CVDEE - Centro Virtual de Divulgao e Estudo do Espiritismo- www.cvdee.org.br
Sala Virtual de Estudos EvangelizeEstudos destinados Evangelizao Infanto-Juvenil e Mocidades.
importante aplicar a Psicologia Infantil na Escola Esprita de Evangelizao(EEE)? Ol amigos da sala Evangelize!! :)
Sabemos da importncia da Escola de Evangelizao Esprita para a renovao moral do indivduo acaminho do progresso.A tarefa do evangelizador no consiste apenas em transmitir conhecimentos espritas e da moralevanglica ensinada por Jesus, mas tambm temos que despertar no criana o interesse pelo bem.
Sendo assim, seguem algumas perguntas para nosso dilogo virtual:
1) importante ter conhecimentos de psicologia infantil para o trabalho junto as crianas?
2) Em que circunstncias isso pode ser importante no:
a) planejamento das aulas
b) no trabalho prtico junto s crianas
3) No sendo psiclogos (ou pedagogos), de que maneira podemos procurar recursos ou adquirirconhecimentos para atuar na evangelizao infantil?
4) Como entender a afirmao:
"O ensinamento esprita e a moral evanglica so os elementos com os quais trabalhamos em nossasaulas. Esses conhecimento so levados aos alunos atravs de situaes prticas da vida, pois ametodologia empregada pretende que o aluno reflita e tire concluses prprias dos tema estudados, poiss assim se efetiva a aprendizagem real."
Inicialmente so apenas essas perguntas, no decorrer do estudo poderemos trocar maiores
www.cvdee.org.br
informaes...
Abraos a todos os coraes!
Equipe Evangelize - CVDEE
Coordenadores - Lu e Ivair
Equipe - Lu, Rosane, Karina e Ivair
"O Cu no reclama a santificao de nosso esprito, de um dia para outro, nem exige de ns, de imediato,as atitudes espetaculares dos heris amadurecidos no sofrimento renovador. O trabalho da evangelizao gradativo, paciente e perseverante.
Bezerra de Menezes.
TEXTO DE APOIO:
EMERGNCIA PARA A CRIANA
Aos educadores c om "horas vazias", c aberia preench- las atravs de uma c ontribui o pedaggic a, em c ampos dedepsitos ou exguas salas c onvertidas em santurio esc olar, assegurando auto- c onfian a, amizade, seguran antima.
O c onflito existente desaparec er quando do dominador liberte o esc ravo da ignornc ia, a estroinic e produza pes ea soberba se fa a solidariedade.
Dando- se a mo a um petiz, sem dvida pode- se al - lo idade adulta a fim de faz- lo progredir e marchar firme.
Todo investimento _ e ningum se pode eximir do dever de ajudar _ aplic ado no rumo do menor em abandono dealta valoriza o, porquanto to seus juros demandam a eternidade.
Quando se atende a um rfo, assegura- se um lugar para um homem no futuro. Mas quando se permite que elerasteje nos lbregos stios em que se sobrevive, por c ulpa de todos, arma- se um bandido para a intranqilidadegeral.
Negativos os mtodos polic iais c oerc itivos, infelizes os ajuntamentos em reformatrios e as puni es exorbitantespela panc adaria desenfreada e o sadismo c ontumaz. T ais produzem esquisoides violentos, alienados emdegenera o apressada, animais em fria c ontida, aguardando ensejo...
O amor, porm, aliado aos rec ursos educ ativos por todos os meios hbeis, c uidar desses smens da humanidade efar que se esflore am, na T erra, os jardins de paz c om abenoados frutos de felic idade a que todos almejamos.
Benedita Fernandes
exguo - adj., de pequenas propores; esc asso; diminuto; minguado; insufic iente; limitado.estroinice - s. f., extravagnc ia; proceder prprio de estroina; leviandade.lobregar - v. tr., tornar lbrego, negro; escurecer.
mailto:[email protected]
FRANCO, Divaldo Pereira. Sementes de Vida Eterna. Ed. Leal, Salvador _ BA. 1978, p.91-92.
Texto de Apoio2:
Como a Criana Pensa
Marlene Fagundes Carvalho Gonalves
Ser que a c rian a pensa c omo a gente, nos seus primeiros anos de vida? Nosso pensamento predominantementeverbal, pensamos c omo se falssemos para ns mesmos, em voz baixa. Ser assim tambm que a c rian a pensa?Que instrumentos ela tem, desde o inc io de sua vida aqui c onosc o, para pensar?
Piaget foi um dos teric os que nos mostrou de forma extremamente metic ulosa e interessante estas c oisas queacontec em no desenvolvimento intelec tual durante a infnc ia, e a partir destes c onhec imentos podemos entendermais profundamente este proc esso.
