UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
INSTITUTO AVM
DINÂMICA DAS RELAÇÕES HUMANAS E SEU PAPEL
NA PEDAGOGIA EMPRESARIAL
Por: KELLY ESTEBANEZ RESIER
Orientador
Prof. Dr. Vilson Sérgio de Carvalho
Niterói
2010
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
INSTITUTO AVM
DINÂMICA DAS RELAÇÕES HUMANAS E SEU PAPEL
NA PEDAGOGIA EMPRESARIAL
Apresentação de monografia à
Universidade Candido Mendes/
Instituto AVM como condição prévia
para a conclusão do Curso de Pós-
Graduação “Lato Sensu” em
Pedagogia Empresarial.
Por: Kelly Estebanez Resier
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AGRADECIMENTOS
A Deus, pelo poder da fé por mais essa conquista pessoal e
profissional na minha vida.
Aos meus pais: Nilberto Lúcio Resier da Rocha e Telma de Fátima
Teixeira da Silva Rocha, e aos meus avós: Ary Estebanez da Silva,
Carmen Teixeira da Silva e José Firmino da Rocha, que a todo o
momento acreditaram que eu seria capaz de concluir o curso de
especialização em Pedagogia Empresarial.
Aos meus amigos pela amizade e ajuda principalmente nos momentos
de fraqueza e falta de motivação.
Ao meu orientador Vilson Sérgio, pela paciência, atenção e grande
contribuição na realização desse trabalho acadêmico.
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DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho de especialização a Nilberto Lúcio Resier da
Rocha, meu pai e Telma de Fátima Teixeira da Silva Rocha, minha
mãe por terem me apoiado muito para que eu continuasse a lutar e dar
segmento aos meus estudos, dando-me estímulo e amor o que
permitiram transpor barreiras. E a Terezinha Rezier da Rocha, minha
avó (em memória), que onde quer que esteja está feliz por me ver
crescendo e correndo atrás dos meus sonhos com garra e
perseverança.
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EPÍGRAFE
“A persistência é o caminho do êxito.”
Charles Chaplin
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RESUMO
Através deste estudo, procurou-se esclarecer assuntos pertinentes
quanto a Pedagogia dentro das empresas e estabelecer questões importantes
como competências e habilidades de um Pedagogo Empresarial assim como a
relação do seu papel nos órgãos de Desenvolvimento de Recursos Humanos
(DRH). Ao longo do estudo percebeu-se a visão deste novo profissional que
vem ganhando seu espaço no mercado de trabalho com o intuito de oferecer
qualidade social dentro das organizações como um educador, mediador e
motivador dos colaboradores.
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METODOLOGIA
A proposta desta monografia se baseia em uma análise bibliográfica
atualizada de estudos e autores, tais como: Amélia Escotto do Amaral Ribeiro,
Jose Carlos Libâneo, Maria Luiza Martins Holtz entre outros referentes ao tema
proposto, fundamentando-se em recursos, como: artigos científicos,
dissertações, livros e sites da internet.
O tema foi escolhido pelo interesse pessoal da autora no assunto,
decorrente particularmente da ampla atuação da Pedagogia Empresarial e por
sua vez, sua ação conjunta com as Relações Humanas. Sendo assim, esta
monografia constitui uma oportunidade de aprofundar o conhecimento teórico
quanto ao avanço do papel deste profissional da área, especialmente no
contexto brasileiro.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 9
CAPÍTULO I - O LUGAR DA DINÂMICA DAS RELAÇÕES
HUMANAS NA PEDAGOGIA EMPRESARIAL 14
CAPÍTULO II - AS COMPETÊNCIAS DA ATUAÇÃO DE UM
PEDAGOGO NO ÂMBITO EMPRESARIAL 22
CAPÍTULO III – A RELAÇÃO DE UM PROFISSIONAL DE
RH COM UM PEDAGOGO EMPRESARIAL 27
CONCLUSÃO 32
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 33
WEBGRAFIA 34
ANEXOS 35
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INTRODUÇÃO
O tema deste estudo é Relações Humanas na Pedagogia Empresarial.
O estudo deste tema se torna muito importante já que sendo nós seres
humanos e não simplesmente um “fazer humano”, somos capazes de ver
conexões entre áreas e saber ideias e conceitos é fundamental, assim como
promover e manter essas conexões é necessário para facilitar a aprendizagem.
Assim se torna cada vez mais um fator chave determinar o lugar da dinâmica
de RH na prática da pedagogia com uma visão mais ampla, não só relacionada
à atuação de um pedagogo escolar e sim ligada ao papel de um pedagogo na
vasta área empresarial.
Precisamos dar maior atenção a Pedagogia Empresarial assim
objetivando analisar e discutir a relação de um profissional da área de RH com
um pedagogo empresarial e refletir suas competências para atuação na
diversidade de empresas modernas.
Portanto o interesse deste presente estudo é fazer com que o leitor
pudesse conhecer cada vez mais sobre a atuação deste profissional que com o
passar do tempo ganha seu espaço no campo empresarial por suas
habilidades e competências, mas não somente por fazer um trabalho
significante numa empresa e sim por fazer parte de uma importante parceria
com outros profissionais, especificamente falando um profissional de Relações
Humanas.
Para falar da dinâmica das relações humanas na Pedagogia
Empresarial precisamos entender do que se trata o assunto. Segundo
Chiavenato (2009) a expressão Recursos Humanos refere-se às pessoas que
participam das organizações e que nelas desempenham determinados papeis.
O RH é uma especialidade que surge para trabalhar com as complexidades
organizacionais e para reduzir conflitos entre objetivos individuais e os
interesses das empresas. Para inovar as organizações precisam saber lidar
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com a subjetividade, gerar comprometimento e ter profissionais sensíveis a
mudança no ambiente, para isso o setor de RH precisa promover estímulos e
motivação, além de gerar táticas de energia para o funcionamento da empresa.
A parceria entre pessoas e organização faz com que estas sejam envolvidas de
forma efetiva na melhoria e no aperfeiçoamento daquilo que produzem, assim
como na criação de seu futuro. O Processo de comunicação dentro das
organizações é de suma importância para seu crescimento e desenvolvimento
como um todo. Toda Organização possui competências essenciais de grande
importância para seu desenvolvimento, cabe ao gestor de RH identificar e
fortalecer essas competências assim como promover estratégias para que
novas competências sejam despertadas nas organizações. Assim os
programas de treinamentos que envolvem o RH têm como palavra chave a
aprendizagem, e para Chiavenato (1985, p.288): “Treinamento é o processo
educacional, aplicado de maneira sistêmica, através do qual as pessoas
aprendem conhecimentos, atitudes e habilidades em função de objetivos
definidos.” E a Pedagogia é definida como a Ciência e a Arte da Educação.
Ciência, quando através de observação e experimentação, investiga, analisa,
sistematiza e define qual deve ser o objetivo, o foco da educação; e Arte
quando define a execução, aplica e põe em prática de maneira pertinente, o
resultado das investigações das teorias conhecidas pelo pedagogo, para atingir
os objetivos educacionais. A Pedagogia estabelece aquilo que se deve fazer,
estuda os meios de realizá-lo e põe em prática aquilo que concebeu. O
pedagogo, especialista em Pedagogia tem o papel de conduzir o
comportamento das pessoas em direção aos objetivos da educação, o
processo de formação da personalidade humana equilibrada.
