Escola Secundária de Peniche
Projecto Educativo de
Escola
2009/2012
Projecto Educativo 2009/2012 1
ESCOLA SECUNDÁRIA DE PENICHE
I - INTRODUÇÃO
“Falar de projectos é abrir campos novos, na ordem do possível, é falar do que está por
inventar, para criar, que não é dado. É dizer que não há modelo, e que é possível transformar o
existente” (Anita Weber, 1990)."
O projecto educativo é o instrumento organizacional de expressão de vontade colectiva da
escola-comunidade educativa, é um documento que dá um sentido útil à participação, é a
corporização operativa da autonomia da escola comunidade. Assim, projecto educativo,
comunidade educativa, direcção, participação, autonomia, são conceitos que se relacionam
intimamente e são a arquitectura conceptual de uma nova concepção de escola. (Formosinho,
1991).
A defesa do princípio de que as escolas deverão pautar a sua actuação tendo em conta a
elaboração (execução e avaliação) de um projecto educativo próprio constitui uma das ideias
básicas que diversas reformas educativas, desenvolvidas a partir da década de oitenta em vários
países da Europa, têm utilizado para responder às mudanças a introduzir na administração dos
sistemas educativos. Um princípio que é agora retomado pelo Decreto-Lei 75/2008, no seu artigo
9º.
Este Projecto Educativo de Escola (PEE) surge da necessidade de mudança e adaptação à
constante evolução da sociedade em que a Escola está inserida, tendo em conta que a filosofia
que lhe subjaz, advinda dos princípios constantes da Lei de Bases do Sistema Educativo,
permanece actual e pertinente. Daí, de certo modo, ser reafirmada nos artigos 3.º e 4.º do
Decreto-Lei n.º 75/2008, de 22 de Abril, sendo inequívoca a ascensão de um ideal de cidadão
livre, responsável, autónomo, solidário, com espírito crítico, defendendo os princípios de vivência
democrática, respeitando os outros e a si próprio, empenhado na transformação progressiva do
meio social envolvente.
Por outro lado, o Projecto cumpre um requisito basilar – o de ser um instrumento gerador de
condições propícias à melhoria da eficiência e eficácia da Escola, apto a responder de forma
inovadora e consistente aos imperativos de uma sociedade da informação e do conhecimento.
Assim, constituindo-se como documento orientador, o PEE apresenta-se, também, como um
quadro de referência permanente de toda a comunidade educativa, marcante para a asserção da
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identidade e da cultura próprias desta Escola, que importa reforçar, com base na activa
colaboração entre todos os actores intervenientes no processo educativo.
Torna-se, por isso, necessário conciliar a participação e o envolvimento de todos, preparar e
introduzir medidas de auto-regulação e propiciar uma constante avaliação de todo o processo
para que seja possível alcançar um nível elevado de qualidade e modernização.
Este projecto educativo tem, na sua génese, o debate e a reflexão dos diferentes agentes da
comunidade educativa, é por isso um projecto de inspiração colectiva que vai ao encontro de
expectativas globais.
1. Objectivos Gerais
A grande finalidade da Escola é a valorização do indivíduo integrado no todo social, de modo
a que a aprendizagem resulte de um diálogo permanente entre a cultura científica, a cultura
humanista e a cultura de cidadania.
Esta finalidade constitui o referencial dos Objectivos Gerais deste Projecto Educativo:
Promover o sucesso educativo;
Valorizar a qualidade do saber científico;
Valorizar a cultura do esforço e do trabalho;
Promover a consciencialização dos deveres de cidadania;
Desenvolver a capacidade crítica, do saber pensar, estar e ser;
Desenvolver a capacidade de criar e manter relações humanas baseadas no respeito e
dignidade próprias e dos outros;
Contribuir para a diminuição da pobreza e da exclusão social.
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II - IDENTIDADE
1. Breve Resenha Histórica
A história da Escola Secundária de Peniche tem na sua génese o ensino técnico, instituído no
século XIX para promover a industrialização e o desenvolvimento económico e social do país. A
Escola Rainha D. Maria Pia era uma escola de desenho industrial, criada em 1887, para a educação
técnica dos dois sexos, e teve com primeira directora a artista de Caldas da Rainha, Maria Augusta
Bordalo Pinheiro. Já em plena República, o nome da instituição seria alterado para Escola de
Desenho Industrial Josefa de Óbidos (portaria de 3 de Outubro de 1912), mas só em 1918, no
quadro da reforma de João de Azevedo Nunes, sofreu alterações estruturais. Passou a definir-se
como escola de artes e ofícios com a especialização em ensino de rendas, e tornou-se uma escola
de frequência exclusiva para o sexo feminino. A instituição, a funcionar num edifício da rua
Marquês de Pombal, viveu um período conturbado nos anos vinte, situação que pouco mudou no
decorrer da reforma de 1930-31, da autoria de Gustavo Cordeiro Ramos. Manteve-se a oferta
formativa centrada no ensino feminino, com os cursos de Rendeira e Costura e Bordados. Por
imperativos de uniformização, passou a designar-se escola industrial Josefa de Óbidos.
A Reforma de 1948 teve como consequência a criação, em Peniche, do Ciclo Preparatório,
que só passou a funcionar em 1953, depois da Câmara Municipal de Peniche adquirir e adaptar as
instalações de uma fábrica que era propriedade da empresa «La Paloma». Em 1952 viria a
ministrar o Curso Complementar de Aprendizagem e Comércio – passou a designar-se Escola
Industrial e Comercial - e em 1955 o Curso de Formação de Serralheiro, recuperando a frequência
mista. As transformações económicas, sociais e demográficas e a pressão das elites locais
convenceram o governo de Salazar da necessidade de construir em Peniche uma escola técnico-
profissional de raiz. O novo edifício da escola, inaugurado a 13 de Dezembro de 1959, permitiu a
concretização plena do plano formativo previsto no decreto-lei n.º 37029/1948, de 25 de Agosto.
