Dornier 228 da RUAG faz tour de demonstração
pela América Latina
Por Alexandre Galante
A RUAG Aviation está em uma turnê de demonstração com o Dornier 228 na
América Latina. A aeronave vai visitar dez países em apenas 56 dias (29
fevereiro – 10 abril), cobrindo mais de 40.000 km no processo. Durante a viagem,
o Dornier 228 será apresentado às instituições interessadas e potenciais
clientes, que serão capazes de ver a aeronave em primeira mão.
O gerente de produto do Dornier 228, Fabian Kölliker, explica o contexto:
“Estaremos apresentando o Dornier 228 a pessoas e organizações que estão
interessadas nele e dar-lhes uma demonstração no local das vantagens da
aeronave “.
“Durante o tour nós estaremos esperando visitas importantes das companhias
aéreas locais, empresas de mineração e representantes de várias forças
armadas e entidades governamentais “, acrescenta Sales Manager Carlos
Salamanca. Ele acredita que as pessoas ao conhecerem de perto o Dornier 228
poderão constatar que ele pode entregar o que promete: confiabilidade,
eficiência de custo, conforto, velocidade, pronunciada estabilidade com vento
cruzado, um glass cockpit contemporâneo e uma cabine bem iluminada e
espaçosa.
O Dornier 228 foi equipado com uma variedade de equipamentos para esta
missão. Isso permitirá que os clientes potenciais possam obter uma impressão
de quantas configurações são possíveis e testá-las em primeira mão.
O tour começa no México. De lá, a aeronave voará em direção ao Brasil, fazendo
escalas no Panamá, Equador, Colômbia, Peru, Chile, Argentina e Paraguai no
caminho. O Dornier 228 estará em Cartagena (Colômbia) para as conferências
de segurança CABSEC (Vigilância Costeira da Bacia do Caribe e Segurança
Marítima) e SAMSEC (Cúpula de Segurança Sul-Americana), e em Santiago
(Chile) para a FIDAE (Feira Internacional de Aeronáutica & Espaço), a feira de
aviação mais importante da região.
A RUAG Aviation é uma fornecedora, prestadora de suporte líder e integradora
de sistemas e componentes para a aviação civil e militar em todo o mundo.
Faz manutenção de aeronaves e helicópteros em todo o seu ciclo de vida, o
núcleo da empresa inclui as competências de serviços de manutenção, reparo e
revisão, atualizações e o desenvolvimento, fabricação e integração de
subsistemas.
A RUAG é um centro de serviços autorizado para OEMs de renome, como a
Airbus Helicopters, Bell, Bombardier, Cirrus, Cessna, Diamond, Dassault
Aviation, Embraer, Finmeccanica, Piaggio, Sikorsky, Pilatus, Piper, e Mooney,
bem como um centro de serviços para 328 Serviços de Suporte, Hawker
Beechcraft, Viking und MD Helicopters.
A RUAG Aviation é também uma parceira das Forças Armadas Suíças e outras
forças aéreas internacionais.
A empresa também é fabricante (OEM) do Dornier 228, uma aeronave versátil
para missões especiais e operações de passageiros e de carga.
A RUAG Aviation é uma organização de projeto certificada Part 21J EASA,
organização de produção Part 21G EASA e organização de manutenção Part
145 EASA.
Fonte: Poder Aéreo
Data da publicação: 11 de março
Link: http://www.aereo.jor.br/2016/03/12/dornier-228-da-ruag-faz-tour-de-demonstracao-
pela-america-latina/
I Encontro Regional da Associação Brasileira de
Estudos de Defesa: A Região Centro-Oeste no
Contexto da Defesa Nacional*
TEMA 1: Forças Armadas, Defesa e Segurança no Brasil.
Resumo 1
Autor: Maurício Kenyatta Barros da Costa.
Título: A Relação entre Soberania e Fronteira na compreensão da segurança fronteiriça
entre Brasil e Paraguai em um contexto de segurança regional pós-Guerra Fria.
O Fim da Guerra Fria é adotado como marco no estudo das relações internacionais por
indicar uma série de processos e dinâmicas que passam a ser discutidos como
relevantes para a conformação do sistema internacional. Nesse contexto de novas
ameaças, vulnerabilidades e inseguranças, a fronteira destaca-se como elemento de
caráter misto por estabelecer uma relação entre o interno e o externo, que explicita uma
parte da nova realidade securitária que os Estados defrontam na atualidade. A
soberania também contém essa dupla dimensão que é definida por especialistas da
área como a soberania interna e a soberania externa do Estado, sendo que a primeira
expressa a hegemonia no ordenamento interno e a segunda a independência na ordem
externa. Esse caráter misto desses conceitos vai ao encontro da função mista das
Forças Armadas brasileiras na faixa de fronteira para a garantia da Lei e da Ordem por
um lado e a defesa do território nacional de ameaças externas por outro. Nesse sentido,
o tema aqui abordado propõe discutir a relação entre as duas dimensões, interna e
externa, do conceito de Soberania e Fronteira como elementos unificadores da
segurança interna com a segurança internacional. Desse modo, o argumento deste
trabalho é que o caráter misto da soberania e da fronteira pede por respostas mistas do
Estado, as quais devem privilegiar aarticulação interna das instituições e a cooperação
no âmbito externo. O caráter misto das Forças Armadas na fronteira e sua articulação
com os agentes de segurança pública eleva a capacidade de resposta do Estado, a qual
também necessita da vontade política das autoridades pertinentes para gerar um
ambiente interno e externo que mine as desconfianças e eleve o nível de segurança
regional. A fronteira entre Brasil e Paraguai será utilizada como exemplo, ressaltando
casos de cooperação e conflito, e da articulação dos atores que compõem a capacidade
securitária e a vontade política do Estado em suas diversas esferas para verificar se as
respostas às inseguranças nessa fronteira estão adequadas. Esse exemplo é útil por
permitir que as demais fronteiras brasileiras possam ser analisadas seguindo as
relações que serão estabelecidas para verificar esse caso em questão.
TEMA 1: Forças Armadas, Defesa e Segurança no Brasil.
