Do QuintalUm jornal a serviço dos moradores da região do Pilarzinho, Mercês, Vista Alegre, Abranches, São Lourenço e Bom Retiro.
R$ 1,50 Curitiba, julho de 2011 - Ano I - Número 5
» Do Quintal registra Cruz do Pilarzinho
O Jornal Do Quintal deu entrada junto à Prefeitura ao processo de registro da Cruz do Pilarzinho como um monumento oficial da cidade. Esse é o primeiro passo para o seu reconhecimento como um patrimônio histórico. :: Pág. 6
Até os anos 1950, onde é hoje o Jardim Schaffer e parte do Bom Retiro, uma Chácara atraia visitantes de todo o País, por sua organização e tecnologia na criação de gado leiteiro. A Chácara Schaffer foi durante décadas o “laboratório” de Francisco, um inovador que sempre esteve à frente de seu tempo. :: Págs. 8 e 9.
PREFEITURA ENTRA NA BRIGA PARA RESGATAR O GOLFINHOO sonho de resgatar o que sobrou do histórico Clube do Golfinho para atender à comunidade do Pilarzinho e região está próximo de ser concretizado. O imóvel foi arrematado por uma imobiliária, mas o Município anunciou que pretende desapropriá-lo para construir no local um centro de atendimento à população.
:: Página 16
NO PASSADO, UMA CHÁCARA DO FUTURO
Desrespeito aos riosUm dos pontos mais polêmicos do novo Código
Florestal, em debate no Senado, é a anistia ao des-matamento que pode fazer com que pelo menos 29 milhões de hectares de mata nativa deixem de ser recuperados. Enquanto isso, em Curitiba, várias empresas que se instalaram na beira dos rios con-
tinuam funcionando em terrenos que a Lei aponta como áreas de preservação permanentes. E, ape-sar da determinação do Código de 1989, empresas como a Da Ilha Comércio de Álcool, instalada na Rodovia dos Minérios (foto), continua construin-do à beira do rio. :: Páginas 4 e 5
Francisco, nos anos 40, com bezerros gêmeos. À esquerda, a última casa em que morou, entre as ruas Santa Cecília e Hugo Simas. À direita, como ela está hoje.
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» Assaltantes apavoram comerciantes
:: Pág. 7
» São Marcos une ecologia e fraternidade
:: Pág. 3
Marco André Lima
DSF
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Curitiba, julho de 2011
Do Quintal
Do Quintal
Desde a primeira edição do jornal Do
Quintal temos procurado materializar
discussões e desejos locais, ou
seja, registrar fatos que correm nos
bastidores do bairro, nas suas ruas e
que nem sempre encontram o devido
espaço em jornais de abrangência
maior.
Por conta disso, o exercício da escrita e
da narrativa desses fatos inerentes
à prática jornalismo, desdobrou-se
em ações inerentes à condição de
moradores e cidadãos. Foi assim
com a participação na Rede de
Desenvolvimento Local, organizada pelo
Sistema FIEP-Sesi, quando o Do Quintal
participou ativamente das discussões
em torno das necessidades da região;
com a campanha pela recuperação
do Clube Golfinho, cuja história faz
parte da memória local e com a Cruz
do Pilarzinho, monumento histórico
sob salvaguarda dos moradores que,
hoje, tentamos oficializar como um
patrimônio junto à prefeitura municipal.
Nesta edição, o Do Quintal fala sobre
um tema difícil de abordar, dada sua
importância e os desafios que acarreta:
a preservação de nossos recursos
naturais. Estamos em tempos de
discussão do novo Código Florestal
brasileiro e ao longo da matéria
percebemos que a maior esquizofrenia
em se falar em Meio Ambiente é que
ainda nos colocamos fora dele. O código
fala da extinção de nossas florestas
e, consequentemente, aborda nossas
águas e nossa fauna, ou seja, a nós
mesmos, como animais que somos.
O jornal Do Quintal abrange uma das
regiões mais altas da cidade, conhecida
pela sua área verde, com rios, matas e
inúmeros quintais que terminam em
fundos de vale. A pergunta que nos
fizermos é como o código atual tem sido
aplicado e qual o nosso papel, individual,
diante da questão.
Existe um provérbio chinês que diz que
se todos varressem suas calçadas, no
final do dia, toda a rua estaria varrida.
De nada vale um novo código federal
se o atual ainda não foi devidamente
aplicado. Talvez, mais que um novo
código de leis para o Meio Ambiente,
precisemos de um novo código de
conduta, implementado através de um
sistema educacional verdadeiro, capaz
de revelar que se preservarmos o quintal
de nossa casa, estaremos contribuindo
para a qualidade de vida no mundo.
CARTA AO LEITOR
Propriedade da Editora ETC e Tãao – CNPJ: 12.339.920/0001-18
Jornalista Responsável: Ângela Ribeiro DRT 1574
Diretor de Redação: Douglas de Souza Fernandes
Projeto gráfico e diagramação: Eduardo Picanço Aguida e Paulo Augusto Krüger de Almeida.
Endereço: Rua Professor Ignácio Alves de Souza Filho, 343, Pilarzinho, CEP 82110-450.
Telefones: 3527-0501 e 9892-4606. E-mails: [email protected], [email protected], [email protected].
Impressão: Editora O Estado do Paraná
Tiragem: 10.000 exemplares
EXPEDIENTE
Rafael Milani Medeiros
Muitas pessoas que vierem a ler este texto nunca ouviam falar do Código Florestal antes do recente pro-jeto de lei que está em análise no Congresso Nacional. É difícil discutir o Código Florestal, discutir como pre-servar o meio ambiente natural em tempos de busca por sustentabilidade, não é fácil. Encontrar uma fór-mula social que atenda a aspectos econômicos, sociais e ambientais, para as presentes e futuras gerações, é coisa de gente grande. Uma lei é uma espécie de fór-mula social, onde parâmetros comuns do que é certo e errado são estabelecidos. Dizem que as elites, em espe-cial as econômicas, ditam as regras. É meia verdade. O Código Florestal, por exemplo, foi literalmente ditado em 1965. Um ano após o golpe militar. Era uma elite da força. Digamos que potencialmente as elites intelec-tuais do país participaram pouco da elaboração deste texto inicial e que a ferro e fogo o país manteve 20% da mata de araucárias, 80% da Amazônia, 30% do cerrado, alguma coisa da caatinga e 30 metros em cada margem, de cada rio brasileiro.
Bom seria se uma lei fosse o suficiente para preser-var. De lá para cá, o que sobrou dos biomas acima é bem menos do que pede a lei e bem mais do que os EUA, Europa e Ásia preservaram de sua natureza. Mas quem disse que precisamos ter estes países como pa-
râmetro? Cabe pontuar aqui que o Brasil, para ser a quinta economia do mundo em 2016 não precisou al-terar o Código, logo preservação não é contrária a de-senvolvimento. Este país abençoado por Deus tem re-cursos para, além de produzir tudo o que produz hoje, desenvolver biotecnologias. Se este setor da economia depende de tecnologias oriundas de vida e se há mais vida dentro de um país, sou um país mais competitivo. Faremos mais dinheiro com as florestas em pé do que sem elas.
Bom, você deve estar se perguntando como isso se aplica no Pilarzinho e bairros do norte de Curitiba? É só pensar na quantidade de córregos, nascentes e coli-nas que temos para este lado. Mesmo essa paisagem já bastante modificada do seu natural, teve alguma coisa preservada pelo Código Florestal. Aqui, nos fundos do meu quintal tenho uma legítima Área de Preservação Permanente resguardada pela força da lei e boa vonta-de de seu proprietário (eu). Eu acho isto ótimo, pois vejo que essa paisagem verde do Pilar, além de absur-damente agradável, é difícil de ser vista em meio urba-no. Percebam que nossos deputados estão agora dis-cutindo e votando uma lei que se aplica a toda exten-são deste país imenso, a todo patrimônio natural que preservamos e ainda somos obrigados a ver manchetes (de primeira página) de casamentos do outro lado do mundo.
O Código Florestal e o Pilarzinho
Uma festa a ser resgatadaCelebração de Nossa Senhora do Pilar já foi uma das principais datas da região
O dia de Nossa Senhora do Pilar, 15 de agosto, era antigamente um dia es-pecial no Pilarzinho, um
feriado em que as famílias da região e de várias partes da cidade se reuniam ao redor da capela em homenagem à Santa, na Rua São Salvador, e durante todo o dia participavam das celebra-ções e festejos.
Moradores antigos lembram que as famílias se preparavam com antecedên-cia e, no dia 15, desde cedo, se dirigiam á Capela, que então tinha uma ampla área ao redor, que incluía a atual Praça Angelina Basso, para abrigar os festejos. E após à missa e procissáo, era um dia inteiro de churrasco, jogos, como os da argola, tiro ao alvo, toca do coelho, leilões de leitões, de costelas de bois, de prendas oferecidas pelos moradores da região. Havia ainda o serviço de alto--falante, pelo qual os jovens enamora-dos ofereciam mensagens e músicas às (aos) pretendentes.
Com o tempo e a urbanização da re-gião, a participação popular diminuiu. A festa foi transferida para o salão da Igreja São Marcos. Segundo o Pároco local, padre Carlos Marson, a intenção é reavivar a participação popular nesta festa em celebração à Nossa Senhora do Pilar. Por isso, ele chama todos os mo-radores a participar. Agora, em vez de um dia, a festividade começa no dia 6 e prossegue até o dia 14, um domingo. Os recursos arrecadados serão utilizados nas obras sociais da Igreja. Então, além da confraternização entre a comunida-de e a celebração de Nossa Senhora, os participantes estarão contribuindo na ajuda aos mais ncessitados. (DSF)
DIA 6 - Início das Novenas da Festa, na Capela Nossa Senhora do Pilar, às 19h com Terço e Missa. Logo após, jantar dançante no salão da Igreja São Marcos, convites à venda no valor de R$15,00
Dias 7, 8, 9 e 10 - Novenas as 19h na Capela do Pilar com Terço e Missa
Dia 11 - Procissão luminosa, às 19h saindo da Capela até a Matriz São Marcos. Logo após Noite do Pastel, Mini Pizza e cachorro quente.
Dia 12 - Novena de Nossa Senhora do Pilar na Matriz São Marcos, às 19h. Logo após Noite do Pastel, Mini- Pizza e Cachorro quente.
Dia 13 - Novena de Nossa Senhora do Pilar na Matriz São Marcos, às 19h. Logo após Noite do Pastel, Mini - Pizza e Cachorro quente.
Dia 14 - 8h - Solene Santa Missa seguida da Procissão10h - Solene Santa Missa da Crisma, presidida pelo arcebispoD. Moacyr José Vitti12h - Tradicional Almoço, com churrasco, risoto, maionese e saladas.14h - Show de Prêmios, no salão paroquial.
Procissão nos anos 50: Após a celebração religiosa, começava a festança.
Programação
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É possível com uma ação simples contribuir com a preservação ambien-tal, resolver um proble-
ma doméstico e ao mesmo tempo ajudar pessoas carentes ¿ O pároco da Paróquia São Marcos, no Pilar-zinho, padre Carlos Donizete Mar-son está provando que sim. Ele é o autor e idealizador do projeto Eco--Solidariedade, que está recolhen-do o óleo de fritura usado em resi-dências, bares e restaurantes, para encaminhar a indústrias que produ-zem o biodísel, um combustível re-novável e biodegradável. Os recur-sos arrecadados serão utilizados nas obras sociais da paróquia.
Ou seja, ao juntar o óleo utiliza-do e levar nos postos de coleta (os locais são sinalizados com banners
da campanha), o participante esta-rá dando uma destinação adequada ao óleo de cozinha, pois se jogado no ralo ou na terra, esse produto irá comprometer os lençóis freáti-cos, e, consequentemente os rios e a água que consumimos (O óleo na água, cria uma película parecida com nata, que impede a oxigeniza-ção dela). E, ao mesmo tempo, es-tará contribuindo com a assistência aos mais carentes.
