Assistência para Elaboração do Plano Diretor de Desenvolvimento Agrícola do Corredor de Nacala em Moçambique
2-1
As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não
são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a
implementação das estratégias neles descritos.
CHAPTER 2 ZONEAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE CLUSTERS
2.1. Zoneamento da Área do Estudo
A Figura 2.1.1 mostra uma sequência geral para a identificação do zoneamento por
distritos.O zoneamento por distrito é produzido a partir da análise de três fatores, a saber,
escalas de produção, zoneamento do potencial de recursos humanos e zoneamento do acesso
às terras agrícolas.
A análise do desenvolvimento, como as metas e estratégias do desenvolvimento distrital, será
realizada com base no zoneamento por distrito.
Fonte:Equipe de Estudo
Figura 2.1.1 Sequência para a Identificação do Zoneamento por Distrito
2.1.1. Zoneamento por Tipo de Gestão Agrícola
O zoneamento por tipo de gestão agrícola tem como seu objectivo central a identificação de
eventuais arranjos e escalas de produção em cada distrito de modo a apoiar as futuras
recomendações. A Figura 2.1.2 mostra o fluxo de análise para a identificação do tipo de
gestão agrícola.Para identificar os tipos de gestão agrícola (f), 5 elementos (ver Tabela 2.1.1)
e as seguintes 2 etapas são adotadas.
1ª etapa:O zoneamento ambiental (a) e o zoneamento socioeconômico (b) foram analisados
para identificar a zona de gestão (c).
2ª etapa:Além da identificação da zona de gestão (c), o uso e a cobertura do solo (d) e as
escalas de produção (e) resultaram da identificação dos tipos de gestão agrícola (f).
.
Zoneamento por Tipo
de Gestão Agrícola
Zoneamento
Zoneamento por
Fator de Localiza
Análise para o Desenvolv.
Agrícola Zonal
Análise para o Desenvolv. de
Clusters
% de Estudantes ESG I &II ( 10 - 14 anos)
% Florestas em
Densidade Populacional
% DUAT Florestas em
relação à área total
% > 65 anos
% Idade Ativa
Zoneamento
Classe de
vulnerabilidade socioambiental
Uso e Cobertura do
Escalas de Produção
Zoneamento por Acesso à
Terra Agrícola
Zoneamento por Potencial de Recursos Humanos
Relatório Nº 2: Projetos de Impacto Rápido
2-2
As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não
são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a
implementação das estratégias neles descritos.
Zoneamento Ambiental (a)
Zoneamento Socioeconômico (b)
Escalas de Produção (e)
Uso e Cobertura do Solo (d)
Classes de Vulnerabilidade Socioambiental (c)
Tipos de Gestão Agrícola (f)
Fonte:Equipe de Estudo
Figura 2.1.2 Abordagem para Identificar os Tipos de Gestão Agrícola
Tabela 2.1.1 Cinco Elementos para Identificar os Tipos de Gestão Agrícola
Fatores Conteúdo
Zoneamento ambiental (a) Vulnerabilidade Ambiental por distrito Equilíbrio entre suprimento e consumo de lenha (metodologia WISDOM da FAO)
Zoneamento socioeconômico (b)
Vulnerabilidade Socioeconômica por distrito (Classificação dos distritos pelos indicadores de População rural, Densidade das estradas, Densidade das ferrovias, % Cultivada da área total e % Alfabetizada da população
Classes de Vulnerabilidade Socioambiental (c)
Classificação dos distritos por Vulnerabilidade Ambiental e Vulnerabilidade Socioeconômica
Uso e Cobertura do solo (d)
Mapa de uso e cobertura do solo na escala 1 :1.000.000 do AIFM pela DNTF
Escalas de Produção (e) Distribuição de áreas adequadas para a produção empresarial (grande escala), produção empresarial (média escala) ou agricultura familiar (pequena escala) através de consulta dos Mapas de Aptidão Agrícola.
Para o zoneamento por distrito, apenas a informação sobre as escalas de produção (e) é
utilizada.
(1) Classes de Vulnerabilidade Socioambiental
Os 19 distritos são classificados em 4 Classes de Vulnerabilidade Socioambiental, com base
nas diferenças da vulnerabilidade ambiental e socioeconômica, como mostrado na Figura
2.1.3. Muecate, Alto Molocue, Majune, Lichinga e Sanga são classificadas como Classe A de
Vulnerabilidade Socioambiental, na qual uma consideração ambiental e socioeconômica
séria não é necessária.Mecuburi, Meconta, Nampula, Lalaua, Ribaue, Malema, Cuamba,
Mecanhelas, Mandimba e Ngauma são classificadas como Classe B de Vulnerabilidade
Socioambiental, que permite uma consideração socioeconômica pequena, porém requer uma
grande consideração ambiental.Monapo, Murrupula e Mogovolas são classificadas como
Classe C de Vulnerabilidade Socioambiental, que requer uma grande consideração
socioeconômica.Gurue é classificada como zona ambiental sensível em qualquer nível de
vulnerabilidade socioeconômica, onde não é recomendado o desenvolvimento de terras em
grande escala.
Assistência para Elaboração do Plano Diretor de Desenvolvimento Agrícola do Corredor de Nacala em Moçambique
2-3
As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não
são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a
implementação das estratégias neles descritos.
Baixa
Vulnerabilidade
Socioeconômica
Média
Vulnerabilidade
Socioeconômica
Alta
Vulnerabilidade
Socioeconômica
Alta
Vulnerabilidade
Ambiental
Média
Vulnerabilidade
Ambiental
Baixa
Vulnerabilidade
Ambiental
Classe A de Vulnerabilidade Socioambiental
Classe B de Vulnerabilidade Socioambiental
Classe C de Vulnerabilidade Socioambiental
Zona Ambientalmente Sensível
Zon
a so
cio
eco
nô
mic
a
Zona Ambiental
Gurue
Ribaue
Meconta
Malema
Nampula
Cuamba
Mecanhelas
Lalaua
Mandimba
Ngauma
Mecuburi
Sanga
Alto Molocue
Muecate
Lichinga
Majune
Monapo
Murrupula
Mogovolas
Fonte:Equipe de Estudo
Figura 2.1.3 Classes de Vulnerabilidade Socioambiental
(2) Uso e Cobertura do Solo
Um mapa de uso do solo / cobertura do solo foi consultado para a identificação da situação
do uso do solo na Área do Estudo.Foram realizados levantamentos de campo para verificar a
qualidade e a confiabilidade das informações apresentadas no mapa oficial.Através desta
atividade, as inconsistências foram solucionadas no ambiente do SIG.
(3) Escalas de Produção
Os mapas de aptidão agrícola foram preparados para banana, caju, mandioca, mamona, café,
algodão, feijão nhemba/cute, capim-elefante, eucalipto, amendoim, milho, milho de
entressafra, batata, arroz irrigado e de sequeiro, gergelim, soja, cana de açúcar, girassol,
batata doce, tabaco e trigo.Estes mapas foram elaborados para a condição da aptidão agrícola
em relação à precipitação anual, ao balanço hídrico, à temperatura anual média e ao tipo de
solo.Simultaneamente, as escalas de produção aplicáveis, isto é, a agricultura familiar
(pequena escala), a produção empreendedora (média escala) e a produção corporativa
(grande escala), foram analisadas para estas culturas.Então, a distribuição das áreas segundo
as escalas de produção aplicáveis foi identificada em um mapa.
A porcentagem da área agrícola adequada para a agricultura empresarial por distrito foi
verificada para o zoneamento por distrito.
Relatório Nº 2: Projetos de Impacto Rápido
2-4
As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não
são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a
implementação das estratégias neles descritos.
(4) Zoneamento por Tipo de Gestão Agrícola
Com base nas zonas de gestão, no mapa de uso do solo/cobertura do solo e no mapa das
escalas de produção, foram identificados seis tipos de gestão agrícola, sendo colocados em
um mapa (ver Figura 2.1.4). As descrições de cada tipo são apresentadas na Tabela 2.1.2.
Fonte:Equipe de Estudo
Figura 2.1.4 Distribuição dos Tipos de Gestão Agrícola
Tabela 2.1.2 Descrição dos Tipos de Gestão Agrícola
Tipo de Gestão
Descrição
Escala de Produção
Produção Familiar
Produção Empreende-
dora
Produção Corporativa
Tipo de Gestão 1
Áreas não apropriadas para atividades agrícolas ou inadequadas para a exploração dentro dos princípios estabelecidos no Plano Diretor
Não Não Não
Tipo de Gestão 2
Áreas recomendadas para projetos agrícolas, da agricultura familiar à agricultura empresarial de grande escala. Sim Sim Sim
Tipo de Gestão 3
Áreas recomendadas para projetos agrícolas, da agricultura familiar à agricultura empresarial de grande escala, com considerações especiais em relação à conservação dos recursos naturais e aos impactos socioambientais
Sim - Sim
- Sim
-
Tipo de Gestão 4
Áreas recomendadas para projetos agrícolas, da agricultura familiar à agricultura empresarial de grande escala, com considerações importantes em relação à conservação dos recursos naturais e à mitigação dos impactos ambientais
Sim - -
Sim - -
Sim - -
Tipo de Gestão 5
Áreas recomendadas para projetos agrícolas, da agricultura familiar à agricultura empresarial de média escala, com considerações importantes em relação à conservação dos recursos naturais e à mitigação dos impactos socioambientais
Sim - -
Sim - -
Não
Tipo de Gestão 6
Áreas recomendadas para projetos agrícolas de agricultura familiar, com considerações importantes em relação à conservação dos recursos naturais e à mitigação dos impactos socioambientais
Sim - -
Não Não
Fonte:Equipe de Estudo
Assistência para Elaboração do Plano Diretor de Desenvolvimento Agrícola do Corredor de Nacala em Moçambique
2-5
As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não
são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a
implementação das estratégias neles descritos.
2.1.2. Zoneamento do Potencial de Recursos Humanos
O zoneamento do potencial de recursos humanos pode mostrar a riqueza dos recursos
humanos por distrito, como certo nível de mão de obra de qualidade para o desenvolvimento
futuro.Os seguintes três parâmetros foram usados para medir nível do potencial dos recursos
humanos.
