Documento de Reflexão Crítica[1]
Transitei para o 9º Escalão em 1 de Janeiro de 1997, por Despacho do Sr. Director
Regional de Educação de 97/04/23, que me foi comunicado em 23/05/97. Será, portanto, o
período entre 1 de Janeiro de 1997 e Dezembro de 1999, o correspondente à minha
permanência no 9º escalão, que vai ser objecto de tratamento no Relatório que submeto à
apreciação dos órgãos competentes, como componente documental para formulação do
pedido de acesso ao 10º escalão.
1.Serviço distribuído
1.1 componente lectiva
Em Janeiro de 1997 exercia a função de Director do Centro de Formação de
Associação de Escolas da Zona Oriental do Concelho de Loures, em cuja constituição
participei, funções essas que exerci desde a sua criação. Em resultado da legislação
aplicável tinha redução total da componente lectiva. A forma como exerci estas funções
pode ser comentada por um dos documentos que entrego em Anexo, fotocópia de Fax que
me foi remetido pela Drª Otília Almeida, Coordenadora Regional do Foco, quando
comuniquei a minha indisponibilidade para continuar a exercer o cargo, a partir do início
do ano lectivo de 1997/1998.
Nesse ano fiquei colocado, em resultado de concurso, na Escola Secundária D. João
V na Damaia, com um horário lectivo de 15 horas e duas direcções de turma. Em Anexo
apresento fotocópia do respectivo horário.
Em 1998/1999, iniciei as minhas funções lectivas na Escola Secundária José Gomes
Ferreira, igualmente em resultado de concurso, tendo-me sido atribuídas 18 horas de
serviço lectivo, de Segunda a Sexta, com inclusão de duas horas lectivas extraordinárias.
No presente ano lectivo foi-me atribuído um horário lectivo de 11 horas, sem aulas
às Quartas Feiras, com uma direcção de turma e 1 hora lectiva extraordinária.
1.2 componente não lectiva
Por princípio, a componente não lectiva corresponde à diferença para 35 horas da
componente lectiva[2], a qual este ano lectivo tive o cuidado de marcar integralmente no
horário, mas que vou referir, relativamente a todo o período em avaliação, como
actividades não lectivas desempenhadas na Escola e atribuídas como horário[3].
Entre Janeiro de 1997 e Setembro do mesmo ano, toda a minha actividade
correspondeu a componente não lectiva, realizando-se através do desempenho das minhas
funções de Director de Centro de Formação.
Em 1997/1998 tive a atribuição de 4 horas, para exercício das funções de director
de duas turmas.
Durante o ano lectivo seguinte, todo o meu horário foi preenchido com
componente lectiva e ainda sobraram duas horas extraordinárias.
No presente ano, tenho duas horas de componente não lectiva, como director de
turma e duas outras como coordenador da disciplina de IDES.
2. Desempenho de outras funções educativas
2.4 outras
Sou formador credenciado pelo Conselho Científico Pedagógico da Formação
Contínua, com o registo CCPFC/RFO-01377/97, de 13 de Janeiro de 1997, nas áreas A20-
Economia, B01-Administração Educacional, B03-Educação e desenvolvimento e C15-
Tecnologias Educativas (Informática/Aplicação da Informática). Tenho acreditadas as
acções seguintes: Utilizações Pedagógicas do Processamento de Texto e Utilização da
Internet na Administração educacional[4], no Centro de Formação da Zona Oriental do
Concelho de Loures e Utilização da Internet na Administração Educacional e Concepção de
Páginas para a Internet, uma Nova Ferramenta Pedagógica, no Centro de Formação do
Concelho da Amadora[5].
Na qualidade de formador, coordenei no Centro de Formação de Loures Oriental
as acções “Utilizações Pedagógicas do Processamento de Texto”, entre 30 de Março e 17
de Junho de 1998 e “Utilização da Internet na Administração Educacional”, entre 22 de
Junho e 15 de Julho de 1998. No Centro de Formação do Concelho da Amadora coordenei
as acções “A Utilização da Internet na Administração Educacional”, em Março/Abril de
1998, de 12 de Abril a 5 de Maio de 1999 e 7 de Setembro a 30 de Setembro de 1999 e
“Concepção de Páginas para a Internet, uma Nova Ferramenta Pedagógica”, de 10 de Maio
a 7 de Junho de 1999.
