O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
2009
Produção Didático-Pedagógica
Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE
VOLU
ME I
I
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃOPROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
FACULDADE ESTADUAL DE FILOSOFIA, CIÊNCIAS E LETRAS DE PARANAGUÁ
CONSELHO ESCOLAR: Participação do processo democrático de gestão
Atila CostaProfessora PDE – Turma 2009/2010
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃOPROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
FACULDADE ESTADUAL DE FILOSOFIA, CIÊNCIAS E LETRAS DE PARANAGUÁ
CONSELHO ESCOLAR: Participação do processo democrático de gestão
Atila CostaProfessora PDE – Turma 2009/2010
Paranaguá
Secretaria de Estado da Educação
Yvelise Freitas de Souza – Secretária
Superintendente da Educação
Alaíde Maria Pinto Digiovanni
Coordenação Estadual do PDE
Simone Rebello Bergmann
Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior
Lygia Lumina Pupatto – Secretária
Coordenação do PDE na FAFIPAR
Sydnei Roberto Kempa
Professor Orientador – FAFIPAR
Sydnei Roberto Kempa
Elaboração
Atila Costa – Professora PDE
Área de atuação
Pedagogia
Sumário
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................05
INTRODUÇÃO ......................................................................................................................................06
UNIDADES I - Educação- função social...................................................................…......................08
1.1 - Concentrando as ideias........................................................................................08
1.2 – Contextualizando.................................................................................................08
1.3 - Organizando as ideias..........................................................................................11
1.4 - Continuando o Assunto........................................................................................11
UNIDADES II - Gestão Democrática...................................................................................................12
2.1 - Concentrando as ideias.......................................................................................12
2.2 – Contextualizando................................................................................................12
2.3 - Organizando as ideias.........................................................................................16
2.4 - Continuando o Assunto.......................................................................................16
UNIDADES III - Conselho Escolar …..................................................................................................17
3.1 Concentrando as ideias.........................................................................................17
3.2 – Contextualizando................................................................................................17
3.3 - Organizando as ideias.........................................................................................21
3.4 - Continuando o Assunto......................................................................................21
UNIDADES IV – Participação..............................................................................................................22
4.1 Concentrando as ideias........................................................................................22
4.2 – Contextualizando...............................................................................................22
4.3 - Organizando as ideias........................................................................................26
4.4 - Continuando o Assunto......................................................................................26
UNIDADES V – Autonomia..................................................................................................................27
5.1 Concentrando as ideias........................................................................................27
5.2 – Contextualizando...............................................................................................27
5.3 - Organizando as ideias........................................................................................30
5.4 - Continuando o Assunto......................................................................................30
UNIDADES VI - Projeto Político Pedagógico.....................................................................................31
6.1 Concentrando as ideias........................................................................................31
6.2 – Contextualizando...............................................................................................31
6.3 - Organizando as ideias........................................................................................34
6.4 - Continuando o Assunto......................................................................................34
UNIDADES VII - Conselho Escolar – desafios...................................................................................35
7.1 - Concentrando as ideias......................................................................................35
7.2 – Contextualizando...............................................................................................35
7.3 - Organizando as ideias........................................................................................39
7.4 - Continuando o Assunto......................................................................................39
REFERÊNCIAS.................................................................................................................................... 40
Apresentação
O Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) é um programa
destinado aos professores efetivos do quadro próprio da educação visando a
formação continuada, dos mesmos, para que eles sejam introduzidos no meio
acadêmico fazendo a interação da educação básica e ensino superior.
O professor participante elabora seu projeto de trabalho, utilizando-se da
metodologia da Pesquisa-ação, em que o pesquisador interage com seu objeto de
estudo, orientado por um professor Mestre ou Doutor da universidade de vínculo do
professor PDE.
O Caderno Pedagógico apresentado será o material utilizado no segundo
semestre de 2010 na implementação do projeto CONSELHO ESCOLAR, visando à
participação do processo democrático de gestão no interior do estabelecimento de
atuação do professor proponente, bem como disponibilizando-o a todos os
estabelecimentos pertencentes à Secretaria de Educação do Paraná através do
Portal da Educação.
O objetivo do caderno é a reflexão junto com o Conselho Escolar sobre os
processos democráticos de educação e seus posicionamentos para que, em
conjunto, possam participar e construir uma EDUCAÇÃO DE QUALIDADE.
Todo este estudo foi orientado pelo prof. Ms. Doutorando Sydnei Roberto
Kempa da Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de Paranaguá –
FAFIPAR.Enfim este material propõe a reflexão sobre a atuação do Conselho
Escolar diante da educação, de suas funções, desafios e problemas e identificação
destes perante sua comunidade.
5
Introdução
Ao propor-se a temática de estudo sobre o Conselho Escolar esteve
presente o interesse em entender a forma de participação e articulação deste órgão
na gestão democrática da escola pública.
Na trajetória percorrida, pode-se observar a presença deste mesmo
Conselho, no entanto percebeu-se que suas atuações são tímidas, obscuras, sem
aparição, sem objetivos definidos aos que o acompanham externamente e algumas
vezes até aos agentes internos.
O diálogo com autores que pesquisam a gestão democrática, suas
legislações e mecanismos de concretização, esclareceu alguns pontos de
discussão.
Para isso, dividiu-se este diálogo, primeiramente, em 4 frentes de estudo
encontrados nas 7 unidades, seguindo, cada uma, a sequência lógica conforme
exposto a seguir:
1. Concentrando as ideias: a atividade proposta será um vídeo de reflexão
preliminar e de introdução ao tema de cada unidade;
2. Contextualizando: as proposições teóricas serão discutidas a luz de teóricos
conceituados;
3. Organizando as ideias: este será o momento do debate sobre o assunto e
do registro das conclusões;
4. Continuando o assunto: serão sugeridos leitura e vídeos para posterior
aprofundamento.
De início, na Unidade I, a conversa será sobre a Educação: função social, a que e a quem ela se destina, conceituando e refletindo suas funções.
Na unidade II o assunto tratado será a Gestão Democrática, cujo
exposto traz a discussão dos processos de democratização da sociedade, inclusive
a escolar.
Já na unidade III, o Conselho Escolar, faz-se um resgate histórico e
conceitual do órgão.
Participação e Autonomia são os assuntos abordados nas unidades IV
e V, cujos conceitos são indispensáveis para que haja uma gestão de caráter
democrático.
Somando-se a estas discussões, encontra-se na unidade VI o Projeto
6
Político Pedagógico, fator que orienta o processo pedagógico do estabelecimento
e revela quais são as responsabilidades da comunidade escolar.
Finalizando, na unidade VII - Conselho Escolar – desafios, após as
reflexões, os desafios são evidenciados e assumidos como ponto de partida de um
trabalho consciente e responsável.
