EDUCAÇÃO PARA O CONSUMOEDUCAÇÃO PARA O CONSUMO SUSTENTÁVEL DA ÁGUA, PROPOSTA PLANO FORMATIVO
Este trabalho consiste em criar um plano de formação cívica na área da ecologia para um publico com idades compreendidas entre os dez a onze anos de vida. Foi analisado várias teorias psicossociais que serviram de base para a caracterização deste público, após esta análise foi elaborado um programa formativo com o objectivo de sensibilizar este publico paras as questões da água e da sua utilização.
Ricardo Abreu (208110), Turma G2NC
Trabalho elaborado para a disciplina de Educação para o Consumo, leccionado pelo professor Joaquim C. Reis
ÍNDICE
INTRODUÇÃO! 1
RESENHA BIBLIOGRÁFICA! 2
OS PAIS! 2
OS INVESTIGADORES! 2
OS ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO! 2
IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO PÚBLICO ALVO! 5
OS ADOLESCENTES! 5
Aspectos Cognitivos! 5
Aspectos Morais! 6
Aspectos Sociais! 7
Aspectos físicos! 8
O CONSUMO NOS PRÉ-ADOLESCENTES! 8
OS PRÉ-ADOLESCENTES NA ESCOLA! 10
PROJECTO PEDAGÓGICO-FORMATIVO ! 11
FORMAÇÃO CÍVICA! 11
PLANO DE FORMAÇÃO CÍVICA “A ÁGUA”! 13
Objectivos da formação! 13
Identificação de estratégias! 13
Projecto do programa formativo! 14
Recursos! 16
Planificação das Actividades de Aprendizagem! 19
Tempo previsto para as Actividades! 25
Avaliação! 25
BIBLIOGRAFIA! 27
ANEXOS! 28
1. INTRODUÇÃO
Este trabalho consiste em apresentar um plano de formação para alunos do segundo ciclo do ensino básico, com idades compreendidas entre os 10 e 11 anos de vida. Numa primeira parte é abordado de uma forma simpliLicada as teorias psicossociais do ponto de vista de vários investigadores, como Piaget ou Erikson. Foi elaborada uma pesquisa bibliográLica que permitiu ao autor deste trabalho identiLicar e caracterizar as crianças desta idade.
Após percorrido as várias teorias psicossociais, o autor caracterizou alguns aspectos dos indivíduos em pré-‐adolescência. Aspectos cognitivos, morais, sociais e Lísicos foram retratados de forma selectiva com o objectivo de analisar concretamente estes pré-‐adolescentes sob as teorias já identiLicadas anteriormente. Após esta analise, caracterizou-‐se o consumo destes adolescentes identiLicando o tipo de produtos consumidos, os locais de consumo e as tendências para o futuro.
No Linal do trabalho, o autor propõe um programa pedagógico de formação cívica em ecologia. Este programa tem como tema principal a água e as várias questões ecológicas relativas a este recurso terreno. O programa tem como base estudos efectuados por vários investigadores portugueses na área pedagógica, o qual permitirá ao autor adaptar o seu programa formativo ao nível dos alunos do segundo ciclo do ensino básico.
Este programa formativo, está dividido em 6 actividades que decorrem dentro e forma do ambiente escolar, com experiências cientiLicas, visitas de estudo e trabalhos que requerem processos cognitivos mais elaborados. O objectivo principal deste programa formativo é sensibilizar estes alunos para as questões ambientais, nomeadamente na gestão dum recurso tão escasso que é a água potável.
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2. RESENHA BIBLIOGRÁFICA
OS PAIS
Não existe uma única solução para o grande desaLio dos pais na educação dos seus Lilhos, como também não existe uma teoria do desenvolvimento cognitivo das crianças. Muitos e variados estudos se Lizeram ao longo dos últimos anos, vários investigadores apresentam as suas ideias de desenvolvimento infantil ideal, contudo nem sempre os pais recorrem a estas teorias para educarem os seus Lilhos.
Os pais mais informados tentam encontrar algumas respostas para as usa dúvidas relativamente aos seus Lilhos em especialistas pediatras ou psicólogos, que lhes dão concelhos úteis, principalmente no que concerne à compreensão da forma como os seus Lilhos pensam e vêm o mundo à sua volta. Mas o primeiro especialista que os pais recorrem é o professor, é nele que as primeiras dúvidas são descodiLicadas e solucionadas. É então a escola o palco de desenvolvimento , é pela educação formal (sem descurar a educação familiar) que as crianças apreendem a compreender o mundo que as rodeia.
OS INVESTIGADORES
Como já foi referido existem várias teorias do desenvolvimento cognitivo, no entanto é de referir a importância de alguns investigadores, como Jean Piaget, Gesell, Erikson ou Spock, com diferentes perspectivas ou metodologias, nomeadamente na forma como as crianças pensam e apreendem, mas todos concordam que o ser humano tem vários estágios de desenvolvimento.
Jean Piaget foi um psicólogo Suíço, que aLirmou que o desenvolvimento intelectual resulta da actividade dinâmica de relacionamento da criança e o seu meio ambiente. Arnold Gesell foi um pediatra americano, investigador da Yale Child Study Center, pioneiro no campo do desenvolvimento da criança, que assenta a sua teoria que as crianças desenvolvem-‐se sob aspectos hereditários, ou seja num percurso de vida ordenado fase por fase até atingir a maturidade.
Erik Erikson é um psicanalista especializado em infância no Institute of Child Welfare, na California e Benjamin Spock um pediatra que em conjunto estudam o lado do desenvolvimento emotivo das crianças, em oposição a Piaget e Gesell que focam o seu estudo no desenvolvimento motor e intelectual. Todos referem nas suas teorias que o desenvolvimento da criança é feita em estágios ou períodos.
OS ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO
Para Piaget (1970), existem quatro estágios ou períodos de desenvolvimento das crianças: o Sensório-‐motor, o Pré-‐operatório, o Operatório concreto e o Operatório formal. Cada estágio é diferente dos outros, revela o quanto as crianças reagem ao meio envolvente, cada estágio deLine-‐se pala maturidade da criança e o seu meio ambiente. Para Piaget, a inteligência da criança é a capacidade de adaptação, mesmo
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que não seja expressada em linguagem verbal. Os quatro estágios de desenvolvimento segundo Piaget, são:
❖ Sensório-‐motor; compreendido no período do nascimento até ao segundo ano de vida, caracterizado pelos primeiros contactos das crianças com o seu meio envolvente, principalmente na exploração manual e visual do ambiente que os rodeia, desenvolvendo movimentações motoras e aprender com as acções, por vezes repetitivas.
❖ Pré-‐operatória; este segundo estágio está estabelecido entre as idades de dois aos sete anos, coincide com a fase de pré-‐escola. Nesta fase a criança já estabelece um raciocínio idêntico aos padrões de um adulto, uma inteligência por símbolos, contudo mantém uma certa medida ilógica e um nível de egocentrismo.
❖ Operatório Concreto; pelas idades compreendidas entre sete e onze anos as crianças começam a ganhar a habilidade para pensar com mais lógica e utiliza o seu meio envolvente para entender os conceitos que são transmitidos.
❖ Operatório Formal; segundo Piaget, este é o ultimo estágio, com as idades a partir dos 12 anos de vida. Neste momento os adolescentes já conseguem pensar no abstracto, conseguem distinguir e discutir o que é teórico e o que é real. O pensamento hipotético e dedutivo é o aspecto mais importante nesta fase de desenvolvimento.
Com Piaget o desenvolvimento do conhecimento é feito por via da interacção continua com o meio ambiente, o crescimento Lísico da criança molda a capacidade de pensar e a aprendizagem é feita continuamente pelo processo de interacção.
Para Gesell o desenvolvimento é um processo continuo que têm uma evolução constante, começando no nascimento e evoluindo numa sequência pré-‐ordenada. Esta evolução é feita por estágios representada por níveis de maturidade. O objectivo Linal é a criança adquirir em cada estágio mais maturidade. Gesell, acredita que as crianças como estão sujeitas às forças da gravidade e movimento, o seu desenvolvimento é inLluenciado por estas forças da natureza.
Ele refere quatro campos de estudo ou observação: motor, adaptação, linguagem , pessoal e social. Que se resume aos seguintes desenvolvimentos de comportamento:
❖ Primeiro quarto do primeiro ano de vida, do nascimento até 16 semanas, o recém nascido ganha controlo dos músculos e nervos da face, como olhar, ouvir, saborear, cheirar, engolir alimentos e cheiros.
❖ No segundo quarto do primeiro ano de vida, das 16 às 28 semanas, a criança começa a ter a capacidade de movimentar a sua cabeça e braços livremente, conseguindo interagir com alguns objectos.
❖ Para o terceiro quarto do primeiro ano de vida, das 28 às 40 semanas, a criança já é capaz de mexer o seu corpo e mãos de uma forma mais eLicaz, podendo desde já movimentar peças mais volumosas e interagir com maior força nas mesmas.
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❖ Já no último quarto do primeiro ano de vida, das 40 às 52 semanas, o controlo do corpo estende-‐se para as pernas e pés, podendo começar a levantar com muito custo. Neste período a criança começa por transmitir as primeiras palavras.
❖ No segundo ano de vida, a criança já consegue andar e correr, ganha maior equilíbrio e começa a construir frases com alguma clareza. É nesta idade que as crianças começam a desenvolver alguma personalidade e também um sentido de posse.
❖ No terceiro ano, a criança fala com alguma lógica, utilizando as palavras como instrumento de pensamento. Nesta fase a criança começa a manipular o ambiente à sua volta.