Aos cursos de Formação de Serralheiro, Aprendizagem em Regime de Aperfeiçoamento de
Serralheiro (de frequência nocturna) e Formação Feminina, que substituíra os cursos de costura e
bordados e de rendeira, o ministério da educação nacional acrescentou os cursos Geral de
Comércio, Formação Electromecânica, Aperfeiçoamento Electromecânico e Secção Preparatória
aos Institutos. Mais tarde, foram criados os cursos Geral de Formação Feminina, Geral de
Administração e Comércio, Geral de Mecânica e Geral de Electricidade (decreto-lei n.º 47857/67,
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de 10 de Março), Complementar de Electrotecnia, Mecanotecnia e Contabilidade e Administração
(circular n.º 3/72, de 30 de Junho).
Em 1979, a Escola Industrial e Comercial de Peniche deu lugar à Escola Secundária de
Peniche, perdendo então a sua matriz identitária de escola técnico-profissional. Passou a
ministrar o ensino básico e secundário até 1999, quando se tornou uma instituição de vocação
centrada no ensino secundário.
2. O meio
O meio envolvente caracteriza-se pela dicotomia entre a cidade e o campo. A economia do
concelho estrutura-se por isso em torno do sector primário, com a agricultura e as pescas, e do
sector industrial, com a indústria alimentar. No sector terciário predominam as actividades
turísticas e de lazer ligadas ao mar. Com poucas excepções, as actividades económicas são
desenvolvidas no contexto de unidades familiares (agricultura) ou de pequenas unidades
empresariais (73% das empresas empregam menos de 20 trabalhadores) e algumas artesanais. O
desenvolvimento económico e social de Peniche, caracterizado pela «ausência de dinamismo»,
depende por isso da qualidade do projecto formativo das instituições educativas locais e da sua
capacidade para valorizar os recursos humanos. Persiste uma estrutura social caracterizada por
baixos níveis de instrução ao nível do primeiro ciclo do ensino (53,1% - Censo 2001), com a
existência ainda de algumas bolsas de analfabetismo (14,9% segundo o censo de 2001).
Estes dados são confirmados por informações recolhidas na própria escola. No inquérito
realizado aos alunos que se matricularam no 10.º ano, no ano lectivo de 2007/2008, tornou-se
evidente que 55% dos pais e encarregados de educação são trabalhadores por conta de outrem
(operários, empregados e administrativos) e que possuem habilitações inferiores ao ensino
secundário (58%). Os alunos que vêm para a Escola Secundária de Peniche procuram
maioritariamente os cursos de prosseguimento de estudos (70%) e depois os cursos profissionais
(30%). Segundo o mesmo inquérito, dos 219 alunos que se matricularam no 10.º ano, 47% (103)
concluíram o 9.º ano com média de nível 3, 37% (81) com nível 4 e 10% com (21) nível 5 (14 não
responderam). Parece assim evidente que a maioria dos alunos que procuram a Escola Secundária
de Peniche ambicionam prosseguir estudos para o nível superior. Infelizmente, os dados
estatísticos sobre acesso ao ensino superior parecem desmentir tais expectativas iniciais. Estes
revelam que dos 351 alunos inscritos para exame, apenas 102 (53%) apresentaram candidatura
na primeira fase de exames de 2009; na segunda fase, dos 245 inscritos, apenas 33 (25%)
apresentaram candidatura. Em ambas as fases, a taxa de colocação dos alunos que se
candidataram ao ensino superior foi elevada: 91% e 85% respectivamente. Há naturalmente
razões para esta discrepância entre a procura de cursos científico-humanísticos e a posterior
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apresentação de candidaturas ao ensino superior, considerando ainda que Peniche dispõe de uma
Instituição Superior de Ensino Politécnico. Importa, pois, no âmbito da equipa de avaliação
interna, pôr em marcha mecanismos de estudo e soluções que dependam da própria instituição
educativa.
Outros dados são relevantes para compreender a população jovem de Peniche, o seu
percurso e expectativas, carecendo por isso de uma atenção no âmbito deste PEE. Com efeito,
existe uma proliferação de jovens em situações de «risco» ligadas à toxicodependência e /ou
inadaptação, isto é, «não cumpriram a escolaridade obrigatória, não têm emprego, não estão
inscritos em ATL, etc.»1. O desemprego, a pobreza e a exclusão social e a ausência de ofertas
culturais são problemas sociais que a escola, só por si, não pode resolver, e que condicionam a
concretização do Projecto Educativo. A realidade sociológica de Peniche exige, por tudo isto, um
PEE que seja pelo menos capaz de reflectir a dimensão educativa das diferentes problemáticas e
intervir no quadro da sua missão formativa e social.
1 Cf. Diagnóstico Social de Peniche, Câmara Municipal de Peniche, p. 53. Veja-se também a Carta
Educativa de Peniche, Câmara Municipal de Peniche, 2008.
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3. População escolar
3.1 Alunos
Os alunos matriculados na Escola Secundária de Peniche pertencem ao ensino diurno, pois
não houve inscrições para o ensino recorrente nocturno. Estão divididos entre os Cursos
Científico-Humanísticos e os Cursos Profissionais. Os dados referem-se ao ano lectivo 2009/2010,
que inclui, excepcionalmente, uma turma de Curso de Educação e Formação de nível 3 (9.º ano).
Tipo Curso N.º alunos
10.º 11.º 12.º
Cie
ntí
fico
- H
um
anís
tico
s Artes Visuais 29 16
Ciências Socioeconómicas 28 25 17
Ciências e Tecnologias 90 68 90
Línguas e Humanidades 57 34 41
Total 204 127 164
Pro
fiss
ion
ais
Técnico de Apoio Psicossocial 19
Técnico de Instalações Eléctricas 17 19 19
Técnico de Informática de Gestão 12
Téc. de Gestão e Progr. Sist. Informáticos.
