8/8/2019 Dicas de Iluminao Cenica - Vallmir Perez
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DICAS DE ILUMINAO CNICA
VALMIR PEREZ
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(48,3$0(1726
O objetivo dessa dica fazer voc conhecer os equipamentos mais utilizados na
iluminao teatral e em estdios; e os efeitos produzidos por esses equipamentos.
Para criao de uma boa iluminao os designers tm que saber exatamente as
propriedades dos equipamentos que utilizaro para compor as imagens, formas e a
quantidade de luz emitida por eles. Isso de extrema importncia na criao do que
chamamos "desenho de ilum inao".
Para facilitar o entendimento da dialtica entre conhecimento tcnico e conhecimento
esttico, voc pode dar uma lida no meu artigo Tcnica e Esttica - Opostos
Complementares, publicado na revista Luz & Cena no. 52 de agosto de 2003.
Espero que voc aproveite bastante essa dica. E voc j sabe, se tiver alguma dvida,mande-me um e-mail.
Plano-Convexo Fresnel Scoop Par Elipsoidal Moving Light
Loco Light Ciclorama
Mini Brut Canho
Soft Light Set Light
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3/$12&219(;2
Equipamento mais comum nos
teatros, o famoso PC, ou plano-
convexo.
Ele leva esse nome por que utiliza
uma lente plano-convexa para fazer
com que os raios luminosos tenham
uma incidncia focalizada em
determinado campo e produza umafonte lum inosa bastante definida.
Sua utilizao bastante variada,
pois esse equipamento possui grande
versatilidade. Gerais, banhos, focos com definio (luz dura), focos indefinidos (luz
soft), back lights (contra-luzes), podem ser criados com esse "pincel".
Para criao de luz soft, adicionam-se filtros difusores ou silk, assim como paradesenhos retangulares utilizam-se barndoors. Outros efeitos podem ser conseguidos
com prtica e experincia, tais como: sombras projetadas, vitrais projetados,m scaras, etc.
Os plano-convexos podem ter diferentes potncias, os mais comuns so os de 500 W,
1000W, 20 00W e ut ilizam lm padas halogneas.
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)5(61(/
O fresnel leva esse nome devido a
sua lente, inventada pelo fsico
francs Augustin Fresnel (1788 -
1827).
Como o plano-convexo, o fresnel
um equipamento cuja luz pode ser
considerada "dura", porm, devido as
caractersticas difusoras de sua lente,
o equipamento fornece um
detalhamento focal menos acentuado,
diluindo a iluminao do centro
periferia.
Muito til na construo de gerais,
contra-luzes, banhos e walls, o fresnel o tipo de equipamento essencial dentro dosteatros.
Sendo sua luz mais suave, suas sombras so menos definidas.
Encontramos esse tipo de equipamento em utilizao nos teatros, estdios de vdeo, tv
e no cinema.
Suas potncias variam m uito e no cinema criam um a ilumin ao muit o apropriada para
efeitos de luz do dia com utilizao de lmpadas hmi de alta potncia.
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6&223
Tambm conhecido como panelo,
produz iluminao tambm soft. Sua
luz abrange uma grande rea.
Utilizado para preenchimento (filll ight)
Esse equipamento o antecessor dosmodernos set light s
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3$5
Leva esse nome porque possui uma
lmpada com espelho parablico(Parabolic Alumized Reflector).Essas lmpadas so encontradas emvariados ngulos de espelhamento(par 38 ' ' , par 56 ' ' , par 64 ' ') .Seu foco definido, ovalado e muitobrilhante.Os ngulos de abertura da luzdependem tambm dos tipos debulbos e formato das lentes. muito u tilizado em t eatros e shows.
So usados em estdios apenasquando uma esttica particular osexige.
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(/,362,'$//,&2
Equipamento cujo foco bem
definido proporcionando luz dura.
Utilizado geramente para projeo e
recortes de imagens no fundo ds
estdios e para efeitos no teatro.
Alguns teatros tambm os utilizam
para gerais de frente.
As projees so feitas atravs de gobos de ao, duralumnio ou gobos de vidro
refratrio com imagens e efeitos dicricos.
Para abertura focal o equipamento possui uma ris mecnica, para os recortes jogos de
facas e para projees os porta-gobos que podem ser unitrios e estticos ou duplos e
rotativos, que servem para criao de efeitos dinmicos.
Existem t ambm mquinas de efeitos para acoplagem na parte front al do canho.
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029,1*+($'
Equipamento com controle digital que
tanto pode transferir uma iluminao soft
(wash) como focos definidos, projees de
gobos (lminas vasadas de duralumnio
para projeo de imagens) e luzes
estroboscpicas.
Seu controle feito atravs de mesas com
protocolos de comunicao DMX (protocolo
de tranferncia de dados de mesas digitaispara equipamentos)
Utilizados geralmente em shows e
programas de televiso ao vivo para
efeitos de banho no palco e em alguns
casos especficos tam bm em estdios.
So divididos em categorias de acordocom a sua mecnica: Moving heads
(cabeas que se movem) e moving mirror(espelhos que se movem - tambm conhecidos com o Scans)
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/2&2/,*+7
Utilizam lmpadas par (56 ''), possui
as mesmas caractersticas de
projeo luminosa dessa famlia.
Luzes duras que podem seramenizadas com filtros.
Leva esse nome porque os primeiros
foram feitos para utilizao de
lmpadas de locomotiva, as
conhecidas locomotion lights.
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&,&/25$0$
Como o nome j diz, utilizado para
projeo de fundos em cicloramas
(painel de fundo de cenrios e
estdios que possuem caractersticas
semi circulares - fundo infinito) depalco e estdios.
Iluminao soft de grande abertura
angular.
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0,1,%587
Esse equipamento fornece uma
grande quantidade de luz. Funciona
com jogos de lmpadas par ( parabolicaluminized reflector). bastante utilizado em shows paraefeitos de grande impacto,principalmente sobre o pblico.Pode ser utilizado em grandesestdios para preenchimentos degrand es reas.
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&$1+26(*8,'25
Utilizado para projeo de focos
definidos em atores e cenrios.
Muito pouco utilizado em estdios, a
no ser em programas de televiso ecinema (efeitos especficos).
Encontramos em diferentes
potncias.
Geralmente m anuseado manualment e
sobre um trip de apoio.
Possui sistema de troca e mistura de
cores.
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62)7/,*+7
Como o nome j diz, esse
equipamento fornece uma
iluminao soft, ou seja, um banho
de luz bastante homogneo e
geralmente atinge uma rea
extensa.
Ele indicado para luzes de
preenchimento (fill light) mas pode
tambm funcionar como iluminao
principal (key light)
Esses equipamentos podem ter
variadas potncias.
So indicados tambm para
preenchimento de fundo de
cenrios (walls)
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6(7/,*+7
I luminao tambm soft, porm, com
uma definio focal larga. de costume utilizar esseequipamento com filtros de papelvegetal para suavisar os detalhes.Indicados tanto para key light comopara fill light.Geralmente so encontrados comlmpadas de potncias variadas: 300W, 500 W, 1000W.So bastante utilizados tambm emgravaes de "externas" devido a suamaleabilidade.
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(648(17$1'2/03$'$6
Oi pessoal,
Para aqueles que nunca tiveram a oportunidade de realizar uma operao deilum inao de um espetculo, v ou deixar aqui umas dicas.
* Chegue pelo com 1 hora de antecedncia no teatr o.
* Ligue a mesa e deixe as lmpadas esquentando em 10% de resistncia por m ais ou
menos uns 15 m inutos. I sso far com que elas tenham um a maior durabilidade e voc
ainda no corre o risco de ter um a lmpada queim ada.
* Depois disso, logo em seguida, f aa a reviso de todas as luzes, acendendo- as uma a
uma e verificando se existem correes a serem feitas. Voc provavelmente ainda tem
45 m inutos para isso.
* Faa uma anlise prvia de todos os equiopam entos de efeit os, roteiros, etc. Tudoque voc utilizar em cena.
* Estando tudo certo, relaxe e tente servir como apoio emocional tam bm para o resto
da equipe, isso fundamental.
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,/80,1$d2'(2548(675$6(&0$5$
Quem j t eve que projetar u m desenho de ilumin ao para orquestr as em palcos
convencionais, sabe o quanto im portant e term os em ment e que os m sicosnecessitam visualizar suas part itur as.Para isso existem algumas coisas que podemos fazer para melhorar a visualizao daspartit uras, realando instrum entos, msicos e maestro.A primeira medida a ser toma construir uma iluminao soft, ou seja, uma luz queno crie sombras definidas. Para isso, podemos utilizar filtors polarizadores em todosos refletores, ou se o espao oferecer condies, trabalharmos apenas comequipamentos fresnel.O caso tambm exige contr a luzes que incidiro diretam ente nas part itu ras. So essasluzes que fornecero uma melhor qualidade de visualizao por parte dos msicos.Geralmente, esse contra deve possuir uma luminncia que no ofusque os olhos dosm sicos quando rebatida pelas part itur as.Ilu m inao front al para orquestra desaconselhvel, j que o brilho da ilum inao
front al pode atr apalhar a leitu ra. recom endada iluminao em no m xim o 45 grausde inclinao frontal e 60 graus de inclinao das contra-luzes.Luzes laterais e luzes para efeitos visuais devem ser cuidadosamente estudadas tendoem v ista o que foi exposto acima.Quando necessitamos fazer um a luz em ambient es alternativos, essas mesmasrelaes da luz com as partituras devem ser respeitadas.Pode-se por exemplo, forrar lum inrias de tet o com papel v egetal para se conseguiruma iluminao soft.Alguns designers preferem f orrar todo o palco acima da orquestr a e abaixo dosrefletoress (mantendo distncias seguras), com tecidos sintticos ou telas difusoras,construindo assim um ambient e bastante agradvel para os m sicos.I sso pode serutil izado por exemplo, em festiv ais.O folow spot no maestro, ou canho seguidor, s recomendvel nas entradas esadas, ou nos agradecimentos entre movimentos e atos. Sua luz deve ser de baixaintensidade e com filtros pouco saturados.Para ilum inao do maestro, pode-se utilizar um a luz m ais dura, porm r espeitandosem pre um ngulo de inclinao que no reflita luz direta da part itu ra no regente. Essailuminao pode ser conseguida utilizando-se dois refletores frontais soft comincidncia de 45 graus de inclinao vertical e horizontal e dois contra-luzes com asmesmas especificaes.A utilizao de cores muito saturadas no so indicadas, pois isso tambm poderiaatrapalhar a visualizao das partit uras. I ndica-se no caso, f iltr os brancos parailum inao front al e para os contras, azuis, amarelos ou r osas, bem leves, paraproporcionar um ambiente mais ameno.