Resumo 2
Autores: Bruno Gonçalves de Souza Barbalho e Gabriel Carvalho Vitorino Rezende.
Título: Primeiro Comando da Capital: entre o crime organizado e o terrorismo.
O Primeiro Comando da Capital (PCC), grupo criminoso que age, atualmente, em 22
estados do Brasil e em dois países sul-americanos (Bolívia e Paraguai), tem aumentado
sua estrutura organizacional desde a sua criação. Com o objetivo de promover a luta
contra arbitrariedades e opressões dentro dos presídios seguindo os princípios de
liberdade, justiça e paz, o PCC atua através da utilização de diversos tipos de crimes,
como assassinatos, extorsões e narcotráfico.
Entretanto, após o ataque do grupo em maio de 2006, sendo o maior atentado contra a
segurança pública do Estado, surge um grande debate sobre em qual lugar o PCC
deveria ser categorizado: grupo terrorista ou organização criminosa. Os defensores da
primeira denominação creem que os ataques foram um marco para uma nova fase da
facção, enquanto os que acreditam na segunda classificação argumentam que o grupo
utilizou, em ocasião única, o terrorismo para afastar o governo de suas ações ilegais,
demandando maior espaço de atuação.
O presente estudo visou aprofundar o debate, demonstrando que a estrutura
organizacional do PCC está muito acima das principais organizações criminosas sul-
americanas, como o Exército do Povo Paraguaio (EPP), e, por isso, deve ser tratado de
forma diferenciada. Ademais, buscou-se analisar o desenvolvimento do grupo desde
1993, data da sua origem.
Pretende-se concluir que há um diferencial em como se dá o trabalho interno e externo
do PCC, devido, principalmente, à liderança de Marcos Camacho, mais conhecido como
“Marcola”. Além disso, a utilização do terrorismo durante um ou poucos episódios não
pode caracterizar a organização como grupo terrorista, visto que existem outros
elementos que são pré-requisitos para ser classificado desta forma.
TEMA 1: Forças Armadas, Defesa e Segurança no Brasil.
Resumo 3
Autores: Israel de Oliveira Andrade e Luiz Gustavo Aversa Franco.
Título: A Questão da Desnacionalização no Momento Atual da Indústria Nacional de
Defesa.
Em meio ao contexto atual de reorganização da Base Industrial de Defesa (BID) do
Brasil, uma questão importante a ser trabalhada é a desnacionalização, ou seja, o risco
de que produtos, sistemas e tecnologias desenvolvidas internamente se percam para o
estrangeiro. Nesse sentido, o propósito deste trabalho é introduzir a questão da
desnacionalização no atual debate sobre defesa nacional no Brasil. Para isto, é
necessário contextualizar o momento atual da BID do Brasil, apresentando suas
principais vantagens e vulnerabilidades, bem como a importância das questões de
Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) e Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) neste
contexto. É preciso também analisar o modo como os países que possuem as maiores
bases industriais de defesa no mundo (Estados Unidos, Rússia, China, França, Reino
Unido, Alemanha e Japão), bem como países parceiros do Brasil no âmbito dos BRICS
(Índia e África do Sul), enfrentam o mesmo desafio. A partir deste estudo, apresentam-
se os principais riscos advindos da desnacionalização para a indústria nacional de
defesa, propondo medidas para mitigar esses potenciais efeitos negativos e contornar
o problema.
TEMA 1: Forças Armadas, Defesa e Segurança no Brasil.
Resumo 4
Autores: Marcelo José Marquezde Campos e Alcides Costa Vaz.
Título: Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras e sua possível participação
na cooperação internacional de defesa.
Introdução: o tema escolhido foi Defesa, segurança e desenvolvimento na faixa de
fronteira: propostas e desafios regionais no Brasil, no qual iremos delimitá-lo no Sistema
Integrado de Monitoramento de Fronteiras (SISFRON) com possível cooperação
internacional de defesa. Objetivo: identificar e analisar os fatores presentes na
concepção e instalação do SISFRON que oferecem oportunidades para a cooperação
em segurança com os países vizinhos, em particular, Bolívia, Peru e Colômbia.
Metodologia: o método para realização desse trabalho foi a revisão bibliográfica, onde
foram feitas pesquisas nos sites da Defesa do Brasil, sobre a fronteira através da Lei
Complementar Nr 97, de 09 de junho de 1999, de JÚNIOR (2010) e AGUERO (et al.,
2011). Já sobre o SISFRON, foram analisados os trabalhos de FILHO (2014), a revista
Verde Oliva (2014), LEITE (2013) entre outros. A cooperação internacional foi explorada
através da ótica do site da Defesa do Brasil, na parte das relações internacionais.
Discussão: o que o SISFRON oferece em termos de possibilidades com os países
supracitados? O SISFRON ofereceria um sistema integrado de sensoriamento, de apoio
à decisão e de emprego operacional cujo propósito é fortalecer a presença e a
capacidade de ação do Estado na faixa de fronteira, mostrando-se uma solução eficiente
e eficaz a responsabilidade primária de aquisição e gerenciamento das informações,
permitindo um apoio com melhor eficiência às demais entidades governamentais
envolvidas na tarefa de vigiar e proteger as fronteiras. Por ser um sistema complexo,
ele iria envolver as demais FFAA, bem como os demais Órgãos de Segurança Pública
(OSP). Os benefícios seriam institucionais e sociais como nos campos político com a
cooperação militar com FFAA dos países vizinhos, no campo econômico com a
elevação da capacitação tecnológica da base industrial de defesa e no campo militar
com o aumento da capacidade de vigilância e monitoramento na região de fronteira. Sua
estrutura é constituída dos seguintes subsistemas: sensoriamento, apoio à decisão,
atuação, tecnologia da informação e comunicações, segurança da informação,
simulação e capacidade de recursos humanos e logístico. A cooperação de defesa é
caracterizada por identificação e compromisso com objetivos comuns, bem como
resultado benéfico para os participantes. O Brasil pode cooperar de uma maneira mais
ampla, no caso do eixo multilateral, ou de uma maneira mais curta, no caso do eixo
bilateral. Atualmente o eixo multilateral, no qual o Brasil se insere seria do Conselho de
Defesa Sul-Americano (CDSA), embora este conselho ainda esteja em sua fase inicial,
não propiciando algum benefício tangível para com seus membros. Já o eixo bilateral é
mais forte, tendo relação com o Peru, Colômbia e Bolívia, no caso do SIVAM.