A convite da Universidade do Algarve leccionei na Escola Superior de Educação
as disciplinas de Informática e Organização e Gestão Escolar, integradas no plano de
estudos do Curso de Estudos Superiores Especializados em Computadores no Ensino, no
decurso do 2º Semestre de 1997.
Participei no Seminário “ Educação Tendências de Mudança”, promovido pelo
DAPP do Ministério da Educação, que decorreu em 19 de Julho de 1999, na Fundação
Calouste Gulbenkian, para apresentação pública do trabalho de investigação
“Financiamento da Educação”[6] de que sou co-autor, no âmbito do Estudo de 10 anos de
aplicação do PRODEP.
Participei no Seminário promovido pela CITE, CISEP e CESIS, sobre “Estudos
sobre o Género e Igualdade de Oportunidades”, que decorreu no ISEG em 18 e 19 de
Outubro de 1999, para apresentação pública do Estudo “ A Licença de Paternidade Um
Direito Novo para a Promoção da Igualdade”, em cuja investigação participei como
Consultor[7].
3. Processo de ensino/aprendizagem
3.1 cumprimento dos núcleos essenciais dos programas curriculares
Por norma e até agora tem-me sido possível cumprir todos os programas
curriculares das disciplinas de cuja leccionação tenho sido responsável. Nunca tive
necessidade de fazer declaração de matéria não leccionada, entre outras razões porque a
minha assiduidade me tem permitido concluir todos os programas, de acordo com as
respectivas orientações.
3.2 cooperação com outros professores
Procurei cooperar, em todos os domínios, desde a formação, à realização das
tarefas mais simples, com os docentes das Escolas em que leccionei neste período. Procuro
estar atento aos problemas que vão ocorrendo ao longo do ano e adoptar comportamentos
cooperativos, sempre que as oportunidades se manifestam.
3.3 relação pedagógica com os alunos
Infelizmente, não temos institucionalizado um mecanismo avaliador que nos
permita medir esta dimensão. É minha convicção, que procuro fundamentar anualmente,
através da realização de inquéritos junto de alunos, de que a relação pedagógica que
mantenho com os alunos é facilitadora do processo de ensino/aprendizagem. Contudo, sem
observação e avaliação externas o professor está entregue a sí próprio, sem poder beneficiar
dos comentários críticos dos seus pares, que poderiam contribuir para a melhoria do seu
desempenho profissional. Também os alunos poderiam ser chamados ao processo
avaliativo dos docentes, contribuindo para a identificação de limitações ou de práticas
pedagógicas susceptíveis de melhorias e de confrontos com correntes alternativas.
3.4 instrumentos pedagógicos auxiliares do processo
Ao longo da minha actividade como docente tenho procurado seguir a literatura
científica referente à utilização de instrumentos pedagógicos, bem como procurado
actualizar-me através da frequência de actividades de formação onde tenho apresentado as
minhas reflexões e ainda através da publicação de trabalhos que expressam as minhas
preocupações e concepções. Em particular, no domínio das tecnologias da informação e na
utilização dos media, como instrumentos pedagógicos, tenho procurado utilizá-los de
acordo com os recursos que tenho encontrado nas escolas em que leccionei desde 1997.
Antes de 1997 a minha intervenção foi no entanto mais activa, porque mais do que
participar na utilização intervim directamente na aquisição e divulgação de recursos.
3.5 avaliação de alunos
3.5.1 critérios de avaliação
Tenho tido a oportunidade de participar em várias actividades de investigação nesta
área, as quais foram já apreciadas em momentos anteriores, nomeadamente pelo Júri que
avaliou a minha candidatura ao 8º escalão[8]. Procuro seguir as orientações dos Conselhos
Pedagógicos e nas Reuniões dos Conselhos de Grupo que antecedem a discussão em
Conselho Pedagógico tomo, em geral, uma posição interventiva, procurando incluir
componentes avaliativas que as investigações a que procedo, bem como as que vou
conhecendo quando procedo à revisão da literatura científica, mostrem ser relevantes para a
avaliação e, fundamentalmente para a progressão dos alunos.
3.5.2 práticas inovadoras
Regularmente publicito os enunciados dos testes de cada uma das disciplinas que
elaborei nos anos lectivos anteriores, através de vários endereços electrónicos que organizo
explicitamente para apoio das minhas funções pedagógicas[9]. Divulgo, igualmente,
alguma informação estatística para interpretação dos resultados.