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Todo mundo sabe que os filtros (gelatinas) so artigos bem caros, principalmente para
ns brasileiros que ganham os em Real e pagam os em Dlares por eles.Na hora de trabalhar com filtros, alguns cuidados podem fazer valer o nosso dinheiro.
So eles:
- Nunca deixe seus filtros em superfcies empoeiradas, em cima de objetos cortantes,
etc.. Eles riscam e marcam a dobra com muita facilidade.
- Mantenha seus filtros sempre em um lugar onde eles possam ficar em posio
vertical e retos.Depois de cortados. utilize uma caixa ou envelope para acondicion-
los.
- Entre eles, coloque uma folha de papel para que eles no se atritem. isso evitar
riscos na superfcie.
- Durante as montagens, no joque seus filtros de cima da escada, principalmente se
tiverem dentro dos porta-filt ros. Alm de perigoso, isso estraga o m aterial.
- Depois de recortados os filtros para utilizao nos equipamentos, coloque-os sobre
um a superfcie bem dura ( um pedao de madeira ou frmica). Bata com a ponta de um
estilete sem muita presso. Isso far alguns pequenos furos nos filtros que no
aparecero na projeo, mas facilitaro a troca de ar quente e frio entre o exterior e o
interior do espao entre as lentes dos equipamentos e projetores. Isso faz com que o
filtro n o derreta com o tem po e nem apresente aquelas manchas de queimado.
- Na hora de cortar seus filtros, tent e maxim izar o mxim o as reas de corte.
Geralmente se consegue aproveitar os filtros utilizando algumas normas de corte. Se
voc no souber, risque uma folha de papel com as mesmas dimenses at achar a
maneira m ais vivel.
- Se voc for ut ilizar mais de uma cor num mesmo refletor, nunca coloque os filtros
grudados um n o outro. pr efira sempre u tilizar dois prota-filt ros. Isso faz com que as
gelatinas no grudem entr e si.- Se seus filtros tiverem m uito em poeirados, lave-os com gua e sabo neutro. No
esfregue com fora e d preferncia para ut ilizao das mos e esponjas m acias.
- Por fim, o que voc deve saber que um filtro uma lmina delicada constituda de
material resistente a certos tipos de influncia externa, mas no a todas.
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espetculo)
- Opinies dos out ros profissionais designers.
Bom, muitas outras coisas poderiam ser colocadas, mas o mais importante a gente
entender que tudo isso faz parte de um universo vivo e que possui suas prprias leis.Os esboos ento so isso, ferr ament as que ut ilizam os para facilit ar a nossa criao.
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&5,$1'2/8=(6',)86$6
Quantas vezes no nos deparamos com teatros e casas de espetculos com um nvelalto de precariedade no que tange aos equipamentos e instalaes.Quando isso acontece, t emos qu e colocar n ossos conhecim entos t cnicos parafuncionar e assim conseguirmos o melhor aproveitamento possvel dos recursosdisponveis. o caso das luzes gerais, que geralmente ficam mais interessantesquando ut ilizamos conceitos de ilum inao soft, ou, para serm os mais populares,quando fazemos com que a luz incida no espao de atuao com um desenhohomogneo, e as sombras, menos definidas.O equipamento mais indicado para esse efeito nos teatros convencionais o Fresnel.Sua lente difunde m ais a luz, produzindo esse tipo de desenho com m uita h arm onia ebeleza, quando bem utilizados claro. Mas a est o problema. Esses equipamentosso mais caros que os famosos PCs (plano-convexo) que encontramos com certafacilidade nos teatros. A tarefa ento dos designers e dos iluminadores tentar utilizaro equipamento encontrado e aproxim ar o m ximo possvel seu efeito, de um efeito deFresnel.J ut ilizei at refletores pares e abertos em algum as mont agens, pr incipalmente em
espaos alternativos, e posso confirmar que incluindo e ut ilizando corretam ente out rosacessrios podemos chegar a um resultado mu ito prxim o do ideal. O melhorequipamento para isso , indubit avelmente, o plano- convexo.Costumo utilizar filtros difusores Rosco Frost 101 para difuso da luz e s vezes,fabrico bandoors, ou bandeiras (1) , com m aterial reciclado(2) , instalando-osfrontalmente e prendendo-as com o porta-filtros(3) do equipamento.Essas medidas podem resolver problemas tcnicos e de recursos com bastantesimplicidade e so tam bm um prazer para quem tr abalha com as mont agens. sem pre m uito gr atificante poder resolver problem as atr avs da criativ idade e intuio.O ngulo de inclinao dos equipamentos que foi resolvido no projeto no precisa seralterado, porm , geralm ente, t emos que fechar u m pouco o foco dessesequipamentos. Outra soluo seria a utilizao de Papel Vegetal, aquele mesmoutil izado antigam ente pelos desenhistas projetistas, no lugar de filt ros difusores,
porm, os vegetais, como assim chamamos, tm um nvel de difuso muito maior,projetando a luz numa rea muito extensa, alm de diminuir razoavelmente aquantidade de luz emitida e uma vida til muito curta, amarelando com o tempo. Sdevemos utilizar esse recurso em lt im o caso, embora ele seja m uito u tilizado dentro efora dos estdios, em filmagens e gravaes de cinema, vdeo e tv para produo deluzes soft de alta difuso.
(1 )Bandoors ou bandeiras: Acessrio instalado na frente das lentes de um refletor,constit udo geralmente de quat ro abas mveis, ut ilizado para recortes de luzgeralmente retangulares.(2)Utilizo chapas de off-set que so descartadas pelas grficas aps sua ltimautilizao.
(3 )Porta- filtr os: Acessrio instalado na frent e das lentes de um refletor cuja f uno oferecer suporte para os filtros.
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0(6$6'(5(81,(67e&1,&$6
Durante a preparao de um espetculo surge um a enorme qu antidade de dvidas em
todos os setores.
Dvidas na direo, na montagem cenogrfica, na execuo dos trabalhos, na
produo, na confeco dos figurinos, na iluminao, em fim, dvidas e mais dvidas.
Fora isso, o trabalho no palco, seja ele um musical, o show de uma banda, um
espetculo teatral, de dana, etc, sempre ser um trabalho que envolve criao
conj unta, ou seja, u ma gam a de profissionais criativos que trabalham para um mesmo
f im.
Voc j imaginou se cada um deles resolvesse usar o mximo de criatividade sem se
preocupar com esse conjunto? Acho que no final teramos uma imensa colagem de
idias. Pode ser que at resultasse numa experincia bastante interessante, mas quem
j participou de grandes montagens, com certeza sabe que na maioria das vezes o querealmente poderia acontecer seria um grande desastre.
Para evit ar esses "desastr es", o m ais aconselhvel a im plant ao de reunies
tcnicas. Nessas reunies os profissionais de criao, diret ores , produ tor es e outros
profissionais envolvidos diretamente no espetculo, contribuem com suas prprias
idias e, geralmente mediados pelos diretores e produtores, encaixam essas idias
dent ro dos objet ivos m aiores da cena e das condies de produo.
Vamos ver alguns itens que podem ser discuti dos nessas mesas:
Estudo das condies tcnicas
o Oramentrias
o Estruturais
o Equipam entos e acessrios
o Recursos hum anos
o Tempo
Alm disso, os designers e a direo, resolvem problemas de ordem esttica, taiscomo:
Cores, formas, posicionamento de cenrios, figurinos, adereos
Trilha sonora, tempo de durao dos efeitos
Planejamento de sistemas de comunicao
Elaborao de proj etos conj unt os entr e designers (exem plo: luz e cenrio)
Para que todos esses avanos possam ser conseguidos, essas reunies devemacontecer regularmente e de preferncia com a presena de todos os envolvidos.
Dessa forma todas as alteraes que por ventura acontecerem durante a montagem,
sero conhecidas por todos os profissionais, que conseqentemente tero uma maior
facilidade de resoluo dos problem as.Quem ganh a o espetculo e o espectador .
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3$5$$*,/,=$580$0217$*(0
Sabemos que os teatros no Brasil t rabalham geralm ente com t emporadas curtas,
principalment e os teatros do estado, dos m unicpios. Por isso mesmo existem algumasdificuldades relacionadas ao t empo de mont agem de cenrios e ilum inaes duranteuma estria.Muitas vezs a montagem dos cenrios e da luz acontecem na parte da manh ou tarde e logo em seguida, noite, o espetculo tem que estr ear.Aqui vo algumas dicas para faciliar uma montagem respeitando as condies que ostcnicos e a estrutura dos palcos oferecem, sem claro prejudicar o espetculo.
- Chegue cedo ao teatro e faa uma anlise de todas as condies tcnicas(equipam entos, posicionament o das varas, posicionamento dos pontos de luz, etc.)
- Procure conversar com os tcnicos e participar-lhes suas dificuldades. geralmenteesses profissionais conseguem sempre resolver os problemas com muita imaginao,
j que eles conhecem o espao e as estruturas melhor que voc.
- Procure sempre tratar os profissionais com respeito, afinal, deles que voc vaiprecisar.
- Observe tambm se a colocao dos cenrios no ir atrapalhar a movimentao daescada do iluminador. Se por acaso isso acontecer, monte o cenrio, faa umamarcao rpida, retire os cenrios e corrija a luz, colocando novamente o cenrio naposio.
- Falando tam bm de cenrios, sem pre conveniente pensar que m uit o m ais fcilum a m udana de posicionam ento dos cenrios para um a m elhor qualidade plstica, do
que um a m udana nas varas de luz. Tenha sempre em ment e que cenrios e atoresso, na maioria das vezes, mais fceis de se locomoverem para um ponto ideal.
- Monte prim eirament e as luzes principais (gerais, banhos, contras, etc) para emseguida montar os efeitos, focos, detalhes.
- Mantenha-se sempre por perto dos ilum inadores, prestando-lh es todas asinformaes necessrias. muita falta de respeito voc chegar depois de tudomontado e solicitar alteraes que poderiam ser feitas com a sua presena. Lembre-seque os profissionais no so seus empregados e, mesmo que fossem, isso seriabastante indelicado.
- No deixe que atores ou outras pessoas da produo, a no ser o diretor, dem
palpites no seu trabalho. Cada um responsvel pela sua atividade. Alm do mais,quando se tr abalha com m ontagens de luz muit o perigoso ter algum embaixo dourdimento.sonoplastia so feitos logo depois de tudo montado.