O caderno será trabalhado através de encontros, pré-definidos com os
Conselheiros Escolares do estabelecimento, podendo ser utilizado posteriormente
com futuros conselheiros visando uma reflexão sobre o papel na comunidade
escolar.
Certo que o conhecimento seja a base fundamental para o bom
desempenho de qualquer função, criou-se este material, que o mesmo possa
contribuir com a aquisição de conteúdos necessários e básicos para o bom
funcionamento do Conselho Escolar, e também à formação inicial e continuada de
seus participantes.
7
Unidades I
1.1 CONCENTRANDO AS IDEIAS
Assista ao vídeo:
“EDUCAR COM SIGNIFICATIVO”
1.2 CONTEXTUALIZANDO
O processo de educação surgiu compartilhando o
mesmo espaço e tempo da humanidade, e inicialmente esteve
sob responsabilidade da comunidade cuja transmissão de
cultura ficava sob a responsabilidade das pessoas mais velhas,
ricas de vivência e conhecimento. Entretanto o
desenvolvimento da sociedade impulsionou-nos à necessidade
da institucionalização desta transmissão, à formalização da
educação, às escolas.
8
CULTURA: todo conhecimento e produção do e pelo homem no decorrer da história, seus valores, folclore, arte, tecnologia, seu conjunto de crenças, costumes, utensílios, por fim toda sua obra intelectual.
EDU
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O vídeo “Educar com significativo” levanta o questionamento sobre o
papel da escola, que deve ser local de desenvolvimento social e político, de
satisfação e entendimento pessoal de nossos educandos e, por que não dizer, de
nossos educadores,
QUEM SOU EU E QUEM ESTAMOS FORMANDO?
Quando se fala de educação de qualidade
social, pretende-se uma educação voltada na
construção da cidadania para todos, que estimula a
reflexão crítica das relações sociais, na superação das
diferenças, visando “formar um tipo de homem
socialmente definido para desempenhar um papel na
luta pela transformação histórica” (PRAIS, 1996, p.27).
LEGISLAÇAO:
A Lei de Diretrizes e Bases, aprovada em
1996 (LDB 9394/96), regulamenta a preocupação
quanto à qualidade da educação, sendo contemplada
nos artigos:Art. 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: IX - garantia de padrão de qualidade;
Art. 4º O dever do Estado com educação escolar pública será efetivado mediante a garantia de: [...] IX - padrões mínimos de qualidade de ensino definido como a variedade e quantidade mínimas, por aluno, de insumos indispensáveis ao desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem.
9
Segundo Aurélio, educação é a “ação de desenvolver as faculdades psíquicas, intelectuais e morais: a educação da juventude; Conhecimento e prática dos hábitos sociais; boas maneiras”, Outhwaite e Bottomore (1996, p. 233) “educação é o subconjunto de práticas que têm como resultado pretendido tipos particulares de formação”, bem como, contínua, “é usada como sinônimo de escolaridade, medida institucional específica para a transmissão de conhecimentos e habilidades, e do desenvolvimento de competências e crenças.” Na visão marxista, a Educação pública gratuita, assegura amplamente o conjunto da cultura e conhecimento socialmente produzido na superação das desigualdades.
LDB – Lei responsável na organização de todos os níveis e modalidades educacionais. Atualmente em vigor é a de n. 9394/96 sendo a anterior a de n. 4024/61
Refletir sobre esta instituição, a educação formal, a que e a quem está servindo,
e se a mesma cumpre o seu papel social, cabe a toda comunidade escolar.
Partindo da reflexão sobre essa legislação, Gadotti e Romão (2000)
concebem a educação de qualidade como aquela que visa à superação da miséria,
preparando o indivíduo para a autonomia pessoal, inserindo-o na comunidade e para
a emancipação social. Nas palavras de Libâneo (2001) a
[...] educação de qualidade é aquela que promove o domínio de conhecimentos e o desenvolvimento de capacidades cognitivas, operativas e sociais necessárias ao atendimento de necessidades individuais e sociais dos alunos, à inserção no mundo do trabalho, à constituição da cidadania, tendo em vista a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. (p.53)
Assim também revela Navarro (2004) o
situar a educação de qualidade como educação
emancipatória, que contribui com a formação integral
de cidadania ligado à transformação social. Prais
(1996) reafirma isso e destaca que “a escola é a
mediação significativa de compreender o
conhecimento como ponte para efetivação de um
processo de transformação social.” (p.42) Também
Paro (1998) comenta que
[...] a educação escolar concorre para a emancipação do indivíduo enquanto cidadão partícipe de uma sociedade democrática (...) dá-lhe meios (...) para viver bem e melhor no usufruto de bens culturais (...), então a gestão deve fazer-se de modo a estar em plena coerência com esses objetivos. ( p.6)
Neste sentido, a escola deve promover o debate
sobre a educação como reprodução e/ou transformação social
buscando o entendimento da ideologia embutida nos
conteúdos, métodos, currículos, enfim nas relações
desenvolvidas em seu interior.
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EMANCIPAR: o termo usado toma por base os estudos de Theodor Adorno, grande expoente da Escola de Frankfurt, que se dedicou aos estudos voltados à educação. Nesta orientação, a educação emancipatória é aquela que proporciona reflexão do cotidiano, que oferece instrumentos suficientes para esta reflexão e à ação transformadora do grupo social, que sustente a participação com entendimento e se posicione no processo histórico, comunicando seus pensamentos e agindo de forma independente.
Gadoti, Romão, Libâneo, Prais, Navarro, Paro pesquisadores brasileiros sobre educação.
1.3 ORGANIZANDO AS IDEIAS
• Qual a visão de educação que a comunidade escolar acredita?
• Considerando que a escola pública desenvolva uma educação de
emancipação social, aquela que oferece condições ao indivíduo para agir de
forma consciente e reflexiva, de agente transformador, aquela que atrele o
conhecimento científico ao seu conhecimento empírico, que análise o
Conselho faz sobre o processo educacional da instituição em que atua?
• De que forma acontece o debate nas escolhas de conteúdos, métodos e
currículos?
1.4 CONTINUANDO O ASSUNTO
Vídeo:OS SABERES DE MORIN. (Vídeo) In: http://www.youtube.com/watchv=C0RyOmLZ4aE&feature=related (acesso em 18/02/2010)
Livro: MORIN, Edgar. Os setes saberes necessários à educação do futuro. 2. ed. São Paulo: Cortez; Brasília, DF: UNESCO, 2000.
11
VAMOS À PRÁXISAÇÃO – REFLEXÃO – AÇÃO
Discuta com seus colegas, seguindo o roteiro abaixo, e reflita sobre o processo educativo de sua escola.