» CampanhaO projeto implantado tem como
base o lema da Campanha da Fra-ternidade deste ano, “Fraternidade e a vida no Planeta”, mas a inten-ção é manter a ação pelos próximos anos.
O valor arrecadado no projeto,
que tem a parceria da Associação dos Servos dos Pobres, da Associa-ção Social São Marcos e do Bocado do Pobre, será usado para as obras sociais da Paróquia, como a manu-tenção da Creche Vovó Alfonsa, auxílio às comunidades carentes, construção do centro catequético paroquial e formação dos semina-ristas.
Para participar, basta recolher o óleo utilizado em garrafas pets e
levá=lo a um posto próximo de re-colhimento. Se não houver, entre em contato com o Disk –coleta, pelo número 3338-4450, que uma equipe irá ao local para recolher as garrafas. Empresários que também quiserem manter um ponto de co-leta em seu estabelecimento tam-bém entre em contato por esse nú-mero. Outras informações no site do projeto: WWW.ecosolidariedade.org.br. (DSF)
» 3Curitiba, julho de 2011
Do Quintal
Paróquia São Marcos cria campanha que une ajuda aos necessitados e ao meio ambiente
O trabalho social depende de ajudaSão várias ações sociais que a Paróquia São Marcos
desenvolve para atender aos mais necessitados. Uma delas é a obra Bocado do Pobre, pela qual cerca de 70 famílias recebem uma cesta básica todo mês. Ação tem parceria com o Cras (Centro de Referência da Assis-tência Social) . Com a parceria, junto com os alimen-tos recolhidos junto à própria comunidade, é possível fornecer ás famílias carentes, cobertores, agasalhos, en-caminhamento a empregos e outras formas de assistên-cia. Pela proximidade, a ação acaba atendendo famílias também do Bracatinga, Vila Nori e até de Almirante Tamandaré.
Alem disso, há o Clube das Mães Ana Mongolin, que atende a mães carentes, principalmente idosas. Há também o Centro-Dia de atendimentos de Idosos das Irmãs de Nossa Senhora de Nagasaki, o trabalho con-junto com as pastorais da Criança e dos Idosos, Cen-tro de Educação Infantil Padre Thomaz e Creche Vovó Alfonsa.
Algumas ações desenvolvidas pela igreja só é possí-vel devido a ajuda de voluntários e de parcerias com o poder público. O caso da Creche Vovó Alfonsa, na Rua Roberto Gava, 414, é exemplar. Tudo começou nos ini-cío dos anos 80, quando o pároco da São Marcos era o padre Giovanne ou João, como ficou conhecido. Preo-cupado com a necessidade de atender às crianças ca-rentes da região, pensou em criar uma creche. Para isso, usou os recursos herdados da mãe, Dona Alfonsa, para
construir a Creche. Em 19 de março de 1985, aconte-ceu a primeira reunião para abertura da creche, da qual participaram os voluntários da região.
Faltam recursosNo início, a assistência das crianças era feita somen-
te com recursos da comunidade. Com o tempo, foi feita parceria com o FAS e posteriormente com a Secreta-ria de Educação de Curitiba. Hoje, para manter as 106 crianças na creche, a instituição recebe uma ajuda per--capita de R$ 235,00, para todos os gastos. Cada família com criança atendida paga uma taxa de R$ 100 reais. Mesmo assim, os voluntários que doam seu tempo para ajudar, têm que fazer malabarismos para poder manter a estrutura funcionando e as contas em dia.
Bernardo Polak, empresário que doa parte de seu tempo trabalhando como presidente da Creche, diz que são 15 funcionárias contratadas para atender às crianças, e que a diretoria da creche tem dificuldades todo o ano para conseguir pagar corretamente os salá-rios e encargos trabalhistas das funcionárias.
Há cerca de duas décadas atuando como voluntário para ajudar a manter a creche, ele defende que a Prefei-tura deveria investir mais nas creches que já estão fun-cionando – como no caso da Vovó Alfonsa que já tem 26 anos de serviços prestados à comunidade-, em vez de priorizar somente a criação de novas unidades. Isso daria um maior ânimo a quem já está fazendo o seu tra-balho em prol das crianças. (DSF)
Creche Vovó Alfonsa: carinho e atençãonão faltam às crianças, faltam recursos.
Padre Carlos: três açõesem uma.
Uma ação ecológica e fraterna
João de Noronha
Ângela Ribeiro
Além de avançar nas polí-ticas de preservação do Meio Ambiente, o desa-fio do novo Código Flo-
restal será garantir a efetiva punição aos crimes ambientais. Em Curitiba, várias indústrias funcionam em áre-as definidas pelo Código como áreas de preservação permanente, ou seja, na beira das principais bacias hidro-gráficas do município, como os rios Barigui e Belém. A preservação de 30 metros de área na beira dos rios, por exemplo, já prevista no antigo código, continua sem efetiva aplica-ção graças ao entendimento legal de que tais empresas foram instaladas antes do Código de 1989 que alte-rou a então área de proteção perma-nente de cinco para 30 metros.
Quem caminha pela Rodovia dos Minérios, por exemplo, nos li-mites entre Curitiba e Almirante Tamandaré, depara-se diariamen-te com um dos retratos do descaso com a qual uma das principais ba-cias hidrográficas de Curitiba é tra-tada. Ali, uma fábrica da AmBev e a empresa Da Ilha Comércio de Álco-ol Ltda, funcionam às margens do rio Barigui, onde não existe nenhum resquício de mata ciliar preservada. As instalações das empresas são tão próximas ao rio que parte do muro da empresa de álcool está desaban-do dentro das águas.
Procuradas para falar sobre o as-sunto, a empresa Da Ilha Comércio de álcool preferiu não se pronunciar e assessoria da AmBev informou que está funcionando com todas as
licenças legais e tem, inclusive, um programa de educação ambiental no qual atua em parceria com a Se-cretaria de Educação do município de Almirante Tamandaré.
De acordo com o Instituto Am-biental do Paraná – IAP, essas in-dústrias foram instaladas ao longo dos rios de Curitiba antes de 1989, quando o quando a área de preser-vação era de cinco metros, como definia o Código de 1965 para rios com menos de 10 metros de largu-ra. Vinte e dois anos depois da revi-são da lei em 1989, essas indústrias continuam instaladas nos mesmos locais, atuando sob licença do IAP que atua em parceria com a Secre-taria Municipal do Meio Ambiente (SMMA). Isso, graças a um entendi-mento legal que garante a essas em-presas o direito a permanecerem no local, desde que não representem um risco ao rio.
» Política do bom sensoSegundo Reginato Bueno, chefe
regional do IAP, as empresas tive-ram, inclusive, seu licenciamento re-novado recentemente, uma vez que a auditoria realizada no local revelou que as empresas fazem o tratamen-to das afluentes e a devida limpeza da água para o descarte. Embora admita que tanto a distribuidora Ambev, quanto a empresa Da Ilha Comércio de Álcool Ltda estejam instaladas em área de preservação permanente, o IAP não constatou
irregularidade nas instalações e su-geriu a necessidade de “bom senso” no que se refere à aplicação do códi-go quanto aos limites da mata ciliar: “Tecnicamente as APPs podem va-riar a partir de alguns fatores como o tipo de solo, de vegetação. No caso de um solo arenoso precisa de uma área superior a 30 metros, num solo argiloso não precisa tanto”. Isso, por-que, segundo Bueno, os 30 metros de preservação permanentes deter-minados pela lei são para evitar que aconteça um processo de erosão na área do rio. Quando questionado, no entanto, por que uma parte da empresa Da Ilha já está praticamen-te dentro do rio Barigui, ele afirmou que era exatamente devido ao alar-gamento das margens do rio. Fina-lizou explicando que o critério tem sido a autuação e transferência de empresas que efetivamente apre-sentam uma ameaça de poluição às águas.
» Salto altoEdson Luiz Peters, promotor de
Justiça de Proteção Ambiental do Ministério Público de Curitiba, ex-plicou que Curitiba não está fora do triste contexto ambiental que marca as grandes cidades brasileiras, ape-sar de muitas autoridades do poder público permanecerem no que cha-mou de “salto alto” e com a imagem de uma cidade ecológica que ficou no passado. Para ele, o rio Barigui, por exemplo, é mais um retrato da precariedade do sistema de sanea-mento básico no país. “O Barigui é um rio sacrificado porque tem inú-meras indústrias instaladas às suas margens, sem contar os trechos que já estão poluídos por invasões e mo-radias em situação de risco”.
O promotor também defendeu o “bom senso” como principal critério para a aplicação do Código ambien-tal no meio urbano. Para a autuação de indústrias instaladas nas beiras de rios, como no caso do Barigui na Rodovia dos Minérios, é necessária a realização de uma perícia técni-ca no local para a constatação legal do crime: “O que faremos, punire-mos todas as indústrias que estão instaladas às margens das bacias hi-
drográficas de Curitiba? Expulsare-mos todos os moradores que estão morando em fundos de vales e nos entornos de rios e recuperaremos os leitos? Isso é inviável. A questão não é puramente ambiental, ela é sócio--ambiental” – alerta.
» MP tem poucos técnicos ambientais
A maior dificuldade da 1ª Pro-motoria de Justiça de Proteção Am-biental, de acordo com o promotor, é a quantidade de profissionais dis-poníveis no Ministério Público do Paraná. “O Ministério conta com três a quatro técnicos para atender aos 399 municípios do estado e uma autuação ambiental exige parecer técnico assinado por um engenhei-ro. Segundo Peters, quando uma empresa é autuada, ela tem um tem-po para se readequar à lei ambiental e o Ministério Público tenta resolver o problema através de uma negocia-ção, caso contrário, o caso é ajuizado e vai parar no Tribunal: “Um caso pode levar de quatro a cinco anos para ter uma resolução e o meio ambiente não espera” – explica. Por isso é que o promotor defende a ideia de que o Código Florestal deve ser tratado de forma diferenciada na zona urbana.
A exemplo do IAP do procedi-mento do IAP, a diretora afirmou que a política tem sido a do “bom senso”, punindo ou exigindo a mu-dança apenas de indústrias que re-presentem um potencial risco de poluição dos rios. “Nós não vamos pedir que essas indústrias saiam porque foram instaladas antes da lei e porque o novo código também está prevendo uma redução dessa área para 15 metros, dependendo da largura do rio”.
Uma das imposições do novo Código aprovado pela Câmara Le-gislativa e sob análise no Senado, no entanto, é a não flexibilização das áreas de preservação das ma-tas ciliares, o que significa a manu-tenção dos 30 metros para rios até 10 metros de largura. E, ao contrá-rio da afirmação da assessoria do IAP de que o órgão segue orien-tação técnica do Sistema Nacional do Meio Ambiente que atribui ao município anuência na legislação no que tange o licenciamento de indústrias, o Código Florestal, em seu Artigo 1º, determina que as Áreas de Preservação Permanen-tes devem seguir os limites previs-tos no Plano Diretor do município, respeitados os limites dessa lei. Isso quer dizer que os 30 metros de ter-reno previstos como área de pre-servação permanente desde 1989 vale, inclusive, na zona urbana. Isso torna qualquer construção à mar-gem de um rio urbano um crime ambiental.
Curitiba, julho de 2011
Do Quintal » 4
Lei do bom senso substitui Código Florestal em Curitiba
Douglas Fernandes
Indústrias funcionam em áreas de preservação permanente em Curitiba
Margem dos rios: Proíbem a extração de vegetação- nativa ou não- em redor de qual-quer curso d’água, den-tro de uma área mínima de proteção que varia de acordo com a largura dos rios. Naqueles com menos de 10 metros de largura, a área de pro-teção é de 30 metros, e nos rios com mais de 600 metros de largura, a área de preservação é de 500 metros.
O novo código man-tém os 30 metros, mas os proprietários que não tiverem a área mí-nima de preservação terão de recompor a mata ciliar em até 15 metros, além de legali-zar suas propriedades em órgãos ambientais de suas regiões, ou seja na prefeituras de todo o país.