Porcentagem dos estudantes de ESG I&II na população entre 10 e 14 anos de idade
por distrito (capacidade humana).
Porcentagem de idosos (acima de 65 anos) na população total por distrito (saúde).
Porcentagem da população em idade ativa por distrito (a população da força de
trabalho)
2.1.3. Zoneamento do Acesso às Terras Agrícolas
O zoneamento do acesso às terras agrícolas mostra o nível de disponibilidade de terra
agrícola no futuro através da mudança da prática do uso do solo, mantendo uma proporção
da área atual de florestas.Os seguintes três parâmetros foram utilizados para medir a
acessibilidade às terras agrícolas sem impactos ambientais graves.
Densidade populacional por distrito (disponibilidade de terra)
Porcentagem da área de floresta em relação à área total por distrito (limitação do
desenvolvimento de novas terras 1)
Porcentagem de DUAT de florestas em relação à área total por distrito (limitação do
desenvolvimento de novas terras 2)
2.1.4. Zoneamento por Distrito
Para identificar o zoneamento por distrito, cada distrito foi classificado segundo suas
características através dos três fatores mostrados na Figura 2.1.1. Os distritos foram
classificados dos tipos “a” a “d” segundo sua pontuação total.Além disso, a condição
topográfica (localização) de cada distrito foi considerada para a identificação do
zoneamento.Mesmo sendo classificado como o mesmo tipo, uma zona diferente foi adotada
segundo a condição topográfica de cada distrito.A Área do Estudo foi finalmente dividida em
6 zonas, como mostrado na Tabela 2.1.3 e na Figura 2.1.5 abaixo.
Com relação à Gurue, o distrito é claramente dividido em duas áreas diferentes segundo a
sua formação geológica.Uma área é plana e a outra é montanhosa.Considerando que o limite
administrativo foi desenhado refletindo a diferença geológica, ele é definido como o limite
para o zoneamento.Como consequência, a área montanhosa e a área plana pertencem à Zona
IV e à Zona V, respectivamente.
Relatório Nº 2: Projetos de Impacto Rápido
2-6
As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não
são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a
implementação das estratégias neles descritos.
Tabela 2.1.3 Zona Identificada de Cada Distrito
Distritos
Potencial de
Recursos
Humanos
Disponibilidade
de Terras
Agrícolas
Tipo de
GestãoTotal Classe Zoneamento
Monapo 0 1 0 1 c I
Muecate 0 1 1 2 c I
Mecuburi 0 1 1 2 c I
Meconta 1 1 1 3 b II
Mogovolas 3 3 0 6 a II
Nampula 1 0 3 4 b II
Murrupula 1 3 0 4 b II
Ribàué 0 1 1 2 c III
Lalaua 0 1 1 2 c III
Malema 1 0 1 2 c III
Alto Molocue 0 1 3 4 b III
Gurué 0 0 0 0 d IV
Cuamba 1 1 3 5 a V
Mecanhelas 0 3 3 6 a V
Mandimba 1 1 3 5 a V
N'Gauma 1 1 3 5 a V
Majune 0 1 3 4 b VI
Lichinga 0 1 0 1 c VI
Sanga 0 3 1 4 b VI
Alto=3 Alta=3 Alta=3 5 - 6 a
Med=1 Med=1 Med=1 3 - 4 b
Baixo=0 Baixa=0 Baixa=0 1 - 2 c
0 d
Fonte:Equipe de Estudo
Figura 2.1.5 Zoneamento por Distrito da Área do Estudo
2.1.5. Potencial para o Desenvolvimento Agrícola
Com base na coleta de dados primários e secundários, o potencial para o desenvolvimento
agrícola por zona é resumido na Tabela 2.1.4.
2-7
Assis
tência
para
Ela
bora
ção d
o P
lano D
ireto
r de D
esenvolv
imento
Agríc
ola
do C
orre
dor d
e N
acala
em
Mo
çam
biq
ue
As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não são vinculativas ou refletindo
a posição das instituições coordenadoras, nem a implementação das estratégias neles descritos.
Tabela 2.1.4 Potencial para o Desenvolvimento Agrícola por Zona
Zonas I II III IV V VI
Distritos & área Monapo, Muecate,
Mecuburi
Meconta, Mogovolas,
Nampula, Murrupula
Ribaue, Lalaua, Malema,
Alto-Molocue
Gurue (excluindo o
Posto Administrativo de
Lioma)
Gurue (Posto Administrativo
de Lioma), Cuamba,
Mecanhelas, Mandimba,
Ngauma
Majune, Lichinga, Sanga
Área (km2) 14,865 15,528 23,257 5,664 18,106 29,581
População 620,935 1,461,633 804,261 350,830 663,004 386,753
Densidade populacional
(hab/km2)
42 94 35 62 37 13
Temperatura Média 23 - 25℃ Meconta, Nampula,
Murrupula: 24 - 25℃
Mogovolas: 25 - 26 ℃
23 - 24 ℃
Perto do limite com
Gurue: 22 - 23℃
22 - 23℃ Cuamba: 23 - 24 ℃
Mandimba: 21 - 23℃
Ngauma: 20 - 22 ℃
Lichinga: Menos de 20℃
Majuen: 20 - 23℃
Sanga: 20 - 26℃
Precipitação Anual 1.000 - 1.200 mm 1.000 - 1.200 mm Ribaue: 1.000 - 1200 mm
Malema: 800 - 1.000 mm
Alto Molocue: 1.200 -
1.600 mm
1.000 - acima de 1.600
mm
800 - 1.200 mm 1.000 - 1.400 mm
Fertilidade do solo (% de á
rea)
Alta: %
Média: %
Baixa: %
Alta: %
Média: %
Baixa: %
Alta: %
Média: %
Baixa: %
Alta: %
Média: %
Baixa: %
Alta: %
Média: %
Baixa: %
Alta: %
Média: %
Baixa: %
Recursos hídricos (escoamento
específico em mm)
154 226 323 648 281 262
Área irrigada (ha) Em operação: 160
Fora de operação: 803
Em operação: 267
Fora de operação: 1.133
Em operação: 732
Fora de operação: 1.116
Em operação: -
Fora de operação: -
Em operação: 172
Fora de operação: 164
Em operação: 469
Fora de operação: 133
Culturas alimentares prioritá
rias
Milho, Mandioca Milho, Mandioca, Arroz
irrigado,
Milho, Mandioca, Sorgo NA Milho, Sorgo, Arroz irrigado Milho
Culturas de rendimento prioritá
rias]
Amendoim, Caupi,
Guandu, Gergelim, Hort
ícolas, Caju, Algodão
Amendoim, Caupi,
Guandu, Gergelim, Hort
ícolas, Caju, Algodão
Amendoim, Feijão
Branco, Caupi, Gergelim,
Soja, Girassol, Hortícolas,
Algodão, Tabaco
Feijão Branco, Guandu,
Hortícolas, Batata, Chá
Feijão Branco, Guandu,
Soja, Girassol, Batata,
Gergelim, Algodão, Tabaco
Feijão Branco, Soja,
Girassol, Hortícolas,
Batata, Tabaco
Uso do solo ( % de área
cultivada, florestas, outros)
Área cultivada: 50%
Florestas: 41%
Outros: 9%
Área cultivada: 60%
Florestas: 25%
Outros: 15%
Área cultivada: 43%
Florestas: 46%
Outros: 10%
Área cultivada: 49%
Florestas: 42%
Outros: 9%
Área cultivada: 29%
Florestas: 62%
Outros: 9%
Área cultivada: 13%
Florestas: 77%
Outros: 10%
Densidade viária
(extensão estradas m/km2)
52 66 52 42 50 32
Densidade ferroviária
(extensão ferrovias m/km2)
5 10 9 0 18 2
2-8
Rela
tório
Nº
2: P
roje
tos d
e Im
pacto
Rápid
o
As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não são vinculativas ou
refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a implementação das estratégias neles descritos.
Tabela 2.1.4 Potencial para o Desenvolvimento Agrícola por Zona (continuação)
Zones I II III IV V VI
Potencial de recursos humanos Baixo Médio a alto Baixo a médio Baixo Baixo a médio Baixo
Consideração socioeconômica 1.Grande
vulnerabilidade social
no distrito de Monapo
2. Concessão para
mineração de grande
escala no distrito de
Monapo
Alta vulnerabilidade
socioeconômica nos
distritos de Mogovolas e
Murrupula
Concessão para
mineração de grande
escala nos distritos de
Lalaua e Alto-Molocue
Concessão para
mineração de grande
escala no distrito de
Ngauma
Concessão para
mineração de grande
escala nos distritos de
Lichinga, Majune e
Sanga
Acessibilidade a terras
agrícolas sem reduzir a área
atual de florestas
Média Baixa a alta (Baixa em
Nampula)
Baixa a média Baixa Média a alta Média a alta
Paisagem (% de área com
declividade acima de 12%)
Monapo: 1 %
Muecate: 4 %
Mecuburi:6 %
Meconta: 2 %
Mogovolas: 2 %
Namupula: 8 %
Murrupula: 5 %
Ribaue: 12%
Malema: 18%
Alto Molocue: 8%
Gurue: 32 % Cuamba: 5 %
Mecanhelas: 7%
Mandimba: 2 %
Ngauma: 11 %,
Lichinga: 20 %
Consideração ambiental <Atenção Normal>
Área de alerta alto:
Área de conservação de
floresta em Muecate e
Mecuburi.
Área de alerta:
Área de floresta
existente na parte oeste
do distrito de Muecate.
% muito baixa de área
de floresta no distrito de
Monapo
<Atenção Normal>
Área de alerta:
Área de floresta
existente na parte sul do
distrito de Meconta.
% muito baixa de área
de floresta na parte sul
<Atenção Média>
Área de alerta alto:
Área de conservação de
floresta no distrito de
Ribaue e cursos de rio
na área.
Área de alerta:
Área de floresta
existente no distrito de
Malema e na parte
sudeste do distrito de
Alto-Molocue.
<Grande Atenção>
Área de alerta alto:
Cursos de rios
concentrados na área e
grande declividade no
Monte Namuli.