33 19
Técnico de Recepção 15
Técnico de Secretariado 16
Técnico de Turismo 23
Total 73 54 65
CEF - 9.º Técnico de Instalações Eléctricas 20
Total alunos matriculados em 2009/2010 707
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3.2 Adultos e formandos
A escola dispõe também de adultos que frequentam cursos de Educação e Formação de
Adultos (EFA) e adultos em formação ou em processo de Reconhecimento, Validação e
Certificação de Competências (CNO):
Cursos Alunos
EFA 12
Processo RVCC:
Adultos inscritos 142
Em acolhimento 13
Em Diagnóstico 78
Encaminhado Processo RVCC 9
Encaminhado 77
Em Reconhecimento 86
Certificação pedida 1
Certificados 122
Desistentes 27
Transferidos 58
Suspensos 68
Total 681
3.3 Pessoal docente
Departamentos Docentes
Ciências Sociais e Humanas 31
Matemática e Ciências Experimentais 38
Línguas 24
Expressões 11
Total 104
3.4 Pessoal não docente
Categorias
Assistentes operacionais 26
Administrativos 8
Total 34
3.5 Pessoal técnico-pedagógico
Categorias
Psicólogo 1
Professora da Educação Especial 1
Coordenadora da Biblioteca Escolar/Centro de Recursos Educativos
1
Total 3
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III - OFERTAS EDUCATIVAS
1. Ofertas Curriculares
A Escola oferece quatro Cursos Científico-Humanísticos para alunos que visam o
prosseguimento de estudos:
a) Curso de Ciências e Tecnologias
b) Curso de Línguas e Humanidades
c) Curso de Artes Visuais
d) Curso de Ciências Socioeconómicas
As ofertas curriculares dos Cursos profissionais entroncam nas seguintes áreas
profissionalizantes:
a) Gestão e Administração.
b) Electricidade e Energia.
c) Turismo e Lazer.
d) Indústrias Alimentares.
e) Ciências Informáticas.
f) Trabalho social e orientação.
Cursos de Educação e Formação2
a) Técnico de Acção Educativa
b) EFA escolar
2 Poderão abrir outros cursos no quadro da nova candidatura ao POPH, a definir no início de 2010.
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2. Ofertas não Curriculares
2.1 Centro Novas Oportunidades
Missão
Constitui-se como uma alternativa em termos formativos, sendo um projecto criado
para pessoas que têm percursos académicos por concluir, quer ao nível do ensino básico,
quer ao nível do ensino secundário. A sua principal missão consiste em participar na
construção e no desenvolvimento de uma comunidade inclusiva, apoiando e promovendo
oportunidades de acesso ao saber e à aprendizagem ao longo da vida, isto através de
ofertas que articulem educação, formação e certificação, respondendo às mais variadas
situações e necessidades.
É um percurso formativo relativamente flexível, que permite adaptar as actividades a
cada um dos adultos envolvidos; permite igualmente flexibilidade de horário, o que
garante uma grande abrangência em termos de público-alvo; não é uma oferta formativa
escolarizada no sentido académico do termo, ou seja, as actividades propostas não são
esquematizadas e pensadas como as da via curricular dita normal, são sugeridas de
acordo com o que os adultos trazem em falta, o que permite actividades dirigidas às
necessidades de cada um.
Como está exposto no PEI, a valorização da estima e dignidade sociais são um dos
objectivos a atingir pelas Novas Oportunidades, não deixando de se manter em constante
diálogo com os tecidos empresarial e formativo da região, de forma a que, entre todas as
entidades, através da formalização de parcerias interessantes e enriquecedoras, se
consiga dar igualmente resposta às necessidades locais e regionais. As estratégias do
Centro Novas Oportunidades sofrerão os devidos ajustamentos sempre que necessário,
observando-se as necessidades de todos os grupos profissionais e sociais através do
respeito pela igualdade de género e de oportunidades.
Âmbito de Intervenção:
A Escola Secundária de Peniche deve continuar a apresentar-se como
estabelecimento de ensino de referência em termos de formação e educação. Elevado
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número de adultos, alunos da antiga Escola Comercial e Industrial, residentes no concelho
e em concelhos limítrofes, regressam à Escola, em busca de educação/formação.
Assim, podemos dizer que a área de intervenção e a influência do Centro de Novas
Oportunidades se estende a toda a Região Oeste.
Objectivos
São objectivos do Centro Novas Oportunidades da Escola Secundária de Peniche:
a) Enriquecer as ofertas formativas do estabelecimento de ensino em que se insere;
b) Sensibilizar a comunidade - destinatários adultos ou não - para a importância da
formação ao longo da vida;
c) Identificar e valorizar as competências pessoais adquiridas;
d) Desenvolver métodos, pedagógicos ou outros, que evidenciem aptidões e
competências adquiridas que poderão funcionar como ponte para um contributo
válido dos adultos, designadamente nos domínios profissional e pessoal;
e) Promover o envolvimento dos adultos nos respectivos percursos formativos,
garantindo a elevação da confiança e da auto-estima;
f) Criar condições para que os adultos se tornem aprendentes activos através da
adopção de práticas que se ajustem à variedade de percursos de vida que os
utentes do Centro Novas Oportunidades trazem;
g) Privilegiar a mediação por parte de técnicos, professores e outras estruturas de
apoio no sentido de desenvolver nos utentes a capacidade de gestão eficaz das
suas próprias aprendizagens;
h) Dar resposta eficaz às solicitações de pessoas academicamente menos
qualificadas, através do processo de Reconhecimento, Validação e Certificação das
Competências (RVCC) que foram adquirindo ao longo da vida, por vias formal ou
informal;
i) Encaminhar os interessados para outras ofertas educativas e formativas,
existentes na Escola Secundária de Peniche (Cursos EFA e Cursos Profissionais) e
que asseguram cobertura das diferentes áreas de formação;
j) Adoptar e desenvolver metodologias e instrumentos coerentes e objectiváveis
para o processo de Reconhecimento e Validação de Competências, apelando aos
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profissionais e formadores para todo o profissionalismo, formação e experiência
consolidadas no domínio do desenvolvimento do processo de RVCC escolar;
k) Prosseguir com a divulgação, através de folhetos e/ou acções de esclarecimento,
junto de diferentes entidades, como, por exemplo, Sindicatos, PSP, GNR,
Autarquia, Hospital e Centro de Saúde, Juntas de Freguesia, Bombeiros, Empresas;
l) Consolidar a expansão e a diversificação da oferta de educação e formação,
através de Formações Modulares Certificadas.
