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RESPOSTA À IMPUGNAÇÃO AO EDITAL
PROCESSO 062/14
PREGÃO 034/14
Trata-se de procedimento licitatório, modalidade Pregão Presencial, cujo objeto é a
Contratação de Serviço de Telefonia Móvel.
A licitante Claro S/A, impetrou Impugnação ao Edital 40/14, tempestivamente.
DA TEMPESTIVIDADE
A doutrina aponta como pressuposto dessa espécie de recurso administrativo, cuja
existência concreta deve ser preliminarmente aferida: a manifestação de tempestividade, a
inclusão de fundamentação e de pedido de reforma do instrumento convocatório.
O Decreto nᵒ3555/00, em seu art. 12, assim disciplinou:
Art. 12. Até dois dias úteis antes da data fixada para recebimento das
propostas, qualquer pessoa poderá solicitar esclarecimentos, providências ou
impugnar o ato convocatório do pregão.
§ 1º Caberá ao pregoeiro decidir sobre a petição no prazo de vinte e
quatro horas.
§ 2º Acolhida a petição contra o ato convocatório, será designada nova
data para a realização do certame.
Considerando que o prazo legal para a impetrar impugnação ao ato convocatório é
de até 02 dias antes da realização do certame, o pedido em questão é tempestivo.
DOS FATOS
Em sua alegação o impugnante alega que a solicitação de alvará de funcionamento,
não está elencada no rol da Lei 8.666/93 e questiona a cotação conjunta de VC1, VC2 e VC3 e
da contradição a respeito da possibilidade de subcontratação.
É a síntese dos fatos.
DO MÉRITO
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Impugna a exigência de “não encontra amparo nos arts. 27 a 31 da Lei
Federal n. 8.666/93, que estabelecem quais os documentos podem ser exigidos dos
interessados em participar de certame promovido pelo Poder Público com objetivo
de celebrar futuro contrato.”
Externa-se que a referida exigência não afasta possível interessado no certame,
mas possibilita ao Poder contratante constatar o real funcionamento e estabelecimento da
futura contratada, de forma a não colocar “em risco a execução do ajuste e, em última
análise, o alcance do interesse público adjacente”.
Esta exigência se acha acobertada por vários editais, dentre eles um da
Procuradoria Geral da República, pregão presencial de nº 006/2012 e que também houve
questionamento sobre o alvará de funcionamento das licitantes, bem como o alvará da
vigilância sanitária, naquele caso. A resposta do Pregoeiro da PGR foi:
“Posto isso, se requer a inclusão, no Edital, das exigências citadas nesta
impugnação, ou seja, o Certificado de Inspeção de Vigilância Sanitária o Alvará de
Funcionamento, o que fará com que a Procuradoria Geral da República tivesse minimizada
a sua responsabilidade quanto aos problemas que poderiam vir a ocorrer de
futuro.” GRIFAMOS
Ressalta-se ainda que, a Administração Municipal deve se cercar de todo o cuidado
para celebrar contratos com terceiros e que não venham, no futuro, prejudicar o interesse
público da contratação, o que em um ponto e momento específico, possa se encontrar
pessoalmente com aquele ou aquela que detém o direito da contratação e a obrigação de bem
executar o contrato. Isto, principalmente, quando não estiver cumprindo as suas obrigações,
pois deverá ser chamada à fiel execução contratual dentro dos parâmetros do contrato e da
proposta ofertada.
Resumindo, a exigência do alvará de localização e/ou de funcionamento afasta a
possibilidade de a Administração contratar com empresa fantasma, como tem sido comum em
tantos e tantos casos noticiados pela mídia. Este entendimento, por si só, já antecipa a
possibilidade desta inclusão no edital em referência.
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Assim sendo, esta exigência é legal, sem formalismo ou descabida, apenas visa
garantir a existência de fato e de direito da empresa que contratará com a municipalidade.
Portanto, a exigência exposta no item 12.2.1 do edital de nº 062/2014 –
pregão presencial nº 034/2014 não há que ser modificada ou extirpada, pois visa
exclusivamente o interesse público da contratação e de garantir a existência e o real
estabelecimento da futura contratada.
2 – DA COTAÇÃO CONJUNTA DE VC1, VC2 E VC3 E DA CONTRADIÇÃO A
RESPEITO DA POSSIBILIDADE DE SUBCONTRATAÇÃO
“3.4 – Poderá utilizar da subcontratação para atender aos itens dispostos
no edital.”
“20.6 – A contratada poderá subcontratar total ou parcialmente o
fornecimento, desde que previamente autorizada pelo Município.”
ANEXO III
“5.2 - Poderá ocorrer a subcontratação, ou a formação de consórcio para
que possa atender os itens solicitados.”
MINUTA DO CONTRATO
“11.2-A contratada não poderá subcontratar, ceder ou transferir o
presente contrato, no todo ou em parte, a terceiro, sob pena de rescisão do
mesmo.”
Portanto, a exigência exposta no item 11.2 da minuta do contrato do
edital de nº 062/2014 – pregão presencial nº 034/2014 há que ser modificada, pois
houve uma falha na elaboração da frase.
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O item 11.2 deverá ser alterado para: A contratada não poderá ceder ou
transferir o presente contrato, no todo ou em parte, a terceiro, sob pena de rescisão do
mesmo, mas sendo possível a subcontratação ou a formação de consórcio para que possa
atender os itens solicitados.
Decisão
Mantenho o item 12.2.1 do edital.
Altere o item 11.2 deverá ser alterado para: A contratada não poderá ceder ou
transferir o presente contrato, no todo ou em parte, a terceiro, sob pena de rescisão do
mesmo, mas sendo possível a subcontratação ou a formação de consórcio para que possa
atender os itens solicitados.
Mantenho o edital sem anulação, visto não haver nenhum ilegalidade.
Camanducaia 11 de Fevereiro de 2014.
José de Oliveira
Pregoeiro Municipal
Bruna Luiza Gonçalves Ribeiro
Assessora Jurídica