O que se sabe hoje que a c rian a, ao nasc er, j tem c ertas c apac idades inatas, ligadas prpria sobrevivnc ia,tais c omo os atos reflexos de sugar e engolir. Sabemos que tem o movimento e que seus sentidos, ainda que deforma meio rudimentar, j esto presentes. Sabe- se ainda que o meio- soc ial e c ultural em que ela se insere quevai dar as primeiras c oordenadas para seu desenvolvimento. Estes so os instrumentos que rec ebe ao nasc er e que,a partir deles, ela vai c omear a (re)c onstruir- se c omo pessoa humana.
Considerando o Esprito c omo imortal, e sabendo de sua longa experinc ia anterior, ao nasc er aqui ele submete- se aestas novas c ondi es, passando por este proc esso de rec onstru o a c ada nova experinc ia, o que lhe extremamente positivo.
Antes de dominar bem a linguagem, o pensamento da c rian a apia- se em outros elementos para desenvolver- se,tais c omo as prprias sensa es ligadas aos sentidos. O pensamento mais global, no sentido de representarmentalmente c ada experinc ia, apreendendo a imagem, o c heiro, o gosto, as sensaes... Cada experinc ia vivida,c ada idia, c ada objeto novo c onhec ido vai ganhando uma imagem mental...
Um exemplo bem ilustrativo dessa situao, e vocs devem ter vrios tambm, o de uma c riana deaproximadamente trs anos, que queria ir ao _c lube do sapato_, e pedia insistentemente me que a levasse.Ningum c ompreendia o que esta menina queria, e que lugar era esse, at que se desc obriu que o tal c lube era, narealidade, o _tnis c lube_. Ora, o que acontec eu? Provavelmente a menina, ao ouvir pela primeira vez o nome doc lube, mentalizou- o na forma das imagens c onhec idas por ela, no c aso o tnis (c omo sapato) e um c lube. Nomomento de transformar novamente em linguagem aquela imagem por ela rec onstruda, houve uma pequenaaltera o, sufic iente para dific ultar o entendimento dos adultos sua volta.
O surgimento da linguagem representa um salto enorme no desenvolvimento infantil, pois amplia- se a c apac idade dec omunic a o, organiza o das idias e reflexo. A linguagem, c om todas estas vantagens c itadas, no seapresenta numa forma nic a. H a fala verbal ou oral, mas h tambm a linguagem gestual, esc rita, etc . ela quemarc a o inc io da possibilidade de representar, de usar mediadores entre ela prpria e o mundo, c omo nos ensinouVygotsky. Ao aprender e dominar a linguagem (princ ipalmente a verbal, para as pessoas sem defic inc ia auditiva oude fala) a c rian a vai internalizando- a, formando assim este pensamento verbal que ns temos hoje (o pensamentodas pessoas surdas-mudas c onstitui- se de forma semelhante, a partir de outras formas de linguagem que elasdispem).
Em que medida saber c omo a c rian a pensa pode ser importante para ns? T al c onhec imento pode nos darc onsc inc ia de quanto podemos c ontribuir na rec onstru o desta c rian a enquanto sujeito, pois seu pensamentovai sendo c onstitudo a partir de seus prprios movimentos, de seus sentidos, de suas experinc ias c om o outro...
O pensamento verbal, reflexivo, e que possibilita ordenar e organizar o prprio pensamento infantil no surge donada, mas c onstrudo passo a passo pela prpria c rian a, a partir das intera es que ela mantm em seu meio.Assim tambm ocorre c om os valores, ainda que de forma rudimentar. Somente mais tarde a influnc ia dos adultossobre ela deixa de ser to forte. At ento, pode- se inc lusive alterar, quase c ompletamente, suas c arac terstic asntimas (_reformar o seu c arter_, c omo nos diz Kardec , em O Livro dos Espritos, perg.385), advindas da bagagemtrazida de experinc ias em vidas passadas. Pois novas experinc ias representam novas c onstru es, e este perodoinic ial, em funo de ter c omo tarefa princ ipal a c onstruo do pensamento e de si mesmo, c omo sujeito - postoque nem o pensamento verbal est pronto - extremamente propc io a isto.
Saibamos aproveitar c ada momento desta fase de nossas c rian as, c ada parte deste proc esso to bonito e agorac ompreensvel em parte para ns, gra as aos estudos feitos nesta rea do desenvolvimento infantil. Ao c ontrrio doque muitos supunham, quanto mais a c inc ia c aminha, mais perto c hegamos da c ompreenso destes proc essoscomo parte de uma filosofia maior da evoluo humana e do Esprito imortal.
Ribeiro Preto-SP
REFERNCIAS BKBLIOGRFICAS:
Kardec ; Allan. O livro dos Espritos, SP, LAKE, 1976, p.193
Piaget, J.; Seis Estudos de Psic ologia, Rio de Janeiro, Forense, 1967.
Vygotsky; Formao Soc ial da Mente, SP, Martins Fontes, 1984.
Jornal _Verdade e Luz_ de maio/97.
(Jornal Mundo Esprita de Maio de 1997)