❖ No quarto ano de vida, começa a idade dos “porquês”, pois começa questionar para formar conceitos e generaliza-‐los. A criança por esta idade já tem rotinas diárias independentes.
❖ Pelos cinco anos de idade, a criança já tem maturidade no controlo dos movimentos, corre e salta. Já consegue falar sem sons mais infantis, podendo até contar histórias, criando também mundo imaginários recolhidos no seu espaço caseiro.
Enquanto Piaget e Gesell dão um enfoque à capacidade motora e intelectual da criança, Erikson e Spock levam os seus estudos ao nível do desenvolvimento emocional tendo por base o “stress” como diferencial no desenvolvimento entre as crianças. Ambos concordam com a seguinte classiLicação:
❖ Período da conLiança, abrange os primeiros meses de vida da criança, período o qual o bebé necessita de estabelecer alguma conLiança com os seus pais e ambiente envolvente. Alguns pais tem a diLiculdade de compreender os choros dos seus Lilhos, seja por fome, cansaço ou desconforto.
❖ Período da autonomia, é o período em que a criança procura alguma independência, isto representa um desenvolvimento dos factores de auto-‐controlo e auto-‐conLiança. “Senso de sua própria individualidade e força de vontade” (Spock, 1946). Neste período os pais das crianças deverão permitir alguma liberdade aos seus Lilhos, mas mantendo os limites necessários.
❖ Período do trabalho, também designado como período de conclusão de trabalho, a criança está na idade escolar e aprende a ser recompensado por produzir e realizar trabalhos sejam eles Lísicos ou mentais. É um periodo, segundo Spock, em que as crianças tentam-‐se afastar dos pais e encontrar grupos de referencia fora de casa. Os pais por vezes reagem de forma decepcionada a esta procura de independência.
❖ Período da adolescência é a ultima etapa ou classiLicação por Erikson, ele descreve esta etapa como a procura por parte do adolescente, da sua identidade e propósito de vida.
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Em suma, estas são algumas das teorias básicas do desenvolvimento das crianças, numa perspectiva motora passando pela intelectual até à “criança” emocional. Estes quatro investigadores dão uma abrangência global do desenvolvimento dos primeiros anos de vida de uma pessoa, contudo estas teorias não são suLicientes para representar todo o comportamento de uma criança, nomeadamente no que concerne ao consumo.
3. IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO PÚBLICO ALVO
OS ADOLESCENTES
Aspectos Cognitivos
Para alguns investigadores (Steinberg, 1993) a adolescência começa nos 11 anos de vida e está compreendida em três fases, a adolescência inicial, média e Linal onde a pessoa completa o seu vigésimo primeiro aniversário. Para Piaget, esta adolescência está situada no estágio operações concretas, caracterizado por um período em que as crianças desenvolvem uma capacidade de pensar mais lógica e tentam ultrapassar algum egocentrismo alcançado no estágio pré-‐operatório.
Este período é rico em desenvolvimento da capacidade cognitiva, as crianças conseguem atingir o conceito de reversibilidade, ou seja, tomam o sentido que podem alterar uma acção que pode ser anulada por meio da reversão, mesmo que não seja materializada, somente nas suas mentes.
Mesmo com este desenvolvimento cognitivo, as crianças ainda tem alguns limites, por vezes continuam Lixas ao concreto e á realidade Lísica do seu meio envolvente. Muitas destas crianças ainda tem diLiculdade em compreender as questões de índole abstracta ou hipotética. Esta distinção entre o que é lógico e o empírico e formas de pensamento cognitivo é um desenvolvimento gradual que vai crescendo em certeza e amplitude desde da infância até ao Lim da adolescência (Miller, Custer e Nassau, 1998).
Segundo alguns autores, este desenvolvimento gradual pode ser caracterizado da seguinte forma:
❖ Pensar em possibilidades, ou seja, o pensamento da criança não se limite à observação real do meio envolvente, mas atinge níveis onde colocam hipóteses irreais que permitem à criança gerar novas acções e processos criativos.
❖ Pensamento abstracto, sugere a capacidade da criança se abstrair, permitindo a compreensão de conceitos abstractos, como também de estruturas complexas, sobretudo sociais, morais, políticas, económicas e cientiLicas.
❖ Metacognição, o uso das capacidades de auto-‐reLlexão e introspecção, ou seja, a criança reLlecte sobre o seu pensamento ou mesmo sobre as suas acções, podendo mesmo corrigi-‐las. Existe neste período uma maior consciência do seu meio envolvente.
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❖ Pensamento multidimensional, a criança tem a noção dos fenómenos naturais e Lísicos á sua volta e tem a capacidade de compreender e diferencia-‐los, argumentando até com vários pontos de vista.
Relatividade do pensamento, a criança assume cada vez mais a capacidade de compreender os pontos de vista de terceiros e os valores associados aos mesmos.Erikson (1969), identiLica esta idade no principio da adolescência, como a idade da procura da identidade em contraponto com a confusão devido à crise psicossocial que o domina. É o começo de uma mudança decisiva no desenvolvimento da criança, é o momento de desequilíbrio associado a uma continuidade ou ruptura com os estágios de desenvolvimento passado (Roland Doron e Francois Parot, 2001).
Este é um período em que os indivíduos no inicio da adolescência tem a possibilidade de potencial as suas capacidades cognitivas, pois a sociedade oferece esse espaço de interacção, proporcionando aos indivíduos estatutos e papeis de referencia social. Este posicionamento social é um momento de aprendizagem e espera para os compromissos da vida adulta (Manuela Monteiro e Milice dos Santos, 2001).
Em suma este é o momento em que o adolescente antecipa o seu futuro, tenta explorar todas as alternativas que têm, experimenta o máximo de emoções possíveis e desempenha vários papeis sociais no seu meio envolvente. Por vezes a procura de independência social não é compreendida pelos seus pais, e resta aos professores ajudar na educação, procurando agarrar a atenção dos adolescente por via da exploração do desconhecido e do conhecimento desaLiante.
Aspectos Morais
Segundo Kohlberg, todos nós passamos por fases diferentes de sentido de justiça e processos cognitivos de fazer julgamentos de moral (Kohlberg, 1984), devido às limitações cognitivas enunciadas por Piaget. Kohlberg (1984), sugere então que as mudanças de fases sejam divididas em três níveis1:
1º nível, a moralidade pré-‐convencional (neste nível, os interesses concretos do indivíduo são considerados em termos de recompensa e punições.
2º nível, a moralidade convencional (é o nível em que os indivíduos aceitam os problemas morais como membros da sociedade. Agem como bons cidadãos)
3º nível, a moralidade pós-‐convencional (neste nível os indivíduos usam os princípios morais vistos como mais abrangentes dos que qualquer sociedade especiLica).
A teoria de kohlberg, aLirma que o último estádio só é atingido por volta dos 13 anos de vida. De facto é que só 25% dos indivíduos adultos é que chegam ao quarto estádio (2º nível) de desenvolvimento cognitivo moral e conseguem ultrapassar este nível (Kohlberg e Ryancarz, 1990). Contudo esta teoria só aborda o julgamento moral e não o comportamento moral e nem sempre se relacionam (Snarey, 1985; Malinowski e
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Ricardo Abreu ©IPAM 2010! 61 Cada um destes níveis são ainda divididos em dois estágios (kohlberg e Ryancarz, 1990)
Smith, 1985), que nos adolescentes de tenra idade por vezes não se reLlecte ,devido ao nível de desenvolvimento cognitivo.
Aspectos Sociais
Chega um momento da nossa vida que pensamos “quem sou eu?”, e esse momento está bem assente nos primeiros anos da adolescência. Neste processo de encontro pessoal formam-‐se duas dimensões: o auto-‐conhecimento e o auto-‐desenvolvimento (Oerter; Rolf; Dreher e Eva, 2002), ou seja, o desejo de conhecer-‐se a si mesmo e a construção de uma personalidade por via do desenvolvimento.
Na procura do auto-‐desenvolvimento, os adolescentes formam os seu conceito de identidade social e política, eles desenvolvem conhecimentos sobre as transformações sociais, políticas e até do sistema económico. É contra procedente aLirmar que os adolescentes estão interessados nestas questões, normalmente estão envolvidos nas suas vidas próprias do que a dos outros (Sigel e Hoskin, 1981), contudo o passado já nos mostrou que em grandes convulsões e transformações sociais, são os jovens e muitos adolescentes maduros que lideraram essas mesmas revoluções, como o Maio 69.
Os adolescentes interessam-‐se pelos aspectos políticos e relacionam-‐os com aspectos de desenvolvimentos social e cognitivo. Durante este período estes indivíduos, alargam as suas fronteiras sociais para lá do circulo familiar, participam em vários grupos sociais constituídos por amigos, colegas da escola e até mesmo com professores. A experiência social e o desenvolvimento cognitivo estão fortemente ligados, pois o desenvolvimento cognitivo permite que os adolescentes tenham mais competencias sociais, e consigam geram ideias abstractas do seu meio envolvente político, social e económico.
Como já foi referido a fase da adolescência é como passar o “Cabo das Tormentas “ (Camões, 1556), é um período turbulento com o surgimento de dúvidas e anseios, da procura do “si mesmo”, Higgins (1987) descreva a possibilidade de haver três tipos de “si mesmo”: o real, o ideal (anseios) e o “si mesmo” como deveria ser (responsabilidades sociais).