<Atenção Normal>
Área de alerta:
Área de floresta
existente na área de
Cuamba
<Grande Atenção>
Área de alerta alto:
Área de conservação de
floresta nos distritos de
Lichinga, Majune e
Sanga e cursos de rio na
área
Área de alerta:
Área de floresta
existente nos distritos de
Majune e Sanga.
Fonte:Equipe de Estudo
Assistência para Elaboração do Plano Diretor de Desenvolvimento Agrícola do Corredor de Nacala em Moçambique
2-9
As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não
são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a
implementação das estratégias neles descritos.
2.2. Metas Zonais de Desenvolvimento Agrícola
2.2.1. Análise FOFA por Zonas
Foi realizada a análise FOFA (SWOT) de cada zona com base em potencial de cada
zona, conforme mostra a Tabela 2.1.4. O resultado da análise é mostrado no final
deste capítulo como tabelas 2.2.1 – 2.2.6.
2.2.2. Estratégia de Desenvolvimento das Zonas
Uma estratégia de desenvolvimento agrícola para cada zona, conforme descrita a seguir, foi
desenvolvida de acordo com a análise FOFA.
(1) Estratégia da Zona I
“Abastecimento de alimentos para a área do porto de Nacala e produção de
culturas com alto valor”
1) Promoção de culturas importantes
Milho para atender a demanda interzonal
Mandioca, amendoim e hortícolas para atender a demanda interzonal e para a área
portuária de Nacala e os distritos costeiros
Caupi, guandu e gergelim para atender a demanda interzonal, bem como para a
exportação
2) Desenvolvimento de moinhos de pequena escala para o processamento de milho e
mandioca
3) Substituição de velhos cajueiros e revitalização da indústria do caju
4) Promoção da produção do algodão e das instalações de processamento relacionadas
5) Apoio à irrigação com bombeamento de pequena escala para a produção de hortícolas
6) Reabilitação de instalações de irrigação sem funcionamento para a produção de
hortícolas e outras culturas com alto valor
7) Estímulo aos agricultores líderes para se tornarem o centro das associações/cooperativas
de agricultores
8) Desenvolvimento da logística agrícola das commodities, conectando-as à área portuária
de Nacala e aos distritos costeiros.
9) Controle cuidados da expansão de novas terras agrícolas em Monapo
10) Reflorestamento para fornecer biomassa como substituto para as florestas nativas
Relatório Nº 2: Projetos de Impacto Rápido
2-10
As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não
são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a
implementação das estratégias neles descritos.
(2) Estratégia da Zona II
“Abastecimento de alimentos e de materiais para a área e os subúrbios de
Nampula”
“Centro de agro-negócios do oriente do Corredor de Nacala”
1) Promoção de culturas importantes
Milho para atender a demanda interzonal
Mandioca, amendoim e hortícolas para atender a demanda interzonal e para o
processamento
Caupi, guandu e gergelim para atender a demanda interzonal, bem como para a
exportação
2) Desenvolvimento de moinhos de pequena escala para o processamento de milho,
mandioca e arroz
3) Desenvolvimento de indústrias de agroprocessamento de média e grande escalas
4) Substituição de velhos cajueiros e revitalização da indústria do caju
5) Promoção da produção do algodão e das instalações de processamento relacionadas
6) Apoio à irrigação com bombeamento de pequena escala para a produção de hortícolas
7) Reabilitação de instalações de irrigação sem funcionamento para a produção de
hortícolas e outras culturas com alto valor
8) Estímulo aos agricultores líderes para se tornarem o centro das associações/cooperativas
de agricultores
9) Desenvolvimento da logística interzonal das commodities agrícolas
10) Gestão cuidadosa da expansão de novas terras agrícolas (uso efetivo de terras agrícolas
não cultivadas e de área com DUAT agrícola existente)
11) Reflorestamento para fornecer biomassa como substituto para as florestas nativas
12) Reabilitação da estrada entre Nampula e Mogovolas
(3) Estratégia da Zona III
“Desenvolvimento da Produção de Grãos no Corredor de Nacala”
1) Promoção de culturas importantes para cobrir todo o Corredor de Nacala,
principalmente Nampula e Cuamba
2) Promoção da produção de hortícolas, especialmente cebola e alho
3) Promoção da produção de soja para o processamento (óleo comestível & ração animal)
4) Desenvolvimento de moinhos de pequena escala para o processamento de milho, sorgo
e mandioca
5) Desenvolvimento de indústrias de agroprocessamento de média e grande escalas
6) Promoção da produção do algodão e das instalações de processamento relacionadas
7) Promoção da produção de tabaco
8) Desenvolvimento do setor avícola
9) Apoio à irrigação com bombeamento de pequena escala para a produção de hortícolas
Assistência para Elaboração do Plano Diretor de Desenvolvimento Agrícola do Corredor de Nacala em Moçambique
2-11
As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não
são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a
implementação das estratégias neles descritos.
10) Reabilitação de instalações de irrigação sem funcionamento para a produção de
hortícolas e outras culturas com alto valor
11) Estímulo aos agricultores líderes para se tornarem o centro das associações/cooperativas
de agricultores
12) Desenvolvimento de fazendas empresariais e promoção da produção sob contrato
13) Uso efetivo de terra agrícola não cultivada e de área com DUAT agrícola existente
14) Desenvolvimento da logística das commodities agrícolas conectando-as a Nacala,
Nampula e Cuamba
15) Reabilitação do sistema viário rural
(4) Estratégia da Zona IV
“Produção de culturas especiais com alto valor”
1) Promoção da produção de hortícolas e de batata aproveitando o clima ameno
2) Substituição de velhos pés de chá e revitalização da indústria do chá
3) Desenvolvimento de moinhos de pequena escala para o processamento de milho, sorgo
e mandioca
4) Estímulo aos agricultores líderes para se tornarem o centro das associações/cooperativas
de agricultores
5) Controle cuidadoso da expansão de novas terras agrícolas
6) Reabilitação e desenvolvimento do sistema viário rural
7) Reflorestamento para fornecer biomassa como substituto para as florestas nativas
(5) Estratégia da Zona V
“Centro logístico estratégico e centro de processamento de commodities
agrícolas”
1) Promoção de culturas importantes
Milho e feijões para atender a demanda interzonal e para o processamento
Promoção da produção de soja para o processamento (óleo comestível & ração
animal) e para a exportação
Hortícolas para atender a demanda interzonal e para a exportação para o Malawi
2) Desenvolvimento de moinhos de pequena escala para o processamento de milho, sorgo
e arroz
3) Desenvolvimento de indústrias de agroprocessamento de média e grande escalas
4) Promoção da produção do algodão e das instalações de processamento relacionadas
5) Promoção da produção de tabaco
6) Desenvolvimento do setor avícola
7) Desenvolvimento do sistema de irrigação por bombeamento para a produção de
hortícolas e outras culturas de alto valor
Relatório Nº 2: Projetos de Impacto Rápido
2-12
As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não
são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a
implementação das estratégias neles descritos.
8) Estímulo aos agricultores líderes para se tornarem o centro das associações/cooperativas
de agricultores
9) Desenvolvimento de fazendas empresariais e promoção da produção sob contrato
10) Uso efetivo de terra agrícola não cultivada e de área com DUAT agrícola existente
11) Desenvolvimento da logística das commodities agrícolas conectando-as a todo o país e
ao Malawi
12) Desenvolvimento de indústrias de apoio para a produção e o processamento agrícola
(6) Estratégia da Zona VI
“Desenvolvimento de nova cadeia de valor de commodities agrícolas”
1) Promoção de culturas importantes
Milho atender a demanda interzonal e para o processamento
Promoção da produção de soja para o processamento (óleo comestível & ração
animal) e para a exportação
2) Promoção da produção de hortícolas, feijão branco e de batata aproveitando o clima
ameno
3) Desenvolvimento de moinhos de pequena escala para o processamento de milho
4) Desenvolvimento de indústrias de agroprocessamento de média e grande escalas
5) Promoção da produção de tabaco
6) Desenvolvimento do setor avícola
7) Reabilitação de instalações de irrigação sem funcionamento para a produção de
hortícolas, feijão branco e batata e outras culturas com alto valor em Lichinga
8) Estímulo aos agricultores líderes para se tornarem o centro das associações/cooperativas
de agricultores
9) Desenvolvimento de fazendas empresariais e promoção da produção sob contrato
10) Desenvolvimento da logística das commodities agrícolas conectando-as a Cuamba,
Pemba e ao Malawi
11) Gestão da expansão de novas terras agrícolas compatível com os interesses
socioambientais
12) Reabilitação e desenvolvimento do sistema viário rural
2.2.3. Metas do Desenvolvimento Agrícola Zonal por Fases
(1) Metas Globais do Plano Diretor
As metas globais do Plano Diretor são definidas de acordo com os conceitos básicos do
Plano Diretor, conforme mostrado na Tabela 2.2.7.
Assistência para Elaboração do Plano Diretor de Desenvolvimento Agrícola do Corredor de Nacala em Moçambique
2-13
As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não
são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a
implementação das estratégias neles descritos.
Tabela 2.2.7 Metas Globais do Plano Diretor por Fases
Fase I (2014-20) Fase II (2021-25) Fase III (2026-30) P
rod
uto
res S
ing
ula
res
(Pe
qu
ena
à M
édia
Escala
) A produtividade unitária das
principais culturas aumenta
através da transformação da
prática dos pequenos e
médios agricultores em
agricultura fixa
A produtividade unitária aumenta
ainda mais através da melhoria
acelerada da tecnologia agrícola
dos pequenos e médios
agricultores. Os agricultores
também começam a diversificar
as culturas que produzem
Pequenos e médios
agricultores têm o poder de
melhorar sua agricultura e os
esforços próprios. A
diversificação da agricultura
aumentou e alguns
agricultores se especializaram
na produção de culturas
específicas.
Org
an
iza
ção
do
s
Pro
du
tore
s Começa o envolvimento de
pequenos e médios
agricultores no agronegócio
A participação de pequenos e
médios agricultores no
agronegócio é fortalecida através
do estímulo à organização sólida
dos agricultores
O desenvolvimento do
agronegócio tem um
progresso considerável e
muitos clusters agrícolas estão
estabelecidos e em operação
Ag
ro-n
egó
cio
O investimento privado no
agronegócio (produção,
processamento e
comercialização) começa em
conformidade com o PRAI
Começa a expansão dos
investimentos privados no
agronegócio e o desenvolvimento
dos clusters agrícolas
(2) Metas do Desenvolvimento Agrícola Zonal
As metas de desenvolvimento agrícola para cada zona por fases, são determinadas de acordo
com as metas globais e a estratégia de desenvolvimento zonal. As metas zonais são
mostradas na Tabela 2.2.8.