Metas a atingir
O Centro procurará criar e formar recursos materiais e humanos cada vez mais
conscientes das necessidades formativas, recorrendo ao quadro de pessoal afecto à
equipa técnico-pedagógica constituída de acordo com o previsto no Despacho nº
18229/2008, de 8 de Julho de 2008.
As actividades planeadas não prevêem a exclusão de nenhum grupo, etnia ou
indivíduos com características particulares.
As instalações do Centro continuarão a situar-se no piso do rés-do-chão da escola, a
fim de permitir o acesso a pessoas com deficiência.
A coordenação da equipa será assumida por um Coordenador Pedagógico, nomeado
pelo Director, de acordo com as atribuições previstas na lei. Além da coordenação da
equipa, deverá zelar para que o processo técnico-pedagógico decorra dentro dos
parâmetros de diversificação e inovação que anteriormente se fixaram. A dinamizarão da
equipa orientar-se-á no sentido de garantir que as metas físicas não serão esquecidas,
embora se tenha a consciência de que, por inerência, os processos são demorados e as
metas físicas, muitas vezes, ficam aquém das expectativas. Como tal, é compromisso da
equipa manter as metas acima dos 30%.
Assegurar-se-á, ainda, que tudo esteja arquivado e disponível para que, a nível
externo, as tutelas possam ter acesso ao Dossiê Técnico-Pedagógico integralmente
constituído, sempre que necessário. Será este o documento através do qual se poderá
aferir o funcionamento e alcance do Projecto.
Haverá também um processo de avaliação interna que resultará de uma apreciação
dos inquéritos de opinião apresentados aos adultos no final dos respectivos processos
formativos.
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O Centro utilizará um inquérito dirigido ao processo de RVC de nível básico e
secundário. Periodicamente, estes dados são analisados e discutidos. Os dossiês dos
adultos ficarão em arquivo durante cerca de cinco meses, de forma a que se mantenha o
contacto com os adultos após a conclusão da sua certificação. Ao fim desse tempo, o
Centro contactará os adultos no sentido de perceber o impacto que teve a nova
qualificação na sua vida pessoal e profissional, ficando depois em condições de receber o
respectivo dossiê (caso eles não precisem dele antes, claro).
A par disto, o centro está obrigado a preencher o Roteiro de Auto-avaliação dos
CNO's, disponibilizado pela ANQ através da plataforma SIGO. Nesta altura, o Centro dará
continuidade ao projecto de auto-avaliação (CAF) sob a orientação da Universidade
Católica.
O Centro procurará aumentar o número de protocolos em 10%.
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IV - SERVIÇOS TÉCNICO-PEDAGÓGICOS
1. Serviço de Psicologia e Orientação
OS Serviços de Psicologia e Orientação têm um papel central na escola pública, orientando
vocações ou contribuindo para a reformulação dos projectos formativos individuais no ensino
secundário. Contribuem também para dar resposta a problemas individuais, do foro psicológico
ou outros que caibam nas competências técnicas da Psicologia, que possam contribuir
negativamente para o desempenho pedagógicos dos alunos. Constituirão, nestes termos, uma
área de intervenção estratégica que será objecto de metas e estratégias definidas neste Projecto
Educativo.
2. Biblioteca Escolar/Centro de Recursos Educativos
2.1 Espaços
A Biblioteca Escolar funciona em espaço específico organizada em áreas funcionais
adequadas:
Às funções e objectivos decorrentes da sua integração na rede RBE e por inerência aos
ideários internacionais por estes subscritos e relativos ao papel e missão das bibliotecas
escolares.
À execução dos objectivos e campo de acção definidos no Regulamento Interno de Escola
enquanto serviço técnico-pedagógico.
2.2. Normas de Funcionamento
As normas específicas de utilização do espaço são definidas no documento “Normas de
Funcionamento da Biblioteca Escolar” (NFBE) a aprovar em Conselho Pedagógico.
Projecto Educativo 2009/2012 14
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2.3. Serviços e Recursos Educativos
A Escola, para além dos cursos de formação curricular, promove a existência de projectos,
dinâmicas e iniciativas no âmbito de actividades de apoio ao currículo formal com vista a
facilitar a existência de aprendizagens diversificadas bem como acesso a recursos
documentais e tecnológicos complementares ao estudo em sala de aula.
Para dinamizar esta oferta a escola dispõe de serviços a prestar pela Biblioteca Escolar,
pela Sala de Estudo e pela Oficina TIC.
Actividades extracurriculares como contributo para a formação global dos alunos em
áreas consideradas importantes, tais como, a leitura, as literacias, educação ambiental,
educação para a saúde, o espírito de solidariedade e o apoio às aprendizagens.
Integrados na oferta extracurricular, a Escola apoia e desenvolve iniciativas e projectos a
dinamizar pela Biblioteca Escolar.
2.4. Objectivos
Desenvolver capacidades e competências no domínio do saber, valorizando o
conhecimento, o raciocínio e a comunicação;
Utilizar métodos de aprendizagem participativos e activos, conducentes à autonomia e à
criatividade;
Promover a melhoria das condições de apoio ao processo de ensino/aprendizagem dos
alunos estrangeiros;
Contribuir para a qualidade das aprendizagens/ resultados académicos.
Articular a sala de aula com a biblioteca;
Contribuir para a Integração da escola na comunidade escolar e na realidade social
envolvente;
Aprofundar o relacionamento dos encarregados de educação com a escola;
Promover a formação pessoal, social, cívica e estética.
Âmbito Administrativo - Escolar
Gestão das Instalações e Equipamentos:
Alargar, o período de funcionamento da Biblioteca, para o período nocturno.
Projecto Educativo 2009/2012 15
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Âmbito Pedagógico
Gestão de Currículos, Programas e Actividades Educativas:
Valorizar a concepção e implementação de projectos diferenciados de acção pedagógica,
de acordo com os diferentes planos de estudo e problemas específicos dos alunos através
de serviços e recursos como a Biblioteca Escolar, Sala TIC;
Orientação e Acompanhamento dos Alunos;
Contribuir para a formação do aluno enquanto cidadão capaz de apresentar uma atitude
crítica e responsável perante a sociedade;
Implementar uma cultura de exigência e rigor nas aprendizagens académicas orientada
para a excelência de resultados;
Sensibilizar a comunidade escolar para a problemática dos direitos de autor e propriedade
intelectual.