SUGESTÕES DE LEITURAS COMPLEMENTARES
Unidades II
2.1 CONCENTRANDO AS IDEIAS
Assista ao vídeo que faz parte do programa Fazendo Escola:
TVescola/ DVDescolaFazendo Escola – Ensino Médio 23
História e caminhos da gestão democrática parte 1
História e caminhos da gestão democrática parte 2
2.2 CONTEXTUALIZANDO
A gestão democrática da escola pública vem sendo discutida há alguns
anos no meio escolar, e, muitas vezes, é entendida como uma postura puramente
do diretor/gestor do estabelecimento, relacionando-o às eleições para a direção e às
tomadas decisões coletivamente. Cobranças são realizadas, porém pouco se
avança nesta questão, por quê?
12
GES
TÃO
DEM
OC
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TIC
A
Democracia, como forma de governo
construída historicamente através de conquistas
populares, conceitua-se conforme as posições
teórica/política e difere quanto ao seu
direcionamento.
Na visão de Rousseau, a democracia
contempla a participação direta do povo nas
decisões políticas, na elaboração e cumprimento das
leis (MENDES, 2009, p. 56-57).
Mendes (2009, p.52) referencia que “para Gramsci, as forças populares
poderiam desenvolver-se no interior da democracia burguesa através da mobilização
e da organização política” focada na transformação social.
Segundo Benevides, a cidadania democrática implica na
consideração de um sujeito histórico que tem o direito de
participação nos processos decisórios da sociedade, a
começar pelos espaços na escola, no trabalho, na associação,
na vizinhança, no seu partido, sindicato, igreja etc.
(BENEVIDES, 2002, p. 81 apud MENDES, 2009, p. 65-66).
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JEAN-JACQUES ROUSSEAU, que nasceu em 1712 em Genebra, na Suíça. Aos dezesseis anos mudou-se para Paris onde iniciou seu trabalho inclusive o de professor escreveu diversos livros, entre eles O Contrato e Emílio, destinado à discussão sobre o ideal político-educacional, e pedagógico.
Democracia: “governo do povo”, originado do grego “demos, que significa ‘o povo’, e kratein, que significa ‘governar’, formaliza o conceito de “um sistema político no qual o povo inteiro toma, e têm o direito de tomar, as decisões básicas determinantes a respeito de questões importantes de políticas públicas.” (OUTHWAITE e BOTTOMORE,1996, p. 179)
GRAMSCI – 1891 – 1937, nascido na Itália, politicamente ativo pelo partido comunista, foi preso e no tribunal o promotor fascista pronunciou: “Temos que impedir que este cérebro funcione pelo espaço de vinte anos”; e neste espaço de tempo, aquele escreveu intensamente contribuindo para o pensamento educacional.
O Capítulo IV explica que a participação é condição necessária, o fundamento, o motor de uma gestão democrática.
Enquanto direito de participação, a instituição dos conselhos nas escolas
tornou-se essencial para a gestão democrática como ponto mobilizador das funções
sociais.
A escola, instituição social, acompanha o movimento democrático da
sociedade brasileira; por um lado, consumindo de forma passiva, acrítica e
associativa, e por outro,
[...] A escola cumpre um papel importante nisso tudo, na medida em que tende a difundir a concepção de mundo de uma classe, dominante não apenas na esfera econômica. Em geral, a formação escolar tradicionalmente não se tem voltado para o questionamento da realidade, mas para sua aceitação como realidade dada e acabada [...]. (MENDES 2009, p.40)
Em nossa sociedade, a construção democrática teve ênfase na década
de 80, quando da discussão e elaboração de uma a nova Constituição brasileira,
que em 1988 foi aprovada e declarada como princípio de uma nação democrática.
Esta mesma constituição apresentava posturas a serem assumidas o âmbito do
processo de aprendizagem.
Na Constituição Federal de 1988, é contemplada a instituição da gestão
democrática do bem público, vejamos:Art. 206 O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios (...)VI – gestão democrática do ensino público, na forma da lei; (...)
Essa mesma visão é repetida na Lei de Diretrizes e Bases (LDB) de 1996:Art. 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: (...)VIII – gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino;Art. 14 os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridade e conforme os seguintes princípios:I – participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola;II – participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes.
14
Mobilização, nos termos democráticos, envolve a organização da comunidade para o gerenciamento, reflexão e ação no/e do bem público.
Certamente, a partir de 1996, com a aprovação da Lei de Diretrizes e
Bases (LDB) 9394/96, a gestão da escola se re-estrutura de forma democrática,
lançando o grande desafio à gestão democrática escolar pública, com a “construção
de uma cidadania emancipadora, o que requer autonomia, participaçao, criação
coletiva dos níveis de decisão e posicionamento crítico que combatam a idéia
burocrática de hierarquia” (NAVARRO, 2004a, p.22). Diante desse, entender-se que
este modelo de gestão é estar disponível ao atendimento dos diferentes, acolher os
discriminados, conviver com vozes nunca então ouvidas, garantir um convívio mais
justo de direitos, isto é, exige-se uma mudança de atitude.
O destaque, neste modelo de gestão, está no encontro da autonomia
através da participação, em complemento à participação coletiva. A mesma lei
estabelece a criação de conselhos para sua efetivação expressando a
interdependência entre a participação coletiva em encontro com a autonomia cidadã.
Podem-se destacar, na gestão democrática, as Instâncias Colegiadas
relevantes no processo político/pedagógico da educação, bem como:
• APMF: Associação de Pais, Mestres e Funcionários;
• Grêmio Estudantil: organização dos alunos;
• Conselho de Classe: reunião de professores para reflexão do desempenho e
acompanhamento pedagógico;
• Conselho Escolar: representantes de todas as instâncias, eu visam a
efetivação da gestão democrática através da reflexão e ação.
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2.3 ORGANIZANDO AS IDEIAS
Diante do exposto como o órgão percebe:
a-) os processos democráticos encontrados no interior da sua escola;
b-) os processos democráticos nas políticas educacionais paranaense;
c-) os processos democráticos do próprio órgão.
2.4 - CONTINUANDO O ASSUNTO
Os vídeos sugeridos complementam a discussão realizada,
contextualizando em seus momentos históricos,
TVescola/ DVDescola - Fazendo Escola – Ensino Médio 23
História e caminhos da gestão democrática – parte 3 http://www.youtube.com/watch?v=oWdrTQz2j5U&feature=related
História e caminhos da gestão democrática – parte 4http://www.youtube.com/watch?v=0oVrYNnn5qo&feature=related
História e caminhos da gestão democrática – parte 5http://www.youtube.com/watch?v=Fgh0SJ1xAN0&feature=related
História e caminhos da gestão democrática – parte 6http://www.youtube.com/watch?v=335EewUq1ig&feature=related
TVescola/ DVDescola - Fazendo Escola – Ensino Médio 24
Princípios e bases da gestão democrática – parte 1http://www.youtube.com/watch?v=f0J4eVJ2uTA&feature=related
Princípios e bases da gestão democrática – parte 2http://www.youtube.com/watch?v=SRFjOcENdnc&feature=related
Princípios e bases da gestão democrática – parte 4http://www.youtube.com/watch?v=n9WZkGEuZUI&feature=related
16
VAMOS À PRÁXISAÇÃO – REFLEXÃO – AÇÃO
Discuta com seus colegas, seguindo o roteiro abaixo, e reflita sobre o processo educativo de sua escola.
