Diferença de alíquota de ICMS
Inovações da Substituição Tributária
Eduardo Plastina Advogado. Assessor Jurídico–Tributário do SINDILOJAS/POA. Professor de Planejamento
Tributário no Departamento de Ciências Contábeis da Faculdade de Ciências Econômicas da UFRGS. Doutor e Mestre em Direito Tributário pela PUC/SP. Especialista
em Direito Tributário pelo IBET e em Direito da Empresa e da Economia pela FGV. Graduado em Ciências Jurídicas e Sociais e em Ciências Contábeis pela UFRGS.
Diferença de Alíquota
• COMO ERA:
• OPERAÇÃO INTERESTADUAL PARA CONTRIBUINTE NÃO CONSUMIDOR FINAL:
• Revenda: recolhimento antecipado da DIFA
• OPERAÇÃO INTERESTADUAL PARA CONTRIBUINTE CONSUMIDOR FINAL:
• Ativo fixo, uso e consumo: recolhimento da DIFA
Diferença de Alíquota
• COMO ERA:
• OPERAÇÃO INTERESTADUAL PARA NÃO CONTRIBUINTE CONSUMIDOR FINAL:
• ICMS cobrado pelo estado de origem da mercadoria com a utilização da alíquota das operações internas
Diferença de Alíquota
• COMO FICOU:
• OPERAÇÃO INTERESTADUAL PARA CONTRIBUINTE NÃO CONSUMIDOR FINAL:
• Revenda: recolhimento antecipado da DIFA
• OPERAÇÃO INTERESTADUAL PARA CONTRIBUINTE CONSUMIDOR FINAL:
• Ativo fixo, uso e consumo: recolhimento da DIFA
Diferença de Alíquota
• COMO FICOU:
• OPERAÇÃO INTERESTADUAL PARA NÃO CONTRIBUINTE CONSUMIDOR FINAL
• Compartilhamento do ICMS:
• Para o estado de origem: 4%, 7% ou 12%
• Para o estado de destino: recolhimento da DIFA
Diferença de Alíquota
• REGRAS DE TRANSIÇÃO:
• OPERAÇÃO INTERESTADUAL PARA NÃO CONTRIBUINTE CONSUMIDOR FINAL
Diferença de Alíquota
• CÁLCULO:
• No cálculo do imposto devido à unidade federada de destino, o
remetente deve calcular, separadamente, o imposto correspondente ao diferencial de alíquotas, por meio da aplicação sobre a respectiva base de cálculo de percentual correspondente: (i) à alíquota interna da unidade federada de destino sem considerar o adicional de até 2% (dois por cento); e (ii) ao adicional de até 2% (dois por cento)
ICMS origem = BC x ALQ inter
ICMS destino = [BC x ALQ intra] - ICMS origem
Diferença de Alíquota
• CÁLCULO:
• BENEFÍCIOS FISCAIS:
• Desde que autorizados pelo CONFAZ, a legislação permite que os
benefícios fiscais da redução da base de cálculo ou de isenção, sejam considerados no cálculo do valor do ICMS devido nas operações destinadas a consumidor final não contribuinte do ICMS
• Incentivo na origem – redução no ICMS a ser pago à origem
• Incentivo no destino – redução no ICMS a ser pago ao destino
Diferença de Alíquota
• CADASTRO:
• A critério da unidade federada de destino e conforme dispuser a sua
legislação tributária, pode ser exigida ou concedida ao contribuinte localizado na unidade federada de origem inscrição no Cadastro de Contribuintes do ICMS
• O número de inscrição a que se refere esta cláusula deve ser aposto em todos os documentos dirigidos à unidade federada de destino, inclusive nos respectivos documentos de arrecadação
Diferença de Alíquota
• RECOLHIMENTO:
• O recolhimento do diferencial de alíquotas deve ser realizado por meio da Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais - GNRE ou outro documento de arrecadação, de acordo com a legislação da unidade federada de destino
• POR OPERAÇÃO:
• O recolhimento por operação/prestação será realizado por contribuinte que não possua inscrição do cadastro de contribuinte do ICMS do Estado de destino
• O documento de arrecadação deve mencionar o número do respectivo documento fiscal e acompanhar o trânsito do bem – a cada NF–e corresponderá uma GNRE
• POR APURAÇÃO:
• O recolhimento por período de apuração será realizado pelos estabelecimentos inscritos no Cadastro de Contribuintes do ICMS do Estado de destino, o 15º (décimo quinto) dia do mês subsequente à saída do bem
• Deverá ser informado o número da inscrição estadual do estabelecimento nos documentos fiscais emitidos, na GIA-ST e na respectiva guia de recolhimento
Diferença de Alíquota
• RECOLHIMENTO:
Código Descrição
10010-2 ICMS Consumidor Final não contribuinte outra UF por Operação
10011-0 ICMS Consumidor Final não contribuinte outra UF por Apuração
10012-9 ICMS Fundo Estadual de Combate à Pobreza por Operação
10013-7 ICMS Fundo Estadual de Combate à Pobreza por Apuração
Diferença de Alíquota
• RECOLHIMENTO:
Código Descrição
10010-2 ICMS Consumidor Final não contribuinte outra UF por Operação
10011-0 ICMS Consumidor Final não contribuinte outra UF por Apuração
10012-9 ICMS Fundo Estadual de Combate à Pobreza por Operação
10013-7 ICMS Fundo Estadual de Combate à Pobreza por Apuração
Diferença de Alíquota
• OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS:
• DOCUMENTO FISCAL: • As operações destinadas a não contribuinte do imposto localizado
em outra unidade federada devem ser acobertadas por Nota Fiscal Eletrônica - NF-e, modelo 55
Diferença de Alíquota
• OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS:
• GIA–ST: • O contribuinte que realizar operação destinada a não contribuinte
localizado em outro Estado deverá apresentar a GIA-ST com as informações da operação
• O Quadro Emenda Constitucional nº 87/15 deverá ser assinalado com "x" na hipótese de realização de operações ou prestações que destinem bens ou serviços a consumidor final não contribuinte do imposto localizado em outra unidade federada, devendo, ainda, ser preenchido observado o seguinte:
• Data de Vencimento do ICMS devido à unidade federada de destino: preencher com a data de vencimento do ICMS devido à unidade federada de destino no formato DD/MM/AAAA, conforme prazo de pagamento definido na legislação da unidade federada de destino;
Diferença de Alíquota
• OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS:
• GIA–ST: • Valor do ICMS devido à unidade federada de destino: informar o valor
do ICMS devido à unidade federada de destino em decorrência de operações ou prestações realizadas a consumidor final não contribuinte do imposto
• Devoluções ou Anulações: informar o valor correspondente ao ICMS decorrente de devoluções de bens ou anulações de valores relativos à prestação de serviços cuja operação ou prestação tenha sido informada no campo Valor do ICMS devido à unidade federada de destino neste período de apuração ou em anterior
• Pagamentos Antecipados: informar, englobadamente, os valores de ICMS devidos à unidade federada de destino em decorrência de operações ou prestações destinadas a consumidor final não contribuinte do imposto, recolhidos antecipadamente, documento a documento, por meio de GNRE, em consequência da inaplicabilidade do prazo para pagamento
• Total do ICMS devido à unidade federada de destino: informar o saldo do valor devido à unidade federada de destino (campo Valor do ICMS devido à unidade federada de destino menos campos Devoluções ou Anulações e Pagamentos Antecipados)
Diferença de Alíquota
• OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS:
• Declaração de Substituição Tributária, Diferencial de Alíquotas e Antecipação – DeSTDA: • A DeSTDA deverá ser apresentada por contribuinte optante pelo
Simples Nacional, exceto MEI, com informação do imposto apurado, referente ao:
• ICMS retido como substituto tributário (operações antecedentes, concomitantes e subsequentes)
• ICMS devido em operações com bens ou mercadorias sujeitas ao regime de antecipação do recolhimento do imposto, nas aquisições em outros Estados e Distrito Federal
• ICMS devido em aquisições em outros Estados e no Distrito Federal de bens ou mercadorias, não sujeitas ao regime de antecipação do recolhimento do imposto, relativo à diferença entre a alíquota interna e a interestadual
• ICMS devido nas operações e prestações interestaduais que destinem bens e serviços a consumidor final não contribuinte do imposto.
Diferença de Alíquota
• OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS:
• Declaração de Substituição Tributária, Diferencial de Alíquotas e Antecipação – DeSTDA: • O arquivo digital da DeSTDA deverá ser enviado até o dia 20
(vinte) do mês subsequente ao encerramento do período de apuração, ou quando for o caso, até o primeiro dia útil imediatamente seguinte
Substituição Tributária
Indústria Comércio Consumo
Circulação Circulação
ICMS
ICMS
Substituto Substituído
Substituição Tributária
• CONVÊNIO Nº 92/15:
• Estabelece a sistemática de uniformização e identificação das mercadorias e bens passíveis de sujeição aos regimes de substituição tributária e de antecipação de recolhimento do ICMS com o encerramento de tributação, relativos às operações subsequentes, com a listagem taxativa destes em seus Anexos II a XXVIII
• Aquelas mercadorias e bens que não estiverem relacionados nos anexos não mais podem ser objeto de substituição tributária e antecipação de recolhimento do ICMS, estando automaticamente revogadas as determinações em contrário
Substituição Tributária
• CONVÊNIO Nº 92/15:
• CONVÊNIOS E PROTOCOLOS ANTERIORES:
• Nos termos do Convênio CONFAZ ICMS nº 155, de 11 de dezembro de 2015, os Convênios e Protocolos que versam sobre os regimes de substituição tributária e de antecipação de recolhimento do ICMS com o encerramento de tributação, relativos às operações subsequentes, continuam a produzir efeitos, naquilo que não forem contrários às disposições do Convênio ICMS 92/15
Substituição Tributária
• CONVÊNIO Nº 92/15:
• ESTOQUES:
• Os estabelecimentos que detiverem em estoque, em 31/12/2015,
mercadorias recebidas com retenção do imposto que tenham deixado de se sujeitar ao regime de substituição tributária, por força do Convênio ICMS nº 92/15, deverão:
• inventariar o estoque naquela data, escriturando-o no Livro Registro de Inventário, preenchendo o bloco “H” conforme instruções contidas na IN nº 045/98 • elaborar relação contendo, discriminadamente, as operações promovidas com as mercadorias em ensejaram a restituição do imposto, o número e o emitente das notas fiscais de aquisição destas mercadorias, bem como o valor do crédito fiscal a ser adjudicado e os elementos necessários para a sua apuração, também conforme as instruções contidas na IN nº 045/98
Substituição Tributária
• CONVÊNIO Nº 92/15:
• ESTOQUES:
• Os estabelecimentos que detiverem em estoque, em 31/12/2015,
mercadorias recebidas com retenção do imposto que tenham deixado de se sujeitar ao regime de substituição tributária, por força do Convênio ICMS nº 92/15, deverão:
• determinar o valor do imposto passível de restituição, correspondente ao débito próprio do fornecedor e ao imposto retido por substituição tributária, aplicando-se a alíquota interna sobre o valor que serviu de base para o débito de substituição tributária, constante na nota fiscal de aquisição das mercadorias.