Tabela 2.2.8 Metas do Desenvolvimento Agrícola Zonal por Fases
Área Fase I (2014-20) Fase II (2021-25) Fase III (2026-30)
Todas as Zonas (Metas Comuns)
(A) A maioria dos pequenos e médios agricultores muda para a agricultura fixa e a produção de importantes culturas alimentares aumenta (milho, mandioca e feijões) aumenta
(A) O excedente de importantes culturas alimentares aumenta, aumentando também o volume de culturas comercializadas
(A) O excedente de importantes culturas alimentares atende a demanda das indústrias de processamento e da pecuária, e o montante exportado das culturas aumenta
Zona I (1) A produção de hortícolas a serem comercializadas na área de Nacala aumenta
(1) É desenvolvido um centro de produção de hortícolas
(2) A produção de feijões e gergelim aumenta
(2) Uma quantidade substancial de feijões e de gergelim é exportada
(2) São estabelecidas fábricas de processamento de feijões e gergelim
(3) A produção de algodão aumenta (3) A indústria do algodão é mais desenvolvida
(3) O cluster do algodão é desenvolvido
(4) O número de cajueiros renovados aumenta
(4) A produção de caju aumenta (4) A indústria do caju é reativada
(5) Começa o reflorestamento com o objetivo de produzir biomassa
(5) As florestas plantadas começam a fornecer a biomassa para as comunidades locais
(5) As florestas plantadas se tornam uma importante fonte de biomassa, substituindo as florestas nativas
Zona II (1) A produção de hortícolas a serem comercializadas na área de Nampula aumenta
(1) É desenvolvido um centro de produção de hortícolas
(1) Os clusters de hortícolas são desenvolvidos
(2) A produção de feijões e de gergelim aumenta
(2) Uma quantidade substancial de feijões e de gergelim é exportada
(2) São estabelecidas fábricas de processamento de feijões e gergelim
(3) A produção de algodão aumenta (3) A indústria do algodão é mais desenvolvida
(3) O cluster do algodão é desenvolvido
(4) O número de cajueiros renovados aumenta
(4) A produção de caju aumenta (4) A indústria do caju é reativada
(5) Começa o reflorestamento com o objetivo de produzir biomassa
(5) As florestas plantadas começam a fornecer a biomassa para as comunidades locais
(5) As florestas plantadas se tornam uma importante fonte de biomassa, substituindo as florestas nativas
Relatório Nº 2: Projetos de Impacto Rápido
2-14
As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não
são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a
implementação das estratégias neles descritos.
(6) As fábricas de processamento de mandioca, milho, etc. começam a sua operação
(6) O acúmulo de fábricas de processamento similares e de seus setores de apoio progride
(6) Clusters agrícolas centrados nas fábricas de processamento são estabelecidos
Zona III (1) A produção de hortícolas a serem comercializadas em Nampula e Nacala aumenta
(1) É desenvolvido um centro de produção de hortícolas
(1) Os clusters de hortícolas são desenvolvidos
(2) As fazendas empresariais começam a cultivar para produzir principalmente soja e gergelim
(2) Prevalece um modelo de negócio de parceria entre as organizações dos agricultores e as fazendas empresariais
(2) Uma quantidade substancial de soja e de gergelim é exportada
(3) A produção de algodão e tabaco aumenta
(3) As indústrias de algodão e tabaco são mais desenvolvidas
(3) O cluster do algodão é desenvolvido
(4) As fábricas de processamento de mandioca, milho, etc. começam a sua operação
(4) O acúmulo de fábricas de processamento similares e de seus setores de apoio progride
(4) Clusters agrícolas centrados nas fábricas de processamento são estabelecidos
(5) Começa a expansão da indústria avícola modernizada
(5) O acúmulo da indústria avícola e de seus setores de apoio (processamento, armazenamento, distribuição, etc.) progride
(5) Uma rede de cadeia fria com o porto de Nacala é bem estabelecida, aumentando a exportação através da introdução de um sistema de certificação para acessar o mercado internacional (Halal, Kosher, UE, etc.)
(6) Plantadores de sementes comerciais fornecem sementes de qualidade para o mercado local
(6) Plantadores de sementes comerciais expandem seu negócio cobrindo as áreas leste e central da região do corredor de Nacala
(6) Plantadores de sementes comerciais expandem o negócio para fora do Corredor de Nacala
Zona IV (1) A produção de hortícolas adequadas à condição do clima ameno em terras altas e a produção de batatas aumentam
(1) São desenvolvidos centros de produção de hortícolas e de batata
(1) São desenvolvidos os clusters de hortícolas e de batata
(2) Aumenta o número de pés de chá renovados
(2) Aumenta a produção de chá (2) A indústria do chá é reativada
(3) Começa o reflorestamento com o objetivo de produzir biomassa
(3) As florestas plantadas começam a fornecer a biomassa para as comunidades locais
(3) As florestas plantadas se tornam uma importante fonte de biomassa, substituindo as florestas nativas
Zona V (1) As fazendas empresariais que produzem principalmente soja começam o cultivo em escala total
(1) Prevalece um modelo de negócio de parceria entre as organizações dos agricultores e as fazendas empresariais
(1) Uma quantidade substancial de soja é exportada
(2) As fábricas de processamento de soja, milho, etc. começam a sua operação
(2) O acúmulo de fábricas de processamento similares e de seus setores de apoio progride
(2) Clusters agrícolas centrados nas indústrias de processamento e na indústria avícola são estabelecidos
(3) A produção de algodão e tabaco aumenta
(3) As indústrias de algodão e tabaco são mais desenvolvidas
(3) O cluster do algodão é desenvolvido
(4) Começa a expansão da indústria avícola modernizada
(4) O acúmulo da indústria avícola e de seus setores de apoio (processamento, armazenamento, distribuição, etc.) progride
(4) Uma rede de cadeia fria com o porto de Nacala é bem estabelecida, aumentando a exportação através da introdução de um sistema de certificação para acessar o mercado internacional (Halal, Kosher, UE, etc.)
(5) Plantadores de sementes comerciais fornecem sementes de qualidade para o mercado local
(5) Plantadores de sementes comerciais expandem seu negócio cobrindo a área central da região do corredor de Nacala
(5) Plantadores de sementes comerciais expandem o negócio para fora do Corredor de Nacala
Zona VI (1) A produção de hortícolas adequadas à condição do clima ameno em terras altas e a produção de batatas aumentam
(1) São desenvolvidos centros de produção de hortícolas e de batata
(1) São desenvolvidos os clusters de hortícolas e de batata
(2) As fazendas empresariais começam a cultivar para produzir principalmente soja, feijão branco e gergelim
(2) Prevalece um modelo de negócio de parceria entre as organizações dos agricultores e as fazendas empresariais
(2) Uma quantidade substancial de soja, feijões brancos e gergelim é exportada
(3) A produção de tabaco aumenta (3) A indústria do tabaco é mais desenvolvida
(4) As fábricas de processamento de soja, milho, etc. começam a sua operação
(4) O acúmulo de fábricas de processamento similares e de seus setores de apoio progride
(4) Clusters agrícolas centrados nas indústrias de processamento e na indústria avícola são estabelecidos
Assistência para Elaboração do Plano Diretor de Desenvolvimento Agrícola do Corredor de Nacala em Moçambique
2-15
As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não
são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a
implementação das estratégias neles descritos.
(5) Começa a expansão da indústria avícola modernizada
(5) O acúmulo da indústria avícola e de seus setores de apoio (processamento, armazenamento, distribuição, etc.) progride
(5) Uma rede de cadeia fria com os portos de Nacala & Pembe é bem estabelecida, aumentando a exportação através da introdução de um sistema de certificação para acessar o mercado internacional (Halal, Kosher, UE, etc.)markets (Halal, Kosher, EU, etc.)
(6) Plantadores de sementes comerciais fornecem sementes de qualidade para o mercado local
(6) Plantadores de sementes comerciais expandem seu negócio cobrindo as áreas norte e central da região do corredor de Nacala
(6) Plantadores de sementes comerciais expandem o negócio para fora do Corredor de Nacala
2.3. Desenvolvimento de Clusters Agrícolas
2.3.1. Conceito de Clusters para o Desenvolvimento Agrícola
Os Clusters são abordagens estratégicas para acelerar o desenvolvimento dentro de um
território específico. A linha central de desenvolvimento destas estratégias é projetar uma ou
mais cadeias de valor, com potencial sinergético e em um contexto apropriado com relação
ao território, para canalizar os esforços de sua realização dentro de um período inferior ao
que seria possível sem ações integradas e específicas. Todos os produtores, as empresas e as
instituições que estão correlacionados com a cadeia central de valor, como os fornecedores
de insumos, os fornecedores de máquinas agrícolas, a infraestrutura especializada ou as
entidades concorrentes, representam os elementos constituintes de um Cluster.
Os Clusters também envolvem os canais de comercialização e os consumidores, bem como
os produtores de produtos complementares e as empresas dos setores afins. Por fim, muitos
clusters incluem instituições do governo, universidades, centros de treinamento e comércio,
que fornecem treinamento, educação, informações, investigação e suporte técnico
especializado. A Figura 1 abaixo é uma exemplificação de um cluster de produção agrícola.
Os clusters de produção se apresentam como a base para o desenvolvimento político, social e
especialmente econômico do Corredor de Nacala. Cada cluster compreenderá uma variedade
de empresas agrícolas, industriais e prestadoras de serviço, onde estarão envolvidos desde os
produtores empresariais domésticos e estrangeiros até os pequenos proprietários
moçambicanos, trabalhando em conjunto em sinergia.
Relatório Nº 2: Projetos de Impacto Rápido
2-16
As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não
são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a
implementação das estratégias neles descritos.
