UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
A HISTÓRIA DAS REVISTAS NO BRASIL APLICANDO A
DINÂMICA DE GRUPO NO ENSINO SUPERIOR
Por: Fabio Simões de Farias
Orientadora
Profa. Mônica Ferreira de Melo
Rio de Janeiro
2013
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
A HISTÓRIA DAS REVISTAS NO BRASIL APLICANDO A
DINÂMICA DE GRUPO NO ENSINO SUPERIOR
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Docência do Ensino
Superior.
Por: Fabio Simões de Farias.
3
AGRADECIMENTOS
....a minha esposa Glória, minha filha
Maria Luisa, minha mãe Conceição, ao
meu pai Francisco, meu irmão Flávio,
minha afilhada Bruna, minha avó
Djanira e a minha amada tia Beth..
4
DEDICATÓRIA
.....dedica-se as minhas amadas, a
minha esposa Glória e minha filha
Maria Luisa. A minha mãe Conceição,
ao meu pai Francisco, meu irmão
Flávio, minha afilhada Bruna, minha
avó Djanira e a minha amada tia Bete.
5
RESUMO
A finalidade deste trabalho é apresentar a monografia de final de curso
de Docência do Ensino Superior sobre o tema: “A História das Revistas no
Brasil Aplicando a Dinâmica de Grupo no Ensino Superior. A escolha do tema
baseou-se na necessidade de se respaldar a atuação junto a discentes do
terceiro grau, com aulas participativas com dinâmica de grupo.
....
6
METODOLOGIA
A metodologia adotada para confecção desta monografia pretende
apresentar subsídios para que o docente possa propor e ministrar uma aula da
História das Revistas no Brasil através da aplicação da Dinâmica de Grupo em
suas aulas aos alunos de comunicação social.
Após uma visão histórica da chegada das Revistas no Brasil este
conteúdo pretende mostrar que é relevante propor para aulas de comunicação
social a possibilidade de incorporar esta aula em sua grade curricular do curso
de Jornalismo. Seja como curso de extensão ou incluindo em sua grade
curricular, este conteúdo tem por objetivo promover a melhor compreensão do
tema e foram utilizados referenciais bibliográficos aqui catalogados, além de
mídia eletrônica e outras publicações cujo os autores principais são Thomaz
Souto Correa, Albigenor Militão e David Zimerman.
Todo conteúdo foi utilizado para facilitar a compreensão de maneira
simples, direta e objetiva, sem esquecer as questões acessórias que permeiam
a necessidade de efetivar uma aula aplicando a Dinâmica de Grupo como
facilitador no conteúdo programático.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - A HISTÓRIA DAS REVISTAS NO BRASIL E A INTEGRAÇÃO
DO HOMEM NO GRUPO 10
CAPÍTULO II - DINÂMICA DE GRUPO NO ENSINO SUPERIOR 28
CAPÍTULO III – APLICABILIDADE DA DINÂMICA DE GRUPO 33
CONCLUSÃO 37
BIBLIOGRAFIA 39
ÍNDICE 43
8
INTRODUÇÃO
Segundo a consultora de educação Mirian Mota do site
www.guiadacarreira.com.br: “O profissional formado no curso de
Jornalismo é responsável por buscar, investigar, redigir e transmitir notícias,
através dos meios de comunicação (jornais, revistas, internet, televisão). O
jornalista trabalha em todo o processo de produção das notícias como a
investigação, a apuração, a organização, o resumo e a redação.”
Observando a grade curricular do curso de Jornalismo, não existe em
seu conteúdo a história da Revista no Brasil e o seu mercado editorial. A
proposta é fazer este plano de pesquisa destacando a importância da
Dinâmica de Grupo em uma aula do Ensino Superior.
Promovendo um mergulho em sua história de forma agradável e
utilizando as técnicas da Dinâmica de Grupo para promover o debate entre os
participantes, intensificando a necessidade de ter fontes confiáveis e sempre
citando conteúdos da história para elucidar a atualidade. As conquistas
adquiridas com as experiências vividas no passado, promovendo no grupo o
aprender de forma participativa e encorajadora.
Utilizando como base o Livro S.O.S. Dinâmica de Grupo de Albigenor
& Rose Militão o objetivo desta monografia é mostrar através da História das
Revistas no Brasil aplicando a Dinâmica de Grupo no Ensino Superior a
transformação potencial do grupo, fazendo-os crescer em igualdade harmônica
de relacionamento interpessoal e aprendizado, pois não temos um só livro
publicado que retrate a história das Revistas no Brasil em sua integra. Aos
poucos e praticamente próximo a finalização do trabalho, encontramos
algumas publicações como uma revista on line: www.memoriaviva.com.br, que
conta a história da revista Cruzeiro. No entanto, não temos uma publicação
9
com o surgimento das primeiras revistas brasileiras e suas variações, seja por
seguimento ou mesmo por título.
Ao concluir este trabalho, que é um recorte espaço-temporal de um
tema de um mercado em ascensão, ao qual temos uma oportunidade de
aplicabilidade imediata em aulas nos cursos de comunicação, muito mais
poderá ser dito num tempo breve. Por esse motivo, pretendo retomar a
pesquisa em um trabalho futuro.
10
CAPÍTULO I
A HISTÓRIA DAS REVISTAS NO BRASIL
1.1 - GUTENBERG
Não se pode começar a falar em revistas sem antes contar um pouco da
história da imprensa e de Johann Gensfleish Gutenberg (1397–1468), que
nasceu na cidade de Mogúncia. Este inventor alemão de família próspera, se
tornou famoso pela sua contribuição para a tecnologia da impressão, ou seja, a
ele se deve a criação do processo de impressão com caracteres móveis - "a
tipografia". Na verdade, os tipos de impressão teriam sido inventados pelos
chineses e mais tarde aperfeiçoados por Gutenberg que através de uma liga
para os tipos de metal e tintas a base de óleo, além de uma prensa gráfica
inspirada nas utilizadas para espremer as uvas na fabricação de vinho.
A tipografia clássica baseia-se em pequenas peças de madeira ou metal
com relevos de letras e símbolos - os tipos. A reutilização dos mesmos tipos
para compor diferentes textos mostrou-se eficaz e é utilizada até aos dias de
hoje, constituindo a base da imprensa durante muitos séculos.
Mesmo com o advento dos computadores e da edição eletrônica de
texto, a tipografia permanece viva nas formatações, estilos e grafias.
Consta no site do Instituto Multimédia de Portugal a seguinte curiosidade
da vida de Gutemberg (2005):
“Tanto o seu pai como o tio eram funcionários da Casa da
Moeda do arcebispo de Móguncia, sendo provavelmente
ali que Joahann (Gutenberg) aprendeu a arte da precisão
em trabalhos de metal. Em 1428, Gutenberg parte para
Estrasburgo onde procedeu às primeiras tentativas de
imprimir com caracteres móveis e onde deu a conhecer a
sua idéia. Nesta cidade terá, provavelmente, em 1442,
11
impresso o primeiro exemplar na sua prensa original - um
pedaço de papel, com onze linhas. Em 1448 voltou a
Mogúncia. Em 1450, conhece Johann Fust, homem de
dinheiro, que lhe terá emprestado 800 ducados, exigindo-
lhe a participação nos lucros da empresa que então
formaram e a que deram o nome de "Das Werk der
Buchei" (Fábrica de Livros). A sociedade ganhou pouco
tempo depois um novo sócio, Pedro Schoffer. Terá sido
este que descobriu o modo de fundir e fabricar
caracteres, aliando o chumbo ao antimônio, devendo-se a
ele também uma tinta composta de negro de fumo. Mas é
a Gutenberg que a história atribui o mérito principal da
invenção da imprensa, não só pela idéia dos tipos
móveis, mas também pelo aperfeiçoamento da prensa.”