A sociedade em que se insere o adolescente é complacente com esta turbulência, pois uma imagem própria do indivíduo e outra de como este deveria ser, ou seja as expectativas que a sociedade têm do comportamento do adolescente. Esta pressão social, provoca no adolescente algum “stress” que por vezes causam distúrbios na saúde dos próprios, como a anorexia ou bulímia. Para Erikson, estes adolescentes ou os indivíduos em pré-‐adolescência procuram desenvolver socialmente por via da competência, por outro lado pode também surgir sentimentos de inferioridade e uma incapacidade de competência.
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Aspectos físicos
Até aos 11 anos de idade a massa muscular é idêntica em ambos os sexos, contudo o crescimento muscular dos rapazes é maior em média. É nesta idade que dá-‐se a formação dos quadris e acumulação de gordura, nas raparigas cresce os seios e dos mamilos. No entanto este é o período da conservação, designado por Piaget como principio da conservação e da transitividade do peso e da altura. Entre os 11 e os 14 anos é considerada a idade do salto do crescimento, onde ocorre os primeiros desenvolvimentos bio e psicosexuais.
O CONSUMO NOS PRÉ-ADOLESCENTES
Desde cedo que os jovens começam a tomar decisões de consumo sosinhos, e o consumidor adolescente começa a ser cobiçado por várias marcas de bens de consumo. Estima-‐se que existe mais de 2 biliões de pessoas com idades compreendidas entre os 10 e 18 anos de vida. Por exemplo, nos Estados Unidos este segmento de mercado atinge os 12 mil milhões de euros ao ano, em consumo de produtos na área da informática, entretenimento e moda (roupa e acessórios).
Como característica principal desta idade, estes adolescentes procuram produtos que reLlictam modernidade e personiLicação. Eles são livres de escolha do quando, como e quando querem consumir, são particularmente vaidosos e independentes. Frequentam os centros comerciais onde encontram os produtos que estão na moda, em conjunto com os centros comerciais a internet são os locais de encontro e de socialização. Ward (1974) aLirma o seguinte acerca da socialização do consumidor, “Os processos pelos quais os jovens adquirem os conhecimentos, competências e atitudes necessárias para a sua postura enquanto consumidores inseridos no mercado”.
O sector do vestuário é o que rentabiliza mais com este fenómeno adolescente, a procura de roupas mais “cool” é um desaLio incessante dos adolescentes, a roupa personalizada ou que represente uma pertença de grupo (ex. estilo musical) são as mais procuradas por este segmento. O desenvolvimento Lísico que começa nesta idade, é uma preocupação na mente dos adolescente, a sua aparência Lísica é fucral no seu desenvolvimento social. Este segmento de mercado é considerado por alguns especialistas como os que conhecem e consomem mais marcas do qualquer outro segmento de mercado (Pandjiarjian, 2008).
Segundo Strauss (1952) , a criança aos 10 anos de idade têm três níveis de conhecimento do dinheiro.
1. O reconhecimento das diferentes peças da unidade monetária2. O valor respectivo de cada nota e moeda3. A equivalência entre diferentes peças monetárias
Aos nove anos de idade o indivíduo já tem noção das funções que regem a actividade comercial, Macneal (1984), tem consciência do papel dos vendedores e dos aspectos de consumo. Strauss (1952) aLirma ainda que a percepção e entendimento do grau de complexidade comercial é inLluenciado pela classe social, pois as crianças que foram
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habituadas a ir às compras com os pais têm uma noção do processo comercial, o que geralmente acontece nas famílias pertencentes a classes sociais elevadas.
Muitas dessas famílias procuram ensinar os seus Lilhos o valor do dinheiro por via da experiência de consumo. Bree (1993) aLirma nos seus estudos que a maior parte das crianças entre os 7 a 12 anos, já têm qualquer forma de retribuição Linanceira, designadas vulgarmente, por “mesadas” ou “semanadas”. Esta prática, não tem a Linalidade de aumentar o poder económico da criança, mas sim sensibiliza-‐la para o papel de consumidor, nomeadamente no que respeita à poupança. Gessel (1952) propõem o seguinte quadro de relacionamento da idade e o comportamento económico:
Quadro 1 -‐ Comportamento económico da criança segundo a idadeIdade Perfil Características do comportamento económico
10 anos Dócil Querem receber imensas prendasRecusam pagar por qualquer serviçoPreferem ajudar quando assim o desejarem
11 anos Difícil Procuram a poupança e acumulação de dinheiroSão irresponsáveis com o gasto do dinheiro dos outrosO dinheiro tem imenso valorNunca estão contentes com o valor da semanada
12 anos Difícil Gerem melhor o dinheiro da semanadaSão rigorosos quanto às dividasPoupam para um fim determinadoSão generosos
Fonte: Adaptado de Gessel (1959)
A tecnologia e a informação são factores dependentes do consumo juvenil. Os adolescentes estão cada dia mais informados sobre os variadissimos assuntos. O acesso aos media, como a internet e o multimedia é constante ao longo do dia com o uso de aplicações móveis nos seus telemóveis ou as páginas das redes sociais nos seus computadores pessoais e o Lluxo informação que deparam todos os dias nas suas televisões. A tecnologia, traduzida nos leitores de “mp3” e nos telemóveis são considerados acessórios de moda e de identiLicação do grupo social a que pertencem.
As marcas reconhecem estes hábitos e perLies, e apostam numa comunicação que vai de encontro às necessidades destes adolescentes. As empresas, tem a noção da capacidade económica dos adolescentes e tentam formatar a sua oferta ao nível de poder de compra deste segmento. Por vezes, são utilizados modelos de comunicação menos éticos, apresentando uma promessa de marca, irrealista com o desenvolvimento cognitivo destes adolescentes, levando estes clientes a romperem ligações com a marca. Os produtos das marcas são somente uma fonte de experiências emocionais para os adolescentes consumidores (Michaela Wanke, 2009).
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OS PRÉ-ADOLESCENTES NA ESCOLA
A escola tem um papel importante na vida das pessoas, ela é a fronteira entre a educação parental e a formal é também o local de encontro social com os amigos. Na escola os indivíduos tomam percepção e conhecimento dos conteúdos cientíLicos, tecnológicos, artísticos e desportivos que formam os valores do Homem e preparam os indivíduos para serem cidadãos exemplares. Como o Lilosofo Nel Noddings aLirma, “ para produzir uma competente, atenciosa, carinhosa, e amável pessoa”.
No estágio operatório concreto de Piaget, as crianças tem maior capacidade de pensar logicamente e fazer juízos de valor e moral dos acontecimentos à sua volta. À medida que este desenvolvimento sociocognitivo cresce, as crianças progridem na memória e na resolução dos problemas que permitem com a leitura e escrita abrir novos mundos reais e abstractos. As crianças neste estágio são mais eLicientes em tarefas que requerem cognição lógica, permitindo o aumento da capacidade de dedução e indução, diferenciar a causa e efeito, pensamento espacial, aprendizagem bilingue e a operação com números.
É no período escolar, que a memória de uma criança se desenvolve mais acentuadamente, principalmente a memória de curto prazo. Segundo Case (….) é aos noves anos de idade que o Lluxo de informação entre a memória de curto prazo e de longo prazo atinge o seu pico de maturidade. A metamemória, ou seja a capacidade de um indivíduo usar estratégias para realizar raciocínios, tem grande desenvolvimento nesta idade, como seja o uso de mnemónicas externas, repetições, organização e elaboração. Este é um período fértil em concentração e atenção selectiva.
O desenvolvimento da linguagem também destaca-‐se neste principio de adolescência, nota-‐se que aos 10 anos as crianças tem níveis de metacomunicação legíveis, ou seja, conseguem com alguma facilidade compreender sintaxes de linguagem mais complexas. Em algumas escolas são colocados nos seus programas pedagógicos mais do que uma linguagem de aprendizagem, normalmente a materna e uma estrangeira (ex. Inglês). É um facto que as crianças bilingue em mudança de código são mais eLicazes.
As características emocionais, temperamento e atitudes afectam a realização escolar. Os pais tem um papel muito importante no desempenho escolar da criança, motivando-‐as à realização escolar, transmitindo um futuro seguro pela aprendizagem. Por isso o estatuto socioeconómico das famílias inLluenciam o comportamento e atitudes dos pais. Mas a persuasão eLicaz não pode ser confundida com elogios supérLluos ou discurso sem inspiração. Os elogios e incentivos devem ser genuínos e assertivos.
Estes jovens devem ser reconhecidos pelas suas capacidades e competências, por isso os pais e professores são os principais agentes de promoção das auto-‐crenças positivas. Como aLirma Erik Erikson, os adolescentes “não podem ser enganados pelo elogio vazio e incentivos condescendes. Os seus ganhos de identidade verdadeira só acontece a partir do reconhecimento sincero e coerente”.
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Todos os pais e professores têm a obrigação de preparar e assegurar o plena capacidade individual de cada uma das crianças a prosseguir as suas esperanças e ambições.
4. PROJECTO PEDAGÓGICO-FORMATIVO
Após a abordagem teórica das teorias sociocognotivas da identiLicação e caracterização das crianças na fase pré-‐adolescente ou adolescente conforme o autor. Pretende-‐se com este trabalho elaborar um programa formativo para crianças do ensino básico, nomeadamente do segundo ciclo, entre os 9 e 11 anos de idade.
O segundo ciclo do ensino básico, é caracterizado pela formação humanística, artística, Lísica e desportiva, cientíLica e tecnológica e também pela educação moral e cívica, visando habilitar os alunos a adquirir e interpretar crítica e criativamente a informação, de modo a possibilitar a aquisição de métodos e instrumentos de trabalho e de conhecimento que permitam o prosseguimento da sua formação, numa perspectiva do desenvolvimento de atitudes activas e conscientes perante a comunidade e os seus problemas mais importantes
É objectivo do autor deste trabalho, elaborar um programa pedagógico especiLico ná área de formação cívica, neste caso para a sensibilização dos seus formandos para as questões ambientais nomeadamente o problema do consumo de água, um bem cada vez mais chegar a quem mais precisa.