Os resultados das Provas Globais dos meus alunos são comparados estatisticamente
com as classificações obtidas no 3º Período, para se avaliar o ajustamento entre as duas
classificações e definir medidas interventoras, no ano lectivo seguinte, caso se verifique
uma diferenciação significativa. Para o efeito, elaborei um conjunto de indicadores e aplico
vários testes estatísticos que me permitem verificar, numa base científica, a proximidade ou
o afastamento entre as duas classificações referidas.
No 12º ano procedo a um trabalho semelhante, mas agora comparando a
classificação interna com a obtida no exame nacional. Sem informação ou sem tratamento
da mesma, não é possível avaliar o trabalho que cada um de nós desenvolve no domínio da
avaliação de alunos.
Podemos utilizar vários referenciais que nos permitem apontar para uma maior ou
menor eficácia dos docentes no desempenho das suas funções profissionais, como sejam os
resultados obtidos em cada turma e em cada disciplina nos anos correspondentes ao período
em avaliação, bem como as comparações entre resultados nas Provas Globais e Exames
Nacionais e as classificações aprovadas nos Conselhos de Turma do 3º Período.
Procuro aplicar esta Metodologia e publicito os resultados, podendo os mesmos ser
comentados quer pelos alunos, quer pelos Encarregados de Educação, accionando os
mecanismos colocados à sua disposição, nos endereços electrónicos em que a informação é
colocada.
3.6 participação em actividades de apoio pedagógico
Mesmo sem redução da componente lectiva em 1997/1998 apoiei alguns alunos das
minhas direcções de turma na disciplina que lhes leccionava - Introdução à Economia.
Mantive sistematicamente ao longo do ano, uma hora de apoio semanal em contra horário
dos alunos. Com efeito parece-me que nas escolas deveríamos desenvolver uma prática que
pudesse facilitar o encontro entre alunos e professores, ao qual aqueles pudessem recorrer
sempre que desejassem tirar dúvidas, pedir esclarecimentos, solicitar orientação
bibliográfica ou, simplesmente, trocar impressões sobre os conteúdos programáticos ou
sobre a orientação pedagógica. Este período poderia ser contabilizado na componente não
lectiva de cada docente, dando-se vida a espaços que até agora têm sido subaproveitados,
como sejam, por exemplo, as salas atribuídas aos diferentes grupos disciplinares.
Devido a vários efeitos perversos os apoios pedagógicos atribuídos exclusivamente
nas condições legais agora fixadas, tiveram uma redução significativa a partir da aplicação
do actual decreto de gestão, podendo contudo a situação ser alterada se parte da
componente não lectiva for marcada no horário dos docentes para atendimento de alunos.
3.7 participação em actividades de complemento curricular
A participação em actividades de complemento curricular, a partir do momento em
que é atribuída redução da componente lectiva, trouxe para as escolas uma situação
caricata, que é a da organização de actividades de complemento curricular que se repetem
de ano para ano, não em função dos seus resultados pedagógicos ou de uma avaliação
positiva das mesmas, mas mais por um efeito de inércia. Nestas condições, criou-se uma
situação de desigualdade entre os docentes que é prejudicial aos alunos e ao sistema de
ensino. Não é muito fácil desenvolver actividades de complemento curricular, mesmo que
haja iniciativa e imaginação por parte dos docentes, se há professores que têm redução da
componente lectiva para esse tipo de actividade e não é organizado um mecanismo
concorrencial que permita apresentação de projectos colocando em pé de igualdade todos
os docentes.
Quando se está há muito tempo no mesmo estabelecimento de ensino, não nos
apercebemos da existência de mecanismos preferenciais e de actividades que se presumem
como benéficas para o sistema de ensino, mesmo que se desconheçam os seus efeitos
pedagógicos. Como já referi, em 1997/1998, depois de perto de duas décadas de
leccionação na mesma escola, trabalhei numa outra escola e no ano lectivo seguinte iniciei
o meu trabalho profissional na Escola Secundária José Gomes Ferreira; foi-me então
possível observar, de uma forma mais desapaixonada, a vida quotidiana das escolas e
confirmar muitos resultados já conhecidos e discutidos[10]. Referentes à organização de
actividades que se traduzem na redução da componente lectiva dos docentes sem a
institucionalização de mecanismos avaliadores das mesmas e apresentados publicamente.