(http://imultimedia.pt/museuvirtpress/port/persona/g-h.html
- acessado em 26/11/2005).
Dentre as primeiras impressões de Gutenberg foram produzidos várias
edições da Gramática Latina de Elio Donato e bulas de indulgências
concedidas pelo Papa Nicolau V. Não se sabe ao certo a data do início da
impressão da Bíblia de quarenta e duas linhas (em duas colunas), mas estima-
se que é do início da década de 1450. Devido a dificuldade em executar esta
impressão, pois cada letra era composta à mão e com cada página sendo
colocada na impressora, tirada, seca e depois impressa no verso, a Bíblia de
641 páginas, foi produzida com aproximadamente trezentas cópias, das quais
estima-se que existam cerca de quarenta e nem todas as cópias são iguais.
Em 1455, Johann Fust e Gutenberg encerraram a sociedade e após
uma briga judicial Fust ganhou o julgamento adquirindo a impressora, os tipos
e as bíblias já completas, deixando Gutenberg sem os benefícios de seu
trabalho e sua invenção. Dois anos mais tarde Gutenberg faz uma nova
sociedade com Peter Schöfer.
12
Importante dizer que até 1450 todos os livros eram copiados a mão e
não somavam mais do que algumas centenas. Em 1500 eles já eram
impressos e podiam ser contados aos milhares. A invenção dos tipos móveis,
ou seja, da imprensa, tornou possível o desenvolvimento da ciência moderna,
da literatura e de toda editoração existente.
(http://pt.wikipedia.org/wiki/A_Revolu%C3%A7%C3%A3o_de_Gutenberg –
acessado em 26/11/2005).
1.2 - A IMPRENSA NO BRASIL
Para que se possa escrever sobre a imprensa no Brasil, desde
Gutenberg até os dias de hoje muita coisa evoluiu, mas o surgimento da
imprensa no país deve-se a transferência da Corte Portuguesa para o Brasil
através do Príncipe Regente D. João que criou a Impressão Régia no Rio de
Janeiro em decreto assinado em 13 de maio de 1808 para imprimir todos os
atos normativos e administrativos oficiais do governo. No mesmo ano foi
impresso o primeiro jornal no Brasil, chamado Gazeta do Rio de Janeiro,
datado de 10 de setembro.
(http://www.in.gov.br/imprensa/in/missaoHistoria.htm - acessado em
20/11/2005).
Em 1º de outubro de 1862, o governo resolve, sob a presidência de
Pedro de Araújo Lima, Marquês de Olinda, editar, para a divulgação dos atos
legais, o Diário Oficial, que é publicado ininterruptamente desde aquela data.
Em 1877 foi o ano da revolução gráfica: invenção da linotipia, uso do chumbo e
composição a quente. É também inaugurado o edífício-sede da Imprensa
Nacional que, com a aquisição em 1904 da primeira rotativa, marca Marinoni,
produz 12 milhões de exemplares tipográficos/ano.
13
(http://www.in.gov.br/imprensa/in/missaoHistoria.htm - acessado em
20/11/2005).
Em entrevista ao livro “A Cultura como Notícia no Jornalismo Brasileiro,”
(Gadini, Sérgio Luiz. A Cultura como Notícia no Jornalismo Brasileiro – Rio de
Janeiro: Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro: Secretaria Especial de
Comunicação Social. - Cadernos de Comunicação. Série Estudos; V.8) Karina
Janz Woitowicz (2003) afirmou, fazendo um estudo de caso do jornal mais
importante que circulava na capital paraense:
“É a partir do final do século XIX que a introdução de
rotativas, linotipos e bobinas de papel, aliada ao formato
standard que ganha adesão, os jornais também passam a
assumir características mais empresariais, aumentaram
as tiragens e modificam assim o próprio processo de
trabalho e estilos da redação, adotando mais
habitualmente a forma de notícias literária (que tem seu
auge entre as décadas dos anos de 1890 e 1920),
prioriza-se o debate em torno de assuntos atuais e,
simultaneamente, desamarra-se dos compromissos
político-doutrinários que marcam a imprensa brasileira até
a entrada do período republicano.” (pag.23)
Apesar de todo desenvolvimento da imprensa brasileira, a publicidade
ganhando contornos lucrativos, o início do século XX (em setembro de 1911)
foi marcado por um incêndio que destruiu a maior parte das instalações do
edifício-sede da Imprensa Nacional, causando enormes prejuízos a cultura
nacional, destruindo arquivos de documentos, publicações e o acervo de sua
biblioteca.
14
Em 1942 algumas iniciativas governamentais contribuíram para
construção do parque gráfico da Imprensa Nacional, primeiro órgão público
federal a empregar mulheres. Em 1960 o Presidente Juscelino Kubitschek
inaugura o primeiro edifício do parque gráfico da Imprensa Nacional, onde
passou a ser editado o Diário Oficial. A produção de obras permaneceu no Rio
de Janeiro até o ano de 1979.
1.3 - A HISTÓRIA DAS REVISTAS
Se consultarmos qualquer dicionário ou enciclopédia iremos encontrar
que “Uma revista é uma publicação periódica, de caráter informativo,
jornalístico ou de entretenimento, geralmente voltada para públicos
segmentados.” Pode ser também uma publicação periódica em que se
divulgam artigos originais, reportagens sobre vários temas, ou, ainda, em que
se divulgam, condensados, trabalhos sobre assuntos variados já aparecidos
em livros e em outras publicações.
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Revista_%28jornalismo%29 - acessado em
26/11/2005).
Para falar da história das revistas, após dois meses de pesquisa e não
encontrar nenhuma fonte segura, visitando o site do curso Abril de jornalismo
(http://cursoabril.abril.com.br/coluna/materia_84318.shtml - acessado em
26/11/2005) o jornalista Thomaz Souto Corrêa, afirma em sua coluna:
“Comecei a pesquisar a história das revistas porque não
encontrei nenhum livro a respeito nas minhas andanças
pelo mundo. Há diversos livros sobre a história das
grandes revistas americanas e européias, mas nenhum
15
contando a história das revistas, desde o início. A mesma
razão me levou a sugerir ao Roberto Civita que, em vez
de comemorar os cinqüenta anos da Abril com uma
grande festa, gastássemos o dinheiro para montar uma
equipe e escrever o primeiro livro sobre a história das
revistas no Brasil. Para mim, não encontrar o livro sobre
as revistas era como trabalhar no cinema sem saber qual
tinha sido o primeiro filme. Por onde começar? Pelo
Dedoc, claro. Susana Camargo e Bizuka Corrêa foram
preciosas colaboradoras na pesquisa. Sem elas, eu não
teria história para contar.” (Karina, entrevista, 2003)
Não há como negar que a partir da coluna de Thomaz Souto Corrêa o
detalhamento destas linhas foram tomando um outro sentido, e as referências
bibliográficas foram aparecendo. A primeira revista de que se tem notícia, pode
se considerar a que destacamos no primeiro capítulo desta monografia ao falar
de Gutenberg, já que embutia o conceito de que revista é sinônimo de
variedade. O objeto, a Bíblia, que é um livro, mas com assuntos variados,
ainda que reunidos sob um mesmo tema, no caso a teologia, poderia ser
considerada uma revista, já que suas fotos e ilustrações estão no imaginário
do leitor.
