extraviar o material ou arquivá-‐lo em local incorreto, ao invés de apontar a insuficiência de tempo para fazer o trabalho. Esses indivíduos sentem-‐se trapaceados, desconsiderados e incompreendidos e são cronicamente queixosos. Eles podem ser mal-‐humorados, irritáveis, impacientes, propensos a discussões, cínicos, céticos e "do contra". As figuras que representam autoridade (por ex., um superior no emprego, um professor na escola, um dos pais ou um cônjuge que representa o papel de pai/mãe) frequentemente se tornam o foco da insatisfação. Em vista de seu negativismo e tendência a externalizarem a culpa, esses indivíduos frequentemente criticam e verbalizam hostilidade para com figuras de autoridade, à menor provocação. Eles também sentem inveja e demonstram ressentimento com colegas que tiveram sucesso ou que são vistos de maneira positiva por figuras de autoridade. Esses indivíduos frequentemente se queixam acerca de seus infortúnios pessoais. Eles têm uma visão negativa do futuro e podem fazer comentários do tipo: "Fazer o bem não compensa" e "O que é bom dura pouco". Esses indivíduos podem oscilar entre a expressão de um desafio hostil a quem vêem como causadores de seus problemas e uma tentativa de apaziguar estas pessoas, pedindo perdão ou prometendo sair-‐se melhor no futuro. Fonte: http://www.psicnet.psc.br/v2/site/dicionario/registro_default.asp?ID=554 103. O Transtorno da Personalidade Sem Outra Especificação é uma categoria que caracteriza situações onde o padrão de personalidade do indivíduo satisfaz os critérios gerais para um Transtorno da Personalidade e existem traços de diferentes Transtornos da Personalidade, mas não são satisfeitos os critérios para qualquer Transtorno da Personalidade específico.
Provas de Psicologia Resolvidas Professor Alyson Barros Aula 13
Professor Alyson Barros 45
Gabarito: C Comentários: Correto, essa é uma das hipóteses. A segunda hipótese para tal tipo de classificação ocorre quando o clínico acredita que o transtorno da personalidade exista de fato e não existam critérios de diagnóstico para tal tipo de transtorno (como o transtorno da personalidade passivo-‐agressiva). Aaron Beck desenvolveu um modelo cognitivo que considera que cada transtorno caracteriza-‐se não só por um comportamento disfuncional mas também por uma composição de crenças atitudes, afetos e estratégias diferentes. É possível oferecer um perfil distintivo de cada um destes transtornos, com base em suas características cognitivas, afetivas e comportamentais típicas. Acerca dessa perspectiva, julgue os itens a seguir. 104. O paciente com Transtorno da Personalidade Evitativa é caracterizado pela visão de que as pessoas do convívio pessoal são críticas e superiores a ele mesmo. Gabarito: C Comentários: Veremos isso daqui a algumas questões. 105. Pacientes com Transtorno da Personalidade Paranoide veem a si como pessoas corretas, mas vulneráveis aos outros. Gabarito: C Comentários: Veremos isso na próxima questão. 106. Pacientes com Transtorno da Personalidade Histriônica se veem como merecedoras de atenção dos outros e acima das leis. Gabarito: E Comentários: A parte de se ver acima das leis está errada. Esse ponto é característico do Transtorno de Personalidade Antissocial. Observe o quadro abaixo.
Transtorno de personalidade
Visão de si Visão dos outros
Principais crenças
Principal estratégia
Evitativo Vulnerável à depreciação, rejeição Socialmente incapaz Incompetente
Críticos Depreciadores Superiores
É terrível ser rejeitado, rebaixado Se as pessoas conhecerem meu verdadeiro eu, me rejeitarão Não consigo
Evitar situações de avaliação Evitar sentimentos ou pensamentos desagradáveis
Provas de Psicologia Resolvidas Professor Alyson Barros Aula 13
Professor Alyson Barros 46
tolerar sentimentos desagradáveis
Dependente Carente Fraco Indefeso Incompetente
(Idealizados) Provedores Apoiadores Competentes
Necessito das pessoas para sobreviver, ser feliz Necessito de um fluxo contínuo de apoio e encorajamento
Cultivar relacionamentos de dependência
Passivo-‐agressivo
Auto-‐suficiente Vulnerável ao controle, à interferência
Intrusivos Exigentes Interferentes Controladores Dominadores
Os outros interferem em minha liberdade de ação O controle por outros é intolerável Tenho de fazer as coisas à minha maneira
Resistência passiva Submissão superficial Escapar e contornar regras
Obsessivo-‐compulsivo
Responsável Confiável Obstinado Competente
Irresponsáveis Negligentes Incompetentes Auto-‐indulgentes
Eu sei o que é melhor Os detalhes são cruciais As pessoas deveriam fazer melhor, tentar com mais afinco
Aplicar regras Perfeccionismo Avaliar, controlar “Deveres”, criticar, punir
Paranóide Correto Inocente, nobre Vulnerável
Interferentes Maliciosos Discriminadores Motivos abusivos
Os motivos são suspeitos Esteja em guarda Não confie
Cautela Procura motivos ocultos Acusa Contra-‐ataque
Provas de Psicologia Resolvidas Professor Alyson Barros Aula 13
Professor Alyson Barros 47
Antissocial Solitário Autonômo Forte
Vulneráveis Exploráveis
No direito de infringir regras Os outros são otários, trouxas Os outros são exploráveis
Ataca, rouba Engana, manipula
Narcisista Especial, único Merecedor de regras especiais; superior Acima das regras
Inferiores Admiradores
Visto que sou especial, eu mereço regras especiais Eu estou acima das regras Eu sou melhor que os outros
Usa os outros Transcende as regras Manipulador Competitivo
Histriônico Glamouroso Impressionante
Seduzíveis Receptivos Admiradores
As pessoas estão aí para me servir ou admirar Elas não têm o direito de negar meus justos direitos Eu posso seguir os meus sentimentos
Usa a dramaticidade, o charme; acessos temperamentais, choro; gestos suicidas
Esquizoide Auto-‐suficiente Solitário
Intrusivos Os outros não são gratificantes Relacionamentos são confusos e indesejáveis
Mantem distância
Conecte-se
Provas de Psicologia Resolvidas Professor Alyson Barros Aula 13
Professor Alyson Barros 48
Nossa casa: www.estrategiaconcursos.com.br Grupo de discussão: [email protected]. Meu site profissional: www.psicologianova.com.br Redes Sociais ! https://www.facebook.com/psicologianova ! https://www.facebook.com/groups/concursospsi/
Provas de Psicologia Resolvidas Professor Alyson Barros Aula 13
Professor Alyson Barros 49
Qual a sua estratégia?