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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
AVM – FACULDADE INTEGRADA
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
A UTILIZAÇÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO COMO
VANTAGEM COMPETITIVA NA GESTÃO DE SUPRIMENTOS
Marcelo do Couto
ORIENTADOR:
Prof. Nelsom Magalhães
Rio de Janeiro 2016
DOCUMENTO P
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LEID
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EITO A
UTORAL
2
Rio de Janeiro
2016
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
AVM – FACULDADE INTEGRADA
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
Apresentação de monografia à AVM como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Gestão de Compras e Suprimentos. Por: Marcelo do Couto
A UTILIZAÇÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO COMO
VANTAGEM COMPETITIVA NA GESTÃO DE SUPRIMENTOS
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AGRADECIMENTOS
Agradeço a princípio a Deus que me permitiu a
inteligência.
Ao meu orientador pelas orientações precisas em
todos os momentos solicitados.
4
DEDICATÓRIA
À minha família pela base sólida que sempre me
deu força para encarar a vida de frente.
À minha filha fonte de inspiração para todas as
minhas conquistas.
À minha esposa que soube tão bem compreender
os meus momentos de ausência em função deste
trabalho.
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RESUMO
As grandes organizações utilizam estrategicamente as ferramentas
de Tecnologia da Informação (TI) para adquirir vantagem competitiva na gestão
de suprimentos. Mas, como obter esse diferencial competitivo? Para responder
a essa pergunta, efetuamos um estudo detalhado onde abordamos esse tema,
utilizando pesquisas bibliográficas em livros e autores.
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METODOLOGIA
A investigação foi realizada por meio de pesquisa bibliográfica em
livros, artigos de revistas e internet.
O Estudo de caso é uma estratégia de pesquisa que busca examinar um fenômeno contemporâneo dentro de seu contexto, pois este é especialmente adequado ao estudo de processos à medida que eles se desenrolam na organização. (Roesch, 1996, p.155).
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I
Ferramentas de Tecnologia da Informação 11
CAPÍTULO II
Como utilizar as ferramentas de TI 29
CAPÍTULO III
As estratégias de sucesso no uso da TI como diferencial competitivo na
Gestão de Suprimentos 32
CONCLUSÃO 37
BIBLIOGRAFIA 38
ÍNDICE 40
8
INTRODUÇÃO
A competição entre as cadeias de suprimentos é um dos fatores de
dinamização do ambiente de negócios, pois as obrigam a recorrer a diferentes
estratégias que auxiliem no seu desempenho para obter vantagem competitiva
sustentável (CHRISTOPHER, 1997). São muitas as estratégias utilizadas e
dentre elas a de ser enxuta e ou ágil e adaptativa (LEE, 2004), assim como
acompanharem as suas velocidades evolutivas setoriais (FINE, 1999), por tipo
de produtos (FISHER, 1997), variação e visibilidade da demanda, tipo de
concorrência, turbulências e mudanças bruscas que incidem num ambiente
dinâmico de competição.
Para obter essa vantagem competitiva, as empresas estão
recorrendo aos sistemas integrados de informação, buscando automatizar seu
processo produtivo.
Figura 1: Ballou, Ronald H, 2001, p 58.
Apesar disso, ainda há algumas barreiras a serem superadas para o
maior crescimento do mercado de Supply Chain Management (SCM). Entre
elas estão a falta de confiança nos fornecedores desse tipo de solução, os
altos custos de implementação e a falta de um claro entendimento sobre os
benefícios dessa ferramenta. Além do medo por parte dos clientes desse tipo
de solução de implantar o sistema, pois ele compartilha as informações
internas com clientes, fornecedores e com os parceiros.
F á b r i c a
T r a n s p o r t eA r m a z e n a m e n t o
C o n s u m i d o r
F o r n e c e d o rT r a n s p o r t e
A r m a z e n a m e n t o
T r a n s p o r t e
T r a n s p o r t e
I n f o r m a ç ã o
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Visando superar esse problema cultural, evidenciamos as principais
tecnologias da informação utilizadas pelas empresas, incluindo vantagens e
desvantagens dessas ferramentas.
Contudo, apenas relacioná-la não é o suficiente. Precisamos
analisar o motivo pelo qual apenas algumas empresas conseguem vantagem
em seu nicho de negócio.
Logo, revelamos o segredo do sucesso das grandes organizações.
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CAPÍTULO I
FERRAMENTAS DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
1.1. Sistemas de Informação
Os Sistemas de Informação são os sistemas ou práticas utilizadas
pelas empresas para melhorar o seu desempenho incluindo ter um custo
operacional adequado, processos logísticos inteligentes e integração com
fornecedores e clientes através de ferramentas que serão discutidas ao longo
deste estudo.
Um dos fatores mais relevantes ao desenvolvimento dos processos administrativos é a aplicação de tecnologia de informação, proporcionando um grande aumento de eficiência. Tais sistemas abrangem todas as ferramentas que a tecnologia disponibiliza para o controle e gerenciamento do fluxo de informação de uma organização (BALLOU, 1993, p. 58).
Existem, no mercado, alguns tipos de ferramentas que facilitam e
tornam a informação mais acurada para aplicação na cadeia de suprimentos,
alguns exemplos destes sistemas são: o código de barras, o EDI (Electronic
Data Interchange), o ECR (Efficient Consumer Response) e os ERPs que
integram todos os outros.
1.1.1. Sistemas Integrados de Gestão / ERP – Enterprise
Resource Planning
São sistemas de informação que integram todos os dados e
processos de uma organização em um único sistema. A integração pode ser
vista sob a perspectiva funcional (sistemas de: finanças, contabilidade,
recursos humanos, fabricação, marketing, vendas, compras) e sob a
perspectiva sistêmica (sistema de processamento de transações, sistemas de
informações gerenciais, sistemas de apoio à decisão).
Os ERPs em termos gerais são uma plataforma de software
desenvolvida para integrar os diversos departamentos de uma empresa,
11
possibilitando a automação e armazenamento de todas as informações de
negócios.
Entre as mudanças mais palpáveis que um sistema de ERP propicia
a uma Organização, sem dúvida, está a maior confiabilidade dos dados, agora
monitorados em tempo real, e a diminuição do retrabalho. Algo que é
conseguido com o auxílio e o comprometimento dos funcionários, responsáveis
por fazer a atualização sistemática dos dados que alimentam toda a cadeia de
módulos do ERP e que, em última instância, fazem com que a empresa possa
interagir. Assim, as informações trafegam pelos módulos em tempo real, ou
seja, uma ordem de vendas dispara o processo de fabricação com o envio da
informação para múltiplas bases, do estoque de insumos à logística do produto.