Enquanto os livros tratavam de um mesmo tema, a revista inovou, ao
tratar de um mesmo tema com assuntos variados. O jornalista Thomaz Corrêa
faz uma série de indicações das primeiras revistas no Brasil e no mundo onde
fui pontuando e destacando a seguir: a primeira revista de que temos registro
chamava-se Edificantes Discussões Mensais e nasceu em Hamburgo, em
1663, uma sucessão de artigos em branco e preto. Inclusive Thomaz afirma:
16
“Corre uma história curiosa no mundo revisteiro, do
gênero "se non é vero..." A revista teria sido percebida
pelo leitor como se fosse uma loja, onde as pessoas
entram, escolhem e compram somente o que querem
consumir. Na revista, acontece a mesma coisa: o leitor
entra na revista, e escolhe o que quer ler. Daí o nome
magazine pelo qual as revistas são conhecidas em alguns
países da Europa e nos Estados Unidos.” (Corrêa,
Thomaz Souto. Coluna: Primeira parte de uma breve
história das revistas. Retirado do site:
http://cursoabril.abril.com.br/coluna/materia_84318.shtml
em 26/11/2005 - Curso Abril de Jornalismo).
Em 1665, surgiram a francesa Jornal dos Sábios, sobre ciências, e a
inglesa Transações Filosóficas; em 1668, apareceu a italiana Jornal dos
Literatos. Na França, em 1672, misturando assuntos variados, no mesmo
título, inventou o que hoje chamamos de revista de interesse geral. O Mercúrio
Galante publicava crônicas sobre a Corte, anedotas elegantes, poesia.
Somente em 1693 surgiu a primeira revista feminina da história, sempre
na França se chamou Mercúrio das Senhoras. Também tinha a crônica da
Corte, mas mostrava desenhos de roupas, moldes para vestidos e bordados,
poesia. Em 1830 as revistas eram um produto da elite e somente após um
inglês fazer uma revista de entretenimento com preço de capa baixo ela
passou a dar lucro. Conforme citação do texto da coluna de Thomaz Corrêa:
“Até 1830, revistas eram um produto de elite, consumido
pelas classes mais altas, de formação escolar avançada.
O negócio nasceu quando um inglês decidiu fazer uma
revista com preço de capa baixo, barato. Sabe-se que
17
essa primeira revista popular tinha matérias leves de
entretenimento, informação variada, era quase um
almanaque. Como esse tipo de conteúdo interessava a
uma quantidade maior de leitores, e com a ajuda do preço
de capa baixo, a revista ganhou circulação, a circulação
maior atraiu anunciantes, e a roda começou a girar.Por
sua vez, o dinheiro movimentado pelo negócio propiciou o
avanço tecnológico, que aperfeiçoou os sistemas de
produção e de impressão em massa, o que fez com que
as revistas fossem produzidas a preços unitários cada vez
menores.”
(http://cursoabril.abril.com.br/coluna/materia_84318.shtml
- acessado em 26/11/2005)
A primeira revista ilustrada surgiu em Londres, 1842, e existe até hoje,
embora com pouca importância — Illustrated London News. Tinha 16 páginas
de texto e 32 de gravuras, feitas por artistas conhecidos, que reproduziam os
acontecimentos em desenho, como fazem até hoje a mídia impressa e a
televisão, quando não têm imagens do fato. Inclusive Thomaz Corrêa endossa
na coluna Segunda Parte de uma breve historia das revistas:
“A nova fórmula foi muito aperfeiçoada com a
chegada da fotografia na imprensa, e da impressão
com meio-tom, por volta de 1850. E é evidente que a
tecnologia foi logo adotada por quase todos os tipos
de revista.”
(http://cursoabril.abril.com.br/coluna/materia_84318.
shtml acessado em 26/11/2005)
18
A partir de então a segmentação passou a se tornar uma realidade. As
revistas femininas cresceram no século 19 com editorial para donas de casa,
destacando os afazeres do lar, às novidades da moda e monogramas para
bordar. Quatro grandes revistas femininas americanas são dessa época e já
comemoraram mais de 100 anos de vida: Harper’s Bazaar é de 1867; Ladies
Home Journal, de 1883; Good Housekeeping, de 1885; e Vogue, de 1892. 5
Em 1923 o mercado que já iniciava sua segmentação passou a
encontrar sua periodicidade e foi lançada a primeira revista semanal de
notícias, é o que relata Thomaz Corrêa em sua Coluna: Segunda parte de uma
breve história das revistas.: “Em 3 de março de 1923, dois jovens senhores
chamados Briton Hadden e Henry Luce lançaram nos Estados Unidos uma
revista chamada Time, The Weekly News-Magazine, que marcou o que se
convencionou chamar de "newsmagazines" ou "newsweeklies", a revista
semanal de notícias. Hadden e Luce consideravam o povo americano mal-
informado. Decidiram criar uma revista que, uma vez por semana, "sumarizava
as notícias da semana no menor espaço possível". O que pouco se comenta é
que essa fórmula se valia da leitura dos mais importantes jornais norte-
americanos da época. Ou seja, Time organizou o país e o mundo, em suas
principais áreas de interesse, a partir do que era publicado nos jornais mais
importantes. E apresentava o resultado dessa compactação em 28 páginas
editoriais, que podiam ser lidas em meia hora. A invenção e o sucesso do
"newsweekly" geraram dois concorrentes nos Estados Unidos: em 1933
nasceram Newsweek e U.S News and World Report. A fórmula atravessou o
Atlântico: Der Spiegel (que significa "o espelho") nasceu na Alemanha em
1947 e Panorama na Itália é de 1962. Veja, a primeira "newsweekly" brasileira,
é de 1968.”
(http://cursoabril.abril.com.br/coluna/materia_84318.shtml - acessado em
26/11/2005).
19
Em 1936, Henry Luce lança a revista Life, a primeira revista com
reportagem fotográfica no mundo. Foi o próprio Luce que inventou a expressão
"ensaio fotográfico". Antes da chegada de Life, a Europa já publicava revistas
ilustradas, e em 1948 aparece a revista de esportes Match.