No entanto, a Pedagogia se entrelaça de maneira inteligente e eficaz à
empresa, pois tanto a empresa como a pedagogia, age em direção a realização
de idéias e objetivos definidos, no trabalho de promover mudanças no
comportamento das pessoas. Esse processo de modificação no
comportamento chama-se aprendizagem. E aprendizagem é a especialidade
do pedagogo. Assim vemos bem relacionado toda a dinâmica das relações
humanas com a pedagogia dentro das empresas.
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Fazendo referência a Pedagogia nas empresas é necessário definir as
competências para atuação do pedagogo empresarial, visando sempre
melhorar a qualidade de prestação de serviços. As empresas têm aberto
espaço para que este profissional possa, de maneira consciente e competente,
solucionar problemas, formular hipóteses, e elaborar projetos, demonstrando
que a sua atuação visa à melhoria dos processos instituídos na empresa, como
garantia da qualidade do atendimento aos seus clientes e ao funcionário,
contribuir para a instalação da cultura institucional da formação continuada dos
empregados, orientar na gestão do melhoramento dos processos. Podemos
encontrar na CBO (Classificação Brasileira de Ocupações), a “Descrição
Sumária” sobre o pedagogo, que entre outras coisas diz: “� Viabilizam o
trabalho coletivo, criando e organizando mecanismos de participação em
programas e projetos educacionais, facilitando o processo comunicativo entre
a” organização e os “stakeholders” (em português, parte interessada ou
interveniente). Explorando a CBO algumas das competências de um pedagogo
são: respeitar as diversidades, respeitar a autonomia, estimular a
solidariedade, respeito mútuo, criatividade, trabalhar em equipe, administrar
conflitos, demonstrar pró-atividade, versatilidade e flexibilidade dentre muitas
outras competências da sua atuação.
Por fim tratar da relação de um profissional de RH com um pedagogo
empresarial é mencionar a Autora Maria Luiza Marins Holtz em seu livro Lições
de Pedagogia Empresarial, que diz: “Sempre acreditei que a Pedagogia e a
Empresa fazem um casamento perfeito. Ambas têm o mesmo objetivo em
relação às pessoas, principalmente nos tempos atuais. Uma Empresa sempre
é a associação de pessoas, para explorar uma atividade com objetivo definido,
liderada pelo empresário, pessoa empreendedora, que dirige e lidera a
atividade com o fim de atingir ideais e objetivos também definidos. A Pedagogia
é a ciência que estuda e aplica doutrinas e princípios visando um programa de
ação em relação à formação, aperfeiçoamento e estímulo de todas as
faculdades da personalidade das pessoas, de acordo com ideais e objetivos
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definidos”. Assim, o pedagogo na esfera empresarial, por ser uma espécie de
“gestor das relações humanas”, está intimamente ligado às ações que
envolvem a aprendizagem. E esta, consequentemente, está relacionada às
mudanças de comportamentos num sentido mais amplo, ou seja, não basta
apenas apreender o conhecimento, mas deve-se praticá-lo. O pedagogo
empresarial tem a missão de auxiliar os funcionários no sentido que estes
reflitam suas práticas dentro das empresas e que em meio a esta reflexão,
busquem desenvolver maneiras para alcançar melhor rendimento e
desempenho de seu trabalho, com intuito de desenvolvimento nos âmbitos
pessoal e profissional. O profissional de pedagogia, ao atuar numa empresa,
estará totalmente envolvido no aperfeiçoamento das relações humanas. Neste
sentido, o setor conhecido como RH (Recursos Humanos) deve ser um
ambiente que estimule a participação das pessoas nas decisões a serem
tomadas e tenha facilidade em diagnosticar as competências de seus
colaboradores para juntos ampliar os conhecimentos. A empresa é um
ambiente educativo porque é constituída por seres humanos que possuem
capacidade inata de criar. Portanto, a dimensão da importância do pedagogo
que deve utilizar suas ferramentas que buscam estratégias e metodologias
para informações, conhecimentos e cumprimento de objetivos, sempre visando
aprimoramento, qualificação profissional e pessoal da força de trabalho.
De um modo geral a realização deste trabalho apresentará o interesse
tanto do Líder (educador) para/com seus colaborares (educandos) e destes por
sua vez pelo crescimento da empresa em que trabalha, mostrando assim o
papel importante da Pedagogia Empresarial em meio às evoluções nas
organizações tidas como aprendentes. Nesse sentido o presente estudo foi
estruturado em três capítulos. O primeiro faz referência ao contexto da
dinâmica das relações humanas na Pedagogia, mas não na ótica escolar e sim
empresarial fazendo maiores buscas pela visão e ação pedagógica dentro das
empresas. O segundo refere-se à atuação de um profissional da Pedagogia, o
que chamamos de um Pedagogo, e suas competências para atuar num setor
empresarial. No terceiro e último capítulo, a abordagem é relacionada à ação
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conjunta de um profissional atuante na área de Recursos Humanos e de um
Pedagogo Empresarial.
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CAPÍTULO I
O LUGAR DA DINÂMICA DAS RELAÇÕES HUMANAS
NA PEDAGOGIA EMPRESARIAL
A Pedagogia Empresarial vem recebendo seu reconhecimento a cada
dia, mas falar de pedagogia sem falar de relações humanas é impossível. A
Professora Maria Luiza Marins Holtz é especializada em otimizar as relações
humanas fazendo um importante uso da Pedagogia, por isso prefere uma
abordagem personalizada do assunto. Para Holtz, “Relações Humanas é a
expressão que usamos em Pedagogia Empresarial, para designar os
resultados da comunicação entre as pessoas e as suas consequências.”; assim
pode-se dizer que o processo de relacionamento humano é sem dúvida
bastante dinâmico e tem sua relevância em qualquer ambiente seja ele
empresarial ou não.
Segundo Holtz(2004), o grande segredo do sucesso profissional e
pessoal está em saber como nos relacionarmos bem, com as pessoas. Ela
afirma que todas as dificuldades que se apresentam dentro das empresas,
principalmente em relação à produtividade dos diretores, chefes e funcionários
sempre estão ligadas às dificuldades de relacionamento entre as pessoas na
família e no trabalho.
Realmente, o que foi citado pela Professora Maria Luiza Holtz é a mais
pura das verdades. É fácil observar o fracasso das inúmeras relações humanas
já que é perceptível o desgaste na vida profissional e social das pessoas. Tanto
que a Professora Maria Luiza Marins Holtz(2004) cita: “A qualidade do
relacionamento entre as pessoas é que determina a qualidade do
empreendimento, que será sempre bem sucedido se as Relações Humanas
forem bem sucedidas. Seja empreendimento empresarial, educacional, familiar,
conjugal ou social.” (HOLTZ, 2004: 8).