Mais uma vez, e mesmo sem redução da componente lectiva, no ano lectivo de
1998/1999 às quartas-feiras, das 14h e 30 m às 15 h e 30m desenvolvi com alunos
deficientes auditivos profundos, uma actividade de complemento curricular; tal consistiu na
utilização do correio electrónico como mecanismo motivador e facilitador do processo
comunicacional. Foram criadas caixas de correio para cada um dos alunos e alimentei uma
correspondência no sentido de levar os alunos a ler, mas fundamentalmente, a responder às
mensagens.
Respondi também à solicitação de vários alunos que me pediram ajuda
relativamente à utilização das novas tecnologias como ferramenta pedagógica, promovendo
várias sessões de formação, ao longo do ano lectivo.
3.8 estratégias desenvolvidas para a superação:
3.8.1 dificuldades de aprendizagem
Já referi a experiência com os alunos com deficiência auditiva profunda, a qual em
termos de estratégia tenho desenvolvido com outro tipo alunos. Disponibilizo-lhes
materiais pedagógicos, como vídeos, Cd-Rom’s, livros, revistas, jornais sempre que
localizo informação que poderá contribuir para a superação de dificuldades de
aprendizagem, por mim diagnosticadas, propondo a realização de trabalhos escritos ou a
resposta a questões previamente colocadas.
Sugiro a utilização dos processadores de texto, de forma a identificarem os erros
ortográficos e a construírem e actualizarem dicionários suplementares. Procuro incentivar
os alunos com mais dificuldades ao nível de apresentação de conceitos a utilizarem
dicionários especializados ou enciclopédias electrónicas, apontando entradas para consulta.
Mantenho um espírito de cooperação, ajuda e abertura sempre que identifico alunos
com dificuldades de aprendizagem, colocando à sua disposição os recursos pedagógicos
materiais que fazem parte do meu acervo e que fui construindo e adquirindo ao longo de
mais de duas décadas de leccionação, muitas vezes com utilização do meu tempo
disponível.
3.8.2 conflitos comportamentais e disciplinares
Na ocorrência de incidentes críticos, procuro investigar eventuais causas para a
ocorrência dos mesmos e identificar na literatura a apresentação de situações similares que
me permitam, nos momentos oportunos, tomar posições fundamentadas. Na minha carreira
profissional a minha posição nestes domínios tem sido mais a de participar na resolução
destes problemas em situações de direcção de turma ou de conselhos de turma. Felizmente,
tenho encontrado, até ao momento, forma de resolver estes incidentes críticos, directamente
com os alunos e no ambiente e em que os mesmos se declaram. Não tenho tido necessidade
de sugerir à direcção de turma a convocatória de reuniões para apreciação de situações
comportamentais ou disciplinares ocorridas nas minhas aulas ou nos espaços escolares.
3.9 outros aspectos relevantes
No desempenho profissional tenho procurado sempre tomar uma postura
participativa, investigadora, experimental e inovadora. Tomo em geral posição sobre os
aspectos ligados à vida da escola e à política educativa, procurando contribuir com os meus
pontos de vista para uma reinterpretação da vida escolar. A minha postura não é
mecanicista, repetitiva e adaptativa. Sou professor porque me interesso pelo processo
educativo, em todas as suas dimensões e as minhas actuações vão no sentido de contribuir
para a modernização do mesmo, de acordo com a minha ideologia, visão do mundo e
prospectiva.
4. Participação em projectos desenvolvidos na escola
4.1 projecto educativo
Em 1998/1999 e 1999/2000 apresentei, e tenho procurado realizar, várias
actividades incluídas no Plano Anual de Actividades que visam dar cumprimento ao
projecto educativo. Não vou citar ou individualizar actividades que decorreram por minha
iniciativa ou com a minha participação porque o Plano Anual é da Escola e é através do
contributo de toda a comunidade escolar que o mesmo se realiza, não se justificando a
identificação dos contributos individuais. Podem, no entanto, ser identificadas várias
actividades incluídas nos Planos Anuais dos anos referidos que resultaram do meu esforço
ou em cuja iniciativa participei.
Durante o período de discussão do Projecto Educativo, apresentei várias propostas
de alteração, inclusão e exclusão que tiveram o desfecho natural num processo desta
natureza.
Mais uma vez, noto que não basta aprovar Projectos Educativos e Planos Anuais - é
imprescindível que toda esta actividade seja avaliada, de preferência interna e
externamente, para podermos ter pontos de referência na nossa actividade profissional e na
elaboração de Projectos e Planos futuros. No final do ano lectivo anterior entreguei no meu
Conselho de Grupo um relatório apreciativo da execução de actividades que tinha proposto
para inclusão no Plano Anual.