Tudo realizado com dados orgânicos, integrados e não redundantes.
Para entender melhor como isto funciona, o ERP pode ser visto
como um grande banco de dados com informações que interagem e se
realimentam. Assim, o dado inicial sofre uma mutação de acordo com seu
status, como a ordem de vendas que se transforma no produto final alocado no
estoque da companhia.
Ao desfazer a complexidade do acompanhamento de todo o
processo de produção, venda e faturamento, a empresa tem mais subsídios
para se planejar, diminuir gastos e repensar a cadeia de produção. Um bom
exemplo de como o ERP revoluciona uma companhia é que com uma melhor
administração da produção, um investimento, como uma nova infra-estrutura
logística, pode ser repensado ou simplesmente abandonado. Neste caso, ao
controlar e entender melhor todas as etapas que levam a um produto final, a
companhia pode chegar a ponto de produzir de forma mais inteligente, rápida e
melhor, o que, em outras palavras, reduz o tempo que o produto fica parado no
estoque.
A tomada de decisões também ganha uma outra dinâmica. Imagine
uma empresa que por alguma razão, talvez uma mudança nas normas de
segurança, precise modificar aspectos da fabricação de um de seus produtos.
Com o ERP, todas as áreas corporativas são informadas e se preparam de
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forma integrada para o evento, das compras à produção, passando pelo
almoxarifado e chegando até mesmo à área de marketing, que pode assim ter
informações para mudar algo nas campanhas publicitárias de seus produtos. E
tudo realizado em muito menos tempo do que seria possível sem a presença
do sistema.
Considerando o exemplo acima, podemos dizer que um ERP
consiste basicamente na integração de todas as atividades do negócio, entre
elas, finanças, marketing, produção, recursos humanos e compras logísticas.
Com o benefício direto de facilitar, tornar mais rápido e preciso o fluxo de
informação permitindo assim o controle dos processos de negócios. Portanto, o
processo de tomada de decisão empresarial.
Segundo Souza (1999), existe características dos sistemas
integrados de gestão que os tornam diferentes de outros sistemas existentes,
permitindo-nos fazer uma análise de custo-benefício de sua aquisição, são
elas:
� Os ERPs são pacotes comerciais;
� São desenvolvidos através de modelos padrões de
processos;
� Integram sistemas de várias áreas das empresas;
� Utilizam um banco de dados centralizado;
� Possuem grande abrangência funcional.
Antes mesmo de a empresa fazer as pesquisas de fornecedores
ERPs para aquisição dos pacotes comerciais, é recomendável que a mesma
faça o levantamento da real necessidade da implantação do ERP, quais são as
metas da empresa e o que ela espera do sistema. O próximo passo é
consultar fornecedores que satisfaçam as necessidades previamente definidas.
Existem alguns fornecedores de sistemas que geram solução na
área logística e em outros segmentos que exigem tecnologia de informação. O
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mercado brasileiro de fornecedores de sistemas pode citar dentre outros: SAP
Brasil, Datasul, Manugustics, Promática, Scala e JDEdwards.
1.2 Sistemas de Informações Logísticas
Atualmente observa-se, uma significativa inclinação do
desenvolvimento de sistemas integrados de gestão para aplicação na cadeia
de suprimentos, visto que todos os processos de negócios internos já foram
integrados, restando apenas obter vantagem competitiva da integração da
cadeia de suprimentos (fornecedores, compradores, distribuidores e
revendeores).
Com isso, passa a ser possível à integração com as demais unidades
de um grupo empresarial por meio de EDI com compartilhamento (parcial) da
base de dados. Para tal, os maiores desafios encontrados são: sistemas
geograficamente distantes e distintos, com hardwares diversos, necessidade
intensiva de sistemas de telecomunicações, bases de dados diversas,
operando em estruturas organizacionais e culturas empresariais diversas.
A seguir comentaremos sobre algumas ferramentas integradas de
gestão aplicadas a cadeia de suprimentos.
1.2.1. WMS (Warehouse Management System)
O Sistema de Gerenciamento de Armazéns, chamado de WMS, é
uma tecnologia utilizada em armazéns onde ele integra e processa as
informações de localização de material, controle e utilização da capacidade
produtiva de mão-de-obra, além de emitir relatórios para os mais diversos tipos
de acompanhamento e gerenciamento.
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O sitema prioriza uma determinada tarefa em função da
disponibilidade de um funcionário informando a sua localização no armazém.
Com este recurso ocorre um aumento na produtividade quando diferentes tipos
de tarefas são intercaladas.
Este sistema tem capacidade de controlar o dispositivo de
movimentação de material feito por Veículos Guiados Automaticamente (AGVs)
e fazer interface com um Sistema de Controle Automatizado do Armazém
(WACS) que tem a função de controlar equipamentos automatizados como as
esteiras e os sistemas de separação por luzes e carrosséis.
Com uma ferramenta desse porte a empresa passa a ter um ganho
na produtividade com a economia de tempo nas operações de embarque e
desembarque, transporte e estocagem de mercadoria e ainda controlar o
estoque de produtos no seu armazém. Podendo ainda permitir que o gerente
de logística controle as operações de armazém apenas de longe observando
apenas se o funcionamento do sistema está adequado às operações logísticas.
Em paralelo ao WMS existe o WCS que é um Sistema de Controle
de Armazém e não um gerenciador se diferenciando assim do WMS em alguns
aspectos. O WCS não oferece uma variedade de relatórios para auxiliar no
gerenciamento das atividades; não tem flexibilidade de hardware; a
customização é limitada a mudança de campos e nomes, e a instalação deste
sistema não pode ser feita de forma modular, somente integral. A contrapartida
de todos esses aspectos negativos é que ele oferece um ótimo
acompanhamento e controle das atividades (se limitando a controle) e existe
um custo reduzido de software e hardware requerido para a implementação
dessa solução.
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1.2.2. RFID (Radio Frequency System)
Identificação via Radio Freqüência é, relativamente, uma das mais
novas tecnologias de coleta automática de dados. Inicialmente surgiu como
solução para sistemas de rastreamento e controle de acesso na década de 80.
