Transcript

Daniel AgapitoTabelião Substituto da 29a. Tabeliã de Notas de São Paulo - Capital

Série: Dialogando:Diversidade Sexual no Contexto da Família

O Cartório

Existem oito tipos de cartórios:

1. Tabelionato de Notas: autenticações, reconhecimento de firmas,escrituras, testamentos, procurações, divórcios, inventários, pactosantenupciais, atas notariais, etc.

2. Registro de Imóveis: cadastro dos imóveis de uma região, registraas escrituras feitas no tabelionato e demais atos sobre estes imóveis.

3. Registro Civil de Pessoas Naturais e Interdições e Tutelas:nascimentos , casamentos e óbitos. (RF e aut. também).

4. Tabelionato de Protestos: para intimar e receber pagamentos detítulos de créditos não pagos.

5. Registro Civil das Pessoas Jurídicas: inscreve todos os atos relativosàs pessoas jurídicas não empresárias (pois essas são inscritas nasJuntas Comerciais). P.Ex.: sociedades simples, religiosas, científicas,literárias, fundações, associações, partidos políticos.

6. Registro de Títulos e Documentos: é subsidiário, serve pararegsistrar os demais contratos particulares, normalmente sobre bensmóveis, como p.ex.: penhor comum, contratos de parceria agrícola,arrendamentos, CTPS e faz aquelas intimações extrajudiciais.

7. Registro de Distribuição: distribui de maneira equitativa os serviçosda mesma natureza.

8. Registro de Contratos Marítimos: lavra e registra documentosrelativos às embarcações e outros atos de direito marítimo.

O Tabelionato de Notas

O Tabelião de Notas exerce algumas relevantes atividades àpopulação, (vide abaixo) das quais hoje destacaremos algumaspara tratar em específico. Ele analisa toda a documentaçãonecessária e vende ao cliente SEGURANÇA JURÍDICA e PREVENÇÃODE LITÍGIOS:

Escrituras variadas: as partes procuram o tabelião para que eleadeque a vontade delas ao que a lei permite, em termoscontratuais. Exs.: compra e vendas, doações, dações, hipotecas,confissões de dívidas, pactos e infinitos outros contratos.

Ainda lavra:

Divórcios

Inventários

Procurações

Testamentos

Atas Notariais

Reconhecimentos de firmas

Autenticações

Materializa e Desmaterializa Documentos

Emite Certificados Digitais.

No Direito de Família

Dentro do âmbito do Direito de família, o Tabelião é requisitado para tratar e elaborar os pactos antenupciais (no casamento), os pactos de união estável, os contratos de namoro, independentemente de ser hetero ou homoafetivo (não se faz mais qualquer distinção)

Diferenças entre União Estável & Casamento

Casamento é formal, UE, informal (não depende de contrato).

CF: facilitação da UE em casamento: não se converte uma coisa em outra, se forem iguais.

UE é fato jurídico, casamento é negócio jurídico.

UE não altera o estado civil e não constitui óbice ao casamento civil. Não consta do rol do art. 29 LRP.

Sucessão (1829 & 1790). Cód 1916 era equiparado ao cônjuge, hoje vem depois dos colaterais. (STJ decidirá em breve).

Não há mais Diferenças

Não há mais qualquer diferença entre a UE hetero ou homoafetiva e o casamento hetero ou homoafetivo, vide item das normas CGJ/SP:

88. Aplicar-se-ão ao casamento ou a conversão de união estável em casamento de pessoas do mesmo sexo as normas disciplinadas nesta Seção. (da UE e do Casamento)

Ainda que o cunho econômico não seja a finalidade precípua do casamento/ união estável, não podemos negar que relações patrimoniais advirão desta comunhão de vida.

Regime de bens é uma consequência jurídica do casamento/união estável.

O regime de bens será um conjunto de regras firmadas entre os cônjuges/companheiros para reger estas relações, tanto com efeito entre eles, como em relação a terceiros.