FORMAÇÃO CÍVICA
A formação Cívica é uma das três áreas não disciplinares legisladas no Decreto-‐Lei n.º6/2001, de 18 de Janeiro. Este Decreto-‐Lei, estabelece os princípios orientadores da organização e da gestão curricular do ensino básico, de acordo com a Lei de Bases do Sistema Educativo.
“Formação cívica, espaço privilegiado para o desenvolvimento da educação para a cidadania, visando o desenvolvimento da consciência cívica dos alunos como elemento fundamental no processo de formação de cidadãos responsáveis, críticos, activos e intervenientes, com recurso, nomeadamente, ao intercâmbio de experiências vividas pelo alunos e à sua participação, individual e colectiva, na vida da turma, da escola e da comunidade.” Decreto-‐Lei n.º6/2001, de 18/01, Cap. II, art.º5.
Ao promover a formação cívica junto dos alunos do ensino básico, signiLica que queremos envolver crianças e adolescentes numa forma activa e de aprendizagem de competências no domínio da cidadania, ou seja, envolver os alunos nas responsabilidades comuns da sociedade, criando neles uma consciência de cidadão. Quando abordamos a cidadania como um valor fundamental da existência humana numa sociedade democrática e contemporânea, não podemos focar somente a dimensão moral, mas ter em conta o conceito de cidadania na própria existência da pessoa. Porque ser pessoa é ser cidadão e este é o objectivo principal na formação dos alunos do ensino básico.
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Para atingir este objectivo, temos que assegurar que os processos de socialização desempenham um papel fundamental na assimilação de um conjunto de hábitos, normas, atitudes e valores inerentes aos meios sociais, do qual cada pessoa pertence e realiza a tarefa comum de construção social. O desenvolvimento de uma consciência cívica ocorre através de uma serie de experiências importantes de caracter histórico e biográLico.
A escola é então um instrumento desta socialização inserido numa comunidade na qual estabelecem uma serie de relações de experimentação cívica, nela se desenvolve iniciativas de formação em que a cidadania é prática constante todos os dias, pela experiência da acção social e política dos seus alunos. Por isso ao falar-‐se de formação cívica, não devemos circunscrever apenas no exercício teórico ou em torno de princípios éticos, “a escola é como um espaço de vida social simpliLicada” (Dewey). A preparação para esta vida social passa pela prática dessa mesma vida social.
Como referimos, a integração da formação cívica no contexto escolar não deve Licar unicamente pelo campo do conhecimento, é imprescindível a introdução de práticas educativas inovadoras e devidamente adaptadas ao contexto sócio-‐cultural da comunidade que se insere, ao nível de escolaridade que se propõe e tendo em conta o desenvolvimento de competências, atitudes e valores das tarefas cívicas. A formação cívica no ensino básico pode assumir três dimensões (Fonseca, 2001):
❖ Promoção do contacto entre a escola e o meio envolvente, abrindo a escola à realidade exterior de forma a facilitar aprendizagens, tornando-‐as mais signiLicativas para os alunos. É fundamental que os alunos adolescentes contactem com as situações reais do meio em que vivem.
❖ Desenvolvimento de competências de cidadania, é um processo crucial que deve ser reLlectido na melhor forma. Deve ser promovido o desenvolvimento de competências de raciocínio crítico (recolha e tratamento de informações, identiLicação de alternativas, formulação de juízos e opiniões e estabelecer prioridades), de relações interpessoais (dar atenção aos outros, cooperação e coordenação), de comunicação (comunicar e expressar sob a forma verbais e não verbais, ouvir e escrever), de acção (organização, planeamento, decisão e execução) (Fonseca, 2001).
❖ Valorização da participação activa na comunidade, surge naturalmente no desenvolvimento de uma entidade cívica. A instituição escolar desempenha um papel importante no que respeita à transmissão de conhecimentos sobre as instituições sociais e políticas e promoção nos hábitos de participação nos grupos e instituições pertencentes à comunidade.
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PLANO DE FORMAÇÃO CÍVICA “A ÁGUA”
Objectivos da formação
A implementação da formação cívica em contexto escolar requer que se estabeleça uma planiLicação de orientação ao processo educativo. O desenvolvimento de uma consciência ecológica, através de projectos de educação ambiental, é possível formar cidadão mais críticos e informados, com capacidade de intervenção social visando a sustentabilidade dos recursos, nomeadamente os aquáticos.
No âmbito do ensino básico, para além das aptidões básicas é desejável que o aluno desenvolva conhecimentos, atitudes e práticas que contribuam para a formação de cidadãos conscientes e participativos. Por isso os objectivos globais desta formação cívica em ecologia, assenta em três pilares:
✓ Participação do aluno na construção e avaliação das suas aprendizagens.
✓ Autonomia dos alunos, promovendo-‐os como sujeitos intelectuais.
✓ Capacidade criativa dos alunos e dos grupos em que eles se inserem.
Este projecto pedagógico visa ser implementado na Área Projecto, no quinto (ou sexto) ano de escolaridade do ensino básico e consiste numa serie de actividades simples e de aplicação prática, relativas ao uso da água. Partindo do problema se a água é utilizada eLicientemente. Os alunos irão elaborar uma plano de trabalho a desenvolver, ao qual o estudante recolherá resultados provenientes do do consumo e desperdício deste recurso natural. Após a interpretação desses dados, os estudantes deverão elaborar relatórios periódicos e propostas mitigadoras, a serem apresentadas se possível junto da comunidade educativa, como forma de sensibilização para a cidadania.
Identificação de estratégias
Segundo Teresa Ambrósio (2000), a concretização efectiva de uma educação para a cidadania é uma mais valia para o ensino básico, devendo esta formação ser transversal a todas as disciplinas, sendo o principal objectivo apetrechar os alunos para que sejam capazes de conduzir as suas vidas, actuais e futuras. ALirma ainda que as estratégias de formação cívica devem ter sempre em conta o objectivo de capacitar os alunos para a apreciação das suas acções no contexto escolar e social, incluindo o lazer, partilha do espaço, a resposta às necessidades da comunidade e o respeito, quer pelos os outros quer pela Natureza.
A estratégia cívica ecológica pretendida por esta formação, deverá preparar os alunos no sentido da aquisição e do desenvolvimento das seguinte competências:
❖ Recolha de informação, ou seja percepcionar, compreender e sentir.
❖ Tratar a informação, interpretar, julgar e discernir
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❖ Decidir, assumir uma posição e comunicá-‐la
❖ Agir, participar, intervir e antecipar consequências
Projecto do programa formativo
O quadro seguinte apresenta um projecto pedagógico para a formação em meio ambiente para os alunos do 2º ciclo do ensino básico (M. Teixeira; A. Silva; L. Santos e M. Magalhães, 2001) . Serve como base á orientação dos objectivos e conteudos deste plano de formação em ecologia.
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Objectivos Gerais Objectivos Específicos
Conteúdos Metodologia
1. Contribuir de forma activa e consciente para a preservação do ambiente.
2. Promover o reconhecimento do meio ambiente como património de todos
1.1 Ajudar à alteração de hábitos pessoais que sejam prejudiciais para o ambiente.
1.2 Estimular a participação em grupos de interesse da escola ou comunidade que fomentem uma atitude positiva face ao problemas ambientais.
2.1 Identificar condições de risco ambiental e as suas consequências.
2.2 Reconhecer a existência de associações e/ou organizações de defesa do ambiente.
Binómio qualidade de vida vs meio ambiente.
Meio ambiente vs saúde
Reconversão de desperdícios
Harmonia entre o Homem e a Natureza
Consumismo vs meio ambiente
Recolha e leitura de extractos de imprensa escrita que demonstrem a existencia de problemas ambientais.
Organização de paineis, com documentação diversa sobre a problemática da poluição e intervenção do Homem no ambiente, com debate e apresentações de soluções
Visita de estudos a locais que proporcionam maior conhecimento sobre o meio ambiente.
Campanhas de sensibilização junto da comunidade.
Concepção e execução de experiências que ajudem a compreender melhor o meio ambiente.
Fonte: Adaptado “Educar para a cidadania: estratégias para professores”, Maria de Fátima Teixeira, Ana Deolinda Silva, Lucildina Santos, Maria da graça Magalhães. 2001
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Recursos
A formação ecológica no meio escolar tem por objectivo levarem os alunos a compreenderem e aceitarem as noções e valores intrínsecos ao desenvolvimento do meio ambiente. Para concretizar este objectivo é necessário que o trabalho pedagógico a efectuar junto dos alunos seja simultaneamente de natureza cognitiva e afectiva é necessário proporcionar condições à prática de experiências pedagógicas.
Para além da utilização de materiais pedagógicos especiLicamente elaborados com o objectivo de promover a formação cívica em ecologia, o uso de artigos de imprensa e de material audiovisual, a realização de visitas de estudo, a concretização de parcerias entre a escola e as instituições da comunidade, são elementos importante na formação dos alunos. Ao aproximar os alunos “à vida real” é permitir que a aprendizagem da cidadania se transforme num processo activo e gratiLicante par aos professores e alunos (Afonso, 2003).