A maioria dos tags RFID conter pelo menos duas partes. Um deles é
um circuito integrado para armazenar e processar informação, modulando e
desmodularem uma radiofrequência (RF), e outras funções especializadas. A
segunda é uma antena para receber e transmitir o sinal.
Esses sistemas conseguem localizar em tempo real os estoques e
mercadorias, as informações de preço, o prazo de validade, o lote, enfim, uma
gama de informações que diminuem o processamento dos dados sobre os
produtos quando encontrados na linha de produção.
A figura 02 explica o diagrama esquemático básico de todos os
sistemas de RFID.
Figura 02 – Halliday, Steve, 2002, p 01.
Fonte: http://www.hightechaid.com/tech/rfid/rfid_technology.htm
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Há diversos modelos de RF existentes no mercado como chaveiros,
Smart Card, crachás, dentre outros. O tipo de RF é definido conforme a
aplicação, ambiente de uso e performance.
Figura 03 - Halliday, Steve, 2002, p 01.
Fonte: http://www.hightechaid.com/tech/rfid/rfid_technology.htm
As etiquetas inteligentes ou Smart Labes são encontradas em
material de papel (ou similar) tipo etiqueta para imprimir, com um Tag de RFID
encaixado nela. Os exemplos são mostrados na figura 04.
Figura 04 - Halliday, Steve, 2002, p 01.
Fonte: http://www.hightechaid.com/tech/rfid/rfid_technology.htm
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1.2.2.1 Vantagens e desvantagens de utilização da RFID
A principal vantagem do uso de sistemas RFID é realizar a leitura
sem o contato e sem a necessidade de uma visualização direta do leitor com o
Tag. É possível, por exemplo, colocar a RF Tag dentro de um produto e realizar
a leitura sem ter que desempacotá-lo, ou, por exemplo, aplicar o Tag em uma
superfície que será posteriormente coberta de tinta ou graxa. O tempo de
resposta é baixíssimo menor que 100 ms, tornando-se uma boa solução para
processos produtivos onde se deseja capturar as informações com o Tag em
movimento. O custo da RF Tag apresentou uma queda significativa nos últimos
anos, tornando-a viável em alguns projetos onde o custo do produto a ser
identificado não é muito alto.
Como vantagens da Tecnologia RFID, podemos destacar:
� Capacidade de armazenamento, leitura e envio dos dados
para etiquetas ativas;
� Detecção sem necessidade da proximidade da leitora para o
reconhecimento dos dados;
� Durabilidade das etiquetas com possibilidade de reutilização;
� Contagens instantâneas de estoque, facilitando os sistemas
empresariais de inventário;
� Precisão nas informações de armazenamento e velocidade na
expedição;
� Localização dos itens ainda em processos de busca;
� Prevenção de roubos e falsificação de mercadorias;
� Melhoria no reabastecimento com eliminação de itens
faltantes e aqueles com validade vencida.
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Percebemos que tais vantagens são significativas e que agregam
informações aos produtos que antes implicavam em mais tempo para serem
obtidas.
Como desvantagens, podemos apresentar os seguintes itens:
� O custo elevado da tecnologia RFID em relação aos sistemas
de código de barras é um dos principais obstáculos para o
aumento de sua aplicação comercial. Atualmente, uma
etiqueta inteligente custa nos EUA cerca de 25 centavos de
dólar, na compra de um milhão de chips. No Brasil, segundo a
Associação Brasileira de Automação, esse custo sobe para
80 centavos até 1 dólar a unidade;
� O preço final dos produtos, pois a tecnologia não se limita
apenas ao microchip anexado ao produto. Por trás da
estrutura estão antenas, leitoras, ferramentas de filtragem das
informações e sistemas de comunicação;
� O uso em materiais metálicos e condutivos pode afetar o
alcance de transmissão das antenas. Como a operação é
baseada em campos magnéticos, o metal pode interferir
negativamente no desempenho. Entretanto, encapsulamentos
especiais podem contornar esse problema fazendo com que
automóveis, vagões de trens e contêineres possam ser
identificados, resguardadas as limitações com relação às
distâncias de leitura. Nesse caso, o alcance das antenas
depende da tecnologia e frequência usadas, podendo variar
de poucos centímetros a alguns metros (cerca de 30 metros),
dependendo da existência ou não de barreiras;
� A padronização das frequências utilizadas para que os
produtos possam ser lidos por toda a indústria, de maneira
uniforme.
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� A invasão da privacidade dos consumidores por causa da
monitoração das etiquetas coladas nos produtos. Para esses
casos existem técnicas de custo ainda elevado, que
bloqueiam a funcionalidade do RFID automaticamente
quando o consumidor sai fisicamente de uma loja (BOSS:
2004).
1.2.3. Rastreamento de Frotas com Tecnologia GPS
Rastreamento é o processo de monitorar um objeto enquanto ele se
move. Hoje em dia é possível monitorar a posição ou movimento de qualquer
objeto, utilizando-se de equipamentos de GPS aliados a links de comunicação.
O casamento GPS + comunicação é necessário, pois o receptor
GPS localiza sua própria posição; esta deve ser transmitida via canal de
comunicação para uma central que fará efetivamente o monitoramento. Esta
tecnologia é comumente conhecida como AVL (Automatic Vehicle Location).
GPS é um sistema de posicionamento mundial formado por uma
constelação de 24 satélites que apontam a localização de qualquer corpo sobre
a superfície terrestre. Um aparelho receptor GPS recebe sinais desses satélites
determinando sua posição exata na Terra, com precisão que pode chegar à
casa dos centímetros.
A tecnologia GPS é bem conhecida hoje, e comercialmente viável,
tendo inclusive fornecedores de equipamentos consolidados e preços
formados. As variáveis que efetivamente determinam o custo e o modo de
operação do rastreamento de veículos são canais de comunicação entre o
veículo e a central de monitoramento e o pacote de serviços oferecidos por
esta central.
A ligação feita entre a central de comunicação e o ponto rastreado
pode ser feito via telefonia celular que tem seus aparelhos baratos para a
solução que oferece, e tem restrições como qualquer outra solução que é estar
20
acessível apenas onde tem cobertura de telefonia celular e o custo da
comunicação ainda é alto.
Outra opção é a comunicação via rádio. Esta modalidade é muito
simples de implantar, tem um custo de implantação baixo, onde não há custo
de comunicação, tendo que fazer a regulamentação com a ANATEL (no Brasil).