Não existe casamento/ UE sem regime de bens.

Tanto para o casamento quanto

para a União Estável

REGIME DE BENS

O Pacto Antenupcial - CASAMENTO

O pacto antenupcial deverá ser lavrado perante um tabelião denotas (profissional do direito que poderá ser livrementeescolhido pelas partes, independentemente de local deresidência ou domicílio ou celebração do casamento.

Este tabelião prestará todas as informações sobre os diversosregimes de bens, orientará suficientemente o casal até queeles decidam. Feita a escritura (no Estado, em qualquertabelionato de SP custará R$366,29 porque o preço de cartórioé tabelado por uma lei estadual 11.333/01).

Art. 1639 C.C.

Art. 1.639. É lícito aos nubentes, antes de celebrado o casamento, estipular, quanto aos seus bens, o que lhes aprouver.

§ 1o O regime de bens entre os cônjuges começa a vigorar desde a data do casamento.

Autonomia da Vontade dos Nubentes

Artigo 1640,

Parágrafo único: Poderão os nubentes, no processo de habilitação, optar por qualquer dos regimes que este código regula.

Quanto à forma, reduzir-se-á a termo aopção pela comunhão parcial, fazendo-se opacto antenupcial por escritura pública, nasdemais escolhas

Habilitação do Casamento

Tendo o casal optado por um dos regimes no qual se faznecessário o pacto e tendo o casal já formalizado a escriturapública no tabelionato, deve se encaminhar para o cartório deregistro civil da residência de um dos nubentes para a devidahabilitação de casamento.

Prazo máximo: 3 meses antes da data pretendida de celebração.Prazo mínimo: um mês.

Valor em SP: R$359,10 na sede e R$1.197,10 em diligência.Edital R$35,00 na capital.

Gratuita a habilitação para os declaradamente pobres.

Eficácia do Pacto

O casal, até o momento da celebração, poderá mudar de ideia quanto ao regime de bens, mesmo que já tenha feito um pacto antenupcial.

O Pacto é ineficaz até a celebração do casamento.

Após o registro do casamento, deve o casal (agora cônjuges) levar o pacto antenupcial para registro no Livro 3 do Oficial de Registro Imobiliário do local de seu primeiro domicílio. Lei 6015/73 (LRP)

Além disso, o pacto (e o casamento) deverá ser averbado em cada matrícula de imóvel de propriedade dos cônjuges (casal ou de cada um deles).

Regime Comum –Comunhão Parcial

Art. 1.640. Não havendo convenção, ou sendo ela nulaou ineficaz, vigorará, quanto aos bens entre oscônjuges, o regime da comunhão parcial.

Até a Lei do Divórcio, o regime comum era o dacomunhão universal (lei 6515/77) – marido era o“cabeça do casal”, a mulher era frágil e incapaz, etc…

Desnecessidade de Pacto antenupcial, mas nãoimpossibilidade.

Comunhão Parcial

A partir da união estável/casamento, o que for adquirido onerosamente, passará a pertencer aos dois companheiros (excluem-se doações recebidas e heranças, p.ex.)

Patrimôniode A

PatrimônioCOMUM

Patrimônio de B

Art. 1.658. No regime de comunhão parcial, comunicam-se osbens que sobrevierem ao casal, na constância do casamento, comas exceções dos artigos seguintes.Art. 1.659. Excluem-se da comunhão:I - os bens que cada cônjuge possuir ao casar, e os que lhesobrevierem, na constância do casamento, por doação ousucessão, e os sub-rogados em seu lugar;II - os bens adquiridos com valores exclusivamente pertencentes aum dos cônjuges em sub-rogação dos bens particulares;III - as obrigações anteriores ao casamento;IV - as obrigações provenientes de atos ilícitos, salvo reversão emproveito do casal;V - os bens de uso pessoal, os livros e instrumentos de profissão;VI - os proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge;VII - as pensões, meios-soldos, montepios e outras rendassemelhantes.