As áreas de preservação permanente protegem as margens dos rios e encostas dos morros
Como é:
Como fica:
Como fica:
Encostas
Estabelece como áreas de proteção os topos de montanhas, morros e serras,e áreas com altitude superior 1.800 metros de altura. Também proíbe a der-rubada de florestas em áreas de inclinação en-tre 25 e 45 graus.
Permite o cultivo de algumas culturas e o pastoreio ( pecuária) no topo dos morros ele-vados (1.800 metros)
Como é:
As instalações da AmBev Curitiba estão às margens do Barigui.
Curitiba, julho de 2011
Do Quintal » 5
Ângela Ribeiro
Para o advogado ambientalista e ex-secretário do Meio Ambien-te do Paraná, Vitório Sorotiuk, no entanto, se existe o entendi-
mento legal de que as empresas construí-das antes da lei de 1989 não precisam sair das margens dos rios, o que os órgãos não podem permitir é que continuem cons-truindo nessas áreas de preservação per-manente: “Como é que eles permitem que a indústria de álcool, por exemplo, imper-meabilize mais uma parte do terreno para a construção de uma nova dependência? Isso é proibido, trata-se de um crime ambiental”. Sorotiuk denunciou a impermeabilização de uma área do outro lado do rio Barigui, para utilizar como estacionamento.
Vitório Sorotiuk foi advogado da ação cível pública impetrada pela Associação de Defesa do Meio Ambiente de Araucá-ria- AMAR, contra o Supermercado Cole-tão. A AMAR acusava o supermercado de desmatar a mata ciliar nas margens do Rio Belém, no bairro do São Lourenço, para construir um estacionamento, onde hoje funciona o Mercadorama. A Justiça deu ga-nho de causa à Associação, determinando que a empresa recomponha 15 metros de mata ciliar, indenize o município, em valor de mercado, o metro quadrado que ocupa da área permanente. A questão é que a ação foi impetrada em 1997, ou seja, são qua-torze anos de espera para que a população seja ressarcida por esse crime ambiental. É que a área ainda está em situação de perícia para levantamento dos valores da indeni-zação. Procurada para falar sobre o caso, a assessoria do Wall Mart, atual proprietária do Mercadorama, não quis se pronunciar, afirmando apenas que o prédio, com a área do estacionamento é alugado.
» Curitiba sem política de ação
Vitório Sorotiuk também é advogado, dessa vez de defesa, da Universidade Tuiu-ti do Paraná que está respondendo a uma ação civil pública impetrada pelo Minis-tério Público do Paraná no ano de 2010. A Promotoria de Proteção ao Meio Am-biente alega que o estacionamento da ins-tituição de ensino foi construído em uma área de preservação permanente, ou seja, muito próximo ao Rio Barigui. Segundo o MP-PR, o estacionamento, no campus do bairro Mossunguê, em Curitiba, teria sido construído sem o licenciamento da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMMA).
Na ação, o MP-PR pede que a Justi-ça conceda uma liminar proibindo que a universidade faça qualquer construção no local e, ainda, e as que já foram feitas sejam demolidas. E, segundo informa-ções da Promotoria de Proteção ao Meio Ambiente, a Universidade Tuiuti estaria respondendo ainda a uma outra ação do Ministério Público pela construção tam-bém irregular de seus prédios no bairro do Mossunguê. Ambos os casos ainda estão em trâmite, em primeira instância.
Vitório Sorotiuk afirmou que o Minis-tério usa de rigor em alguns casos e em outros não. Segundo ele, a situação da ins-tituição de ensino denunciada pelo Minis-tério é a mesma da empresa AmBev e da Cristal empresa de Álcool que funcionam
com autorização do IAP e da SMMA na Rodovia dos Minérios. A Tuiuti teria ha-bite-se da prefeitura desde 1978, quando o código previa uma Área de Preservação Permanente de cinco metros. “A univer-sidade chegou a oferecer a transferência do local para a Prefeitura, caso ela apre-sentasse algum projeto, o problema é que não existe uma política de ação ambiental quanto às Áreas de Preservação Perma-nente em Curitiba. Não existe nenhum critério de ação para o caso dos crimes co-metidos antes da Lei de 1989”.
Sorotiuk lembra que a cidade só co-meçou a atentar aos crimes dessa nature-za depois de 2000 devido ao número de processos impetrados por crimes contra o Meio Ambiente na cidade. “O próprio prédio do Instituto Ambiental do Paraná fica em cima de uma Área de Preservação Permanente, além da sede da Associação do Ministério Público. O município pode determinar uma política de ação contra esses casos de infração anterior à lei, mas isso não existe em Curitiba” – finalizou.
» Código só passou a valer em 2000 em Curitiba
O Código Florestal de 1989, em seu Ar-tigo 1º, determina que as Áreas de Preser-vação Permanentes devem seguir os limites previstos no Plano Diretor do município, respeitados os limites dessa lei. E uma das imposições do novo Código aprovado pela Câmara Legislativa e sob análise no Senado é a não flexibilização das áreas de preserva-ção das matas ciliares, inclusive para o meio urbano.
Erica Nielke, diretora de pesquisa e mo-nitoramento da Secretaria Municipal do Meio Ambiente explicou que somente a partir de 2000 é que esses limites impostos pelo Código começaram a ser obedecidos no Paraná: “Até então, não havia uma políti-ca de preservação de áreas permanentes em Curitiba, razão pela qual muitas indústrias estão instaladas nas margens das bacias hi-drográficas”. Frente ao impasse, a diretora também apontou o “bom senso” como o principal critério de ação da Prefeitura de Curitiba.
Crimes ambientais
A Universidade Tuiuti é uma das empresas acionadaspelo MP por construir em área de preservação.
Latas de tintas e óleo poluem as águas de uma nascente do rio Barigui, no Pilarzinho.
As instalações da indústria de álcool estão praticamente dentro das águas do Barigui.
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Empresas ameaçam rios no Pilarzinho
Moradores do Pilarzinho têm procurado os órgãos ambientais para denunciar o funcionamento de duas empresas que estariam po-luindo um córrego da região. Essas empresas têm sido alvo de denún-cias desde 2008 junto à Prefeitu-ra Municipal, à Sanepar e ao IAP. Segundo informações da Regional Boa Vista da Secretaria do Meio Ambiente, as empresas já foram autuadas pela SMMA por funcio-narem sem licenciamento ambien-tal. Essa autuação aconteceu em agosto de 2010 e tanto o lava-car, quanto a oficina mecânica que funcionam à Rua Jornalista Alípio Miranda, numa área de manancial, próximo a uma nascente do Rio Barigui, continuam funcionando sem sequer terem o alvará da Pre-feitura. “Elas estão funcionando sem o alvará porque não têm o li-cenciamento específico para em-presas dessa natureza que ofere-cem riscos para o meio ambiente, uma vez que lidam com produtos químicos” - informou um funcio-nário da Regional do Boa Vista que não quis se identificar.
Embora a Secretaria afirme que não contém provas de que as em-presas estejam poluindo o rio que fica a menos de 30 metros de dis-tância, moradores da região têm procurado o órgão para denunciar o problema. Somente no 156 da Prefeitura Municipal foram aber-tos quatro protocolos de denún-cias sem que o caso tenha uma so-lução final. (AR)
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Angela Ribeiro
O Jornal Do Quintal deu entrada, no dia cinco de julho, junto à Prefeitura Muni-cipal de Curitiba, ao processo de registro da Cruz do Pilarzinho como um monu-
mento histórico oficial da cidade. Com data de cons-trução estimada na segunda metade do século XIX, o cruzeiro ainda não conta com um registro e permanece sob a salvaguarda exclusiva dos moradores da região. Isso quer dizer que, apesar de sua importância como referencial histórico, a Cruz não existe sequer no mapa de monumentos a serem preservados pelo poder mu-nicipal e até mesmo sua limpeza acontece em caráter oficioso.
A questão é que a Cruz foi levantada pela população no meio de duas ruas que se tornariam duas avenidas centrais do bairro do Pilarzinho, a Raposo Tavares e Hugo Simas. Com o crescimento da região, a cruz teve de ser afastada e fixada numa calçada onde hoje funcio-na um centro comercial que, com suas fachadas, prati-camente, tornou invisível o monumento.
Segundo funcionários da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, órgão responsável pela manutenção de parque, pr aças e monumentos, o serviço de manu-tenção vem sendo feita como uma iniciativa do órgão que não conta com nenhum registro que, ao menos, dê conta de sua existência. Mesmo depois de um levanta-mento histórico realizado pela Fundação Cultural de Curitiba que levantou a possibilidade da Cruz do Pilar-zinho ser um monumento construído antes mesmo do processo de colonização da região. É que ela pode ter sido levantada no período de construção da Igreja Nos-
sa Senhora do Pilar, cuja placa marca o ano de 1782. A Fundação Cultural chama atenção para o fato de que o processo migratório de polacos na região teve início a partir de 1800.
Na última edição, o jornal Do Quintal contou a his-tória da Cruz do Pilarzinho a partir do depoimento de alguns dos moradores antigos do bairro, responsáveis pela manutenção e preservação do cruzeiro, como o se-nhor Edwino José Polak, morto em maio último.
Diante de sua invisibilidade e dos riscos de futuras intervenções no monumento que, ao longo dos anos, já sofreu inúmeras alterações, o Do Quintal resolveu entrar com solicitação para que a Prefeitura oficialize o lote onde está a Cruz do Pilarzinho, denominando o monumento. Esse é o primeiro passo para o seu reco-nhecimento como um patrimônio histórico. Caso a po-pulação queira acompanhar ou mesmo cobrar o anda-mento do processo, basta ligar para a Prefeitura Muni-cipal, através do número 3350-8749 e solicitar informa-ções sobre a petição sob o protocolo 50-000101/2011.
Curitiba, julho de 2011
Do Quintal » 6
Do Quintal abre processopara tornar Cruz do Pilarzinho patrimônio histórico de CuritibaApesar de sua importância histórica, ela ainda não é cadastrada na Prefeitura
Na última edição, o Do Quintal contou a história da “Cruz quase invisível”.
João de Noronha
Hugo Simas (foto), que nomeia a rua que começa na confluência com a Albino Silva, no Bom Retiro, e desemboca no início das ruas Ra-poso Tavares e Amauri Lange Silvé-rio, no Pilarzinho, é considerado o maior jurista paranaense. Mas foi bem mais que isso. Segundo a Fun-dação que leva seu nome, criada em 1993 em parceria com a UFPR, “o Dr. Hugo Simas foi um cidadão bri-lhante em todas as atividades que desenvolveu, como farmacêuti-co, advogado, promotor de justiça, deputado estadual, redator de jornais, bibliotecário, procurador geral do Estado do Paraná, autor de obras jurídicas e professor”.
Hugo Gutierrez Simas nasceu em Paranaguá, em 23 de outu-bro de 1863. Filho de farmacêutico, seu primeiro curso superior foi Farmácia, feito no Rio de Janeiro. Após ajudar o pai por 5 anos em seu negócio, formou-se em direito no Rio de Janeiro. Advoga-do brilhante na área de Direito Marítimo, voltou ao Paraná, onde foi promotor de Antonina e posteriormente Procurador-Geral do Estado e desembargador do então Superior Tribunal de Justiça. Entre outras funções, foi professor de Lógica, no Ginásio Parana-ense, e de Portuguës e Pedagogia, na Escola Normal de Curitiba. Ao mesmo tempo passou a militar na imprensa diária, chegando à direção do “Diário da Tarde” e do “Correio do Paraná”.
Foi um dos fundadores da Universidade Federal do Paraná (1912), onde lecionou Economia Política e depois Direito Consti-tucional, emprestando também sua colaboração como bibliotecá-rio da nova instituição.