Com a possibilidade de rastrear veículos a empresa pode saber
onde se encontra o veículo que está fazendo determinada entrega e fazendo
um link com o sistema via web a empresa pode colocar a disposição do cliente
a localização da entrega.
1.2.4. Código de barras
O sistema surgiu da idéia de se criar um mecanismo de entrada de
dados mais rápida e eficiente, vendo que com o passar do tempo mais
microcomputadores estavam sendo fabricados com um grande potencial em
armazenamento e processamento de dados.
A leitura de código de barras exige que sejam utilizados alguns
aparelhos específicos e que são adotados conforme a necessidade da
empresa. Alguns desses aparelhos são os leitores (caneta ótica, slot reader,
leitor CCD, pistola laser, scanner omnidirecional e o leitor automático de
documentos), os decodificadores (decodificador para teclado, decodificador
para interface serial e decodificador para joystick) e impressoras especiais
(software para impressão e impressoras profissionais). As impressoras
matriciais não têm funcionalidade para esse fim. As impressoras jato de tinta e
laser não estão adaptadas para comportar rolos de etiquetas e papel contínuo.
Por isso é que foram desenvolvidas impressoras profissionais para impressão
de código de barras.
Existe uma padronização mundial para a leitura de código de barras.
Para cada produto ou objetivo da identificação existe um tipo de código. Por
exemplo:
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� O EAN – 13, EAN – 8 e UPC são utilizados na unidade de
consumo, ou seja, na embalagem do produto que o
consumidor final esta comprando. Exemplo: 1 litro de leite em
caixa;
� O EAN/DUN – 14 (SCC - 14) / UCC/EAN 128 são utilizados
nas caixas que embalam as várias unidades desses produtos
unitários. Exemplo: um engradado contendo 12 litros de leite
em caixa;
� O UCC/EAN - 128 são usados nos pallets dentro dos
galpões de supermercados ou distribuidores. Estes levam no
código de barras Identificadores de Aplicação (AI).
O código de barras, comprovadamente, tem uma margem de erro
menor que a coleta de dados feita manualmente, sendo assim a maneira mais
eficaz de coletar dados em termos velocidade da informação, facilidade de
migração para o sistema de controle de estoque e facilidade da adoção da
prática do VMI.
1.2.5. EDI - Electronic Data Interchange
O EDI (Eletronic Data Interchange) ou intercâmbio eletrônico de
dados é uma ferramenta tecnológica de informação, que tem sido utilizada
pelas organizações para ligar seus componentes e parceiros, de modo a gerar
perfeita integração, rápida comunicação e agilidade na resposta.
No entender de Pizysieznig (2002) o EDI influência a cadeia de valor
quando a adoção de estratégias para uma vantagem competitiva em um
mercado globalizado.
O EDI é uma rede de acesso restrito aos clientes do provedor, que permite a conexão entre os sistemas eletrônicos de informação entre empresas, independentemente dos sistemas e procedimentos utilizados no interior de cada uma. A função principal de um provedor de EDI é no momento de adesão de um cliente a rede, instalar o hardware e software para a tradução das informações da empresa em padrões já normatizados internacionalmente. Na operação do sistema, o
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provedor deve garantir tanto o registro da transação (comunicação) entre dois parceiros na rede, quanto o sigilo em relação ao acesso de terceiros a estas informações. As empresas não entram em contato apenas com bancos, mas com todos os parceiros nos negócios. A troca de informação gera economias e maior eficiência para todos os participantes da rede. Assim, cada um é, ao mesmo tempo, cliente e fornecedor de informações. (PIZYSIEZNIG, 2002, p. 55)
Este conceito de comunicação entre empresas, o EDI compreende
todas as trocas de documentos e informações entre todos os participantes das
transformações, potencializando recursos de tempo e capital eliminando todo e
qualquer tipo de ineficiência da cadeia de valor.
A adoção do EDI implica em reconfigurar no sistema logístico,
englobando todos os parceiros comerciais, sejam eles fabricantes,
transportadores ou varejistas.
1.2.6. VMI – Vendor Managed Inventory
O VMI ou Estoque Administrado pelo Fornecedor é uma ferramenta
muito importante principalmente para a cadeia de suprimentos que pretende ou
já trabalha com o JIT (Just-in-Time). O principal objetivo desta técnica é fazer
com que o seu fornecedor, através de um sistema de EDI, verifique a sua real
necessidade de produto, no momento certo e na quantidade certa. Este
recurso tem uma maior funcionalidade para as empresas que um grande
número de fornecedores e possui um amplo mix de produtos.
A integração permite que se faça de acordo com o forecast uma
mudança de planejamento de reabastecimento, pois a informação chega ao
seu fornecedor em tempo real. O nível de detalhamento é tanto que, detectada
a demanda de produto acabado, o software se encarrega de traçar planos para
a produção, planejamento de abastecimento e distribuição para os depósitos.
23
1.2.6.1 Vantagens na utilização do VMI
Fornecedor e cliente
� Falhas de comunicação são reduzidas e todo o processo é
realizado em menor tempo e com maior eficácia;
� Redução de lead time na cadeia de abastecimento;
� Atenuação de incerteza na gestão do estoque;
� A estreita relação entre as partes permite a automatização de
atividades;
� Maior satisfação por parte do cliente final.
Cliente
� Maior estabilidade na gestão do estoque e consequente
redução de probabilidade de rupturas;
� Redução de custos de processamento de encomendas;
� Melhoria do nível de serviço.
Fornecedor
� Menor incerteza na previsão da procura;
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1.2.6.2 Desvantagens na utilização do VMI
Alguns problemas relacionados com a implementação do VMI
(SIMCHI-LEVI et al., 2003, p. 158):
� A necessidade de utilizar avançadas tecnologias o que traz um
acréscimo de custos;
� A extrema confiança que terá que existir entre as duas partes;
� A aceitação por parte dos funcionários de ambas as partes da sua
responsabilidade, assim como dos objetivos do VMI;
� O aumento de custos para o fornecedor que poderá ser diretamente
proporcional ao aumento da sua responsabilidade com a gestão do
stock;
� A inexistência de regras claras em relação aos custos com a gestão de
stocks, com incidência no fornecedor;
� A implementação do EDI (Electronic Data Interchange) que deverá ser
testada para garantir a confiabilidade dos dados.
