DECRETO DO ESTADO DA PARAÍBA Nº 36.924/2016 versus
DECRETO Nº 8.962/1981: CONFIGURAÇÃO DE CONFLITO
APARENTE DE NORMAS
ILANY CAROLINE DA SILVA LEANDRO
JOÃO PESSOA - PB 2018
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DA PARAÍBA
DIRETORIA DE ENSINO, INSTRUÇÃO E PESQUISA
ACADEMIA DE BOMBEIROS MILITAR ARISTARCHO PESSOA
CURSO DE HABILITAÇÃO DE OFICIAIS
DECRETO DO ESTADO DA PARAÍBA Nº 36.924/2016 versus DECRETO Nº
8.962/1981: CONFIGURAÇÃO DE CONFLITO APARENTE DE NORMAS
ARTIGO CIENTÍFICO APRESENTADO À BANCA
EXAMINADORA, COMO REQUISITO FINAL
PARA A APROVAÇÃO NA DISCIPLINA DE
TRABALHO DE CONCLUSÃO DO CURSO DE
HABILITAÇÃO DE OFICIAIS DA ACADEMIA DE
BOMBEIRO MILITAR ARISTARCHO PESSOA,
DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DA
PARAÍBA.
Data da aprovação: _____/_____/2018.
BANCA EXAMINADORA
__________________________________________________ Danilo Brasileiro Ramos Galvão - MAJ QOBM
(Orientador - Professor Especialista)
__________________________________________________________ Susana Thaís Pedroza Rodrigues da Cunha - 1º TEN QOBM
(Avaliadora Interna - Professora Mestre)
__________________________________________________ Agostinho Dantas de Araújo - 2º TEN QOAPM
(Avaliador Externo - Professor Especialista)
__________________________________________________ Ilany Caroline da Silva Leandro - ALUNA CHO BM
(Acadêmica)
DECRETO DO ESTADO DA PARAÍBA Nº 36.924/2016 versus DECRETO Nº
8.962/1981: CONFIGURAÇÃO DE CONFLITO APARENTE DE NORMAS
Danilo Brasileiro Ramos Galvão1
Susana Thaís Pedroza Rodrigues da Cunha2
Ilany Caroline da Silva Leandro3
RESUMO
A partir da edição do Decreto do Estado da Paraíba nº 36.924, promulgado em 21 de setembro de 2016, há a impossibilidade do cumprimento de punição disciplinar com cerceamento da liberdade do bombeiro e policial militar deste Estado. Logo, as disposições sobre a restrição de liberdade nos casos de transgressões disciplinares militares trazidas pelo Decreto Estadual nº 8.962, de 11 de março de 1981, que materializa o Regulamento Disciplinar da Polícia Militar da Paraíba não podem mais ser aplicadas com restrição da liberdade, contudo, constituindo os assentamentos individuais do militar. Tendo em vista o escalonamento das normas jurídicas, o presente trabalho objetiva debater a ocorrência de conflito aparente de normas, apontando para antinomia existente entre os Decretos Estaduais nºs 36.924/2016 e 8.962/1981, prevalecendo o critério cronológico, a fim de apontar para a aplicabilidade da norma mais recente, a saber, o Decreto nº 36.924/2016. Para o desenvolvimento deste artigo é pretendido o método de abordagem comparativo. Quanto aos procedimentos a utilização da pesquisa bibliográfica será sugerida. No que tange à abordagem, a pretensão será a pesquisa qualitativa. Já com relação aos objetivos, será intentada a pesquisa descritiva-explicativa. Por fim, no que tange à finalidade, busca-se a utilização da pesquisa científica básica.
Palavras-chave: Decretos. Paraíba. Conflito de normas.
1 Professor Orientador. Major do Corpo de Bombeiros Militar da Paraíba. Pós-Graduações em Direito
Público pela Universidade Estácio (2018 - em andamento); Gerenciamento em Segurança Pública pela Universidade Estadual de Goiás (2015) e em Ciências Penais pela Universidade Anhanguera - Uniderp (2013). Bacharelado em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Federal da Paraíba - UFPB (2011) e em Segurança Pública pela Polícia Militar da Paraíba (2010). E-mail: [email protected]. 2 Professor Orientador. 1° Tenente do Corpo de Bombeiros Militar da Paraíba. Pós-Graduada em
Língua Portuguesa (2010) pela Universidade Federal da Paraíba. Instrutora da disciplina de Metodologia Científica do curso de Formação de Oficiais Bombeiro Militar da Paraíba E-mail: [email protected]. 3 Aluna do Curso de Habilitação de Oficiais do Corpo de Bombeiros Militar da Paraíba. Mestrado em
Ciências Jurídicas pela Universidade Federal da Paraíba na Área de concentração em Direito Econômico - PPGCJ/UFPB (2016). Bacharelado em Direito pela Faculdade Maurício de Nassau - João Pessoa, Paraíba (2013). E-mail: [email protected].