Deixou várias obras jurídicas que o consagraram nacionalmen-te entre eles, o “Compëndio de Direito Marítimo” (1938), o “Có-digo Brasileiro do Ar” (1939), e os seu “Processos Acessórios”. Um mês antes de morrer, em dezembro de 1941, Hugo Simas fez entrega ao governo do seu anteprojeto do Código de Transportes, missão que lhe fora confiada pelo ministro Francisco Campos. Mas, também enveredou por outras áreas do mundo literário, dei-xando grande quantidade de conferências e obras variadas, como “Agricultura na escola primária” e “O Romance de Amor do Poeta”. Em 1946, foi homenageado pelos estudantes de direito da UFPR que deram o seu nome ao Diretório Acadëmico.
Em agosto de 1948, projeto de lei de autoria do vereador An-tenor dos Santos, autorizou o Executivo a dar o nome de Desem-bargador Hugo Simas à via até então denominada Avenida Pilar-zinho. (DSF)
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Do Quintal
Um levantamento feito pela Secretaria de Segurança do Es-tado revela que no período de janeiro a junho de 2011, houve um aumento no número de as-saltos à mão armada, durante o dia, nos bairros do Pilarzinho, Abranches, Ahú, Vista Alegre e Mercês. Segundo o delegado Guilherme Rangel, da Delega-cia de Furtos e Roubos, geral-mente, esses assaltos são feitos por jovens entre 18 e 30 anos de idade, com várias passagens pela polícia. Ele explicou que não se trata de um quadro iso-
lado dessa região, mas de todos os bairros de Curitiba: “A PM não consegue ser onipresente porque a carência de pessoal ainda é muito grande. Foram anos sem investimento em se-gurança pública, somente agora houve um concurso para poli-ciais que ainda estão passando por capacitação para depois irem para as ruas”. (AR)
» 7Curitiba, julho de 2011
Do Quintal
O aumento no número de assaltos na região é um problema sentido no dia-a-dia. Porém, muitas vítimas não registram queixa. Em julho do ano passado, levantamento feito por um grupo de moradores com 93 co-merciantes do bairro constatou que 50 haviam sido assaltados de janeiro de 2009 a junho de 2010, vários deles mais de uma vez. Mas, 23 deles não haviam registrado queixa.
A falta de registro dificulta a própria ação policial. Os boletins de ocorrência, quando realizados, são registrados tanto na Delegacia de Fur-tos e Roubos quanto na Polícia Militar, o que dificulta uma visão geral do número de casos em determinado bairro.
A própria Secretaria de Segurança alerta para a importância de que as vítimas procurem a delegacia mais próxima para fazer o boletim de ocorrência. A Secretaria é responsável pelo geoprocessamento que reúne dados de cada região da cidade . A falta de registro é um agravante para a falta de segurança, uma vez que os dados oficiais acabam não refletindo na realidade local, o que impede uma ação mais ostensiva na região.
Sérgio Nascimento, do 3º Distrito, geralmente, os meliantes migram para determinados bairros, na tentativa de fugir de regiões que contam com um policiamento mais ostensivo. (AR)
Sem registros policiais, casos não chegam às autoridades
Para quem já foi vítima de um assalto, além do prejuízo material, o que fica é a sensa-ção de medo e impotência. Fe-lipe Gonzatto, do A Banca, por exemplo, diz que depois do ocorrido tem medo de chegar à noite em casa. Também não consegue dormir direito, uma vez que permanece a sensação de que tanto ele quanto sua fa-mília estão seguros.
E essa sensação de desam-paro diante dos criminosos é comum entre as vítimas de as-salto. O grau de desespero é tão grande que a ideia de organizar equipes de guardiões particula-res, como forma de reduzir os riscos diante da impossibilidade do poder público, já surgiu no bairro. Muitos comerciantes es-
tão propondo a remunerar esses seguranças na tentativa de obte-rem maior segurança. Gonzatto é um deles: “Acho que a maioria dos comerciantes não se impor-taria em contribuir com uma quantia mensal para a sua segu-rança”.
Celso Alves, da Morifarma, é outro que defende um policia-mento alternativo. “Por que não contratar policiais aposentados para nos dar segurança?”- per-guntou ele, depois de comentar que o bairro precisaria de um módulo policial, nos mesmos moldes do último que foi inau-gurado na região do Bom Reti-ro, nas proximidades da Jardim Schaffer, uma área que já conta-ria com ampla segurança parti-cular. (DSF)
Assaltantes apavoram comerciantes do Pilarzinho
Não é preciso ler jor-nal, ouvir rádio, ver internet ou TV para saber que o Pilarzinho
se tornou um dos alvos preferidos dos assaltantes, nos últimos tem-pos. Basta conversar com qualquer comerciante do bairro que ele dirá que, se ele próprio não foi, sabe de pelo menos uma dúzia de casos de colegas que foram vítimas de assalto nos últimos meses.
Esse número de casos tem ge-rado um clima de insegurança na região. Foi o que a reportagem do Do Quintal constatou ao fazer um pequeno roteiro a partir de um dos últimos casos. No último dia 20, no meio da tarde, a Lotérica JCS, no mini-centro comercial da Cruz do Pilarzinho, na rua Amauri Lange, foi alvo de dois homens que entraram armados dando voz de assalto. Os assaltantes tentaram quebrar o vidro que separa o público das atendentes. Como não conseguiram, assaltaram os clientes que estavam na fila, e fu-giram em uma moto. Na fuga, bate-ram o veículo e um deles foi preso.
Não se trata de um caso isola-do no minicentro comercial do Pi-larzinho que parece ter se tornado um chamariz para assaltantes. As farmácias Morifarma e Nissei, que também funcionam no local, são campeãs em casos de assaltos. Celso Alves, atendente da Morifarma há três anos, conta que já presenciou três assaltos. O último foi num do-mingo de maio, quando os bandi-dos o renderam no momento em que a farmácia era aberta, às 7h30. Em seguida, teriam rendido os fun-cionários no banheiro, levando o que havia no caixa, além de vários produtos. Morador de Almiran-te Tamandaré, ele diz que se sente hoje mais seguro onde mora do que onde trabalha. Sua colega Renata Machado, que mora em Colombo, também vítima de três assaltos, tem a mesma opinião.
E a filial da Nissei chegou a ser assaltada oito vezes nos últimos dois anos. A atendente Francielle da Silva explica que a forma de ação, geralmente, é igual. O assaltante se passa por um freguês, escolhe um produto e quando chega ao caixa, anuncia o assalto.
Somente no mês de julho foram assaltadas a Pizzaria do Hamilton, na Hugo Simas, e o Supermercado Tissi, na Avenida Raposo Tavares. Segundo o gerente do supermer-cado, Hélio de Paula, os assaltantes chegaram às 7h30 da noite e rende-ram ele e as caixas. Em seguida, te-riam levado uma caixa registradora e cerca de R$ 300,00. Foi o segundo assalto do ano, o primeiro em janei-ro, quando levaram cerca de R$ 2 mil. Seguindo pela Amauri Lange, já próximo da Rua São Salvador, o co-mércio de doces Cardoso também já virou “freguês” dos assaltantes. A proprietária, Inês Cardoso, diz que foram dois nos últimos dois meses. Nos últimos dois anos, ela já perdeu a conta, mas se lembra que chegou a ser assaltada três vezes seguias pelos mesmos bandidos, quando fechou o estabelecimento por alguns dias para não ter mais prejuízos.A cerca de duzentos metros dali, a floricul-tura Ópera Garden também foi as-saltada no último mês.
» ViolênciaTambém na Rua São Salvador,
um dos alvos constantes é o Posto São Salvador, que registrou dois assaltos em 2 meses. Um pouco mais além, na divisa com o Abran-ches, A Banca, Restaurante e Lan-chonete também foi assaltada duas vezes recentemente. O último as-salto aconteceu no dia 12 de ju-lho, quando os assaltantes levaram um aparelho de TV, um exposi-tor de cigarros e um computador. Mas o caso mais grave conforme conta Felipe Gonzatto, filho dos donos do estabelecimento, foi há dois meses quando três margi-nais chegaram num final da tarde, rendendo a ele e os funcionários na cozinha. Um dos assaltantes fi-cou vigiando, enquanto os outros invadiram a casa da família, que fica aos fundos do estabelecimen-to. Na casa estava apenas sua mãe, que, mesmo sem qualquer reação, chegou a ser espancada. Na saída, o trio percebeu a presença de um vigia e fugiu, quando um deles foi atropelado, morrendo antes da po-lícia chegar. Já a dona do restauran-te, quase perdeu a visão do olho esquerdo e teve o maxilar seria-mente atingido, tendo que passar por várias cirurgias.
O comércio ao redor da Cruz já virou “freguês dos assaltantantes”.
Celso: Mais violência queem Almirante Tamandaré.
Hélio, do Tissi:Dois assaltos recentes.
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» 8Curitiba, julho de 2011
Do Quintal
O laboratório de Francisco SchafferDouglas de Souza Fernandes
O bairro Bom Retiro e o Jardim Schaffer, no Vista Alegre, hoje são uma das regiões mais valo-rizadas e com melhor infra-es-
trutura de Curitiba. Há 150 anos, porém, era uma área rural praticamente desabitada. Foi nessa época, em 1863, que chegou ao local, os primeiros Schaffer. Anton e um de seus oito fi-lhos, Emmanuel, vieram de Romerstadt, uma pequena cidade da Moravia, no antigo império Austro-Húngaro. Chegaram aqui para iniciar uma nova vida, longe da crise que assolava a Europa então. Aqui compraram uma Chácara, que anos depois se tornaria exemplo de ma-nejo agrícola e pecuário, e que em décadas se-guintes atrairia levas de visitantes do país e do exterior.
Isso porque, dentre os descendentes de Anton, estava Francisco, seu neto, o primeiro Schaffer a nascer em Curitiba, um autodidata que quando assumiu a área, colocou em prá-tica tudo que aprendera por conta própria so-bre a agricultura e pecuária. Com uma mente irrequieta e antenado com as inovações tecno-lógicas de então, ele fez da Chácara um verda-deiro laboratório de zootecnia e pecuária. E tudo que aprendia, ensinava a quem quisesse aprender, atendendo pacientemente todos que o procuravam. De autodidata se tornou um professor. E com a Chácara Schaffer, deixou um legado de informação às novas gerações.
Pelas inovações e pioneirismo em várias áreas, Chácara atraiu durante décadas visitantes de todo o país
À frente de seu tempoFrancisco Schaffer sempre esteve à frente de
seu tempo. Durante toda a sua vida, dedicou--se ao estudo da tecnologia voltada à agricultu-ra e criação de animais. Entre outras coisas, foi um dos primeiros do país a utilizar o trator. O primeiro ele adquiriu em 1918, um ano depois de ter sido lançado nos EUA por Henry Ford. Construiu na Chácara o primeiro silo do Brasil para armazenagem de forragem verde para ali-mentar o gado. Foi o introdutor da raça holande-sa no país, revolucionou o comércio de leite no Paraná, sendo um dos primeiros a pasteurizar o produto e o pioneiro na venda de leite em gar-rafas em Curitiba, ganhou vários prêmios nacio-nais de produtividade agrícola. Tudo isso usan-do como laboratório a Chácara Schaffer.
Antes de optar pela produção leiteira, Fran-cisco experimentou o plantio de videiras para a produção de vinho, mas desistiu por não con-seguir produzir um vinho de boa qualidade. Já em relação â produção de mel e cereais, o su-cesso pode ser medido pelas medalhas de ouro que ele conquistou nos concursos agrícolas que participou.
Mas, o seu principal sonho era dedicar-se a produção leiteira. E para isso mergulhou nos estudos a partir de livros importados da Austria e Alemanha. Depois viajou à Argentina para co-nhecer o gado local, que considerou melhor para a produção de carne do que de leite. Foi então à Europa, em 1912, onde conheceu a raça da re-gião Frísia Oriental, na Alemanha, semelhante à Holandesa, só que mais rústica e mais facilmente aclimatada a Curitiba.
Trouxe então as primeiras matrizes. Em pou-
co tempo, além de se tornar o principal produtor de leite da cidade, Francisco passou a fornecer matrizes para produtores de todo o país.