4.2 área-escola
Em 1997/1998 não participei em actividades da área-escola, embora tivesse sido
director de duas turmas, porque na escola em que estive colocado nesse ano era seguida a
orientação de que no Secundário não havia lugar à realização da área-escola. Procurei
contrariar essa orientação, mas rapidamente concluí que estava isolado e que a grande
maioria dos docentes defendia essa posição. Seria necessário dispender muita energia física
e psíquica para pôr em causa uma visão tão reducionista. Em Conselho de Grupo defendi
uma posição de defesa da indispensabilidade de aplicação da área-escola também no
Secundário, sem apoio. Verifiquei que quem estava a mais na escola era eu e, por isso
mesmo, no concurso seguinte mudei de escola.
Em 1998/1999 e já na Escola Secundária José Gomes Ferreira participei na área
escola, em especial nas turmas 11º 5 e 12º 8. Na primeira, fornecendo aos alunos
documentação e informação sobre o tema que se propuseram tratar. Na segunda, criando as
condições técnicas materiais para a execução do seu Projecto, construção de um Jornal
Electrónico[11].
No presente ano lectivo participo em todas as turmas em que lecciono nos Projectos
da Área-escola, tendo apresentado para cada uma delas as propostas de intervenção das
disciplinas em que sou docente.
4.3 projectos culturais, artísticos, desportivos e outros
Segui com atenção os projectos culturais locais e de defesa do património e sempre
que se integravam nos objectivos das disciplinas que lecciono sensibilizei os alunos para a
sua participação e sugeri a realização de trabalhos escritos sobre os mesmos[12] .
Procedi de igual modo relativamente à organização de visitas de estudos[13],
procurando sempre que os alunos apresentassem relatórios escritos sobre as mesmas[14].
4.4 outras actividades consideradas relevantes
Criei, orientei, actualizei e animei páginas electrónicas como forma inovadora de
motivação e divulgação de recursos tecnológicos com aplicação pedagógica. Mantenho
páginas electrónicas para os meus alunos, docentes do 7º Grupo, Centros de Formação de
Associação de Escolas e de Escolas.
Divulguei como recurso pedagógico a técnica de IRC[15], neste momento de largo
consumo entre os jovens, a qual incluí em várias páginas electrónicas sobre a forma de
Debates, que qualquer visitante pode subscrever, aproveitando a subscrição para a
elaboração de listservers[16], óptimos instrumentos pedagógicos para o diálogo e
orientação de alunos.
Preparei os alunos para apresentação pública de trabalhos, exigindo que os mesmos
utilizem os recursos técnicos existentes na escola ou cedendo a utilização dos meus
recursos pessoais, tanto a nível de Software como de Hardware.
5. Formação
5.1 participação em acções de formação
Concluí com aproveitamento o Curso de Comunicação e Media na escola –
Introdução à Produção de Videogramas, Acção I, que decorreu de 19 de Março a 18 de
Junho de 1997, com a duração de cinquenta horas e a que correspondem dois créditos para
efeitos de progressão na Carreira Docente, acção acreditada pelo ISCTE.
Terminei, igualmente com aproveitamento, o Curso de Comunicação e Media na
escola – Introdução à Pós-Produção e Montagem de Videogramas, que decorreu de 3 de
Novembro a 18 de Dezembro de 1998, acreditado pelo ISCTE, com a duração de cinquenta
horas e a que correspondem dois créditos.
Fiz, deste modo, formação contínua acreditada, num total de 100 horas e quatro
créditos, entre 1 de Janeiro de 1997 e Dezembro de 1999.
5.2 participação em actividades de aperfeiçoamento profissional e académico
Em 1997/1998 participei no Seminário “O Stress na Profissão docente”, que
decorreu em 28 de Janeiro de 1998 na Escola Superior de Comunicação Social em Lisboa,
promovido pela Porto Editora. Em 18 de Março de 1998 participei nas Jornadas
Pedagógicas/98 do SPGL, na acção “ Biblioteca/Mediateca”.
A convite do Presidente do Grupo de Missão para o Desenvolvimento da Educação
e Formação de Adultos, participei nos dias 11 e 12 de Dezembro de 1998 no Seminário
“Novas Estratégias na Europa para a Educação e Formação ao longo da Vida”, que
decorreu na Universidade do Algarve.