1. INTRODUÇÃO
Editado no Estado da Paraíba, o Decreto Estadual nº 36.924 de 21 de
setembro de 2016 trata da vedação do cumprimento de punição disciplinar com
cerceamento da liberdade no âmbito da Polícia Militar da Paraíba, sendo também
aplicado ao Corpo de Bombeiros Militar deste Estado.
Assim, as modalidades de punições previstas no Decreto Estadual nº 8.962
de 11 de março de 1981, que dispõe sobre o Regulamento Disciplinar da Polícia
Militar da Paraíba - RDPM, não podem mais ser aplicadas com restrição da
liberdade dos Policiais e Bombeiros Militares do Estado da Paraíba, sendo
registradas apenas em assentamentos individuais dos militares transgressores, no
atual sistema intranet.
O presente trabalho possui como objetivo geral investigar sobre os aspectos
legais do Decreto do Estado da Paraíba nº 36.924/2016 frente ao Decreto Estadual
nº 8.962/1981, apontando para afirmação do critério cronológico de aplicação das
regras.
Para tanto, esta pesquisa pretende, especificamente, trabalhar com os
seguintes objetivos específicos, a saber, destacar o entendimento contido no
Decreto Estadual nº 36.924/2016, no que tange à impossibilidade de cumprimento
de transgressão disciplinar com cerceamento da liberdade, como também,
entendimentos doutrinários e jurisprudências à respeito do tema; Compreender o
posicionamento dos Decretos Estaduais nºs 36.924/2016 e 8.962/1981 no
escalonamento das normas no âmbito do ordenamento jurídico brasileiro e por fim,
analisar se, com a edição do Decreto do Estado da Paraíba nº 36.924/2016, houve
conflito aparente de normas entre tal previsão em detrimento do Decreto Estadual nº
8.962/1981.
Os Bombeiros e Policiais Militares do Estado da Paraíba foram contemplados
com o Decreto Estadual nº 36.924 de 21 de setembro de 2016, emanado pelo poder
Executivo Estadual, que veda o cumprimento de punição disciplinar com
cerceamento da liberdade no âmbito das referidas Corporações.
Cumpre ressaltar que as punições disciplinares são aplicadas à égide do
Decreto Estadual nº 8.962/1981, que materializa o Regulamento Disciplinar da
Polícia Militar da Paraíba, também editado pelo Chefe do Executivo Estadual. Vale
salientar que o referido Decreto foi publicado antes da promulgação da atual
Constituição Federal brasileira de 1988.
Diante disso, dispõe-se como principal debate deste trabalho o seguinte
problema: há configuração de conflito aparente de normas entre a efetividade do
Decreto do Estado da Paraíba nº 36.924/2016, que prevê matéria contida no Decreto
do Estado da Paraíba nº 8.962/1981 no que tange à aplicação de punições
disciplinares com cerceamento de liberdade?
A temática proposta encontra relevância fundada nos aspectos jurídicos que
norteiam o Decreto do Estado da Paraíba nº 36.924/2016, ante ao Decreto Estadual
nº 8.962/1981, no que tange à vedação do cumprimento de sanções disciplinares
com cerceamento de liberdade dos Bombeiros e Policiais Militares punidos, a fim de
se vislumbrar a legalidade do primeiro.
Para o desenvolvimento do presente trabalho é pretendido o emprego do
método de abordagem comparativo, uma vez que a proposta consiste em analisar
os aspectos legais do Decreto do Estado da Paraíba nº 36.924 de 21 de setembro
de 2016, frente ao Decreto Estadual nº 8.962, de 11 de março de 1981.
Quanto aos procedimentos, a proposta consiste na utilização da pesquisa
bibliográfica, a partir de fontes disponíveis, como positivado jurídico pátrio,
jurisprudências e doutrinas. A abordagem consiste na utilização da pesquisa
qualitativa, partindo-se do pressuposto que o método de investigação científica
utilizado na presente pesquisa visa estudar as particularidades dos Decretos
Estaduais nºs 36.924/2016 e 8.962/1981 no contexto normativo brasileiro, a fim de
se compreender os aspectos jurídicos que os circundam.