Conclusões: se pode chegar é com o fim da implantação do SISFRON as possibilidades
de cooperação em segurança seriam enormes, pois o que todos os OSP de ambos os
lados precisam é de informação, no qual seria a maior cooperação em crimes
transfronteiriços, no caso da justiça, ou, no caso militar, a do adestramento das tropas
e passagem de conhecimento de como agir na faixa de fronteira de seus países.
TEMA 1: Forças Armadas, Defesa e Segurança no Brasil.
Resumo 5
Autor: Bruno Valim Magalhães.
Título: A balança de poder e o idealismo nos anos 1970-1980: das condições de
surgimento de uma comunidade de segurança Brasil-Argentina.
A escassez de guerras interestatais na América do Sul constitui-se em um desafio
explicativo aos analistas e às teorias das Relações Internacionais. Esse fato específico
de nosso subcontinente provém-nos com um campo fértil para pensar sobre a natureza
e as forças sociais que sustentam ou minam as comunidades de segurança. Aqui
avaliamos especificamente o desenvolvimento de uma entre Brasil e Argentina.
Valendo-nos do modelo de comunidades de segurança de Adler e Barnett e de um
método histórico de path-dependence, nosso objetivo principal foi avaliar as forças
conjunturais que levaram a um ponto crítico e à inflexão das políticas exteriores
brasileiras e argentinas no tocante às relações de segurança entre os dois países entre
os anos 1970 e 1980; indo de relações conflituosas de vertente geopolitizada, para uma
fase de construção de diálogos e confiança e, finalmente, chegando a um momento de
inflexão em direção a superação da hipótese de conflito e o nascimento de uma
comunidade de segurança.
Metodologicamente, após essa conjuntura crítica, buscamos as sequências reativas, as
quais propiciaram o desenvolvimento de uma comunidade de segurança entre os dois
países até a segunda fase do modelo teórico. Teoricamente, explicações àquela
escassez poderiam seguir epistemologia recorrente e previsível, como realismo e
liberalismo, mas estas não são suficientes. As teorias das Relações Internacionais não
dão conta, sozinhas, de avaliações empiricamente delineadas se abrem mão da
inteligência histórica que preenche seus modelos. Além do mais, entendemos que o
funcionamento normal dos sistemas interestatais modernos são tanto holísticos e
materialistas quanto socialmente construídos e idealistas. Ou seja: é presente uma inter
e sobreposição de uma lógica de poder e interdependência e de uma metodologia
histórico-construtivista.
Aquela lógica com pressões de homeostase e esta metodologia permitindo o movimento
em uma direção longe do equilíbrio original e dirigindo-se a um novo: uma comunidade
de segurança.
Para tanto, o estudo foi divido em quatro partes mais uma conclusão. Na primeira parte,
enunciamos nosso marco teórico e inscrevemos o modelo de comunidade de segurança
em nosso ensaio. Continuando na segunda seção, traduzimos isso na metodologia
pathdependent, localizando pontos de apoio nas conjunturas críticas históricas das
políticas exteriores e suas sequências reativas, através da narrativa histórica da relação
bilateral em segurança argentino-brasileira nos anos 1970-1980. Na terceira parte
aplicamos isso nas relações entre os vizinhos, inventariando as décadas citadas e
buscando conjunturas críticas, como os desfechos de Itaipu-Corpus e a questão nuclear,
fazendo análises e avaliações parciais. Na quarta seção, praticamos o mesmo, mas
buscando a síntese especificamente do período José Sarney-Raúl Alfonsín, com os
efeitos da Guerra das Malvinas, da crise da dívida externa, da reinserção internacional
de ambos os países, da finalização das discussões sobre a questão nuclear e o início
da institucionalização da cooperação através de sequências reativas. Finalmente, na
conclusão, reunimos nossas conclusões parciais e fazemos nossa avaliação final sobre
nosso argumento exposto acima. Nossas conclusões são que Brasil e Argentina já
seriam uma comunidade de segurança nascente nos governos Sarney-Alfonsín.
TEMA 2: Inserção da mulher nas Forças Armadas.
Resumo 1
Autor: Gabriel Barros Lessa Queiroz.
Título: Empoderamento feminino no exército Peshmerga.
O exército Peshmerga foi criado após a Primeira Guerra Mundial, com o objetivo de
garantir os direitos da população curda no contexto caótico da dissolução do Império
Turco Otomano. Anos depois, durante o conflito contra Saddam Hussein, a divisão
feminina do exército se consolida e passa a ter uma atuação direta no fronte da batalha.
Atualmente, o exército curdo luta contra a ameaça terrorista do Estado Islâmico e, em
uma tentativa de combater essa ameaça, as mulheres ocupam um papel central na
dinâmica do embate. Esse grupo tem forte influência no Iraque e em toda região do
Levante, de modo que sua política jihadista ou expansionista ferem diretamente os
interesses dos curdos, que há muito buscam conquistar uma estabilidade territorial. A
luta contra o EI, no entanto, é muito custosa para os Peshmerga, tornando necessário
buscar apoio de outros Estados como, por exemplo, os Estados Unidos.
Ao longo desse trabalho, será pesquisado como a categoria gênero modifica as
dinâmicas do conflito armado nessa região, e de que maneira a participação feminina
nessa área é percebida pelo Ocidente. A presença de mulheres nesse espaço é um
sintoma de uma nova onda de empoderamento ou é uma estratégia política do Curdistão
para angariar maior apoio dos EUA e seus aliados? Para responder tais questões serão
analisadas as exposições das soldadas Peshmerga na mídia, e as respostas que tal
representação provoca no Ocidente, usando o conceito de standard de civilização como
descrito por Ann Towns (2008) para justificar as conclusões tomadas ao fim do trabalho.
TEMA 3: Conflitos armados e terrorismo.
Resumo 1
Autor: Felipe Crivello Cesar.