1.4 - RESUMO DA HISTÓRIA DAS REVISTAS NO BRASIL
A história das revistas no Brasil, assim como a história Americana, não
se sabe ao certo quem seria a primeira. Em 1808 saiu o ‘Correio Brazilense’ ou
‘Armazém Literário.’ Quatro anos depois surgiu ‘As Variedades’ ou ‘Ensaios de
Literatura.’ Como ambos tinham aparência de livro, o Correio passou a ser o
primeiro jornal, porque alguns historiadores acharam que ‘As Variedades’
obedecia mais a um espírito editorial de revista, e ela virou oficialmente a
número um da categoria (Bahia, Juarez. A Revista no Brasil. São Paulo:
Editora Abril, 2000).
A primeira revista feminina brasileira nasceu em 1827 e morreu em
1828. O título era ‘O Espelho Diamantino’, e o subtítulo dizia: Periódico de
Política, Literatura, Bellas Artes, Theatro e Modas Dedicado às Senhoras
Brasileiras. Seu criador Pierre Plancher, que criara o Jornal do Commercio no
Rio de Janeiro.
No livro (Mulheres em revista, o jornalismo feminino no Brasil – Rio de
Janeiro: Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro Secretaria Especial de
Comunicação Social. 2003. p.12: ‘Cadernos da Comunicação. Série Memória;
V.4’), Leonel Kaz descreve em seu texto “Um olhar sobre elas, as revistas:
Braga, Regina Stela (edição):
20
“O Espelho Diamantino surgiu no ano em que se editou a
primeira lei de instrução pública, facultando às meninas o
ingresso no curso primário. Mas até a década dos 70, nos
idos de 1800, apenas 10 por cento das mulheres
brasileiras estavam alfabetizadas. As primeiras revistas
femininas destinavam-se, portanto, às poucas brasileiras
que abandonavam a reclusão doméstica para frequentar
teatros e saraus e despertar o seu interesse pelas letras.
Era um mundo em que as mulheres viviam entre
agulhadas e pudins, o que permitia ao cronista francês
Charles d’Expilly, pouco afeito às exóticas goiabadas dos
trópicos, assim estabelecer: ‘Uma mulher já seria
suficientemente alfabetizada se soubesse ler receitas de
goiabada.’ ‘Mais do que isso’, advertia, ‘seria perigoso.’
(pag.12)
Apesar de durar pouco o Espelho Diamantino deixou sua marca e duas
décadas depois foi lançada o Jornal das Senhoras, de 1852. Com a intenção
de “cooperar com todas as forças para o melhoramento social e a
emancipação da mulher” dizia o editorial. Em 1879 surgiu a “A Estação” que
sucedeu a La Saison, que era impressa em Paris. Seu principal atrativo eram
as novidades da moda e do vestuário da Europa (já que as gravuras em metal
com as imagens eram as mesmas da edição francesa, para aqui importadas e
impressas).
As primeiras décadas do século XX, as revistas A Cigarra e Frou-Frou
passaram a dar grande repercussão com às novidades do cinema, dos
esportes, da moda e beleza, além dos bastidores dos eventos sociais. Em
1918 nasceu A Revista Feminina, criada por Virgilina de Souza Salles, onde
quatro anos depois vendia mais de 20 mil exemplares por mês, marca
assombrosa pra época. (Braga, Regina Stela (edição). Mulheres em revista, o
21
jornalismo feminino no Brasil – Rio de Janeiro: Prefeitura da Cidade do Rio
de Janeiro Secretaria Especial de Comunicação Social. 2003. p.13, 14 e 15:
‘Cadernos da Comunicação. Série Memória; V.4’).
1.4.1 - O Cruzeiro
Em 1928 surge a revista O Cruzeiro de Assis Chateaubriand. A redação
era no Centro do Rio, na Rua Buenos Aires 152, com novas máquinas de
imprimir, a revista tinha um acervo moderníssimo para a época: rotativas de
duas unidades, uma rotogravura rotoplana, linotipos diversos e uma bem-
equipada oficina de composição, apresentava muitas cores e recursos
gráficos. Com direção de Carlos Malheiros Dias, escritor português banido pela
ditadura de Salazar e que vinha da Revista da Semana, e a Frederico Barata,
da equipe de O Jornal (O Cruzeiro – A maior e melhor revista da América
Latina. – Rio de Janeiro: Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro Secretaria
Especial de Comunicação Social. Junho de 2002. p.6: (Cadernos da
Comunicação. Série Memória; V.3).
Nos anos 30, a redação da revista mudou muitas vezes de endereço e
anos depois, na já Rua do Livramento, numa área de 18 mil metros quadrados,
foi erguido o edifício de dez andares e duas sobrelojas, projetado por Oscar
Niemeyer, que seria a sede definitiva de O Cruzeiro. Em entrevista do fotógrafo
Geraldo Viola (O Cruzeiro – A maior e melhor revista da América Latina. – Rio
de Janeiro: Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro Secretaria Especial de
Comunicação Social. Junho de 2002), declarou:
“Desde então a empresa dispunha de diversos
equipamentos para o processo de impressão da revista.
Entre outros, destacam-se a máquina Contrell, que fez
parte do primeiro movimento de modernização de O
22
Cruzeiro, possibilitando a impressão da capa em apenas
dois dias; e a rotativa Hoe, máquina moderna, de
rendimento muito grande, com controle de um olho
eletrônico que comandava e corrigia a aplicação de cores.
Com a impressão em rotogravura, a Hoe tinha
capacidade para produzir uma revista de 96 páginas à
altíssima velocidade de 20.000 exemplares por hora.
Antes dela, já havia as rotoplanas de duas unidades, os
linotipos e as oficinas de composição, além da máquina
de rotogravura rotativa Man...” (pag.7).
O Cruzeiro além do pioneirismo gráfico inaugurava uma nova página da
imprensa nacional, criando uma escola que privilegiava a reportagem e,
conseqüentemente, a figura do repórter e do fotógrafo. mas o jornalismo
fotográfico só foi incorporado depois do aparecimento de Life (Americana).
Inclusive Chateaubriand já tivera a ideia de lançar uma revista ilustrada muito
antes dos norte-americanos e dos europeus: O acabamento gráfico que
aconteceu nesta época é considerado um marco dos editoriais de todos os
tempos.
Como se já não bastasse as mudanças gráficas e inovações
tecnológicas, o jornalismo da revista O Cruzeiro também ampliou e inovou sua
linha editorial nos anos 40, conforme consta na página 47 do livro (New
jornalism: a reportagem como criação literária – Rio de Janeiro: Prefeitura da
Cidade do Rio de Janeiro Secretaria Especial de Comunicação Social. 2003 -
Cadernos da Comunicação. Série Estudos; V.7):
A reportagem ampliou seu espaço investigativo na
imprensa brasileira quando a revista O Cruzeiro,
aumentou e diversificou seu quadro de profissionais nos
anos 40, passando por uma sensível mudança gráfica e
23
de conteúdo, liderada pelo fotógrafo Jean Manzon e pelo
repórter David Nasser. Nesse período, a redação da
revista reuniu um time de escritores que marcou a
imprensa brasileira da época com Millôr Fernandes,
Nelson Rodrigues, Lúcio Cardoso, Raquel de Queiroz,
Alex Viany, Franklin de Oliveira, Joel Silveira, Gilberto
Freyre e José Lins Rego. Uma redação que só era
comparada a da revista Diretrizes, editada nessa época
por Samuel Weiner. As duas disputavam não apenas o
público, mas também os melhores profissionais do Rio de
Janeiro. (pag.47)
Em 1945, a tiragem era de 80 mil exemplares, líder absoluta entre as
revistas editadas no Brasil. Com o suicídio de Getulio Vargas, em 1954, a
revista vendeu os 720 mil exemplares. Nenhuma outra publicação no Brasil
contava com um número tão grande de sucursais: Paris, Nova Iorque, Roma e
Tóquio. Atingindo não só os moradores das grandes cidades, mas também
penetrava no interior do país, chegando a lugares onde o Diário Oficial jamais
chegou. Nos anos 50, tornou-se um dos meios de comunicação social mais
importantes do Brasil.