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Nessa visão de que tudo na vida depende de um bom relacionamento
entre as pessoas nos diversos aspectos a Professora Maria Luiza Marins
Holtz(2004) escreveu “Seja Bem Sucedido nas Relações Humanas”, reunindo
vários de seus artigos sobre o assunto com o objetivo de ajudar as pessoas a
encontrarem mais soluções para os relacionamentos.
O Pedagogo é o profissional especialista em conduzir o comportamento
das pessoas, para uma mudança em direção aos objetivos da Educação, que
por sua vez, é o processo de formação da personalidade de uma pessoa com
todas as influências, boas e más, sofridas nas relações humanas, durante a
vida. A Pedagogia nasceu, depois do Pedagogo, como a ciência e a arte da
Educação, e tem como objetivo a prática de todos os meios mais eficazes de
conduzir o comportamento das pessoas a uma mudança desejável e benéfica
para a realização de uma vida mais plena. (HOLTZ, 2004: 11). Bem com isso
surge também a necessidade de um Pedagogo mais voltado para a área
empresarial, fazendo assim enriquecer estudos quanto a este profissional que
sempre teve uma abordagem como profissional escolar. Por isso se dá cada
vez mais a procura por cursos na área da Pedagogia Empresarial.
A Professora Maria Luiza Holtz(2004), acredita na Pedagogia
Empresarial, há muitos anos, quando conheceu as verdadeiras funções do
Pedagogo, como condutor do comportamento das pessoas em direção a um
objetivo determinado e da Pedagogia como a ciência e a arte da Educação.
Portanto ela cita: “Sempre acreditei que a Pedagogia e a Empresa fazem um
casamento perfeito.” Afirma que tanto a Empresa como a Pedagogia agem em
direção a realização de ideais e objetivos definidos, no trabalho de provocar
mudanças no comportamento das pessoas e para que a Empresa consiga as
mudanças desejadas no comportamento das pessoas, os meios utilizados têm
que ser adequados aos seus objetivos e ideais.
A professora, pedagoga, orientadora e criadora da Pedagogia
Empresarial, Maria Luiza Marins Holtz(2004) diz que o processo das relações
humanas é basicamente o processo de comunicação e que em todos os
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setores da atividade humana, encontramos dificuldades de relacionamentos.
Onde se encontram dois indivíduos, há dificuldades de relações humanas por
isso a Pedagogia usa uma ferramenta que se chama “trabalho em grupo” para
conseguir melhor relacionamento, rendimento e aprendizagem dos
participantes de quaisquer organizações. Nessa abordagem fez diferentes
estudos que envolvem Relações Humanas e diversos outros assuntos.
Em meio as suas pesquisas, Holtz(2004) afirma que a ato de elogiar é
reconhecer e, portanto elogiar descobre talentos escondidos. Pesquisas
realizadas em Pedagogia Empresarial sobre as “oscilações da produtividade
humana” mostram que todo ser humano “clama” desesperadamente por
reconhecimento. Ficou provado também, que todos nós, sem exceção, temos
inúmeras qualidades e que muitas delas permanecem escondidas, por causa
do tipo de educação que recebemos, que evita focalizar nossos acertos e
sucessos, focalizando e exaltando sempre os nossos erros e fracassos, tudo
aquilo que não deu certo. (HOLTZ, 2004: 32). Assim em nosso papel de
Pedagogo dentro da Empresa se queremos ver os membros da organização
produzindo com excelência temos que reconhecer e elogiar, pois estaremos
harmonizando e enriquecendo as nossas Relações Humanas com amor e
amizade. A Fé nas Relações Humanas também foi um estudo realizado por
Holtz. Ela afirma: “Está comprovado que há uma coincidência em todos os
relacionamentos humanos. As pessoas que têm fé são as que mais progridem
e conseguem grandes realizações.” Os estudos dela foram sendo cada vez
mais desenvolvidos com diferentes assuntos como: inteligência, religiosidade,
recreação, dentre muitos outros assuntos.
Em se tratando de Ética e Relações Humanas, estudos com várias
Empresas Internacionais de Consultoria Empresarial que só atingiram seu
grande porte, depois de eliminarem definitivamente os procedimentos
antiéticos. Os seus trabalhos de pesquisa com os vários tipos de empresa
comprovaram os fracassos das condutas antiéticas, que lesam e prejudicam
uma pessoa, um grupo ou a sociedade. (HOLTZ, 2004: 48).
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Algo de grande importância é falar de Pedagogia Empresarial e
Relações Humanas, sem esquecermos os treinamentos. Treinamentos
conduzem à vitória. Todas as pessoas e empresas, sem exceção, almejam a
vitória. Pedagogicamente, os treinamentos são todas as ações dirigidas para
desenvolver e aperfeiçoar nossa vocação, nossos talentos, dons, aptidões,
habilidades e capacidades para determinadas atividades. Só treinamentos nos
conduzem com segurança aos três componentes da vitória: qualidade,
tranquilidade e produtividade. Todos temos qualidades e o que nos faz
diferentes de todos. Os treinamentos nos ensinam como conquistarmos e
mantermos nossa tranquilidade e o nosso equilíbrio. Basta aprender e treinar a
fazer sempre o melhor. A nossa produtividade se manifesta naturalmente.
(HOLTZ 2004: 62-63). Ainda tratando da produtividade temos que concordar
com a Professora Maria Luiza Marins Holtz(2004) que menciona: “Aumentar a
produtividade é a meta principal das organizações, para que consigam
enfrentar os desafios apresentados pelo mercado. Porém, produtividade
empresarial nada mais é do que a soma das produtividades pessoais dos seres
humanos que compõe uma organização, empresa ou empreendimento. Seres
humanos que não são máquinas e sofrem alterações no seu comportamento
causadas por inúmeros fatores de ordem física, mental e espiritual. Há várias
causas bloqueadoras da produtividade humana. Todas estas causas podem
estar sob o nosso total controle se reconhecermos que a nossa produtividade,
ou da nossa organização, é baixa e, portanto, anormal. Sem estes bloqueios,
tudo que sabemos fazer deve ser naturalmente bem feito, rendoso, proveitoso,
criativo, bem elaborado e realizador. É a nossa aptidão inata.”
Seguindo seus estudos, a Professora Maria Luiza Marins Holtz(2004)
trata da credibilidade nas relações humanas. Para ela, Credibilidade é a
qualidade forte de uma pessoa, de um profissional ou de uma empresa
considerados éticos, de boa fama e de boa reputação cujas ideias, palavras e
afirmações podem ser aceitas como verdadeiras, confiáveis, sem astúcias e
engodos. A credibilidade de uma empresa é a expressão clara das
características da personalidade dos seus dirigentes, seus pensamentos, suas
condutas, suas intenções. Conheço muitos profissionais e empresas que, por
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inúmeros motivos, durante a sua trajetória, perderam a credibilidade e sentiram
os efeitos destruidores da incredulidade das pessoas. Conseguiram superar o
sofrimento com a prática sincera de uma religião e mudaram radicalmente suas
atitudes negativas. Pacientemente reconquistaram o seu crédito e alcançaram
a vitória. (HOLTZ, 2004: 90-91).