Título: Terrorismo, Segurança e Desenvolvimento: estabelecendo nexos e questionando
os paradigmas atuais de contenção de conflitos.
Em vista da crescente radicalização de movimentos terroristas em um nível mundial e
levando em conta o sensível aumento do número de incidentes provocados por estes
especialmente a partir de 2001, o trabalho apresentado visará discorrer a respeito das
novas facetas assumidas pelo terrorismo internacional. O foco será no terrorismo
motivado por fins sectários, procurando-se investigar a existência de relações causais
entre fatores de desenvolvimento humano e níveis de terrorismo. Ademais, propõe-se
compreender a situação atual com base no desenvolvimento recente dos conflitos,
prospectando encaminhamentos possíveis e desejados pela comunidade internacional
para tal questão.
Pelo fato do termo terrorismo ser de difícil conceituação, esta comunicação trará
primeiramente sua interpretação do conceito à luz do levantamento bibliográfico
realizado. O propósito seguinte será identificar motivos que levaram à maior
radicalização dos movimentos terroristas atuais e, simultaneamente, questionar o
paradigma de atuação dos países do Ocidente no tocante ao tema - uma vez que as
duas partes dialogam entre si. Isso será feito com base na análise dos índices globais
de terrorismo, lançados anualmente pela organização The Institute for Economicsand
Peace (IEP).
O consenso entre os tomadores de decisão mais influentes na comunidade internacional
em encarar o terrorismo como um inimigo de guerra - e, dessa forma, retaliar
violentamente suas investidas na tentativa de enfraquecê-lo por meios militares - será
questionado. Essa forma de agir, além de não resolver os reais motivos do surgimento
e fortalecimento do terrorismo, pode ter um efeito adverso ao seu propósito inicial:
ataques militares contribuem para a desestabilização política de uma região e
incentivam uma situação de vulnerabilidade. A falta de atenção a fatores sociais e de
desenvolvimento prejudica ainda mais a situação, enfraquecendo as comunidades
locais e possibilitando, de forma indireta, o controle dos grupos terroristas de um
determinado espaço. Além disso, ainda que as investidas militares tenham algum efeito
prático considerável, estes serão de curto prazo porque os fatores determinantes do
problema não serão trabalhados e tampouco haverá uma melhora na vida da população
local.
Nesse ponto, o autor procurará traçar o nexo entre desenvolvimento, globalização,
segurança e terrorismo. Com base no fato de que os países que mais apresentam
atividades terroristas hoje são também aqueles que se encontram em níveis de falência
estatal mais aguda, será questionado o paradigma realista observado hoje no
tratamento de questões de segurança, propondo uma abordagem de segurança
humanitária. Para isso, recorrer-se-á às origens desse paradigma analisando a
Conferência de Cairo (1994) e seus resultados como principal ponto de desdobramento
das preocupações mundiais envolvendo segurança e desenvolvimento. A ideia, então,
é argumentar a favor de um escopo de análise nas RI ao invés da tradicional visão em
níveis de análise.
Dessa maneira, o autor espera contribuir com a academia ao trazer uma visão não
tradicional da agenda de segurança, enfocando questões de desenvolvimento e
estruturação política em seu discurso ao invés de uma abordagem militar no que diz
respeito à maneira de lidar com os movimentos terroristas sectários atuais.
TEMA 3: Conflitos armados e terrorismo.
Resumo 2
Autor: Heitor Caixeta Mesquita.
Título: Problematização da influência das intervenções ocidentais no Oriente Médiono
processo de radicalização: O indivíduo como ator principal na ameaça do
terrorismoislâmico.
Fala-se muito da possível relação direta entre o intervencionismo das
potênciasocidentais no Oriente Médio e a radicalização e intensificação de
movimentosterroristas islâmicos que eventualmente infligem danos na forma de ataques
terroristasnos territórios ocidentais. É de suma importância, no entanto, atentar-se
àsespecificidades individuais que levaram a pessoa a praticar tal ação, tendo em vista
queo terrorismo é um fenômeno que transcende fronteiras e muitas vezes é de
fundamentalrelevância os desdobramentos na vida privada do terrorista quando em seu
processo deradicalização.
O objetivo deste trabalho é analisar os perfis dos indivíduos e das organizações
queperpetraram ataques no ocidente no século XXI, e a partir disso, com o apoio
debibliografia especializada, relacionar esses atentados à influência dos
processosintervencionistas das grandes potências no mundo islâmico, dando ênfase às
motivaçõesaparentes apresentadas pelos indivíduos inseridos nesse contexto.
Serão dispostas informações acerca das pessoas envolvidas em ataques noOcidente
de forma a compreender as motivações para tal ação, e em seguida, seaveriguará se
tais pessoas foram em algum momento de suas vidas influenciadas porprocessos direta
ou indiretamente resultantes das intervenções militares de potênciasocidentais no
Oriente Médio.
É notável a importância de tal análise para que as discussões sobre o assunto
sejamdirigidas por informações sistematizadas que buscam esclarecer além do senso
comumum tema tão sensível como esse aqui abordado. Dessa forma, possibilita-se
umacompreensão mais aprofundada sobre os fatores que culminaram na decisão
tomadapelo terrorista por uma ação letal, analisando-se de uma forma que foge do
espectrotradicional dos estudos sistêmicos que colocam os Estados como principais
atores dasRelações Internacionais.
TEMA 3: Conflitos armados e terrorismo.
Resumo 3
Autor: Leandro Gomes Ferreira.
Título: O Iraque ou o Estado Islâmico, quem é Estado?