- Nos ensaios tcnicos apenas o dir etor e os tcnicos opinam, no se esquea disso.
- Na programao da mesa de luz (no caso de mesas analgicas), posicione os efeitosj na sequncia. I sso vai aj udar o operador de ilum inao.
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- Durant e os espetculos exij a sempre a p resena dos tcnicos na cabine e no palco.
- Sempre tenha muita preocupao com a segurana. No deixe que nada coloque em
risco a sua vida e a vida dos out ros.
- Em casos onde se utiliza fogo ou material inflamvel, saiba que existem leisestaduais e federais de n orm atizao dos tr abalhos. Nesses casos, o corpo de
bombeiros tem presena obrigatria.
Existem muitas outras coisas que poderiam ser ditas, mas isso a gente tambm
aprende na prtica. O mais importante Levarmos em considerao
- Quando voc estiver acompanhando as montagens, olhe sempre para cima. Isso faz
parte dos procedimentos de segurana. Se cair alguma coisa voc vai estar atento e
conseguir se proteger.
- Nunca permita que o ensaio de sonoplastia interfira nas montagens. Ensaios de o
trabalho de todos os profissionais envolvidos, respeitando-os e auxiliando-os.
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&8,'$'26&20$6/03$'$6
Lmpadas de refletores de iluminao so geralmente muito caras, por essa razo
devem os nos preocupar com os cuidados de m anuseio.J em uma dica anterior falei sobre a necessidade de esquentarmos as lmpadas antes
de ensaios e espetculos. Hoje quero falar sobre a man ut eno desses tens.
Se voc reparar, vai notar que a maioria das lmpadas de pcs, fresneis, set lights, so
halgenas, isso , so constr udas a partir de bulbos de cristal de quart zo com
filamentos de tungstnio. So chamadas halgenas porque possuem gases halgenos
no interior do bulbo, que so geralmente menores que as lmpadas convencionais.
Menores por qu e
esse gs, ou gases, permitem que os eletrons desprendidos durante o aquecimento
retornem ao filamento, alment ando a vida til da lmpada.
No manuseio dessas lmpadas devemos tomar o cuidado de no deixar nenhum
resduo. Nossas mos esto geralmente impregnadas com gordura da pele ou outras
impu rezas do ambiente.
Aps o manuseio, devemos limpar m uito bem apenas com um pano limpo, m acio eseco.
Se por acaso houver algum ponto de acmulo de suj eira, provavelmente o bulbo de
cristal ir se destemperar pela diferena de temperatura. Isso far com que no local da
sujeira o cristal t enha um maior aquecimento provocando um "i nchao" do bulbo e
posteriorm ente a dimin uio da vida til e consequente a queima m ais rpida dalmpada.
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$1/,6('$6&21',d(6(/e75,&$6(0(63$d26$/7(51$7,926
Quando o iluminador se defronta com espaos alternativos para montagem de sua
iluminao precisa saber muito bem como determinar a carga total exigida pelosequipamentos.Geralmente equipamentos convencionais utilizam lmpadas de tenso,220 V (volts), assim
como a sada dos racks das mesas de iluminao.
Os racks, so as fontes principais de distribuio das tenses por canais. Na maioria dasmesas analgicas esses racks tm 6 canais com 4 entradas (tomadas) de 1000 W (watts), ou
seja, voc poder plugar em cada canal uma lmpada de at 1000 W de potncia, ou 2
lmpadas de 500 W, ou 5 lmpadas de 200 W e assim por diante.Para cada canal, ento, voc poder colocar no mximo 4000 W. Essas definies voc
encontrar escritas na prpria lmpada. Um exemplo seria uma lmpada halgena para
elipsoidal de 220 V de tenso e 1000 W de potncia.
Devemos saber que os racks so ligados geralmente em quadros de fora que, por medidas
de segurana, devem possuir disjuntores automticos. Esses disjuntores geralmente so
termo-magnticos, ou seja, desligam automaticamente com o aumento de temperatura e, osmais modernos, com a simples aproximao de um objeto. Isso acontece para que os cabos
e toda estrutra no venha a apresentar temperaturas elevadas, provocando incndios e
choques eltricos em quem os manuseia. Os disjuntores possuem tamanhos e capacidadesde correntes diferentes que so dadas em A (ampre)
Mas vamos supor, que voc utilize durante o espetculo um pico de 20.000 w, ou seja, 20refletores de 1000 w ligados de uma s vez numa geral. Para fazer a ligaes seguras, voc
dever determinar a corrente total utilizada nesse caso, isso para no sobrecarregar odisjuntor e esse, desligar durante o espetculo.
O clculo simples, basta dividir a potncia total (20.000 W) pela tenso utilizada (220 V).
Isso vai dar: 90,91 A (ampre), ou seja a corrente total.
Verifique ento se o disjuntor possui uma capacidade maior que essa.Geralmente, trabalha-se com uma margem de 10% sobre a corrente, ou seja, no nosso caso
poderamos utilizar um disjuntor de 100 A (ampre). isso se d porque se houver algum
problema de superaquecimento e o disjuntor possuir uma capacidade, por exemplo de 250A (ampre) ele demorar muito para desligar, o que tambm no aconselhvel.
Fora isso, a fiao utilizada deve ser sempre compatvel com a distncia entre os pontos e a
grossura (seo) dos cabos. Sempre consulte uma tabela que poder ser adquirida nosrevendedores.Para fazer montagens eltricas sempre importante a presena de um eletricista experiente.
Nunca trabalhe sem observar essas medidas de segurana.
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/,03(=$'(&20321(17(637,&26
Lent es e espelhos devem estar com suas superfcies sempre lim pas para um a um
melhor aproveitament o da luz.Nos equipamentos de iluminao convencionais, as lentes tm papel fundamental naqualidade de transferncia da luz. Em equipamentos tipo elipsoidal, alm dos jogos delentes, o espelho que faz com que os raios luminosos sejam focados numa rearestrit a (espelho elipsoidal) deve estar sempre lim po, pois, do contrrio, podem refletira sujeira no foco.Disponibilizo aqui algumas dicas de procedimentos de limpeza dos sistemas pticoslaboratoriais, que t ambm podem ser utilizados em equipamentos de ilumin ao.&8,'$'26&20&20321(17(637,&26
Em geral os componentes pticos so muito sensveis, e o menor contato com outrassuperfcies pode estrag-los. Para evitar danos aos componentes importante ter
sempre os seguint es cuidados:
- Nunca coloque o dedo sobre a superfcie- Nunca limpe vidros com produtos que voc no sabe que apropriado- Proteja o local onde os componentes so guardados pra que eles no risquem , oufiquem batendo.
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Apesar desses cuidados serem gerais, alguns componentes so mais sensveis queoutros, por exemplo, um a lente de vidro de baixa qualidade pode ser lim pa com um a
flanela, enquanto que uma rede de difrao pode ser danificada ao menor toque emqualquer superfcie, e um polarizador pode ser inutilizado se entrar em contato comgua. O mais impor tan te no arr iscar, se voc no sabe se pode ento no faa!
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Existem diversas tcnicas de limpeza de componentes pticos, vamos estudar apenasas tcnicas mais simples, e com menor risco de danos, mas que tambm so as maisutilizadas no dia a dia do laboratrio.
Jato de ar-comprimido ou nitrognio: Para a remoo de poeira que se acumuladiariamente nos componentes que foram expostos, a tcnica mais indicada aaplicao de um jat o de ar-comprim ido ou nitr ognio. O jato pode ser de um cilindro
de gs ou de um esfuminho. Esta tcnica, alm de simples, pode ser aplicada a todotipo de componente ptico. O nico cuidado a ser tomado a presso (fora) do jato,que pode danificar componentes que possuem pequenas membranas.
Papel umedecido com lcool iso-proplico: Para retirar pequenas manchas e sujeirasque esto mais grudadas. Esta a primeira tcnica que deve ser utilizada devido abaixa agressividade dos lcoois na maior parte dos componentes pticos, incluindoaqueles que possuem "coalting" ( geralmente um a mem brana de material plstico oude um polmero)
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Como fazer: Prenda um papel macio (ou gase) dobrado numa pina - o papel tem queficar fi rm e. Molhe o papel com lcool iso-proplico sem excesso. Passe o papeldelicadamente sobre a superfcie, sempre na mesma direo. Caso a lente seja debaixa qualidade, a operao pode ser feita utilizado-se um cotonete. No caso de lentesde refletores de iluminao, pode-se utilizar um pano macio.Cuidados: Nunca use duas vezes o papel ou cotonete. Se o componente ptico for de
plstico, ou polmero, informe-se se ele no reage a lcool.
Banho com acetona: A acetona indicada para remoo de manchas de gordura(digit ais). Esta tcnica anloga a anterior , m as a reagente (acetona) muit o maisagressiva que o lcool, o que impede que ela seja utilizada em componentes deplstico ou com "coalting", e exige mais alguns cuidados. A evaporao da acetona,deixa manchas na superfcie, portanto, aps passar o papel com acetona deve-se lavartoda a superfcie tam bm com acetona e em seguida com gua limpa, Para remover oexcesso de acetona, em seguida, a superfcie deve ser seca utilizando-se jato de arcom priim ido ou nit rognio. No caso de componentes de vidro, ele deixado algunsm inut os numa estuf a para secagem completa.
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1) jato de ar comprimido ou nitrognio2) Papel umedecido com lcool iso-proplico3) Banho com acetona
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O procediment o de lim peza de prismas e outr os componentes de vidro ou cristal, sem elhante ao procedim ento adotado para a lim peza de lentes, entretant o im portant e estar atento se o elem ento possui algum "coalting" especial.
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As redes de difrao so uns dos elementos pticos mais sensveis, pois geralmenteso fabricadas em materiais maleveis e solveis em acetona. A limpeza desse tipo decom ponente feita apenas com jat o de ar-comprim ido ou nit rognio. Apenas as redesgravadas em materiais especiais podem ser limpas com lcool ou acetona.
Polarizadores e filtros especiais interferomtricos:
Apesar desses componentes serem resistentes mecanicamente (contra riscos) eles noresistem a produtos qumicos como lcoois e acetona, portanto, a limpeza deve serfeita apenas com jat os de ar-comprim ido ou com papel m acio seco.
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Essa dica, que foi extrada em grande parte da apostila do "Curso de Medies pticas"do I nstit uto de Fsica Gleb Wataghin - Unicamp, oferece procedim entos maisadiantados do que aqueles geralmente ut ilizados por ilum inadores, porm ,iluminadores atualmente, trabalham tambm com equipamentos mais avanados,com o: data- shows, lasers, fora os equipamentos inteligent es (moving light s, scans,etc), que possuem tam bm component es sensveis.