Material Pedagógico Acções Pedagógicas
Quadro (whiteboard)CanetasPapeisProjectorTela de projecçãoGarrafas de plásticoMarcador de acetatoCopos de decantação graduadosRecipiente de pírex com tampaPlaca eléctricaTermómetroColheresConta-gotasGarrafão de 5 litrosSeringas graduadasEtiquetasÁguaCongeladorPlasticina PalitosComputadoresFicha Pedagógicas (Anexo A)Caixa de experiências Green Science
Visita de estudo ao Áquario Vasco da Gama
Visita de estudo ao Aqueduto das águas livres
Visita de estudo ao Museu da Água
Visita de estudo a Centro de Tratamento de Águas Residuais em Alcântara
Planeamento global da formação
Conteúdo conceptual: A utilização da água
Situação-problema: Eu utilizo a água de forma eLiciente?
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Finalidade: Desenvolvimento de uma consciência ecológica no âmbito da conservação do recurso, água.
CONTEÚDOS ACTIVIDADES
Ambiente, Espaço Ecológico(Físico e Humano)
Aprender e reflectir
Bibliografia de apoio:GONÇALVES, F., PEREIRA, R., AZEITEIRO, U.M., PEREIRA, M.J., “Actividades Práticas em Ciência e Educação Ambiental”, 2007, Edições Piaget
FONSECA, A. Manuel, “Formação Cívica: guia de orientação para o ensino básico”, 2003, Porto Editora
National Geographic Portugal, “Água, um mundo sedento”, Edição Especial, Abril 2010
Água; Substância constituída por um átomo de oxigénio e dois de hidrogénio, que apresenta propriedades pouco vulgares: expande-se quando congela, possui um elevado ponto de ebulição (100ºc) e um elevado calor específico e dissolve uma grande quantidade de substâncias (McKinney e Schoch, 1998)
Ciclo da água; Movimento promovido pela energia solar entre a água no estado sólido (gelo), líquido (oceanos, rios, lagos e seres vivos) e gasoso (atmosfera) , através da fusão, evaporação, transpiração e precipitação (McKinney e Schoch, 1998)
Água disponível; Pequena quantidade da água doce (menos de 0,62% da água do planeta) existe em rios, lagos e sistemas subterrâneos, que pode ser efectivamente utilizada pelo Homem (McKinney e Schoch, 1998)
Conservação da água; conjunto de medidas (baseadas na diminuição da utilização e no aumento de eficiência no uso da água, bem como no tratamento de efluentes) conducentes à manutenção das reservas deste recurso, pela redução de caudais captados e menor poluição de águas de superfície e sistemas subterrâneos (LNEC, 2001)
Bibliografia de apoio:GONÇALVES, F., PEREIRA, R., AZEITEIRO, U.M., PEREIRA, M.J., “Actividades Práticas em Ciência e Educação Ambiental”, 2007, Edições Piaget
FONSECA, A. Manuel, “Formação Cívica: guia de orientação para o ensino básico”, 2003, Porto Editora
National Geographic Portugal, “Água, um mundo sedento”, Edição Especial, Abril 2010
Conhecer e contactar com...
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CONTEÚDOS ACTIVIDADES
Conhecer os sistemas de distribuição de água, numa visita de estudo ao Aqueduto de Águas Livres de Lisboa e visita ao Museu da Água da EPAL.
Conhecer a biodiversidade existente nos meios aquáticos numa visita de estudo ao Oceanário de Lisboa
Conhecer o processo de limpeza de águas residuais, na ETAR de Alcântara
Agir
Criar ou participar no Clube de Ambiente da escola.
Criar um evento “Conferencia Ambiental” aberto aos pais e á comunidade, onde os alunos expõem os trabalhos realizados no âmbito desta formação.
Criar um blog e uma rede social na internet.
Fonte: Adaptado, “ terceira hora” Formação Cívica de António Manuel Fonseca, 2000
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Planificação das Actividades de Aprendizagem
ACTIVIDADE 1ACTIVIDADE 1ACTIVIDADE 1
Problema Objectivos Recursos
O que é a água? ✓ Conhecer as propriedades da água;✓ Construir a molécula de água;✓ Realizar trabalho prático;✓ Reconhecer os diferentes estados físicos da água
Ficha pedagógica AFicha pedagógica BPalitosPlasticinaGarrafa pequena de plásticoCongeladorMarcador de acetatoGeloÁgua líquidaRecipiente de pírex com tampaPlaca eléctricaTermómetro2 copos de decantação graduados de 200ml2 colheres1 conta-gotasComputador Ligação internet
Descrição da ActividadeDescrição da ActividadeDescrição da Actividade
Pretende-se que os estudantes observem algumas propriedades da água, por isso deve ser formado grupos de trabalho de quatro ou cinco elementos, como forma de icentivar o trabalho cooperativo e facilitar a comunicação e organização das tarefas. Após a observação os estudantes vão registar os dados recolhidos na ficha pedagógica A (em anexo). De seguida , procura-se saber se alguns dos estudantes sabe qual a composição química da molécula de água, poderá ser feito com recurso ao computador com ligação à internet, após a identificação do modelo de molécula de água, pede-se aos grupos para modelarem a mesma com recurso à plasticina e a palitos de madeira.A fim de se estudarem as propriedades físicas da água, pretende-se que os alunos efectuem algumas experiências físico-químicas descritas na ficha pedagógica B num ambiente seguro e protegido. Porque irão se observados processos de evaporação, condensação, solidificação e fusão de água. Serão determinados os pontos de ebulição (100ºc) e de solidificação (0ºc) e ir-se-á confirmar que o seu aquecimento e arrefecimento são processos demorados e que a água se expande quando congela. Pretende-se ainda que os alunos, observem a capacidade da água dissolver um líquido (corante) ou um sólido (sal). Vão concluir que a água é uma substância que se pode encontrar no estado sólido, líquido ou gasoso e que tem propriedades pouco vulgares, expande-se quando congela, possui um elevado ponto de ebulição (100ºc) e um elevado calor específico (traduzido pelo demorado processo de aquecimento) e dissolve uma grande quantidade de substâncias.
Pretende-se que os estudantes observem algumas propriedades da água, por isso deve ser formado grupos de trabalho de quatro ou cinco elementos, como forma de icentivar o trabalho cooperativo e facilitar a comunicação e organização das tarefas. Após a observação os estudantes vão registar os dados recolhidos na ficha pedagógica A (em anexo). De seguida , procura-se saber se alguns dos estudantes sabe qual a composição química da molécula de água, poderá ser feito com recurso ao computador com ligação à internet, após a identificação do modelo de molécula de água, pede-se aos grupos para modelarem a mesma com recurso à plasticina e a palitos de madeira.A fim de se estudarem as propriedades físicas da água, pretende-se que os alunos efectuem algumas experiências físico-químicas descritas na ficha pedagógica B num ambiente seguro e protegido. Porque irão se observados processos de evaporação, condensação, solidificação e fusão de água. Serão determinados os pontos de ebulição (100ºc) e de solidificação (0ºc) e ir-se-á confirmar que o seu aquecimento e arrefecimento são processos demorados e que a água se expande quando congela. Pretende-se ainda que os alunos, observem a capacidade da água dissolver um líquido (corante) ou um sólido (sal). Vão concluir que a água é uma substância que se pode encontrar no estado sólido, líquido ou gasoso e que tem propriedades pouco vulgares, expande-se quando congela, possui um elevado ponto de ebulição (100ºc) e um elevado calor específico (traduzido pelo demorado processo de aquecimento) e dissolve uma grande quantidade de substâncias.
Pretende-se que os estudantes observem algumas propriedades da água, por isso deve ser formado grupos de trabalho de quatro ou cinco elementos, como forma de icentivar o trabalho cooperativo e facilitar a comunicação e organização das tarefas. Após a observação os estudantes vão registar os dados recolhidos na ficha pedagógica A (em anexo). De seguida , procura-se saber se alguns dos estudantes sabe qual a composição química da molécula de água, poderá ser feito com recurso ao computador com ligação à internet, após a identificação do modelo de molécula de água, pede-se aos grupos para modelarem a mesma com recurso à plasticina e a palitos de madeira.A fim de se estudarem as propriedades físicas da água, pretende-se que os alunos efectuem algumas experiências físico-químicas descritas na ficha pedagógica B num ambiente seguro e protegido. Porque irão se observados processos de evaporação, condensação, solidificação e fusão de água. Serão determinados os pontos de ebulição (100ºc) e de solidificação (0ºc) e ir-se-á confirmar que o seu aquecimento e arrefecimento são processos demorados e que a água se expande quando congela. Pretende-se ainda que os alunos, observem a capacidade da água dissolver um líquido (corante) ou um sólido (sal). Vão concluir que a água é uma substância que se pode encontrar no estado sólido, líquido ou gasoso e que tem propriedades pouco vulgares, expande-se quando congela, possui um elevado ponto de ebulição (100ºc) e um elevado calor específico (traduzido pelo demorado processo de aquecimento) e dissolve uma grande quantidade de substâncias.
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ACTIVIDADE 2ACTIVIDADE 2ACTIVIDADE 2
Problema Objectivos Recursos
Qual a importância da água?
✓ Observar o ambiente natural;✓Constatar a dependência dos seres vivos pela água;✓ Relacionar as propriedades da água com a sua importância para a vida;✓ Discriminar formas de utilização humana da água
Ficha pedagógica CPapel CanetasFontes bibliográficasVisita de estudo ao Oceanário de Lisboa
Descrição da ActividadeDescrição da ActividadeDescrição da Actividade
A partir da visita de estudo ao Oceanário de Lisboa, os estudantes terão que concluir qual a importância da água para a sobrevivência dos seres vivos observados. Esta conclusão será extrapolada para o planeta Terra, tendo em conta que a água em estado liquido se mantém entre os 0ºc e os 100ºc é fundamental para a existência da vida em locais tão diversos como os pólos e os desertos. Após estas observações e também com recurso a outras fontes impressas, os dados recolhidos serão registados na ficha pedagógica C.