SUGESTÕES DE LEITURAS COMPLEMENTARES
Unidades III
3.1 CONCENTRANDO AS IDEIAS
TVescola/ DVDescolaFazendo Escola – Ensino Médio 23
O papel do colegiado na gestão democrática Parte 1
http://www.youtube.com/watch?v=7HiqMb9Nt_0
O papel do colegiado na gestão democrática Parte 3
http://www.youtube.com/watch?v=-1JFuQ0JiFk&feature=related
O papel do colegiado na gestão democrática Parte 5
http://www.youtube.com/watch?v=eQEx4kph-ZE
3.2 CONTEXTUALIZANDO
No Brasil, desde o império, os conselhos estiveram presentes, traduzidos
em seu histórico dos processos democráticos.
A educação apoderou-se desse instrumento incorporando à gestão tais
colegiados e criando, deste modo, a institucionalização dos mesmos. Navarro (2007,
p. 18) revela que:
No processo de gestão democrática da coisa pública, consignada pela Constituição de 1988, os conselhos assumem uma nova institucionalidade, com dimensão de órgão de Estado, expressão da sociedade organizada.
17
CO
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LHO
ESC
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Se do latim, Consiliun, o termo Conselho foi apropriado como reunião de
um grupo de pessoas que ouve, discute, delibera, após consenso, sobre
determinado assunto, do mesmo modo, o Conselho Escolar tornou-se um órgão
constituído por sujeitos pertencentes à comunidade escolar, de forma representativa,
onde a tomada de decisões é precedida de consulta, discussões e diálogo (CURY,
2008).
Ainda sobre o Conselho, Gutierrez (2001) e
Abranches (2003) comentam que nele deve existir a
descentralização das decisões. Para eles o bem público deve
ser gerido pelo grupo comunitário, de forma a fortalecer os
processos democráticos existentes, acrescentando o diálogo
como requisito fundamental na participação colegiada.
O termo Conselho, está enraizado na sociedade, fez e faz parte de
momentos históricos e, há referências da origem deste desde os povos hebreus,
passando por gregos, romanos até hoje. Os primeiros Conselhos passaram a existir
nas formas primitivas com a incumbência de auxiliar os Governos nas tomadas de
decisões.
E visando essa institucionalidade, o governo brasileiro criou a LDB. Na LDB
9394/96 com a implantação da gestão democrática estabeleceu-se seus
mecanismos, entre eles o Conselho Escolar, art. 14. Nos termos dessa lei, o
Conselho é formado por representantes da comunidade escolar, escolhido pelos
seus pares através de votação.
CONSELHO ESCOLAR
Representante do Grêmio Estudantil
Representante do APMF
Representante do Pais
Representante dos Alunos
Representante do Conselho de classe, os Professores
Representante da Equipe Pedagógica
Representante do Funcionário Administrativo
Representante do Funcionário de Apoio
Direção
18
Cury, Navarro, Gutierrez, Paro, Abranches – alguns dos pesquisadores do tema Gestão Democrática.
A composição é de forma paritária, o mesmo número de
participantes de cada segmento (atores internos – professor,
pedagogo, funcionário administrativo e funcionário de apoio;
atores externos – aluno, Grêmio Estudantil, pais, APMF ou
comunidade civil; e finalizando com a direção do
estabelecimento). Embora toda comunidade escolar tenha o
direito de participação nas reuniões com direito a voz, somente os eleitos têm o
direito a voz e voto (CISESKI e ROMÃO, 2000).
Gutierrez (2001) enfatiza que a participação de pessoas com diferentes
formações, habilidades e interesses, além de formar uma pluralidade de visões, de
pontos diferenciados, contribui com a construção da identidade escolar em sua
totalidade.
Para Abranches (2003, p. 54), no “processo
democrático da escola, os conselhos apóiam as decisões,
os projetos, as questões gerais da administração,
financeira e pedagógica” em consonância com a
autoridade responsável, a direção.
O Conselho Escolar é um espaço democrático
de organização do trabalho coletivo responsável pela
construção da cidadania, cabendo a ele o
aprofundamento da qualidade do estabelecimento,
garantindo o acesso e a permanência na instituição
(CURY, 2008). Além disso, Cury identifica os conselhos como sendo
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Qualidade em educação deve ser pensada na forma de atendimento e oferta ao educando, contribuindo na formação cultural,, econômica e política, oferecendo suporte para que o mesmo perceba as contradições da sociedade e que possa nela lutar pela sua cidadania.
Qualidade - Transformação social
Educação emancipatória
APMF, Grêmio Estudantil são igualmente ao Conselho Escolar órgãos colegiados da gestão democrática da escola pública.
Vejamos o que consta no Estatuto do órgão:
Art. 8º - O Conselho Escolar, órgão colegiado de direção, deverá ser constituído pelos princípios da representatividade democrática, da legitimidade e da coletividade, sem os quais perde sua finalidade e função político-pedagógica na gestão escolar.
Art. 17 - O Conselho Escolar, de acordo com o princípio da representatividade que abrange toda a comunidade escolar, terá assegurada na sua constituição a paridade (número igual de representantes por segmento) e a seguinte proporcionalidade:I – 50% (cinqüenta por cento) para as categorias profissionais da escola: professores, equipe pedagógica e funcionários;II - 50% (cinqüenta por cento) para a categoria comunidade atendida pela escola: alunos, pais de alunos e movimentos sociais organizados da comunidade.
[...] órgãos colegiados com atribuições variadas em aspectos normativos, consultivos e deliberativos (...) os conselhos escolares pretendem discutir e avaliar a evolução de um estabelecimento como um todo e expressar a participação da comunidade [...] (p. 44)
Nas instituições de ensino, num processo democrático de educação e
gestão, o movimento participativo é um mecanismo fundamental. Paro (2007, p. 73),
afirma que em uma escola democrática há necessidade da utilização desses
mecanismos na gestão escolar: conselho de escola, associação de pais e mestres,
grêmio estudantil. Discute ainda a relação pela busca de qualidade do ensino
através do desenvolvimento pedagógico constante da elaboração e
acompanhamento do Projeto Político Pedagógico (PPP). Já que o Estado na
democratização do saber, estabelece, por lei, estes organismos. E assim, diante
dessa mesma legislação, a comunidade adquire compromissos participativos na
gestão da escola.