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Para o trabalho de limpeza de lentes comuns (equipamentos convencionais), os
procedimentos so mais simples. Lavar em gua corrente com sabo neutro, deixar
secar ao sol, em estufas mornas ou com panos macios. O mais importante saber que
equipamentos limpos e bem cuidados, alm de serem mais facilmente manuseados,
contri buem com a qualidade da ilum inao .
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Todo artista ao desenvolver uma obra de cunho histrico, necessita obt er element os
da poca para que seu trabalho tenha consistncia, verdade.Na iluminao, isso alm de ser tambm verdadeiro essencial, pois, pocasdiferentes nos remetem a luzes diferentes.De que maneira?Vamos tomar o exemplo de um espetculo que se passa na Frana do sculo XV.As luzes naturais, ou seja, a luz do sol que incide em ambientes internos e externosvem "carregada" de sublim inares de outr os element os que constituem a plstica doespetculo.Eu explico: Vamos supor que a luz incidente do sol sobre cenrios e atores fora criadapara dar im presso de uma reunio popular no pt io de um a catedral. O que poderiareforar a idia seria o trabalho minucioso das sombras que incidiro sobre o todo dopalco.Alm disso, t emos de levar em considerao que a luz, sendo tam bm elemento de
linguagem, pode ter seus matizes alterados para compor o psicolgico da cena.Uma luz mais quente, am arelada, rem ete o pblico a um determ inado estado deconscincia, di ferentement e de um a luz m ais azulada. Alm, claro, de favorecer oentendim ento dos horrios em que a cena ocorre.Nas luzes interiores o designer t em que se preocupar com o levantam ento das fontesexistentes na poca. No nosso exemplo, teramos que buscar a criao de ambientesque dessem a impresso de serem iluminados por velas, archotes, etc.Muitas vezes tambm a preocupao volta-se para os cenrios e figurinos. O designertem que saber exatamente os efeitos das cores luz sobre as cores pigmentos,realando assim o t rabalho conj unt o da obra.De maneira geral, a busca por um a ilumi nao que transmit a mom entos histricossempre prazerosa. o trabalho de pesquisa minucioso da linguagem visual que torna
o trabalho mais empolgante.Uma maneira bastante interessante de buscarmos essas informaes, e talvez a maisimportante e completa, seria o estudo das obras pictricas dos contemporneos dedeterm inada poca. Os artistas da tela sempre se preocuparam com a lum inosidadeem suas criaes. Isso facilita sobremaneira o contato com a experincia visual queesses povos possuam.Sempre ser possvel avaliarmos o "sentido" ou "essncia" de cada poca tambmatravs da literatu ra, da m sica, etc. Basta t er a m ente e o corao abert os.O artista deve se envolver na sua obra de m aneira que consiga sentir profundam ente o"esprito" de sua busca.
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A luz, como todos sabem, transforma todos os elementos da cena.
Quanto a u tilizao de ilum inao sobre maquiagens, o m ais important e trabalharcom os conceitos da pot ica de um espetculo. Na verdade isso vale para tudo:
cenrios, figurinos, etc.
Mas o que significa trabalhar com a potica quando se fala em iluminao e
maquiagem?
Devemos ter primeirament e em m ente que a luz cromatizada (luz colorida) em
superfcies brancas, vai cumprir o papel de pigmentadora dessa superfcie, ou seja, vai
funcionar exatamente como o pincel e tint a em t ela branca.
No caso de superfcies coloridas, a luz vai funcionar como velatura ou veladura, o que
se assemelha a pinceladas "veladas", diludas, sobre os pigmentos que j esto na tela
do pintor, provocando um terceiro cromatismo. O estudo dessas reflexes e
radiosidades cromticas pode ser feito com apenas um equipamento e filtros coloridos.
Outro meio de estudo, seria a utilizao de softwares de simulao de incidncia de cor
luz sobre cores pigmento.Na maquiagem os efeitos podem ser "benficos" ou "malficos", isto , podem criar
imagens que possuam conceitos relacionados com a idia-mensagem dos personagens
ou no. No prim eiro caso, a luz refora as expresses criadas e no segundo caso, a luz
distorce essas expresses, prejudicando a leitura por parte do pblico.
O trabalho do maquiador e do iluminador deve estar sempre ligado nessas questes
bsicas e em out ras que podero surgir duran te as criaes.
Outro fundamento importante que deve ser observado pelos designers o ngulo de
inclinao da iluminao. Luzes a pino provocam sombras sob os olhos, nariz, lbio
inferior, pescoo, etc. Existem momentos que a maquiagem deve servir como
element o corretor dessas distores, com apli caes mais claras nessas reas. I sso
geralmente acontece em palcos que limitam a utilizao de luzes ideais.
J na maquiagem para o vdeo e televiso, procura-se corrigir apenas os pequenosdefeitos da pele, aumentar a resoluo de detalhes, etc. Principalmente em programas
de entrevistas e jornalsticos, a m aquiagem, geralmente em p, simplesmente
aplicada com esponja macia e m ida, e no t om da pele. Batons seguem o mesmo
princpio de cor, apenas para correo.
Nos estdios de televiso, a maquiagem de "personagens" diferencia-se da
maquiagem teatral pela quantidade menor de pigm entao, pois, a linguagem
televisiva diferente da lin guagem do t eatro, assim como tam bm existe diferena decaptao de imagem entre a cmera e o olho humano.
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Durante minhas passagens por teatros e espaos que possuem estruturas de
iluminao, tenho encontrado diversas vezes equipamentos que foram adquiridos einstalados, sem nenhuma preocupao com os resultados desses equipamentos quantos reas de incidncia lum inosa no palco.Isso se d tambm muitas vezes quando companhias alugam equipamentos para seusespetculos.A que se deve isso?Pois bem, vamos entender porque os fabricantes apresentam em seus catlogos emanuais, os ngulos "beam" e "field" de seus equipamentos.ngulo de abertura beam aquele que proporcionar a menor rea de focagem desseequipamento com seus respectivos jugos de lentes ou "lentes solitrias".J o ngulo field, ser aquele que proporcionar o maior ngulo de abertura, ou seja,um a maior rea de incidncia lum inosa.Por isso mesmo, temos que antecipadamente, saber qual a rea a ser iluminada por
esses ngulos e seus interm edirios, pois, se comprarm os ou locarmos umequipamento cujos ngulos no forem compatveis com as distncias entre varas epalco, poderemos ter srios problem as em nossas criaes.Esse clculo bem simples, basta termos em mo a distncia entre o equipamento e opalco ou cenrios que estarem os util izando. Tendo isso, fica fcil a gent e calcular quaisas reas menores e maiores de incidncia da luz.A frmula a seguinte:
D = 2 d tg (a/2)
onde D o dimetro em metr os da rea projetada, d a distncia do artefato
(equipament o) ao plano de incidncia da luz e a o ngulo beam ou field.
Vamos supor que eu esteja ut ilizando um elipsoidal de abertura beam 20 graus eabertura field 50 graus, num a distncia de 15 m etros da rotunda ou ciclorama.
Para o exemplo acima teremos ento:
Dbeam = 2 x 15 x tg (20/2) = 5,29m
Dfield = 2 x 15 x tg (50/2) = 13,99m
Com esses resultados em mos podemos ter uma idia do comportamento dailum inao com m ais exatido. O que nos permite comprarm os ou locarmosequipamentos adaquados.
Essa dica t eve a colaborao do Light ing Designer Osvaldo Parrenoud -http://www.desenhosdeluz.com.br/
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Quando falamos em ilu min ao geral de palco, geralmente estamos falando em t ermos
estticos de iluminao, ou seja, uma geral abrange uma rea extensa do palco, o quequer dizer que subliminarmente uma potica foi pensada para essa ocasio.
A ilum inao de palco possui duas funes bsicas:
- A I lumin ncia da cena: que diz respeito quantidade de ilum inao/ rea. A
quant idade de luz necessria para a v isualizao da cena.
- A potica: que diz respeito li nguagem potica favorecida com determ inado modo
de utilizao da luz.
A preocupao com a iluminncia e com a potica caminham juntas aos olhos dos
designers. Uma ilum inncia de baixa int ensidade (a ilu min ncia dada pela unidade
lux) vai interferir na viso do pblico, porm, pode ser essa a proposta potica. Na
min ha opinio (e isso uma questo de linguagem plstica), o comprometim ento coma potica deve sempre v ir em prim eiro lugar.
Digo isso, porque conheo profissionais que trabalham exclusivamente com as
questes de ilum inncia, ou seja, questes tcnicas. Concordo que m uit as vezes esse
trabalho seja necessrio, tendo em vista a quantidade de elementos plsticos da cena,
porm, acredito que sempre podemos realizar uma "boa" luz, at endendo
primeiramente a composio esttica, j que esses tantos elementos fazem parte douniverso da imagem e do contexto da cena.
Mas vamos voltar a abordagem tcnica, pelo menos nessa dica.
Uma boa geral aquela que propicia uma viso tridimensional dos elementos de cena
(isso para uma geral tradicional de palco italiano)
Luzes de 30 graus e 45 graus frontais, contra-luzes de 45 graus e 30 graus, reforos
de mesma angulao laterais, arandelas, etc, contribuem para um a melhorvisualizao. Fora isso, utiliza-se geralmente nos palcos italianos, as gerais frontais e
de contra-luzes "cruzadas", ou seja, numa vara frontal, cruzam-se os refletores da
direita em direo esquerda e vice-versa. Isso ajuda a formao da
tridim ensionalidade dos elementos.
Tambm pode ser "rebatida", que quando os focos so determinados de maneira
paralela ent re si, ou perpend iculares s varas de luz, o que a mesm a coisa.
As gerais tambm podem estar "focalizadas" em determinadas reas. Poderamos
denomin-las de sub-gerais. Essas sub-gerais geralmente funcionam como focos de
informao que abrangem reas maiores do que focos "solitrios".
Os banhos, so sub-gerais que geralmente fornecem iluminao complementar s
luzes da cena. Um exemplo desse caso seria uma sub-geral mbar com um banholateral de 30 gr aus azul, para r ealar um a tem tica qualquer.
"Walls", ou "gerais de cenrio" so aquelas construdas com a finalidade de alterar a
composio plstica de cenrios de fundo, geralmente verticais, por isso mesmo
chamadas de walls. Essas gerais so extremamente importantes para fortalecer
mudanas climticas, climatolgicas, dimensionais, etc, dos cenrios. Quando bem
ut ilizadas enriquecem as cenas e as estr ut uras cenogrficas.