Gestão dos Espaços Escolares
Motivar para a utilização dos espaços pedagógicos alternativos em complemento a
actividades curriculares e de tempos livres;
Promover regras de utilização de espaços comuns orientadas para o respeito pelo outro e
pela noção de propriedade comum.
Formação e Gestão do Pessoal Docente
Estruturar a elaboração do plano de formação tendo em vista um ensino orientado para
os valores, autonomia e cidadania;
Promover um plano de formação que contemple as temáticas específicas ao serviço
lectivo atribuído ambicionando o aperfeiçoamento científico e técnico;
Alargar a formação prioritária a funções técnico - pedagógicas, não lectivas ou
equiparadas a lectivas de forma a melhorar a eficiência dessas mesmas funções e um
aperfeiçoamento dos quadros de pessoal da escola;
Valorizar e facilitar o acesso a eventos formativos como congressos e conferências nas
áreas de formação ou prioritárias ao estabelecimento.
Formação e Gestão do Pessoal não - Docente
Estabelecer como prioritária a formação técnica ligada ao desempenho de funções
específicas: biblioteca e atendimento ao público.
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V - ÁREAS DE INTERVENÇÃO ESTRATÉGICA
O Projecto Educativo define um conjunto de áreas de intervenção estratégica, para as quais
se estabelecem metas e estratégias. Neste quadro, e atendendo à avaliação dos últimos anos,
considera-se que o trabalho pedagógico a desenvolver no 10.º ano é estruturante no conjunto do
Projecto Educativo. A orientação estratégica definida neste projecto para as diferentes áreas
estabelece por isso a prioridade do 10.º ano e, por extensão, os diferentes anos curriculares. No
final apresenta-se um quadro/síntese com as metas quantificáveis para cada uma das áreas de
intervenção.
1. Objectivos Gerais
Reforçar a dimensão autonómica da escola como condição essencial de promoção do
sucesso educativo;
Aprofundar o papel das estruturas intermédias na gestão científica e pedagógica;
Promover a educação como factor de formação integral do indivíduo;
Promover a cultura de cidadania, formando cidadãos activos e conscientes dos direitos e
deveres dos indivíduos no conjunto da comunidade política e social;
Aumentar o sucesso escolar, promovendo ofertas educativas diferenciadas que garantam
a qualidade das aprendizagens e a aquisição das competências necessárias para a inserção
no mercado de trabalho;
Promover o desenvolvimento de pedagogias activas e de experimentação que fomentem
a autonomia e o espírito crítico dos alunos;
Aprofundar as relações da Escola com a comunidade, envolvendo os pais e encarregados
de educação nas actividades da escola;
Garantir a existência de condições para o funcionamento de uma escola inclusiva;
Fomentar a auto-avaliação reflexiva e sistemática, promovendo o trabalho cooperativo e
o envolvimento das estruturas intermédias;
Assumir responsabilidades culturais e de desenvolvimento social e humano no contexto
local;
Projecto Educativo 2009/2012 17
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3. Áreas de Intervenção
3.2. Prestação do Serviço Educativo: Desenvolvimento e Organização
Curricular
Meta: Garantir a eficácia dos processos de organização e gestão
Objectivo Geral: Promover uma cultura organizacional geradora de dinâmicas que fomentem o
sucesso educativo
3.2.1. Estratégias
Promover a articulação com o ensino básico, estabelecendo canais de informação que
facilitem as opções dos alunos e das famílias;
Optimizar os recursos humanos existentes na Escola;
Fomentar processos cooperativos de trabalho docente;
Promover as práticas de supervisão e acompanhamento pedagógico;
Diagnosticar necessidades de formação para docentes e funcionários;
Promover parcerias técnicas e pedagógicas com instituições externas;
Abrir a escola à comunidade local;
Reunir com os pais e encarregados de educação dos alunos do 9.º ano;
Planificar conteúdos e avaliar de forma sistemática as estratégias e resultados no quadro
das estruturas intermédias;
Garantir condições para o desenvolvimento do trabalho cooperativo ao nível das
estruturas intermédias e dos conselhos de turma;
Promover o desenvolvimento de actividades extracurriculares;
Adaptar os horários à especificidade pedagógica dos cursos;
Estimular a intervenção autonómica dos conselhos de directores de turma;
Estabelecer critérios pedagógicos para a distribuição de serviço;
Distribuir cargos de gestão pedagógica seleccionando, sempre que possível, docentes com
perfis adequados ao cargo;
Constituir as turmas segundo preceitos pedagógicos que promovam a intervenção
prioritária no 10.º ano, salvaguardados os preceitos da legislação em vigor;
Solicitar ao conselho pedagógico a definição de critérios para a constituição de turmas e
elaboração de horários que cumpram as metas e estratégias estabelecidos neste projecto
educativo;
Fazer o tratamento estatístico e avaliação sistemática dos resultados escolares;
Projecto Educativo 2009/2012 18
ESCOLA SECUNDÁRIA DE PENICHE
Estimular as dinâmicas organizativas desenvolvidas pelos directores de turma;
Ajustar os serviços administrativos às necessidades de organização pedagógica.
3.3. Realização do Processo de Ensino-Aprendizagem: Dinâmicas e
Avaliação das Aprendizagens
Metas: Reduzir o insucesso escolar; reduzir o abandono escolar.
3.3.1. Objectivos:
Estimular novas dinâmicas de ensino-aprendizagem;
Promover a avaliação reflexiva e sistemática das aprendizagens.
3.3.2. Estratégias
Diversificar metodologias de Ensino/Aprendizagem;
Promover a participação dos pais e encarregados de educação em todas as fases do
processo educativo;
Promover a responsabilidades dos alunos face ao processo educativo;
Estimular o mérito e o trabalho no quadro de uma realização mais vasta do indivíduo;
Fomentar a frequência de aulas de apoio educativo.