Os Conselhos, como órgãos representativos de gestão, em sua atuação,
devem centrar-se no aluno, “inspirados nas finalidades e objetivos da educação
pública, definidos no seu Projeto Político-Pedagógico, para assegurar o
cumprimento da função da escola que é a de ensinar”(ESTATUTO DO CONSELHO
ESCOLAR, Art. 11) .
Vejamos os fundamentos da ação do Conselho Escolar constante em seu estatuto:
Art. 12 - A ação do Conselho Escolar deverá estar fundamentada nos seguintes pressupostos:a) educação é um direito inalienável de todo cidadão;b) a escola deve garantir o acesso e permanência a todos que pretendem ingressar no ensino público;c) a universalização e a gratuidade da educação básica é um dever do Estado;d) a construção contínua e permanente da qualidade da educação pública está diretamente vinculada a um projeto de sociedade;e) qualidade de ensino e competência político-pedagógica são elementos indissociáveis num projeto democrático de escola pública;f) o trabalho pedagógico escolar, numa perspectiva emancipadora, é organizado numa dimensão coletiva;g) a democratização da gestão escolar é responsabilidade de todos os sujeitos que constituem a comunidade escolar;h) a gestão democrática privilegia a legitimidade, a transparência, a cooperação, a responsabilidade, o respeito, o diálogo e a interação em todos os aspectos pedagógicos, administrativos e financeiros da organização de trabalho escolar.
20
3.3 ORGANIZANDO AS IDEIAS
Elabore um quadro das ações do conselho escolar, regulamentado em
seu estatuto, e das ações concretizadas por este conselho.
Segue sugestão de quadro.
Ações constantes no estatuto Ações realizadas
3.4 CONTINUANDO O ASSUNTO
BRASIL. Programa de fortalecimento dos Conselhos Escolares. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação básica, 2006. Cadernos 1,2 e 3.
Assista ao programa na integraTVescola/ DVDescolaFazendo Escola – Ensino Médio 23
O papel do colegiado na gestão democrática - Parte 2http://www.youtube.com/watch?v=710lw9JTMwI
O papel do colegiado na gestão democrática - Parte 4http://www.youtube.com/watch?v=G2Lz-z2Xjd0
O papel do colegiado na gestão democrática - Parte 6http://www.youtube.com/watch?v=tMEavHrbLfw
21
VAMOS À PRÁXISAÇÃO – REFLEXÃO – AÇÃO
Discuta com seus colegas, seguindo o roteiro abaixo, e reflita sobre o processo educativo de sua escola.
SUGESTÕES DE LEITURAS COMPLEMENTARES
Unidades IV
4.1 CONCENTRANDO AS IDEIAS
TVescola/ DVDescolaFazendo Escola – Ensino Médio 23
O papel do colegiado na gestão democrática Parte 2
http://www.youtube.com/watch?v=710lw9JTMwI
4.2 CONTEXTUALIZANDO
Nas unidades II e III, quando a discussão foi relativa à Gestão
Democrática e ao órgão do conselho Escolar, ficou evidente que a participação é
elemento fundamental para as estruturas democráticas. Diante dessa importância
este será o momento de refletir sobre este elemento, a participação.
A participação deve ser entendida em seu sentido mais amplo, aquela
que contribui na “construção de um sujeito senhor da sua história, [...] um sujeito que
vive a noção de possibilidade constante, rompendo com a tendência de
inexorabilidade presente nas discussões sobre reprodução social” (PEREIRA, 2009,
22
PAR
TIC
IPA
ÇÃ
O
p. 40) e que supera a individualidade, mobilizando o conjunto na concretização de
objetivos coletivos sociais. Cabe o ressaltar que participar vai além das presenças
em reuniões, discussões e puras decisões automáticas, também “é entendido como
intervenção constante nas definições e nas decisões das políticas públicas,
tornando-se uma prática social efetiva que sedimenta uma nova cultura de
cidadania”. (ANTUNES, 2002, p. 98)
A participação comunitária, segundo Antunes (2002, p.98), requer a
intervenção no planejamento, nas decisões e no controle das ações, exigindo um
cidadão ativo que opine, analise e proponha soluções, tornando-se sujeito de
destino. Este processo é uma construção coletiva, histórica, que oportuniza ao
participante controlar o trabalho, de assumir responsabilidade e a autoria do mesmo.
Além disso, pode-se dizer que, através da participação da sociedade em assuntos
que envolvam interesses comuns, através de organismos constituídos, há o
exercício democrático da cidadania, permitindo a comunidade, além do controle,
produzir e usufruir dos bens produzido.
Abranches (2003, p.9) afirma que
[...] a participação é como um exercício democrático, por meio do qual aprendemos a eleger o poder, fiscalizar, desburocratizar e dividir responsabilidades, e que os vários canais dessa participação convergem para elaborar condições favoráveis de surgimento dos cidadãos e suas formas de organização.
Alguns autores categorizam as formas de participação, entre eles Lück
(2008) .
23
Participação, palavra de origem latina (participare), etimologicamente significa “Fazer saber, comunicar, anunciar.; Tomar parte em.; Associar-se pelo sentimento, pelo pensamento; solidarizar-se com.
Formas de participação segundo Lück
Como presença Caracteriza-se pela pura presença em reuniões, que não impõe
envolvimento com o grupo, independe de sua vontade e é
formal.
Como
expressão oral
Quando o diálogo é o ponto principal, em que ouvir e ser ouvido
contribuem à construção do coletivo e permite a compreensão
abrangente da realidade. E como muitas vezes as decisões já
estão tomadas, este espaço passa a ser o momento do
referendo.
Como
representação
Representa ser a voz de um grupo a quem representa, de
acompanhar e ser acompanhado, de apoiar e ser apoiado nas
decisões. É o trabalhar junto com seus pares.
Como tomada
de decisão
É a forma de assumir as responsabilidades pelas decisões
assumidas pela coletividade, no enfrentamento dos desafios, no
compartilhamento do poder.
Como
engajamento
A forma mais plena de participação, implica estar presente,
oferecer idéias e opiniões, expressar pensamentos, analisar, de
forma interativa, as situações, tomar decisões de forma
comprometida, adequada e efetiva. É o contemplar todas as
formas de participação, a união de tudo o que foi dito,
assumindo plenamente o papel de participante de uma
sociedade.
Para se efetivar uma participação plena se faz necessário o conhecimento
e a sistematização dos documentos que direcionam os trabalhos no interior do
estabelecimento. Logo, o Projeto Político Pedagógico (PPP) é o documento mais
importante de um estabelecimento de ensino, pois ele é o que estabelece o
direcionamento assumido pela comunidade. Além dele, os documentos que regem
os processos de organização como o Regimento Escolar e o próprio Estatuto do
Conselho Escolar devem ser conhecidos pelos participantes do órgão, bem como
por toda comunidade.