Muito se poderia dizer sobre as gerais, assim como m uit o se poderia dizer sobre a
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pintur a. A arte manifesta- se de infinitas maneiras e exatamente a que est o prazer
do artista.
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Quando iniciei m eus trabalhos de desenho de ilum inao, ut ilizava ferramentas que
tambm eram as nicas do desenho tcnico. Mesas de desenho, canetas de nanquim,rguas paralelas, esquadros, normgrafos, etc.
Atravs dessas ferramentas era possvel e at hoje se construir projetos e mapas
mu ito bem elaborados, porm, dispendia-se um tempo precioso, pois, cada detalhe
tinha que ser desenhado mo, e quando os erros aconteciam a melhor opo era
comear de novo. Im aginem s o "tram po" que dava tu do isso.
Hoje, graas evoluo da informtica, esto disponveis no mercado timas
ferramentas para designers e projetistas.
Na engenharia civil, eltrica e mecnica, alm do famoso AutoCad, existem vrios
softwares especficos. Isso tambm acontece na iluminao.
Hoje em dia encontram os no mercado softwares muit o avanados, que alm de
executar simulaes em 3 dim enses, no fin al, tem os tambm em m os as plantas em
variados ngu los. Alm disso, esses softw ares, na m aioria das vezes, so compatveis
com mesas de controle digital. Alguns so desenvolvidos pelas prprias empresas quefabricam equipamentos, outros, podem ser conectados a diferentes tipos de mesas e
a, tem os ainda um a outra vant agem, a de controlar e simular equipamentos e
situaes ao mesmo tempo.
Aqui no Laboratrio de Iluminao utilizamos o Compucad verso 2.0 da empresa
israelense Compulight. Nele, posso construir os ambientes, importar arquivos cad ou
ambientes, elementos, prontos. Adicionar equipamentos, filtros, gobos, etc, includos
em suas bibliotecas que so atualizadas constantemente.
Em bora esses softw ares sejam caros, existe ainda a possibilidade de encontrar mos
algumas ferramentas gratuitas, como o caso do "radiance" que funciona em
plat aform a Unix. Esse software no possui bibl iotecas e nem nos oferece a
possibili dade das plant as finais, porm , sua renderi zao (pr ocesso de construo da
imagem em estrutura bitmap) m uito boa.
Existe tam bm um a verso do radiance gratuita para plat aforma de AutoCad R14 e
2000. Nesse caso a biblioteca oferece apenas equipamentos e luminrias de interiores
arquitetnicos e alguns modelos de mveis, portas, banheiros, etc. O que no
apropriado para designers de iluminao de palco.
Outro software bastant e avanado o Wysiwyg (w hat y ou see is waht you get) . Essa
ferramenta m uito boa, porm , no consegui encontrar import adores no Brasil.
Voc pode fazer um donwload da verso demo no site:
http://www.castlighting.com/cast/ l ighting/home.jsp.
O que no podemos esquecer que softw ares de ilum inao so aqueles que
exclusivamente oferecem intercmbio com mesas de controle.
Utilizo tambm o 3dsMax verso 6.0 para a simulao da luz nos ambientes e para
simu lao de efeitos especiais. Esse software fant stico. Nele podemos ter um a idia
mu ito prxim a da iluminao no plano real.
Abaixo, deixo alguns links para serem visitados:
http: / / radsite. lbl.gov/deskrad/dradHOME.htm l
- http://www.lxdesigns.co.uk/
http://www.etcconnect.com/index.asp
http://radsite. lbl.gov/radiance/download.htmlhttp: / / stagetec.co.uk/php/ index.php?sectionid= 8&parentid= 5&contentid= 1296
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Quando falamos em cor, estamos na verdade falando de luz,
pois, sem a luz no existiriam o que chamamos "cores".
Na natureza encontr amos dois sistem as cromt icos: o sistem a
Aditivo e o sistema subtrativo.
O sistema aditivo aquele formado pelas trs cores primrias da
luz (Azul-violeta/ vermelho e verde), decompostas a partir da l uz branca solar que a
fonte natural de luz no planeta terra. As lmpadas eltricas, velas e outros aparatos
luminosos, nos fornecem iluminao sinttica. Chama-se aditivo porque a adio das
trs cores primrias form am a luz branca.
A decomposio das cores primrias da luz branca num prisma acontece devido s
diferenas de comprimento de onda de cada cor, que vo do vermelho ao violeta.
O olho humano consegue perceber cores que possuem comprimentos de onde que vode 380 nm ( nanmetros - que a milionsima parte do milmetro) a 780 nm. Abaixo
de 380 est a luz infr avermelha e acima a emanao ultravioleta.
Quando misturamos essas cores primrias entre si temos os seguintes resultados:
9HUPHOKRD]XO0DJHQWD9HUPHOKRYHUGH$PDUHOR9HUGHD]XO&LDQR
Essas cores resultantes so chamadas de cores secundrias da luz e so ao mesmo
tempo as cores primrias do sistem a subtrativo.
6LVWHPDVXEWUDWLYR
Todos os objet os do mun do possuem cor. Essa cor form ada
pelos elementos naturais ou sintticos que se encontram na sua
camada externa.
Os pigmentos podem tambm ser naturais ou sintticos. Esses
pigmentos em contato com as cores-luz vo absorver
determinadas faixas de onda cromtica e refletir outras, que sero captadas pelo olho
humano.
O sistema subtrativo leva esse nome tendo em vista que a mistura de suas cores
prim rias tendem ao preto, ou seja, ausncia de luz.A mistura entre as cores primrias do sistema subtrativo ( ciano/ magenta e am arelo)resultam no seguinte:
&LDQRPDJHQWDD]XO&LDQR$PDUHORYHUGH$PDUHORPDJHQWDYHUPHOKR
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Note bem a beleza e a harmonia natural do sistema. As cores secundrias do sistema
aditivo so as cores primrias do sistema subtrativo e as cores secundrias do sistema
subtrativo so as cores primrias do sistema aditivo.
O preto e o branco no so cientificam ente consideradas cores. O branco o result ado
da soma de todos os comprimentos de onda e o preto a ausncia completa da luz,
portanto da cor.
O sistema aditiv o chamado tambm de sistema RGB (red/ green e blue) e o sistema
subtrativo de CMYK, onde "k" representa o preto que adicionado aos pigmentos para
obteno de maior ou m enor saturao, visto que, no encontram os pigmentos puros
na nat ureza.
O estudo das cores fundam ental em quase todas as reas de conheciment o, por isso
mesmo, vale a pena comear j!
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Para quem nunca ouviu falar em "sombra chinesa" vai aqui um a explicao rpida:
Pelo menos alguma vez na vida algum j deve ter visto sombras projetadas por algum focode luz atravs de uma cortina. Nos palcos, a "sombra chinesa" a utilizao desse efeito
como lionguagem plstica e de cena.
Efeitos de sombras "chinesa" devem ser muito bem estudados para que o resultado
final seja satisfatrio, t anto plasticamente, quanto em term os de linguagem cnica.
Alguns conhecimentos bsicos de comportamento da luz e de materiais so
im prescindveis para a realizao desse efeito.
Vamos comear ento com a luz:
Uma das propriedades fsicas dos raios luminosos o seu movimento retilnio, pelo
menos em observaes no microcosmo, pois, no macrocosmo, a luz pode desenvolverum traj eto curvilnio devido s influncias do m agnetismo dos grandes corposestelares. Mas vamos ficar aqui embaixo mesmo.
Agora, o que tem os de saber que tambm existe uma infinidade de m ateriais que
permitem a passagem de determinadas porcentagens de luz incidida sobre eles, tais
como: tecidos, plsticos, vidros leitosos, filt ros de difuso, etc. So esses materiai s os
mais utilizados nesse efeito, exatamente porque seus graus de opacidade e textura,
determinaro comportam entos diferentes da luz no anteparo.
Quando emitimos um foco de luz frontalmente a esses materiais, seus versos
apresentaro as sombras dos objetos dispostos entre eles e a luz, tal como na figuraabaixo:
Vista in terna Vista externa
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Sabendo disso e conhecendo e testanto materias e luzes diferentes, os lighting
designers podem obter efeitos muito bons no palco.
Devemos lembrar tam bm que a quant idade, direo e ngulo de iluminao
determinar as sombras criadas. Para completar diramos que a dimenso da sombra
criada ser inversamente proporcional distncia entre a fonte de luz e o anteparo
mat erial, assim como dos objetos utilizados.
Para um melhor ent endimento veja as figuras abaixo. Observe que a distncia entreobjetos, fundo (anteparo) e fonte de luz, provocam efeitos diferenciados.
Outra coisa im portante a saber que a quantidade de sombras de um objeto
projetadas no ant eparo depender exclusivament e da quant idade de fontes lumin osas
e as distncias e dim enses entr e as som bras dependero das distncias ent re essasfontes. Veja na figura abaixo alguns exemplos:
Viso interna de tecido pintado Viso externa de tecido pintado
Viso interna de projeo de imagem Viso externa de projeo de imagem
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Viso interna de duas fontes Viso externa de duas fontes
Viso interna da fonte prxim a ao objeto Viso externa da fonte prxim a ao objeto
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Espaciais:
Os elementos espaciais so aqueles que oferecem uma viso abrangente e minuciosadas formas dos espaos utilizados em uma montagem. Geralmente so concebidospara informaes desses elementos, desenhos de vista area, tambm conhecidoscomo desenhos de planta baixa. Essa viso facilita bastante o observador, pois lhegarante um entendimento global do espao estudado. Em casos mais especficos,util izam-se tam bm v istas frontais, laterais e de perspectiva. Isso geralm ente dependeda complexidade do espao e de suas relaes com outros elementos informacionaisque devam estar contidos nos mapas.
Nos desenhos espaciais so normalmente adicionados palco e platia, porm, issodepende muito de cada espetculo. Performances modernas podem utilizar banheiros,sagues, estacionamentos, bilheterias, jardins, etc tornando-se necessrias inclusesdesses espaos. preciso deixar claro tambm, que num mapa, somente devem serinseridas em desenho inform aes relevantes[ 1] . Inf orm aes irrelevantes causam
confuses de projeto, comunicao e leitura.