Com relação aos objetivos, a pretensão será a pesquisa descritiva-explicativa,
uma vez que os Decretos Estaduais nºs 36.924/2016 e 8.962/1981 serão
conectados, a fim de assimilar os aspectos jurídicos formais, e ainda, pesquisa
exploratória, almejando investigar os referidos Decretos. No que tange à finalidade,
a pesquisa científica básica será utilizada, com vistas a gerar conhecimento
científico quando na compreensão dos aspectos legais que norteiam o Decreto do
Estado da Paraíba nº 36.924/2016.
2. DECRETO ESTADUAL Nº 36.924/2016 versus DECRETO ESTADUAL Nº 8.962/1981: CONFLITO APARENTE DE NORMAS? 2.1. Hierarquia das Normas brasileiras
O sistema jurídico brasileiro consiste em escalonamento hierárquico das
normas, previsto pelo art. 59 da Constituição Federal de 1988, que traz como
espécies legislativas as emendas constitucionais, as leis complementares e
ordinárias, as leis delegadas, as medidas provisórias, os decretos legislativos e as
resoluções.
Para Lenza (2010, p. 67) é um “verdadeiro escalonamento de normas, uma
constituindo o fundamento de validade de outra, numa verticalidade hierárquica” na
qual a Constituição Federal ocupa o ápice do sistema jurídico, possuindo
supremacia em relação às demais normas, estando, segundo Padilha (2018, p. 49)
“hierarquicamente acima de todas as normas do ordenamento jurídico interno”.
Entende Novelino (2009) que o sistema de normas será hierárquico, quando
se tem a Constituição como ápice no ordenamento jurídico. Logo, segundo Padilha
(2018, p. 84) a Constituição Federal ocupa:
[...], posição hierárquica privilegiada em relação às demais normas do ordenamento jurídico, regulando o modo de produção das demais normas, servindo de fundamento de validade de todas as leis que forem editadas pelo país e, por consequência, limitando seus conteúdos.
Assim, todas as normas devem se adequar ao parâmetro constitucional,
definido por Bulos (2009, p. 1.040) como “berço originário de todas elas”, sob pena
de configurarem inconstitucionais e não poderem pertencer ao ordenamento jurídico
vigente.
Por conseguinte, não existe norma superior à Constituição, que ocupa o
último degrau de hierarquia normativa no país, que por meio desta, todas as normas
do ordenamento jurídico submetem-se ao fundamento de validade nesta
indispensável norma, uma vez que, como bem explica Padilha (2018, p. 111) quem
“autoriza a existência de todas as normas é a Constituição”.
Cumpre ressaltar a supremacia da Constituição Federal em relação à
hierarquia das normas no ordenamento jurídico brasileiro, que ora ocupa o ápice do
sistema jurídico, na qual estão contidas a própria estrutura e as normas
fundamentais do Estado. Destaca Canotilho (1993, p. 138) que as normas
superiores constituem “fundamento de validade das normas inferiores, [...]. Daí a
existência de uma hierarquia das fontes do direito, isto é, uma relação hierárquica,
verticalmente ordenada, à semelhança de uma pirâmide jurídica”.
O Supremo Tribunal Federal também tem seguido esta linha de pensamento,
quando no julgamento do ADI nº 2.215 - MC/PE pelo Ministro Celso de Mello, a
saber:
Sabemos que a supremacia da ordem constitucional traduz princípio essencial que deriva, em nosso sistema de direito positivo, do caráter eminentemente rígido de que se revestem as normas inscritas no estatuto fundamental. Nesse contexto, em que a autoridade normativa da Constituição assume decisivo poder de ordenação e de conformação da atividade estatal – que nela passa a ter o fundamento de sua própria existência, validade e eficácia -, nenhum ato de Governo (Legislativo, Executivo e Judiciário) poderá contrariar-lhe os princípios ou transgredir-lhe os preceitos, sob pena de o comportamento dos órgãos do Estado incidir em absoluta desvalia jurídica.
No entanto, alerta Silva (2007, p. 46) que “[...], todas as normas que integram
a ordenação jurídica nacional só serão válidas se se conformarem com as normas
da Constituição Federal”. Percebe-se então que, sendo a Carta Magna o ápice de
todo o ordenamento jurídico investido de supremacia Constitucional, pode-se inferir
que todas as normas lhe devem obediência.