24
A abordagem participativa de gestão democrática, dialogada até o
momento, em muitas vezes torna-se um monopólio por parte da equipe gestora e
dos professores, acreditando serem esses agentes constituídos de poder para tal, o
reforço do patrimonialismo ( relação de propriedade do bem público). No discurso
da competência pedagógica, professores e equipe gestora às vezes impõem-se e
impedem a participação ativa dos demais membros.E isso, porque a legislação, que
regulamenta a proporcionalidade entre os componentes do Conselho Escolar, não
se torna suficiente para garantir uma participação autônoma, o que ocasiona aos
segmentos não docentes a participação pela presença.
Bobbio alerta que
[...] o termo participação se acomoda também a diferentes interpretações, já que se pode participar, ou tomar parte nalguma coisa, de modo bem diferente, desde a condição de simples espectador mais ou menos marginal a de protagonista de destaque. (GOHN, 2007, p. 26)
Gutierrez (2001, p. 62), em sua argumentação, mostra que “participar
consiste em ajudar a construir comunicativamente o consenso quanto a um plano de
ação coletivo”. Paro (2003), sem descaracterizar a execução de atividades, revela
que está nas tomadas de decisões o rumo da escola, demonstrando desta forma a
consolidação dos processos democráticos.
25
4.3 ORGANIZANDO AS IDEIAS
Neste momento é importante refletirmos sobre a participação no interior
de nossa instituição. Como orientação, levante quais os limites e possibilidades do
órgão do Conselho Escolar quanto a sua participação efetiva.
4.4 CONTINUANDO O ASSUNTO
BRASIL. Programa de fortalecimento dos Conselhos Escolares. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação básica, 2006. Cadernos 4 e 5.
26
VAMOS À PRÁXISAÇÃO – REFLEXÃO – AÇÃO
Discuta com seus colegas, seguindo o roteiro abaixo, e reflita sobre o processo educativo de sua escola.
SUGESTÕES DE LEITURAS COMPLEMENTARES
Unidades V
5.1 CONCENTRANDO AS IDEIAS
Assista ao vídeo e depois discuta o assunto fazendo associação com a escola.
O problema não é meuhttp://www.youtube.com/watch?v=7CAeV6HAx1Q
5.2 CONTEXTUALIZANDO
Do mesmo modo que a participação, a autonomia
também é um mecanismo da gestão democrática escolar,
mas em muitas vezes é confundida com isolamento e
“liberdade” quando na execução das ações ali presentes.
A autonomia é um estado que, através da
participação política e social, é aprendida, desenvolvida e
não decretada através da força da lei.
Sobre isso, Lima cita Barbosa para demonstrar
que
27
Etimologicamente autonomia significa “Faculdade de se governar por suas próprias leis, dirigir-se por sua própria vontade./Autonomia financeira, situação de um serviço cuja gestão financeira é independente daquela da coletividade pública que o criou e controla (Aurélio).
AU
TON
OM
IA
A autonomia democrática não é uma mera concessão, nem é aquisição exclusiva de professores para seu uso exclusivo; autonomia da escola, no quadro da democratização dos poderes educativos, não resulta da intervenção unilateral e singular [...]
[...] é um campo de forças, onde se confrontam e equilibram diferentes detentores de influências (externa e interna) que quais se destacam: o governo, a administração, professores, alunos, pais e outros membros da sociedade local. (BARROSO in LIMA, 2002, p.101)
Nesta construção é importante ressaltar o desenvolvimento de certas
habilidades fundamentais, como tomada de decisão, responsabilidades, iniciativas,
participação, entre outras, interligado umas às outras, no objetivo de “contribuir com
a capacitação da sociedade civil para gerir políticas públicas, avaliar e fiscalizar os
serviços prestados à população para tornar público [...]”. (ANTUNES, 2002, p. 100)
Deste modo, a escola atende a sua comunidade, evidenciando os alunos.
Na gestão da educação, numa postura democrática, as decisões coletivas
é uma estrutura em aprendizado, porém de grande importância no desempenho da
dinâmica escolar. Por isso a tomada de decisão, realizada em colegiados, deve ser
fundamentada, refletida, e de compromisso assumido. Freire (2009, p.107)
contempla que a “autonomia vai se constituindo na experiência de várias, inúmeras
decisões, que vão sendo tomadas”.
Portanto a autonomia está diretamente ligada ao desenvolvimento de
prática de tomada de decisão consciente, responsável, coletiva e dinâmica
(realização da tomada de decisão). Deste modo, assume-se todas as consequências
dos atos tomados. Neste sentido, Freire (2009, p. 106) afirma que “faz parte do
aprendizado da decisão a assunção das consequências do ato de decidir”, e na
prática da resolução em grupo o poder é compartilhado entre o grupo participante.
Gadotti (2000, p. 47) refere-se a autonomia como a criação de novas relações
sociais, que se opõem às relações autoritárias existentes.
Freire (2009) em Pedagogia da Autonomia aborda a necessidade da
liberdade, para o desenvolvimento da autonomia. Neste caso, liberdade é
conceituada como ser livre para direcionar as decisões, sem perder de vista a
dimensão social, que é regulamentada por regras. Ser livre é ter poder de escolhas,
porém com limites.
Para comprovar o que foi dito recorremos a Freire que nos revela que
“quanto mais criticamente a liberdade assuma o limite necessário tanto mais
28
autoridade tem ela” (p. 105)
A autonomia, vista como forma de expressão decisória, participativa,
comprometida, responsável pelos seus atos com liberdade de escolhas, deve
remeter a uma mudança em sua forma de fazer.
Gutiérrez (1993) afirmaque a participação quando existe de fato, é necessariamente educativa. Em outras palavras, a participação educa, quanto propicia níveis cada vez mais elevados de consciência e organicidade. Na medida em que produz essa participação consciente e orgânica do grupo comunitário, dar-se-ão ações concretas de transformação social e, dessa maneira, consegue-se influir, direta e indiretamente na transformação da realidade, (in: MENDES, 2009, p. 101)
Neste contexto, conforme Gadotti (2000), a autonomia requer um grau de
participação consciente e responsável nas tomadas de decisões nas instituições
públicas, possibilitando a superação do individualismo em favor do coletivo, sendo
capaz de participar das tomadas de decisão de posse de poder e liberdade para
exercê-lo.
Portanto, a construção de uma escola autônoma é concretiza pelo
conhecimento da comunidade escolar, dos processos pedagógicos, administrativos,
financeiros e políticos da instituição. E para construção esta, a formação continuada
dos processos democráticos deve ser uma constante, bem como a organização
participativa da mesma comunidade, concretizando-se, assim, através de uma
práxis reflexiva.