1.2.7. (Efficient Consumer Response)
Recentemente, o varejo de massa (supermercados, lojas de
conveniência, farmácias, dentre outros.) e o atacado (distribuidores e centros
de distribuição) ganharam um novo instrumento de relacionamento com as
indústrias. É a ECR - Efficient Consumer Response, ou Resposta Eficiente ao
Consumidor. Trata-se de uma filosofia que visualiza a cadeia de suprimentos
como um fluxo integrado e único de todas as funções do negócio.
No passado, e até hoje, muitos varejistas encaravam seus
fornecedores com certa suspeita, quase que como adversários. Pouca lealdade
era apresentada por parte do varejista e, consequentemente, o fornecedor
jamais estava seguro quanto ao seu futuro relacionamento com a organização.
Frequentemente, o departamento de compras era cobrado no seu papel de
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arrancar o melhor negócio possível de um fabricante. O nome dado a este jogo
era ganha-perde.
O elemento mais importante da ECR será levar ao mercado, no
momento certo, os produtos que o cliente realmente deseja, mais rapidamente,
numa qualidade mais elevada e com um custo menor.
A ECR foi uma iniciativa importante de mudança dentro das
empresas e, como em qualquer mudança, surgirão obstáculos e restrições, o
que é comum nestes casos.
Os requisitos para se por em prática a filosofia do ECR e fazer os
check out nas saídas das mercadorias das lojas (PVs) e ter o controle do
estoque no fornecedor. Como o volume de produtos é muito grande, tanto o
fornecedor quanto o varejista, precisa utilizar uma coleta de informação que
seja acurada e rápida tendo a sua disposição o código de barras. E o controle
do estoque do ponto de venda feita pelo fornecedor é usada à ferramenta de
VMI com transmissão de dados via EDI, onde temos precisão e rapidez na
operação.
A cadeia produtiva ideal passa por alguns sistemas de informação
em uma ordem lógica:
RespostaEficiente ao
Cliente
IntercâmbioEletrônico de
Dados
Entrada deDados
Elaborador por: Marcelo do Couto
1.2.8. Geographic Information System – GIS
A tecnologia da informação, que surgiu como ferramenta de redução
de custos e agilizadora do processamento de informação têm sido cada vez
mais aplicado em todos os ramos da atividade humana, devido ao crescimento
exponencial de seus recursos e habilidades. O Sistema de Informação
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Geográfica – GIS está ao alcance de pequenas, médias e grandes empresas,
proporcionando um melhor processo de analise dos clientes bem como a
utilização de um instrumento mais adequado na formação de zonas de vendas.
Diante desse cenário, milhares de transportadores ou varejistas compartilham
esses recursos para montar, formar e manter parcerias. O GIS está relacionado
com uma ferramenta que associa banco de dados a mapas digitalizados.
No Brasil existe uma grande disponibilidade de software de GIS,
capazes de executar tarefas, tais como: roteamento, estudo de localização,
obtenção de matriz de distancia, entre outras. Na tabela 1 encontram-se os
principais software e os sites de seus fabricantes.
Tabela 1 – Lista de Software de GIS
Fonte: Nazário, 1998, p. 2
SOFTWARE SITE (FABRICANTES)
Arc-info, BusinessMap www.esri.com
Deskmapp www.gfmi.com.br
MapInfo www.mapinfo.com
Maptitude, TransCAD www.caliper.com
MaxiCAD www.maxidata.com.br
Tactician www.tactician.com
A interação entre as diversas áreas de trabalho da organização é de
vital importância para que este sistema funcione adequadamente, pois a
manutenção de dados depende de vários setores, já que a logística possui
interface com a área de marketing, finanças e produção.
Muitas organizações estão adotando os GIS na formulação do
planejamento estratégico, visto que o aumento do número de variáveis,
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principalmente geográfica, tornam as decisões mais complexas. Assim, a
necessidade do uso de tal ferramenta para a competitividade da empresa, à
medida que facilita as tomadas de decisões com dados confiáveis e
atualizados.
1.2.9. Simulação de Informações em Logística
A simulação é outro aplicativo tecnológico que auxilia a gerencia na
identificação, avaliação e comparação de alternativas operacionais.
Saliby (1999), a define como o uso de modelos para estudo de
problemas reais de natureza complexa, através da experimentação
computacional.
Segundo Saliby (1999) Assim, a simulação consiste no
processo de construção de um modelo que replique o
funcionamento de um sistema real ou idealizado (ainda a ser
construído) e na condução de experimentos computacionais,
com este modelo com o objetivo de melhor entender o
problema em estudo, testar diferentes alternativas para sua
operação e assim propor melhores formas de operá-lo.
A aplicação da simulação como ferramenta de apoio à tomada de
decisão facilita e revela aos dirigentes a melhor maneira para realizar
determinada tarefa ou resolver alguns problemas. Através de Softwares
poderão processar problemas complexos, obtendo economia de tempo e
exatidão das informações.
A tabela 2 apresenta os principais Softwares de simulação e seus
fornecedores.
Tabela 2 – Lista de Software de Simulação
Fonte: www.coppead.ufrj.br/pesquisa/cel
28
PRODUTO EMPRESA ENDEREÇO DA HOME PAGE
ARENA Systems Modeling
Corporation
www.sm.com
AutoMod Autosimulations www.autosim.com
Extend Imagine That www.imaginethatinc.com
GPSS H Wolverine Software
Micro Saint Micro Analysis & Design www.madboulder.com
ProModel ProModel Corporation www.promodel.com
SIMPLE ++ AESOP (Alemanha) www.aesop.de
Simscrip II.5 e
MODSIM III
CACI Productos www.caciasl.com
TAYLOR II b F&H Simulations (Holanda) www.taylorii.com
VisSIM Visual Solutions www.vissim.com
Não há dúvida que a gestão de suprimentos foi fortemente
influenciada pela evolução da tecnologia da informação, disponibilizando
informações através de ferramentas como as citadas neste estudo e outras,
possibilitando às organizações agilidade nos processos, confiabilidade, mais
eficiência e menor custo.
Esta é a era cibernética de suprimentos, sendo os computadores e
sistemas de comunicação fundamentais para a execução eficiente das
operações. Permite aos dirigentes um gerenciamento estratégico, satisfazendo
sua demanda, oferecendo o seu produto no tempo e no lugar certo, ao menor
custo.