Porquanto, a Constituição Federal brasileira encontra-se no ápice do sistema
jurídico brasileiro, estando nela contida a própria estrutura e as normas
fundamentais do Estado, possuindo segundo Hesse (2001), supremacia como
ordem jurídica fundamental da comunidade.
Diante disso, há a necessidade das demais normas jurídicas estarem em total
conformidade com a lex mater, sob pena de configurarem inconstitucionais e não
poderem pertencer ao ordenamento jurídico vigente, conforme a pirâmide da
verticalidade hierárquica das normas no ordenamento jurídico brasileiro.
Logo, uma norma que possui hierarquia inferior, é submetida para cumprir
com sua validade às disposições da norma subsequente, e assim por diante, tendo
como base primordial a Constituição Federal, que consiste em fundamento de
validade de todo o ordenamento jurídico. Já as normas que estão no mesmo nível
hierárquico, que possuem a mesma especificidade, serão tratadas, se conflitantes,
segundo os critérios hierárquico, cronológico e de especialidade, conforme será
debatido adiante.
2.2. Posicionamento dos Decretos Estaduais nºs 36.924/2016 e 8.962/1981 no
escalonamento das normas no âmbito do ordenamento jurídico brasileiro
Como visto, a hierarquia entre as normas jurídicas deve ser respeitada, de
forma que uma deve estar em consonância com os ditames da norma que encontra-
se no patamar superior. Contudo, os comandos normativos de mesmo nível
hierárquico, quando conflitantes, recebem outro tratamento. Corroborando para esta
afirmação, assevera Coelho et al (2009, p. 53), que “o direito, enquanto
ordenamento ou sistema, não tolera antinomias ou contradições”.
Sendo assim, no sistema hierárquico das normas a antinomia jurídica
pressupõe contradição aparente entre regras, requerendo a análise de critérios para
solucionar o conflito, determinando a dimensão de validade. Para Bobbio (1996) a
antinomia é caracterizada quando duas normas pertencem ao mesmo ordenamento
e que contenham o mesmo âmbito de validade (temporal, espacial, pessoal e
material). Para solucionar esta espécie de antinomia, entende Novelino (2009, p.
134) a necessidade de utilização dos critérios “hierárquico, cronológico e da
especialidade”.
Com relação às regras, entende Moraes (2008) que estas são unifuncionais,
uma vez que prescrevem condutas intersubjetivas, descrevendo situação de fato.
Contudo, havendo confronto, explica Padilha (2018, p. 180) que “o conflito entre
regras é analisado sob o enfoque da validade das normas jurídicas e resolvido pelos
famosos critérios hierárquico, cronológico e especialidade”.
Nesse mesmo sentido, ensinam Mendes e Branco (2018, p. 111) que
“havendo um conflito entre regras, a solução haverá de se pautar pelos critérios
clássicos de solução de antinomias (hierárquico, da especialidade e cronológico)”.
Dessa forma, havendo regras de mesma hierarquia e especificidade conflitantes,
verifica-se qual delas é a mais recente, portanto, esta prevalecendo.
Ainda em análise a tais pressupostos, infere-se que os critérios de aceitação
generalizada para dirimir os conflitos aparentes entre normas são entendidas por
Coelho et al (2009, p. 53-54) como “critérios cronológico, hierárquico e da
especialidade”, na medida em que a incidência de uma norma afasta a incidência de
outra.
Assim, resta compreendido que o conflito de regras deve ser resolvido por
intermédio do critério hierárquico, de tal forma que a regra posicionada em patamar
superior derroga a inferior (lex superior derogat legi inferiori). Já no que tange o
critério cronológico, a regra posterior derroga a regra anterior (lex porterior derogat
legi priori). Por fim, destaca-se o critério da especificidade, em que a regra específica
ou especial prevalece à regra geral (lex specialis derogat legi generali).
Cumpre destacar o entendimento do ministro Sepúlveda Pertence em seu
voto na Ação Originária nº 1.388/SC, quando afirma que “o critério cronológico de
solução de conflito de normas no tempo somente faz sentido para resolver
problemas em que se defrontam normas postas num mesmo plano hierárquico”. Já
Coelho et al (2009, p. 53), afirma que a colisão entre regras propulsiona a
incompatibilidade entre elas, explicando que:
Em se tratando de regras de direito, sempre que a sua previsão se verificar numa dada situação de fato concreta, valerá para essa situação exclusivamente a sua consequência jurídica, com o afastamento de quaisquer outras que dispuserem de maneira diversa, porque no sistema não podem coexistir normas incompatíveis.