Com o 11 de setembro os atentados terroristas tomaram grande visibilidade no
cenáriointernacional, gerando medo na sociedade e criando a nova guerra ao terrorismo
do séc. XXI.Fazia-se necessário revidar o ataque de uma das principais organizações
terroristas, a Al-Qaeda, a qual se responsabilizou pelos ataques àquela época, bem
como pretendia fazer o quefosse necessário para estabelecer um novo Califado no
Oriente Médio. Todavia nos últimosanos, outra organização tem emergido e se
mostrado tão ou até mais hostil que a Al-Qaeda, oEstado Islâmico. Esta organização
têm suas bases formadas por ex-membros da Al-Qaeda, etomam atitudes
impressionantes para chamar a atenção de todo o mundo para sua causa.Ambas as
organizações têm suas bases nua das regiões mais conflituosas, o Oriente Médio,bem
como se aproveitaram de Estados fracos para sua ascensão e manutenção do
poder.Assim o pensamento recorrente é que estes Estados falidos, ou que estão em
processo defalência, oferecem suporte e dão bases concretas para que essas
organizações captem, treineme funcionem como centro de comando para ataques
terroristas em outros países. Estes ataquessão comumente direcionados aos países
desenvolvidos. O que por outra via não é tãodivulgado, é o quanto estes Estados falidos
também sofrem com a perda de estabilidade e deelementos basilares para o bem-estar
da população, não conseguindo se firmar como umEstado no sistema internacional,
além de dar poder a atores não-estatais e senhores da guerraque se aproveitam das
fraquezas institucionais e do medo da população. Compreender asituações dos Estados
falidos portanto, é compreender os principais fatores que o levam afalência e suas
consequências, bem como evitar que demais Estados sofram com os efeitosgerados
pelas organizações terroristas que se aproveitam da situação. É fortalecer as políticasde
segurança e defesa no sentido de torna-las aptas a identificar e dissuadir
influênciasprovenientes das organizações, que são atuantes no cenário internacional.
TEMA 3: Conflitos armados e terrorismo.
Resumo 4
Autores: Isabela Costa Bandeira Coêlho,Mila Pereira Campbell e Pedro Simão Mendes.
Título: Terrorismo e a Guerra Civil do Iêmen: uma análise do grupo Houthi.
Considerado um dos países mais pobres do Oriente Médio, o Iêmen se encontra
emcrise desde a saída do presidente Ali Abdullah Saleh, em 2012. No começo de 2015,
arevolta passou a ser considerada uma guerra civil entre diferentes grupos
armados.Antes de 2011, o Iêmen era acusado de violar os direitos humanos, e, hoje em
dia, opaís enfrenta uma das maiores crises humanitárias da atualidade. Um dos grupos
maisinfluentes do conflito é a milícia Houthi. Este foi um ator significativo na revolução
de2011 e, atualmente, domina a capital da Sana'a e grande parte do território
Iemenita,além de resistir às forças sauditas na região.
O conceito de terrorismo trata de ações violentas e premeditadas ou de
grupossubnacionais ou de agentes clandestinos com o intuito de influenciar uma
audiência(WILLIAMS, 2008, p.174 apud US DepartmentofState, 2001, p.13). Ações
terroristas,então, dependem não somente de efeitos físicos, mas também psicológicos,
já que elastêm como objetivo atingir alguma demanda política (WARDLAW, 1982). Esse
trabalhotem como objetivo questionar se o grupo Houthi, uma milícia armada com
atuaçãopolítica no Iêmen, pode se encaixar na classificação apresentada.
O trabalho analisará os discursos de diferentes atores do conflito: o governo doIêmen,
Arábia Saudita, Irã e o Conselho de Segurança da Organização das NaçõesUnidas, com
foco nos Estados Unidos. O objetivo é encontrar elementos que possamenquadrar o
grupo como terrorista, mesmo que, formalmente, ele não seja consideradoum. Além
disso, o trabalho traz um questionamento sobre a subjetividade do conceitode
terrorismo.
TEMA 4: Segurança e Defesa Cibernética.
Resumo 1
Autores: Victor Hugo de Oliveira Lima e Cássio Roberto Rodrigues.
Título: O papel do hacktivismo na defesa ao ciberterrorismo: práticas ilegais em defesa
dasociedade.
Entre os desafios do século XXI, se encontra o combate ao ciberterrorismo. Tal
desafiosurgiu com o advento de grupos terroristas do oriente médio, que na inabilidade
depenetrarem fisicamente os seus países alvos, encontraram um novo campo de
invasão eterrorismo na através da Internet. E dentro deste desafio, além dos esforços
do Estado,também encontra-se grupos não-governamentais que muitas vezes tomam
aresponsabilidade de combater tal prática no mundo virtual. Tais grupos entram na
categoriade hacktivistas, e seu papel se mostra muitas vezes importante no combate
aociberterrorismo. Dentre eles o mais famoso é a Anonymous, organização que atua
naInternet de maneira ilegal porém com os preceitos de estar fazendo o bem para a
sociedadecivil. Os grupos de ciberterrorismo mais conhecidos tem grande parte de seus
membrossituados na Ásia e oriente médio, tais como a LulzSec, Th3 J3st3r e outros.
Alguns dessesgrupos trabalham diretamente com organizações terroristas já
conhecidas, porém grandeparte deles trabalham por motivação própria. Em anúncios
na internet é possível ver estesgrupos ciberterroristas defendendo o desenvolvimento
da anarquia, ou seja, o fim do Estadoe da sociedade como conhecemos. Em grande
parte dos casos, estes grupos tomam comoimagem algum mártir ou figura conhecida
da sociedade, para assim poderem representarsuas ideias e objetivos através deles. A
Anonymous como um bom exemplo possui opersonagem Guy Fawkes, do filme V de
Vingança, como símbolo de busca por justiça semlucratividade. Th3 J3st3r possui o
coringa, dos quadrinhos do Batman, como símbolo pararepresentar a busca pela
anarquia. A tentativa de defesa da sociedade por esses grupos nãolegitima a prática de
suas atividades ilegais, o que transforma essa relação em uma via demão dupla, onde
se tornam necessários porém não desejados pelos governos.
TEMA 4: Segurança e Defesa Cibernética.
Resumo 2
Autores: Gabriel Carvalho Vitorino Rezende e Bruno Gonçalves de Souza Barbalho.
Título:Limites entre a atuação do Estado na segurança cibernética e o direito à
privacidade dos cidadãos: uma análise comparada entre os casos de Estados Unidos e
da Inglaterra.