A partir da visita de estudo ao Oceanário de Lisboa, os estudantes terão que concluir qual a importância da água para a sobrevivência dos seres vivos observados. Esta conclusão será extrapolada para o planeta Terra, tendo em conta que a água em estado liquido se mantém entre os 0ºc e os 100ºc é fundamental para a existência da vida em locais tão diversos como os pólos e os desertos. Após estas observações e também com recurso a outras fontes impressas, os dados recolhidos serão registados na ficha pedagógica C.
A partir da visita de estudo ao Oceanário de Lisboa, os estudantes terão que concluir qual a importância da água para a sobrevivência dos seres vivos observados. Esta conclusão será extrapolada para o planeta Terra, tendo em conta que a água em estado liquido se mantém entre os 0ºc e os 100ºc é fundamental para a existência da vida em locais tão diversos como os pólos e os desertos. Após estas observações e também com recurso a outras fontes impressas, os dados recolhidos serão registados na ficha pedagógica C.
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ACTIVIDADE 3ACTIVIDADE 3ACTIVIDADE 3
Problema Objectivos Recursos
Onde se encontra a água?
✓ Compreender o movimento da água no planeta;✓ Elaborar um mapa de conceitos relativo ao ciclo da água;✓ Criar uma história em banda desenhada sobre o ciclo da água.
Ficha pedagógica DPapel CanetasFontes bibliográficasComputadorLigação internetVisita de estudo ao Aqueduto das Água Livres e Museu da Água de Lisboa.Experiência Green Science
Descrição da ActividadeDescrição da ActividadeDescrição da Actividade
Após a visita de estudo a Aqueduto da Águas Livres de Lisboa e ao Museu da Água da EPAL, será pedido a cada um dos grupos de estudantes a elaboração de um mapa de conceitos que descreva o movimento da água no nosso planeta com o auxilio da ficha pedagógica D e outras fontes como revistas e recursos multimedia (computador com ligação à internet). Os alunos terão que apresentar as suas conclusões do mapa á toda a turma, e após a sua discussão deverão reformular os seus mapas de conceitos. Esta actividade permitirá aos alunos concluir que a água sofre um movimento promovido pela energia solar entre a água no estado sólido (gelo), liquido (oceanos, rios, lagos e seres vivos) e gasoso (atmosfera), através da fusão, evaporação, transpiração e precipitação. No fim ser-lhes-á proposto uma banda desenhada intitulado “ A Viajem da Senhora Gota” (ficha pedagógica D). No final da sessão é proposto aos alunos efectuarem uma experiência cientifica de destilação da água.
Após a visita de estudo a Aqueduto da Águas Livres de Lisboa e ao Museu da Água da EPAL, será pedido a cada um dos grupos de estudantes a elaboração de um mapa de conceitos que descreva o movimento da água no nosso planeta com o auxilio da ficha pedagógica D e outras fontes como revistas e recursos multimedia (computador com ligação à internet). Os alunos terão que apresentar as suas conclusões do mapa á toda a turma, e após a sua discussão deverão reformular os seus mapas de conceitos. Esta actividade permitirá aos alunos concluir que a água sofre um movimento promovido pela energia solar entre a água no estado sólido (gelo), liquido (oceanos, rios, lagos e seres vivos) e gasoso (atmosfera), através da fusão, evaporação, transpiração e precipitação. No fim ser-lhes-á proposto uma banda desenhada intitulado “ A Viajem da Senhora Gota” (ficha pedagógica D). No final da sessão é proposto aos alunos efectuarem uma experiência cientifica de destilação da água.
Após a visita de estudo a Aqueduto da Águas Livres de Lisboa e ao Museu da Água da EPAL, será pedido a cada um dos grupos de estudantes a elaboração de um mapa de conceitos que descreva o movimento da água no nosso planeta com o auxilio da ficha pedagógica D e outras fontes como revistas e recursos multimedia (computador com ligação à internet). Os alunos terão que apresentar as suas conclusões do mapa á toda a turma, e após a sua discussão deverão reformular os seus mapas de conceitos. Esta actividade permitirá aos alunos concluir que a água sofre um movimento promovido pela energia solar entre a água no estado sólido (gelo), liquido (oceanos, rios, lagos e seres vivos) e gasoso (atmosfera), através da fusão, evaporação, transpiração e precipitação. No fim ser-lhes-á proposto uma banda desenhada intitulado “ A Viajem da Senhora Gota” (ficha pedagógica D). No final da sessão é proposto aos alunos efectuarem uma experiência cientifica de destilação da água.
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ACTIVIDADE 4ACTIVIDADE 4ACTIVIDADE 4
Problema Objectivos Recursos
Porquê devemos poupar a água?
✓ Reconhecer a escassa quantidade de água disponível para utilização humana;✓ Deduzir a necessidade de conservar a água;✓ Realizar trabalho prático.
Ficha pedagógica EFicha pedagógica FPapel CanetasFontes bibliográficasExperiência Green Science
Descrição da ActividadeDescrição da ActividadeDescrição da Actividade
Os alunos deverão estabelecer a relação entre a designação de “Planeta Azul” e a existência de milhões de litros de água, podendo recorrer à utilização de um mapa do mundo. De seguida ser-lhes-á facultado um texto sobre o consumo humano de água, a partir do qual irão reflectir sobre o perigo da sua utilização descontrolada (ficha pedagógica E). Serão implementadas actividades práticas que irão permitir a visualização da relação entre a quantidade de água na Terra e a disponível para o consumo humano (mapa National Geographic - “Água Escondida”), e os estudantes poderão inferir que apenas uma pequena quantidade de água doce (dos rios, lagos e sistemas subterrâneos) se encontra em condições de ser utilizada pelo Homem (Ficha pedagógica F). No final da sessão é proposto aos alunos efectuarem uma experiência cientifica de pasteurização solar.
Os alunos deverão estabelecer a relação entre a designação de “Planeta Azul” e a existência de milhões de litros de água, podendo recorrer à utilização de um mapa do mundo. De seguida ser-lhes-á facultado um texto sobre o consumo humano de água, a partir do qual irão reflectir sobre o perigo da sua utilização descontrolada (ficha pedagógica E). Serão implementadas actividades práticas que irão permitir a visualização da relação entre a quantidade de água na Terra e a disponível para o consumo humano (mapa National Geographic - “Água Escondida”), e os estudantes poderão inferir que apenas uma pequena quantidade de água doce (dos rios, lagos e sistemas subterrâneos) se encontra em condições de ser utilizada pelo Homem (Ficha pedagógica F). No final da sessão é proposto aos alunos efectuarem uma experiência cientifica de pasteurização solar.
Os alunos deverão estabelecer a relação entre a designação de “Planeta Azul” e a existência de milhões de litros de água, podendo recorrer à utilização de um mapa do mundo. De seguida ser-lhes-á facultado um texto sobre o consumo humano de água, a partir do qual irão reflectir sobre o perigo da sua utilização descontrolada (ficha pedagógica E). Serão implementadas actividades práticas que irão permitir a visualização da relação entre a quantidade de água na Terra e a disponível para o consumo humano (mapa National Geographic - “Água Escondida”), e os estudantes poderão inferir que apenas uma pequena quantidade de água doce (dos rios, lagos e sistemas subterrâneos) se encontra em condições de ser utilizada pelo Homem (Ficha pedagógica F). No final da sessão é proposto aos alunos efectuarem uma experiência cientifica de pasteurização solar.
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ACTIVIDADE 5ACTIVIDADE 5ACTIVIDADE 5
Problema Objectivos Recursos
Como podemos conservar a água disponível?
✓ Promover o uso adequado da Água;✓Reduzir perdas e desperdícios da água;✓ Promover a utilização de equipamentos e dispositivos eficientes.
Ficha pedagógica GPapel CanetasFontes bibliográficasVisita de estudo à ETAR de AlcântaraExperiência Green Science
Descrição da ActividadeDescrição da ActividadeDescrição da Actividade
A partir da visita de estudo à ETAR de Alcântara, onde se realiza a limpeza das águas residuais antes de entrarem para o Rio Tejo, realizará-se em aula uma discussão entre os estudantes sobre a seguintes questões:1.Como diminuir as perdas de água.2.Como diminuir o consumo de água.3.Como poluir menos a água.Esta discussão é fulcral para a conclusão deste projecto formativo, porque promove o envolvimento de todos, motivando-os à resolução de problemas complexos. A partir da análise do texto da ficha pedagógica G, os alunos deverão construir um plano de trabalhos que permita responder às questões acima referidas. No final da sessão é proposto aos alunos efectuarem uma experiência cientifica de filtração da água.
A partir da visita de estudo à ETAR de Alcântara, onde se realiza a limpeza das águas residuais antes de entrarem para o Rio Tejo, realizará-se em aula uma discussão entre os estudantes sobre a seguintes questões:1.Como diminuir as perdas de água.2.Como diminuir o consumo de água.3.Como poluir menos a água.Esta discussão é fulcral para a conclusão deste projecto formativo, porque promove o envolvimento de todos, motivando-os à resolução de problemas complexos. A partir da análise do texto da ficha pedagógica G, os alunos deverão construir um plano de trabalhos que permita responder às questões acima referidas. No final da sessão é proposto aos alunos efectuarem uma experiência cientifica de filtração da água.