29
Porém, nesta concepção deve-se incluir não somente as máquinas e
as instalações físicas, mas também as organizações, as condições das
atividades e a formação dos indivíduos que operam estes sistemas. Visto que a
tecnologia é antes de tudo conhecimento, que pode ser desenvolvida através
de habilidades e treinamentos.
O ponto importante a ser discutido nas linhas que se seguem é
como utilizar as ferramentas de tecnologia da informação disponíveis de forma
a alcançar vantagem competitiva na gestão de Suprimentos.
30
CAPÍTULO II
COMO UTILIZAR AS FERRAMENTAS DE TI
Nas páginas anteriores verificamos diversos tipos de tecnologias da
informação disponíveis no mercado. Contudo, o principal problema é como
utilizá-las de forma estratégica para a Organização.
Uma das formas mais simples de adquirir as ferramentas corretas
será alinhando estrategicamente o uso da TI com o negócio da empresa.
Mas, o que seria esse alinhamento estratégico? Como poderíamos
utilizar as ferramentas adequadas de TI na Gestão de Suprimentos a fim de
conseguirmos vantagem competitiva?
Primeiramente, precisamos entender que o alinhamento estratégico
corresponde à adequação estratégica e integração funcional entre os
ambientes externos (mercado, política, fornecedores, etc.) e internos(estrutura
administrativa e recursos financeiros, tecnológicos e humanos) para
desenvolver as competências e maximizar a performance organizacional.
O alinhamento entre negócio e TI é alcançado quando um conjunto
de estratégias de TI (sistemas, objetivos, obrigações e estratégias) são
derivadas do conjunto organizacional (missão, objetivo e estratégias).
31
Figura 5: Brodbeck, 2001, p 24.
O modelo acima (vide figura 7) adota uma visão espacial, contendo
um plano de frente representando a promoção do alinhamento entre os itens
do plano de negócios e de TI durante a etapa de formulação do processo de
planejamento estratégico e vários planos de fundo representando a promoção
do alinhamento contínuo durante os diferentes estágios da etapa de
implementação do processo de PE. Estes estágios podem ser comparados à
etapa de avaliação do modelo de planejamento estratégico de SI de King
(1988) e demonstram o dinamismo do alinhamento ao longo do tempo. Desta
forma, o modelo pode ser interpretado como um cubo formado pelo ciclo de
cada processo de planejamento (n ciclos), representando a continuidade da
promoção do alinhamento, expresso pelo:
� Alinhamento circular (no plano) entre objetivos e estratégias
de negócio e de TI, indicando que o redirecionamento de
alinhamento pode ser feito por ambos, a qualquer instante;
32
� Alinhamento cíclico e crescente no tempo e espaço, indicando
o movimento dos itens planejados do estado presente para o
estado futuro, implementando-se a visão básica de processo
em movimento proposta por Boar (1994).
A promoção do alinhamento circular é representada pelo ajuste
contínuo dos objetivos e recursos organizacionais com os projetos de TI,
contemplando infra-estrutura, processos, pessoas e demais recursos
necessários para o suporte do negócio. Este ajuste deve ser mantido por todo
o horizonte de planejamento, independentemente da etapa do processo.
A promoção do alinhamento cíclico é representada pelo mesmo ajuste
dos itens organizacionais especificados para o alinhamento circular, mas
crescente no tempo. A manutenção desse alinhamento deve ser mantida por
meio de reuniões de avaliação contínuas das estratégias e dos objetivos
planejados, enquanto executados, e do seu consequente reajuste, evoluindo
para os próximos estágios da etapa de implementação e assim
consecutivamente.
Para processos de planejamentos com horizonte de longo prazo (3-5
anos), os objetivos estratégicos devem ser descritos por meio de projetos
estratégicos, por sua vez divididos em objetivos de curto prazo (até 01 ano),
possibilitando melhor controle operacional das metas estabelecidas e
garantindo ajuste mais apurado entre as partes e com relação ao todo.
Com relação aos objetivos estratégicos, o modelo propõe que sejam
estabelecidas metas fixas e variáveis, também subdivididas em períodos de
curto prazo, para seu melhor monitoramento e ajuste ao longo do processo de
planejamento. As metas fixas, consideradas estáticas, são aquelas propostas
no início do período de planejamento, contendo as proposições a serem
alcançadas no final do horizonte de planejamento. As metas variáveis,
consideradas dinâmicas são as alteradas à medida que o processo está sendo
executado e que os redirecionamentos estratégicos se realizam. O alinhamento
total será obtido quando as informações representativas do modelo de gestão
estratégico da organização, fornecidas pelo SII e por outros sistemas
33
estratégicos, permitirem o ajuste permanente das metas executadas com
relação ao padrão estabelecido, favorecendo o seu atingimento integral.
Este modelo operacional poderá ser utilizado em todos os setores da
empresa. Contudo, ao utilizá-lo em setores estratégicos, tais como na cadeia
de suprimentos, transporte e distribuição de materiais, ocasionam resultados
estratégicos bastante significativos.
No próximo capítulo, verificaremos que as empresas que utilizaram
modelos de alinhamento estratégico e de TI obtiveram grandes vantagens
competitivas em seu nicho de negócio.
34
CAPÍTULO III
AS ESTRATÉGIAS DE SUCESSO NO USO DA TI COMO
DIFERENCIAL COMPETITIVO NA GESTÃO DE
SUPRIMENTOS
Para superar os concorrentes, a utilização da tecnologia da informação
na logística tornou-se crucial.
Veja abaixo as medidas que algumas grandes empresas tomaram para
melhorar a cadeia de suprimentos.
3.1. Hewlett Packard
Fundada em uma garagem por dois amigos, em 1939, a empresa HP
disparou em crescimento no mercado. Com sua alta tecnologia trazida pelos
estudiosos Bill Hewlett e David Packard, estudantes da Universidade de
Stanford, a HP teve início no Oeste da Califórnia.
Por surgir na região do “Vale do Silício” a empresa HP herdou desde
cedo a mais alta tecnologia já vista, o que foi determinante para seus
lançamentos e inovações. Começando com um oscilador de baixa frequência,
usado pelos estúdios de Walt Disney World para a criação do filme animado
Fantasia, tal invento foi revolucionário e divisor de águas em meados de 1938.
Por volta de 1945, David Packard assumiu a administração do grupo,
com Bill Hewlett supervisionando as pesquisas. A partir de então a empresa se
especializou em instrumentos de medida eletrônica e calculadoras financeiras e
científicas, entrando mais tarde, nos anos 60 na era da informática, com
lançamentos de seus primeiros modelos de computadores.