• Quando não for possível determinar-se a correspondência entre a base
de cálculo do imposto retido com a aquisição da respectiva mercadoria, tomar-se-á o valor que serviu de base para a retenção do imposto quando da última aquisição da mercadoria pelo estabelecimento remetente, proporcional à quantidade saída
Substituição Tributária
• CONVÊNIO Nº 92/15:
• RESTITUIÇÃO DO ICMS:
• REGIME GERAL:
• A restituição do imposto será efetuada, em relação as
empresas inscritas no CGC/TE na categoria geral, mediante adjudicação do crédito fiscal em 4 (quatro) parcelas mensais, iguais e sucessivas, devendo o contribuinte:
• escriturar a NF-e no Livro Registro de Entradas, nas colunas "DOCUMENTO FISCAL" e "OBSERVAÇÕES", indicando nesta a expressão "RICMS, Lv. V, art. 33";
• escriturar o crédito calculado no Livro Registro de Apuração do ICMS, "Outros Créditos", em 4 (quatros) parcelas mensais, iguais e sucessivas, sendo a primeira em 31 de janeiro de 2016 e, as demais, no último dia de cada mês.
Substituição Tributária
• CONVÊNIO Nº 92/15:
• RESTITUIÇÃO DO ICMS:
• REGIME GERAL:
• A restituição do imposto será efetuada, em relação as
empresas inscritas no CGC/TE na categoria geral, mediante adjudicação do crédito fiscal em 4 (quatro) parcelas mensais, iguais e sucessivas, devendo o contribuinte:
• emitir, para cada parcela de crédito a adjudicar, NF-e contendo as informações previstas na Orientação de Preenchimento da NF-e para a hipótese de restituição de ICMS-ST e, no campo "INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES", a expressão "crédito fiscal adjudicado nos termos do Livro III, art. 33, do RICMS" e o valor total do crédito
Substituição Tributária
• CONVÊNIO Nº 92/15:
• RESTITUIÇÃO DO ICMS:
• SIMPLES NACIONAL:
• A restituição das empresas optantes do SIMPLES NACIONAL
será efetuado no mesmo procedimento padrão para restituição do imposto, ou seja, formulado o pedido de restituição
Substituição Tributária
• CONVÊNIO Nº 92/15:
• CÓDIGO ESPECIFICADOR DA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA - CEST
• Tem por objetivo identificar a mercadoria passível de sujeição aos
regimes de substituição tributária e de antecipação do recolhimento do imposto, relativos às operações subsequentes
• A partir de 1º de outubro de 2016, nas operações com as mercadorias ou bens listados, o contribuinte deverá mencionar o respectivo CEST no documento fiscal que acobertar a operação, ainda que a operação, mercadoria ou bem não estejam sujeitos aos regimes de substituição tributária ou de antecipação do recolhimento do imposto
Substituição Tributária
• CONVÊNIO Nº 92/15:
• CÓDIGO ESPECIFICADOR DA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA - CEST
• O CEST é composto por 7 (sete) dígitos, sendo que:
• o primeiro e o segundo correspondem ao segmento da mercadoria ou bem
• o terceiro ao quinto correspondem ao item de um segmento de mercadoria ou bem
• o sexto e o sétimo correspondem à especificação do item
• Na hipótese de a descrição do item não reproduzir a correspondente descrição do código ou posição utilizada na NCM/SH, os regimes de substituição tributária ou de antecipação do recolhimento do ICMS com encerramento de tributação serão aplicáveis somente às mercadorias ou bens identificados nos termos da descrição contida nos anexos