Figura 2.3.1 Exemplo de um Cluster Agrícola
A localização da instalação dos clusters foi definida de acordo com o zoneamento
anteriormente apresentado, onde a distribuição dos Distritos em Zonas e em Tipos de Gestão
Agrícola identificou a estratégia de gestão mais apropriada a ser recomendada.
Em áreas com alta vulnerabilidade social e ambiental, foram recomendados clusters que
possibilitariam o desenvolvimento da pequena agricultura familiar e da produção de culturas
alimentares, possibilitando o envolvimento de um grande número de agricultores com
produtos com grande valor agregado, como as hortícolas e as aves.
Avaliações regionais prévias foram realizadas para que as culturas recomendadas em cada
cluster fossem baseadas na viabilidade e no potencial produtivo de cada região, assegurando
assim a correta seleção das atividades para cada cluster.
Os clusters, além de terem sinergias internas para o desenvolvimento socioeconômico
regional, também devem trabalhar adequadamente para gerar sinergia entre si, permitindo a
racionalização dos investimentos, das operações, dos produtos e dos serviços obtidos em
cada macrorregião. As atividades relacionadas à produção de grãos demandam sementes,
portanto a produção de sementes dentro dos clusters deve ser recomendada, e um cluster
pode produzir uma porção significativa das sementes necessárias para os outros clusters
durante a primeira fase do desenvolvimento, por exemplo, enquanto que outro cluster pode
receber os investimentos iniciais nas unidades de processamento para garantir a agregação de
valor ao grão produzido em outros clusters na primeira fase do desenvolvimento. Com o
progresso do processo de desenvolvimento no Corredor como um todo, as empresas locais
devem ser promovidas para suprir as necessidades locais, reduzindo interdependências
generalistas entre os clusters e fortalecendo aquelas interdependências vinculadas à expertise
e aos diferenciais estratégicos.
Fonte: Equipe de Estudo, 2013.
Assistência para Elaboração do Plano Diretor de Desenvolvimento Agrícola do Corredor de Nacala em Moçambique
2-17
As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não
são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a
implementação das estratégias neles descritos.
2.3.2. Clusters Agrícolas Desenvolvidos no ProSAVANA
Como parte das recomendações estratégicas para o desenvolvimento agrícola no Corredor de
Nacala, sete clusters foram recomendados para iniciar as atividades do Plano Diretor.
A Tabela 2.3.1 abaixo apresenta as principais características destes clusters.
Tabela 2.3.1 Descrição dos Clusters Agrícolas e Localização Inicial Sugerida
Nº Nome do Cluster Principal
categoria de produção
Conceito Localização
Inicial Sugerida Possíveis Componentes
1 Cluster Integrado
de Grãos Agricultura Empresarial
Greenfield¹ Zona VI: Majune, expansível para a Zone V: N’gauma
Soja, Milho, Girassol, Capim elefante e Avicultura
2 Cluster de
Produção Familiar de Alimentos
Agricultura Familiar
Greenfield & Brownfield
Zona III: Malema Milho, Mandioca, Algodão,
Hortícolas e Amendoim
3
Cluster de Produção de Grãos e de
Algodão
Agricultura Empresarial de Média e Grande
Escalas
Brownfield²
Zona V: Planície de Lioma (Posto Administrativo de
Lioma, Gurué)
Soja, Milho, Algodão e Avicultura
4 Cluster de
Produção de Caju
Agricultura Empresarial
Média e Familiar Brownfield
Zonas I e II: Monapo,
Mogovolas, Meconta, Muecate
Castanhas de caju, Milho, Feijões, Mandioca, Amendoim,
Gergelim, Hortícolas e Eucalipto
5
Cluster para Produção
Integrada de Alimentos e Grãos
Todas as categorias
Greenfield & Brownfield
Zona III: Ribáuè Soja, Milho, Algodão,
Sementes, Hortícolas e Avicultura
6 Cluster de
Produção de Chá
Agricultura Empresarial
Média e Familiar Brownfield Zona IV: Gurué Chá
7
Cluster de Infraestrutura Agrícola de
Cuamba
(atividades não agrícolas)
Brownfield Zona V: Cuamba Infraestrutura, logística,
insumos & serviços
Nota: Greenfield: Voltado ao desenvolvimento de uma nova cadeia de valor e/ou área como principal força
motriz
Brownfield: Voltado ao desenvolvimento de cadeia de valor existente como principal força motriz
A Figura 2.3.2 abaixo ilustra a possível sinergia através da implementação dos clusters
propostos para o desenvolvimento agrícola e socioeconômico do Corredor de Nacala.
Recomenda-se que os projetos plataforma sejam implementados com prioridade nas áreas
dos clusters, sempre que possível. As estratégias específicas e as metas recomendadas para
cada cluster serão apresentadas a seguir.
Relatório Nº 2: Projetos de Impacto Rápido
2-18
As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não
são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a
implementação das estratégias neles descritos.
Fonte: Equipe de Estudo (BST), 2013.
Figura 2.3.2 Possíveis Sinergias entre os Clusters Agrícolas Propostos
2.3.3. Outline of the Agricultural Clusters
(1) Cluster Integrado de Grãos (Cluster-1)
O objetivo do cluster de grãos será alavancar a economia local com o cultivo e o
processamento de grãos, especificamente a soja, o milho e o girassol, que juntamente com a
instalação de outras atividades complementares como a avicultura e uma termelétrica irão
atuar de forma integrada gerando benefícios sinergicamente. O arranjo produtivo para o
desenvolvimento inicial do cluster será com base no investimento corporativo de capital
privado. Inicialmente, uma única corporação deverá ser a responsável por gerir todas as
operações do cluster, atuando de forma vertical, com atividades desde que envolvem desde a
aquisição de insumos necessários, até a produção e o processamento das matérias-primas.
O cluster de grãos foi recomendado prioritariamente para ser instalada no distrito de Majune
devido a sua baixa vulnerabilidade ambiental e social e das excelentes condições de solo e
clima para a expressão total do potencial produtivo das plantas, entretanto, o cluster poderá
ser replicado no restante da Zona VI, além das Zonas III e V com algumas considerações.
Observa-se no PDUT de Majune o interesse em desenvolver atividades agrícolas na porção
sudoeste do distrito, local com alta aptidão edafoclimática para a produção de grãos. O
distrito está posicionado estrategicamente próximo aos distritos de N´Gauma, local onde a
produção agrícola pode expandir-se, e Cuamba, que possui alto potencial para o
desenvolvimento de serviços de suporte e logística, previstos no Cluster 7 - Cuamba
Assistência para Elaboração do Plano Diretor de Desenvolvimento Agrícola do Corredor de Nacala em Moçambique
2-19
As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não
são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a
implementação das estratégias neles descritos.
Agricultural Infrestructure Cluster. Espera-se que o cluster integre-se também ao Cluster 5 -
Integrated Food and Grain Production Cluster, através da cadeia de aquisição de sementes.
Tabela 2.3.2 Metas para o Cluster-1 em relação às fases do Plano Diretor
Componentes Fase I (2014-2020) Fase II (2021-2025) Fase III (2026-2030)
Produção agrícola
Implantação das áreas e
início da produção de soja,
milho e girassol.
Aumento da produção de
grãos
A produção de grãos
estará estabelecida
Processamento
industrial
Implantação da indústria e
início do processamento de
grãos
Desenvolvimento da cadeia de
processamento e
comercialização de grãos
Estabilização da
indústria processadora
de grãos
Produção de aves
Implantação e início do
funcionamento do complexo
de produção de frangos
Aumento do número de
módulos de produção avícola.
Fortalecimento da
infraestrutura necessária à
criação de uma cadeia fria
Processo de produção
de frangos terá atingido
elevado patamar de
qualidade e
rastreabilidade
Marketing e
comercialização
Integração da produção
local com o processamento
a ser desenvolvido no
Cluster-7.
Processamento interno de
grãos e exportação de óleo,
farelo e amido
Rastreabilidade e
acesso a mercados
especiais (Halal, Kosher
e União Europeia)
Atividades
suplementares
Início da produção de
biomassa de capim-elefante
Desenvolvimento de produção
local de biomassa e energia
elétrica
Incorporação de outros
setores, como produção
de bovinos, caprinos,
laticínios e produtos
alimentícios
Parceria com
agricultores familiares
Identificação e
estabelecimento de
contratos com agricultores
locais para o fomento da
produção
Estabilização da produção de
grãos de origem familiar,
tecnificação dos agricultores
locais e capacitação da
mão-de-obra
Independência técnica e
financeira dos
agricultores locais com a
corporação fomentadora
(2) Cluster de Produção Familiar de Alimentos (Cluster-2)
O cluster familiar tem como objetivo a formação e o fortalecimento de associações de
produtores de nível familiar com base na produção de alimentos e culturas de rendimento.
Estão sendo previstas o cultivo contínuo de mandioca com fins industriais em consórcio com
as culturas do milho, amendoim e algodão. A organização e estruturação dos 1.000
agricultores envolvidos previstos no cluster terão como base o investimento público, através
do apoio da extensão pública fornecida pelo IIAM e SDAE. A instalação industrial para o
processamento da mandioca será realizada pela inciativa privada, sendo ela a responsável
pelo fomento da produção dos familiares.
A região recomendada para receber pioneiramente o cluster foi o distrito de Malema. Grande
parte do distrito foi definida como sendo de baixa vulnerabilidade social e ambiental, além
de serem diagnosticadas que a região possui bons recursos hídricos e bons tipos de solos para
o desenvolvimento da agricultura irrigada. Sua localização é privilegiada por estar próxima a
Cuamba, onde será desenvolvido serviços de suporte e logística, conforme o Cluster 7. O
cluster poderá ser desenvolvido também nas demais zonas, caso seja considerado o milho
como uma opção ao processamento de mandioca.
Relatório Nº 2: Projetos de Impacto Rápido
2-20
As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não
são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a
implementação das estratégias neles descritos.
Tabela 2.3.3 Metas para o Cluster-2 em relação às fases do Plano Diretor
Componentes Fase I (2014-2020) Fase II (2021-2025) Fase III (2026-2030)
Desenvolvimento do
associativismo
Promoção das associações de
produtores, aprimoramento dos
extensionistas rurais e fortalecimento
dos órgãos governamentais de
extensão rural
Estabilização das
associações e grupos de
produtores.