Art. 1.660. Entram na comunhão:

I - os bens adquiridos na constância do casamento por títulooneroso, ainda que só em nome de um dos cônjuges;II - os bens adquiridos por fato eventual, com ou sem o concursode trabalho ou despesa anterior;III - os bens adquiridos por doação, herança ou legado, em favor deambos os cônjuges;IV - as benfeitorias em bens particulares de cada cônjuge;V - os frutos dos bens comuns, ou dos particulares de cadacônjuge, percebidos na constância do casamento, ou pendentes aotempo de cessar a comunhão.

Art. 1.661. São incomunicáveis os bens cuja aquisição tiver portítulo uma causa anterior ao casamento.

Art. 1.662. No regime da comunhão parcial, presumem-seadquiridos na constância do casamento os bens móveis, quandonão se provar que o foram em data anterior.

Art. 1.663. A administração do patrimônio comum compete aqualquer dos cônjuges.§ 1o As dívidas contraídas no exercício da administraçãoobrigam os bens comuns e particulares do cônjuge que osadministra, e os do outro na razão do proveito que houverauferido.§ 2o A anuência de ambos os cônjuges é necessária para osatos, a título gratuito, que impliquem cessão do uso ou gozodos bens comuns.

- Haverá necessidade de outorga uxoria ou autorização maritalna alienação dos bens imóveis comuns e/ou particulares. Issopor força do artigo seguinte:

Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum doscônjuges pode, sem autorização do outro, exceto no regime daseparação absoluta:

I - alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis;II - pleitear, como autor ou réu, acerca desses bens ou direitos;III - prestar fiança ou aval;IV - fazer doação, não sendo remuneratória, de bens comuns, ou

dos que possam integrar futura meação.

Art. 1.665. A administração e a disposição dos bensconstitutivos do patrimônio particular competem aocônjuge proprietário, salvo convenção diversa em pactoantenupcial.

Art. 1.666. As dívidas, contraídas por qualquer doscônjuges na administração de seus bens particulares eem benefício destes, não obrigam os bens comuns.

Há que se falar em reflexos patrimoniais em caso de divórcio e em caso de morte.

Reflexos na extinção do Regime da Comunhão Parcial Bens em vida - Divórcio

Divisão entre os cônjuges, na proporção de 50% paracada um, dos bens adquiridos onerosamente duranteo casamento: pagamento da meação. Transaçõespossíveis. Excesso de meação: pagamento de ITBI (sebens imóveis / onerosa – 3% Mun.) e pagamento deITCMD (outros casos / gratuita – 4% Est.)

Bens particulares de ambos ficarão excluídos destaconta.

Reflexos na extinção do Regime daComunhão Parcial Bens na morte - Sucessão

Meação do falecido vai para os herdeiros deste.

Haverá concorrência do cônjuge sobre os bens particulares (com descendentes e ascendentes). Os bens particulares serão divididos entre os filhos deste e o cônjuge, conforme artigo a seguir:

Art. 1.832. Em concorrência com os descendentes (art. 1.829, inciso I) caberá ao cônjuge quinhão igual ao dos que sucederem por cabeça, não podendo a sua quota ser inferior à quarta parte da herança, se for ascendente dos herdeiros com que concorrer.

Regime de Eleição: Comunhão Universal de Bens

Art. 1.667. O regime de comunhão universal importa a comunicação de todos os

bens presentes e futuros dos cônjuges e suas dívidas passivas, com as exceções do

artigo seguinte.