29
5.3 - ORGANIZANDO AS IDEIAS
Como foi apresentado, a participação e a autonomia são elementos
fundamentais em uma gestão democrática e que exige conhecimento e
aprendizagem. Diante disso elabore um plano para que o órgão alcance tais metas.
5.4 - CONTINUANDO O ASSUNTO
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
BRASIL. Programa de fortalecimento dos Conselhos Escolares. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação básica, 2006. Cadernos 6.
30
VAMOS À PRÁXISAÇÃO – REFLEXÃO – AÇÃO
Discuta com seus colegas, seguindo o roteiro abaixo, e reflita sobre o processo educativo de sua escola.
SUGESTÕES DE LEITURAS COMPLEMENTARES
Unidades VI
6.1 CONCENTRANDO AS IDEIAS
TVescola/ DVDescolaFazendo Escola – Ensino Médio 23
O papel do colegiado na gestão democrática Parte 6
http://www.youtube.com/watch?v=tMEavHrbLfw
6.2 CONTEXTUALIZANDO
Recorrendo às idéias iniciais das unidades I e II, pode-se conceber a
educação com o um processo histórico, social, inserido numa sociedade, a nossa,
de produção capitalista, dividida em classes, com suas culturas, saberes e
ideologias diferenciadas. Nesta ação há o favorecimento de uma classe e em
detrimento da negação de outra. E neste contexto está a escola, “fazendo parte do
movimento histórico-social” (VALLE, 1997, apud SOUZA et al, 2005, p. 05) com seus
interesses políticos e ideológicos expressos de forma conscientes ou inconscientes
em seus projetos educacionais. É assim que iniciamos nossa reflexão ao Projeto
Político Pedagógico da escola.
31
PRO
JETO
PO
LÍTI
CO
PED
AG
ÓG
ICO
O Projeto Político Pedagógico é um conjunto de ações pretendidas a
serem executadas durante um período; é o se lançar à frente com concepções
próprias e intencionais no seu ato educativo. Por ser um plano, o projeto deve refletir
sobre as ações constantemente, visando corrigir os problemas e aprimorar o
trabalho. Ele é um processo de participação e responsabilidade coletiva e em
permanente construção, para ser executado e não arquivado ou como cumprimento
da burocracia dos órgãos superiores.
Nesta direção, a formação do cidadão ativo, consciente de sua ação
política no contexto histórico, concretiza-se a partir da participação democrática, que
proporciona efeitos na melhoria da educação em sua totalidade.
Assim sendo, o Projeto Político Pedagógico (PPP) torna-se o documento
mais importante dentro da escola com gestão democrática, pois ele propõe e
fundamenta um conjunto de políticas, estratégias e metodologias de direcionamento
Político: concepção de público, resultado
de luta e sujeito histórico.
Pedagógico: concepção de educação, de
mundo, sistematização do
saber.
Projeto: direcionamento,
busca da identidade, sentido da gestão.
PPP
32
em busca pela qualidade da educação. “O projeto busca um rumo, uma direção. É
uma ação intencional, com um sentido explícito, com um compromisso definido
coletivamente” (VEIGA, 2008, p.13).
O projeto deve estar direcionado na organização do trabalho pedagógico
da escola, contemplando desde a sala de aula até o administrativo, todas as ações
que interferem no processo pedagógico de qualidade educativa.
A construção deste projeto, visando uma educação emancipatória, agrega
a teoria e a prática para que torne a ação educativa organizada, articulada e
consciente. Nesta concretização, faz-se necessário que o grupo se embase
teoricamente, escolhendo suas convicções e grupo teórico.
Um dos princípios que o projeto deve almejar é a educação de qualidade,
esta vista como social, que une a “forma e o conteúdo”, a técnica e o conhecimento,
a métodos e à política. O projeto deve ser a base da formação de um cidadão que
tem o conhecimento teórico e o político de como agir e participar no conselho de
forma consciente. Vale ressaltar que uma educação de qualidade deve estar
preocupada com a permanência e aprovação e com o desempenho favorável de
seus componentes.
Veiga (2008) ostra que através do PPP, a organização escolar pode
superar a fragmentação do trabalho e transformá-la em um espaço de luta. Para
isso, faz-se necessário a reflexão da realidade existente para se definir suas
finalidades, identificando a estrutura organizacional, a concepção teórica do currículo
adotado, revendo o tempo escolar em sua distribuição para o cumprimento
educativo, a descentralização das decisões e participação de colegiados para tais,
estabelecendo uma nova ordem de trabalho, e finalizando com a constante
avaliação do processo em andamento, afim da realimentação e reorganização do
mesmo colegiado e da própria escola.
Neste sentido, a gestão democrática e seus órgãos de gestão devem
buscar o aperfeiçoamento dos instrumentos de participação em todas as instâncias,
estruturar elementos de articulação para que todos os atores tomem este
compromisso para si, a fim de construir coletivamente a identidade de
escola/comunidade ativa, autônoma e responsável.
33
6.3 - ORGANIZANDO AS IDEIAS
Para esta atividade, orienta-se segundo Costa e Madeira (1997) apud
Souza (2005, p.8). E em complemento a discussão provocada, a proposta é a
realização de uma análise do Projeto Político Pedagógico do estabelecimento, de
acordo com este roteiro:
a) O projeto diz respeito à concepção de escola que socialmente é vivenciada?
b) A instituição define e assume a identidade expressa no projeto?
c) O projeto serve de referência à ação de todos os agentes que intervêm no ato
educativo?
d) O desenvolvimento do projeto implica na existência de um conjunto de condições
para seu desenvolvimento? Ou ele é só um formulário administrativo?
e) O projeto é formulado com objetivos educacionais claros que assegurem a
participação de toda a comunidade?
f) Qual o acompanhamento político pedagógico realizado pelo Conselho Escolar no
desenvolvimento do projeto educacional do estabelecimento?
6.4 - CONTINUANDO O ASSUNTO
Unidades VIIVEIGA, Ilma P. A.. Projeto Político-Pedagógico da Escola: uma construção possível. Campinas: Papirus, 2008.
BRASIL. Programa de fortalecimento dos Conselhos Escolares. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação básica, 2006. Cadernos 7, 8 e 9.
TVESCOLA/DVD escola - Fazendo Escola – Ensino Médio 23 - O Projeto político pedagógico: passo a passo
34
VAMOS À PRÁXISAÇÃO – REFLEXÃO – AÇÃO
Discuta com seus colegas, seguindo o roteiro abaixo, e reflita sobre o processo educativo de sua escola.