Quando tratamos também de Relações Humanas temos que mencionar
a palavra Motivação. Os filósofos gregos na antiguidade afirmavam que o
comportamento humano baseava-se nos princípios do hedonismo, isto é,
minimizar a dor, o desconforto e por outro maximizar o prazer. O conceito de
motivação vem denotar o significado que é o motivo para ação.
Segundo Holtz(2004), Motivação é exposição de motivos e razões que
atingindo um conjunto de fatores psicológicos, conscientes ou inconscientes,
agem determinando a conduta de uma pessoa. Todas as pessoas adquirem
motivações interiores que determinam a direção do seu comportamento,
quando buscam satisfazer suas necessidades naturais, nas experiências da
vida. Motivar uma pessoa a agir em determinada direção é dar motivos e
razões que despertem o interesse, a curiosidade e o entusiasmo para atingir
seus desejos. Nas relações humanas, a pessoa motivada, apresenta alta
produtividade, é sempre satisfeita, determinada e com disposição. Sua
curiosidade, interesse e entusiasmo foram despertados para conhecer cada
vez mais e seguir os caminhos que realizam seus maiores anseios. São
pessoas contagiantes, necessárias e indispensáveis em todos ambientes.
Para Macedo(2005), os quatro principais métodos para provocar motivação nas
pessoas são: recompensas financeiras; fixação de metas individuais e de
equipe; participação nas decisões sobre assuntos pertinentes; a criação de
cargos com tarefas mais amplas. (MACEDO, 2005: 96)
O trabalho nas relações humanas é também um estudo realizado por
Maria Luiza Marins Holtz. O trabalho é a aplicação das faculdades humanas
inatas, talentos e habilidades, para alcançar objetivos determinados. É a
oportunidade especial de realização da nossa necessidade produtiva natural e
de utilizar e exibir nossos talentos. É impossível a pessoa humana sentir-se
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realizada, sem trabalho, remunerado ou não. Toda obra realizada, toda
produção de bens e serviços é resultado do trabalho, da ação contínua e
progressiva da força natural do homem, com auxílio ou não das máquinas, que
também são resultados do trabalho. Trabalhar satisfaz as necessidades
humanas naturais de realização, de atividade produtiva, de ser aceito, de
aprovação social, de independência, de expressão de suas habilidades e
talentos...E evita o estresse das frustrações. A ignorância sobre o trabalho e
seu poder equilibrador faz com que muitas pessoas o considerem como um
“castigo”, até que experimentem a falta dele. Há várias pesquisas com pessoas
“aposentadas” que permanecem sem trabalho, remunerado ou não, mostrando
que elas são tomadas pelo sentimento de inutilidade, que gera um estado
doentio permanente. Assim também há registros de inúmeros casos de curas,
físicas e mentais, com Terapias Ocupacionais e envolvimento com novo
trabalho. (HOLTZ, 2004: 186- 187).
É também muito importante falar de felicidade nas relações humanas.
Holtz afirma: “Felicidade é a atitude interior de contentamento, de satisfação e
alegria em relação à vida que gera comportamentos favoráveis à prosperidade,
ao desenvolvimento e ao progresso contínuo. É um estado de espírito. O
estado de felicidade gera bom êxito e boa “sorte”, com excelentes
consequências nos relacionamentos humanos pessoais e profissionais. A
Antropologia constata que o ser humano, em todas as civilizações, das mais
primitivas até as mais evoluídas é naturalmente e essencialmente religioso. A
sua busca pela ligação com o Criador é espontânea e inata. Pedagogicamente
temos que respeitar, com muito rigor, essa nossa natureza religiosa e
responder aos seus apelos e impulsos “instintivos”. (HOLTZ, 2004: 206-207).
Não podemos esquecer que falar de Pedagogia Empresarial e Relações
Humanas é também se lembrar de um fator de grande relevância que é o
compromisso. “A consciência de compromisso é a atitude interior de dever e de
comprometimento que gera comportamentos responsáveis, seguros, prudentes
e discretos no trato com as pessoas. Cumprir compromisso assumido é um dos
fatores fundamentais que determina relações humanas de alta qualidade. A
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consciência de assumir compromissos é a característica mais evidente nas
pessoas bem sucedidas, tanto nos relacionamentos humanos, como na vida
material, familiar, profissional e social. São pessoas responsáveis. São
pessoas com quem se pode contar. São pessoas, que cumprem suas palavras.
São pessoas em quem se pode acreditar. São pessoas integradas e
comprometidas com as atividades sociais e se dispõem, com frequência, a
prestar serviços voluntários. Assumir e cumprir compromissos são sintomas de
excelente educação, de desenvolvimento, de inteligência emocional, e de
evolução espiritual.” Assim afirma a professora Maria Luiza Marins Holtz(2004)
quanto ao assunto.
Por fim não dá para deixar de tratar de Dinâmica. Não tem como, em se
tratando de um ambiente pedagogicamente empresarial e as relações
humanas entre todos os integrantes, membros, seres, pessoas de uma mesma
família, sociedade, organização, empresa, empreendimento e deixar
despercebido a “pessoa dinâmica”. Para isso é de extrema necessidade fazer
ligação as palavras da professora Maria Luiza Marins Holtz. “Pessoa dinâmica
é aquela que possui na sua personalidade, qualidades que a permite ser
vigorosa, ter espírito empreendedor, e uma capacidade de esforçar-se e
empenhar-se com energia incansável até atingir seus ideais transformadores.
Nas relações humanas a pessoa dinâmica consegue proporcionar intenso
movimento de mudanças pessoais e ambientais definitivas. A Psicologia
Educacional ensina que pessoa dinâmica é aquela que realmente faz diferença
no mundo, com seu modo de ser e de fazer algo e recebeu o dom de
transformar coisas e pessoas com sua ação firme, serena, tranquila e
confiante. O tamanho das ações e dos trabalhos feitos, pelas personalidades
dinâmicas, raramente é grande, mas as pessoas e consequentemente o mundo
se tornam diferentes, porque elas vivem e trabalham intensamente. Todas as
relações com personalidades dinâmicas são gratificantes e estimulantes. Por
isso, atraem grande afluência de pessoas.” (HOLTZ, 2004: 242-244).
Em fim, todos os assuntos abordados anteriormente, envoltos de
relações humanas precisam estar inteiramente relacionados às práticas
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pedagógicas empresariais. Não existe nenhuma forma de falar sobre
qualidade de relacionamentos familiares, sociais, pessoais e empresariais sem
falar da Pedagogia que é a ciência que estuda o processo educativo. Nós
estamos a todo o momento passando por um contínuo processo de
reeducação, estamos aprendendo novas maneiras de nos relacionar,
principalmente, na nova visão do mercado de trabalho.
Por isso, a necessidade de uma Pedagogia Empresarial. De um
Pedagogo que ofereça condições de melhorias na qualidade de prestações de
serviços, que faça parte das organizações com fortes objetivos como: a
interação com o sujeito, a reflexão sobre a prática do trabalho e a elaboração
de programas instrucionais que priorizem a totalidade do processo de trabalho.