Fortificação das
associações
estabelecidas
Produção agrícola de
cassava
Implantação das culturas
recomendadas
Estabilização do centro
de produção das
culturas de renda e
alimentar
O fornecimento de
matéria-prima para a
indústria estará
estabelecido
Produção industrial
Iniciar a instalação e a expansão da
agroindústria processadora de
cassava
Estabilização do
processamento
Estabilidade do
processamento e
diversificação do
negócio
Produção agrícola de
culturas de
rendimento e
alimentares
Aumentar a produção de algodão,
milho, amendoim e hortícolas e
melhorar a qualidade do produto
oferecido
Aumento na
comercialização das
culturas de rendimento
Cluster terá sua
primeira cadeia de
valores desenvolvida.
Parceria com
agricultores
familiares
Identificação e estabelecimento de
contratos com as associações para o
fomento da produção e capacitação
da mão-de-obra para a indústria
Estabilização da
produção e tecnificação
dos agricultores
Estabilidade dos
contratos firmados
(3) Cluster de Produção de Grãos e de Algodão (Cluster-3)
O objetivo do cluster será a consolidação de uma região que já apresenta um processo de
início de desenvolvimento de produção agrícola, alavancando a economia e fortalecendo os
agricultores locais. Deverá ser estruturada uma série de iniciativas a fim de atrair
investimentos, focados no desenvolvimento das potencialidades e superação das atuais
limitações. Os investimentos deverão ser de caráter de parceria público-privado, com
atuações na melhoria da infraestrutura local. O poder público será envolvido através de
parcerias e incentivos fiscais.
Recomenda-se a instalação do cluster no distrito de Gurué, mais especificamente na Planície
de Lioma. A região possui um grande potencial agrícola e abriga empresas de grupos
corporativos bem estabelecidos. O distrito possui também áreas sujeitas a grande
vulnerabilidade ambiental. As iniciativas de suporte ao desenvolvimento de um modelo
sustentável de produção deverão auxiliar na compatibilização dessas ambiguidades. O
caráter e o posicionamento do cluster no corredor possuem excelentes características para a
integração com os Clusters 5 e 7.
Assistência para Elaboração do Plano Diretor de Desenvolvimento Agrícola do Corredor de Nacala em Moçambique
2-21
As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não
são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a
implementação das estratégias neles descritos.
Tabela 2.3.4 Metas para o Cluster-3 em relação às fases do Plano Diretor
Componentes Fase I (2014-2020) Fase II (2021-2025) Fase III (2026-2030)
Ações de melhoria
da cadeia agrícola
Incentivar o desenvolvimento de
modelos de contrato e relações
agrícolas entre as diferentes
escalas de produtores e de um
sistema integrado de planejamento
e gestão agrícola
Fortalecer a criação de
Cooperativas Modernas
de produtores.
Consolidação da integração
da produção local com a
cadeia de exportação e
comércio inter-regional.
Marketing e
comercialização
Integrar a produção local às
iniciativas de beneficiamento e
processamento a serem
desenvolvidas no Corredor,
fortalecimento de serviços de
financiamento
Estabelecimento da
cadeia de produção entre
os clusters do Corredor
Abastecimento do mercado
interno e exportação de
possíveis excedentes
Infraestrutura
logística
Estabelecimento de Parcerias
Público-Privadas para aceleração
de obras de reabilitação, expansão
e criação das infraestruturas
necessárias.
Consolidação e expansão
das unidades de
beneficiamento locais de
produtos agrícolas.
Consolidação do Complexo
de Produção agrícola e da
integração deste com uma
cadeia de distribuição e
exportação.
Parceria com
produtores locais
Incorporação da mão-de-obra local
através de ações de capacitação
técnica em parceria com os
investidores locais.
Estabilização da
produção e tecnificação
dos agricultores
Estabilidade dos contratos
firmados
Outros
Avaliação do sistema atual de
concessões para exploração de
culturas agrícolas com vistas as
cadeias produtivas do algodão e
do tabaco.
Incorporação das cadeias
de produção de algodão e
tabaco nas ações de
desenvolvimento.
Consolidação do
desenvolvimento das
cadeias produtivas do
algodão e do tabaco.
(4) Cluster de Produção de Caju (Cluster-4)
O cluster de produção de caju tem como objetivo estruturar a cadeia de produção de caju
através da formalização do comércio, aumento da produtividade da castanha e da agregação
de valor sobre o produto e da criação de iniciativas públicas e privadas para incentivo a
produção, podendo assim fortalecer a economia local e melhorar a qualidade de vida dos
agricultores familiares da região. Serão realizadas iniciativas para melhoria das técnicas de
produção e fortalecer as organizações de economia solidária, com base na metodologia
participativa, visando à cadeia produtiva sustentável do cajueiro. Paralela a estas atividades,
será trabalhada a reativação e modernização das unidades de beneficiamento de castanhas
existentes na região. O projeto também prevê o estimulo ao plantio consorciado do cajueiro
com outras culturas agrícolas, além da destinação de 50% das propriedades à produção de
culturas alimentares.
A princípio, os distritos recomendados para a instalação do cluster de caju são Monapo,
Mogovolas, Meconta, Muecate. Estes Distritos configuram-se como os prioritários para o
desenvolvimento da cultura pelo INCAJU e atualmente a região já possui muitos produtores
que utilizam o caju como fonte de renda. A região também oferece uma excelente vantagem
logística, pois, encontra-se próximo à cidade de Nampula, grande centro consumidor e
distante a poucos quilômetros do porto de Nacala.
Relatório Nº 2: Projetos de Impacto Rápido
2-22
As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não
são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a
implementação das estratégias neles descritos.
Tabela 2.3.5 Metas para o Cluster-4 em relação às fases do Plano Diretor
Componentes Fase I (2014-2020) Fase II (2021-2025) Fase III (2026-2030)
Desenvolvimento
do associativismo
Promoção das associações
de produtores,
aprimoramento dos
extensionistas rurais.
Fortalecimento dos órgãos
governamentais de extensão
rural
Estabilização das
associações e grupos
de produtores.
Fortificação das associações
estabelecidas. Agricultura itinerante
e conflitos por recursos naturais
terão sido reduzidos
consideravelmente
Produção
agrícola de caju
Auxiliar e estimular o plantio
e a renovação de cajueiros
Aumento da produção
de caju
O fornecimento de matéria-prima
para a indústria e da castanha de
caju estará estabelecido
Produção
industrial
Investir e incentivar a
instalação e a expansão da
agroindústria processadora
de castanha
Desenvolver estudo sobre o
aproveitamento da polpa do
caju no processo industrial
Estabilização da
agroindústria
Desenvolvimento da
cadeia de valor da
polpa do caju
Estabilidade da produção industrial e
diversificação do negócio
Unidades de beneficiamento da
polpa de caju estarão integradas à
cadeia produtiva.
Produção
agrícola de
culturas de
rendimento e
alimentares
Fomentar a diversificação de
culturas agrícolas bem como
a intensificação da produção
em detrimento da agricultura
itinerante
Desenvolvimento e
aumento no rendimento
das culturas
Cluster terá sua primeira cadeia de
valores desenvolvida.
Parceria com
agricultores
familiares
Identificação e
estabelecimento de
contratos com as
associações para o fomento
da produção e capacitação
da mão-de-obra para a
indústria
Estabilização da
produção e tecnificação
dos agricultores
Estabilidade dos contratos firmados
Marketing e
comercialização
Desenvolver as
organizações de economia
solidária
Melhoria nas redes de
comercialização,
fortalecimento das
organizações de
economia solidária e
aumentar a
comercialização e
exportação de castanha
de caju
Exportação e comercialização de
uma quantia substancial de produtos
para outras regiões.
Novas atividades econômicas
ligadas à agricultura deverão ser
iniciadas devido aos benefícios
advindos do Cluster.
Aumentar a comercialização e
exportação de castanha de caju
(5) Cluster para Produção Integrada de Alimentos e Grãos (Cluster-5)
Este cluster prevê o desenvolvimento socioeconômico por meio da estruturação da cadeia de
produção de sementes de qualidade e alimentos, trabalhando sinergias entre a produção
empresarial e agricultores familiares para o desenvolvimento de nova cadeia de valor que
compreenderá a produção de sementes de qualidade, produção de alimentos e fortalecimento
socioeconômico de agricultores familiares por meio do incentivo do associativismo. A
produção de sementes de qualidade constitui-se como atividade fundamental para que as
metas estabelecidas no Plano Diretor para o aumento da produtividade sejam atingidas. Em
sua fase inicial, o cluster será formado por uma única empresa pioneira para a produção de
sementes que irá incluir agricultores familiares por meio de contract farming. Serão
produzidas sementes de qualidade de soja, algodão, girassol (cultivadas pela empresa
Assistência para Elaboração do Plano Diretor de Desenvolvimento Agrícola do Corredor de Nacala em Moçambique
2-23
As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não
são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a
implementação das estratégias neles descritos.
pioneira), milho, feijão nhemba, amendoim e gergelim (cultivadas por agricultores
familiares). Além da produção, a empresa será responsável pela aquisição de insumos e
maquinários necessários à produção.
Segundo as estratégias de desenvolvimento para cada zona, este cluster pode ser
desenvolvido nas Zonas I, II, III, V e VI. Inicialmente, este será desenvolvido na Zona III,
mais precisamente no distrito de Ribáuè, devido à disponibilidade de terras para o
desenvolvimento de uma Unidade de Beneficiamento de Sementes corporativa, recursos
hídricos para promover irrigação, agricultores familiares para o desenvolvimento de contract
farming, além de média vulnerabilidade socioambiental e baixa vulnerabilidade
socioeconômica. Além desses, fatores, destacam-se as boas condições edafoclimáticas para o
desenvolvimento das culturas selecionadas e boa infraestrutura para o escoamento da
produção para os mercados consumidores de Nampula e também para Cuamba,
possibilitando a distribuição das sementes para todo o Corredor de Nacala.
Tabela 2.3.6 Metas para o Cluster-5 em relação às fases do Plano Diretor
Components Fase I (2014-2020) Fase II (2021-2025) Fase III (2026-2030)
Produção
corporativa
Implantação das áreas e
início da produção de
sementes de soja, girassol e
algodão.