Ao longo do caminho, concorrentes foram aparecendo, como por
exemplo, a Apple. Conta-se que a empresa de Steve Jobs surgiu de um projeto
do jovem garoto chamado Stephen Wozniak, que criou um computador
pessoal, porém não obteve sucesso e atenção da empresa HP para que seu
invento fosse lançado no mercado pela marca.
35
Mais tarde, Jobs juntou-se a Stephen para criar a Apple já no patamar
de concorrente direta da HP. Com isso, houve um regresso na fatia de
mercado ocupada antes pela empresa a nível mundial, principalmente pelo
surgimento de novas opções em itens de tecnologia que desempenham as
mesmas funções e também com varias opções de preço.
Nos anos 80 o estouro de tecnologia da empresa recebeu maior
investimento no setor de impressoras, no qual as impressoras HP são muito
famosas pela tecnologia, qualidade e preço justo por uma impressora caseira
ou até mesmo profissional, com funções de fácil compreensão e excelência em
impressão jato de tinta e até mesmo laser.
As impressoras HP são também famosas no mercado atual de
impressoras multifuncionais, ou seja, são impressoras fortes no mercado, de
todos os modelos e estilos, para suprir todo tipo de necessidade e gosto.
Apenas nos anos 90 foi quando a HP se estabilizou no mercado da tecnologia
para então firmar raízes e gerar vendas.
Packard morreu em março de 1996 e Hewlett, em janeiro de 2001.
Hoje a HP detém 7% de vendas, estando em 3º lugar no ranking de vendas
mundial, utilizando como ferramentas principais de gestão a sustentabilidade e
a efetiva gestão da cadeia de suprimentos.
Em Junho de 2004, a Companhia iniciou a etiquetagem RFID nas
impressoras na fábrica em São Paulo e não mais em caixas ou pallets como
nos pilotos anteriores, objetivando ganhar eficiências operacionais e reduzir
custos internos.
A fábrica localizada em Sorocaba, São Paulo, foi escolhida dentre 26
outras para o projeto-piloto por ser a primeira unidade do grupo com o
conceito end-to-end supply chain, ou seja, com todos os elos da cadeia
produtiva (manufatura, distribuição e logística reversa) em uma única
localidade.
36
O piloto foi muito bem sucedido e atualmente a HP já etiqueta o chassi
das impressoras com o propósito de obter informações do começo ao fim da
cadeia de suprimentos. Está criando, portanto, uma cadeia integrada, não
apenas através do fluxo de materiais, mas também sob o ponto de vista de
fluxo de informações, com plena visibilidade sobre os tempos de produção, de
parada de materiais em estoque, controle de FIFO (First-In-First-Out) e de
despachos entre a fábrica e o centro de distribuição.
A infra-estrutura de RFID instalada executa a coleta e a adição de
informações referentes à execução da operação ao longo da cadeia produtiva.
Tais informações são trazidas de volta para a HP, possibilitando uma gestão
mais eficaz da operação.
A implementação da HP Brasil foi reconhecida mundialmente como a
mais avançada já realizada, recebendo do líder de mídia, RFID Journal, o
prêmio Best RFID Implementation.
Igualmente, teve sua excelência reconhecida pelo Supply-Chain
Council(SCC), sendo considerado segundo lugar do prêmio 2007 Supply-Chain
Excellence na categoria Technology Excellence.
A HP Brasil foi também vencedora do prêmio “Excelência Corporativa”,
na categoria “Inovação”, concedido pela APICS – Association for Operation
Management (Associação para Gerenciamento de Operações). Os vencedores
foram conhecidos durante a Conferência Internacional e Feira da APICS 2007,
realizada nos EUA.
A implementação da HP foi considerada também um dos melhores
projetos de T.I. do ano, constando do 2007 Info World 100 "The Best IT
Projects of 2007". Esta premiação anual tem como objetivo reconhecer projetos
de T.I. que demonstram a utilização mais criativa de tecnologias de ponta na
melhoria de processos e obtenção de metas corporativas.
O projeto da HP de implementação de identificação por radiofrequência
– RFID - foi também classificado entre os TOP 25 Projetos de Inovação
37
Brasileiros, em pesquisa realizada pelo Monitor Group e Revista Exame. O
mais abrangente levantamento sobre inovação realizado no Brasil avaliou um
total de 228 projetos brasileiros de inovação.
O projeto de RFID da HP igualmente foi listado entre os top 50 na
categoria de Innovation Mastery pelo Gerenciamento de Manufatura e Supply
Chain em RFID. Este prêmio é dedicado às empresas que atingiram resultados
significantes ou inovações disruptivas em conceito de produto, design,
manufatura ou habilidade de entregar produtos para os clientes.
3.2. Walmart
Em termos de complexidade, a operação da Walmart, a maior rede de
varejo do planeta, provavelmente não encontra rivais em nenhuma outra
empresa. Com seus mais de 70.000 fornecedores e 6.660 lojas, manter as
gôndolas bem abastecidas é um tremendo desafio de logística. Para conseguir
organizar toda essa estrutura, a Walmart foi pioneira no uso de uma das
principais ferramentas de controle de carga, as etiquetas de identificação por
radio frequência (RFID, a sigla em inglês). A quantidade de informações que
podem ser armazenadas por esse sistema é muito superior à dos tradicionais
códigos de barras. A identificação via rádio também faz com que não seja
necessário sequer abrir o caminhão para saber o que há dentro dele.
O sistema desenvolvido pela matriz americana da Walmart foi aplicado
nos outros 15 países onde o grupo atua. No Brasil, algumas das inovações
mexeram com o mercado. Uma delas foi à introdução do agendamento para a
entrega de cargas. A Walmart define um horário no qual o fornecedor tem
preferência para descarregar. Com isso, ganha agilidade de armazenamento.
Na outra ponta, o fornecedor fica com o caminhão menos tempo parado. Essa
tática tem impacto direto no custo do frete. Um caminhão que não pega fila
para descarregar tem um custo por tonelada de 75 reais para um frete de 300
quilômetros. Quando o tempo de espera é de um dia e meio, o valor chega a
250 reais.