É recorrente o debate entre a sociedade civil e as entidades governamentais acerca de
qual o legítimo campo de ação das instituições estatais na prevenção de ataques e
atentados a sociedade. Tendo isso em vista, busca-se, através dessa análise,
problematizar as possíveis implicações da diminuição da privacidade dos cidadãos com
o intuito de evitar catástrofes. Considerando a mudança do modus operandi dos grupos
terroristas na conjuntura atual, é necessária a revisão do modo como às instituições
governamentais lidam com tais ameaças. Contudo, a expansão da vigilância cibernética
por parte do Estado encontra limites nas determinações legais de direito à privacidade.
O objetivo desse trabalho é analisar o que está sendo falado nesse debate, através da
análise dos casos dos Estados Unidos e da Inglaterra, e posteriormente contextualizar
com o Estado brasileiro.
A partir do estudo das semelhanças entre o modo de atuação do Estado americano e
inglês, e do debate presente em tais sociedades, buscamos delimitar quais as
possibilidades de conciliação, revisão e mudança no paradigma posto entre o direito à
privacidade e as modernas técnicas de vigilância social.
É necessário enfatizar a grande relevância de uma compreensão ampla sobre tal debate
para o aprofundamento de uma construção mais democrática e plural acerca dos papéis
e limitações do Estado na vigilância social, atentando para os novos desafios impostos
pelo terrorismo no contexto mundial atual. A escolha dos referidos atores se deu pela
enorme relevância dos mesmos na promoção das políticas de vigilância e pelas
crescentes reverberações da sociedade civil nesses países acerca de tal atuação.
Através da análise dos dois países apresentados, será feita uma contextualização para
o Estado brasileiro, observando também as perspectivas e limitações existentes para a
promoção de políticas públicas que garantam a segurança e o direito à privacidade dos
cidadãos.
TEMA 4: Segurança e Defesa Cibernética.
Resumo 3
Autores: Maria Isabel Araújo Silva dos Santos, Edgard Costa Oliveira e Gertrudes
Aparecida Dandolini.
Título: Gestão e Segurança do Conhecimento no Âmbito da Defesa.
Na sociedade contemporânea o valor da informação não está na forma explícita,
comopalavras escritas, relatórios e bases de dados, mas nas formas intangíveis, tais
como:conceitos, ideias, conhecimento e marcas. É certo que as tecnologias contribuem
para o usoadequado das massas de dados e fluxo de informações, porém, organizações
e instituições daárea de Defesa, que são detentoras de conhecimento de alta tecnologia
e corpo técnicoespecializado, caracterizam-se como Organizações Intensivas em
Conhecimento e necessitamde um ambiente focado no conhecimento e com estratégias
alinhadas ao negócio. Acaracterística multidisciplinar da Gestão do Conhecimento
possibilita várias abordagens paraos bens intangíveis. Este estudo foca a proteção do
conhecimento como uma atividade daGestão do Conhecimento, que observa critérios
para mitigar o uso inadequado e apropriaçãoindevida do conhecimento, estabelecidos
por mecanismos de proteção dos bens intangíveis, eem conformidade com Leis,
políticas e procedimento. Quanto às fontes, trata-se de umapesquisa bibliográfica
secundária, com base em material já publicado. Deste modo, adota-se apesquisa
exploratória com o propósito de contribuir para a discussão dos estudos de Defesacom
o objetivo de apresentar os instrumentos formais e informais de proteção dos
bensintangíveis, que podem ser adotados pelas instituições de Defesa, e apoiar
decisões sobresegurança e defesa cibernética. A relevância deste trabalho incorpora os
estudos queenvolvem aspectos da defesa nacional e soberania, visto que, a defesa
nacional necessita demodernidade e preparo das Forças Armadas. Como
considerações iniciais temos a insipiênciade estudos sobre a segurança do
conhecimento; que a segurança do conhecimento pode seratingida com a observação
das cláusulas contratuais sobre a propriedade intelectual, que aconformidade acarreta
a proteção dos conhecimentos explícitos e tácitos; bem como queestudos revelaram
que a capacidade de infraestrutura de conhecimento e capacidade deprocesso de
conhecimento impactam significativamente a eficácia organizacional.
TEMA 4: Segurança e Defesa Cibernética.
Resumo 4
Autores: Diego Martins da Silva e Priscilla de Almeida Nogueira da Gama.
Título: Estado da arte na matéria da segurança cibernética: avanços no conhecimento.
A década de 1990 é marcada pelo aumento sintomático de casos de invasão cibernética
perpetrados por hackers. Ademais o período também é marcado pelo mito do fim da
sociedade internacional fundada na soberania estatal devido a evolução da internet.
Acreditava-se que a rede de informações e poder difundidas na internet geraria um novo
padrão de governança uma vez que os Estados não tem a capacidade de controlar os
eventos advindos do meio cibernético.
Consoante Robert Nye (2010), contudo, o que se observa não é o fim, mas um declínio
do Estado como ator unitário do sistema. Na Era Digital, o Estado divide o espaço com
novos atores como multinacionais, organizações internacionais, grupos rebeldes, redes
de crime organizado, etc. O ciberespaço englobando a infraestrutura da internet e as
redes de informação e telecomunicação, além dos sistemas de computadores,
processadores e controladores abriu um locus de informações e interconecções capaz
de influenciar a estrutura crítica dos atores (CLARKE e KNAKE, 2012).
A vulnerabilidade e assimetria de poder decorrentes do ciberespaço abriu caminho para
a discussão da segurança em tal meio. O que se observa nesse debate é uma
ressignificação de conceitos tradicionais como guerra, terrorismo, poder, ameaça e
vulnerabilidade, e a introdução denovos conceitos e ideias complexos, como
ciberguerra, ciberespionagem, hacktivismo, etc, temas discutidos por autores como
Robert Nye (2010), Singer e Friedman (2010) e Clarke e Knake (2012).
Diversos autores nesse campo de estudo preocupam-se com as vulnerabilidades do
sistema e a insegurança decorrente do mesmo capazes de afetar a estrutura crítica
estatal. Myriam DunnCavelty, assim, aborda que técnicas de segurança tendem a tornar
o ambiente digital cada vez mais inseguro devido ao seu caráter multi-facetado e multi-
dimensional gerando um "dilema de segurança” (CALVETY, ?).