Aumento da área de produção.
Estabilização da produção.
Produção de
sementes
Implantação da Unidade
Beneficiadora de Sementes
Aumento da área de produção
de sementes.
Estabilização da Unidade de
Beneficiamento de sementes
Parceria com os
agricultores locais
Promover a associação dos
agricultores e iniciar os
cultivos por contract farming
incluindo 1.000 agricultores
Fomentar e tecnificar os
agricultores parceiros
Fortalecimento das
associações de produtores e
aumento no número de famílias
envolvidas
Marketing
Comercialização de
sementes e alimentos no
Mercado interno com foco na
região do Corredor de Nacala
Fortalecimento do
abastecimento ao mercado
interno
Estabilização de fornecimento
ao mercado interno e possível
início da exportação da
produção excedente
Atividades
suplementares
Promover a reabilitação de
sistemas de irrigação
existentes.
Promover financiamento e de
insumos e tecnologias aos
produtores locais
A cadeia de produção e
comercialização de sementes
estará desenvolvida.
Melhorias na infraestrutura de
escoamento para os principais
centros consumidores.
Melhoria na infraestrutura de
escoamento para o Porto
Nacala.
Outros
Avaliação do sistema atual de
concessões para exploração
de culturas agrícolas com
vistas as cadeias produtivas
do algodão e do tabaco.
Incorporação das cadeias de
produção de algodão e tabaco
nas ações de desenvolvimento.
Consolidação do
desenvolvimento das cadeias
produtivas do algodão e do
tabaco.
Relatório Nº 2: Projetos de Impacto Rápido
2-24
As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não
são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a
implementação das estratégias neles descritos.
(6) Cluster de Produção de Chá (Cluster-6)
O cluster de produção de chá será específico para Gurué (Zona IV), uma vez que a produção
e o processamento do produto são únicos e possuem uma grande importância econômica
para a indústria local. O Chá de Gurué é uma marca bem estabelecida no país e
aproximadamente 85% da produção total é exportada para o mercado internacional. A
abertura de novas áreas na Zona IV possui grandes limitações, por isso, a indústria de chá
possui fundamental importância para o desenvolvimento da economia local.
Para a revitalização da indústria do chá é necessário que se renove as árvores que foram
plantadas no período colonial de Moçambique e possuem mais de 70 anos de idade. As
novas mudas melhoradas poderão ser importadas do Malawi. Essas plantas deverão ser
posteriormente replicadas para a renovação e o preenchimento do restante da área. Serão
firmados também contratos de fomento da produção com agricultores familiares que deverão
se organizar em associação nomeada de “Associação dos Produtores de Chá de Gurué”.
Ações de reflorestamento serão integradas ao cluster, pois além da indústria necessitar de
uma grande quantidade de madeira para o processamento de secagem das folhas, a região
ainda enfrenta um grande problema de baixa disponibilidade de lenha.
Tabela 2.3.7 Metas para o Cluster-6 em relação às fases do Plano Diretor
Componentes Fase I (2014-2020) Fase II (2021-2025) Fhase III (2026-2030)
Produção de chá
Substituição das antigas
plantas por mudas
melhoradas
Aumento da produtividade de
chá
Estabilização da produção de
chá em alto nível com
substituição sistemática de
árvores antigas
Parceria com
agricultores locais
Fomento da produção da
indústria com os agricultores
familiares em um acordo
justo e transparente
Fortalecimento da associação de produtores e difusão de
tecnologia melhorada de manejo de plantações de chá.
Marketing &
Processamento
Melhoria da qualidade do chá
através da introdução de
normas de qualidade
Promoção de processamento
em conjunto e marketing
Promoção do eco-turismo em
conexão com a produção de
chá
(7) Cluster de Infraestrutura Agrícola de Cuamba (Cluster-7)
Este cluster tem por objetivo o desenvolvimento do setor agrícola do Corredor de Nacala
através da estruturação de infraestruturas básicas necessárias que envolvem a distribuição de
produtos e serviços voltados ao agronegócio. A atração de investimentos será promovida
com base no estabelecimento de uma Zona Econômica Especial (ZEE), onde serão gerados
diversos incentivos fiscais para estimular o setor privado a creditar seus recursos em obras de
infraestrutura em uma área delimitada.
O distrito de Cuamba, inserido na Zona V, é o local esperado para receber o cluster
pioneiramente. A região encontra-se posicionada estrategicamente no centro do Corredor de
Nacala e no momento possui uma infraestrutura ligeiramente desenvolvida. Segundo as
estratégias de desenvolvimento, o cluster pode ser desenvolvido também nas Zonas I, II, III e
Assistência para Elaboração do Plano Diretor de Desenvolvimento Agrícola do Corredor de Nacala em Moçambique
2-25
As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não
são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a
implementação das estratégias neles descritos.
VI. Espera-se que uma gama de agroindústrias de processamento, assim como fornecedores
de máquinas e insumos e de serviços de inciativas privadas sejam instaladas em Cuamba
após o estabelecimento da ZEE. Esperam-se também aportes governamentais para o
desenvolvimento de infraestrutura social.
Tabela 2.3.8 Metas para o Cluster-7 em relação às fases do Plano Diretor
Componentes Fase I (2014-2020) Fase II (2021-2025) Fase III (2026-2030)
Zona Econômica
Especial (ZEE)
Desenvolvimento de uma
ZEE com incentivos e
benefícios fiscais aos
investimentos voltados ao
agronegócio.
Estabilização da ZEE ZEE estabilizada
Transporte modal
ferroviário
Melhoria nas condições de
acesso e operação da linha
Cuamba – Porto de Nacala.
Melhoria nas condições de
acesso e operação da linha
Cuamba – Lichinga, atualmente
subutilizada.
Expansão do transporte
ferroviário e plena operação da
linha de Lichinga ao Porto de
Nacala.
Transporte modal
rodoviário
Pavimentação dos principais
acessos de interligação entre
Cuamba aos outros distritos.
Melhorias em estradas
vicinais existentes e
aberturas de estradas
necessárias.
Manutenção e melhoria das
infraestruturas das estradas
primárias e secundárias.
Expansão do transporte
rodoviário que ligam os
principais centros produtores ao
distrito.
Centro de
distribuição de
produtos e
serviços
Criação de incentivos
específicos a investimentos
em centros de distribuição de
maquinários, insumos e
serviços relacionados à
atividade agrícola.
Estabilização de Cuamba como
referência em distribuição de
produtos e serviços vinculados
à agricultura.
Estabilidade como centro de
distribuição na porção central do
Corredor de Nacala.
Armazenamento
- Revitalização dos armazéns
públicos.
- Criação de incentivos
específicos para atração de
investimentos de capital
privado em armazéns e
secadoras.
Estabilização da capacidade de
armazenamento dos galpões
públicos e privados no distrito.
A capacidade de
armazenamento dos galpões
estará estabilizada.
Infraestrutura
energética
Melhorias nas condições de
distribuição de energia
elétrica e subsídios às
indústrias instaladas no
distrito.
Estabilização da
disponibilidade e distribuição da
rede elétrica.
Estabilidade da rede energética.
Infraestrutura
social
Construção de escolas,
hospitais, adequação do
saneamento básico entre
outras infraestruturas sociais.
Estabilização das melhorias das infraestruturas.
Relatório Nº 2: Projetos de Impacto Rápido
2-26
As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não
são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a
implementação das estratégias neles descritos.
Tabela 2.2.1 Análise FOFA da Zona Análise FOFA da Zona I (Monapo, Muecate e Mecuburi)
Ajuda Prejudica
Orig
em
inte
rna
<Pontos Fortes>
Balanço da produção agrícola
Excedente de produção de mandioca e milho
Produtos locais especiais
Caju, Algodão (Monapo e Mecuburi) Gergelim
(Monapo)
Irrigação
Alto potencial por pequenas bombas de
irrigação
Localização
Próximo ao Porto de Nacala, Desenvolvendo o
Porto de Nacala (oportunidades para
exportação)
Transporte
Ao longo da estrada N1. N12 e ferrovia (bom
acesso ao mercado de Nacala e Nampula)
<Pontos Fracos>
Socioeconomia
- Baixo potencial de recursos humanos
- Conflitos fundiários entre agricultores locais e
entre empresas agrícolas e pequenos
produtores em Monapo
Cobertura & Uso do solo
-Baixo acesso a novas áreas agrícolas em
Monapo (elevada população)
-Conflitos fundiários entre os agricultores locais
e entre empresas agrícolas e pequenos
produtores em Monapo
-Área limitada a ser desenvolvida para áreas
agrícolas em Monapo (planejado por PDUT)
% muito baixo de áreas de floresta em Monapo
- Ampla área de concessão de mineração em
Monapo
- Ampla área de conservação de florestas e
área de concessão de floresta em ambos os
lados da fronteira entre Muecate e Mecuburi
Irrigação
Muitas instalações de irrigação abandonadas
Transporte
Não há bom acesso à estrada Nacional
partindo de Mecuburi
Problemas específicos
Cajueiros velhos (necessária substituição por
árvores novas)
Orig
em
exte
rna
<Oportunidades>
Mercado
-Alta demanda de alimentos da área de Nacala
- Alta demanda de alimentos da área de
Nampula
<Ameaças>
Cobertura & Uso do solo
Redução de terras agricultáveis causadas pelo
desenvolvimento da indústria e crescimento
populacional
Assistência para Elaboração do Plano Diretor de Desenvolvimento Agrícola do Corredor de Nacala em Moçambique
2-27
As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não
são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a
implementação das estratégias neles descritos.