Elementos estruturais do desenho:
Os elementos estruturais do desenho so aqueles que oferecem informaes dasestruturas de suporte tcnico contidas no espao, tais como:
Varas de iluminao, varas de cenografia, palcos mveis, urdimento, pernas, cochias,bambolinas, cicloramas, arandelas, torres, mesaninos, escadas, proscnio, cortinas,elevadores, m acacos hidrulicos, m alaguetas, quart eladas m veis e fixas, m anobras,sistemas de hidrulica (efeitos com gua), espelhos, etc.
Esses elementos de desenho so especialmente importantes na medida em que,m udanas de espao, requerem mu danas de projeto. Como exem plo, podemos citaras varas de ilu m inao e suas distrib uies no espao. Essas distri buies influenciamde maneira completa a escolha dos equipamentos e de suas posies no palco, tendoem vista os ngulos de campo e foco das lentes em relao s distncias dosequipamentos nas mont agens.
Outro exemplo bastante srio o da influncia das distribuies de varas de cenrioem relao s varas de iluminao. A distribuio cenogrfica deve partir dopressuposto de que os cenrios e adereos tm necessariamente que cobrir espaosonde a iluminao possua estruturas viveis, ou seja, cenrios e adereos, na maioriadas vezes, devem prim eirament e obedecer a lgica do posicionam ento das estrut uras
de ilum inao, Torna- se muit o mais vivel em todos os sentidos, mu danasestr atgicas de cenrio do qu e de estrut uras eltricas e de ilumin ao, principalment eem palcos tradicionais. O mesmo processo tambm ocorre com relao s marcaescnicas de atores, elementos cnicos, etc.
Elementos dimensionais do desenho:
Mapas de iluminao devem necessariamente ser executados com preocupaoescalar, ou seja, todos as dimenses mtricas devem ser respeitadas e includas no
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desenho.A util izao de escala obviam ente necessria pela pr pria nat ureza de
suporte do desenho tcnico. Todos os element os do desenho devem obedecer essas
relaes para que as inform aes tcnicas sejam as mais prx im as possveis douniverso real, que a inteno maior do proj etista.
Outra n ecessidade da escala na construo do desenho a de qu e as abertur as focais
dos equipamentos que desenham a luz, so cuidadosamente calculadas em termosmatemticos precisos. Isso significa que as formas utilizadas para demarcao dos
efeitos produzidos por esses equipam entos seguem necessariam ente as proj ees
escalares de forma bastante correta. Se todos os elementos estiverem na mesma
proporo o produt o final ento, possuir um a complexidade e funcionalidade
desejvel na comunicao das idias e sentidos do projeto.
Elemen tos cenogrficos do desenho:
A cenografia tem papel fundamental t anto no espetculo propriamente dito, como
tambm nos mapas de iluminao. Atravs do desenho dos elementos cenogrficos
distribudos no palco percebe-se a estrutura funcional da luz na cena. A combinao
entre desenho cenogrfico e desenho de iluminao permite o entendimento desseespao enquant o uni verso fsico da cena.
Camas, mesas, cadeiras, paredes, janelas, jardins, balces, etc, formam a base real
das dim enses do espao. So component es impr escindveis na com posio do
desenho de iluminao. At porque, a iluminao encontra no espao fsico seu objeto
final de construo.
Mesmo utilizando-se apenas teles pintados de fundo de palco, a iluminao serve ao
propsito de manifestar o espao, embora esse seja apenas um de seus atributos.
Porm, a discusso propriam ente do desenho, ent o, not a-se a necessidade de
esclarecimento visual entendvel, no que tange incidncia da iluminao nesses
elementos para torn-los visveis, vivos, dando ao projeto clareza e funcionalidade.
Elementos mecnico-dinmicos do desenho:
So os elementos que facilitam a compreenso das atividades de movimentos da
iluminao dentro do espetculo. Com a evoluo das tecnologias de iluminao
torn ou- se necessrio a insero de dados novos nos projet os. A facilit ao de
movimentao da luz em cena obriga os designers a buscarem novas possibilidades do
desenho. Uma delas a amostragem por animao grfica. Essa amostragem
acompanha o desenho bidimensional e este por sua vez, deve informar a localizao
da referncia no pr ojeto. Explicando melhor, o desenho deve m ostrar que aquela
informao est contida em out ro suporte, no caso, um cd, um site, um dvd, um vhs.
Desenhos de movimentao cenogrfica sempre foram comuns, porm, com a luz, acomplexidade m aior devido a quant idade de informao estabelecida num mapa, No
existe impossibilidade de execuo e amostragem dessas informaes, o que existe na
verdade um a preocupao com a f uncionalidade do processo. Se possvel tornar a
amostragem mais completa atravs desses novos mecanismos, claro que os
designers os utilizaro. Coma rpida popularizao da internet ficou extremamentefacilitada a ut ilizao dessas ferram entas e o acesso dos usurios.
Elemen tos eltr icos e energt icos do desenho:
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Quando se pensa em elem entos eltri cos e energticos do desenho, pensa-se
exatamente nos componentes que compe toda a estrut ura de energia da fonte
luminosa. Sistemas eltricos utilizam energia eltrica convencional, porm, quando se
m enciona element os energticos, Faz-se referncia a sistem as no convencionais de
fonte lum inosa. Um exemplo seria um espetculo iluminado apenas com tochas de
algodo embebidas em substrato qumico.
Dos elementos bsicos eltricos do desenho, pode-se citar os seguint es: os pont os de
ligao (tomadas) das varas de iluminao, arandelas, mesaninos, tomadas de cho,
tomadas de escada, fiaes principais, multi-cabos de troca de informao, quadros de
tenso, sistemas de distribuio via cabos, interruptores de servios, interruptores de
maquinaria, sistemas de luzes de emergncia, controles de sistemas de ar-
condicionado, sistemas de controle de combate ao fogo, sistemas de controle deventilao, etc.
Nos mapas de ilum inao, essas inform aes s so disponibil izadas quando
essencialment e necessrias, em casos onde a sua contribuio na esttica do t rabalho
extremamente relevante, pois o mapa de iluminao no possui a caracterstica de
um mapa de sistemas sejam quais forem e m uito m enos de estrut ura civil e eltrica.
Nos mapas de sistem as energticos, a preocupao maior com a quali dade de
informaes tcnicas que facilitaro o entendimento na montagem. Preocupaes com
segurana podem tambm estar includas no projeto, mas no necessariamente no
desenho. Citando um exemplo de iluminao executada apenas com tochas, as
informaes poderiam estar mais direcionadas ao espao, s estruturas, aos
m ecanism os, aos materiai s e s tcnicas de mont agem e pr eparao. Proj etos nesse
sentido sempre levam em considerao muitas mincias. Geralmente acabam
resultando em projetos extensos e bastante interessantes. Nesse caso tambm, as
instrues de segurana seriam bastante apropriadas.
Elementos ferramentais do desenho:
Elementos ferramentais do desenho so aqueles que indicam as ferramentas que esto
sendo util izadas pelo criador para resolver os problem as estt icos. Refletores,
equipamentos de efeitos, perifricos, mesas de controle, maquinarias, etc. So
provavelmente os elementos principais do desenho. Inclui-se geralmente no caso de
refletor es: ti po, potncia, fabricante, m odelo, acessrios, etc. Cada refletor uti lizado
deve ser desenhado e numerado para posterior identificao na planilha de
refletor es[2 ] .O desenho dos refletor es de um m apa pode ser executado levando- se em
considerao a direo focal. I sso bastant e int eressante por que acaba facilitando o
entendiment o do desenho.
Mquinas e equipamentos de efeitos especiais tambm devem ser adicionados ao
desenho e suas devidas explicaes de funcionam ento, manut eno e operao devemseguir em anexo parte. As mesas de controle so inseridas no desenho geralmente
nas montagens em espaos alternativos. Isso se d devido ao fato de que o
posicionament o desses equipament os leva em considerao a posio do pblico e as
vantagens de distribuio de cabos de comunicao ou de tenso. Outro motivo da
insero do desenho da m esa a preocupao com a v isibilidade qu e o operador ter
do espetculo. No caso das mquinas de fumaa, ventiladores e outros equipamentos
de efeitos, a incluso tor na-se necessria para oferecer detalhes de posicionament o e
montagem. Se apenas o mapa de planta baixa no oferece explicaes exatas de
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posicionamento e aplicao dos efeitos, deve-se incluir mapas de perspectiva, laterais,front ais, de det alhes, etc. Isso vale tambm para todos os element os de desenho.
Elementos formais do desenho:
Na medida em que o mapa de iluminao responsvel pela comunicao e
entendim ento dos diversos setores profissionais de uma m ontagem, claro que suaexecuo envolve detalhes de mapeamento de ambientes. Pode-se chamar essesm apeament os de elementos form ais do desenho de ilum inao. So elem entosextrem ament e import antes para o entendim ento das reas que receberam aluminosidade dos equipamentos disponveis. Sem esses elementos os profissionais dem ontagem no saberiam determ inar as reas de atuao de suas correes[ 3] .
Pode-se utilizar tambm nesse caso, mapas de vises complementares. Plantas baixas,Frontais, Laterais etc. O importante desse elemento do desenho que ele fornece combastante preciso essas reas e que isso resulta em um trabalho final com bastantecompleto. bvio que o resultado final no depender exclusivamente do desenho,m as tambm da qualidade da mont agem e correo e da escolha e uti lizao corret as
dos equipament os.
As reas geralmente definidas por esses elementos so: Gerais, Focos, banhos,laterais, efeitos de solo, efeitos provenientes das quarteladas, efeitos de interiores eexteriores de cenrios e objetos, efeitos de iluminao focal em atores, atrizes,adereos, etc.
Geralm ente os elem entos formais so nomeados, ou seja, diferentement e doselementos ferrament ais (equipamentos, etc) que so num erados. I sso prefervel paraevitar-se confuso de nomenclatura que pode provocar confuses de leitura eentendim ento dos mapas.
Elementos espectrais do d esenho:
A utilizao de filtros para construo de efeitos coloridos no placo acaba solicitando dodesenhista in dicaes precisas desses mat eriais. A in cluso de notas referentes scores e efeitos de proj eo no desenho de extrem a im portncia no m oment o dautil izao do mapa em um a mont agem. Com o m apa em m os os tcnicos obedecemas instrues e executam-nas. Com a indicao dos filtros, acessrios e gobos apenas,nas planilhas de refletores, os tcnicos teriam u m tr abalho a mais de leitura eentendim ento da mont agem. Os filtros so conhecidos pelos nomes e pelos nm erosde catlogos oferecidos pelas empresas fabricantes, assim tambm como os gobos.So esses elementos que devem ser includos geralmente prximos ao desenho doequipamento que se est utilizando. Os desenhistas que possuem softwares desimulao de iluminao como o Compucad 2.0 e o Wysiwyg, encontram bibliotecas
desses filtros e gobos[4] para execuo de seus projetos. Esas bibliotecas soatualizadas autom aticamente ( updates) pelos softwares quando ligados a rede mundialde comput adores.