Art. 1.668. São excluídos da comunhão:

I - os bens doados ou herdados com a cláusula de incomunicabilidade e os sub-rogados em seulugar;

II - os bens gravados de fideicomisso e o direito do herdeiro fideicomissário, antes de realizadaa condição suspensiva;

III - as dívidas anteriores ao casamento, salvo se provierem de despesas com seus aprestos, oureverterem em proveito comum;

IV - as doações antenupciais feitas por um dos cônjuges ao outro com a cláusula deincomunicabilidade;

V - Os bens referidos nos incisos V a VII do art. 1.659.

Patrimônio de A

Patrimônio de B

PATRIMÔNIO COMUM

Comunhão universal

Frutos, administração e extinção

Art. 1.669. A incomunicabilidade dos bens enumerados no artigo antecedente não se estende aos frutos, quando se percebam ou vençam durante o casamento.

Art. 1.670. Aplica-se ao regime da comunhão universal o disposto no Capítulo antecedente, quanto à administração dos bens.

Art. 1.671. Extinta a comunhão, e efetuada a divisão do ativo e do passivo, cessará a responsabilidade de cada um dos cônjuges para com os credores do outro.

Reflexos na extinção do Regime da Comunhão Universal de Bens no Divórcio e na Morte

EM CASO DE DIVÓRCIO:

Haverá a divisão, na proporção de 50% para cada um dos cônjugessobre todos os bens do casal, exceto os gravados com aincomunicabilidade (recebidos por doação ou herança).

EM CASO DE MORTE DE UM DOS CÔNJUGES:

O Cônjuge sobrevivente só tem a sua meação, não é herdeiro emconcorrência com os descendentes. * mas é concorrente com osascendentes e é herdeiro por direito próprio (terceiro na ordem devocação hereditária). Art.1829, II e III.

Regime de Eleição: Participação Final nos Aquestos.

Art. 1.672. No regime de participação final nos aqüestos, cadacônjuge possui patrimônio próprio, consoante disposto no artigoseguinte, e lhe cabe, à época da dissolução da sociedade conjugal,direito à metade dos bens adquiridos pelo casal, a título oneroso,na constância do casamento.

Art. 1.673. Integram o patrimônio próprio os bens que cadacônjuge possuía ao casar e os por ele adquiridos, a qualquer título,na constância do casamento.Parágrafo único. A administração desses bens é exclusiva de cadacônjuge, que os poderá livremente alienar, se forem móveis*.* Para imóveis pode haver previsão de autonomia no pacto.

Para facilitar o entendimento deste regime pensemos que há umagrande semelhança com o regime da separação convencional(durante o casamento) e com a comunhão parcial (em caso deextinção do casamento). Existirão ajustes contábeis na dissolução.Em caso de extinção em vida, será feita uma conta para aferir-seos aquestos e consequente divisão na proporção de 50% paracada cônjuge.Em caso de extinção do casamento por morte, a regra é a doartigo seguinte:Art. 1.685. Na dissolução da sociedade conjugal por morte,verificar-se-á a meação do cônjuge sobrevivente de conformidadecom os artigos antecedentes, deferindo-se a herança aosherdeiros na forma estabelecida neste Código.

Reflexos na extinção do Regime da Part. Final nos Aquestos no Divórcio e na Morte

Regime de Eleição: Separação Convencional de Bens.

Art. 1.687. Estipulada a separação de bens, estes permanecerãosob a administração exclusiva de cada um dos cônjuges, que ospoderá livremente alienar ou gravar de ônus real.

Art. 1.688. Ambos os cônjuges são obrigados a contribuir para asdespesas do casal na proporção dos rendimentos de seu trabalho ede seus bens, salvo estipulação em contrário no pacto antenupcial.

Não existe comunhão entre os cônjuges. Todos os bens são particulares e exclusivos de cada um.

SEPARAÇÃO CONVENCIONAL DE BENS

Art. 1.687. Estipulada a separação de bens, estespermanecerão sob a administração exclusiva de cada um doscônjuges, que os poderá livremente alienar ou gravar de ônusreal.

Não existirá comunhão entre os cônjuges. Todos os bens são particulares e exclusivos de cada um.