Os Decretos Estaduais nºs 36.924/2016 e 8.962/1981 estão no mesmo plano
hierárquico, tratando de mesma matéria e ainda, foram emanados pela mesma
autoridade, qual seja, o Chefe do Executivo Estadual. Logo, é nítido que o Decreto
Estadual nº 36.924/2016, que veda o cumprimento de punição disciplinar com
cerceamento da liberdade do militar, por ser norma mais recente, seguindo o critério
cronológico, revoga tacitamente as disposições em contrário contidas no RDPM,
norma anterior de mesma hierarquia.
Assim sendo, uma vez que estão no mesmo patamar hierárquico, o Decreto
nº 8.962/1981, no que tange à teoria da hierarquia das normas jurídicas no sistema
de escalonamento, possui relação de subordinação ao Decreto nº 36.924/2016,
norma de mesma especificidade, editada posteriormente.
Desta forma, os padrões, parâmetros e limites relacionados em legislação
mais recente prevalecem sobre as anteriores em matérias entre elas conflitantes,
quando se tratam de normas jurídicas de mesmo nível hierárquico. Neste caso
específico, a colisão entre os referidos Decretos é resolvida pelo critério cronológico,
não ferindo, portanto, o escalonamento das normas do sistema jurídico brasileiro.
3. O IMPACTO DO DECRETO ESTADUAL Nº 36.924/2016 NA APLICAÇÃO DO
REGULAMENTO DISCIPLINAR DA POLÍCIA MILITAR DA PARAÍBA
3.1 O cerceamento da liberdade como alternativa de punição disciplinar no
Regulamento Disciplinar da Polícia Militar da Paraíba
O Decreto nº 8.962/1981, que dispõe sobre o Regulamento Disciplinar da
Polícia Militar da Paraíba - RDPM prevê a possibilidade de cerceamento de
liberdade dos policiais e bombeiros militares por ocasião de transgressão disciplinar.
É o caso do art. 23, que classifica o julgamento da transgressão em ordem de
gravidade crescente, dentre as quais, encontram-se “[...], 3. Detenção; 4. prisão e
prisão em separado; [...]”4 (PARAIBA, 1981).
O art. 26 do referido Decreto, traz a definição da modalidade detenção,
quando menciona que “consiste no cerceamento da liberdade do punido, o qual
deve permanecer no local que lhe for determinado, normalmente o quartel, sem que
fique, no entanto, confinado”.
Já o art. 27 do mesmo dispositivo legal, define a modalidade prisão como
sendo “confinamento do punido em local próprio e designado para tal”,
estabelecendo os lugares para a referida sanção de acordo com os círculos, a
saber:
§ 1º - Os policiais-militares dos diferentes círculos de oficiais e praças estabelecidos no Estatuto dos Policiais-Militares não poderão ficar presos no mesmo compartimento. § 2º - São lugares de prisão: Para oficiais e Asp Of - determinado pelo Comandante no aquartelamento; Para Subten e Sgt - compartimento denominado de "prisão de Subten e Sgt"; Para as demais praças - compartimento fechado denominado "xadrez". [...]; (PARAÍBA, 1981).
O RDPM traz ainda em seu art. 29 a possibilidade do agravamento da
punição para "Prisão em Separado" com isolamento e confinamento do punido,
senão vejamos:
4 Nesse sentido, o parágrafo único do referido artigo reza sobre o prazo máximo para o cumprimento
das sanções disciplinares com cerceamento de liberdade, quando afirma , que “As punições disciplinares de detenção e prisão não podem ultrapassar a trinta dias” (PARAÍBA, 1981).
Em casos especiais, a punição pode ser agravada para "Prisão em Separado", devendo o punido permanecer confinado e isolado, fazendo suas refeições no local da prisão. Este agravamento não pode exceder à metade da punição aplicada. Parágrafo Único – A prisão em separado deve constituir em princípio a parte inicial do cumprimento da punição e não deve exceder à metade da punição aplicada (PARAÍBA, 1981).