A partir da visita de estudo à ETAR de Alcântara, onde se realiza a limpeza das águas residuais antes de entrarem para o Rio Tejo, realizará-se em aula uma discussão entre os estudantes sobre a seguintes questões:1.Como diminuir as perdas de água.2.Como diminuir o consumo de água.3.Como poluir menos a água.Esta discussão é fulcral para a conclusão deste projecto formativo, porque promove o envolvimento de todos, motivando-os à resolução de problemas complexos. A partir da análise do texto da ficha pedagógica G, os alunos deverão construir um plano de trabalhos que permita responder às questões acima referidas. No final da sessão é proposto aos alunos efectuarem uma experiência cientifica de filtração da água.
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ACTIVIDADE 6ACTIVIDADE 6ACTIVIDADE 6
Finalidade Objectivos Recursos
Sensibilização da comunidade escolar
✓ Divulgar as medidas mitigadoras implementadas;✓ Divulgar a quantidade de água poupada;✓ Contribuir para a adopção de medidas de carácter pessoal que visem a conservação da água.
Papel CanetasFontes bibliográficasComputadorLigação à internetInstalações escolares
Descrição da ActividadeDescrição da ActividadeDescrição da Actividade
Pretende-se que os alunos tragam de casa várias facturas do consumo de água, antes e depois desta formação pedagógica, de forma a medir o consumo de água antes de ser implementado as medidas mitigadoras, tanto em casa como na escola. Nesta última situação os alunos poderão observar directamente o contador da água afecto à escola. Deverá ser elaborado um artigo “Utilização eficiente da água em casa e na escola”, que deverá ser divulgado um encontro organizado na escola aberta aos pais e à comunidade. Neste artigo é importante realçar, caso tal se tenha verificado, a relação entre a alteração de comportamentos e a efectiva diminuição no consumo de água. Pretende-se ainda que os alunos criem uma página no Facebook® e um blog, onde colocaram as suas conclusões dos trabalhos e visitas de estudo efectuadas durante esta formação pedagógica.
Pretende-se que os alunos tragam de casa várias facturas do consumo de água, antes e depois desta formação pedagógica, de forma a medir o consumo de água antes de ser implementado as medidas mitigadoras, tanto em casa como na escola. Nesta última situação os alunos poderão observar directamente o contador da água afecto à escola. Deverá ser elaborado um artigo “Utilização eficiente da água em casa e na escola”, que deverá ser divulgado um encontro organizado na escola aberta aos pais e à comunidade. Neste artigo é importante realçar, caso tal se tenha verificado, a relação entre a alteração de comportamentos e a efectiva diminuição no consumo de água. Pretende-se ainda que os alunos criem uma página no Facebook® e um blog, onde colocaram as suas conclusões dos trabalhos e visitas de estudo efectuadas durante esta formação pedagógica.
Pretende-se que os alunos tragam de casa várias facturas do consumo de água, antes e depois desta formação pedagógica, de forma a medir o consumo de água antes de ser implementado as medidas mitigadoras, tanto em casa como na escola. Nesta última situação os alunos poderão observar directamente o contador da água afecto à escola. Deverá ser elaborado um artigo “Utilização eficiente da água em casa e na escola”, que deverá ser divulgado um encontro organizado na escola aberta aos pais e à comunidade. Neste artigo é importante realçar, caso tal se tenha verificado, a relação entre a alteração de comportamentos e a efectiva diminuição no consumo de água. Pretende-se ainda que os alunos criem uma página no Facebook® e um blog, onde colocaram as suas conclusões dos trabalhos e visitas de estudo efectuadas durante esta formação pedagógica.
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Tempo previsto para as Actividades
Este projecto pode ser implementado tanto nas escolas básicas, como em Actividades de Tempos Livres promovidos por serviços autárquicos. Como tal a duração de cada actividade irá depender da dimensão da turma de aula. Contudo as actividades 1, 2, 3 e 4 deverão decorrer em dias consecutivos de forma a contextualizar o projecto, é possível ainda que algumas visitas de estudo possam coincidir no mesmo (o que não é aconselhável).
Dada ainda a complexidade e morosidade das tarefas da actividade 5, o professor deverá planear a sua duração de acordo com a dimensão da escola. No entanto recomenda-‐se que a recolha inicial de dados do consumo da água da escola seja feita ao longo de uma semana conforme a tabela 1 (em anexo B). Deverá ainda ser estabelecido um esquema de monitorização de gastos mensais e de divulgação periódica dos resultados do projecto à comunidade escolar, conforme a tabela 1. No que respeita à actividade 6, esta deverá reLlectir um trabalho sistemático e concludente, o qual deverá ocorrer no Linal do ano lectivo.
Avaliação
Adquirir competências no âmbito da formação cívica ecológica não é somente fruto de uma intervenção directa na educação escolar do alunos, há que ter em conta, nomeadamente a socialização subjacente, que a escola não controla e a singularidade de cada aluno e dos grupos a que ele pertence. No âmbito desta formação cívica o professor ou formador deverá contemplar, na avaliação continua, quatro dimensões (Afonso, 2001):
1ª No plano cognitivo e do conceito de si próprio, ou seja , a capacidade de analisar e de interpretar a realidade, de simbolizar, de reLlectir e de representar as suas experiências, de atender a uma multiplicidade de perspectivas para além da pessoal sem perder a sua individualidade.
2ª No plano da motivação e dos valores, ou seja, a capacidade de dirigir os comportamentos por si mesmo, de acordo com o núcleo central de valores diferenciados, estável mas suLicientemente aberto à consideração de novas perspectivas de valorização e de acção.
3ª No plano do relacionamento interpessoal, ou seja, a capacidade do aluno estabelecer relações construtivas, compreensivas e tolerantes, baseadas no respeito mútuo e na dignidade de todas as pessoas.
4ª No plano da participação social, ou seja, na capacidade de participar responsavelmente na vida social, incluindo a escola, na medida das suas possibilidades e das oportunidades ao dispor, através de acções orientadas para a satisfação de necessidades colectivas de diversa natureza.
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Para avaliar o impacto das actividades pedagógicas propostas deste projecto junto dos alunos, deverá ser utilizada uma grelha de auto-‐avaliação (em anexo C), de fácil compreensão e aplicabilidade, de forma a que o aluno determine o grau de contribuição nas acções contempladas nesta formação. Com este modelo de avaliação pretende-‐se estabelecer a correspondência entre a metodologia implementada na formação e uma avaliação por áreas pedagógicas associadas ao sistema de ensino básico.
O quadro seguinte relaciona os parâmetros a analisar e os pontos explícitos na grelha de auto-‐avaliação (em anexo C):
Disciplina Ensino Básico
Objectivos Pontos da grelha de auto-avaliação
Estudo do Meio • Conhecimento da realidade envolvente• Capacidade de formular situações concretas existentes no seu meio.• Domínio de técnicas simples de recolha e tratamento de dados
1 a 5
Língua Portuguesa • Conhecimento de regras elementares da comunicação.• Capacidade de produzir textos.
6 e 7
Matemática • Conhecimento de grandezas e medidas.• Capacidade de resolução de problemas do dia-a-dia.• Domínio de técnicas de cálculo.
8 e 9
Área de Projecto • Participação nas diferentes fases (actividades pedagógicas) de elaboração do projecto.• Participação de forma activa na execução/concretização do projecto.• Interesse pelas Tecnologias da Informação e Comunicação.• Preocupação na qualidade e apresentação dos trabalhos.
10 a 14
Formação Cívica • Respeito pelas normas, regras e decisões.• Sociabilidade.• Reflexão sobre a vida da turma, da escola e da sociedade.
15 a 17
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5. BIBLIOGRAFIA
ALVES, Carlos Teixeira, “Comportamento do Consumidor: análise do comportamento de consumo da criança”, 1ª Edição, 2002, Escolar Editora
B a b y b o om e r c a r e t a k e r , G e n e r a t i o n Z c h a r a c t e r i s t i c s , h t t p : / /www.babyboomercaretaker.com/, consultado a 21 de Julho de 2010
CROSSFIELD, Jonathan, internet Marketing, Are You Ready for Generation Z, netregistry, http://www.netregistry.com.au, consultado a 21 de Julho 2010
FELDMAN, Robert S., “Compreender a Psicologia”, 5ª edição, 2001, Edições McGraw-‐Hill
FLAVEL, John H.; MILLER, Patricia H.; MILLER, Scott A., “Cognitive Development”, 4ª Edição, 2002, Prentice Hall
FONSECA, A. Manuel, “Formação Cívica: guia de orientação para o ensino básico”, 2003, Porto Editora
GONÇALVES, F., PEREIRA, R., AZEITEIRO, U.M., PEREIRA, M.J., “Actividades Práticas em Ciência e Educação Ambiental”, 2007, Edições Piaget
HOORN, Judith L. Van; KOMLÓSI, Ákis; SAMELSON, Doreen A.; SUCHAR, Elzbieta “Adolescent Development and Rapid Social Change: Perspectives from Eastern Europe”, 1ª Edição, 2000, Stade University of New York
MEYERHOFF, Michael, howstuffworks, Understanding Cognitive and Social Development in Newborn, http://health.howstuffworks.com, consultado a 21 de Junho de 2010
PAPALIA, Diane E.; OLDS, Sally Wendkos; FILDMAN, Ruth Duskin, “O Mundo da Criança”, 8ª Edição, 2001, WCB/McGraw-‐Hill
PAJARES, Frank; URDAN, Tim, “Self-‐ELicacy Beliefs of Adolescents”, 2006, Information Age Publishing
PANFJIARJIAN, Paulo (2008), Artigos, A força do consumo adolescente, http://www.portaleducacao.com.br, consultado a 21 de Junho de 2010
WANKE, Michaela, “Social Psychology of Consumer Behavior”, 1ª Edição, 2009, Psycology Press
Educação para o Consumo Sustentável! Projecto Formativo
Ricardo Abreu ©IPAM 2010! 27
6. ANEXOSEducação para o Consumo Sustentável! Projecto Formativo
Ricardo Abreu ©IPAM 2010! 28
ANEXO AFichas Pedagógicas
Turma 2010
FICHA PEDAGÓGICA A
Objectivos:
• Conhecer propriedades da água.