38
Outra inovação logística desenvolvida pela Walmart é o sistema "retail
link", uma plataforma de informações que processa nos Estados Unidos todas
as vendas da rede no mundo. Com uma senha, os fornecedores podem ter
acesso a dados que indicam o desempenho de seus produtos em cada uma
das lojas da Walmart em qualquer lugar do planeta. Com base nesses
números, é possível reduzir ou aumentar o fornecimento de mercadorias para
uma determinada região -- e, se necessário, reestruturar completamente a
operação. A Walmart é conhecida por puxar para baixo os preços dos produtos
expostos nas gôndolas, aspecto que tornou o fundador da companhia, Sam
Walton, um mito na história do capitalismo. A estratégia de preços baixos,
porém, não seria possível sem os enormes investimentos feitos em tecnologia
logística.
A principal estratégia da direção do Walmart é torná-la uma empresa
flexível e aberta a mudanças, tornando assim seus métodos de trabalho em
permanente processo de evolução.
39
CONCLUSÃO
A vantagem competitiva baseada em sistemas integrados de gestão
suprimentos ocorre com o entendimento da necessidade de aquisição de
tecnologia de informação para integração da cadeia produtiva, a fim de atender
o cliente final é atualmente a fonte de vantagem competitiva mais cobiçada no
mercado, porém devem ser repensados os processos organizacionais, bem
como e seu redesenho.
Toda a tecnologia que hoje está à disposição é capaz de gerar
soluções que satisfaçam qualquer necessidade de mercado. Podemos efetuar
links através de um sistema integrado, ERP, o aplicativo de código de barras
que migra informações para um sistema de estoque onde tem informações
atualizadas a qualquer tempo por meio de um outro aplicativo de EDI. Isso tudo
pode estar disponível na intranet e extranet para toda a cadeia de produção a
fim de otimizar o processo em termos de eficiência de resposta ao cliente.
Em face todo o exposto, devemos ter consciência do enfoque sempre
nos negócios e não na tecnologia, servindo a mesma apenas como suporte a
tomada de decisões de forma mais rápida e eficiente. Para isso é necessário
aliar o sistema de informações de suprimentos ao sistema de informações
gerenciais, sendo fundamental para a definição e operacionalização do
conceito de supply chain management.
De um modo geral, o sucesso da implantação desses sistemas e as
vantagens advindas de suas aplicações dependem do processo de
amadurecimento empresarial. Dessa forma, todo o processo de gestão de
suprimentos pode ser otimizado, permitindo a maior eficácia nos processos
internos e de comunicação com a cadeia de suprimentos. Lee;Whang (2002)
indica que o segredo está em utilizar as informações e alavancar os recursos
disponíveis para coordenar ações, priorizando os fluxos de informações. A
palavra chave passa a ser a integração empresarial para obtenção de
vantagem competitiva.
40
BIBLIOGRAFIA
BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: planejamento,
organizações e logística empresarial. São Paulo: BOOKMAN, pp 26, 2001.
BOWERSOX, D. J. Logistics Informations Systems; SECTION VIII
BRODBECK, A. F. Alinhamento estratégico entre os planos de negócio e de
tecnologia de informação: um modelo operacional para a implementação. 2001.
332 f. Tese (Doutorado em Administração) — Universidade Federal do Rio
Grande do Sul, Porto Alegre, 2001.
CHRISTOPHER, Martin. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos
- 1ª ed., 2002.
FINE, C. H. Mercados em Evolução Contínua: Conquistando Vantagem
Competitiva num Mundo em Constante Mutação. Rio de Janeiro: Editora
Campus, Brasil, 1999, 262p.
FOX, T. Logistics Informations Systems Design; Chapter 3; pp 714-717 2002.
LAUDON, Kenneth C. Sistemas de Informação Gerenciais - 5ª ed., 2004.
LEE, Hau L; WHANG, Seungjin. Gestão da E-SCM, a cadeia de suprimentos
eletrônica. HSM management, São Paulo: HSM Management, n.30, pg 109-
116, jan-fev 2002.
41
WEBGRAFIA
ROBERTY, Mark. HP Implanta Tecnologia RFID em Toda a Cadeia de
Suprimentos. Disponível em: <brasil.rfidjournal.com/noticias/vision?8448/>;
Data de acesso: 15/08/2016.
RFID CENTER OF EXCELLENCE, HP & RFID. Disponível em:<
<http://www.rfid-coe.com.br/_Portugues/HPeRFID>. Data de acesso:
15/08/2016.
42
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATÓRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMÁRIO 07 INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I
FERRAMENTAS DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO 10
1.1.Sistemas de Informação 10
1.1.1. Sistemas Integrados de Gestão / ERP 10
1.2. Sistemas de Informações Logísticas 13
1.2.1. WMS (Warehouse Management System) 13
1.2.2. RFID (Radio Frequency System) 15
1.2.2.1. Vantagens e desvantagens de utilização da RFID 16
1.2.3. Rastreamento de frotas com tecnologia GPS 19
1.2.4. Código de barras 20
1.2.5. EDI – Electronic Data Interchange 21
1.2.6. VMI – Vendor Managed Inventory 22
1.2.6.1. Vantagens na utilização do VMI 23
1.2.6.2. Desvantagens na utilização do VMI 24
1.2.7. Sistemas de Informação 24
1.2.8. Geographic Information System – GIS 25
1.2.9. Simulação de Informações em Logística 27
CAPÍTULO II
COMO UTILIZAR AS FERRAMENTAS DE TI 30
CAPÍTULO III
AS ESTRATÉGIAS DE SUCESSO NO USO DA TI COMO
DIFERENCIAL COMPETITIVO NA GESTÃO DE SUPRIMENTOS 34
3.1. Hewlett Packard 34
3.2. Walmart 37
CONCLUSÃO 39 BIBLIOGRAFIA 40
44
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
AGVs – Veículos guiados automaticamente
EDI - Electronic Data Interchange ECR - Efficient Consumer Response
EDI - Electronic Data Interchange ERP – Enterprise Resource Planning
GIS - Geographic Information System
GPS – Global Position System
JIT - Just-in-Time
PE – Planejamento Estratégico
RF – Rádio frequência
RFID - Radio Frequency System
SCM - Supply Chain Management
TI – Tecnologia da Informação
VMI – Vendor Managed Inventory
WACS - Sistema de Controle Automatizado do Armazém
WCS - Sistema de Controle de Armazém
WMS - Warehouse Management System
46
ANEXO 01
INTERNET - RFID
http://www.hightechaid.com/tech/rfid/rfid_technology.htm