Logo, o Regulamento Disciplinar da Polícia Militar da Paraíba prevê
modalidades de cumprimento de sanção disciplinar que cerceiam a liberdade do
transgressor de suas regras. Contudo, com o advento do Decreto do Estado da
Paraíba nº 36.924, ora promulgado em 21 de setembro de 2016, não há mais a
possibilidade de executar as transgressões disciplinares à égide do RDPM com
supressão da liberdade do Militar punido5, conforme veremos adiante.
3.2. A inaplicabilidade de punições disciplinares militares com cerceamento
de liberdade após o advento do Decreto Estadual nº 36.924/2016
Como visto, o Decreto Estadual nº 8.962/1981, que materializa o RDPM prevê
a possibilidade do cumprimento de punição disciplinar com cerceamento da
liberdade no âmbito da Polícia Militar da Paraíba e Corpo de Bombeiros Militar deste
Estado. Não obstante, com o advento do Decreto do Estado da Paraíba nº 36.924,
promulgado em 21 de setembro de 2016, há a vedação do cumprimento de punição
disciplinar com restrição da liberdade do militar.
5 Corroborando com a discutida disposição, o art. 47 da Lei nº 6.880/80, que tratava sobre o Estatuto
dos Militares membros das Forças Armadas previa sobre as Contravenções ou Transgressões Disciplinares com cerceamento da liberdade dos referidos Militares, não foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988, conforme decidiu o Supremo Tribunal Federal, por intermédio do Recurso Extraordinário nº 603.116/RS: “CONSTITUCIONAL. ESTATUTO DOS MILITARES DAS FORÇAS ARMADAS. CONTRAVENÇÕES E TRANSGRESSÕES DISCIPLINARES. ACÓRDÃO QUE DECLAROU NÃO RECEPCIONADO O ARTIGO 47 DA LEI Nº 6.880/80 PELO ORDENAMENTO CONSTITUCIONAL VIGENTE À LUZ DO ART. 5º, INCISO LXI, DA CF. TEMA EMINENTEMENTE CONSTITUCIONAL E QUE NÃO SE CONFUNDE COM A AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL FIXADA NO RE Nº 610.218/RS-RG (TEMA 270). REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA. [...]; 3. Ao possibilitar a definição dos casos de prisão e detenção disciplinares por transgressão militar através de decreto regulamentar a ser expedido pelo Chefe do Poder Executivo, o art. 47 da Lei nº 6.880/80 restou revogado pelo novo ordenamento constitucional, pois que incompatível com o disposto no art. 5º, LXI. Consequentemente, o fato de o Presidente da
República ter promulgado o Decreto nº 4.346/02 (Regulamento Disciplinar do Exército) com fundamento em norma legal não-recepcionada pela Carta Cidadã viciou o plano da validade de toda e qualquer disposição regulamentar contida no mesmo pertinente à aplicação das referidas penalidades, notadamente os incisos IV e V de seu art. 24. Inocorrência de repristinação dos preceitos do Decreto nº 90.604/84 (ADCT, art. 25) (fl. 311)”.
Por conseguinte, as modalidades de punições previstas no RDPM não podem
mais ser aplicadas aos Policiais e Bombeiros Militares do Estado da Paraíba,
quando configurarem em detenção, prisão e prisão em separado, sendo, portanto,
registradas em assentamentos individuais dos militares transgressores no atual
sistema intranet, para efeitos do histórico do militar na corporação.
Para fins de exemplificação da aplicabilidade prática do Decreto do Estado da
Paraíba nº 36.924/2016, foi publicado no Boletim Interno do Corpo de Bombeiros
Militar da Paraíba nº 0234, de 15 de dezembro de 2016, trazendo a seguinte
disposição:
7 - DISCIPLINA 7.1 - PUNIÇÃO DE DETENÇÃO 7.1.1 - O SUBCOMANDANTE-GERAL DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DA PARAÍBA, no uso das atribuições legais que lhe são conferidas pelo Inciso 3 do Art. 10 do Regulamento de Disciplina da Polícia Militar (RDPM), aprovado pelo Decreto nº 8.962/1981 c/c o disposto no Art. 8º da Lei nº. 8.443/2007, RESOLVE: PUNIR disciplinarmente o Bombeiro Militar Estadual referenciado, com 06 dias de DETENÇÃO, por ter infringido o item 007 - "deixar de cumprir ou de fazer cumprir normas regulamentares na esfera de suas atribuições" do Anexo I do Art. 14 do RDPM; bem como por ter descumprido o preconceito no item II do Art. 27 do Estatuto dos Policiais Militares c/c o Art. 40 do mesmo estatuto, e com o Art. 14, II do RDPM. Transgressão LEVE. Deixa de cumprir a reprimenda em virtude da publicação do Decreto nº 36.924 de 21 de setembro de 2016, o qual vetou o cumprimento de punição disciplinar com cerceamento da liberdade no âmbito da Polícia Militar da Paraíba. [...] (PARAÍBA, 2016).