Assim essa nova visão do trabalho espera por pessoas que sejam dinâmicas,
comprometidas, felizes, competentes, prósperas, éticas, confiantes,
responsáveis, treinadas, produtivas, auto-realizadas, persistentes, talentosas,
motivadas, harmoniosas, simpáticas, gratas; todas estas são qualidades que o
mercado almeja, mas para que isso seja possível é necessário um profissional
de frente, atuante neste processo reeducativo que pedagogicamente falando se
trata de um Pedagogo Empresarial.
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CAPÍTULO II
AS COMPETÊNCIAS DA ATUAÇÃO DE UM PEDAGOGO
NO ÂMBITO EMPRESARIAL
A Pedagogia numa visão empresarial se baseia nos conhecimentos, nas
habilidades, nas competências e nas atitudes tidas como necessárias à
melhoria da produtividade. Confirmando esse olhar da Pedagogia Empresarial,
Almeida(2006) afirma que o foco desta é “qualificar pedagogos e
administradores para atuarem no âmbito empresarial, visando aos processos
de planejamento, capacitação, treinamento, atuação e desenvolvimento do
corpo funcional da empresa” (ALMEIDA, 2006: 06).
As atividades do pedagogo empresarial estão relacionadas a quatro
áreas, tais como: atividades pedagógicas, sociais, burocráticas e
administrativas. Essas atividades permitem a atuação do mesmo em empresas
e escolas em função de natureza técnica pedagógica e administrativa; propor e
coordenar atualização de profissionais em Empresas e Órgãos ligados à área
educacional; coordenar serviços no campo das relações interpessoais;
planejar, controlar e avaliar o desempenho profissional de seus subordinados;
assessorar empresas e o entendimento de assuntos pedagógicos pessoais.
Quando se trata estreitamente do ambiente empresarial, primeira tarefa
do pedagogo é fazer com que o empresário, perceba claramente, que o seu
ideal de vida, suas aspirações e objetivos pessoais correspondem a uma
questão ética e social na empresa. E fazer com que eles se conscientizem que
os melhores chefes conseguem resultados positivos, porque são educadores.
O pedagogo como instrumento de educação na empresa tem capacidade e os
conhecimentos necessários para identificar, selecionar e desenvolver pessoas
para o âmbito empresarial. Possuindo este profissional competências para
trabalhar na área de recursos humanos.
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O maior patrimônio da empresa é o ser humano por este motivo o foco
maior é a gestão de pessoas. Nesses últimos tempos os lideres estão mais
prudentes e dando mais valor aos seus colaboradores e a empresa.
O que se pode observar claramente é que o pedagogo empresarial cumpre um
importante papel dentro das empresas e organizações articulando as
necessidades junto da gestão de conhecimentos. Cabe a este profissional
provocar mudanças comportamentais nas pessoas envolvidas, favorecendo os
dois lados: o funcionário que quando motivado e por dentro dos conhecimentos
necessários, sente-se melhor e produz mais e a empresa que quando se
matem com pessoas qualificadas obtém melhores resultados e maiores
lucratividades.
Abaixo temos um comparativo do modelo de liderança e do modelo mais
próximo e mais participativo com as atividades de toda a sua equipe segundo a
Wikipedia, Enciclopédia Virtual(2010):
Líder do Passado: Ser um chefe, controlar as pessoas, centralizar a
autoridade, estabelecimento de objetivos, dirigir com regras e regulamentos,
confrontar e combater, mudar por necessidade e crise, e ter um enfoque eu e
meu departamento.
Líder do Futuro (Atualidade): Ser um facilitador, Empowerment (projetos
de trabalho que se baseia na delegação de poderes de decisão, autonomia e
participação dos funcionários na administração das empresas), distribuir a
liderança, conciliar visão e estratégia, guiar com valores compartilhados,
colaborar e unificar, ter um enfoque mais amplo e ter um enfoque de minha
empresa.
Contudo, após esta comparação vemos o quanto o pedagogo e a
empresa fazem uma ótima combinação, pois em tempos modernos ambos têm
o mesmo objetivo de formar cidadãos críticos com competências para a
atuação na nova visão de Mercado. O Pedagogo Empresarial surge como uma
nova ferramenta para este desenvolvimento nas organizações que caminham
para serem empresas aprendentes. Com o propósito de ajustar as falhas,
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pensar estrategicamente, ter habilidade para as relações humanas: saber
aprender, treinar e delegar tarefas, características estas que são solicitadas
aos profissionais no mercado globalizado, o Pedagogo direcionará o
profissional na tarefa da qual ele melhor se ajusta, fazendo o aproveitamento
de suas qualidades.
Diante deste contexto, o Pedagogo Empresarial está inserido auxiliando
no desenvolvimento das competências e habilidades de cada indivíduo, para
que cada profissional saiba lidar com várias demandas, com incertezas, com
várias culturas ao mesmo tempo, direcionando o resultado positivo num
mercado onde a competição gera mais competição.
O papel do Pedagogo também é o de proporcionar um ambiente de
aprendizado desenvolvendo nas pessoas o intuito das cinco disciplinas
utilizadas nas organizações aprendentes, que Senge (2002: 40) classifica em:
pensamento sistêmico, domínio pessoal, modelos mentais, a construção de
uma visão compartilhada e aprendizagem em equipe. No desenvolvimento dos
treinamentos a serem aplicados na empresa, o Pedagogo fará a socialização
do conhecimento tácito e do conhecimento explícito, e aplicará de acordo com
a necessidade do grupo a ser ministrado o treinamento. Muito dos conflitos
gerados nas organizações estão propensos à falta de um ambiente de trabalho
alegre e saudável. Trabalha-se sobre forte pressão e esquece-se de terem
pouco de prazer e alegria. Hemsath (1998: 165) diz que "O divertimento e a
produtividade não são incompatíveis". Os adultos aprendem mais facilmente
em ambientes descontraídos, motivados e lúdicos, só aprendem o que querem
e gostam de serem orientados, antes de serem avaliados e criticados. Ainda
segundo Hemsath (1998:165): "Divertir-se no trabalho não deveria ser uma
tarefa infinita ou uma longa lista de tarefas a serem cumpridas. Não se trata
disso. Muitas das coisas que você e seus colegas de trabalho podem fazer
para animar o local em que trabalham são ações simples e espontâneas.
Encorajar a diversão não significa ignorar ou negligenciar os objetivos
organizacionais e tornar a empresa um local frívolo onde se desperdiça o
25
próprio tempo. Usada eficientemente, a diversão pode acionar a energia que os
funcionários têm para trabalhar, resultando num desempenho aprimorado".
Assim vemos a dimensão da importância do pedagogo que deve utilizar
suas ferramentas que buscam estratégias e metodologias para informações,
conhecimentos e cumprimento de objetivos, sempre visando aprimoramento,
qualificação profissional e pessoal da força de trabalho. O Pedagogo formado
criticamente deve atuar na empresa em favor de ser o educador e mediador
dos adultos (Andragogia). Este profissional tem uma visão holística do mundo,
pois como foco de seus estudos aparecem à psicologia, antropologia, história,
filosofia, gestão de recursos humanos e materiais, bem como outras áreas do
conhecimento pertinentes a função. Em Organizações bem estruturadas, o
pedagogo tem o papel de implantar Universidades Corporativas onde avalia a
viabilidade de cursos e os programas educacionais adequados; entra em
contato com os profissionais e elabora o material didático.