Tabela 2.2.2 Análise FOFA da Zona II (Meconta, Mogovolas, Nampula e Murrupula)
Ajuda Prejudica
Orig
em
Inte
rna
<Pontos Fortes>
Socioeconomia
Médio a alto potencial de recursos humanos
Cobertura da Terra & Uso da Terra
- Amplas áreas cultivadas no momento
- Alta possibilidade de acesso a novas áreas
agricultáveis em Mogovolas e Murrupula
(muita área em pousio)
- Ampla área de floresta em Meconta
Balanço da produção de culturas
alimentares
Excedente de produção de mandioca
Produtos agrícolas especiais locais
Caju, Amendoim, Arroz, Algodão)(Meconta),
Gergelim (Meconta),
Irrigação
Alto potencial para uso de pequenas bombas
de Irrigação
Transporte
Bom acesso a mercados (Estrada N1,
ferrovias, mais alta densidade de estradas)
Mercado
- Alta população de Nampula
(alta demanda por alimentos)
- Alto crescimento populacional de Mogovolas)
(alta demanda por alimentos no futuro)
- Alta demanda da indústria avícola por ração
<Pontos Fracos>
Socioeconomia
Alta vulnerabilidade socioeconômica em
Mogovolas e Murrupula
Cobertura & Uso do Solo
- Limitação de área para desenvolvimento da
agricultura em Murrupula (planejado pelo
PDUT)
- Baixo % de área de floresta
Irrigação
Muitas instalações de irrigação abandonadas
Transporte
Não há boas condições de estradas entre
Nampula e Mogovolas
Problemas específicos
Cajueiros velhos (necessária substituição por
árvores novas)
Orig
em
Exte
rna
<Oportunidades>
Transporte
Melhorar o acesso entre Nampula e Cuamba
(Estrada N13)
<Ameaças>
Cobertura & Uso do Solo
- Não há PDUT de Meconta e Nampula
(ainda não está clara a iniciativa do governo
distrital sobre o controle do uso da terra, no
momento)
- Redução de terras agricultáveis pelo
desenvolvimento da indústria e crescimento
populacional
Relatório Nº 2: Projetos de Impacto Rápido
2-28
As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não
são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a
implementação das estratégias neles descritos.
Tabela 2.2.3 Análise FOFA da Zona III (Ribaue, Lalaua, Malema e Alto Molocue)
Ajuda Prejudica
Orig
em
Inte
rna
<Pontos Fortes>
Cobertura da Terra & Uso da Terra
- Grande área cultivada no momento
- Grande área de floresta em Malema e Lalaua
Balanço da produção de culturas
alimentares
Excedente da produção de milho, mandioca e
sorgo
Produtos agrícolas especiais locais
Cebola e Alho (Malema), Algodão (Lalaua e
Malema), Tabaco (Ribaue & Malema)
Recursos hídricos e irrigação
- Grande capacidade de recursos hídricos
- Muitos rios
- Grande potencial para irrigação com
pequenas/médias bombas e irrigação por
gravidade
- Muitas instalações de irrigação estão em
operação
Localização
- Próximo à área com grande população
(Nampula)
- Próximo à Cuamba (ponto logístico
estratégico)
Transporte
- Rota N1 (para Nampula, para Mocuba)
- Ferrovia (Entre Nampula e Cuamba, através
de Ribaue, Lalaua e Malema)
<Pontos Fracos>
Socioeconomia
Potencial baixo a médio de recursos humanos
Cobertura & Uso do Solo
- Grande área de concessão de mineração em
Lalaua e Alto Molocue
- Área de conservação de florestas em Ribaue
- Grande concessão florestal e área de DUAT
em Ribaue, Malema e Lalaua
- Conflito fundiário entre os agricultores locais
e fazendas empresariais em Alto Molocue
Irrigação
Muitas instalações de irrigação não funcionais
Transporte
Condições precárias das estradas rurais
Orig
em
Exte
rna
<Oportunidades>
Cobertura & Uso do Solo
Grande área agrícola está planejada no PDUT
em Alto Molocue
Transporte
Melhoria do acesso entre Nampula e Cuamba
(Rodovia N13)
<Ameaças>
Cobertura & Uso do Solo
O PDUT ainda não foi iniciado em Ribaue,
Lalaua e Malema (iniciativa não clara do
governo distrital para controlar o uso do solo no
momento)
Assistência para Elaboração do Plano Diretor de Desenvolvimento Agrícola do Corredor de Nacala em Moçambique
2-29
As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não
são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a
implementação das estratégias neles descritos.
Tabela 2.2.4 Análise FOFA da Zona IV (Gurue excluindo o Posto Administrativo de Lioma)
Ajuda Prejudica
Orig
em
Inte
rna
<Pontos Fortes>
Clima
Clima ameno e grande precipitação
Produtos agrícolas especiais locais
Chá de Gurue
Recursos hídricos
- Grande capacidade de recursos hídricos
- Muitos rios
Localização
Próximo à Cuamba (parada estratégica de
transporte)
Transporte
Bom acesso viário à Mocuba e às províncias
do sul
<Pontos Fracos>
Paisagem
Área montanhosa (não adequada para
produção de culturas em grande escala)
Socioeconomia
Potencial baixo de recursos humanos
Cobertura & Uso do Solo
Baixa acessibilidade à terra agrícola
Localização
Longa distância de Nampula e Nacala
Transporte
Baixa densidade de estradas rurais
Problemas específicos
Necessidade de substituir velhos pés de chá e
velhas instalações de processamento de chá
Consideração ambiental
Grande vulnerabilidade ambiental (alta
concentração de rios) e baixa disponibilidade
de lenha
Orig
em
Exte
rna
<Oportunidades>
Mercado
Grande demanda de chá na Europa, Índia, etc.
<Ameaças>
Cobertura & Uso do Solo
O PDUT ainda não foi iniciado em Gurue
(iniciativa não clara do governo distrital para
controlar o uso do solo no momento)
Mercado
Mudança da rota de distribuição de
commodities pela melhoria da estrada N13
entre Cuamba e Nampula
Relatório Nº 2: Projetos de Impacto Rápido
2-30
As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não
são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a
implementação das estratégias neles descritos.
Tabela 2.2 Análise FOFA da Zona V (Posto Administrativo de Lioma em Gurue,
Cuamba, Mecanhelas, Mandimba, N’Gauma)
Ajuda Prejudica
Orig
em
Inte
rna
<Pontos Fortes>
Cobertura & Uso do Solo
- Acessibilidade média a alta à terra agrícola
- Grande área florestal
Equilíbrio da produção de culturas
Excedente da produção de milho e sorgo
Produtos agrícolas especiais locais
Soja (planície de Lioma), Tabaco, Algodão
(Cuamba)
Recursos hídricos e irrigação
- Os recursos hídricos do rio Lurio e do rio
Lugenda (rios perenes)
- Grande potencial para um sistema de
irrigação por bombeamento ao longo do rio
Lurio
Localização
Próximo à fronteira com o Malawi
Transporte
Parada estratégica (Saída para Nampula,
Gurue, Lichinga, Marupa, Tete e o Malawi por
estradas e/ou ferrovias principais).
Mercado
Vínculo forte com o Mercado do Malawi
<Pontos Fracos>
Socioeconomia
- Potencial baixo a médio de recursos
humanos
- Sério conflito fundiário entre os agricultores
locais e as fazendas empresariais (posto
administrativo de Lioma e Mandimba) e
entre os agricultores locais em Cuamba
Cobertura & Uso do Solo
- Grande área florestal com DUAT em
Mandimba
- Grande área de concessão para mineração
em N’Gauma
Irrigação
Pequena área de irrigação
Orig
em
Exte
rna
<Oportunidades>
Produção Agrícola
Grande investimento na produção de soja na
planície de Lioma
Transporte
Reabilitação de estradas entre Cuamba e
Nampula, Cuamba e Lichinga, Cuamba e
Gurue através da planície de Lioma, Cuamba e
Pemba (corredor de Pemba)
<Ameaças>
Cobertura & Uso do Solo
O PDUT ainda não foi iniciado em todos os
distritos (iniciativa não clara do governo distrital
para controlar o uso do solo no momento)
Outros Setores
O setor de mineração em Tete e na Zona VI
absorve recursos humanos.
Mercado
Concorrência com as hortícolas e outros
produtos agrícolas vindos do Malawi
Assistência para Elaboração do Plano Diretor de Desenvolvimento Agrícola do Corredor de Nacala em Moçambique
2-31
As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não
são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a
implementação das estratégias neles descritos.
Tabela 2.2.6 Análise FOFA da Zona VI (Majune, Lichinga e Sanga)
Ajuda Prejudica
Orig
em
Inte
rna
<Pontos Fortes>
Clima
Clima ameno e muita precipitação
Cobertura & Uso do solo
- Grande área florestal em Majune e Sanga
- Acessibilidade média a alta à terra agrícola
Equilíbrio da produção de culturas
alimentares
Excedente da produção de Milho
Produtos agrícolas especiais locais
Batata e feijão branco em Lichinga e Sanga,
Tabaco
Recursos hídricos e irrigação
- Muitos rios
- Grande índice de utilização de instalações de
irrigação
Transporte
- Ferrovia para Cuamba
- Saída para o corredor de Pemba
Mercado
Demanda de aves para a alimentação
<Pontos Fracos>
Socioeconomia
Potencial baixo de recursos humanos
Cobertura & Uso do solo
- Grande área de concessão para mineração
em todos os distritos.
- Grande área de concessão e de DUAT em
Majune e Lichinga
- Grande área de conservação de florestas
em todos os distritos
- Área com declividade relativamente alta
- Conflito fundiário sério entre os agricultores
locais e as fazendas empresariais em todos
os distritos
Irrigação
Pequena área de irrigação
Localização
Longa distância de centros importantes de
comércio doméstico
Transporte
- Baixa densidade de estradas rurais
- Baixa frequência de transporte ferroviário
entre Cuamba e Lichinga
Mercado
Baixa densidade populacional (pequena
demanda interna)
Orig
em
Exte
rna
<Oportunidades>
Demanda dos agricultores
Demanda por sementes de batata de boa
qualidade de outras áreas
Transporte
Melhoria da estrada para Cuamba e Pemba
<Ameaças>
Cobertura & Uso do Solo
O PDUT ainda não foi iniciado em Lichinga
(iniciativa não clara do governo distrital para
controlar o uso do solo no momento)
Mercado
Concorrência com as hortícolas e outros
produtos agrícolas vindos do Malawi
Outros Setores
Investimento de grande escala em
reflorestamento e mineração
Relatório Nº 2: Projetos de Impacto Rápido
2-32
As opiniões e conclusões que integram esses documentos foram para fins de estudo e não
são vinculativas ou refletindo a posição das instituições coordenadoras, nem a
implementação das estratégias neles descritos.