No caso de ut ilizao de gobos, t orna- se necessrio s vezes a incluso do ngulo deinclinao do desenho de projeo. Isso import ante na m edida em que aspossibilidades de desenho projetado em cenrios, atores, adereos, elementos de cenae fundos, influenciam sobre maneira o sentido exato da projeo na psicologia dacena.
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Elementos psicolgicos e clim atolgi cos do desenho:
O desenho de iluminao no tem apenas carter de informao tcnica. Pelocontrrio, mapas so executados com a preocupao primordial de fazer com que asidias poticas das cenas sejam enten didas no seu un iverso psicolgico. possvelento, at ravs de ind icaes precisas, dar instr ues mais elaboradas dessas condies
de clima psicolgico da iluminao. No existem regras fixas para a construo dem apas de iluminao, portant o, fica sempre cargo dos desenhistas adicionarem aodesenho essas informaes. De qualquer maneira, elas sempre so vistas emcomentrios[5] parte, tendo importncia capital em algumas montagens onde grande a relevncia dessas informaes.
Alguns dos elementos psicolgicos podem ser divididos nas seguintes categorias:
- De climatologia ambient al: referentes s condies clim ticas da cena (fr io, calor,etc.)
- De sentido emocional: referentes aos processos interiores de sentimento e condies
espirit uais (dio, prazer, felicidade, amor, glria, etc.) dos atores, atrizes e elementosna atuao.
- De estm ulo visual: referentes a efeitos de iluminao que provocam efeitos na retinado espectador.
- De construo fsica: Referente s possibilidades da iluminao como criadora decenografia lum inosa.
- De sensibilidade orgnica: referente a efeitos luminosos que sugerem reaes desabor, t ato, odor, etc no espectador.
- De tenso: referentes a momentos que sugerem condies psicolgicas deapreenso, deleite, etc.
- De dimenso espacial: referentes a sugestes de expanso espacial, confinamento,etc.
Outras inmeras interferncias poderiam ser aqui abordadas mas acredito que issoseria demasiadamente cansativo. Minha inteno apenas provocar um pouco osleitores para a complexidade das informaes que podem ser abordadas e utilizadas nodesenho de luz.
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[1] Nesse caso, as informaes relevantes so aquelas que possuem importnciacapital na execuo dos projetos. Um exemplo de in form ao relevante seria aindicao da cor do filtr o utilizado por cada equipamento na m ontagem. Um exemplode inform ao irrelevante seria a indicao m inuciosa de m oviment ao de atores eatrizes na cena. No que essas informaes no sejam importantes, elas soim portant es na medida em que sejam includas num projet o de encenao e no deiluminao.
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[ 2] Planilh as de refletores so listagens que acompanham os m apas de ilum inao. As
planilhas sero discutidas em captulo parte.
[ 3] A palavra correo nesse sentido est part icularmente substituindo a palavra
afinao. A afinao de ilum inao a correo dos pontos focais e de rea de um
determinado efeito ou geral de luz. Preferi utilizar a palavra correo em lugar de
afinao, no porque essa ltima tenha conotao de linguagem popular, mas pelofato de que correo um termo mais exato para descrever essa atividade.
[ 4] Gobos so filtros vazados de mat erial m etlico resistent e ao calor (geralm ente ao
e alumnio) que so utilizados em refletores elipsoidais. Algumas empresas oferecem
tambm gobos de vidro refratrio. Esses ltimos so os mais modernos e possuem a
facilidade de serem fabricados com imagens fornecidas pelo usurio. As imagens
podem ser em tons de cinza ou coloridas, o que tornou esses gobos bastante
procurados e ut ilizados pelos designers.
[ 5] Os coment rios so os mecanismos mais im port ant es nas instrues de
m ontagens, correo e operao de ilum inao de palco. Geralm ente so inseridos em
cadernos especiais de estudo de gr andes espetculos e distr ibudos a diret ores tcnicoscomo complem entao do proj eto.
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Essa dica o resultado de uma en trevista ao Grupo de Ensino a Distncia do Centro de Compu tao
da Unicamp para publicao em seu Boletim EAD.
1_ Qual a im portncia de um bom sistema de ilum inao para captao de imagens?
A ilumin ao no apenas fundamental, simplesment e tudo. Devemos entender que
o que se capta na cmera no o objeto em si, mas a luz refletida por esse objeto.
Sem uma boa iluminao no existe uma boa captao.
Quando falamos em "boa iluminao" estamos querendo dizer que as luzes do set
(estdio), locao int erna ou ext erna, foram corrigidas para um padro aceitvel.
Nosso olho consegue muito rapidamente equilibrar as cores que vemos no mundo real.
J com as cmeras isso mais com plicado.Uma coisa importantssima no trabalho de iluminao a correo de temperatura de
cor. O que seria isso? Explico: Enquanto o cinema e a televiso eram em preto e
branco e t ons de cinza, no hav ia necessidade do equilbri o das cores na captao de
im agens. J com o cinem a e a televiso coloridos, ficou patent e a necessidade de
busca de um padro de iluminao para se conseguir equilbrios de cores
padronizados. Pelculas e cmeras de televiso comearam ent o a uti lizar o padro de
temperatura de cor de 3200 graus Kelvin. Isso foi conseguido depois de algumas
experincias. Utilizou-se um pequeno pedao de material de tungstnio que foi sendo
esquentado. Na medida em que sua cor ficasse prxima a da luz do sol entrando por
um a janela e projetada num a tela clara, mediu-se a temperatura do material em graus
Kelvin. Com 3 200 gr aus Kelvin a barra de tun gstnio apresentava a m esma impr esso
luminosa que a luz na tela. A partir da ento as pelculas de cinema e as cmeras de
tv foram fabricadas para trabalhar esse padro. Hoje em dia, mesmo com as cmeras
digitais, a ilum inao em 320 0 K continua padro.
Para se conseguir, por exemplo, corrigir uma iluminao de lmpada caseira para 5600
K, utiliza-se o que se denomina de filtro corretor. Ele ir aumentar a temperatur a de
cor desse tipo de lm pada (aproxim adamente 2600 K) para 56 00 K. I sso se faz
necessrio quando, por exem plo, tem os uma gravao utilizando ilumin ao comum e
luz do sol entrando no set. J o contrrio tambm possvel quando, por exemplo,
baixamos a temperatura da lu z do sol que entra por um a janela da locao (56 00 K),
para uma Lmpada de tungstnio de 3200 K.
O sistema de iluminao tambm no se restringe apenas correo de temperatura
de cor. Existem tambm os filtros difusores de iluminao, polarizadores, etc. Um bom
posicionamento de iluminao, elementos de cena e cmeras fazem enorme diferena
no produto final. Dependendo do espao e equipamentos utilizados, devemos resolvercom conceitos diferenciados. Mas no geral, obedecemos quase sem pre a t cnicas
relativament e simples, principalmente em pequenos estdios. No cabe aqui entr ar em
detalhes, acho que poderamos deixar para uma outra ocasio os aspectos mais
especficos. Quem se int eressar pelo assunt o encontrar algum as sugestes de sites no
final dessa entrevista.
2) Qual a relevncia do mobilirio e elementos de cena na captao de imagens?
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Elementos de cena fabricados com materiais muito refletivos no so aconselhveis.
Quanto s cores, principalmente das mesas, devem ser de tons prximos aos tons da
pele, isso facilitar sobremaneira o trabalho de correo da luz nos atores,
principalmente em estdios pequenos com poucos recursos de iluminao. Mesas
vermelhas provocaro reflexes vermelhas, avermelhando a pele de quem est no
campo receptor dessa reflexo.Outros elementos de cena tais como: armrios, livros, cadeiras, etc, podem possuir
tons mais fortes, porm, devemos sempre nos preocupar com as questes estticas,
de combin ao e cont rastes de cores e reflexo da luz.
O mais important e ter em m ente de que tudo que est em cena deve ter um a funo
tanto tcnica como esttica, ou seja, nada deve estar "por acaso". Tudo o que compe
a cena importante, linguagem, expresso.
As funes tcnicas do m obiliri o esto mais ligadas ao confort o e a padres aceitveis
de reflexo da luz. As funes estt icas so aquelas que constroem as referncias
expressivas das cenas: requinte, modernidade, naturalidade, etc.
3) Quais so os cuidados bsicos que devemos ter ao projetarmos um estdio quanto
ao Piso, tet o e paredes, relacionados ao sistema de il um inao?
Um set ou estdio para captao de imagens deve possuir algumas caractersticas que
proporcionem u ma melhor performance das atividades, assim como os element os queo constituem. Entre eles podemos citar:
a) Dimenses compatveis com o ngulo de abertura focal:
Espaos muito pequenos dificultam tomadas panormicas da cena, pois, a abertura
focal (rea de beam e field de abertura de lente - onde beam o menor campo de
zoom da mquina e field o maior), deve conseguir abranger os elementos cnicos,
fundos, atores, etc. Alm disso, se o que chamamos de p direito (altura do set) formuito baixo, surgiro dificuldades nas montagens de estruturas eltricas e de suporte
de iluminao, ocorrer tambm um aumento na t emperatura int erna do estdio,
devido claro, aos equipamentos de iluminao ali instalados.
No caso de sets pequenos, devem os ter a preocupao de util izar lm padas com
potncias menores, at mesmo para proporcionar conforto no trabalho dos atores,
ncoras, etc. Hoje tambm dispomos no mercado de lmpadas frias (flourescentes) de
5600 K dimerizaveis, o que timo para pequenos e mdios estdios. Na
especificidade de cursos distncia, poderamos tambm resolver problemas de
estrut ura e de p direito baixo com a m ontagem lateral de ilum inao chave (key light )
e de preenchimento (Fill light) em plano mdio (lu min rias em t rips) e de lum inrias
de contra-luzes (back light) tam bm l aterais, essas apenas um pouco mais altas.
b) Janelas e portas:
Devem manter-se preferivelmente fechadas durante as gravaes e, claro, com
tapumes e cortinas que evitem a entrada de luzes externas. Isso se deve ao fato de
que as luzes externas tem temperaturas de cor diferente das lmpadas e, o mais
import ante, que a luz natural muda m uito rapidamente, o que faria com que um a
gravao longa tivesse luzes diferentes.. Mas para que isso no transforme o estdio
em um "forno" devido s altas temperaturas da ilumin ao, aconselha-se tambm a
utilizao de ar-condicionado, porm, com tubulao vinda de um a central externa ao
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set. Ar-condicionado e captao de som no combinam, inclusive se a ligao eltricado som e do equipamento de ar estiverem conectadas num m esm o quadro dedistribuio eltr ica.Outro inconveniente na abertu ra de port as e janelas a facilitao de entrada derudos no estdio que sem pre influenciar negativam ente um a boa captao de som.
c) Pisos:Quanto aos pisos, existem dois problemas centrais: o rebatim ento ou r eflexo da luz eproblemas relacionados ambincia ( reflexo sonora nos am bientes).