Para isso a pedagogia vive a procura de estratégias e metodologias que
garantam uma melhor apropriação de conhecimentos, tendo como alvo
principal gerar mudanças no comportamento das pessoas de modo que estas
melhorem tanto a qualidade da sua atuação profissional quanto pessoal.
Portanto em função de toda a mudança, ocorre à necessidade do
pedagogo se tornar uma pessoa critica e visionária capaz de se adaptar a
mudanças, mais flexível, e que contribua efetivamente para o processo
empresarial, com objetivo primordial de se apresentar de forma prática e
teórica a função da área de treinamento e desenvolvimento de pessoal, bem
como sua utilização para alcançar objetivos organizacionais. Transmitir
técnicas de levantamento de necessidades, elaboração, mensuração,
programas de treinamento. E também compreender e elaborar formas de
mensurar resultados em treinamento e desenvolvimento.
Então, vemos o quanto é importante e ampla a missão de um Pedagogo
dentro de uma empresa que tem como foco uma visão moderna de trabalho e
26
quer o bem estar de todos os seus colaboradores. Teoricamente falando
parece bem simples, mas acaba por não ser desde o momento em que
buscamos a fundo as práticas e suas respectivas competências para e em todo
o desenvolvimento de excelência de uma organização que numa caminhada
moderna necessita de um profissional pronto, ativo e apto para gerenciar toda
essa estruturada rede de aprendizagem organizacional.
27
CAPÍTULO III
A RELAÇÃO DE UM PROFISSIONAL DE RH COM UM
PEDAGOGO EMPRESARIAL
São múltiplas as funções do pedagogo empresarial, suas atuações, e
seus objetivos de acordo com o empreendimento em que se trabalha. Suas
estratégias e metodologias asseguram uma melhor aprendizagem de
informações e conhecimentos, já que considera a Empresa como um ambiente
aprendente, estruturado como sendo uma associação de pessoas com o
mesmo objetivo profissional em torno da produtividade. É importante sabermos
que para ocorrer o desenvolvimento da capacidade de atuação com os
recursos humanos da empresa, o pedagogo empresarial necessita reforçar sua
formação filosófica, humanística e técnica.
Baseado em Ribeiro (2007), a pedagogia empresarial é definida como
sendo uma das possibilidades de formação (atuação) do pedagogo, e seu
surgimento está vinculado à necessidade de formação (preparação) de seus
recursos humanos, entendidos como fator principal do êxito empresarial.
Assim, a Pedagogia Empresarial existe para dar suporte tanto em relação à
estruturação das mudanças quanto em relação à ampliação e à aquisição de
conhecimento no espaço organizacional.
Segundo Lopes (2006: 74), o pedagogo empresarial promove a
reconstrução de conceitos básicos, como criatividade, espírito de equipe e
autonomia emocional e cognitiva.
Uma questão importante para todos os interessados na área é: Onde o
pedagogo empresarial pode atuar? Para Almeida (2006:07) sua atuação
envolve várias áreas, tais como:
28
§ coordenações de ações culturais em gibitecas, brinquedotecas,
parques temáticos, fundações culturais, teatros, parques e zoológicos;
§ desenvolvimento de Recursos Humanos em empresas;
§ direção e administração de instituição de ensino;
§ elaboração de políticas públicas visando à melhoria dos serviços
à população em autarquias, hospitais e governo nas tarefas municipais,
estaduais e federais;
§ gestão e desenvolvimento de conselhos tutelares, centros de
convivência, abrigos e organizações não governamentais.
Em termos das gestões de pessoas ainda se refere:
§ coordenação de equipes multidisciplinares no desenvolvimento de
projetos, evidenciando formas educacionais para aprendizagem
organizacional significativa e sustentável;
§ gerando mudanças culturais no ambiente de trabalho;
§ na definição de políticas voltadas ao desenvolvimento humano
permanente;
§ prestando consultoria interna relacionada ao treinamento e ao
desenvolvimento das pessoas na organização.
É necessário reconhecer que o papel do pedagogo na empresa é educar
de forma construtiva. Para atingir o objetivo de mudança de comportamento
das pessoas, para que haja a produtividade pessoal, é preciso educar e não
somente instruir. A instrução não atende aos ideais do processo educativo, de
influenciar positivamente e provocar a mudança de comportamento. Os que se
limitam a instruir, não cumprem integralmente à missão de educar, ou seja, não
estimulam para que ocorram as mudanças de comportamento necessárias que
contribuem para melhorar a formação da personalidade. A Educação Integral é
a condição indispensável para melhorar a produtividade, ou seja, a atenção do
pedagogo empresarial ao processo de influenciar positivamente os funcionários
em todos os aspectos da sua personalidade vai favorecer o desenvolvimento
da produção profissional nas mais diversas atividades. Com isso o pedagogo
29
deve saber que o ser humano é um ser complexo e que para desenvolver sua
faculdade inata de produzir, necessita do desenvolvimento integral da sua
personalidade. Portanto, deve deixar transparente com o seu trabalho prático,
na empresa, os efeitos positivos da adoção das várias atividades educativas.
Assim, baseado na concepção de Holtz (2006: 32) compreende-se que o
processo de influências recebidas pelos participantes de uma empresa, durante
todo o tempo em que trabalha nela, é Educação. Na empresa, o pedagogo
deve estar atento à educação integral do funcionário, influenciando-o
positivamente em todos os aspectos, com o objetivo de provocar as mudanças
necessárias, contribuindo com o desenvolvimento da produtividade pessoal nas
mais diversas atividades, intervindo e articulando as ações educacionais na
administração das informações, num contexto contínuo de aprendizagem e de
gestão do conhecimento.
Toda Organização possui competências essenciais de grande
importância para seu desenvolvimento, e fazendo relação com o Pedagogo
Empresarial, cabe ao gestor de RH identificar e fortalecer essas competências
assim como promover estratégias para que novas competências sejam
despertadas nas organizações. Os programas de treinamentos que envolvem o
RH têm como palavra chave a aprendizagem, para Chiavenato (1985: 288):
Treinamento é o processo educacional, aplicado de maneira sistêmica, através
do qual as pessoas aprendem conhecimentos, atitudes e habilidades em
função de objetivos definidos. Para Hamblin (1978: 15): Treinamento abrange
qualquer tipo de experiência destinada a facilitar um ensino que será útil no
desempenho de um cargo atual ou futuro.
Esses treinamentos têm por objetivos ajudar as pessoas e a organização
há terem novas atitudes e práticas possibilitando um bom desempenho e
gerando uma maior qualidade na produtividade da empresa. Para ter vida
longa à organização precisa estar preparada para enfrentar os desafios
internos e externos, preparar seu pessoal de forma prazerosa e conhecer os
30
fatores essenciais da organização para elaborar treinamentos coerentes e
realistas para que ao final a avaliação seja positiva e o gestor possa obter um
feedback como resposta.