Tenho participado nos Encontros promovidos anualmente pela Texto Editora, que
em 1999 realizou o seu 4º Encontro. Cada um dos Encontros é constituído por uma Jornada
Diária em que é utilizado como tema um dos Livros editados pela Texto na Colecção
Educação Hoje. Dois dos quatro Encontros foram sobre Novas Tecnologias(4º - 1999 e 2º -
1997).
Em 23 de Março de 1999 participei no Seminário sobre “Direcção, gestão e
avaliação das escolas e os contratos de autonomia – A prova real” que decorreu na Escola
Superior de Comunicação Social em Lisboa e foi organizado pelas Edições ASA.
Nos dias 19 e 20 de Julho de 1999 participei por convite do DAPP do Ministério da
Educação no Seminário “Educação Tendências de Mudança”, que decorreu na Fundação
Calouste Gulbenkian.
Em 23 de Setembro de 1999 participei numa reunião promovida por UARTE[17],
em representação do Director do Centro de Formação do Concelho da Amadora.
Nos dias 18 e 19 de Outubro de 1999 participei no Seminário “Estudos sobre o
Género e Igualdade de Oportunidades”, promovido no ISEG pela CITE, CISEP e CESIS.
5.3 formações acrescidas
A formação ao longo da vida que os docentes, à semelhança de todos os outros
profissionais, não podem deixar de seguir, deve incluir para além da formação contínua
creditada e não creditada uma dimensão de autoformação que os docentes devem
prosseguir, de acordo com o seu campo de interesses e dos recursos que exploram. É assim
que de há muito tento orientar as minhas práticas fazendo autoformação ao nível de
Software que procuro adaptar à dimensão pedagógica e ao nível de equipamentos e técnicas
de programação, nos quais procuro a identificação de domínios que utilizo como
ferramentas pedagógicas para utilização na sala de aula ou como auxiliares para a produção
de materiais pedagógicos. Cito, a títulos de exemplo, programação em HTML, utilização do
Power-Point na apresentação de conteúdos pedagógicos, animação gráfica, selecção de
conteúdos em dezenas de Cd-Rom’s, exploração de enciclopédias electrónicas,
informatização de bibliotecas e centros de recursos, através do Software adaptado pela
Biblioteca Nacional ( Porbase 4.0), a partir do programa da UNESCO (ISIS).
Mas, mais importante, é a indispensabilidade de acompanhar a edição de múltiplas
revistas de especialidade, na área científica de cada um de nós, bem como a publicação de
livros que vão descrevendo e divulgando as tendências científicas em cada um dos
domínios que correspondem à nossa prática lectiva. No caso particular do sétimo grupo,
sem esta actualização rapidamente se chega ao anquilosamento do conhecimento e à
desactualização dos conteúdos. Não é possível fazer exclusivamente estas actualizações
através da frequência de acções de formação, sendo indispensável um esforço
autoformativo que tenho procurado seguir.
6. Assiduidade
A assiduidade pode ser aferida através da consulta do Registo Biográfico, cuja
cópia faz parte integrante do presente Relatório. Por norma, ao longo da minha carreira e
não só no período em apreciação, as minhas ausências ao serviço verificam-se por motivo
de adesão a greves ou por aplicação do Despacho Normativo 185/92, de 18 de Setembro.
7. Estudos e trabalhos publicados
Em 1997 integrei uma equipe responsável pelo desenvolvimento de um trabalho de
investigação sobre o Financiamento da Educação, constituída em resultado de uma
solicitação do Departamento de Avaliação Prospectiva e Planeamento (DAPP) do
Ministério da Educação, ao Centro de Investigação sobre Economia Portuguesa (CISEP),
Centro de Investigação do Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade
Técnica de Lisboa. Os resultado da investigação efectuada foram publicados em “A
Evolução do Sistema de Ensino e o PRODEP-Estudos Temáticos, Volume I”, DAPP do
Ministério da Educação, 1ª Edição:Dezembro de 1998, ISBN 972-614-341-1, Depósito
Legal nº 125 238/98.
Como pode ser verificado nas páginas 260 a 262 da publicação resultante, a
investigação incluiu a produção de uma base de dados sobre os temas indicados na página
261. O objectivo era que essa Base de Dados ficasse disponível on-line na página
electrónica do DAPP, actividade ainda não concluída por este Departamento apesar de lhe
ter sido entregue.