O Boletim Interno do Corpo de Bombeiros Militar da Paraíba nº 0023, de 01
de fevereiro de 2017 - página nº 0210 acompanhou o supracitado entendimento,
quando ressaltou o Decreto do Estado da Paraíba nº 36.924/2016 em sua solução,
senão vejamos:
8 - DISCIPLINA 8.1 - PUNIÇÃO DE DETENÇÃO 8.1.1 - O COMANDANTE DA COMPANHIA DE COMANDO E SERVIÇOS DO QCG DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DA PARAÍBA, no uso das atribuições legais que lhe são conferidas pelo art. 10, inciso 4 do Regulamento Disciplinar da Policia Militar (RDPM), aprovado pelo decreto Nº 8.962, de 11 de março de 1981, c/c o disposto no Art. 8º da lei nº. 8.443, de 28 de dezembro de 2007, RESOLVE: PUNIR disciplinarmente o Bombeiro Militar Estadual [...], com 02 (dois) dias DETENÇÃO, por ter deixado de cumprir normas regulamentares, Trabalhar mal, intencionalmente ou por falta de atenção e Afastar-se de qualquer lugar em que deva estar por força de designação legal ou ordem. Incorrendo nos Itens 007, 020 e 026 do anexo I, com atenuante no item 01 do art. 18 e
agravantes nos itens 02 e 03 do art. 19, tudo do RDPM - TRANSGRESSÃO MÉDIA. Ingressa no comportamento ÓTIMO. Deixa de cumprir a reprimenda em virtude da publicação do Decreto nº 36.924 de 21 de setembro de 2016, o qual vetou o cumprimento de punição disciplinar com cerceamento da liberdade no âmbito da Polícia Militar da Paraíba.
(PARAÍBA, 2017).
Ademais, cabe frisar que os efeitos da sanção imposta na solução de
formulário de apuração de transgressão disciplinar constarão na ficha individual do
militar, e no caso das praças, poderá refletir no decréscimo do comportamento
disciplinar. O Boletim Interno do Corpo de Bombeiros Militar da Paraíba nº 0145,
datado de 02 de agosto de 2018 exemplifica bem essa possibilidade:
7 – DISCIPLINA 7.1 - SOLUÇÃO DE FORMULÁRIO DE APURAÇÃO DE TRANSGRESSÃO DISCIPLINAR 7.1.1 - O COMANDANTE DA ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR ARISTARCHO PESSOA, no uso das atribuições legais que lhe são conferidas pelo art.10, inciso 4 do Regulamento Disciplinar da Policia Militar (RDPM), c/c art. 13, inciso I, do Decreto Nº. 36.776, de 23 de junho de 2016, deliberando acerca do Formulário de Apuração de Transgressão Disciplinar Processo Nº. 002/ABMAP/DEIP, RESOLVE: [...]; DO PARECER Diante do exposto, resolvo: [...]; 2- PUNIR DISCIPLINARMENTE, com 02 (dois) de DETENÇÃO [...]; 3- CLASSIFICAR a transgressão como MÉDIA; 4- A PUNIÇÃO aplicada, deixa de ser cumprida em atendimento ao Decreto Nº. 36.924, de 21 de setembro de 2016, devendo a mesma constar nos assentamentos do militar; 5- CLASSIFICAR no COMPORTAMENTO ÓTIMO; [...]; (PARAÍBA, 2018).