Promover o rigor e a transparência da avaliação, publicitando os seus critérios em
diferentes suportes públicos;
Estabelecer critérios pedagógicos para a organização dos horários das turmas;
Estimular a reflexão crítica sobre os resultados escolares a partir de referenciais internos e
externos;
Diversificar modalidades de apoio e de complemento educativo;
Promover a leitura e a reflexão crítica;
Estimular as dinâmicas de conselho de turma na planificação de actividades e de
estratégias;
Promover a informação e a orientação escolar e profissional;
Promover o uso proficiente e crítico das novas tecnologias;
Incentivar o desenvolvimento de metodologias experimentais nas áreas didáctico-
pedagógicas;
Estimular o desenvolvimento de actividades de enriquecimento curricular e
extracurricular;
Promover o intercâmbio com outras instituições de ensino;
Patrocinar o contacto com outras instituições sociais, culturais e desportivas;
Projecto Educativo 2009/2012 19
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Patrocinar o envolvimento dos alunos em projectos nacionais e internacionais;
Promover a formação contínua dos docentes e assistentes operacionais.
3.4. Realização do Processo de Ensino-Aprendizagem: Apoios Educativos
Meta: Promover o sucesso educativo e a igualdade de oportunidades.
3.4.1. Estratégias
Fomentar a frequência das aulas de apoio educativo;
Articular os horários do apoio educativo com os horários dos alunos;
Proceder ao levantamento das dificuldades de aprendizagem em cada turma;
Avaliar de forma sistemática e reflexiva as actividades de apoio educativo;
Dinamização de actividades de pesquisa e investigação no contexto da Biblioteca Escolar e
do Centro de Recursos;
Desenvolver projectos de apoio específicos no âmbito de disciplinas com maiores taxas de
insucesso, em especial na Matemática.
3.5. A Escola e o Desenvolvimento Integral do Aluno: Serviços de
Psicologia e Orientação
Meta: Potenciar o papel estratégico dos Serviços de Psicologia e Orientação.
3.5.1. Estratégias
Desenvolver programas de acompanhamento psicológico e motivacional dos alunos.
Desenvolver projectos de orientação vocacional no início (10.º) e no fim do ciclo
formativo (12.º);
Desenvolver e implementar programas de organização e metodologias de estudo;
Colaborar com as diferentes estruturas intermédias no combate ao insucesso e ao
abandono escolares;
Colaborar na definição do perfil sócio-educativo dos alunos;
Participar nas estruturas e mecanismo de informação e articulação com o ensino básico;
Colaborar com os serviços de educação especial;
Criar um gabinete com os meios e as condições necessárias ao atendimento
personalizado.
Projecto Educativo 2009/2012 20
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3.6. A Escola e o Desenvolvimento Integral do Aluno: Educação Especial
Meta: Desenvolver as competências escolares adequadas às características dos alunos e
promover o desenvolvimento da sua autonomia e da sua plena integração escolar e social.
3.6.1. Estratégias
Organizar internamente a estrutura da educação especial;
Criar uma sala destinada ao apoio pedagógico personalizado com materiais didácticos e
recursos adequados;
Proceder ao levantamento de todas as barreiras físicas e arquitectónicas para os alunos
portadores de deficiência motora ou redução de mobilidade, nomeadamente para os
alunos que se deslocam em cadeira de rodas;
Sensibilizar o corpo docente sobre as problemáticas das Necessidades Educativas
Especiais, nomeadamente através de reuniões e outras acções de informação;
Proporcionar ao corpo docente formação sobre algumas problemáticas integradas na
educação especial, como a dislexia e a síndrome de asperger;
Proporcionar formação especializada à técnica de educação especial;
Fazer a articulação com os departamentos de educação especial do ensino básico.
3.7. A Escola e o Desenvolvimento Integral do Aluno: Educação para a
Saúde
Meta: Contribuir para o desenvolvimento de comportamentos saudáveis.
3.7.1. Estratégias:
Desenvolver programas de informação e sensibilização;
Estabelecer ou aprofundar protocolos com diversas instituições, como o Instituto
Português da Juventude, o Instituto da Droga e da Toxicodependência e outras que se
revelarem pertinentes;
Estabelecer protocolos com as Instituições de Saúde do concelho;
Promover actividades de natureza curricular e extracurricular em articulação com os
conselhos de turma;
Promover uma alimentação saudável;
Estimular a frequência das actividades de Desporto Escolar.
Projecto Educativo 2009/2012 21
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3.8. A Escola e o Desenvolvimento Integral do Aluno: Educação para a
Cidadania
Meta: Desenvolver a consciência cívica e de participação activa.
3.8.1. Estratégias
Promover a participação dos alunos nas estruturas de representação da escola;
Promover o associativismo como espaço de intervenção cívica autónoma, definidora da
liberdade individual e da responsabilidade colectiva;
Promover acções de voluntariado e solidariedade social;
Promover acções de sensibilização e conhecimento das realidades e dos problemas sociais
do concelho;
Desenvolver a consciência ambiental;
Estimular a intervenção cultural dos alunos, apoiando projectos individuais e de grupo;
Estimular a criatividade e a sensibilidade estética;
Apresentar um programa cultural rico e diversificado;
Valorizar o papel do Desporto Escolar na educação para os valores.
3.9. Abertura ao Exterior
Meta: Aprofundar as relações e contactos com a comunidade exterior, num contexto de
globalização.
3.9.1. Estratégias
Envolver os pais e encarregados de educação, juntamente com a Associação de Pais, em
actividades da escola;
Criar canais que divulguem de forma sistemática as actividades da escola e os resultados
escolares;
Criar quadros de mérito que valorizem o esforço individual numa dimensão de partilha
comunitária;
Reforçar as parcerias com a Câmara Municipal de Peniche e a Escola Superior de Turismo
e Tecnologia do Mar;
Promover parcerias com associações e instituições locais e regionais para o
desenvolvimento de actividades comuns, de natureza cultural e educativa;
Estabelecer intercâmbios com escolas da União Europeia;
Incentivar a participação em projectos nacionais e internacionais;
Projecto Educativo 2009/2012 22
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Alargar actividades extracurriculares à participação da comunidade local;
Apoiar instituições e associações locais que solicitem colaboração;
Aprofundar o relacionamento entre instituições através do Desporto Escolar.