A cada semana, a publicidade ocupava de 30 a 35 por cento das 96
páginas da revista, transformando-se no principal suporte financeiro da
empresa. No entanto, o leitor ficava em dúvida sobre se determinada matéria
era uma reportagem isenta ou um anúncio disfarçado. Algumas se davam ao
luxo de ter personalidades conhecidas atestando a qualidade do produto, mas
nem todas as propagandas eram atestadas, conforme consta na página 11 do
livro O Cruzeiro – A maior e melhor revista da América Latina (O Cruzeiro – A
maior e melhor revista da América Latina. – Rio de Janeiro: Prefeitura da
Cidade do Rio de Janeiro Secretaria Especial de Comunicação Social. Junho
de 2002 - Cadernos da Comunicação. Série Memória; V.3).:
24
Às vezes, havia também anúncios que hoje mereceriam um
processo por propaganda enganosa ou, no mínimo, uma
advertência do Código de Direitos do Consumidor. No
mesmo ano e no mesmo mês, um creme dental, Nicotisan,
prometia milagres no clareamento dos dentes dos
fumantes. O retoque da foto do "antes" é grotesco e, pior
ainda, os depoimentos de dentistas incentivavam o uso do
cigarro. (pag.11).
Em 1966, era o início do fim de O Cruzeiro, pois a revista Realidade, em
suas duas primeiras edições falou sobre as tropas brasileiras enviadas à
República Dominicana e outra matéria sobre a vida no exílio de João Goulart e
Leonel Brizola. O próprio Assis Chateaubriand reclamou, pois meses antes, O
Cruzeiro havia sondado as autoridades militares sobre a conveniência de fazer
as mesmas matérias e não tiveram autorização.
A Revista mensal Realidade foi também o resultado da intensa atividade
cultural vivida pelo país no período pós-64, com isso esta investiu em matérias
de cunho político, pois o campo das publicações de informação geral estava
praticamente dominado pelas cariocas O Cruzeiro e Manchete. O período entre
1964 e 1977 marcou o desaparecimento de diversos órgãos de imprensa,
entre jornais, revistas e emissoras, graças a um desencontro das empresas
jornalísticas e a nova ordem econômica implantada no país com o golpe. Mas
a revista dos Diários Associados de Assis Chateaubriand, depois de muito
sucesso esgotara sua fórmula e não se reciclou.
1.4.2 - Revistas Realidade e Veja
O jornalismo brasileiro sem dúvida tem uma fase antes e depois da
revista O Cruzeiro, que foi a maior revista de informação do Brasil durante
25
quase 40 anos. Pouco antes do fim, foi feito um número experimental da
revista Realidade em novembro de 1965, com apenas 5 mil exemplares, além
de pesquisa encomendada pela Editora Abril ao Instituto de Estudos Sociais e
Econômicos, mostravam que Realidade vinha preencher um vazio na área das
revistas de informação não atualizada.
Com tiragem mensal, permitia ao repórter se esmerar no texto, confundir
sua experiência pessoal com o tema retratado. José Hamilton Ribeiro em
depoimento ao jornal Unidade, (New jornalism: a reportagem como criação
literária. Opus cit.; P. 50. Ribeiro, José Hamilton. Depoimento dado ao jornal
Unidade, ano 1, número 8. Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado
de São Paulo, março de 1976) afirmou:
“No quarto ou quinto número, Realidade já era o sonho de
todo jornalista brasileiro. Cada exemplar era ‘estudado’
nas redações e despertava vontade de fazer jornalismo
em pessoas que até então consideravam isso de escrever
uma ocupação menor. Veio a notícia que, em Portugal, a
revista tinha sido adotada em classe como “livro de texto
de português.” A forma como Realidade tratava os
assuntos-tabu (principalmente sexo, vida de operário, de
estudante e de padre) ia moldando um estado de espírito
que Millôr Fernandes definiria, no Rio, como ‘a geração
Realidade’.”(pag. 50).
Com o Ato Institucional nº 5, em dezembro de 1968, foi instituída a
censura prévia na imprensa e a revista Realidade foi perdendo sua identidade.
A revista durou até 1976, mas o clima de insegurança e de medo que a
sociedade brasileira vivia, mostrava que o projeto de uma narrativa jornalística
investigadora não podia ser mantido nesta época de repressão.
26
Depois de um ano e meio na direção de Realidade, Roberto Civita
(Presidente e Editor da Revista Abril), ainda em 1968, fica responsável pela
edição de uma nova revista de informação, mas com periodicidade semanal: A
Veja, que está entre as 10 informativas semanais que mais vendem no mundo.
(http://cursoabril.abril.com.br/edicoes/2005/ideias/materia_77437.shtml em
27/11/2005 - Curso Abril de Jornalismo – matéria: Como nascem vivem e
morrem as revistas, por Viviane Gonçalves.). Com a possibilidade de fazer
uma revista com periodicidade menor impuseram mudanças em toda linha
editorial, conforme o texto “E surge uma nova revista”
(http://cursoabril.abril.com.br/edicoes/2005/ideias/materia_77437.shtml
acessado em 27/11/2005) do próprio Civita (New jornalism: a reportagem
como criação literária. Opus cit.; Ribeiro, José Hamilton. Depoimento dado
ao jornal Unidade, ano 1, número 8. Sindicato dos Jornalistas Profissionais do
Estado de São Paulo, março de 1976):
“A nossa função mudou. As vezes, podemos contar
histórias longas, quando vemos que é uma história da
qual o público quer detalhes. Mas, normalmente, eu diria
que os leitores querem muita informação em pouco
tempo. A interpretação e a análise realmente não cabem
em três parágrafos, mas o número de pessoas que quer
saber mais é muito pequeno e pulverizado. O resultado é
que os grandes veículos cobrem um enorme número de
assuntos e cabe aos veículos segmentados se aprofundar
neles. Editor de revista deve se ajoelhar e agradecer
todos os dias a existência da televisão, porque ela levanta
a lebre e cabe a nós explicar. Aí vem as semanais e
depois as mensais segmentadas.” (pags. 55 e 56).
27
1.5 – Participação da Pessoa no Grupo
Após descrever a história das revistas no Brasil e no mundo,
percebemos que a narrativa das revistas foi se desenvolvendo para que a
participação da sociedade percebesse que o assunto descrito, seja através de
fotos, publicidades e narrativas com objetivo de entreter e persuadir o leitor
para determinado assunto, tem em sua essência um objetivo. Criar em sua
volta a necessidade de participação da pessoa no grupo, na sociedade. No
capítulo 6 do Livro Fundamentos Básicos das Grupoterapias, David E.