• Construir a molécula de água.
Observa atentamente a amostra de água.
Usa os teus sentidos para caracterizares esta substância.
R:______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Como é que esta substância é formada? R:______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Constrói um modelo da água utilizando palitos e plasticina.
Formação Cívica em Ecologia “Água”
FORMAÇÃO CÍVICA EM ECOLOGIA 1
Turma 2010
FICHA PEDAGÓGICA B
Objectivos:
• Realizar trabalho prático.
• Reconhecer os diferentes estados físicos da água.
• Reconhecer propriedades físicas da água
Material
✓Garrafa pequena de plástico.✓Congelador.✓Marcador de acetato.✓Gelo.✓Água líquida.✓Recipiente de pírex com tampa.✓Placa eléctrica.✓Termómetro.✓2 Copos graduados de 200ml.✓2 Colheres. ✓1 Conta-gotas.
Métodos
Experiência 11) Enche uma garrafa de plástico pequena com água até meio. Marca o nível de água com um marcador.2) Introduz a garrafa, na vertical, no congelador.3) Mede a temperatura de hora a hora. Regista os valores obtidos no
quadro seguinte.
HORA
TEMPERATURA
Formação Cívica em Ecologia “Água”
FORMAÇÃO CÍVICA EM ECOLOGIA
Turma 2010
FICHA PEDAGÓGICA C
Objectivos:
• Observar o ambiente natural.• Constatar a dependência dos seres vivos pela água.• Relacionar as propriedades da água com a sua importância para a Vida.• Discriminar formas de utilização humana da água.
Durante esta saída devemos observar a relação que todos os seres vivos estabelecem com a água.
Regista o nome dos seres vivos que vais encontrando.R:______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Pesquisa quais as necessidades hídricas dos seres vivos observados. R:______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Ordena-os de acordo com uma crescente dependência de água. R:______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
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FORMAÇÃO CÍVICA EM ECOLOGIA
Turma 2010
Imagina que toda a água ficava congelada. Achas que os seres vivos conseguiam sobreviver? Porquê?R:______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Em relação aos animais nós utilizamos a água da mesma maneira? De que outras formas a usamos?R:______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Faz um desenho em que representes formas de utilização da água.
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FICHA PEDAGÓGICA D
Objectivos:
• Compreender o movimento da água no planeta.
• Elaborar um mapa de conceitos relativo ao ciclo da água.
• Criar uma história em banda desenhada sobre o ciclo da água.
Elabora um mapa de conceitos que descreva o movimento da água no nosso planeta.
Utiliza os termos Sol, Nuvem, Gelo, Rio, Lago, Oceano, Seres vivos, Água subterrânea, considerando as seguintes recomendações:
✓Utiliza uma folha A4 e apenas a cor preta.✓Une as palavras com setas.✓Utiliza como palavras de ligação processos anteriormente estudados✓(evaporação, condensação, solidificação, e fusão) e ainda os termos precipitação e infiltração.
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Turma 2010
Constrói a banda desenhada:“ A Viagem da Senhora Gota“
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Turma 2010
FICHA PEDAGÓGICA E
Objectivos:
• Reconhecer a escassa quantidade de água disponível para utilização humana.
• Deduzir a necessidade de conservar a água
Lê o texto que se segue:
“No decurso dos últimos cinquenta anos, se a população mundial triplicou, as superfícies irrigadas multiplicaram-se por seis e a procura de água multiplicou-se por sete. No decurso dos últimos dez anos, o consumo de água no mundo quadruplicou. “
(Mohamed Larbi Bouguerra, consultor da OMS e da UNESCO)
Como variou o consumo de água nos últimos dez anos?R:______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Porque terá aumentado tanto essa necessidade? R:______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Haverá razão para nos preocuparmos? Porquê? R:______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
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FICHA PEDAGÓGICA F
Objectivos:
• Realizar trabalho prático.• Reconhecer a escassa quantidade de água disponível para utilização humana• Deduzir a necessidade de conservar a água
Já sabemos que a Terra é o Planeta Azul, porque 70% da sua superfície se encontra coberta por água. Mas toda essa água pode ser utilizada? Vamos investigar...
Material✓Garrafão de 5l com torneira. ✓Água.✓1 Copo graduado de 100 ml.✓1 Seringa e 10 ml.✓2 Recipientes de 150 ml.✓Etiquetas.
Métodos1) Enche um garrafão de plástico com 5 l de água. Considera que essa quantidade corresponde à totalidade de água existente no planeta.2) Prevê quanta dessa água o Homem poderá utilizar. R:______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
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Turma 2010
3) Preenche a tabela que se segue, calculando os volumes de água dos diversos reservatórios naturais da Terra.
LOCALIZAÇÃO VOLUME REAL (Km3)
PERCENTAGEM VOLUME A CALCULAR (ml)
Água total 1 387 613 600 100 5 000
Oceanos 1 350 000 000 97,28
Glaciares 29 000 000 2,09
Subterrâneos 8 400 000 0,61
Lagos e rios 200 000 0,01
Atmosfera 13 000 0,0009
Biosfera 600 0,00004
4) Retira do garrafão o volume de água correspondente aos glaciares, colocando-o num recipiente.
5) Soma os volumes dos restantes reservatórios de água, excluindo os oceanos. Retira esse volume do garrafão e coloca-a noutro recipiente idêntico ao anterior.
6) Identifica com etiquetas o tipo de reservatório(s).
Qual a razão de se ter juntado a água correspondente aos reservatórios subterrâneos, lagos, atmosfera, rios e biosfera?R:______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________Este é o resultado que esperavas ? Porquê ? R:______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
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FICHA PEDAGÓGICA G
Objectivos:
• Promover o uso adequado da água.• Reduzir perdas e desperdícios da água.• Promover a utilização de equipamentos e dispositivos eficientes
Lê o texto que se segue:
Como se aperceberam na actividade anterior, a quantidade de água que podemos utilizar é escassa e temos que a conservar.
Concretamente as escolas, com dispositivos e equipamentos de consumo de água (autoclismos, chuveiros, torneiras, urinóis, máquinas de lavar loiça e roupa, sistemas de rega e de limpeza de pavimentos), utilizados com muita frequência, podem ser locais de grande desperdício.
Se assim for devemos agir, de forma a contribuirmos para a conservação da água. É que ...
Gota a gota se vai poupando...Como a poderemos poupar ?Hipóteses:________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Como investigar se a água não está a ser bem utilizada ? Tarefas:__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
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ANEXO BTabela 1- Plano de Trabalho
TABELA 1 - Plano de trabalhos continuo
PLANO DE TRABALHOSPLANO DE TRABALHOSPLANO DE TRABALHOSDIMINUIR AS PERDAS DE ÁGUADIMINUIR AS PERDAS DE ÁGUADIMINUIR AS PERDAS DE ÁGUA
Tarefa Objectivo Metodologia
1 Referenciar locais de utilização Registo de locais de consumo da água na escola
2 Construir uma lista de dispositivos e equipamentos Construção de uma tabela com o local, tipo de dispositivo ou de equipamento e a sua quantidade. Cada mecanismo será identificado com um número.
3 Avaliar a utilização dos dispositivos e equipamentos Implementação do trabalho de campo: os estudantes irão avaliar a forma de utilização dos equipamentos e dispositivos. Os dados deverão ser registados numa tabela elaborada para esta finalidade
4 Efectuar medições das perdas detectadas Ainda durante o trabalho de campo, cada grupo de trabalho, após ter verificado o funcionamento dos equipamentos e dispositivos, deve anotar as perdas verificadas em cada minuto de utilização na tabela.
5 Calcular a água gasta por dia JCálculo da diferença entre o valor registado às 9 horas entre dois dias consecutivos.
6 Calcular a água utilizada por mês Cálculo da diferença entre o valor registado às 9 horas no primeiro dia de dois meses consecutivos.
7 Propor medidas mitigadoras Com a verificação dos equipamentos deverão ser corrigidas situações de desperdício, bem como analisado o comportamento da população escolar na utilização de recurso.
DIMINUIR O CONSUMO DE ÁGUA/POLUIR MENOS A ÁGUADIMINUIR O CONSUMO DE ÁGUA/POLUIR MENOS A ÁGUADIMINUIR O CONSUMO DE ÁGUA/POLUIR MENOS A ÁGUA
8 Sensibilizar a comunidade escolar Divulgação do projecto (com exposição, firme ou desdobrável) focando a necessidade de preservação e conservação da água, as estratégias de implementação de medidas mitigadoras e as metas a atingir ao longo do ano lectivo.
9 Calcular a água que foi poupada Mensalmente o grupo turma deverá reflectir sobre os valores de consumo atingidos, divulgando-os junto da comunidade escolar, avaliando a eficácia das medidas implantadas
Fonte: Adaptado “Actividades Práticas em Ciência e Educação Ambiental”, 2007
ANEXO CGrelha de Avaliação
Turma 2010
GRELHA DE AVALIAÇÃO
A par do trabalho que vamos fazendo, é importante reflectirmos acerca da forma como contribuímos para a sua concretização e como ele nos vai transformando.
Gostaria de acrescentar que_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
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