3.10. Ambiente de Trabalho e Equipamentos
Meta: Aprofundar as relações interpessoais e garantir o conforto dos espaços de
aprendizagem.
3.10.1. Estratégias
Promover acções de formação sobre relações interpessoais;
Promover acções de sociabilidade entre a comunidade educativa;
Promover uma cultura de escola, assente numa identidade colectiva interiorizada e
sentida por todos os membros da comunidade educativa;
Criar condições de conforto para o desenvolvimento das actividades curriculares e
extracurriculares.
3.11. Monitorização e Avaliação Interna
Meta: Fomentar a avaliação reflexiva e sistemática das actividades escolares.
3.11.1. Estratégias:
Monitorizar o percurso dos alunos que entram para o 10.º ano;
Participar nas actividades de informação desenvolvidas nas escolas básicas;
Monitorizar o percurso dos alunos que concluem o ensino secundário;
Monitorizar o grau de empregabilidade dos alunos que concluem o ensino profissional;
Monitorizar os programas e os resultados do abandono e do insucesso escolares;
Avaliar os resultados escolares;
Avaliar as actividades de supervisão e acompanhamento pedagógico;
Avaliar anualmente a concretização do Projecto Educativo;
Avaliar a importância atribuída pelos alunos às aprendizagens escolares em face das suas
expectativas;
Avaliar a importância atribuída pelas famílias às aprendizagens escolares em face das suas
expectativas;
Participar em projectos nacionais sobre avaliação nas escolas.
Projecto Educativo 2009/2012 23
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Referenciais Metas Indicadores Anuais de Medida
Resultados escolares – transição/conclusão
- 10.º Ano - Aumentar a taxa de transição para 80%. - 11.º Ano - Aumentar a taxa de transição para 90%. - 12.º Ano – Aumentar a taxa de conclusão entre 5 a 10%.
Taxas de transição/conclusão por ano de aprendizagem. Método de comparação: diferença entre as taxas de conclusão/transição anuais e a taxa de referência de 2008/2009.
Resultados escolares – avaliação externa
- Aproximar os resultados das provas de avaliação externa dos resultados nacionais.
Médias dos resultados dos alunos, por disciplina, nas provas de avaliação externa. Método de comparação: diferença entre as médias das classificações internas e as médias nacionais nas diferentes disciplinas.
Resultados escolares – Cursos Profissionais
- Obter, em cada curso, taxas de conclusão entre 80% e 100%. - Melhorar as taxas de conclusão dos módulos previstos para cada ano de formação.
Taxas de conclusão por curso. Método de comparação: diferença entre o número de alunos que inicia e o número de alunos que conclui o curso, excluindo os que anulam a matrícula ou são excluídos por faltas. Taxas de Conclusão dos módulos em cada ano de formação. Método de comparação: evolução das taxas de conclusão, por ano, entre 2009/2012.
Abandono escolar e
Diminuir a taxa de abandono: 10.º ano – 5 a 10% 11.º ano – 0 a 5% 12.º ano – 0 a 1%
Percentagem de alunos excluídos por faltas ou que anularam a matrícula a todas as disciplinas. Evolução anual das taxas de abandono
Ensino Profissional: Módulos em atraso e assiduidade
Profissional – 3% de módulos em atraso por ano lectivo. 6% no final do 3.º ano.
Percentagem de módulos em atraso por curso e ano lectivo. Percentagem de abandono no final do 3.º ano de formação dos cursos profissionais.
Projecto Educativo 2009/2012 24
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VI - AVALIAÇÃO DO PEE
O Projecto Educativo será a concretização de um conjunto mais vasto de projectos e
actividades que incluem o Plano Anual de Actividades, o Plano de Acção da Biblioteca
Escolar/Centro de Recursos e de outros projectos, incluindo a actividade dos clubes. Ainda assim,
o seu grau de concretização ao nível das metas será aferido em diferentes momentos:
a) Anualmente:
• Dados estatísticos;
• Actas e relatórios de actividades;
• Relatórios de actividades das estruturas de gestão intermédia;
• Questionários e inquéritos.
a) No final do triénio:
• Entrevistas e questionários à comunidade educativa;
• Análise dos relatórios e sugestões anuais de melhoria.
Projecto Educativo 2009/2012 25
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VII - FORMAÇÃO E ACTUALIZAÇÃO DE
PROFESSORES E FUNCIONÁRIOS
Na impossibilidade de se proceder a um levantamento rigoroso e exaustivo das necessidades
de formação, indicam-se algumas áreas prioritárias:
Docentes:
• Didáctica do Ensino Profissional
• Directores de Turma (Liderança, comunicação e gestão de conflitos)
• Indisciplina
• Educação Especial
• Avaliação e supervisão pedagógica
• Didácticas específicas
• Formação EFA
• Formação para Validação de Competências em Portefólio
• Competências TIC
Assistentes operativos:
• Relacionamento interpessoal
• Intervenção Pedagógica
Projecto Educativo 2009/2012 26
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VIII - CONCLUSÃO
O Projecto Educativo que aqui se apresenta pretende desenhar as traves mestras das
decisões de natureza gestativa e pedagógica para o próximo triénio. Tanto quanto possível,
restringiram-se ao mínimo as dimensões teórico-conceptuais, valorizando-se o conhecimento
empírico das realidades e a definição de metas e estratégias. Para poder cumprir a sua missão, a
escola pública não carece apenas de um instrumento de gestão objectivo, que estabeleça metas
mensuráveis num dado contexto espácio-temporal. As escolas são feitas de pessoas e para
pessoas: carecem por isso da edificação de uma cultura própria, de um património identitário
interiorizado pelos diferentes actores e parceiros sociais. Os Projectos Educativos não podem, só
por si, edificar essa identidade colectiva. Exigem um esforço de toda a comunidade educativa para
transformar a instituição numa referência educativa e cultural no meio em que está instituída.
Carecem de um reforço das expectativas das famílias, do corpo docente e do conjunto dos
serviços e funcionários face à capacidade das instituições educativas para assumir um lugar de
centralidade num sistema que possa contribuir efectivamente para aumentar os níveis de
formação e de escolarização da população local; para se afirmar como instância produtora de
eventos e de valores culturais que lhe desenhem o perfil identitário; para, na substância,
romperem com o círculo vicioso de reprodução da rede de pobreza e exclusão social.