Patrimônio de A Patrimônio de B

Reflexos na extinção do Regime da Separação Convencional no Divórcio e na Morte

• Como todos os bens são incomunicáveis, não há que falar-se emmeação.

• Não existe patrimônio em comunhão. Porém pode havercondomínio comum.

Em caso de Divórcio, cada um permanece com seus próprios bens.

Em caso de Morte, o companheiro concorre com os descendentes sobre todos os bens (pois são todos particulares), com os ascendentes, e é herdeiro, no terceiro lugar da ordem de

vocação hereditária. Art.1829, I e art. 1832. ver: decisão Nancy Andrigui

Regime da Separação Obrigatória

Art. 1.641. É obrigatório o regime da separação de bens no casamento:

I - das pessoas que o contraírem com inobservância das causas suspensivas da celebração do casamento;

II – da pessoa maior de 70 (setenta) anos; (alterado por lei de 2010)

III - de todos os que dependerem, para casar, de suprimento judicial.

Causas Suspensivas

Art. 1.523. Não devem casar:I - o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer inventário dos bens do casal e der partilha aos herdeiros;II - a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido anulado, até dez meses depois do começo da viuvez, ou da dissolução da sociedade conjugal;III - o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do casal;IV - o tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados ou sobrinhos, com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto não cessar a tutela ou curatela, e não estiverem saldadas as respectivas contas.

Reflexos patrimoniais na Dissolução em vida – Divórcio – Regimes de Separação:

Separação Obrigatória

O cônjuge terá meaçãosobre os bens adquiridosonerosamente pelo esforçocomum dos cônjuges naconstância do casamento.

Vigência da Súmula 377 doSTF. Muita jurisprudêncianeste sentido.

Separação Convencional

O cônjuge não terá meação, nem qualquer participação no patrimônio do outro.

Reflexos patrimoniais na Dissolução na morte –Sucessão – Regimes de Separação

Separação Obrigatória

Por força do artigo 1829,I o cônjuge sobrevivo não terá qualquer participação ou concorrência com descendentes ou ascendentes .

Apenas herdaria por direito próprio, (terceiro na ordem de vocação hereditária)

Separação Convencional

O cônjuge herdaria em concorrência com os descendentes, ascendentes, na forma do 1829,I e 1832.

Também é herdeiro por direito próprio (terceiro na ordem de vocação hereditária)

Cláusulas Proibidas:

O pacto só pode tratar de questões econômicas, portanto estão proibidos:

Estipulação de direitos conjugais, (que dispense p.ex. os cônjuges dos deveres conjugais de fidelidade, etc.)

Estipulação de direitos paternos ou maternos, (sobre a educação dos filhos, ou religião, política…)

Estipulações de pactos successórios (alteração da ordem de vocação hereditária, etc.)

Regimes Híbridos ou outras avenças

É permitido aos nubentes adotarem regimes híbridos, desde que não contrarie normas de ordem pública.

Possibilidade de escritura que fixe contrato de namoro, união estável e pacto antenupcial.

UNIÃO ESTÁVEL

Pode ser contratado por escritura pública. Custo de R$ 366,29em todo o Estado de São Paulo.

Serve basicamente para pré-constituir a prova da existência daUE e fixar o regime de bens, mas não só.

Pode-se fixar pensão, alterar o nome, inscrever no registro denascimento dos companheiros, nomear beneficiários de planode saúde, seguros e previdências, entre várias outras avenças.

Em caso de dissolução em vida da UE, as regras são as mesmaspara o divórcio, dependerá do regime de bens escolhido.

Novidades na Escritura de União Estável

Pode-se registrar no RCPN: registra-se a escritura no Livro E do1o. Subdistrito do domicílio dos companheiros. O Oficialcomunicará ao cartório do registro de nascimento de ambos,onde será feita uma anotação sobre a união estável. Quando foremitida a certidão de nascimento, já sairá com a informação daunião estável.