Zimerman afirma que:
“O ser humano é gregário, e só existe, ou subsite, em
função de seus inter-relacionamentos grupais. Sempre,
desde o nascimento, ele participa de diferentes grupos,
numa constante dialética entre a busca de sua identidade
individual e a necessidade de uma identidade grupal e
social”. (pag.83)
Por este motivo no decorrer do tempo as revistas se seguimentaram em
assuntos diversos, pois tinham a necessidade de atingir grupos diversificados
dentro da sociedade. Segundo Zimerman, “Um grupo não é um mero
somatório de indivíduos; pelo contrário, se constitui como uma nova entidade,
com leis e mecanismos próprios e específicos”. Em função da importância do
homem no Grupo, no próprio capítulo falaremos da Dinâmica de Grupo no
Ensino Superior e sua importância.
28
CAPÍTULO II
DINÂMICA DE GRUPO NO ENSINO SUPERIOR
2.1 – O Grupo como Método
O que seria grupo? Segundo o texto (“O Grupo Como Método” de Lazslo
Antônio Ávila): Grupo é uma palavra equívoca. Entendemos por grupo: a) uma
reunião de pessoas, ou de objetos; b) um agregado organizado de indivíduos;
c) um conjunto sistemático e constante de relações; d) uma comunidade de
interesse ou objetivos; e) um aglomerado casual e momentâneo de pessoas,
etc.
Por grupo psicológico entendemos: um certo número de indivíduos que
mantém contatos pessoais, cara a cara, durante um certo tempo, e em função
de certos objetivos. Desenvolvem, durante o tempo de sua interação, um certo
número de códigos, de referências e de tradições e, principalmente,
configuram uma totalidade ou unidade, diferenciada de qualquer outro
conjunto, e reconhecida por cada um de seus membros.
Ao observarmos a Sociedade, ou melhor, ao observarmos as formações
sociais concretas, constatamos que todos seus movimentos e acontecimentos
são reproduzidos a partir de conjunto de indivíduos, intermediados pelas
Instituições que conduz, junto e por causa de outros indivíduos, qualquer
acontecimento social.
29
O Indivíduo só existe na Sociedade, quando se encontra inserido em
alguma de suas subestruturas, que lhe darão todo o referencial e o sentido
para o seu comportamento. Esta inserção do indivíduo processa-se em duas
vias: a) para o interior da personalidade, constituindo de fora para dentro tudo
aquilo que o indivíduo é: seus valores, seus sentimentos, seus ideais; e b) para
o exterior do indivíduo, em seus relacionamentos e em sua atuação social.
Assim sendo, Grupo é uma palavra equívoca, mas uma realidade
inequívoca; quer consideramos o indivíduo isolado, em seu momento de maior
intimidade, ou ao contrário, o indivíduo em ação e em relação, sempre
podemos constatar a presença e o efeito múltiplo das outras pessoas sobre
cada indivíduo em particular e em cada um de seus atos. É em grupo que o
homem percebe-se como homem e passa a agir de uma forma pautada e
reconhecida pelos outros; é em grupo que o homem compartilha da vida de
seus semelhantes; e, finalmente, é em grupo que o homem aprende que é
igual aos outros, mas é único seu ser-este-homem-em-particular. Sem o grupo,
não existiria Identidade, é preciso haver outros, com quem se tem algo em
comum, para ser-se um. Antes da Identidade, vem a ‘idem-tidade’. Idem =
assim como o outro.
2.2 – Dinâmica de Grupo - Definição
A expressão Dinâmica de Grupo surgiu pela primeira vez num artigo
publicado por Kurt Lewis, em 1944, onde tratava da relação entre teoria e
prática em Psicologia Social.
O que é Dinâmica de Grupo? Dynamis é uma palavra grega que
significa força, energia, ação. Quando Kurt Lewin utilizou essa expressão e
começou a pesquisar os grupos, seu objetivo era o de ensinar às pessoas
30
comportamentos novos através da DINÂMICA DE GRUPO, ou seja, através da
discussão e de decisão em grupo, em substituição ao método tradicional de
transmissão sistemática de conhecimentos.
Na Dinâmica de Grupo o comportamento e as atitudes individuais serão
mudados num trabalho de grupo, isto, porque, os participantes se sentirão
profundamente sensibilizados por aquilo que acontecerá, por sentirem e por
observarem processos que eles aprenderão a conceituar.
A dinâmica dos grupos é a atuação de todos os indivíduos em relação à
tarefa do grupo e aos outros participantes. A dinâmica é, assim, o resultado de
dois eixos: 1) a estrutura do grupo com sua história, e 2) a situação atual
vivida. Cada acontecimento no interior do grupo tem potencialmente a
capacidade de alterar sua conformação, e por isso são desenvolvidos diversos
mecanismos que visam manter a coerência e a homogeneidade do grupo, e a
repetir ou promover a sua história.
2.3 – O Ensino Superior e a Dinâmica de Grupo
Promover uma nova aula sobre a história das Revistas no Brasil, em um
novo grupo e promover a discussão de um novo assunto, torna-se um desafio
para o professor. Ele precisa ser um facilitador para o grupo. O facilitador tem
um papel fundamental para o grupo, pois é necessário estabelecer um clima
de confiança mútua – grupo e facilitador.
No livro S.O.S. Dinâmica de Grupo, de Albigenor & Rose Militão consta
uma dica importante: “Como facilitador, é imprescindível que haja um prévio
planejamento, objetivando segurança e tranquilidade no processo de condução
do grupo – seja uma sala com poucos participantes ou um auditório a partir de
cinquenta pessoas”.
31
Os grupos apresentam uma importância muito grande, do ponto de vista
psicológico, pois constituem-se em rede de sustentação para as
individualidades. Pode-se dizer que o Grupo é a matriz da Identidade e que o
verdadeiro habitat do indivíduo são os outros indivíduos. As instituições de
Ensino Superior cumprem um papel de perpetuação das estruturas e relações
estruturas e relações sociais dominantes, e os grupos são a força viva que
pode transformar estas condições. Os Grupos, porém encontram-se dispersos,
mal organizados, sem identidade e sem projeto. (12)
No entanto, os grupos tem a potencialidade de virem a ser instrumentos
para a concretização das necessidades fundamentais de seus membros; para
isso, contudo necessitam superar sua condição de grupos-objetos, submetidos
às determinações institucionais, e assumir um papel ativo diante da realidade e
a o facilitador tem a função de promover o debate, o conhecimento e a
discussão em sala, promovendo a busca do conhecimento.
O trabalho em grupo promove um “enquadre” para o grupo, ou seja, é
proposto o tema da história das revistas como tema de interesse geral para
gerar a discussão e promover o diálogo. O facilitador (professor) propõe um
tempo para exposição do assunto e ao perceber a origem de todo processo
cada indivíduo em sua experiência pessoal vai expondo seu ponto de vista de
acordo com o seu interesse pessoal.