Naturalmente que a escola, isolada, não pode carregar tão desmesurada responsabilidade, apesar
de lhe cumprir um papel central nas dinâmicas sociais e culturais do meio em que está inserida.
Uma das virtudes eventuais deste Projecto Educativo decorre do facto de ele ter na sua
génese um amplo debate e largos contributos. Durante meses foram ouvidos diferentes órgãos de
gestão intermédia, serviços e parceiros: coordenadores de directores de turma dos cursos
científico-humanísticos e profissionais; coordenadores de departamento e representantes de
grupos de recrutamento; conselho de coordenação do ensino profissional; equipa de avaliação
interna e monitorização pedagógica; serviços de psicologia e orientação; serviço de educação
especial; coordenação da biblioteca escolar/centro de recursos; chefe de secretaria e chefe dos
assistentes operacionais e Associação de Pais e Encarregados de Educação. A todos é devida uma
palavra de sincero agradecimento. Mas o mérito putativo deste processo mais demorado de
reflexão e discussão não estará talvez na qualidade do resultado final, que é sempre provisório e
precário. Reside sobretudo na dinâmica de auto-reflexão instituída – e que se pretende continuar
Projecto Educativo 2009/2012 27
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– reveladora eventual de mecanismos de gestação de uma consciência mais empenhada e crítica,
mas ao mesmo tempo mobilizadora.
A comissão do Conselho Pedagógico responsável pelo Projecto Educativo, constituída pelo
director da escola, pelo seu adjunto e pelo coordenador do CNO, professores Américo Gonçalves,
Miguel Santos e José Monteiro, agradece a colaboração e o esforço de todos os que se
consociaram para a sua concepção e elaboração. E espera de todos a responsabilidade e o
empenho necessários para a sua concretização.
A revisão deste PEE será realizada no final do ano lectivo de 2011/2012, cabendo ao
Conselho Pedagógico a iniciativa de a promover.
Projecto Educativo 2009/2012 28
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IX - BIBLIOGRAFIA E FONTES
Canário, Rui et al (1992), Inovação e Projecto Educativo de Escola. Lisboa: Educa.
Costa, Jorge A. (2003), O Projecto Educativo da Escola e as Políticas Educativas Locais:
discursos e práticas. Aveiro: Universidade Edições.
Carta Educativa do Município de Peniche, Câmara Municipal de Peniche, 2008.
Diagnóstico Social de Peniche, Câmara Municipal de Peniche, 2004.
Formosinho, F (1991), Modelos Organizacionais de Formação Contínua de Professores. In
Formação de Professores: Realidades e Perspectivas. Aveiro: Universidade de Aveiro.
Fontoura, A. (2006), Do Projecto Educativo de Escola aos Projectos Curriculares. Fundamentos,
processos e procedimentos. Porto: Porto Editora.
Legislação: Decreto n.º 75/2008, de 25 de Abril.
Santos, Miguel Dias (2009), Contributos para a história do ensino técnico-profissional em
Peniche. Peniche: Escola Secundária de Peniche.
Projecto Educativo 2009/2012 29
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Índice
I - INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 1
1. Objectivos Gerais........................................................................................................................ 2
II - IDENTIDADE ................................................................................................................................... 3
1. Breve Resenha Histórica............................................................................................................. 3
2. O meio ........................................................................................................................................ 4
3. População escolar ...................................................................................................................... 6
3.1 Alunos ............................................................................................................................. 6
3.2 Adultos e formandos ...................................................................................................... 7
3.3 Pessoal docente.............................................................................................................. 7
3.4 Pessoal não docente....................................................................................................... 7
3.5 Pessoal técnico-pedagógico ........................................................................................... 7
III - OFERTAS EDUCATIVAS ................................................................................................................. 8
1. Ofertas Curriculares ................................................................................................................... 8
2. Ofertas não Curriculares ............................................................................................................ 9
2.1 Centro Novas Oportunidades ......................................................................................... 9
IV - SERVIÇOS TÉCNICO-PEDAGÓGICOS ........................................................................................... 13
1. Serviço de Psicologia e Orientação .......................................................................................... 13
2. Biblioteca Escolar/Centro de Recursos Educativos .................................................................. 13
2.1 Espaços ......................................................................................................................... 13
2.3. Serviços e Recursos Educativos .................................................................................... 14
2.4. Objectivos ..................................................................................................................... 14
V - ÁREAS DE INTERVENÇÃO ESTRATÉGICA ..................................................................................... 16
1. Objectivos Gerais...................................................................................................................... 16
3. Áreas de Intervenção ............................................................................................................... 17
3.2. Prestação do Serviço Educativo: Desenvolvimento e Organização Curricular............. 17
Projecto Educativo 2009/2012 30
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3.3. Realização do Processo de Ensino-Aprendizagem: Dinâmicas e Avaliação das
Aprendizagens .......................................................................................................................... 18
3.4. Realização do Processo de Ensino-Aprendizagem: Apoios Educativos ........................ 19
3.5. A Escola e o Desenvolvimento Integral do Aluno: Serviços de Psicologia e Orientação
19
3.6. A Escola e o Desenvolvimento Integral do Aluno: Educação Especial ......................... 20
3.7. A Escola e o Desenvolvimento Integral do Aluno: Educação para a Saúde ................. 20
3.8. A Escola e o Desenvolvimento Integral do Aluno: Educação para a Cidadania ........... 21
3.9. Abertura ao Exterior ..................................................................................................... 21
3.10. Ambiente de Trabalho e Equipamentos ................................................................... 22
3.11. Monitorização e Avaliação Interna .......................................................................... 22
VI - AVALIAÇÃO DO PEE .................................................................................................................... 24
VII - FORMAÇÃO E ACTUALIZAÇÃO DE PROFESSORES E FUNCIONÁRIOS ........................................ 25
VIII - CONCLUSÃO ............................................................................................................................. 26
IX - BIBLIOGRAFIA E FONTES ............................................................................................................ 28