Em 1998 fui, juntamente com Margarida Chagas Lopes co-autor da publicação “
Competitividade, Aprendizagens e Soluções Pedagógicas”, editada pela CELTA Editora,
ISBN: 972-774-038-3, Depósito Legal: 141198/99.
Em 1999 participei como Consultor num trabalho de investigação resultante de uma
solicitação da CITE (Comissão para a Igualdade no Trabalho e Emprego), ao CISEP e ao
CESIS (Centro de Estudos para a Intervenção Social), do qual resultou a publicação “A
Licença de Paternidade - um direito novo para a promoção da igualdade”, editado pelo
Ministério do Trabalho e da Solidariedade, Colecção “Estudos” – Série A “Estudos
Gerais”, nº 14, ISBN: 972-704-184-1, Depósito Legal: 143152/99. Faz parte da Edição da
publicação referida uma disquete que inclui a informação estatística que serviu de suporte à
investigação efectuada, por mim organizada.
Publiquei vários textos de apoio aos Cursos de Formação que realizei no Centro de
Formação de Associação de Escolas da Zona Oriental do Concelho de Loures e no Centro
de Formação de Associação de Escolas do Concelho da Amadora, alguns dos quais estão
disponíveis on-line num dos Sites anteriormente indicados[18].
8. Outros aspectos relevantes no currículo do docente
Contribuí significativamente para a formação continua de docentes, tendo ao longo
destes três anos em análise divulgado junto de mais de 200 docentes aspectos ligados à
utilização das novas tecnologias como instrumento pedagógico susceptível de contribuir
para o processo de ensino aprendizagem, de forma marcadamente positiva. A formação
contínua com as características actuais é frequentemente posta em causa, e na minha
opinião com toda a legitimidade, em termos de eficácia e de cumprimento de um
verdadeiro papel formativo. Frequentar com aproveitamento não é sinónimo de utilização
na prática profissional, nem sequer de sensibilização para a incorporação nas práticas
lectivas.
Grande parte do meu esforço como formador tem consistido em colocar a tónica nas
vantagens, para o processo de ensino aprendizagem, da utilização dos recursos tecnológicos
que a sociedade actualmente coloca à disposição dos docentes. Com sucesso ou com
insucesso? Pela avaliação interna e externa, a qual infelizmente tem utilizado
exclusivamente uma metodologia quantitativa e se reporta a processos, em vez dos
produtos, é possível responder-se “com sucesso”[19].
Contudo, a minha resposta é essencialmente de dúvida e incerteza, porque é preciso
identificar no terreno e no quotidiano das escolas os resultados da formação contínua; e as
observações a que tenho procedido são indiciadoras de ténues resultados comparados com
os esforços financeiro e em recursos humanos e técnicos que têm sido disponibilizados para
a formação contínua de docentes.
Participei entre Janeiro de 1997 e Julho do mesmo ano em várias sessões de
formação de docentes, de curtíssima duração, não financiada nem acreditada, visando
divulgar tecnologias adquiridas pelas escolas e utilização de Software instalado em
Bibliotecas e Centros de Recursos. Essa formação foi feita, na altura, quer perante a
aquisição de Scanner e de Vídeoprojector, por um Centro de Formação e disponibilizados
para as cinquenta e oito escolas associadas quer através da instalação e operacionalização
do Porbase 4.0 numa Biblioteca e Centro de Recursos. Parece-me ser esta a via a seguir.
Fazer formação de acordo com os recursos efectivamente existentes em cada escola e
responder às carências de formação nos locais de trabalho. Porquê fazer formação num
mínimo de 25 horas, se em 5 horas é possível suprimir algumas das carências de formação?
É com confiança no futuro que mantenho a expectativa de poder participar na
construção de uma escola mais viva, responsável, dinâmica, virada para os problemas da
sociedade e transformada em verdadeiro centro estrutural de formação e de informação a
que a comunidade possa recorrer para aceder à formação ao longo da vida. Muito, muito,
muito lentamente é este o caminho, na minha opinião.