Perfeccionista, foi um dos primeiros criadores a registrar os animais em livro próprio para es-tabelecer a genealogia do seu gado. A higiene e a organização do plantel também eram exemplares, como atestam depoimentos de quem o visitava.
» Um professorE tudo que aprendera por conta própria,
Francisco não tinha receio de ensinar a outros produtores. Para aprender com ele, vinham fi-lhos de fazendeiros, estudantes e professores de agronomia e zootécnica de várias universidades brasileiras. E Francisco atendida a todos, expli-cando pacientemente como manejar o rebanho, evitar e combater doenças, a alimentação ade-quada etc.
Para divulgar a qualidade de seus produtos, Francisco abriu, em 1918, na Rua XV de Novem-bro, a Leiteria Schaffer, que logo se tornou um ponto tradicional da cidade. Alguns anos depois, vendeu-a para a família Esser, que manteve o nome, depois alterado para Confeitaria Schaffer e que continuaria funcionando até os anos 90.
Durante décadas, Francisco lutou para criar a primeira cooperativa de laticínios de Curitiba. Foi uma luta inglória. Ele não pöde ver o seu so-nho de estabelecer um padrão de qualidade para todo o leite comercializado na cidade. Somente em 1959, os produtores de leite da cidade, prin-cipalmente dos bairros Boqueirão e Xaxim, cria-riam a Cooperativa de Laticínos Curitiba (Clac), nos mesmos moldes daquela que Francisco Schaffer havia defendido quase trinta anos antes.
Casa principal foi tombada
Após a morte de Francisco Schaffer, em janeiro de 1955, aos 89 anos, a propriedade foi dividida entre os seus sete filhos, dois homens e cinco mulheres, cabendo a maior parte aos dois filhos, Chico e Bruno. Chico fi-cou a parte a leste da Avenida Hugo Simas, menor mas que incluía todas as instalações agropecuárias. E Bru-no com a parte a oeste. Chico loteou sua propriedade em 1957. A de Bru-no foi loteada em 1970.
No Jardim Schaffer, além a rua com o nome de Francisco, num dos bosques da propriedade foi criado, há 15 anos, o Bosque Alemão, em-bora a Família Schaffer seja de ori-gem austríaca. A principal casa da Chácara e a última em que Francis-co morou foram preservadas. Esta, na confluência das Ruas Santa Cecí-lia e Hugo Simas, abriga hoje o Bar e Restaurante Schimmel.
Já a antiga sede, no número de 1800 da Hugo Simas, foi desapro-priada em 1974, na gestão do pre-feito Jaime Lerner, que a restaurou e a alugou para a Escola Internacional de Curitiba, que funcionou no local até outubro do ano passado. Nos últimos nove anos, somente a edu-cação infantil funcionava no local, quando também foi transferida para a nova sede da instituição na Aveni-da Doutor Eugênio Bertolli, 3900, em Santa Felicidade.
Em 2009, o imóvel foi leiloado pela Prefeitura, e arrematado pelo empresário João Destro, dono do grupo Destro Macroatacado. Atual-mente uma empresa de segurança cuida da área. João ainda não anun-ciou o que pretende instalar no lo-cal.
Da casa, que teve somente a parte externa tombada, ainda restam parte da estrutura montada por Francisco. Como os silos, um dos exemplos de suas ações inovadoras na época, e que hoje ficam como um testemu-nho de sua importância na área a que dedicou toda sua vida. (DSF)
Fotos: João de Noronha
Na casa grande, desapropriada e restaurada nos anos 70, funcionou por 37 anos a Escola Internacional. Hoje ela pertence ao grupo Destro.
A Chácara foi pioneira no usode máquinas na lavoura.
» 9Curitiba, julho de 2011
Do Quintal
O laboratório de Francisco SchafferPelas inovações e pioneirismo em várias áreas, Chácara atraiu durante décadas visitantes de todo o país
Os primeiros Schaffer
O primeiro Schaffer a pisar em Curitiba, em 1856, foi Anton, vindo de Romerstadt (hoje Rýmarov), no norte da Morávia, que então pertencia ao império Austro-Hungáro. Na época a região, passava por uma profunda crise social, o que levava parte da população a buscar novas fronteiras para reiniciar a vida. Foi com essa intenção que Anton, acompa-nhado por Emmanuel, um de seus oito filhos, chegou à incipiente Curitiba. Por aqui, traba-lharam pesado no serviço público, cavando valetas e removendo terras, até conseguirem recursos para adquirir uma área de 30 alquei-res no então Quarteirão do Pilarzinho.
Emmanuel voltou para a Austria, para con-vidar seus parentes para também virem para Curitiba. Conseguiu convencer o irmão João a vir com a mulher, Anna Muller, e os filhos João Júnor (3 anos), a Anna (um ano). Emma-nuel, porém, ficou doente e morreu durante a travessia de volta ao Novo Continente.
Foi João quem montou a Chácara. No iní-cio, também abriu um açougue no centro da cidade, depois durante anos trabalhou como carroceiro, trazendo e levando mercadorias para Antonina, enfrentando as precárias estra-das de então. Em 1875, João abriu um peque-no negócio de secos e molhados. Clientes não faltavam, pois a Chácara estava justamente no chamado caminho dos tropeiros que iam para Assungui, Ribeira, Castro. Em pouco tempo, a venda se transformou em um grande arma-
zém, comercializando os mais variados produ-tos no varejo e atacado.
Em 1886, aos 53 anos, doente, resolveu deixar o comércio, transferindo-o para os fi-lhos João, que então tinha 26 anos, Anna, 24, e Francisco, 20. Futuramente, João ficaria com 36 mil alqueires de terras adquiridas por seu pai em áreas do sul e do norte do Paraná, Anna herdaria propriedades na cidade, e Francisco ficaria com o armazém e com parte da chácara. O comércio ele liquidaria nos próximos anos para se dedicar exclusivamente à atividade agrícola e pecuária. (DSF)
A importância da Chácara Schaffer pode ser avaliada pelo livro de visitas (Autographien Al-bun) que Francisco Schaffer manteve de 1903 a 1955. Nas 330 páginas preenchidas das 526 páginas do grosso álbum, há cerca de 2.500 assinaturas, quase todas com elogios à orga-nização e asseio do local e a forma com que o proprietário recebia os visitantes, com extremo cavalheirismo e atenção, sempre empolgado ao mostrar sua obra. Os primeiros autógrafos e frases, de junho de 1903, são dos oficiais do na-vio de guerra austríaco Zeute, então ancorado no Porto de Paranaguá.
O último autógrafo é de um José, cujo so-brenome ficou ilegível, em 14 de dezembro de 1955. E nesses 52 anos, uma infinidade de per-
sonalidades deixaram suas impressões no livro, entre elas o jurista Hugo Simas, o interventor Manoel Ribas, o médico especialista em han-seníase Adolpho Lutz, os governadores Afonso Alves de Camargo e Caetano Munhoz da Ro-cha, o historiador Ermelindo de Leão Júnior, o famoso geólogo Orville Derby, as atrizes de teatro Lucinda Simões e Itália Fausta Polonia. Esta era uma das mais famosas da época (1887-1951), e fundadora da Companhia Dramática Nacional.
Esse registro histórico hoje está sob a guar-da de uma das netas de Francisco, Marly Scha-ffer, que continua morando na área da antiga Chácara, próximo à Igreja Maria Goretti, cons-truída em terreno cedido pela família. O docu-
mento foi copiado pela Fundação Cultural de Curitiba e hoje faz parte da memória da cidade.
Bibliotecária, Marly também é autora do li-vro “Genealogia da Família Schaffer”, em par-ceria com Clarice Jurgens. Outros membros da família que registraram a história dos Schaffer foram o escritor Eno Teodoro Wanke, casado com Irma Marlene Schaffer e falecido em 2001, e que escreveu “A Chácara Schaffer”, publicado em 1996. Outro foi João José Bigarella, filho de Ottilia Schaffer Bigarella(1901) e Jose Joao Bi-garella (1896). Geólogo de renome internacio-nal e ex-professor da UFPR, ele publicou em 1998, pela Universidade Estadual do Centro--Oeste, da qual também foi professor, o “Imi-grantes da Morávia no Paraná –de Romerstadt a Curityba (A Saga dos Schaffer). As matérias aqui publicadas tiveram como base as informa-ções contidas nessas três obras. (DSF)
Livro registrou visitas por 52 anos
Várias inovações e uma tragédia Mesmo localizada na então periferia da cidade, a Chácara Schaffer foi um
dos primeiros locais de Curitiba a ter um aparelho telefônico. Foi necessário instalar 2 km de linha, mas em 1916, a novidade inventada por Graham Bell em 1876 já funcionava na casa de Francisco. Era uma grande caixa de madeira posta na parede. Na frente ficava o fone e ao lado, sem fio, o auscultador. Do outro lado a manivela do magneto, que produzia a eletricidade necessária para transmissão à telefonista. Vizinhos faziam romarias à Chácara para usar o curioso telephone.
Francisco foi um dos pioneiros no uso racional da água, construindo reser-vatórios para a água da chuva, depois usada na irrigação. Também foi pioneiro na utilização de energia. Na virada do século, já usava um moinho de vento, depois passou para uma máquina a vapor e, em seguida, motores a diesel. Com isso, ele conseguia eletricidade para iluminar toda a Chácara, além de movimen-tar diversas máquinas e equipamentos, entre eles 2 moinhos de cereais, debu-lhadeiras de milho, quatro máquinas para picar forragens, bombas para elevação de água, uma áaquina para enchimento de quatro silos com a capacidade para 270 toneladas.
Grandes inovações da época, como o automóvel e o rádio chegaram cedo à Chácara. O primeiro Ford chegou por Volta de 1916. E quando a era do rádio começou no Brasil, em 1930, o seu Francisco foi um dos primeiros a adquirir um aparelho, até então um luxo para poucos.
O grande incêndio – “As surpresas estonteantes do destino”, sob esta man-chete o jornal Diário da Tarde do dia 19 de outubro de 1933, estampava na pri-meira página a tragédia que ocorrera na Chácara. Na noite anterior, um incêndio destruira todos os estábulos, silos e outras instalações da Chácara. Trinta e três animais de raça morreram queimados. Foi uma noite de terror, ouvindo-se por horas o mugido de dor do gado sendo queimado vivo. O incêndio teria sido provocado por um empregado afastado por maltratar os animais, o que, porém, nunca foi comprovado.
Reconstrução - Com parte de seu trabalho de décadas destruído pelo fogo, Francisco, então com 67 anos, não titubeou em reconstruir tudo. Recebeu ajuda do amigo e interventor Manoel Ribas, que ofereceu por empréstimo as vacas da Chácara do Canguiri, mantida pelo Estado, para amamentar os bezerros que perderam as mães. Algum tempo depois, já havia uma nova chácara, agora com o plantel renovado com 70 animais, os estábulos construídos em alvenaria e em lugar do silo queimado, quatro em concreto armado. Os recursos para tal foram tirados da venda de um amplo terreno próximo ao Batel.
Marly Schaffer com o livro de autógrafos:
documento preservado.
Durante décadas, a Chácara foi exemplo de inovação. Na sequência, o primeiro silo do País, um exemplar dos animais, o primeiro veículo de distribuição de leite na cidade e a organização nos estábulos da Chácara.
Francisco com Gabriela, a companheira de 56 anos: uma parceria perfeita.
Página inicial do livro de visitas: documento histórico preservado.
» 11Curitiba, julho de 2011
Do Quintal
Letras & Garranchos “Livros não mudam o mundo, quemmuda o mundo são as pessoas.
Os livros só mudam as pessoas.” (Mário Quintana)
Luis Claudio Patrí[email protected]
Certa vez, o escritor russo Dostoiévski
disse que a verdade verdadeira era
sempre inverossímil e para torná-la mais
verossímil é necessário adicionar-lhe a
mentira. Talvez por isso o lendário Barão
de Munchausen, ao narrar suas aventuras
de guerra, caçadas e viagens, resolveu
retocá-las com as mais extravagantes
mentiras.