Além dos treinamentos o RH também tem como função a pesquisa de
mercado, recrutamento e seleção, legislação trabalhista, avaliação de cargos,
planos de carreira, higiene e segurança, benefícios sociais, etc. O papel do RH
é essencialmente educativo, ele trabalha na sensibilização e educação dos
seus funcionários, lidar com pessoas é um de suas principais características e
faz parte de um dos principais desafios de uma organização. Para Chiavenato
(2009: 254): Não há leis ou princípios universais para a administração das
pessoas, nem normas para lidar com elas. A ARH (Administração de Recursos
Humanos) é incerta ou eventual, ou seja, depende do contexto situacional de
cada organização: do seu ambiente externo, da cultura e mentalidade
preponderante, do estilo de gestão adotado, da tecnologia utilizada pela
organização, das políticas e diretrizes vigentes, da filosofia administrativa
preponderante, da concepção a respeito das pessoas que existe na
organização e, sobretudo, da qualidade e quantidade dos recursos humanos
disponíveis. A partir do momento em que esses elementos mudam, muda-se a
maneira de se administrar esses elementos, por isso a gestão de RH é instável
e extremamente fértil, também precisa ser dinâmica para saber lidar de forma
construtiva com esses tipos de mudanças que ocorrem dentro das empresas.
Atualmente as empresas não enxergam mais as pessoas como meros agentes,
nos dias atuais se fala em administrar com as pessoas, tendo elas como
agentes de mudanças que influenciam e participam de maneira decisiva dentro
de uma organização.
Assim após toda a abordagem acima, vemos que o profissional de
pedagogia, ao atuar numa empresa, estará totalmente envolvido no
aperfeiçoamento das relações humanas. Neste sentido, o setor conhecido
como RH (Recursos Humanos) deve ser um ambiente que estimule a
participação das pessoas nas decisões a serem tomadas e tenha facilidade em
31
diagnosticar as competências de seus colaboradores para juntos ampliar os
conhecimentos. A empresa é um ambiente educativo porque é constituída por
seres humanos que possuem capacidade inata de criar. Portanto essa é a
dimensão da importância do pedagogo que deve utilizar suas ferramentas que
buscam estratégias e metodologias para informações, conhecimentos e
cumprimento de objetivos, sempre visando aprimoramento, qualificação
profissional e pessoal da força de trabalho. Por isso que o Pedagogo formado
criticamente deve atuar na empresa em favor de ser o educador e mediador
dos adultos.
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CONCLUSÃO
A empresa bem sucedida precisa estar pronta para o Mercado Moderno
e também deve funcionar como um conjunto de habilidades e competências de
seus colaboradores. Conforme a Teoria das Relações Humanas, a influência
na motivação no comportamento das pessoas passou a sugerir uma nova
concepção social, esta que enxerga seus colaboradores como seres sociais
com sentimentos, desejos e temores. Por isso, que o comportamento no
trabalho, ou em qualquer lugar, é uma consequência de muitos fatores
motivacionais.
As pessoas são motivadas por certas necessidades e alcança, suas
satisfações primárias por meio dos grupos com as quais interagem.
Assim o Pedagogo dentro das empresas vem fazer a integração de
conhecimentos na busca de novos questionamentos para uma nova pedagogia
de comunicação levando empresários, funcionários e todos os elementos da
empresa a uma integração maior onde empresa, funcionários, clientes entre
outros, vivenciam os problemas existentes, buscando juntos solucioná-los de
acordo com a realidade a ser transformada.
Por isso, diante dessa nova visão organizacional, competências que
antes não era visto como fundamental dentro das empresas, agora passa a ser
muito bem reconhecido, já que conceituar, operacionalizar, desenvolver, avaliar
e promover são competências muito importantes atribuídas ao papel de um
Pedagogo que juntamente com o Profissional de Recursos Humanos vem
oferecer um quadro harmônico e confiável dentro da organização.
É assim que crescem e consolidam-se as organizações bem sucedidas.
33
BIBLIOGRAFIA
HEMSATH, Dave. Divirta-se: saiba tornar seu ambiente de trabalho
agradável e divertido. São Paulo: Futura, 1998.
SENGE, Peter M. A quinta disciplina - arte e prática da organização que aprende. São Paulo: Editora Best Seller, 2002.
RIBEIRO, Amélia Escotto do Amaral. Pedagogia empresarial: atuação do
pedagogo na empresa. Rio de Janeiro: Wak, 2003.
LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e pedagogos para quê? São Paulo:
Cortez, 2004.
HOLTZ, Maria Luiza Marins. Seja Bem Sucedido nas Relações Humanas.
Sorocaba-SP, 2004.
HOLTZ, Maria Luiza Marins. Lições de Pedagogia Empresarial. Sorocaba-
SP, 2006.
34
WEBGRAFIA
Classificação Brasileira de Ocupações CBO (2002)
Revista Você RH, mai/Jun. edição 11: Editora Abril (2010)
35
ANEXOS
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O Papel do Pedagogo no ambiente Empresarial
(entrevista à Revista Vencer)
1 – Todas as pessoas que se formam em pedagogia estão aptas
a trabalhar com pedagogia empresarial?
Não. Nenhum curso isoladamente prepara totalmente um profissional para
ingressar na empresa. Esse é um dos motivos que proliferaram os programas
de trainees nas organizações. O foco do curso de pedagogia é a educação
infanto-juvenil.
Depois do curso de pedagogia, é interessante fazer uma especialização na
área organizacional e estudar bastante sobre andragogia (educação de
adultos).
O pedagogo empresarial deve considerar as *premissas básicas do processo
ensino/aprendizagem do adulto, que são:
1. “Os adultos devem ter desejo de aprender” - devem ter uma forte motivação
interna que os leve a adquirir conhecimentos e/ou habilidades.
2. “Os adultos aprenderão somente o que sentem necessidade de aprender” -
necessitam de conhecimentos com aplicabilidade imediata; querem
ensinamentos simples e diretos.
3. “Os adultos aprendem fazendo” - os adultos esquecem dentro de um ano
50% do que aprenderam de forma passiva, e em 2 anos esquecerão 80%. A
retenção de conhecimentos é mais elevada quando o homem participa
ativamente do processo de aprendizagem.
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4. “A aprendizagem se centraliza em problemas e os problemas devem ser
reais” - tirados de experiências, com soluções práticas e precisas das quais se
possam deduzir princípios.
5. “Os novos conhecimentos devem ser relacionados com suas experiências
anteriores e integrados às mesmas”.
6. “Os adultos aprendem melhor em ambiente informal”.
7. “Os adultos querem sentir-se responsáveis por sua própria aprendizagem” -
necessitam de oportunidades onde realizem a auto-avaliação do seu
progresso”.
James, Davis “ Learning in Adults em Education”, BBC - Publications, London,
1972
2 - Como é o trabalho desenvolvido por um pedagogo dentro de uma
empresa?
O pedagogo pode aplicar os conhecimentos de pedagogia (leia-se andragogia)
na empresa, direcionando-se para dois principais focos: Foco no funcionário da
empresa e foco no produto da empresa. No primeiro foco, a área mais propicia
é a de Gestão de pessoas, antiga RH, na atividade específica de educação do
trabalhador (Treinamento e Desenvolvimento) No segundo foco, o pedagogo
pode trabalhar em empresas que atuam com o produto educação, por exemplo,
em escolas, editoras, ONG’S, etc.