SUGESTÕES DE LEITURAS COMPLEMENTARES
Unidades VII
7.1 - CONCENTRANDO AS IDEIAS
Democracia-Conselho Escolar-Estratégia-Paciência-Diálogohttp://www.youtube.com/watch?v=OXtbqw1jX14
7.2 - CONTEXTUALIZANDO
No decorrer deste material, foram apresentados os referenciais
teóricos/ideológicos relativos às atuações do Conselho Escolar pôde-se refletir e se
posicionar quanto aos objetivos pretendidos com a atuação do órgão. Agora, de
forma mais prática, serão relatadas as funções constante em seu estatuto e os
problemas enfrentado pela atuação do mesmo
Efetivamente, como órgão colegiado de caráter político em defesa de
uma coletividade, o Conselho Escolar desempenha algumas funções em seu
exercício, que Bordignon (2004, p. 42) e Navarro (2004a, p. 39) identificam como:
35
CO
NSE
LHO
ESC
OLA
R -
DES
AFI
OS
-DELIBERATIVAS: direcionadas a decidir, deliberar, aprovar, elaborar questões
relativas às atividades de aspectos pedagógicos, administrativos ou financeiros.
Neste sentido, toda ação da escola perpassa pelo Conselho: o PPP, os regimentos,
os investimentos financeiros em colaboração à gestão.
- CONSULTIVAS: destinadas a opinar, emitir pareceres, discutir, participar;
assessora a gestão nas tomadas de decisões;
- FISCAIS: têm como função de fiscalizar, acompanhar, supervisionar, aprovar
prestação de contas; é a avaliação tanto pedagógica como administrativa ou
financeira.
- MOBILIZADORAS: assumem o caráter de promover a participação, de apoiar,
avaliar, estimular, efetivando a democracia participativa para a melhoria da
qualidade social da educação.
- PEDAGÓGICAS: garantem o conflito das diferenças, estabelecendo mecanismos
para transformações através da prática social, e tem como base de sustentação o
Projeto Político Pedagógico do estabelecimento, que deve ser amplamente
discutido, definindo prioridades e estabelecendo objetivos, valores, reflexões que
visem à construção do saber.
O foco do trabalho do Conselho deve estar no aluno, nos processos de
ensino e aprendizagem, na qualidade de formação nos aspectos culturais,
antropológicos, econômicos e políticos, no desempenho de seu papel cidadão.
Desta forma, concretiza-se uma educação de qualidade e se promove a
transformação social, a emancipação do indivíduo.
A atuação consistente desses Conselhos implica a consideração e o apoio a outras lutas, tais como as desenvolvidas por condições materiais satisfatórias de infraestrutura das escolas, valorização efetiva dos profissionais da educação [...], entre outros, que devem ser igualmente fortalecidas e encaminhadas pelos organismos sociais competentes [...] (Navarro, 2004, p. 29)
Entretanto, autores como Paro (2001), Gutierrez e Catani (2001)
descrevem a fragilidade dos conselhos apresentando problemas para efetivar a
atuação dos mesmos:
36
PROBLEMAS APRESENTADOSCentralização das
decisões
Algumas vezes as decisões são centralizadas nas mãos
de um grupo específico impedindo a participação de
outros.Decisões tomadas
como medidas isoladas
Os assuntos são apresentados em reuniões
previamente decididos pelo grupo gestor, isoladamente,
para serem aprovados e validados conforme legislação
mascarando o processo democrático.Relações conflituosas O conflito que pode ser utilizado de forma saudável e
construtiva é reforçado por uma desunião e encarado
como foco individual.Resistências por parte
da comunidade
A comunidade resiste à participação por se sentir
inferizada aos professores e por não saber opinar. Fraca participação A comunidade escolar pouco participa e deixa as
decisões somente para a equipe gestora.Não valorização das
diferenças culturais
O desrespeito para com as diferenças culturais dos pais,
funcionários de apoio, alunos, pode gerar conflitos,
resistências e não participação.Falta de publicidade As decisões tomadas em reuniões devem ser
transparentes e altamente publicitadas para que toda a
comunidade participe delas.
Conforme apresentado nos capítulos anteriores, o órgão do Conselho
Escolar é requisito essencial à concretização de uma gestão democrática, com
necessidade de participação efetiva da comunidade nas decisões dos assuntos da
escola, afinal todos devem ter responsabilidades, organizando os anseios da
sociedade no encaminhamento da prática social. Logo, este é um espaço
permanente de debates, lutas e de conquista.
O sentido da escola está na intervenção educativa de formação dos
estudantes. Assim sendo, cabe aqui o foco central do trabalho do Conselho Escolar:
garantir e zelar por esta ação, refletindo sobre os obstáculos e possibilidades,
“acompanhando e avaliando o trabalho pedagógico desenvolvido pela comunidade
escolar, realizando as intervenções necessárias, tendo como pressuposto o Projeto
Político-Pedagógico da escola” (Estatuto do Conselho Escolar, art.13, Dos
Objetivos).
37
Ao conceber a gestão democrática, de caráter emancipatória faz-se
necessária o Conselho Escolar apoderar-se das conquistas políticas pedagógicas na
concretização deste projeto, conforme revela Paro ( 2001):
O Conselho de escola deve servir bem à sua finalidade de representação dos diversos setores da escola para conceber, planejar e controlar a organização do trabalho escolar em consonância com seus objetivos e em cooperação com a direção da escola (...) (p.88)
38
7.3 - ORGANIZANDO AS IDEIAS
Assim se definem os desafios do órgão do Conselho Escolar: através de
sua atuação, deve efetivar uma educação emancipatória e de qualidade.
A proposta a seguir é que se elabore um PLANO DE AÇÃO do órgão
nessa direção.
Segue um modelo de sugestão.
Identificação do
problema
Justificativa Objetivo Encaminhamento Equipe Responsável
Avaliação
7.4 - CONTINUANDO O ASSUNTO
BRASIL. Documento final da Conae. In:http://conae.mec.gov.br/images/stories/pdf/pdf/documento_final.pdf
BRASIL. Programa de fortalecimento dos Conselhos Escolares. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação básica, 2006. Cadernos 10, 11 e 12.
39
VAMOS À PRÁXISAÇÃO – REFLEXÃO – AÇÃO
Discuta com seus colegas, seguindo o roteiro abaixo, e reflita sobre o processo educativo de sua escola.
SUGESTÕES DE LEITURAS COMPLEMENTARES
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EDUCAR SIGNIFICATIVO. (Vídeo) In: http://www.youtube.com/watch?v=tRbBgV5hXcE (acesso em 18/02/2010)
41
DEMOCRACIA-CONSELHO ESCOLAR-ESTRATÉGIA-PACIÊNCIA-DIÁLOGO. (Vídeo) In: http://www.youtube.com/watch?v=OXtbqw1jX14 (acesso em 25/06/2010)
O PROBLEMA NÃO É MEU. (Vídeo) in http://www.youtube.com/watch?v=ORr3uyzz_Z8&feature=PlayList&p=E5F2CE39850BFB45&playnext_from=PL&index=0&playnext=1 - (acesso em 24/06/2010)
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