Uma das mais célebres histórias do barão é
quando ele conta não só como seu cavalo
foi dividido ao meio, mas também como
encontrou sua outra metade exibindo-
se com saltos e cabriolas entre outros
cavalos. Essa história ganhou tanto
destaque que rendeu a Munchausen uma
estátua sobre seu meio cavalo, em frente
ao prédio da prefeitura de sua cidade
natal.
Difícil acreditar que tal personagem
existiu, mas o barão era Karl Friedrich
Hieronymus, soldado russo que viveu
entre 1720 e 1797 e participou de duas
batalhas contra os russos. Quando se
retirou para a propriedade rural da família
em, Hanover, em 1760, passou a relatar
aos amigos seus feitos durante a guerra,
não sem antes apimentá-las com detalhes
fantásticos que lhe renderam grande
notoriedade entre os ouvintes. (AR)
As Aventuras do Barão de Munchausen ganha nova edição
As Aventuras do Barão de MunchausenCompilação de Rudolf Erich RaspeIlustrações: Gustave DoréTradução: Ana GoldbergerPáginas: 200Lançamento: Editora IluminurasOnde comprar: Livraria do Chaim Preço: R$ 44,00
Anos mais tarde, mais precisamente entre 1781 e 1783,
as primeiras aventuras do barão foram publicadas
em forma de anedotas numa revista de Berlim.
Em 1875, o cientista e bibliotecário Rudolph Erich
Raspe as reuniu em um livro, juntamente com
outras histórias, também protagonizadas pelo
barão. Rotuladas de contos populares passaram a
ser vendidas nas ruas e, em pouco tempo, o livro
tornou-se um grande sucesso.
Cecília Meireles, ao falar da obra, lembrou que suas
sucessivas publicações foram reunindo cada vez
mais e novas histórias. Para a escritora, aliás, nessa
trajetória, o mais modesto a mentir tenha sido
talvez o próprio barão.
Agora, As aventuras de Munchausen ganha nova
edição da Editora Iluminuras, com as belíssimas
ilustrações de Gustave Doré e tradução de Ana
Goldberger. O lançamento pode ser encontrado
na Livraria do Chaim. Mas se alguém duvida que
um cavalo dividido ao meio é capaz de sobreviver
e exibir-se pela sua destreza, melhor nem tentar
ler as outras aventuras de Munchausen, as
quais, segundo o próprio barão, são muito mais
maravilhosas, embora não menos autênticas.
Serviço:
Meio século depois
Há 50 anos, Brasília ainda
estava engatinhando.
Recém-instalada, a nova
Capital Federal ainda era
um arremedo de cidade em
meio ao Planalto Central.
Mas, já recebia jovens de
várias partes do país que
para ali iam realizar o serviço
militar. Entre eles estava o
hoje empresário curitibano
Bernardo Polak , que
fez parte da Classe
de 61, e que desde
então nunca mais havia
voltado à cidade. 50 anos
depois, em 30 de junho deste ano, ele voltou, convidado pelas Forças
Armadas para ser homenageado junto com outros sete colegas do
Paraná e Santa Catarina que serviram com ele na época. Além de
conferir como está a cidade após meio século, foi condecorado pelo
comandante da Guarda Presidencial pelos serviços prestados (foto).
Liceu de Ofícios oferece cursos
O Liceu de Ofícios do Pilarzinho
está abrindo inscrições
para vários cursos para
o mês de agosto. São
cursos gratuitos, voltados
para pessoas inscritas
nos programas sociais da
prefeitura e no Cadastro
Único do Governo Federal.
Destinam-se ainda a
pessoas com pouca
formação profissional e
que estão em busca de
emprego. A matrícula deve
ser feita pessoalmente no
Liceu de Ofício, que fica à
Rua Miguel de Lazzari, s/n.,
de 2ª a 6ª feira, das 8 às 22
horas. Mais informações
pelo telefone: 3240-1301.
Pedalando no frioDurante o outono/inverno, o
clima passa a ser bem mais hos-til aos ciclistas urbanos. Pedalar é uma atividade que demanda esforço físico; então é inevitável que o corpo eleve sua tempera-tura. Por isso mesmo, roupas de frio comuns não são totalmente adequadas e indicadas para o pe-dal. Seguem, então, algumas di-cas para o ciclista:
1- O vestuário ideal é aquele que permite a perda de excesso de
calor gerado pela pedalada, sem, contudo, expor o ciclista ao
frio. Característica que está ligada à capacidade do material
permitir a evaporação do suor, que controla a temperatura
corporal. Materiais sintéticos são mais eficientes nesse ponto,
portanto roupas de algodão devem ser evitadas.
2- No que tange o vestuário, o ciclismo esportivo trouxe diversas
contribuições, como os manguitos e pernitos que são
extensões de camisas e bermudas de ciclismo. Fáceis de
colocar e retirar podem ser utilizados por baixo da roupa
comum, assim como a segunda pele.
3- Existem ainda jaquetas especialmente desenhadas para o
ciclismo, garantem a absorção do suor da pele e dissipação da
umidade proveniente dele.
4- É importante o uso de boas luvas, pois além de impedir a
exposição direta das articulações ao frio, protegem as mãos
em caso de tombo.
5- A cabeça também merece atenção, em especial as orelhas (e
ouvidos) e a nuca. Há grande circulação sanguínea na cabeça
e por isso não é recomendável cobri-la totalmente na prática
de atividades físicas. Para isso existem duas alternativas: os
gorros ajustáveis e as bandanas.
Mês da bicicletaEm setembro será realizada a quinta edição do mês da bicicleta.
Será um mês inteiro com diversas atividades. Se você tem
alguma ideia que gostaria de pôr em prática, entre em contato
com os organizadores ou participe dos eventos programados.
(41) 9639-2079 artebicicletamobilidade.wordpress.com/
Voto livre – Lei da BicicletaUm grupo de Curitiba está propondo a criação de uma lei para
promover de forma mais consistente a bicicleta como meio
de transporte. Quem quiser saber mais ou participar, basta
acessar o site e votar. www.votolivre.org/
ALMANAQUE
» 12Curitiba, julho de 2011
Do Quintal
A inteligência canina
» Numa entrevista de emprego:- Vejo que seu último emprego foi como assisten-
te de um psiquiatra - disse o empregador ao candida-to. - Por que deixou o cargo?
- Bem - começou o rapaz -, não havia escapatória para mim. Se chegasse tarde ao trabalho, eu estava sendo hos-til. Se chegasse cedo, era porque sofria de ansiedade. E se chegasse na hora certa, era compulsivo...
» Na geladeira, um copo de vinho começa a provocar um copo de leite:
- Ei branquelo! Você tá muito branco cara! Não tem vergonha dessa cor desbotada? Vai pegar um solzinho, faz bem para a saúde!
- Olha só, quem vem falar de saúde! Logo você que prejudica tanto a saúde das pessoas! Ataca o fí-gado, embriaga! Você só faz mal, cara!
Mas o copo de vinho não se deu por vencido e respondeu:
- Tá certo! Tudo que você falou é verdade! Agora só tem um detalhe: A minha mãe é uma uva... E a sua?
» O promotor pergunta ao réu:- O senhor matou a vítima?- Não, eu não sou o assassino.- O senhor sabe da pena por perjúrio?- Sei, sim. É muito menor do que a de assassi-
nato!
» O jovem queria entrar para a polícia. Inscreveu-se e foi chamado para um teste.
- Neste teste é necessário ter raciocínio rápido - disse o examinador.
- O que foi que o senhor disse?- Disse que está dispensado...
SÓ RINDO
Em A Inteligência dos Ca-chorros (The intelligence of dogs, publicado em 1994), o au-tor Stanley Coren classificou as raças caninas pela inteligência prática. O trabalho ficou famo-so entre donos de cães do mun-do inteiro, mas gerou críticas de quem acha que os bichinhos não podem ser avaliados dessa for-ma. Coren, psicólogo e amante de cães, explica, porém, que a classificação trata da ”inteligên-cia prática”, ou seja a capacidade de responder aos comandos do instrutor. E não sobre a inteligên-
cia instintiva, algo muito mais complexo . E como ele mesmo diz: “A ciência pode nunca com-preender completamente o que os cães sabem sobre linguagem, resolução de problemas, passado e futuro, Deus, tempo ou filoso-fia. No final, nós precisamos nos contentar com o fato que os ca-chorros sabem o suficiente para serem cachorros – O que é tudo que nós queremos deles.” – Dr. Stanley Coren.
A seguir, trazemos a classifica-ção dos mais e dos menos inteli-gentes para executar comandos:
10) Australian cattle dog
9) Rottweiler
8) Papillon
7) Labrador retriever
6) Shetland sheepdog
5) Doberman pinscher
4) Golden retriever
3) German shepherd
2) Poodle
1) Border collie
10) Afghan hound
9) Basenji
8) Bulldog
7) Chow chow
6) Borzoi
5) Bloodhound
4) Pekingese
3) Mastiff
2) Basset hound
1) Shih tzu
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O Tio Sam, aquele velhinho de cartola e roupas nas cores da bandeira americana e com o dedo em riste é um dos principais símbolos dos Estados Uni-dos, uma personificação da nação mais poderosa do mundo. Mas, quem, quando e como esse personagem foi criado? Conforme registros históricos, ele teria surgido de uma brincadeira de soldados americanos durante a guerra de 1812, contra a Inglaterra. A carne que os soldados consumiam vinha do matadouro de Samuel Wilson, em Nova Yorque, e chegava em bar-ris com a inscrição U.S, ou Estados Unidos na sigla em inglês. Por brincadeira, alguém sugeriu que a ins-crição na verdade significava Uncle Sam, ou seja Tio Sam, numa alusão ao nome do comerciante de car-ne, Samuel, ou Sam. Como as remessas de alimentos
eram feitas pelo governo federal, este passou a ser chamado de Tio Sam.
Com o tempo, a brincadeira ficou tão popular, que em 1870, o cartunista Tomas Nast fez o dese-nho – que teria sido baseado no retrato do presidente Abrahan Lincon. Até então não havia o dedo em riste, que só seria criado durante a Primeira Guerra Mun-dial, em 1917, quando o artista James Flagg foi con-tratado pelas Forças Armadas para uma campanha de recrutamento. Ele alterou a figura e inscreveu abaixo: “I Want You”, ou seja” Eu quero você”, incluindo na figura o caráter belicista estadunidense.
Desde então é a representação mais famosa dos EUA, e originou as mais variadas versões críticas pelo Planeta.
Como surgiu o Tio Sam
» O que não se deve congelar- Qualquer torta ou bolo à base de creme- Ovos cozidos se transformam em elástico- Sanduíches com maionese; o pão absorve tudo- Queijos cremosos, como o requeijão, viram água
- A maionese vira um mistura horrorosa- Creme de leite também não dá certo- Qualquer fritura perde aquele crocante delicioso e fica mole
VOCÊ SABIA?
ALMANAQUE
» 13Curitiba, julho de 2011
Do Quintal
Hoje é dia do que?As datas comemorativas deveriam
ser criadas para festejar eventos, per-sonagens ou instituições que, por sua importância, merecem ser lembrados. Com o tempo, porém, o Brasil criou muitas datas pouco importantes ou curiosas. Para tentar frear essa sanha comemorativa, a deputada potiguar Sandra Rosado (PSB) propôs e o pre-sidente Lula sancionou em 9 de de-zembro do ano passado a Lei 12.345, que determina que novas datas nacio-nais só poderão ser criadas se forem “de alta significação para os segmen-tos profissionais, políticos, religiosos, culturais e étnicos que compõem a sociedade brasileira”.
Como a lei não tem caráter re-troativo, continuaremos com uma infinidade de datas que não têm essa “alta significação” ou que são no mí-nimo curiosas. A seguir o Do Quin-tal traz algumas das datas pouco co-nhecidas.
» JANEIRO
6 – Dia da Gratidão, 15 – dos Adul-tos, 30 – da Saudade.
» FEVEREIRO 5- do Datiloscopista, 27 – do Fiscal da Receita Federal e do Livro.