Pisos m uito claros e brilhant es podem provocar r eflexos de contr a-luzes (back light) nalente das cmeras e reflexos no set, nos atores e nos elementos. Aconselha-se autilizao de pisos de material emborrachado ou carpetes de tons escuros, geralmentepretos, cinzas, azuis, enfim cores frias. Cores vivas e quentes podem apresentarproblemas de radiosidade (reflexo colorida) indesejada. J o som, se comport armelhor nesses materiais que absorvem mais as ondas sonoras
4) Quais as dicas que voc daria para pessoas que desejam montar um estdio e notenha m uita disponibilidade financeira para ser gasta com u m sistem a de ilum inao?
A prim eira dica que eu daria a seguinte: "J que o dinheiro est curt o, gaste-o commuito cuidado. Procure algum que entenda do assunto e no faa nada sem ter acerteza de que vai dar certo".Durante minha vida profissional tenho me deparado com gente que tinha muito boavontade e determinao, mas esqueceu que essas duas coisas apenas no bastam. preciso tam bm conhecer m uito bem o que se deseja realizar. Aqui na uni versidade edo lado de fora tenho visto m uit o coisa ruim em t ermos de vdeo na web. Tem genteque acha que linguagem visual no nada. A que se engana. Linguagem visual m ais import ante do que se im agina. No podem os esquecer qu e som os a terceira ou
quarta gerao da televiso. As pessoas esto ficando cada vez mais exigentes quandose trata de imagem na telinha.Transformar um ambiente qualquer em um bom estdio no tarefa fcil, achomesmo impossvel, devido s caractersticas peculiares de um ambiente como esse,porm, acredito que seja possvel transformar um a sala de tamanho m dio (6,0 x 6,0m etros) em um estdio vi vel para captao. Se ela tiver p direit o (alt ura de cho aoteto) m ais alto que o normal, 2,8 m tanto m elhor.Um sistema de iluminao para uma sala como essa pode ser mais simples, semmesas de controle. Fica mais barato, mas para quem quer qualidade no o desejvel.Digo isso porque acredito que daqui em diante, nin gum qu e queira ter padro deensino pode se dar ao luxo de negar as novas tecnologias de informao e noapresentar m ateriais de qualidade na m dia internet. J para quem quer t er um espao
de captao apenas por hobby, que no tenha compromissos mais srios com oproduto fin al, qualquer lugar serve.Outra coisa que deve ficar bem clara que a linguagem n a m dia internet t em suas leisque devem ser respeitadas. No tem nada pior do que gr avar duas horas de aulaolhando para a lente da cm era, num lugar feio e m al ilum inado e depois disponibilizartudo isso na ntegra e na int ernet. Ningum no m undo tem obrigao de ficar paradodiante de um absurdo desses. Na telinha o uni verso temporal out ro, assim com otam bm o un iverso imagtico. O que precisam os urgentement e de gente qualificadapara tr abalhar isso tu do e disponibilizar m ateriais mais int eressantes, m ais ricos, m ais
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"artsticos". No estou dizendo que a aula que o professor inseriu na mdia ruim, pelo
contrrio. O que ruim a maneira de se colocar esse conhecimento on-line. Tudo
feito sem preocupao com o espectador. Sem roteir o, sem p nem cabea. Fica aqui
meu conselho para quem trabalha com EAD: "No perca a oportunidade de inovar
baseado em conhecimentos muit o bem fu ndamentados de linguagem v isual". I novao
e tcnica devem camin har j untas no sentido de proporcionar qualidade de inform ao.
5) Quais os detalhes que normalm ente so encontrados em uma sala comum , que se
pretende transformar em estdio, qu e possa tornar invivel um a boa iluminao?
Na minha opinio existem outras urgncias anteriores. O que tem os que realmente
fazer nos pergun tar o seguint e: "Ser que essa sala oferecer condies m nimas
para aquilo que pretendo realizar?" O que automaticamente n os levar a um a outra
pergunta: "Ser que eu realmente sei o que fazer para t ransform ar esse ambiente em
um ambiente v ivel para min has gravaes?" Ou: "Ser que o que eu quero fazer no
est acim a de limit es que eu desconhea?" Ou ainda: "Ser que realm ente o que quero
est correto? Ou seja: er que o que eu qu ero o que eu t enho que querer? Parece
brincadeira no ? Mas no no.
Gostaria que todos que lessem essa pequena ent revista e qu isessem realm ente fazer
um projeto decente percebessem que a grande dificuldade e ao m esmo tempo
resposta para os problemas do setor a m esma de todos os outros: "Som ente se
consegue bons resultados com gente qualificada trabalhando srio". No existe milagre
na produo de programas. Ningum que queira se curar chama um encanador. Quem
deseja trabalhar com iluminao, captao de imagens e produo deve procurar
gente da rea e de preferncia com experincia comprovada. Tome tambm bastante
cuidado no mom ento de contratar um a empresa qualquer para desenvolver um
projeto. Tenha sempre mo duas opinies para comparao. J vi muita coisa cara
sendo empur rada para client es desatent os. Nos teat ros e casas de espetculos ent o,
nem se fala.
O que mais me perturba dentro e fora da universidade so o que eu chamo de
"proj etos exticos". Vou explicar: Quando se pretende mont ar um espao para
captao de imagens, um estdio, tudo relevante. Quando ento se constri umespao ou se gasta dinheiro reformando e comprando equipamentos, tudo tem que ser
estudado num conju nto. O que acontece geralmente que vem um engenheiro ou
ento um arquiteto, qu e no conhece nada do assunto (edificao de um estdio) e
monta um auditrio para show de calouros. No brincadeira, isso acontece muito.
Estdios devem possuir estruturas compatveis com os projetos que sero ali
desenvolvidos. No d para transformar u m estdio de ent revistas em um auditrio de
msica de cmara s porque natal. Por isso mesmo um estdio conseqncia de
um projeto ant erior, um espao que construdo objetivando um determinado tipo de
atividade. Isso mais verdadeiro ainda quanto menor forem os recursos e os espaos
disponveis. Grandes estdios podem rapidamente transformarem-se em pequenos
sets, no o contrrio. Da a necessidade de direcionamento do projeto.
6) O que poderia ser dit o respeito da import ncia da maquiagem e indument ria nacaptao de imagens?
Quando falo sobre as necessidades de cuidados especiais na captao de im agens,
tenho conscincia que falo para dois pblicos distintos. O primeiro aquele de gente
int eressada em fazer do seu t rabalho algo que possa ser prazeroso para outr as
pessoas. Essas pessoas geralm ente esto mais abertas para alguns conceitos plsti cos
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ligados ao que chamamos de esttica e arte. Geralmente tam bm o produto final
desse segm ento acaba se sobressaindo em relao a um ou tr o ti po de pbli co,
normalm ente mais experimentado e que acha que j sabe tudo na vi da e que arte e
esttica no cabem no mundo, principalmente no mundo da tecnologia e da educao.
O mais interessante que isso acontece tambm at mesmo dentro da arte. Conheo
vrios grupos e pessoas que trabalham diretamente com a arte e no se preocupam
com a prp ria estti ca. Mas porque estou dizendo t udo isso? Porque pr ecisamosurgentemente acreditar que a harmonia e beleza so essenciais em quaisquer
atividades, assim como conhecimentos da linguagem artstica. Os meios de
comunicao e a propaganda j perceberam isso h muito tempo. Precisamos agora
deslocar esse conhecim ento para ativ idades mais positi vas, entr e elas a educao
moderna.
Dentre os elementos de cena, os elementos humanos so os mais importantes. No
consigo imaginar por hora algo que seja to im portante para a educao quanto
prpria figura hu mana. Essa imagem do h umano qu e nos aproxima, nos deixa
ntim os com quaisquer assuntos. Sabemos que eles tam bm so nossos e por ns. No
caso especfico da captao de imagens, a figura humana tem papel central em todo
context o da informao. Maquiagem e indum entria complementam essa imagem e
ento devem ser pensadas com cuidado e at eno.
Na captao de imagem , principalmente de pr ogramas de carter inform ativo, amaquiagem deve se comportar como corretora e h armonizadora. A maquiagem nesse
caso deve ser sutil, apenas corrigindo pequenas "falhas" de volume, cor e brilho.
Harmonizando o rosto, a figura, com o ambiente e ilum inao. Diferentem ente de
programas cuja expressividade mais acentuada, onde a maquiagem funciona como
linguagem de reforo ao personagem.
A indument ria tem sua importncia na criao da "personagem" , aqui no sentido
mais brando do termo - sentido de criao de uma imagem com suas peculiaridades.
Isso facilita o reconhecimento entr e pblico e "personagem" . Tem sua im portncia
tambm nas relaes que cria entre os assuntos abordados, o clima, a poca, ou seja,
com a histria narrada.
Tecnicamente, a indumentria deve ser estudada para contribuir com as relaes de
contraste e t ridim ensionalidade do personagem no set. Contribuindo para a harm oniadas cores nas cenas e conseqentemente de uma imagem e expressividade tambm
mais fortes.
O que devemos ter sempr e em m ente que tu do deve ser pensando como um grande
todo, por isso mesmo, alm da viso racionalista do projeto, precisamos dar espao a
viso e pensamentos intuitivos tambm. Apenas a intuio consegue abarcar a
economia do todo, e , para isso, quem deseja trabalhar com as imagens devenecessariamente aprimorar seus conhecimentos de linguagem artstica.
7) Voc indicaria algumas literaturas e/ou sites para quem est querendo saber m aissobre iluminao?
Na rea de iluminao especificamente no existe quase nada no Brasil em se tratando
de literatura tcnica, em compensao, muitos sites disponibilizam valiosas
informaes pra quem est comeando. Gostaria de acentuar mais uma vez a
import ncia da linguagem como objeto de estudo. Trabalhar com equipamentos,
muitas vezes basta ler o manual de instruo. Aqui vo alguns livro