Índice
Documento de Reflexão Crítica Página -17-
1
1. Serviço distribuído 11.1 componente lectiva 11.2 componente não lectiva 2
2
2. Desempenho de outras funções educativas 22.4 outras 2
3
3. Processo de ensino/aprendizagem 33.1 cumprimento dos núcleos essenciais dos programas curriculares 33.2 cooperação com outros professores 43.3 relação pedagógica com os alunos 43.4 instrumentos pedagógicos auxiliares do processo 43.5 avaliação de alunos 5 3.5.1 critérios de avaliação 5 3.5.2 práticas inovadoras 53.6 participação em actividades de apoio pedagógico 63.7 participação em actividades de complemento curricular 73.8 estratégias desenvolvidas para a superação 8 3.8.1 dificuldades de aprendizagem 8 3.8.2 conflitos comportamentais e disciplinares 83.9 outros aspectos relevantes 9
4
4. Participação em projectos desenvolvidos na escola 94.1 projecto educativo 94.2 área-escola 104.3 projectos culturais, artísticos, desportivos e outros 104.4 outras actividades consideradas relevantes 11
5
5. Formação 115.1 participação em acções de formação 115.2 participação em actividades de aperfeiçoamento profissional e académico 11
5.3 formações acrescidas 12
6
6. Assiduidade 13
7
7. Estudos e trabalhos publicados 13
8
8. Outros aspectos relevantes no currículo do docente 14
[1] De acordo com o Artigo 42º, nº 1 do Decreto-lei nº 1/98 de 2 de Janeiro[2] Decreto-Lei nº 1/98 de 2 de Janeiro, Artigo 76º .[3] Não refiro a componente não lectiva fixada no Decreto-Lei nº 1/98 de 2 de Janeiro, Artgo 82º nº 1. [4] Registos CCPFC/ACC-1807/95 e CCPFC/ACC-8042/97, respectivamente.[5] Registos CCPFC/ACC-10657/98 e CCPFC/ACC-10796/98, respectivamente.[6] Os resultados da investigação em que participei são apresentados como Anexo ao presente Relatório, bem como cópias dos Slides que utilizei na referida sessão. Um dos produtos dessa investigação é uma base de dados sobre Economia Portuguesa e Educação em Portugal, que utilizo como ferramenta pedagógica nas disciplinas de Introdução à Economia e IDES.[7] A publicação resultante da investigação é apresentada como Anexo ao presente Relatório, bem como cópias dos Slides que utilizei no Seminário referido, para apresentação de metodologias utilizadas e resultados obtidos. De notar que faz parte integrante da publicação uma disquete que contém uma base de dados referente à informação recolhida, cujo conteúdo é utilizado por mim nas aulas como ferramenta pedagógica, nomeadamente nas componentes de Demografia, Emprego e Variáveis Macroeconómicas.[8] Optei por requerer à DREL a constituição de um Júri para avaliação da minha candidatura ao 8º Escalão, nos estritos termos fixados no primeiro documento regulamentador do acesso ao 8º Escalão.[9] Por exemplo, http://www.malhatlântica.pt/aquilespinto e http://www.terravista.pt/mussulo/2545 .[10] Pinto, Aquiles (1993), Os alunos e o estabelecimento de ensino, DEFCL, Tese de Mestrado[11] O Jornal pode ainda ser consultado no endereço http://www.terravista.pt/mussulo/2545-Trabalhos de alunos(1998/1999)-Área-escola-12º 8[12] Consultar trabalhos, no endereço referido anteriormente, de alunos sobre participação na Conferência sobre Globalização, que decorreu em 1998/1999 na Universidade Católica.[13] O Anexo ao Decreto Regulamentar nº 11/98 inclui o sub-ponto 4.4.2, integrado no ponto 4.4 –Projectos culturais, artísticos e desportivos.[14] Os relatórios de alguns alunos, relativos à organização em 1998/1999 de uma visita à Caixa Geral de Depósitos estão disponíveis em http://www.terravista.pt/mussulo/2545 - Trabalhos de alunos (98/99) – Visita à CGD.[15] Intenet Relay Chat (vulgo Chat) – Sistema Internet que permite a várias pessoas conversar em tempo real.[16] Listservers – Listagem de endereços de correio electrónico que permite a todos os subscritores receberem todas as mensagens enviadas para o serviço de gestão das listas.[17] Organismo criado pelo Ministério da Ciência, integrado no Grupo de Missão para a Sociedade da Informação e que é responsável pelo Projecto – Internet nas Escolas.[18] Durante a realização da formação todos os textos estão on-line podendo ser utilizado também o endereço http://www.terravista.pt/mussulo/1525[19] Ver resultados de algumas avaliações internas em http://www.cf-prof-concelho-amadora.rcts.pt/ e em Anexo avaliação externa de uma das acções.