» MARÇO10- do Telefone e do Sogro, 20- do Contador de Histórias, 26 - do Ca-cau, 27 – do Circo.
» ABRIL1 – D Abolição da Escravidão dos Ín-dios, 9 – do Aço, 13 – do Office Boy, 15 – do Desarmamento Infantil, 16 – da Voz, 20 – do Disco, 26 – do Go-leiro, 28 – da Sogra.
» MAIO 7 – Do Silêncio, 13 – do Automóvel, 24 – do Datilógrafo, do Detento e do Vestibulando.
» JUNHO 17 – do Funcionário Público Apo-sentado, 29 – do Papa, e do Pescador.
» JULHO 4 – Do Operador de Telemarketing, 10 – da Pizza, 14 – do Propagandis-ta de Laboratório, 19 – da Caridade, 20 - do Amigo, 26 – da Vovó.
» AGOSTO3 – Do Tintureiro e do Capoeirista, 15 – dos Solteiros.
» SETEMBRO9 – da Velocidade, 14 – da Cruz, 20 – do Gaúcho, 21 –do Fazendeiro, 27 – do Encanador.
» OUTUBRO1 –Do Vendedor e do Vereador, 25 – Do Sapateiro.
» NOVEMBRO10 – do Trigo, 12 – do Supermerca-do, 17 – da Criatividade, 21 – das Saudações.
» DEZEMBRO2 – do Samba, 4 – do Pedicuro, 9 – do Alcoolista Recuperado, 23 – do Vizinho, 24 – do Órfão, 26 – da Lem-brança, e 28 - do Salva-Vidas.
Receita fácil
» Bolo de milho verdeIngredientes- 1 xícara (chá) de óleo- 5 ovos- 1 lata de Milho Verde- 1 ½ xícara (chá) de farinha de trigo- 1 ½ xícara (chá) de açúcar- 1 colher (sopa) de fermento em póModo de PreparoBata no liquidificador o óleo, ovos e o milho verde por apro-
ximadamente 10 minutos. Peneire a farinha com o açúcar e fer-mento. Junte aos poucos a mistura batida mexendo delicadamen-te. Unte e enfarinhe uma forma retangular média, coloque a mas-sa e leve para assar em forno médio 180°C por aproximadamente 25 a 30 minutos. Corte os quadradinhos e sirva.
Rendimento: 8 a 10 porções
Dicas culinárias
Para fazer um ovo frito perfeito, você deve untar a frigideira com azeite ou manteiga e colocar o ovo. Tampe e cozinhe em fogo moderado até o
ponto desejado. Tempere e sirva.
O peixe não gruda na assadeira e fica com mais sabor se o fundo da assadeira for forrado com uma camada de fatias de batatas cruas.
Para empanar pedaços de frango sem fazer sujeira, coloque a farinha dentro de um saco plástico. Junte os pedaços de frango e chacoalhe até
misturar bem.
Se o molho ficar salgado demais, junte uma fatia de pão e cozinhe mais um pouco.
Para bater a maionese, utilize sempre uma vasilha de louça ou de vidro, nunca de metal.
Nunca requente o café diretamente no fogo, ele fica melhor requentado no banho-maria.
Truques caseiros
DOM SEG TER QUAR QUIN SEX SÁB
1 2 3 4 5 6
7 8 9 10 11 12 13
14 15 16 17 18 19 20
21 22 23 24 25 26 27
28 29 30 31
Calendário Lunar para a pescaCRESCENTE
Mar: ótima
Rio: boa
CHEIA
Mar: regular
Rio: ótima
MINGUANTE
Mar: ótima
Rio: boa
NOVA
Mar: regular
Rio: regular
AGOSTO
No período do inverno a maior parte das plantas do jardim entra em dormência total ou parcial. Nesta fase as temperaturas baixam e a transpira-ção das plantas diminui, portanto é tempo de reduzir as regas e proteger as plantas das geadas. No gramado o ideal é colocar uma camada bem fina de terra preta peneirada. As plantas mais sensíveis podem ser protegidas com jornal no final da tarde quando houver previsão de geada, sendo este retirado pela manhã. O final do inver-no é indicado para poda de cercas-vi-vas, árvores e arbustos.
As flores de época ou ciclo de vida curto, indicadas para esta estação são: o Amor Perfeito normal e mini, a Boca de leão e a Cravina para o sol e a Prímula e o Kalanchoe para a meia sombra.
Priscilla Macanhão
Eng. Agrônoma
ALFACE: para conservar a al-face mais tempo e sempre bem crocante, lave e seque bem, mo-lhe um pano de prato limpo com água fria, retire o excesso de água, e embrulhe a alface.
CHEIRO DE ALHO E CEBOLA NA MÃOS: lave as mãos com enxaguante bucal... Para o alho também é mágico esfregar os de-dos na pia de aço.
DESCASCANDO CEBOLA SEM CHORAR: coloque a cebola no freezer por 10 minutos antes de descascá-la.
HÁLITO DE ALHO: nada como beber um copo de leite, mastigar uma salsinha ou um grão de café.
MANCHA DE BETERRABA: molhe um pedaço de pão com água fria e coloque-o sobre a man-cha.
MEIA CALÇA: para que a ex-pectativa de vida dessa peça de roupa seja um pouco mais lon-ga do que o normal, molhe suas meias calça novas e congele- as. Pode parecer loucura mais elas fi-cam mais resistentes.
PANELA COM CROSTA DE COMIDA: (quem mandou es-quecer a panela no fogo?!) colo-que água, adicione um pouco de amaciante para roupa e deixe por uma noite.
DICAS DE JARDINAGEM
Cozinha internacional
» Espaguete à putanescaIngredientes- 400 gr de espaguete- 1/2 kg de tomates maduros- 125 gr de azeitonas pretas sem caroço- 6 filés de anchovas picadas- 6 colheres (sopa) de azeite de oliva- 3 dentes de alho bem picados- 1 pimenta malagueta vermelha picada- 1 colher (sopa) de alcaparras- Sal à gosto.Modo de PreparoRefogue, no azeite,o alho e a pimenta malagueta até o alho
começar a dourar,acrescente os filés de anchova e amasse-os com um garfo. Junte os tomates, sem pele e picados,as azeitonas,as alcaparras e o sal; mexa bem,corrija o sal,se necessário e deixe cozinhar por 10 minutos.
Cozinhe o espaguete, coloque-o numa tigela aquecida e des-peje o molho por cima. Sirva imediatamente.
» 14Curitiba, julho de 2011
Do Quintal
Viva o seu bairro. Antes de deixar o seu bairro para fazer compras em outro local, confira se o que você quer não está perto de você.
ACADEMIAS
Máster Corpore Fitness
R. Raposo Tavares, 281, Pilarzinho ................3022-8004
Winner Academia
R. Mateus Lemes, 3.544 – S. Lourenço ........ 3252-2044
AÇOUGUES
Casa de Carnes May May
Rua Carlos Cornelsen, 307 - Bom Retiro ........3018-9136
Casa de Carnes Trevizzo
R. Amauri L. Silvério – Cruz do Pilarzinho.......3338-1988
Nilo Peçanha
Av. Nilo Peçanha, 1280 ...................................3338-9156
ÁGUA MINERAL
Água Viva – Disk Água
Av. Hugo Simas, 961, Bom Retiro .................... 33387977
Depósito Paloma
Disk Água e Bebida ........................................3335-3736
Distribuidora Schaffer
R. Giácomo Mulla, 535, B. Retiro ....................3077-9780
ARMARINHOS
A Pequenina Armarinhos – Lãs, fios, pedrarias
R. Mateus Leme, 3195 ................................... 3252-7673
Armarinhos Mercês
Av. Manoel Ribas, 1219, loja 2
Yes Presentes
R.Amauri Lange, 10, Pilarzinho ......................3076-4185
Verde- Presentes, Brinquedos, Utensílios
R. Amauri Lange, 28, loja 1-Pilarzinho ........... 3024-1040
ARTE E ARTESANATO
Arte na Madeira
R. Cel. João G. Guimarães, 1588, B. Retiro ......3338-9541
Artesanato Nilda .......................................... 3335-4733
Arts & Crafts
Av. Hugo Simas, 1215, Bom Retiro ................. 3222-4822
De Maryno – Atelier de Artes
Av. Hugo Simas, 1181, Vista Alegre .................3018-6227
AUTOMÓVEIS
AUTO MECÂNICA PHILLIPPS
Rua Dom Alberto Gonçalves,1131, Bom ..........3338-9701
AUTO-ELÉTRICA
Mininão
R. Raposo Tavares, 1519, Pilarzinho ............... 3027-4607
Auto Center Schaffer
Av. Hugo Simas, 3031, Pilarzinho ...................3013-6470
AUTO-PEÇAS E ACESSÓRIOS
Alex Auto Peças
R. Mateus Leme, 2927, São Lourenço .............3252-3777
Auto-peças Muraro
Av.Hugo Simas, 2701 Bom Retiro ................... 3338-2211
Braz Sound Car
Av. Hugo Simas, 1834, Bom Retiro ................9934-8964
Cobra Pneus
R. Mateus Leme, 5358 – São Lourenço .........3044-2994
Galeria das Rodas
Av. Hugo Simas, 940, Bom Retiro .................. 3338-7788
Rodas e Pneus
R. Domingos A. Moro, Pilarzinho ................... 3235-3550
Varejão das Baterias
R. Mateus Leme, 2794 ....................................3077-1815
Vila Nori Auto Peças
R. Raposo Tavares, 1452, Pilarzinho ............. 3235-2069
Estofamento
Estrela Estofamento
R. Raposo Tavares, 25, Pilarzinho .................. 3235-2803
Lava Car
Lava car e guincho Ponto Amarelo .................9607-7559
RM
R. Raposo Tavares, 184, ................................. 9809-6183
Wash My Car – Lava Car e estacionamento
R. Mateus Leme, 2763................................... 3044-1420
OFICINA E PINTURA
Auto Center
R.Raposo Tavares, 55, Pilarzinho .................... 3235-4110
Check Up- Auto Center
R. Carlos Pioli, 811, Bom Retiro ......................3014-5525
Zico Ezequiel – Auto Car
R. Domingos Antônio Moro, 233, Pilarzinho ..3598-3808
AVIÁRIOS E PET SHOP
Aviário Cão Amigo
R.Amauri L. Silvério, 967, Pilarz. .....................3338-3575
Aviário Tingui
R. Raposo Tavares, 698, Pilarzinho .................3338-3671
Bicho Locko
Av. Hugo Simas, 1231, Bom Retiro ................. 3338-0337
Casa do Pequeno Animal
Av. Hugo Simas, 3597, Pilarzinho ................... 3338-2620
Cat & Dog
R. Tapajós, 1015, Bom Retiro ..........................3338-7558
Gato Travesso
Av. Hugo Simas, 1480, Bom Retiro ................3338-8804
Iujo Aviário/Pet Shop
R. Raposo Tavaes, 181, Pilarzinho ................. 3335-5422
Patas e Garras PetEscola-Pet Shop
R.Henrique Itiberê, 504, B. Retiro ................. 3335-2587
Pet Shop
R. Raposo Tavares, 181, Pilarzinho ................ 3335-5422
Planeta Azul
R. Raposo Tavares, 1521, Pilarzinho ................3338-3575
Santo Expedito – Aviário e Pet Shop
R. Ten. João Gomes, 680, Mercês ..................3338-9640
BARES E LANCHONETES
Bar dos Amigos
Rua Manoel Pereira, 237 – Pilarzinho ..............9123-7161
Bar e Lanchonete
R. Emílio de Menezes, 1200, Bom Retiro........3338-8290
Bar do Beto
Rua Jorn. Geraldo, 354 ................................. 3338-2545
Bar Hollywood
R. Raposo Tavares, 25 – Pilarzinho
Bar e Restaurante Altair
R. Nilo Peçanha, 1781, Bom Retiro ..................3078-4513
Lanchonete da Lombada – Delivery
Av. Hugo Simas, 1856, Bom Retiro .................3338-9515
Lanch. e Pestiscaria Carvalho
R. Raposo Tavarfes, 292, Pilarzinho ................. 338-4332
Quermesse
R. Carlos Pioli, 513, B. Retiro ......................... 3026-6676
BICICLETAS
Speed Bike
R. Raposo Tavares, 488, Pilarzinho ................ 3338-2055
Técnico Cicles Biker`s Generation
R. Raposo Tavares, 45, Pilarzinho ................. 3338-5527
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Borracharia Estrela
R. Pioli, 681, entre Tapajós e Nilo Peçanha..... 8802-2457
BRINQUEDOS
Terrae Lúdice – Brinquedos Educativos
R. Giacomo Mylla, 460, Bom Retiro ...............3338-8505
Av. Anita Garibaldi, 2480, Shop. Anita ........... 3044-4541
Zonato – Presentes
Av. Hugo Simas, 990, Bom Retiro ...................3014-8422
CABELEIREIROS
Blitz Hair
R. Alexandre Von Hulboldt, 1097- Pilarzinho ... 3338-1106
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R. Alexandre Von-Humboldt, 66, Pilarzinho .... 3235-1726
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R.Raposo Tavares, 1144, Pilarzinho................. 3338-5771
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R. Raposo Tavares, 895, Pilarzinho .................3014-3638
Salão NovoVisual
R. Raposo Tavares, 806, Pilarzinho ................ 3095-0373
Salão Unissex Marinele
R. 25 de Abril, 23, Pilarzinho .......................... 3618-7681
Super Estilo
R. João Tschannerl, 994, V. Alegre ................. 3336-0780
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Av. Hugo Simas, 475, Bom Retiro .................. 3338-0577
CAFÉ E CONFEITARIA
Pastéis de Belém
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R. Dr Roberto Barrozo, Mercês ...................... 3018-0660
Gloriana
Rua Teffé, 426, Bom Retiro ............................ 3338-7874
CALDO DE CANA
Delícia Natural – Água de coco, sorvetes
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J.R. Chaveiro
Av. Manoel Ribas,308, Mercês ......................3233-4660
Will ..............................................................9960-6087
CHOCOLATE
Cacau Show
Av. Manoel Ribas, 1405, Lj 01, Mercês3 ............044-7106
CONTABILIDADE
AC-Plenitude Assessoria Contábil
R. Antônio Costa, 685, cj2- V. Alegre ..............8820-0007
CORTINAS
Lau Cortinas
R. Raposo Tavares, 510, Pilarzinho ................ 3338-2876
Pyrich – Comércio de Tecidos
Av. Manoel Ribas, 1625, Mercês .................... 3335-9705
COSTURA E REPAROS
Aledane – Cons. e reformas masc. e fem.