Busca-se oferecer a flexibiliade, a iniciativa e a mudança de atitudes
diante do conhecimento de assuntos que se entrelaçam, pois a história faz
parte do atual, pois trata-se de um processo de amadurecimento. Atua-se na
dinâmica de grupo par ir desvendando a estrutura inconsciente com sua rede
de papéis com o sistema de comunicação adotado pelo grupo.
O processo grupal deve desenrolar-se integrando progressivamente
todos os membros do grupo a um projeto comum de auxílio recíproco na
solução dos problemas, interligando as revistas atuais e sua história. Ao final
32
do processo, ajuda-se o grupo a tornar-se independente da coordenação do
trabalho e apresentação do conhecimento adquirido.
33
CAPÍTULO III
APLICABILIDADE DA DINÂMICA DE GRUPO
3.1 – Objetivos para Alcançar com a utilização da Dinâmica de Grupo
O que se espera alcançar de resultados, com a utilização da Dinâmica
de Grupo? Vejamos, portanto, alguns objetivos:
a) Desinibir a capacidade criadora dos Participantes, levando-os a se
tornarem bastantes desenvoltos; b) Aumentar as transformações no grupo, alterando a sua
produtividade; c) Aumentar a coesão do grupo; d) Proporcionar um aperfeiçoamento do trabalho coletivo, procurando
atingir, através dos grupos, metas socialmente desejáveis, podendo,
também, aumentar sua eficiência, fundamentando-a num firme
conhecimento das leis que governam a vida do grupo; e) Transformar o potencial do grupo, fazendo-o crescer em igualdade
harmônica de relacionamento interpessoal.
3.2 – A Dinâmica de Grupo na Educação
No texto Fundamentos da Dinâmica de Grupos, Sérgio Pereira Alves
nos fala que John Dewey, filósofo da Educação, reclama com urgência a
criação de cátedras de psicologia social nas Universidades americanas num
célebre artigo intitulado “Need for social pychology”. A primeira universidade a
responder a seu apelo será Harvard, criando sua primeira cátedra de
psicologia social em 1917, para que será nomeado Henry Holt como primeiro
34
titular. A partir de 1920 o ensino e a pesquisa em Psicologia nos EUA
inspiraram-se em grande parte nas teorias behavioristas.
A partir daí, promover a educação nas escolas tornou-se a preparação
das crianças para a vida em sociedade. “Aprender fazendo” tornou-se slogan
popular através de projetos coletivos e atividades extracurriculares. Os
professores procuraram ensinar capacidade de liderança, cooperação,
participação responsável e relações humanas. Surgiu a concepção do
professor como líder de grupo, que influi na aprendizagem dos alunos, não só
por sua competência na matéria, como também por sua habilidade em
aumentar a motivação, estimular a participação e criar o entusiasmo.
Embora continue até hoje a controvérsia quanto a essa maneira geral de
encarar a educação, os educadores tinham acumulado no fim da década de
30, um considerável conjunto de conhecimento sobre a vida dos grupos. A
dinâmica de grupo utilizou-se dessa experiência ao formular hipóteses de
pesquisa e seus especialistas.estabeleceram estreitas relações de trabalho
com os educadores.
3.3 – Dinâmicas de Aprendizagem
“Aprender é descobrir o que já se sabe. Praticar é demonstrar o que se
sabe. Ensinar é lembrar aos outros que eles sabem tanto quanto você. Todos
são alunos, praticantes, professores.” (Richard Back)
Viver é aprender. Para aprender é preciso o querer, é preciso viver a
vontade para busca desse aprendizado. Aprender é perceber e a percepção
varia de pessoa para pessoa e, numa mesma pessoa, o nível dessa percepção
35
pode alterar-se. Dependendo do contexto, do momento, do nível de interesse,
a pessoa pode estar ou não mais propensa a aprender.
Pode-se aprender ouvindo, lendo, vendo um filme, olhando a natureza,
contemplando o firmamento estrelado, viajando, conversando, fazendo novas
amizades, estudando, dormindo. Basta estar aberto, disponível, acessível.
Por este motivo, vamos exemplificar uma dinâmica de aprendizagem
para estimular o raciocínio, exercitar a percepção e orientar formação de
grupos para estudo. A partir da sua própria experiência e criatividade, muito
poderá fazer num grupo, para possibilitar o aprendizado e os participantes
permanecerem participativos.
3.4 – Aplicando a Dinâmica de Grupo: Brainstorming
Esta é uma forma andragógico-construtivista (Educação de Adultos),
onde o facilitador procura explorar o máximo a experiência acumulada e o
interesse dos participantes.
Objetivos:
a) Propor rapidamente os objetivos de determinado exercício;
b) Estimular o interesse pela novidade, pela aventura de criar algo,
enfim, estimular a criatividade;
c) Criar clima esportivo, agradável e provocante, de expectativa;
d) Criar diretrizes e normas;
e) Aglutinar ideias (chegar à síntese das melhores);
Procedimentos
36
a) Definir o tema-assunto.
b) Escolher alguém ou solicitar um voluntário (ou o próprio facilitador)
para fazer as anotações em flip-chart.
c) Instigar os participantes a falarem sobre o assunto ou
questionamento proposto.
d) Efetuar, em voz alta, com o grupo, a leitura do que foi gerado.
Normas do Exercício
a) Ninguém julga ninguém. Ninguém critica ninguém.
b) Elimina a autocrítica: todos podem errar.
c) Vale mais errar do que omitir-se e calar.
d) Quanto mais ideias, melhor.
e) Seja breve.
f) Proposto o problema, cada um escreve em uma folha, durante 2 ou 3
minutos, todas as soluções que lhe ocorre. Depois as folhas
começam a circular. Cada um lê as soluções de cada folha, e
acrescenta outras.
Os participantes podem falar enquanto as folhas circulam: o estímulo é
maior.
Convém criar o hábito de fazer brainstorming diante dos problemas do
dia-a-dia. Em geral, entramos na rotina, recorrendo sempre as mesmas
soluções para os problemas que enfrentamos.
37
CONCLUSÃO
Este trabalho buscou validar a hipótese de que as aulas participativas no
ensino superior com aplicabilidade da Dinâmica de Grupo facilitam a
aprendizagem, estimulam a percepção e aguçam o nível de interesse fazendo
com que os alunos exponham suas próprias experiências de forma
colaborativa.
Na atualidade o profissional docente precisa ser não só um professor,
mais um orientador, motivador e acima de tudo um facilitador de práticas de
ensino voltadas para o dia a dia do aluno andragógico-construtivista (Educação
de Adultos). Este docente deve atender o desafio de facilitar, orientar e
incentivar de forma ativa e participativa, promovendo através da dinâmica de
grupo o desenvolvimento e aperfeiçoamento das relações interpessoais.
Promover um mergulho na História da Revista no Brasil em aulas de
Comunicação Social, a grade curricular do curso de Jornalismo ficará mais
enriquecida, interessante e destacando a importância da Dinâmica de Grupo
em uma aula do Ensino Superior, destacando aos alunos a oportunidade de
fazermos um mergulho em sua história, promovendo o debate entre os
participantes, intensificando a necessidade de ter fontes confiáveis e sempre
citando conteúdos da história para elucidar a atualidade, pois as conquistas
adquiridas com as experiências vividas no passado nos fazem valorizar as
conquistas e motiva o grupo a seguir em frente em busca de uma inovação ou
melhoria.