Para Clarke e Knake (2012), a vulnerabilidade de um Estado à ataques cibernéticos é
constituída por três fatores: sua capacidade ofensiva no ciberespaço; sua capacidade
defensiva no ciberespaço, ou seja, o grau de vulnerabilidade de seus sistemas
informacionais; e a cyberdependence, o grau de interconectividade da estrutura crítica
estatal. Depreende-se, assim, que o grau de inserção na era digital esta atrelada a maior
inserção dos atores em conflitos cibernéticos.
No Brasil a discussão vem ganhando força especialmente após 2011 com os
vazamentos de informações. Diante desse quadro, o país apresentou a Assembleia
Geral da ONU o documento'”Direito à privacidade na era digital”. Ademais promoveu a
Reunião Multissetorial Global sobre Governança na Internet.
Diante da demanda estratégica de defesa no campo de cibersegurança, em 2010, foi
elaborado o “Livro Verde segurança cibernética no Brasil”. Ademais a Secretaria de
Assuntos Estratégicos da Presidência da República promoveu o livro “Desafios
estratégicos para a segurança e defesa cibernética” com um compilado de artigos sobre
a temática.
Apesar de um campo recente o estudo de defesa cibernética vem sofrendo um
recrudescimento nas duas últimas décadas. Diante do exposto, o objetivo de tal trabalho
é fazer um balanço dos conhecimentos desenvolvidos no campo de defesa cibernética.
TEMA 4: Segurança e Defesa Cibernética.
Resumo 5
Autor: Lucas Soares Portela.
Título: Segurança e Defesa Cibernética como Principal Área de Pesquisa das Relações
Internacionais nos Espaço Cibernético.
A percepção sobre um problema ou uma questão das relações internacionais diverge
de ator para ator. Encontramos situações que são encaradas como um tema de
segurança pública e outras vislumbradas como questões de defesa. As Forças Armadas
Revolucionárias da Colômbia, por exemplo, são observadas pelos Estados Unidos e
Colômbia como uma questão de defesa ao classifica-las como um grupo terrorista. Em
contra partida, países como o Brasil, Equador e Bolívia observam esse mesmo grupo
como de natureza criminosa, ou seja, uma questão de segurança pública.
Da mesma forma que a caracterização de um problema dentro das categorias
tradicionais de defesa e segurança pública é complexa, quando tratadas no âmbito do
espaço cibernético a obscuridade desses dois conceitos aumentam. Em virtude disso e
da securitização deste tema neste século XXI, observamos uma extensão dos assuntos
relacionados ao espaço cibernético e que estão além das ciências da computação e
outras afins. Assim, nas Relações Internacionais observamos pesquisas sobre diversos
temas sobre espaço cibernético que estão além dos assuntos de segurança e defesa.
O objetivo deste artigo é vislumbrar os eixos de pesquisa do espaço cibernético que
podem ser explorados dentro das Relações Internacionais. A metodologia utilizada para
tal é a revisão bibliográfica, composta por dados predominantemente qualitativos.
Dentre a bibliografia analisada encontram-se Richard Clarke (2010); Daniel Ventre
(2011); Peter Knight (2014); e Joseph Nye Jr (2012).
A estrutura utilizada no artigo é composta de três tópicos. O primeiro realiza uma breve
revisão histórica sobre o espaço cibernético, assim como analisa a sua definição.
Posteriormente, o artigo aborda o processo de territorialização desse espaço. Essas
primeiras partes, em que são realizadas considerações teórico-conceituais sobre o
espaço cibernético, são necessárias para compreende-lo como objeto cientifico das
Relações Internacionais.
Após essas considerações, o artigo concluiu que os temas de segurança e defesa
cibernético perpassam todas as demais áreas de pesquisa do espaço cibernético como
objeto cientifico das Relações Internacionais. Quando observamos, por exemplo, as
pesquisas sobre a taxonomia dos principais conceitos do espaço cibernético,
percebemos uma preocupação em distinguir defesa cibernética de segurança
cibernética. Dessa forma, as contribuições acadêmicas sobre segurança e defesa
cibernética forma a principal área de pesquisa deste objeto cientifico dentro das
Relações Internacionais.
PÔSTER: Defesa Nacional, Diplomacia Pública Brasileira e Incidentes Terroristas
Internacionais em 2015.
Autores: Adrianne Martins Gomes de Albuquerque, Caio da Cunha Rezende, Laís
Campos Reis, Paula Lemos dos Santos, Pedro de Oliveira e Renata Alecrim de Amorim
Viana.
O objeto de análise do presente artigo é o conjunto de Notas de Imprensa emitidas pelo
Ministério das Relações Exteriores sobre incidentes terroristas internacionais ocorridos
entre 1º de janeiro e 30 de junho de 2015. Nesse contexto, frise-se que o combate ao
terrorismo no atual cenário geopolítico mundial é uma das questões mais levantadas
em discursos e ações de líderes militares e chefes de Estados e de Governos,
principalmente por aqueles que se expõem nos teatros de operações e zonas de
conflitos, e dignam-se a combatê-lo em campo. Entretanto, há uma percepção
razoavelmente generalizada de que os riscos impostos pelo terrorismo não parecem ter
sido tão bem assimilados pelo Estado brasileiro. Essa compreensão dada pelo Brasil às
questões de segurança internacional e defesa nacional tende a refletir um
comportamento inerme do Governo brasileiro e respectivas autoridades diplomáticas
com relação ao combate ao terrorismo. Destarte, é notória que a neutralidade do Brasil
nessa questão também é motivada pelo caráter pacifista da diplomacia brasileira.
Entretanto, em análise às notas oficiais de imprensa emitidas pelo Ministério das
Relações Exteriores no período de janeiro a junho, o que se percebe é, sobretudo, um
tímido posicionamento das autoridades nacionais frente aos incidentes de natureza
terrorista, os graves afrontas à estabilidade internacional, à democracia às ordens
internas das nações, notadamente dos povos que habitam territórios em conflito.
PÔSTER: Ni paz, ni guerra: en busca de nuevos conceptos de paz y seguridadenel
contexto de lasnovísimas guerras enSuramérica.