Av. Manoel Ribas, 391, Mercês ...................... 3016-3541
Alice Araújo – Reformas em Geral
R. Myltho Anselmo da Silva, Mercês .............. 3339-8919
Atelier de Costura
R. Raposo Tavares, 11, Pilarzinho ...................3235-4900
Loja Tânia Martins
João Tschannerl,411, conj.02, V. Alegre ......... 3339-4708
Mary Mason – A Oficina da Costura
Av. Hugo Simas, 507, Bom Retiro ................... 9234-6597
Oficina de costura Eliane de Fátima B. Perle
Rua Raposo Tavares, 478, Pilarzinho ............. 3421-5914
CLÍNICAS DE FISIOTERAPIA E ESTÉTICA
Fisio Form
R. Carlos Augusto Cornelsen, 321, Bom Retiro 3252-0282
DENTISTA
Mariana Miyaji – Espec.em Endodontia
R. Mateus Leme, 2987, Bom Retiro ................3029-0555
EMPRÉSTIMOS
A.E. Finanfacil
R. Raposo Tavares, 55, Pilarzinho ................. 3045-2861
ESCOLAS E CURSOS
Cappuccino – Espaço gastronômico
R. Robeto Barrozo, 1670, Mercês ................... 3019-6404
Escola Tec. Enfermagem Catarina Labouré
Rua Jacarezinho, 1000, Pilarzinho ................ 3219-3650
Diferencial Cursos
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AQUI TEMGuia de Serviços e Comércio dos bairros Mercês, Pilarzinho, Bom Retiro, Abranches, Vista Alegre, São Lourenço e Centro Cívico.
» 15Curitiba, julho de 2011
Do Quintal
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Douglas de Souza Fernandes
O caso Golfinho, que o jor-nal Do Quintal levantou no ano passado, teve desdobramentos nas últimas semanas que po-dem tornar realidade o sonho dos moradores da região e de ex-atletas, que é reativar o antigo clube para atender à comunida-de.
Nossa reportagem desco-briu, no último dia 15, que o imóvel tinha sido arrematado em leilão promovido pela Justi-ça do Trabalho, graças a um pro-cesso movido no ano de 2003 por uma ex-funcionária do Gol-finho. O imóvel teria sido, então, adquirido pela empresa Mansão Empreendimentos Imobiliários, com sede em Pinhais, e por mais três pessoas físicas.
Diante do fato, a Prefeitu-ra de Curitiba decidiu intervir, com o objetivo de desapropriar o imóvel e usá-lo para construir um centro de atendimento à co-munidade.
Até então o que se sabia era que desde de 2003 corria uma outra ação, dessa vez do INSS contra o antigo dono do imóvel, para recebimento de uma dívida de R$ 1.700,000,00. A Justiça do Trabalho, no entanto, foi mais rápida. Conforme consta no Registro de Imóveis, a penhora referente a esse processo foi re-gistrada em 26 de abril de 2010 como garantia de um crédito de R$ 5.384,79. Segundo o advo-gado da funcionária, Carlos Ro-
berto Steuck, o terreno, avaliado hoje entre R$ 2. 5 milhões e R$ 3 milhões, teria sido arrematado por cerca de R$ 600 mil.
A ação pegou de surpresa até mesmo a Prefeitura, que hoje tem uma dívida de R$ 309 mil em IPTU para receber do dono do imóvel. Comunicada pelo Do Quintal sobre o arremate, a assessoria de imprensa da Prefei-tura informou que o Executivo Municipal, mesmo sendo parte interessada, não fora intimado do leilão, mas que se habilitaria para receber o que lhe é devido.
» Interesse oficialNo último dia 29, porém, o
vereador Paulo Frote, a pedido da comissão que acompanha o caso, levou as informações di-retamente ao prefeito Luciano Ducci, que imediatamente as-segurou que o Executivo faria o possível para resgatar o imóvel.
Já no dia seguinte, realizou uma reunião com vários secretários e a Procuradoria do Município para estabelecer a estratégia de ação para a desapropriação.
O primeiro passo será dado após a concretização dos trâmi-tes finais da averbação da arre-matação junto ao Cartório de Registro de Imóveis. Isso de-pende de ofícios a serem expedi-dos pela Vara da Justiça do Tra-balho onde tramita o processo que deu origem ao leilão. Assim que o Juiz do Trabalho disponi-bilizar o processo para consulta, será possível conhecer com exa-tidão o valor que foi pago pelo arrematante. Em seguida, a Pre-feitura deve editar um decreto municipal determinando o local como de interesse público, para dar início ao processo efetivo de desapropriação. A partir desse procedimento, estaria bloquea-da qualquer obra no local.
Curitiba, julho de 2011
Do Quintal » 16
Prefeitura pretende resgatar o GolfinhoEstrutura do antigo clube foi comprada por imobiliária, mas Município tentará desapropriá-la
No último dia 15, funcionários do novo dono cortavamo mato crescido em volta do antigo clube.
O anúncio de interesse do Município na estrutura do antigo Clube Golfinho coroa mais de um ano de mobili-zação da comunidade e de ex-atletas do clube. Os primei-ros, preocupados em resgatar o espaço abandonado para o atendimento à população; e os segundos com o objeti-vo de preservar a memória da gloriosa história do clube. Desde então, o jornal iniciou a campanha ’Salve o Golfi-nho´.
O caso Golfinho começou a ser levantado por um gru-po de moradores do Pilarzinho, que faz parte do projeto de Desenvolvimento Local desenvolvido pela Fiep. Na época, havia denúncias sobre a proliferação de mosquitos nas piscinas abandonadas. A comissão formada pelo ad-vogado João Carlos Flores, o corretor Jorge Kalnowski, e o jornalista Douglas Fernandes, descobriu que o imóvel tinha sido vendido à Sociedade Juventus e que, devido a
uma dívida de R$ 1.500.000,00 para com o INSS, ele ha-via sido colocado a leilão e arrematado por Lorival Lincol Ferreira, que assumiu o compromisso de pagar R$ 600 mil pelo imóvel, em 60 parcelas de R$ 10 mil. O proprie-tário, porém, pagou somente a primeira parcela, o que culminou numa ação da Previdência para recebimento do crédito. Além disso, havia uma dívida em torno de R$ 300 mil junto ao município, por IPTU em atraso .
Na época, o Do Quintal produziu uma ampla reporta-gem, em que contou toda a história do clube, que foi cria-do no início dos anos 70 por um grupo de pais abnegados, que construíram, por conta própria, o primeiro clube ex-clusivo de natação do país. Em pouco tempo, o clube co-meçou a criar campeões regionais, e em seguida, vários atletas que participariam de olimpíadas defendendo o Brasil.
Em dezembro, o grupo de moradores e ex-atletas levou o pedido de recuperação do clube ao prefeito Luciano Ducci. A Prefeitura realizou estudos a respeito, mas o pro-jeto não foi em frente, devido à complexidade jurídica do caso, na época, que envolvia dívidas com o INSS e municí-pio. “Agora, porém -explica o advogado João Carlos Flor- a situação é mais simples no caso de uma desapropriação. Uma vez que existe apenas um proprietário e a indeniza-ção justa a ser paga, em principio, corresponderia ao valor venal do imóvel atribuído pelo Município, para o cálculo do IPTU. Ou, em segundo plano, a indenização do valor investido pelo arrematante, atualizado monetariamente”. O que será um presente não só para a comunidade regio-nal como para os que viveram a história do clube e mesmo para a memória da natação do país, que se prepara para sediar sua primeira Olimpíada. (DSF)
O imóvel do Golfinho foi arrematado pela Mansão Empreendimentos Imobiliários junto com Marinez Henrique, João Batista Trentin e Elmer Bogdanow. Há duas semanas, a reportagem do Do Quintal registrou que operários faziam a limpeza da parte externa do antigo clube. Pergunta-do sobre quem havia determinado a ação, um deles informou que fora o dono do imóvel, “o Dirceu, dono do Shopping Jardim das Américas”.
O Do Quintal entrou em contato com o Shopping Jardim das Améri-cas, onde foi informado que o dono da Mansão é o filho de Dirceu, Tiago Pastre, 26 anos. Entrevistado por telefone, Tiago confirmou a arremata-ção do imóvel pela sua empresa, mas disse que ainda não há projeto para utilização da área. Segundo ele, a área só foi adquirida por se tratar de “um negócio de ocasião”. Perguntado, se haveria possibilidade de o local voltar a ser um clube de natação, ele se limitou a dizer que “esse não é o nosso negócio”, deixando claro que a intenção provável era a de construir um condomínio residencial no local.
Uma vitória da comunidade e do esporte
De um provável condomínio...DSF
Arquivo DQ
Vários campeões olímpicos foram formadosdurante os tempos áureos do Golfinho.
...a um Clube da GenteUma equipe da Prefeitura de Curitiba já está estudando o projeto
a ser implantado no imóvel do antigo Clube do Golfinho, após o pro-cesso de desapropriação. Pode ser um nos moldes do Clube da Gente, que oferece aulas de natação, ginástica e hidroginástica para a popula-ção. Ou do Centro da Juventude – Atendimento Social e Convivência, voltado para jovens de 15 a 18 anos. De qualquer forma, segundo a as-sessoria de imprensa da prefeitura, será um centro para atendimento às pessoas carentes. Também há intenção de se reservar um espaço dentro dele em homenagem aos fundadores do Clube do Golfinho. (DSF)