Na área de Gestão de Pessoas, o pedagogo dá continuidade ao processo
educacional da pessoa, enfocando agora as competências profissionais, as
quais viabilizam o atingimento dos resultados esperados pela empresa. Para
isso, o pedagogo usa de instrumentos pedagógicos para diagnosticar as
necessidades de educação desse profissional comparando-as ao perfil
esperado pela empresa/cargo. Planeja as ações educacionais que
desenvolverão os gap’s detectados, executa as ações que podem ser um
curso, workshop, estágios, rodízio de funções, visitas, viagens, reuniões de
38
feedback, coaching individualizado; o pedagogo ainda desenvolve mecanismos
de acompanhamento e avaliação dos resultados do processo de
aprendizagem. Seu papel é muito importante, pois ele atua no comportamento
das pessoas.
Depois de muitas controvérsias surgidas em torno do conceito do mecanismo
da aprendizagem, chega-se a admitir unanimemente com as mais diversas
formulações que "aprender equivale a modificar comportamentos". Para que se
possa falar em aprendizagem, isto é, para que possa dizer que a pessoa
aprendeu, deve-se observar no seu comportamento uma mudança real e
permanente.
O QUE UM ADULTO QUER QUANDO ESTÁ NUMA SITUAÇÃO DE
APRENDIZAGEM.
Além das motivações comuns, tais como a curiosidade e a necessidade de
saber; o sucesso pessoal; a prova de si mesmo, medir-se, a performance auto -
avaliadora; a necessidade de realização própria , e a competição com os
colegas, a necessidade de sair-se bem perante o outro, existem as motivações
específicas dos adultos que devem ser levadas em consideração pelo
pedagogo ao planejar as atividades de treinamento e desenvolvimento. São
elas:
•A utilidade. Embora o adjetivo “útil” seja dado a conhecimentos diferentes
conforme as pessoas, a percepção da utilidade é estimulante, seja para si,
para aqueles pelos quais somos responsáveis, para o trabalho a executar, para
a consecução dos objetivos pessoais, etc.
•A percepção clara da finalidade tem um efeito motivador sobre o engajamento
pessoal no trabalho “Saber para onde se vai” é uma necessidade adulta , que
justifica o caminho proposto e faz aceitar os obstáculos eventuais.
•A facilidade. A clareza da exposição, a ordem racional, a facilitação do
conhecimento a ser adquirido são fatores motivadores.
•O prestígio social é um valor e, como tal, motivador. A procura de status
39
social, de promoção, de consideração, estimula os esforços pessoais.
•Pertencer a um determinado grupo determina atividades e aquisições com a
finalidade de colocar-se ao nível. Os objetivos grupais são almejados como
objetivos pessoais sob a pressão grupal.
Para atender essas necessidades e motivações dos adultos, o facilitador
pedagogo, ao planejar uma atividade de treinamento e desenvolvimento, deve
perguntar : Quais conhecimentos, quais habilidades e quais atitudes , a pessoa
deverá apresentar ao final do treinamento ?
Na verdade, essas três questões referem-se ao CHA, que são as três áreas de
aprendizagem das pessoas:
C = Conhecimento (o que saber)
H = Habilidade (o que fazer)
A = Atitude (querer fazer)
Vamos lembrar que estamos na era do conhecimento, e um dos fatores que
mais valoriza a empresa é o seu capital intelectual. Portanto, a troca do
conhecimento, o processo ensino/aprendizagem empresarial mais do que
nunca é atual e necessário para que as empresas sobrevivam neste cenário
pressionado pela acirrada competitividade.
3 - Quais os melhores cursos de especialização nesta área?
Antes, em algumas faculdades, o curso de pedagogia oferecia uma
especialização em pedagogia empresarial. Atualmente, a especialização é
oferecida por cursos de pós graduação em Gestão de RH/Pessoas. São cursos
que dão uma visão mais sistêmica do mundo empresarial e que ajuda o
pedagogo a adequar seus conteúdos didático-pedagógicos ao ambiente
organizacional.
4 - Como surgiu este campo da pedagogia? É recente?
Na empresa, penso que o trabalho do pedagogo foi estimulado com a criação
da lei 6297, na década de 70, a qual permitia às empresas descontarem do
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imposto de renda, um percentual dos gastos feitos com treinamento de mão-
de-obra.
5 - Qual o maior desafio para um pedagogo empresarial?
Eu vou responder a esta questão, baseando-me na frase abaixo:
“Não basta que exista educação para que um povo tenha seu destino
garantido. É preciso determinar o teor educacional para que se saiba em que
direção está caminhando ou deixando de caminhar uma nação” (Arduini, 1975,
p. 117)
O pedagogo precisa estar sempre atento à ética profissional ao planejar o
processo educacional das pessoas na empresa, de forma a:
•Não bloquear os processos de crescimento e a evolução da pessoa,
•Criar um clima de aprendizagem que desperta nas pessoas a vontade de
adquirir novos conhecimentos, habilidades e atitudes e fornecer ao outro o seu
conhecimento tácito, ou seja, seus conhecimentos e experiências de vida.
6 - Que fatores mais influenciam o trabalho de um pedagogo empresarial
(tecnologia, mudanças de gestão, etc)?
Na verdade toda mudança seja ela tecnológica, cultural ou de modelos de
gestão afeta diretamente o trabalho do pedagogo, se implicar na reflexão e
criação de novos hábitos e competências por parte dos funcionários.
7 - Como está o mercado de trabalho: há bastante campo para quem
decide seguir esta área?
Para bons profissionais sempre há campo. Hoje é voz corrente dentro das
organizações a palavra Mudança e Gestão do Conhecimento. Nesse contexto
o papel do pedagogo é fundamental, pois normalmente todo processo de
mudança exige uma ação educacional no ambiente da empresa e gerir o
conhecimento é uma tarefa, antes de tudo, de mudança de valores
organizacionais.
41
8 - O que fazer para se manter sempre bem atualizado?
O que todo profissional da nova ordem mundial deve fazer. Estudar, ler, fazer
pesquisas e praticar as novas ferramentas de ensino/aprendizagem
organizacional, sempre permeado pelo espírito crítico do educador.
9. Quais são as competências necessárias para o pedagogo desempenhar
eficazmente seu papel no mundo empresarial?
Além das competências exigidas de um profissional do século 21, o pedagogo
deve possuir as competências essenciais do educador. Vou apropriar-me de
algumas competências citadas por Philippe Perrenoud, em seu Livro “10 Novas
Competências para Ensinar”- Editora Artmed, que considero as principais no
ambiente empresarial.
1 – Organizar e dirigir situações de aprendizagem
2 – Administrar a progressão das aprendizagens
3 – Envolver os educandos em sua aprendizagem e em seu trabalho
4 – Informar e envolver os gestores do educando no processo
5 – Trabalhar em equipe
6 – Utilizar as novas tecnologias no processo educacional
7 – Administrar os deveres e os dilemas éticos da profissão de educador
8 – Administrar sua própria formação contínua
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