Nesse mesmo sentido, foi o entendimento publicado no Boletim Interno do
Corpo de Bombeiros Militar da Paraíba nº 0179 de 20 de setembro de 2018, a saber:
7 – DISCIPLINA [...]; 7.2 - PUNIÇÃO DE DETENÇÃO 7.2.1 - O COMANDANTE DA COMPANHIA DE COMANDO E SERVIÇOS DO QCG DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DA PARAÍBA, no uso das atribuições legais que lhe são conferidas pelo art. 10, inciso 4 do Regulamento Disciplinar da Policia Militar (RDPM), aprovado pelo decreto Nº. 8.962, de 11 de março de 1981 c/c o disposto no Art. 8º da Lei Nº. 8.443, de 28 de dezembro de 2007, RESOLVE: PUNIR, disciplinarmente, com 03 (três) dias de DETENÇÃO, o Bombeiro Militar Estadual referenciado por ter infringido o item 018 - "Não cumprir ordem recebida"; item 021 - "Deixar de praticar a tempo, à autoridade imediatamente superior, impossibilidade de comparecer a OPM, ou a qualquer ato de serviço"; item 022 - "Faltar ou chegar atrasado a qualquer ato de serviço em que deva tomar parte ou assistir", do Anexo I do Art. 14, 'I'
do RDPM, tendo por agravante o item 002 - "Prática simultânea ou conexão de duas ou mais transgressões" e o item 008 - "Ser praticada a transgressão com premeditação", por ter faltado o desfile cívico do dia 07/SETEMBRO/2018, e não ter justificado a sua falta. Desde então o referido militar não comparece ao Quartel do Comando Geral e não atende o seu telefone, além de não encontrar-se na sua residência. NATUREZA DA PUNIÇÃO: LEVE. COMPORTAMENTO: Ingressa no Comportamento INSUFICIENTE. Deixa de cumprir a reprimenda em virtude da publicação do Decreto Nº. 36.924, de 21 de setembro de 2016, o qual vetou o cumprimento de punição disciplinar com cerceamento da liberdade no âmbito da Polícia Militar da Paraíba (PARAÍBA, 2018).
Assim, diante das publicações ora esposadas, é compreendido que o Decreto
do Estado da Paraíba nº 36.924/2016 garante que o militar não cumpra a sanção
disciplinar imposta com cerceamento de sua liberdade. Contudo, vale ressaltar que a
punição constará em seus assentamentos, como também, no caso das praças,
haverá a possibilidade de regressão no comportamento do militar punido.
4. DISCUSSÃO
A temática proposta possui relevância, visto que, embora o Decreto Estadual
nº 8.962/1981 preveja a possibilidade de restrição de liberdade nos casos de
cometimento de transgressão disciplinar, o Decreto Estadual nº 36.924/2016 firmou
entendimento que a punição dessa natureza não pode mais ser aplicada com
cerceamento de liberdade do bombeiro e policial militar do Estado Paraíba, logo,
afastando a possibilidade da aplicação do RDPM, propondo a presente pesquisa a
prevalência do Decreto Estadual nº 36.924/2016 pelo critério cronológico.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
De acordo com o escalonamento das normas jurídicas, que estabelece
hierarquia entre as regras brasileiras, ficou compreendido que a Constituição
Federal ocupa o ápice do sistema, devendo às demais normas, plena observância
aos seus ditames, sob pena de configurarem conflitantes com a ordem
Constitucional.
Foi questionado, pois, no presente trabalho, o tratamento dispensado às
normas de mesma hierarquia, emanadas pela mesma autoridade, ficando
evidenciado que as disposições de mesma especificidade tratadas pela norma mais
recente, prevalecem sobre as normas anteriores, seguindo o critério cronológico.
Diante da promulgação do Decreto Estadual nº 36.924/2016, restou nítido que
as disposições contidas no Decreto Estadual nº 8.962/1981 que preveem a
possibilidade de cumprimento de sanção disciplinar com cerceamento de liberdade
do Militar não podem mais ser aplicadas, estando o primeiro, juridicamente legítimo.
Sendo assim, ficou evidenciado que, no âmbito do Estado da Paraíba, as
transgressões disciplinares previstas no Decreto Estadual nº 8.962/1981 não podem
mais ser aplicadas com cerceamento de liberdade dos bombeiros e policiais militares
transgressores, sendo, no entanto, registradas nos assentamentos individuais por
intermédio do atual sistema intranet, seguindo o que preconiza o Decreto Estadual
nº 36.924/2016.
Assim, em virtude do critério cronológico que circunda a temática proposta no
presente trabalho, foi verificado que o Decreto nº 8.962/1981 deve obediência ao
Decreto nº 36.924/2016, no que tange às disposições trazidas sobre a
inaplicabilidade de sanção disciplinar com cerceamento de liberdade do militar do
Estado da Paraíba, havendo, notadamente, conflito aparente de normas,
prevalecendo as disposições trazidas pela norma mais recente frente a anterior, haja
vista estarem hierarquicamente niveladas.
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