Através da Dinâmica de Grupo o aprendizado é facilitado, pois trazendo
sua experiência para o grupo, sem perceber, é promovido um espaço para
perguntas e respostas que facilitam e suscitam a reflexão e aprendizado.
38
Proporcionar um aperfeiçoamento do trabalho coletivo, procurando
atingir, através dos grupos, metas socialmente desejáveis, podendo, também,
aumentar sua eficiência, fundamentando-a num firme conhecimento das leis
que governam a vida do grupo, este é o desafio do docente.
Por fim a transformação potencial do grupo, fazendo-o crescer em
igualdade harmônica de relacionamento interpessoal e exercitando a cidadania
no contexto mais abrangente é o compromisso do docente para evolução da
sociedade da qual ele tem responsabilidade enquanto educando.
39
BIBLIOGRAFIA
1- ALVES, Sergio Pereira. Texto: Fundamentos da Dinâmica de Grupos.
2- ÁVILA, Lazslo Antônio. Texto “O Grupo Como Método”. Esse texto era
a matriz teórica de uma parte dos trabalhos com grupos desenvolvido
em Osasco, pela equipe da Pontífica Universidade Católica de São
Paulo, da qual o autor fazia parte.
3- BAHIA, Juarez. A Revista no Brasil. São Paulo: Editora Abril, 2000.
4- BRAGA, Regina Stela (edição). Mulheres em revista, o jornalismo
feminino no Brasil – Rio de Janeiro: Prefeitura da Cidade do Rio de
Janeiro Secretaria Especial de Comunicação Social. 2003. p.12:
(Cadernos da Comunicação. Série Memória; V.4).
5- BRAGA, Regina Stela (edição). Mulheres em revista, o jornalismo
feminino no Brasil – Rio de Janeiro: Prefeitura da Cidade do Rio de
Janeiro Secretaria Especial de Comunicação Social. 2003. p.13, 14 e
15: ‘Cadernos da Comunicação. Série Memória; V.4’.
6- GADINI, Sérgio Luiz. A Cultura como Notícia no Jornalismo
Brasileiro – Rio de Janeiro: Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro:
Secretaria Especial de Comunicação Social. 2003. p.23 - (Cadernos de
Comunicação. Série Estudos; V.8).
7- MILITÃO, Albigenor. S.O.S. Dinâmica de Grupo – Rio de Janeiro:
Editora Quality Mark. 2012.
40
8- New jornalism: a reportagem como criação literária – Rio de Janeiro:
Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro Secretaria Especial de
Comunicação Social. 2003. p.47: (Cadernos da Comunicação. Série
Estudos; V.7).
9- New jornalism: a reportagem como criação literária. Opus cit.; P. 50.
Ribeiro, José Hamilton. Depoimento dado ao jornal Unidade, ano 1,
número 8. Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São
Paulo, março de 1976.
10- New jornalism: a reportagem como criação literária. Opus cit.; P. 55
e 56.
11- O Cruzeiro – A maior e melhor revista da América Latina. – Rio de
Janeiro: Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro Secretaria Especial de
Comunicação Social. Junho de 2002. p.6: (Cadernos da Comunicação.
Série Memória; V.3).
12- O Cruzeiro – A maior e melhor revista da América Latina. – Rio de
Janeiro: Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro Secretaria Especial de
Comunicação Social. Junho de 2002. p.11: (Cadernos da Comunicação.
Série Memória; V.3).
13- ZIMERMAN, David E. Fundamentos Básicos das Grupoterpapias – Rio
de Janeiro, Capítulo 6, p. 83.
41
WEBIGRAFIA
1 - Disponível no site: http://imultimedia.pt/museuvirtpress/port/persona/g-
h.html - em 26/11/2005 - Museu Virtual da Imprensa – Porto - Portugal.
2 - Disponível no site:
http://pt.wikipedia.org/wiki/A_Revolu%C3%A7%C3%A3o_de_Gutenberg - em
26/11/2005 - Wikipédia a Enciclopédia Livre.
3 - Citado no site: http://www.in.gov.br/imprensa/in/missaoHistoria.htm - em
20/11/2005 - Imprensa Nacional – Informações Oficiais – Registrando a história
oficial do Brasil desde 1808.
4 - Retirado do site: http://pt.wikipedia.org/wiki/Revista_%28jornalismo%29 em
26/11/2005 - Wikipédia a Enciclopédia Livre.
Nota: Corrêa, Thomaz Souto é o, maior especialista em revistas do Brasil,
ministra no Curso Abril de Jornalismo uma disputada aula sobre a história das
revistas. Thomaz começou a trabalhar como jornalista aos 18 anos, como
redator de O Estado de S. Paulo. Transitou por todos os processos de
composição.
5 - Corrêa, Thomaz Souto. Coluna: Primeira parte de uma breve história
das revistas.
Retirado do site: http://cursoabril.abril.com.br/coluna/materia_84318.shtml em
26/11/2005 - Curso Abril de Jornalismo.
42
6 - Idem, ibidem. p.7: Trecho de entrevista do fotógrafo Geraldo Viola, que
trabalhou em O Cruzeiro de 1945 a 1975.
7- Retirado do site:
http://cursoabril.abril.com.br/edicoes/2005/ideias/materia_77437.shtml em
27/11/2005 - Curso Abril de Jornalismo – matéria: Como nascem vivem e
morrem as revistas, por Viviane Gonçalves.
43
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO
3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I - A HISTÓRIA DAS REVISTAS NO BRASIL APLICANDO A
DINÂMICA DE GRUPO NO ENSINO SUPERIOR 10
1.1 – GUTEMBERG 10
1.2 – A IMPRENSA NO BRASIL 12
1.3 – A HISTÓRIA DAS REVISTAS 14
1.4 – RESUMO DA HISTÓRIA DAS REVISTAS NO BRASIL 19
1.4.1 – O CRUZEIRO 21 1.4.2 – REVISTAS REALIDADE E VEJA 24 1.5 – PARTICIPAÇÃO DA PESSOA NO GRUPO 27 CAPÍTULO II - DINÂMICA DE GRUPO NO ENSINO SUPERIOR 28
2.1 – O GRUPO COMO MÉTODO 28
2.2 – DINÂMICA DE GRUPO - DEFINIÇÃO 29
2.3 – O ENSINO SUPERIOR E A DINÂMICA DE GRUPO 30
CAPÍTULO III – APLICABILIDADE DA DINÂMICA DE GRUPO 33
3.1 – OBJETIVOS PARA ALCANÇAR COM A UTILIZAÇÃO DA DINÂMICA DE
GRUPO 33
3.2 – A DINÂMICA DE GRUPO NA EDUCAÇÃO 33
3.3 – DINÂMICAS DE APRENDIZAGEM 34
44
3.4 – APLICANDO A DINÂMICA DE GRUPO: BRAINSTORM 35
CONCLUSÃO 37
BIBLIOGRAFIA 39
WEBGRAFIA 41
ÍNDICE 43