Pode-se adotar o sobrenome do companheiro: basta que sefaça a declaração neste sentido na escritura, depois deve serfeito o procedimento acima (de registro no RCPN) para aalteração do nome.

A seguir, itens das Normas da CGJ/SP sobre o assunto:

Da União Estável113. Os registros das sentenças declaratórias de reconhecimento, dissolução e extinção, bem como das escrituras públicas de contrato e distrato envolvendo união estável, serão feitos no Livro “E”, pelo Oficial do Registro Civil das Pessoas Naturais da Sede, ou onde houver, no 1o Subdistrito da Comarca em que os companheiros têm ou tiveram seu último domicílio, devendo constar:a) a data do registro;b) o prenome e o sobrenome, datas de nascimento, profissão, indicação da numeração das Cédulas de Identidade, domicílio e residência dos companheiros;c) prenomes e sobrenomes dos pais;d) data e Registro Civil das Pessoas Naturais em que foram registrados os nascimentos das partes, seus casamentos e, ou, uniões estáveis anteriores, assim como os óbitos de seus outros cônjuges ou companheiros, quando houver;e) data da sentença, Vara e nome do Juiz que a proferiu, quando o caso;f) data da escritura pública, mencionando-se no último caso, o livro, a página e o Tabelionato onde foi lavrado o ato;g) regime de bens dos companheiros; h) o nome que os companheiros passam a ter, em virtude da união estável.

114. Após o aperfeiçoamento dos registros referidos no item anterior,deverá o Oficial anotá-los nos atos anteriores, com remissões recíprocas, selançados em seu Registro Civil das Pessoas Naturais, ou fará comunicaçãoao Oficial do Registro Civil das Pessoas Naturais em que estiverem osregistros primitivos dos companheiros.

115. Não poderá ser promovido o registro, no Livro E, de união estável depessoas casadas, ainda que separadas de fato, exceto se separadasjudicialmente ou extrajudicialmente, ou se a declaração da união estáveldecorrer de sentença judicial transitada em julgado, efetuando-se acomunicação e anotação referidas no item anterior.

116. Após os registros das sentenças e escrituras públicas, as ocorrênciasdos itens constantes nesta Seção VIII, referentes à Interdição, Emancipação,Ausência, Morte Presumida e União Estável, serão comunicadas peloOficial da Sede ou do 1o Subdistrito, ao Oficial do Registro Civil em que

estiverem os registros primitivos, para a devida anotação.

137. A emancipação, a interdição, a ausência, a mortepresumida e a união estável serão anotadas, com remissõesrecíprocas, nos assentos de nascimento e casamento, bemcomo a mudança do nome do cônjuge, em virtude decasamento, ou de dissolução da sociedade conjugal, pornulidade ou anulação do casamento, separação judicial oudivórcio, e a mudança do nome do companheiro, em virtudede registro de união estável, ou de registro de suadissolução.

138. A dissolução da sociedade conjugal, nos casosmencionados no item anterior, e seu restabelecimento, e oregistro da dissolução da união estável ou de seurestabelecimento, serão anotados nos assentos de nascimento

dos cônjuges ou dos companheiros.

ESCRITURA DE UNIÃO ESTÁVELREGIME DA COMUNHÃO PARCIAL DE BENS

Aos ............. dias do mês de ........... do ano de mil e dezesseis (2016), nesta Cidade e Estado de São Paulo, no 29º Tabelionato de Notas, instalado na Alameda Jauaperi nº 515, Moema, perante mim, escrevente, comparecem como CONTRATANTES: .........................., nacionalidade, profissão, estado civil, portador(a) da cédula de identidade RG nº ............. SSP/SP, inscrita no CPF sob nº ............, e, ...................., nacionalidade, profissão, estado civil, portador(a) da cédula de identidade RG nº .................... SSP/SP, inscrita no CPF sob nº ..............., residentes e domiciliados nesta Capital do Estado de São Paulo, ENDEREÇO COMPLETO Os presentes reconhecidos como os próprios, por meio da verificação dos documentos apresentados nos originais e acima referidos, de cujas identidades e capacidades jurídicas, dou fé.