Autores: João Pedro de Oliveira Nizato e Sara Tapia Ferreira.
O artigo tem como tema as mudanças estruturais da guerra e da violência no mundo
contemporâneo, com enfoque nas transformações compreendidas dentro dos estudos
mais recentes sobre guerra no âmbito da América Latina e, em especial, do Brasil. O
quadro teórico utilizado na pesquisa tem como conceitos norteadores a paz aparente e
as novíssimas guerras que caracterizam o século XXI. Primeiramente, é contemplada a
evolução dos conceitos de paz e de segurança nas relações internacionais, que se
mostram indispensáveis para qualquer estudo sobre a América do Sul e a intrínseca
estruturação da violência na região. De maneira a especializar o estudo, o artigo
seleciona o caso do Brasil para traçar diagnósticos multifocais a respeito das novíssimas
guerras e das estratégias de contenção. Além disso, o artigo explora a conexão entre a
violência brasileira, as respostas do Estado e as consequências para a sociedade da
arraigada paz aparente em um país que, em verdade, vive um contexto de guerra, se
considerada. Ainda nesse sentido, é analisada a relação entre o caso do Brasil e os
outros países da região, que também estão inseridos em contextos similares. Outras
preocupações do artigo são os projetos de defesa e a participação do Conselho de
Defesa Sul-Americano (CDS) da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) frente às
dificuldades regionais. Assim, busca-se questionar a qualidade da paz e da sua
institucionalização na América do Sul, através de um estudo dos planos de segurança
do CDS e dos projetos que obtiveram êxitos em minimizar a violência regional.
PÔSTER: O Combate ao Narcotráfico nas Fronteiras do Centro-Oeste.
Autores: Mariana Nascimento Ramos eAdilson Ferreira Coelho Júnior.
Este trabalho propõe-se a analisar, o narcotráfico nas principais fronteiras do centro-
oeste os mecanismos de defesa e fiscalização, a recente securitização do narcotráfico,
e seus principais fornecedores, oriundos principalmente da América Latina como a
Bolívia. A metodologia utilizada será a teoria do neoliberalismo, na tentativa de
compreender a relação entre ele e o narcotráfico que por sua vez movimenta a
economia mundial gerando lucro a pessoas de baixa-renda, que buscam ascensão
social. Discutindo a importância de grandes operações realizadas por órgãos como a
Polícia Rodoviária Federal no controle dessas fronteiras, e iniciativas do governo em
relação a esse tema.
Fonte: Inforel
Data da publicação: 14 de março
Link: http://www.inforel.org/noticias/noticia.php?not_id=6581&tipo=2
Pesquisadores brasileiros criam material
inovador para camuflagem
Por Ricardo Costa
Na última segunda-feira, a Agência USP de Notícias divulgou um projeto de
camuflagem ativa desenvolvido por pesquisadores brasileiros. O material criado
pela equipe da professora Agnieszka Maule é capaz de mudar de cor do verde
ao amarelo em várias tonalidades, o que o torna atrativo para esconder
equipamentos militares.
“Nós pensamos que ele poderá ser construído no formato de uma manta ou
placa flexível ou mesmo tela para ser colocada sobre veículos ou tanques de
guerra, ou outros equipamentos, com o intuito de camuflá-los”, explica Maule.
Atualmente, o projeto está em fase de patenteamento no Brasil e na Comunidade
Europeia. “Já fomos procurados por uma indústria militar da Europa que se
interessou pelo dispositivo camaleão”, conta Agnieszka.
A ideia é que o dispositivo seja composto por dezenas de “pixels” de grande
tamanho que poderão ser comandados individualmente para realizar as
mudanças de cores, criando assim o padrão do camuflado.
Para funcionar, primeiro, uma máquina fotográfica fará imagens do local. As
figuras serão então enviadas para um processador que as transformará em
padrões de cores e depois em números. Esses números serão convertidos em
potencial elétrico e transferidos para a superfície do gadget, que vai moldar as
próprias cores de acordo com as do ambiente.
Fonte: Tecmundo
Data da publicação: 11 de março
Link: http://www.tecmundo.com.br/tecnologia-militar/102220-pesquisadores-brasileiros-
criam-material-inovador-camuflagem.htm
Guarda Revolucionária diz que programa de
mísseis do Irã vai continuar
Por Parasi Hafezi
ANCARA (Reuters) - Um comandante veterano da Guarda Revolucionária do Irã
disse que o programa de mísseis balísticos do país não irá parar em nenhuma
circunstância e que Teerã têm mísseis prontos para serem disparados, de
acordo com a televisão estatal iraniana.
O general de brigada Amir Ali Hajizadeh fez os comentários após uma série de
testes de mísseis balísticos realizados por unidades da Guarda que causaram
preocupação em todo o mundo, e levaram a pré-candidata presidencial
democrata norte-americana Hillary Clinton a pedir novas sanções contra o Irã.
Os testes, que a TV estatal afirmou terem terminado na noite de quarta-feira,
foram vistos como um desafio a uma resolução da Organização das Nações
Unidas (ONU) e ao acordo nuclear do ano passado com potências mundiais,
mediante o qual Teerã irá refrear seu programa atômico em troca da suspensão
de sanções econômicas.
"O programa de mísseis do Irã não irá parar em nenhuma circunstância", disse
Hajizadeh. "A Guarda Revolucionária (IRGC, na sigla em inglês) jamais aceitou
as resoluções do Conselho de Segurança da ONU sobre as atividades de
mísseis do Irã".
A Guarda Revolucionária mantém um arsenal de dezenas de mísseis balísticos
de curto e médio alcance – o maior do Oriente Médio, de acordo com o Instituto
Internacional de Estudos Estratégicos, sediado em Londres.
Teerã afirma que seu programa de mísseis é somente para uso defensivo e que
emprega ogivas convencionais, ou seja, que não são nucleares.
Fonte: Extra
Data da publicação: 10 de março
Link: http://extra.globo.com/noticias/economia/guarda-revolucionaria-diz-que-programa-de-
misseis-do-ira-vai-continuar-18844338.html
* Não mencionado o autor