HISTÓRICO: Então, por eles contratantes sob pena deresponsabilidade civil e penal, me foi dito o seguinte: 1. Por estaescritura pública e na melhor forma de direito, as partes, acimaidentificadas, maiores e capazes, no intuito de preservar seusinteresses pessoais e patrimoniais, expressamente reconhecem edeclaram que iniciaram aos (DIA/MÊS/ANO), relacionamento afetivocom propósito de constituição de família. 2. Afirmam inexistirqualquer impedimento que obste a caracterização de uma uniãoestável (C.C. art. 1.723, § 1º). 3. Assumem o compromisso deobedecer aos deveres de lealdade, respeito, mútua assistência e deguarda, sustento e educação dos filhos que vierem a ter (CC, art.1.724). 4. Que elegem para reger as relações patrimoniais destaunião estável, as normas similares às do regime da COMUNHÃOPARCIAL DE BENS. 5. Todos os bens móveis e imóveis adquiridosanteriormente a (DIA/MÊS E ANO), pertencem exclusivamente aoseu adquirente.

6. Os mesmos não se responsabilizam solidariamente pelas dívidasassumidas por cada qual anteriormente a (DIA/MÊS E ANO). 7. Quedesejam ver-se como beneficiários um do outro perante todo equalquer órgão previdenciário, ou em seguros de vida e saúde edemais correlatos. 8. É desejo também dos declarantes que em casode contrair um dos companheiros, doença ou enfermidade, sejamtomadas de um para com o outro as providências médico-hospitalares oportunas, decidindo o companheiro são sobre quais asdiretrizes médicas a serem tomadas. 9. Desejam que, em caso deincapacidade física ou mental de qualquer um deles, seja ocompanheiro são nomeado curador, prioritariamente aos demaisfamiliares daquele que vier a ficar incapacitado. 10. Em virtude dopresente contrato, a(o) companheira(o) passará a adotar o nome deNOME A ADOTAR.

11. Elegem o Foro da Comarca de São Paulo/SP, para dirimirquaisquer conflitos ou dúvidas oriundas deste instrumento. 12. Osconviventes foram orientados por esta escrevente sobre apossibilidade do registro do presente contrato de união estávelperante o Oficial de Registro Civil do 1º Subdistrito do domicíliodeles. 13. Estando os pactuantes devidamente ajustados, livre econscientemente aceitam o presente instrumento na conformidadedas condições ora expressas, em sua íntegra, e por isso celebram apresente convenção escrita. 14. A presente escritura é feita emobediência à Lei 8.971/94 e Lei 9.278/96, bem como disposições doCódigo Civil brasileiro, nada mais declararam. Encerramento: Assim odisseram e dou fé. Nada mais. A pedido deles declarantes, lavrei estaEscritura a qual feita e lida pelos contratantes, por achar em tudoconforme, outorgaram, aceitaram e assinam, dou fé. Tabeliã R$ 224,59// Estado R$ 63,83 // IPESP R$ 32,91 // PMSP R$ 4,70// MP R$ 10,78 // Reg.Civil R$ 11,82 // Trib. Justiça R$ 15,41 // Sta. Casa R$ 2,25– Total R$ 366,39.

Para as celebrações coletivas

Após seleção dos candidatos , organizar reuniões de esclarecimento

Cadastramento dos candidatos e preenchimento de formulários, com a previa apresentação do rol de documentos

Pedido ao juiz corregedor permanente para a feitura de casamentos coletivos

Após aprovação, organizar a celebração com os oficiais e juízes de casamentos competentes.

www.29notas.com.br

[email protected]